255174355-auriculoterapiasearch.pdf

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ROCA

Ernesto G. Garcîa Nacionalidade Cabana. Doutor em Medicina, especialista em Medicina Tradicional Chinesa (MTC) por Universidades da Republica Popular da China, nas provincias de Bei Jing, Si Chuan y Shang Hai. Domina Tecnicas de Acupuniura Somătica, Auriculoterapia, entre outros microssistemas, Metodos de Cronopuntura /Zi Wu Liu Zhu. Ling Gui Ba Fa, Fei Teng Ba FaJ, Massagem Tradicional Chinesa Tui Na, Medicina Interna Chinesa (Fitoterapia), Qi Gong eTai Ji Quan. Ministrou cursos a cubanos e estrangeiros de Auriculoterapia, Semiologia e Propedeutica da MTC, Terapeutica da MTC, aplicagăo do Qi Gong nas Enfermidades Crânicas năo Transmissiveis. Tai Ji Quan para o Tratamento da Hipertensăo Arterial, como metodo projilătico geral. Membro do Comite Organizador dos eventos de Medicina Tradicional do Bairro Chines da Cidade de Havana. Membro da Federa^ăo de Artes Marciais de Cuba. Assessor Cientifico do Instituto Tai Yi de Pesquisas na Medicina Tradicional Chinesa, Săo Paulo. Palestrante em diversos eventos nacionais e intemacionais.

ROCA

Traduzido do Original: Auriculoterapia

Copyright © 1999 da Edigâo pela Editora Roca Ltda. ISBN-10: 85-7241-278-6 ISBN-13: 978-7241-278-0 Copyright © 2003 da 1- Reimpressâo da 1- Edigăo pela Editora Roca Ltda. Copyright © 2006 da 2- Reimpressâo da l- Edigâo pela Editora Roca Ltda. Nenhuma parte desta publicagâo poderâ ser reproduzida, guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este eletronico, mecânico, de fotocopia, de gravagâo, ou outros, sem previa autorizagâo escrita da Editora. Traduţăo Dra. Ednea Iara Souza Martins

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAQÂO NA PUBLICAQÂO (CIP) (CĂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL)

Gonzâlez Garcia. Ernesto Auriculoterapia: Escola Huang Li Chun/Ernesto Gonzâlez Garcia: [traduţăo Ednea Iara Souza Martins). - - Sâo Paulo: Roca. 1999. Titulo original: Auriculoterapia. Bibliografia. ISBN-10: 85-7241-278-6 ISBN-13: 978-7241-278-0 1. Auriculoterapia 2. Medicina chinesa 3. Orelhas 4. Pontos de acupuntura I. Titulo. CDD-636.5089 99-0551 NLM-WB 369 Indices para catâlogo sistemâtico:

1. Auriculoterapia: Acupuntura: Terapeutica 615.892

T od o s os d ireito s p a ra a lin g u a p o rtu g u e s a să o reserva d os p e la

E D IT O R A R O C A L T D A . Rua Dr. Cesârio Moţa Jr., 73 CEP 01221-020 - Sâo Paulo - SP Tel.: (11) 3331-4478 - Fax: (11) 3331-8653 E-mail: [email protected] - www.editoraroca.com.br

Impresso no Brasil Printed in Brazii

Traduzido do Original: Auriculoterapia

Copyright © 1999 da 1- Edigâo pela Editora Roca Ltda. ISBN-10: 85-7241-278-6 ISBN-13: 978-7241-278-0 Copyright © 2003 da 1- Reimpressăo da 1- Edigăo pela Editora Roca Ltda. Copyright © 2006 da 2- Reimpressăo da l- Edigâo pela Editora Roca Ltda. Nenhuma parte desta publicagăo poderâ ser reproduzida, guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este eletronico, mecanico, de fotocopia, de gravagâo, ou outros, sem previa autorizagăo escrita da Editora. Traduşăo Dra. Ednea Iara Souza Martins

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAQÂO NA PUBLICAQÂO (CIP) (CĂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL)

Gonzâlez Garda. Ernesto Auriculoterapia: Escola Huang Li Chun/Ernesto Gonzâlez Garcia: [tradugâo Ednea Iara Souza Martins). — Sâo Paulo: Roca, 1999. Titulo original: Auriculoterapia. Bibliografia. ISBN-10: 85-7241-278-6 ISBN-13: 978-7241-278-0 1. Auriculoterapia 2. Medicina chinesa 3. Orelhas 4. Pontos de acupuntura I. Titulo. CDD-636.5089 99-0551 NLM-WB 369 Indices para catâlogo sistemâtico:

1. Auriculoterapia: Acupuntura: Terapeutica 615.892

Todos os direitos p a ra a Ungua p ortu g u e sa săo reservad os p ela

E D IT O R A R O C A L T D A . Rua Dr. Cesârio Moţa Jr., 73 CEP 01221-020 - Săo Paulo - SP Tel.: (11) 3331-4478 - Fax: (11) 3331-8653 E-mail: [email protected] - www.editoraroca.com.br

Impresso no Brasil Printed in Brazii

P ‘ rcjăcio

A presente obra e o produto da boa vontade do Dr. Ernesto Garcîa, de dar a conhecer pela primeira vez no Ocidente, as bases teoricoprâticas da Escola de Auriculoterapia da Professora Huan Li Chung, de quem o autor e discipulo. Ernesto Garcîa, nascido em Cuba, conseguiu, neste livro, vincular concepgoes da Medicina Tradicional Chinesa e da Medicina Moderna e procurou dar enfase â fundamentaqăo da utilidade diagnostica e terapeutica dos pontos auriculares, tanto desde o enfoque da fisiologia Tradicional da Medicina Chinesa, como desde o ponto de vista da Medicina Moderna, por intermedio da descriqâo de experimentos cientificos ilustrativos. Esta obra pode ser considerada como um excelente texto para principiantes de Auriculoterapia e como urna referencia importante para praticantes, mas especialmente para aqueles que jâ tem um conhecimento das teorias băsicas da Medicina Tradicional Chinesa e da ana­ tomia funcional da Medicina Moderna.

Aqradecimentos

 professora Huang Li Chun por gerar a ideia e brindar todo o conhecimento de Aurieuloterapia contido neste livro. Aos professores Sun Zuo Lu, Chefe do Departamento de Acupuntura do Hospital Militar Geral da provincia de Shang Hai; ao professor Liu Zhen Cai, Vice-presidente do Comite de Exame da China e investigador do Instituto da Terceira Idade da provincia de Si Chuan; aos professores Lian Nan, Feng Tao Guan e Zhang An Ren do Hospital Militar Geral da provincia de Si Chuan; ao professor Gong Run Li, Chefe do Departamento de Tui Na e Fisioterapia do Hospital Militar Geral da provincia de Shang Dong, ao professor He Xiang Wu, Chefe do Departamento de Acupuntura e Tui Na do Hospital Militar Geral da provincia de He Nan e ao professor Zhang Jing Ping pela ajuda prestada em favor de minha formagâo como medico tradicionalista.  minha esposa e familia por toda a paz, compreensăo e harmonia oferecidas.  inigualâvel ajuda do Dr. Armando Font Chou, Tamara Hervis Lee, Pedro Pablo Arias Capdet e Lâzaro Hernândez, por seus conselhos e revisoes na possibilidade da materializagâo deşte livro.  Dra. Ednea Iara Souza Martins pela detalhada e excelente tradugăo realizada deşte livro ao portugues.

Introduţao

A Medicina Tradicional e um dos mais valiosos legados que a cultura e historia do povo chines deixou para a humanidade. Ainda que envolta em uma linguagem metaforica e hermetica, pode ser introduzida em nosso mundo atual rompendo esquemas e variando pontos de vista. Hoje refletimos sobre o vertiginoso auge e desenvolvimento que vem ganhando esta milenâria medicina nos paises do ocidente tanto desenvolvidos, subdesenvolvidos, como em via de desenvolvimento. Este poderoso empreendimento da Medicina Tradicional Chinesa nesta parte do mundo, nâo so conseguiu esmorecer â guerra silenciosa que os laboratorios de medicamentos desataram contra o que se denominou medici­ na alternativa, tratando com esta classificaqăo de abrange-la como um metodo terapeutico alternativo â medicina moderna e sem solidez cientifica; contrariando este criterio, a Medicina Tradicional Chinesa vem sendo tornada com uma seriedade crescente nos setores medicos e paramedicos, desenvolvendo investigaqoes que năo so se limitam âs ciencias medicas, como tambem â fîsica, quimica, etc. Esta guinada que o mundo ocidental esta realizando para o oriente talvez jogue um papei protagonista na decadencia atual do logicismo cartesiano e no despertar para um raciocinio mais holistico e totalitârio do mundo e seus fenomenos. Quem sabe o homem asfixiado de tecnologia, de drogas quimicas, de sedentarismo e de um estilo de vida nefasto, tenha percebido consciente ou inconscientemente o grito desesperado de sua natureza interior.

X

Auriculoterapia

Toda pessoa que se aproxima com uma mente aberta e flexlvel do raciocinio oriental antigo e em nosso caso â Medicina Tradicional Chinesa, reconhece como necessidade primăria a mudanqa de pensamento obligatoria para poder entender este conhecimento. Esta mudanqa im­ plica, em primeira instância, tirar-lhe o fio do misterio e dar-nos conta que estamos frente a uma ciencia milenâria que embora baseada em principios diferentes dos que hoje reconhecemos como ciencia, leva consigo a experiencia de mais de 4.000 anos de buşea e validaqâo. A Medicina Tradicional Chinesa possui um amplo e profundo corpo teorico, sendo rica, alem disso, em metodos tanto ativos como passivos de intervenqâo, os quais, em sentido geral, podem-se classificar em: medicina externa e medicina interna. Como medicina externa săo definidos todos os metodos terapeuticos que atuam influenciando o interior do organismo a partir da superficie do corpo, como: a Acupuntura, com os diferentes microssistemas que a conformam, a moxibustâo, o Tui Na ou massagem tradicional chinesa, as automassagens, os exercicios terapeuticos de controle energetico como o Tai Ji Quarx, Qi Gong, Y iJin Jing, Ba Duang Jing, etc. Enquanto que, como medicina interna se define â farmacologia chinesa obtida de plantas, minerais e animais. Dentro dos microssistemas da Acupuntura, a auriculoterapia e, na atualidade, um dos mais populares, tanto dentro como fora da China, e um metodo que conseguiu impor-se pelos resultados obtidos e por ser geralmente pouco invasivo, o que faz com que seja bem aceito pelos pacientes. A auriculoterapia da China tem sido pouco difundida no ocidente, isto obedece a multiplos fatores entre eles, os que podemos chamar: a dificuldade na traduqăo de textos escritos no idioma chines sobre a tematica, o qual limita em grande parte o intercâmbio de informagâo entre a China e o resto do mundo, somado â politica de porta fechada aplicada pela China antes e durante a revoluqâo cultural, o que tornava dificil a comunicaqăo de suas experiencias para os paises ocidentais e por ultimo a incredulidade dos setores medicos ocidentais sobre a MTC e consequentemente, da auriculoterapia, o que limitou a expansâo e popularizaqâo destas terapias em nossos paises. Quem sabe o trabalho realizado pelo professor Nogier na Franga sobre a auriculoterapia, em todos estes anos, tenha sido um passo vital na preparaqăo do terreno propicio para que hoje, atraves de livros como este, possa dar-se a conhecer aos paises do ocidente a rica experien­ cia da auriculoterapia chinesa, no diagnostico e tratamento das enfermidades, com um alto nivel de aceitaqâo. Săo multiplas as diferentes tendencias que tomou a auriculotera­ pia dentro da China apos a experiencia acumulada por cada especia-

IntroduQăo

XI

lista, mas todas se sustentam em um espîrito comum que as fazem diferentes das escolas ocidentais. A coluna vertebral que caracteriza a escola chinesa, e a de contar com todo o respaldo teorico da MTC, tanto no diagnostico, como no tratamento, sem deixar de lado os novos conceitos da medicina moderna. Assim, um ponto auricular pode ser usado sob o criterio dos canais e colaterais, dos Zang Fu, etc. Por exemplo, no caso de urna lombalgia, alem dos pontos que refletem a zona afetada, pode-se selecionar o ponto bexiga, que ativa a circulaqăo do sangue e da energia ao longo do canal da bexiga, removendo a estagnaţâo e acalmando a dor e o ponto rim jâ que segundo expoe a fisiologia dos Zang Fu, a regiăo lombar e o palâcio do rim. Com este exemplo podemos claramente ilustrar as diferenqas, nos fundamentos teoricos, de ambas as escolas. Dentro da auriculoterapia chinesa a experiencia acumulada pela professora Huang Li Chun, em mais de tres decadas de trabalho e investigaqăo ininterrupta na tematica, a faz ser considerada na atualidade urna das mais prestigiosas escolas, dentro de China. Este livro seguiu fielmente a linha da escola Huang Li Chun de auriculoterapia, acumulando-se nele, parte da rica experiencia que esta professora nos deu em seu desejo de desenvolver a auriculotera­ pia nos paises do ocidente.

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1. Origem do Diagnâstico e Tratamento Auricular na China ............................................................................................................... 1 PAVILH ĂO A U R IC U L A R ................................................................................... 2 R elacâo R elaqâo

S istema de C anais e C olaterais ........................................... 2 os Z ang F u ................................................................................ 3

com o com

UTILIZAQ ÂO DO PAVILHÂO A U R IC U LA R NO D IAG N O STIC O DAS E N F E R M ID A D E S .........................................................................................4 U tilizaqâo nas E nfermidades.......................................................................... 7 Prevengăo.................................................................................................. 7 Tratamento ................................................................................................ 7 PO NTO S A U R IC U L A R E S ............................................................................... 12 R ecopilaqâo

de

C omentârios ...................................................................... 12

A U R IC U L O P U N T U R A .................................................................................... 15 D esenvolvimento A tual do D iagnostico e T ratamento ............................. 15 Decada de 50 a 6 0 .................................................................................. 15 Decada de 60 a 7 0 ....................................................................................20 Decada de 80 ate a Atualidade............................................................... 26

2. Principios Fisiologicos que Fundamentam o Diagnostico e Tratamento Auricular .....................................................................29 PO NTO S A U R IC U LAR E S

29

X IV

Auriculoterapia

R elaqâo com o S istema de C anais e C olaterais ......................................... 29 R elacâo com os Z ang F u ............................................................................. 34 Material e M etodo.................................................................................. 36 M etodo................................................................................................... 37 Resultados ............................................................................................. 37 Conclusâo............................................................................................... 38 R elaqâo com o S istema N ervoso C entral .................................................. 40 R elacâo com o S istema N eurovegetativo................................................... 42 R elaqâo com as B iomoleculas ................................................................... 43 3 . A n a t o m i a d o P a v i l h ă o A u r i c u l a r .................................................. 47 NO M E N CLATU R A A N A T O M IC A ................................................................... 48 Face A nterior do P avilhâo A uricular .........................................................48 F ace P osterior do Pavilhâo A uricular ..................................................... 50 ESTRU TU RAS AN ATO M IC AS DO PAVILHÂO A U R IC U L A R .................... 50 V ascularizacâo ............................................................................................ 50 V asos L infâticos .......................................................................................... 52 M usculos..................................................................................................... 52 I nervacâo ..................................................................................................... 52 Nervos Espinais..................................................................................... 53 Nervos Cerebrais................................................................................... 53 Nervos Simpâticos................................................................................. 54 4 . D e fin iş ă o , F u n ş â o e D ia g n o s t ic o d o s P o n t o s A u r i c u l a r e s ............................................................................................. 61 D E F IN ig  O ..................................................................................................... 61 CLASSIFICAQÂO DOS PONTOS A U R IC U L A R E S .......................................62 P ontos da Z ona C orrespondente................................................................63 P ontos dos C inco Z ang e S eis F u ............................................................... 63 P ontos do S istema N ervoso ........................................................................64 P ontos do S istema E ndocrino .....................................................................64 P ontos E specîficos ..................................................................................... 64 P ontos do D orso da O relha e O u t r o s ......................................................65 DISTRIBUIQÂO DOS PONTOS A U R IC U L A R E S ........................................ 65 LOCALIZAQÂO, FUNQÂO E D IAGNOSTICO DOS PONTOS A U R IC U L A R E S ........................................................................................ 67 L obulo .........................................................................................................67 Ponto Dente............................................................................................ 67 Ponto Paladar Inferior............................................................................ 68 Ponto Paladar Superior.......................................................................... 68 Ponto Lingua.......................................................................................... 68 Ponto Maxilar Superior.......................................................................... 68 Ponto Maxilar Inferior............................................................................ 69

indice

XV

Ponto Lobulo Anterior............................................................................. 69 Ponto Olho .............................................................................................. 69 Ponto Ouvido Interno ............................................................................. 69 Ponto Ami'gdala ...................................................................................... 70 Ârea de Bochecha................................................................................... 70 A ntitrago ..................................................................................................... 71 Ponto Parotida........................................................................................ 71 Ponto A sm a ............................................................................................. 71 Ponto Tem poral...................................................................................... 72 Ponto Fronte .......................................................................................... 72 Ponto Occipital....................................................................................... 73 Ponto V ertex............................................................................................ 73 Ponto H ipofise........................................................................................ 73 Ponto Cerebro ........................................................................................ 74 Ârea de Vertigem ......................................................................................74 Ârea de Neurastenia............................................................................... 74 Ponto Tâlamo ......................................................................................... 74 Ponto Excitagâo...................................................................................... 75 Ârea de Subcortex.................................................................................. 75 Ponto Testîculo....................................................................................... 76 F ossa S uperior do A ntitrago ..................................................................... 76 Ponto Tronco Cerebral............................................................................ 76 Ponto Laringe D en te............................................................................... 77 T rago ........................................................................................................... 77 Ponto Âpice do T ra go .............................................................................. 78 Ponto Supra-renal.................................................................................. 78 Ponto Nariz Externo ............................................................................... 78 Ponto do Orgăo C oragâo......................................................................... 79 Ponto Laringe-faringe ............................................................................. 79 Ponto Nariz Interno ................................................................................ 79 Ponto do Nervo Auriculotemporal........................................................... 80 Ponto F o m e ............................................................................................. 80 Ponto S e d e ............................................................................................... 80 I ncisura S upratrago......................................................................................80 Ponto Ouvido Externo............................................................................. 80 A nti- h e l ix .................................................................................................... 81 Regiâo Cervical....................................................................................... 81 Regiâo D orsal......................................................................................... 82 Regiăo Lombar ....................................................................................... 82 Regiâo Sacra ........................................................................................... 82 Ponto Coccix............................................................................................ 83 Ponto Pescogo........................................................................................... 83 Ponto T orax............................................................................................. 83 Ponto Abdom en...................................................................................... 83 Ponto Ombro e Espalda.......................................................................... 84 Ponto da Regiăo Intercostal ..................................................................... 84 Ponto dos Musculos Lombares.................................................................84 Ponto da Articulagăo Sacroiliaca............................................................ 84 Ponto das Glândulas Mamârias ............................................................. 85 Ponto da Regiâo do Hipocondrio ............................................................ 85

XVI

Auriculoterapia

Ponto Tiroide....................................................................................... 85 Ponto C alor......................................................................................... 85 C ruz I nferior do A nti-helix .......................................................................85 Ponto da Regiăo Glutea........................................................................ 86 Ponto do Nervo Ciâtico......................................................................... 86 Ponto do Nervo Simpâtico.................................................................... 86 C ruz S uperior do A nti-helix ......................................................................87 Ponto Artelhos..................................................................................... 87 Ponto do Calcâneo............................................................................... 87 Ponto da Articulagâo do Tornozelo....................................................... 87 Ponto Articulagâo do Quadril............................................................... 88 Ponto Articulagăo do Joelho................................................................. 88 Ponto Joelho..........................................................................................88 Ponto da Prega Poplitea....................................................................... 88 Ponto dos Musculos Gastrocnemios..................................................... 88 Ponto do Musculo Quadriceps............................................................. 89 F ossa escafoide.........................................................................................89 Ponto Falanges.................................................................................... 89 Ponto Clavicula ................................................................................... 90 Ponto Articulagâo do Punho................................................................. 90 Ponto Cotovelo..................................................................................... 90 Ponto Ombro....................................................................................... 90 Ponto Articulagâo do Ombro................................................................ 90 Ponto Alergia.........................................................................................91 F ossa T riangular.......................................................................................91 Ponto Hipotensor................................................................................. 91 Ponto Pelve............................................................................................92 Ponto Shen Men.....................................................................................92 Ponto Hepatite..................................................................................... 93 Ponto Genitais Internos....................................................................... 93 Ponto Anexos do Utero ........................................................................ 93 Ponto Colo do Utero............................................................................. 94 Ponto Articulagâo Coxofemoral............................................................. 94 Ponto Constipagâo............................................................................... 94 Raiz do H elix .............................................................................................95 Ponto Ouvido Central .......................................................................... 95 Ponto Diafragma.................................................................................. 95 P ontos que R odelam a Raiz do H e l ix ........................................................ 96 Ponto Boca.......................................................................................... 96 Ponto Esofago........................................................................................97 Ponto Cârdia.........................................................................................97 Ponto Estomago................................................................................... 98 Ponto Duodeno.................................................................................... 98 Ponto Intestino Delgado........................................................................ 98 Ponto Intestino Grosso ........................................................................ 99 Ponto Apendice.................................................................................... 99 CONCHA C lM B A ......................................................................................... 100 Ponto Rim ......................................................................................... 100 Ponto Prostata................................................................................... 101 Ponto Bexiga ..................................................................................... 102

Indice

XVII

Ponto Figado ......................................................................................... Pontos Vesfcula Biliar e Pâncreas ........................................................ Ponto Centro da Concha C im ba........................................................... C oncha C a v a .............................................................................................. Ponto Coragâo....................................................................................... Ponto Pulm âo........................................................................................ Ponto Traqueia...................................................................................... Ponto Bronquios................................................................................... Ponto B ago............................................................................................ Ponto S a n J ia o ...................................................................................... Ponto da Tuberculose........................................................................... I ncisura Intertrago .................................................................................. Ponto Endocrino................................................................................... Ponto Visâo 1 ........................................................................................ Ponto Visâo 2 ........................................................................................ Ponto Hipertensor................................................................................. Ponto Ovârio.......................................................................................... H elix ........................................................................................................... Ponto Âpice da O relh a.......................................................................... Ponto Ânus............................................................................................ Ponto Orgâos Genitais Externos .......................................................... Ponto Uretra.......................................................................................... Ponto R eto............................................................................................. Ponto Yang do F iga d o........................................................................... Pontos Helix de la 6 ............................................................................. Nervo Occipital M en or.......................................................................... D orso da O relh a ....................................................................................... Raiz Superior do Pavilhâo..................................................................... Raiz Central do Pavilhâo....................................................................... Raiz Inferior do Pavilhâo....................................................................... Sulco Posterior da O relh a..................................................................... Ponto Coragâo do Dorso da Orelha ...................................................... Ponto Bago do Dorso da O relh a........................................................... Ponto Rim do Dorso da Orelha............................................................. Ponto Figado do Dorso da Orelha......................................................... Ponto Pulmâo do Dorso da O relh a.......................................................

102 103 104 104 104 105 106 106 107 108 108 109 109 110 110 110 110 110 110 111 111 112 112 112 112 113 113 114 114 114 114 114 114 114 116 116

5. Agrupamento de Pontos de Acordo com sua Funşâo ....................................................................................................

117

DEZ G R U PO S Q U E SED AM OU A C A L M A M ........................................... 119 A calmam A calmam A calmam A calmam A calmam A calmam A calmam A calmam

D o r .......................................................................................... V ertigem ................................................................................. a C onvulsâo ............................................................................... a T o sse ........................................................................................ a D ispnela .................................................................................... o P ru rid o .................................................................................... o T in id o ....................................................................................... o V omito ......................................................................................

a

a

119 120 121 122 122 124 125 125

XVIII

Auriculoterapia

A calmam A calmam

a a

A cidez.................................................................................. 126 L eucorreia........................................................................... 126

SEIS GRUPOS COM FUNQOES ANTAGON1CAS.................................. 127 P ontos que S edam e E xcitam ................................................................ Pontos que Sedam............................................................................ Pontos que Excitam.......................................................................... P ontos H ipotensores e H ipertensores.................................................. Pontos Hipotensores......................................................................... Pontos Hipertensores........................................................................ P ontos que D iminuem e A umentam o R itmo C ardiaco ............................ Pontos que Diminuem o Ritmo Cardiaco.......................................... Pontos que Aumentam o Ritmo Cardiaco.......................................... P ontos H emostâticos e A tivadores da C irculaqâo S anguinea............... Pontos Hemostâticos ........................................................................ P ontos A tivadores da C irculaqâo S anguinea........................................ Pontos D iureticos e A ntidiureticos...................................................... Pontos Diureticos............................................................................. Pontos Antidiureticos ....................................................................... P ontos Laxantes e A ntidiarreicos......................................................... Pontos Laxantes............................................................................... P ontos A ntidiarreicos...........................................................................

127 127 128 128 128 129 129 129 130 130 130 131 132 132 132 133 133 134

CINCO GRUPOS QUE BENEFICIAM OS ORGÂOS DOS S E N T ID O S ............................................................................................ P ontos que D renam a G arganta............................................................ P ontos para C larear a V is â o ................................................................ P ontos para A judar a A udiqâo.............................................................. P ontos para D renar o Na r iz ................................................................. P ontos para a B eleza ............................................................................

134 134 135 136 136 137

TRES GRUPOS DE PONTOS COM FUNQÂO IM U N O LO G IC A ............. 138 P ontos A ntlalergicos............................................................................ 138 P ontos A ntiinfecciosos......................................................................... 139 P ontos anti-reumâticos......................................................................... 139 UM GRUPO COM FUNQÂO A N T IP IR E T IC A .......................................... 140 TRES GRUPOS DE PONTOS COM FUNQÂO R E G U LAD O R A.............. P ontos que R egulam a A tividade N eurovegetativa................................ P ontos que R egulam a A tividade E ndocrina......................................... P ontos que R egulam a M enstruaqâo....................................................

141 141 142 143

DOIS GRUPOS COM FUNQÂO TON1FICADORA.................................. 144 P ontos T onificadores P ontos T onificadores

de do

R i m ................................................................ 144 Sangue .......................................................... 145

TRES GRUPOS FORTALECEDORES..................................................... 146 P ontos F ortalecedores P ontos F ortalecedores

do do

C erebro..................................................... 146 F îgado e S angue ........................................ 147

Indice

P ontos F ortalecedores

do

B aqo

e sua

XIX

F u n c â o ...................................... 148

SE TE O U TR O S G R U P O S ............................................................................ 149 P ontos para E stimular a L actacâo ........................................................... P ontos para R egular o Q i e E liminar a D istensâo .................................. P ontos H ipoglicemiantes........................................................................... P ontos A ntiespasmOd ic o s .......................................................................... P ontos que D renam a V esîcula B iliar ..................................................... P ontos S oniferos...................................................................................... P ontos A dstringentes............................................................................... 6.

149 149 150 151 151 153 154

D i a g n o s t i c o ........................................................................................... 157 PR1NCIPIOS DO D IAG N O STIC O A U R IC U L A R ........................................ 157 M E TO D O S DE D IAG N O STIC O A U R IC U L A R ........................................... 158 D iagnostico A traves da O bservacâo ........................................................ D iagnostico A traves dos P ontos D olorosos â P ressâo ......................... D iagnostico A traves da M arca D eixada â P r e ssâo ................................. D iagnostico A traves da P alpacâo ............................................................. D iagnostico A traves da E xploracAo E letrica ......................................... M etodo S intetizado de D iagnostico A uricular ....................................... Observagâo........................................................................................... Palpagâo................................................................................................ Exploragâo Eletrica .............................................................................. Diferenciagâo de Sfndromes.................................................................

158 158 159 159 159 160 161 161 161 161

D IAGNOSTICO AU R IC U LAR - CARACTERISTIC AS SEM IOLOGICAS ... 161 D iagnostico A traves da O bservaqâo ........................................................ Mudangas da Colora^âo ...................................................................... Reagoes de Cor Verm elha............................................................... Reagoes de Cor Branca .................................................................. Reagoes de Cor Cinza-escuro......................................................... Reagoes de Cor Parda ou Castanho-escuro.................................... Mudangas Morfologicas....................................................................... Proeminencias ................................................................................ Depressoes ..................................................................................... Porosidades e Irregularidades ........................................................ Reagoes em Forma de Pâpulas............................................................. Reagăo de Descamagâo........................................................................ Reagoes Vasculares .............................................................................. Rela^âo Entre as Reagoes Positivas e o Tipo de Enfermidade ............. Enfermidades Inflamatorias Agudas.............................................. Enfermidades Cronicas de Carâter Estrutural.............................. Enfermidades Dermatologicas........................................................ Enfermidades Neoplâsicas ............................................................. Como se Realiza este Metodo.......................................................... Aspectos a se Levar em Consideracăo.................................................

161 162 162 162 163 163 163 163 164 164 164 164 165 166 166 166 166 166 166 167

XX

Auriculoterapia

DIAGNOSTICO ATRAVES DA P A LP A Q Â O .............................................. 168 ExPLORAţÂO com L âpis E xplorador ou com Explorador E letrico .......... Pressâo Exploratoria........................................................................... Relaţăo Entre os Pontos Sensîveis â Dor e o Tipo de Enfermidade Como se Realiza este Metodo........................................................ Aspectos a se Levar em Consideraţâo........................................... Rastreamento Exploratorio................................................................ Como se Realiza este Metodo........................................................ Aspectos a se Levar em Consideraţâo........................................... Mudanţas Morfologicas Obtidas Mediante este Metodo..................... Proeminencias .............................................................................. Depressoes ................................................................................... Marcas.......................................................................................... Edemas ........................................................................................ Exploraqâo D igital ................................................................................. Como se Realiza este Metodo............................................................. Mudanţas Morfologicas Obtidas Mediante este Metodo Segundo o Local do Pavilhăo Auricular....................................................... Lobulo da Orelha.......................................................................... Antitrago....................................................................................... Fossa escafoide............................................................................. Anti-helix...................................................................................... Cruz Superior da Anti-helix.......................................................... Concha Cim ba.............................................................................. Helix da Orelha............................................................................. Aspectos a se Levar em Consideraţâo................................................

168 168 168 170 171 171 171 172 172 172 173 173 174 174 174 175 175 175 175 175 175 175 176 176

DIAGNOSTICO ATRAVES DA EXPLORAGÂO ELETRICA .................... 176 COMPORTAMENTO ELETRICO DOS PONTOS AURICULARES ................................ T ipos de E quipamentos Exploradores A uriculares ................................ C onsideraqOes G erais dos P ontos de A lta C ondutibilidade.................. D eterminaqâo dos P ontos de A lta C ondutibilidade............................... Diferenţa entre os Pontos Normais e os de Alta Condutibilidade....... Pontos normais............................................................................. Pontos de Alta Condutibilidade .................................................... Reaţăo Positiva D ebil................................................................... Reaţăo Positiva............................................................................. Reaţăo Positiva Forte................................................................... Diferenţa entre os Pontos de Alta Condutibilidade Fisiologica e os Pontos de Alta Condutibilidade de Reaţăo Positiva.................. Caracterîsticas D iagnosticas dos P ontos de A lta C ondutibilidade...... R egras G erais das R eaqoes nos P ontos de A lta C ondutibilidade......... R elaqâo entre as R eaqoes de A lta C ondutililidade, os S intomas C lînicos e o E stado da E nfermidade................................................. Passos a S eguir na Exploraqâo E lettrica do Pavilhâo A uricular .......... Aţâo Inicial......................................................................................... Regular o Valor da Resistencia Eletrica.............................................. Metodo de Regulaţâo.......................................................................... M etodo de Exploracâo ...........................................................................

176 177 178 179 179 179 179 179 179 179 180 181 181 183 185 185 185 185 186

Indice

Metodo Exploratorio de Forma Lin ear................................................... Exploragâo de Acordo com a Anatom ia........................................... Exploragâo por Sistemas e Aparelhos............................................. Diferengas Individuais na Exploragâo de Ambas as O relh as......... Metodo Exploratorio Exercendo Pressăo sobre o Ponto........................ Como se realiza este Metodo ........................................................... R egras E stabelecidas durante a E xploraqâo E letrica do Pavilhâo A urjcular................................................................................................ C lassificacâo dos P ontos com R eaqâo P ositiva ........................................ A spectos a se L evar em C onsideraqâo ......................................................

XXI

186 186 186 187 187 187 188 188 189

D IA G N O S TIC O A T R A V E S D A D IFERENCLAQÂO D E S IN D R O M E S .... 190 M etodos de D eterminaqâo D iag no stica .................................................... Anâlise das Zonas Reativas.................................................................... Anâlise de Acordo com as Normas Estabelecidas nas Mudangas de Reagâo P ositiva............................................................................... Anâlise de Acordo com a Teoria dos Canais e Colaterais e dos Zang F a ............................................................................................ Anâlise Diagnostica de Acordo com a Teoria da Medicina Moderna ....

191 191 191 191 192

D IA G N O S TIC O D AS E N F E R M ID A D E S M AIS C O M U N S ........................ 193 M edicina I nterna ......................................................................................... Sistema D igestivo................................................................................... Gastrite A gu da.................................................................................. Gastrite Cronica................................................................................ Gastrite Cronica e Aguda em Periodo de C ris e s ............................. Ulcera Peptica................................................................................... Ulcera D uodenal.............................................................................. Duodenite......................................................................................... Enterite A gu d a.................................................................................. Diarreia Cronica .............................................................................. Constipagăo...................................................................................... Desordens Intestinais ...................................................................... Sindrome de Mâ Absorgăo nas Criangas......................................... Hepatite A g u d a ................................................................................. Hepatite C ron ica.............................................................................. Cirrose H epâtica.............................................................................. Hepatom egalia.................................................................................. Colecistite A g u d a ............................................................................. Colecistite C ronica........................................................................... Colecistolitfase.................................................................................. Angiocolite........................................................................................ Esplenomegalia................................................................................. Sistema Respiratorio ............................................................................. Resfriado Comum ............................................................................ Bronquite Cronica............................................................................ Asma Bronquial...................................................................................... Bronquiectasia.................................................................................. Tuberculose Pulm onar..................................................................... Sistema Cardiovascular.........................................................................

193 193 193 193 194 194 194 195 195 195 196 196 196 196 197 197 197 198 198 199 199 199 200 200 200 200 200 201 201

XXII

Auriculoterapia

Hipertensâo e Hipotensăo Arterial................................................ 201 Cardiopatia Isquemica................................................................. 202 Taquicardia Paroxistica................................................................ 203 Bradicardia................................................................................... 203 Bloqueio Atrioventricular............................................................. 203 Cardiopatia Reumatica ................................................................. 203 Sistema Nervoso................................................................................. 203 Cefaleia Frontal ............................................................................ 203 Cefaleia Temporoparietal.............................................................. 204 Cefaleia Occipital.......................................................................... 204 Cefaleia em V ertex........................................................................ 204 Cefaleia de toda a Cabega ............................................................ 204 Vertigens....................................................................................... 204 Neurastenia.................................................................................. 205 Desordens da Atividade Neurovegetativa...................................... 205 Neuralgia do Trigemeo .................................................................. 205 U rologia................................................................................................. 206 Glomerulonefrite Cronica............................................................. 206 Pielonefrite Cronica....................................................................... 206 Cistite Cronica.............................................................................. 206 Infecgăo das Vias Urinârias.......................................................... 206 Disfungăo Sexual.......................................................................... 206 E ndOcrino ............................................................................................... 207 Diabetes M elito............................................................................. 207 O rtopedia ............................................................................................... 207 Lesâo Aguda dos Tecidos Moles Articulares.................................. 207 Lesăo Recidivante dos Tecidos Moles Articulares.......................... 207 Artrite A guda................................................................................ 207 Artrite Cronica.............................................................................. 208 Lesăo da Musculatura Paralombar............................................... 208 Hiperplasia das Vertebras Lombares............................................ 208 Miofibrosite do Ombro e da Espalda............................................. 208 Esporăo Calcâneo......................................................................... 209 Espasmo dos Musculos Gastrocnemios........................................ 209 Ciatalgia....................................................................................... 209 Cervicalgia.................................................................................... 209 C irurgia.................................................................................................. 209 Hemorroides................................................................................. 209 Fissura A n a l................................................................................. 210 Prostatite Cronica......................................................................... 210 Hiperplasia da Prostata................................................................ 210 G inecologia..............................................................................................210 Inflamagâo Pelvica........................................................................ 210 Anexite ......................................................................................... 211 Cervicite ....................................................................................... 211 Menstruagoes Irregulares............................................................. 211 Hemorragia Uterina Disfuncional................................................. 211 Fibroma Uterino............................................................................ 212 Leucorreia..................................................................................... 212 D ermatologia............................................................................................212

indice

XXIII

Urticâria Aguda .............................................................................. 212 Urticâria C ron ica............................................................................ 212 Neurodermatite............................................................................... 213 Dermatite Seborreica...................................................................... 213 Prurido Derm atologico.................................................................... 213 E nfermidades dos C inco O rgâos dos S entidos .........................................213 Faringite C ronica............................................................................ 213 Amigdalite Cronica.......................................................................... 213 Rinite Simples.................................................................................. 214 Rinite Hipertrofica........................................................................... 214 Rinite Alergica.................................................................................. 214 Sinusite........................................................................................... 214 Gengivorragia .................................................................................. 214 Gengivite ......................................................................................... 215 Ulceras Bucais................................................................................. 215 Miopia ............................................................................................. 215 Astigmatismo................................................................................... 215 7.

T e r a p e u t i c a A u r i c u l a r - C a r a c t e r i s t i c a s e M e t o d o s ....217 C A R A C T E R IS T IC A S ...................................................................................... 217 T ratamento de E nfermidades D olorosas ................................................. 217 Dores por Traumas Externos................................................................ 217 Dores Pos-operatorias........................................................................... 218 Dor Derivada de Processos Inflam atorios............................................ 218 Dor de Origem Neurologica................................................................... 218 Dor Derivada de Enfermidades Oncologicas........................................ 218 T ratamento de E nfermidades I nflamatOr ia s .............................................. 219 T ratamento das E nfermidades do T ecido C olâgeno ................................. 219 T ratamento das E nfermidades E ndocrinometabolicas e do S istema U rogenital ..............................................................................................219 T ratamento de E nfermidades de C arâter F uncional ............................... 220 T ratamento de E nfermidades de C arâter C ronico .................................. 220 T ratamento de E nfermidades I nfecto-contagiosas.................................. 220 A spectos a se L evar em C onsideracăo ..................................................... 221 M E T O D O S ...................................................................................................... 221 T ratamento com A gulhas F iliformes ..........................................................222 Preparagâo do M aterial......................................................................... 222 Selegâo dos Pontos Auriculares ........................................................... 222 Manipulagoes Durante a Puntura com Agulha F iliform e.................... 223 Inserţâo da A g u lh a ......................................................................... 223 Intensidade da Puntura .................................................................. 223 Metodo de Puntura ......................................................................... 224 Profundidade da Puntura................................................................ 224 Diregăo da Puntura......................................................................... 225 Retengăo da A g u lh a ........................................................................ 225 Tonificagâo e Dispersâo................................................................... 225 Modo de Retirar a Agulha................................................................ 226

XXIV

Auriculoterapia

Ciclo de Tratamento.......................................................................... 226 O De Q i ............................................................................................. 227 O que e o De Qi e o que Significa que Chegue ao Local Enfermo?.. 227 O Qi e sua Relagâo com o Resultado Terapeutico......................... 227 Aspectos a se Levar em Consideragâo................................................ 228 Reagoes Secundârias......................................................................... 229 Lipotimia ..................................................................................... 229 Manifestagoes clînicas............................................................... 229 O que fazer?.............................................................................. 229 Como Evitar a Lipotimia?.......................................................... 230 Outras Reagoes............................................................................ 230 Infecgoes............................................................................................ 230 Infecgâo da P ele........................................................................... 231 O que fazer?.............................................................................. 231 Infecgâo da Cartilagem................................................................. 231 O que fazer?.............................................................................. 231 T ratamento com A gulha Intradermica ou P ermanente .......................... 232 Metodo de Tratamento....................................................................... 232 Aspectos a se Levar em Consideragăo................................................ 233 T ratamento com E letroauriculopuntura................................................ 234 Metodo de Tratamento....................................................................... 234 Aspectos a se Levar em Considera^âo................................................ 234 T ratamento de C olocacâo de S ementes.................................................235 Metodo de Tratamento....................................................................... 236 Preparagâo do Material ................................................................ 236 Preparagâo da placa de acrilico ................................................. 236 Modo de U so................................................................................ 236 Diregăo do Estimulo..................................................................... 237 Ciclo de Tratamento.......................................................................... 238 A spectos a se L evar em C onsideraqâo ...................................................238 T ratamento de M esopuntura..................................................................239 Tipos de Medicamentos a U sar.......................................................... 240 Enfermidades que se Tratam com Mesopuntura............................... 240 Metodo de Tratamento....................................................................... 240 Aspectos a se Levar em Consideragăo............................................... 241 T ratamento M edlante C ortes e Emplastros de M edicamentos ............. 242 Preparagâo do Material..................................................................... 243 Medicamentos a U sar........................................................................ 243 Pasta de Alho e Pimenta.............................................................. 243 Pasta de Gengibre....................................................................... 243 Enfermidades que se Tratam com este Metodo ................................. 243 Metodo de Tratamento...................................................................... 243 Aspectos a se Levar em Consideragăo............................................... 244 T ratamento M ediante Parches M edicinais ............................................ 244 Enfermidades que se Tratam com este Metodo ................................. 244 Tipos de Emplastros a Usar.............................................................. 244 Metodo de Tratamento...................................................................... 245 T ratamento com M oxibustâo................................................................. 245 Metodo de Tratamento...................................................................... 246 Moxibustâo com Bastâo de Moxa ................................................. 246

indice

XXV

Moxibustâo com a Planta “Deng Xin Cao” ...................................... 247 Metodo de Moxibustăo com ‘‘Moxa de Aroma Leve” ....................... 247 Moxibustâo com “Pequeno Cone de Moxa” ..................................... 247 Aspectos a se Levar em Consideragâo.................................................. 248 T r a t a m e n t o M e d ia n t e S a n g r j a .................................................................... 248 Metodo de Tratamento.......................................................................... 248 Aspectos a se Levar em Consideragăo.................................................. 249 Selegăo do Ponto de Sangria Segundo a Enfermidade ........................ 249 Sangria no Âpice da Orelha............................................................ 249 Sangria em Ponto Yang de Ffgado................................................... 250 Sangria no Âpice do Trago ............................................................. 250 Sangria no Sulco Hipotensor.......................................................... 250 Sangria no Dorso da O relh a........................................................... 250 T r a t a m e n t o c o m R a d io is o t o p o s .................................................................. 250 Preparagâo do Material......................................................................... 251 Metodo de Tratamento.......................................................................... 251 Aspectos a se Levar em Consideragăo.................................................. 251 T r a t a m e n t o c o m M a g n e t o t e r a p i a ............................................................. 251 Metodo de Tratamento.......................................................................... 252 Magnetoterapia Direta..................................................................... 252 Magnetoterapia Indireta................................................................. 252 Magnetoterapia com Agulha Intradermica Magnetizada................ 253 Etroacupuntura M agnetica............................................................ 253 Magnetoterapia com o Uso de Lodo Magnetico............................... 253 Aspectos a se Levar em Consideragăo.................................................. 253 T r a t a m e n t o c o m L a s e r p u n t u r a ................................................................... 254 Metodo de Tratamento.......................................................................... 255 Aspectos a se Levar em Consideragâo.................................................. 255 M e t o d o d e T r a t a m e n t o c o m B r i n c o s ........................................................ 256 T r a t a m e n t o c o m o M a r t e l o d e “ F l o r d e A m e ix e ir a ” ................................. 256 Metodo de Tratamento.......................................................................... 256 Aspectos a se Levar em Consideragâo.................................................. 257 T r a t a m e n t o M e d ia n t e M a s s a g e m .............................................................. 257 Massagem Geral do Pavilhăo Auricular............................................... 257 Massagem de todo o Pavilhăo......................................................... 258 Massagem da helix da o relh a ......................................................... 258 Alar e Levantar o Lobulo da O relh a............................................... 259 Massagem de Pontos Especfficos ......................................................... 259 Ponteio ............................................................................................ 259 Pingamento..................................................................................... 259 Sovamento...................................................................................... 260 Caracteristicas da Manipulagăo Segundo a Zona do Pavilhăo Auricular........................................................................................ 260 R e a c o e s majs C o m u n s D u r a n t e a A u r ic u l o t e r a p ia .................................... 261 Reagoes do Pavilhăo Auricular............................................................. 261 Reagoes em Outras Partes do Corpo .................................................... 262 Reagoes a Nivel dos Canais e Colaterais.............................................. 262 Reagoes Sistemicas............................................................................... 263 Reagâo Conectiva ................................................................................. 263 Reagâo com Retardo............................................................................. 264

XXVI

Auriculoterapia

Reagăo de Carâter Intermitente ......................................................... 264 Reagâo Letargica............................................................................... 264 Reagăo de Efeito Contrârio ................................................................ 265 PRINCÎPIOS PARA A SELEQÂO DOS P O N T O S ..................................... 265 S elecAo S egundo a Z ona C orrespondente.............................................. 265 S elecAo S ecundo a D iferenciacâo de S îndromes por Z ang F u e por Canais e C olaterais........................................................................... 266 S eleqâo S egundo os C riterios da M edicina M oderna............................. 267 S ele^âo S egundo sua F uncăo ................................................................ 268 S eleqâo S egundo a Experiencia C linica .................................................268 8.

P a to lo g ia s e T e r a p e u tic a

271

M EDICINA IN T E R N A ................................................................................ 271 S istema D igestivo .................................................................................. 271 Gastrite............................................................................................. 271 Tratamento.................................................................................. 272 Explicagâo dos pontos............................................................... 272 Ulcera Peptica Gastroduodenal.......................................................... 273 Tratamento.................................................................................. 273 Explicagâo dos pontos............................................................... 274 Caso Clinico................................................................................. 274 Gastroenterite Aguda......................................................................... 275 Tratamento............................................................................. ..... 275 Explicagâo dos pontos............................................................... 276 Pancreatite Cronica........................................................................... 276 Tratamento.................................................................................. 277 Explicagâo dos pontos............................................................... 277 Experiencia Clinica...................................................................... 278 Constipagăo ...................................................................................... 278 Etiopatogenia................................................................................ 278 Tratamento.................................................................................. 279 Explicagâo dos Pontos............................................................... 279 Diarreias............................................................................................ 280 Tratamento.................................................................................. 281 Explicagâo dos pontos............................................................... 282 Nâuseas e Vomitos ............................................................................ 282 Tratamento.................................................................................. 283 Explicagâo dos pontos............................................................... 283 Espasmos do Diafragma ou Solugo.................................................... 283 Tratamento.................................................................................. 284 Explicagâo dos pontos............................................................... 284 Experiencia Clinica...................................................................... 285 Esofagite ........................................................................................... 285 Tratamento.................................................................................. 285 Explicagâo dos pontos............................................................... 285 Colecistite ......................................................................................... 286 Tratamento.................................................................................. 286 Explicagâo dos pontos............................................................... 287

Indice

XXVII

Hepatite ................................................................................................ 287 Tratam ento..................................................................................... 287 Explicagăo dos pontos................................................................. 288 S istema R espiratorio ...................................................................................288 Bronquite.............................................................................................. 288 Tratam ento..................................................................................... 289 Explicagăo dos pontos................................................................. 290 Asma Bronquial.................................................................................... 290 Tratam ento..................................................................................... 291 Explicagâo dos pontos................................................................. 291 Tratam ento..................................................................................... 292 S istema C ardiovascular ..............................................................................292 Hipertensăo Arterial ............................................................................. 292 Tratam ento...................................................................................... 294 Explicagâo dos pontos................................................................. 294 Experiencia C lin ica......................................................................... 295 Hipotensâo............................................................................................ 295 Tratam ento..................................................................................... 296 Explicagâo dos pontos................................................................. 296 Cardiopatia Isquemica.......................................................................... 296 Tratam ento..................................................................................... 297 Explicagâo dos pontos................................................................. 298 Experiencia C linica......................................................................... 298 Arritmias Cardiacas.............................................................................. 298 Tratam ento..................................................................................... 299 Explicagâo dos pontos................................................................. 300 Experiencia C lin ica......................................................................... 300 Insuficiencia Arterial Periferica............................................................ 300 Tratam ento..................................................................................... 301 Explicagâo dos pontos................................................................. 301 Experiencia C lin ica......................................................................... 302 Neurose Cardiaca................................................................................. 302 Tratam ento..................................................................................... 303 Explicagăo dos pontos................................................................. 303 S istema N ervoso ......................................................................................... 304 Neurastenia........................................................................................... 304 Tratam ento..................................................................................... 305 Explicagâo dos pontos............................................................... 305 Experiencia C lin ica......................................................................... 306 Caso Clinico.................................................................................... 307 Receita.......................................................................................... 307 H isteria................................................................................................. 307 Tratam ento..................................................................................... 308 Explicagăo dos pontos................................................................... 308 Cefaleia................................................................................................. 309 Tratam ento..................................................................................... 310 Explicagâo dos pontos................................................................. 310 Seqiielas da Comogâo Cerebral..............................................................310 Tratam ento..................................................................................... 311 Explicagâo dos pontos................................................................. 311

XXVIII

Auriculoterapia

Psicose................................................................................................ 312 Tratamento..................................................................................... 312 Explicagâo dos pontos................................................................ 313 Experiencia Clinica....................................................................... 313 Neuralgia do Trigem eo........................................................................ 313 Tratamento..................................................................................... 314 Explicagâo dos pontos................................................................ 315 Espasmo Facial................................................................................... 315 Tratamento.................................................................................... 316 Explicagâo dos pontos................................................................ 316 Experiencia Clinica....................................................................... 317 Desordens do Sistema Neurovegetativo............................................... 317 Tratamento.................................................................................... 318 Explicagâo dos pontos................................................................ 318 Paralisia Facial.................................................................................... 319 Tratamento.................................................................................... 320 Explicagâo dos pontos................................................................ 320 Experiencia C linica....................................................................... 321 Epilepsia............................................................................................. 321 Tratamento.................................................................................... 323 Explicagâo dos pontos................................................................ 323 Experiencia Clinica....................................................................... 324 Dor Fantasma ..................................................................................... 324 Tratamento.................................................................................... 324 Explicagâo dos pontos................................................................ 325 Experiencia Clinica....................................................................... 325 Casos Clinicos ............................................................................... 326 S istema E ndocrino .................................................................................... 327 Diabetes Melito.................................................................................... 327 Tratamento.................................................................................... 328 Explicagâo dos pontos................................................................ 328 Experiencia Clinica....................................................................... 329 Diabetes Insipido................................................................................. 329 Tratamento.................................................................................... 330 Explicagâo dos pontos................................................................ 330 Caso clinico................................................................................... 331 Hipertiroidismo ................................................................................... 331 Tratamento.................................................................................... 332 Explicagâo dos pontos................................................................ 333 Caso Clinico................................................................................... 334 O R TO PE D IA E T R A U M A T O LO G IA ............................................................ 334 E ntorse e C ontusăo ................................................................................. 334 Tratamento.................................................................................... 334 Explicagâo dos pontos................................................................ 335 Experiencia C linica....................................................................... 335 T orcicolo ..................................................................................................335 Tratamento.................................................................................... 336 Explicagâo dos pontos................................................................ 336 P eriartrite do O m bro ............................................................................... 336

Indice

X X IX

Tratam ento....................................................................................... 337 Explicagâo dos pontos................................................................... 337 Experiencia C lin ica.......................................................................... 337 ClATALGIA...................................................................................................... 338 Tratam ento....................................................................................... 339 Explicagăo dos pontos.................................................................. 339 Experiencia C lin ica.......................................................................... 340 C ervicalgia .................................................................................................. 340 Tratam ento....................................................................................... 340 Explicagâo dos pon tos.................................................................. 340 Experiencia C lin ica.......................................................................... 341 L esâo da M usculatura L o m b a r ................................................................... 342 Tratam ento....................................................................................... 342 Explicagâo dos pontos.................................................................. 342 Experiencia C lin ica.......................................................................... 343 A rtrite R eum ato ide ..................................................................................... 343 Tratam ento....................................................................................... 344 Explicagâo dos pontos.................................................................. 344 Experiencia C lin ica.......................................................................... 345 E picondilite E xterna do U m e r o .................................................................. 345 Manifestagoes clinicas.................................................................. 346 Tratam ento....................................................................................... 346 Explicagâo dos pontos.................................................................. 346 Experiencia C lin ica.......................................................................... 347 C occigodinia ............................................................................................... 347 Tratam ento....................................................................................... 347 Explicagâo dos Pontos...................................................................... 347 Experiencia C lin ica.......................................................................... 347 C IR U R G IA ..........................................................................................................348 T romboangiite O bliterante ......................................................................... 348 Tratam ento....................................................................................... 348 Explicagâo dos pon tos.................................................................. 349 Zona correspondente..................................................................... 349 Experiencia C lin ica.......................................................................... 349 T romboflebite............................................................................................. 350 Tratam ento....................................................................................... 350 Explicagâo dos pontos.................................................................. 351 Experiencia C lin ica.......................................................................... 351 E nfermidade de R aynaud ............................................................................ 351 Tratam ento....................................................................................... 352 Experiencia C lin ica.......................................................................... 352 D isplasia M a m â r ia ........................................................................................ 352 Tratam ento........................................................................................ 353 Explicagâo dos pon tos.................................................................. 353 Experiencia C lin ica.......................................................................... 354 M a s t it e ........................................................................................................ 354 Tratam ento....................................................................................... 354 Explicagâo dos pontos.................................................................. 355

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H emorroides............................................................................................ 355 Tratamento.................................................................................... 356 Explicagâo dos pontos................................................................ 356 Experiencia C linica....................................................................... 356 P rolapso R e t a l ........................................................................................ 357 Tratamento.................................................................................... 357 Explicagăo dos pontos................................................................ 357 Experiencia C linica....................................................................... 358 L infadenite............................................................................................... 358 Tratamento.................................................................................... 359 Explicagâo dos pontos................................................................ 359 E risipela .................................................................................................... 360 Tratamento.................................................................................... 360 Explicagăo dos pontos................................................................. 361 Experiencia C linica........................................................................ 361 N euralgia I ntercostal .............................................................................. 361 Tratamento.................................................................................... 362 Explicagâo dos pontos................................................................ 362 Experiencia Clinica....................................................................... 363 Bocio S imples .......................................................................................... 363 Tratamento.................................................................................... 363 Explicagâo dos pontos................................................................ 364 Experiencia Clinica....................................................................... 364 U R O L O G IA .................................................................................................. 364 L itîase R enai............................................................................................. 364 Tratamento.................................................................................... 365 Explicagâo dos pontos................................................................ 365 Experiencia Clinica....................................................................... 366 P ielonefrite...............................................................................................366 Tratamento.................................................................................... 367 Explicagâo dos pontos................................................................ 367 Experiencia Clinica....................................................................... 367 C istite ..................................................................................................... 368 Tratamento.................................................................................... 368 Explicagâo dos pontos................................................................ 368 Experiencia Clinica....................................................................... 369 P rostatite..................................................................................................369 Tratamento.................................................................................... 369 Explicagâo dos pontos................................................................ 369 Experiencia Clinica....................................................................... 370 O rquite......................................................................................................370 Tratamento.................................................................................... 370 Explicagăo dos pontos................................................................ 370 Experiencia Clinica....................................................................... 371 I mpotencla................................................................................................ 371 Tratamento.................................................................................... 371 Explicagâo dos pontos................................................................ 372 Experiencia Clinica....................................................................... 372

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XXXI

E spermatorreia ............................................................................................ 372 Tratam ento...................................................................................... 372 Explicagăo dos pontos.................................................................. 373 E nurese ...................................................................................................... 373 Tratam ento...................................................................................... 374 Explicagâo dos pontos.................................................................. 374 Experiencia C lin ica.......................................................................... 375 P olaciuria ................................................................................................... 375 Tratam ento...................................................................................... 375 Explicagâo dos pontos.................................................................. 376 Experiencia C lin ica.......................................................................... 376 R etencâo U r in â r ia ..................................................................................... 376 Tratam ento........................................................................................ 377 Explicagăo dos pontos.................................................................. 377 Experiencia C lin ica.......................................................................... 378 E N F E R M ID A D E S D O S C IN C O O R G Â O S D O S S E N T ID O S ................... 378 V ertigem por T ranstornos do O uvido I nterno .......................................... 378 Tratam ento...................................................................................... 378 Explicagăo dos pontos.................................................................. 379 Experiencia C lin ica.......................................................................... 379 T inido e H ipoacusla ...................................................................................... 379 Tratam ento...................................................................................... 380 Explicagâo dos pontos.................................................................. 380 Experiencia C lin ica.......................................................................... 381 A migdalite ..................................................................................................... 381 Tratam ento...................................................................................... 382 Explicagăo dos pontos.................................................................. 382 L aringofaringite A guda .............................................................................. 382 Tratam ento...................................................................................... 382 Explicagăo dos pontos.................................................................. 383 Experiencia C lin ica.......................................................................... 383 U lceras B ucais R ecidivantes .................................................................... 383 Tratam ento...................................................................................... 384 Explicagăo dos pon tos.................................................................. 384 Experiencia C lin ica.......................................................................... 384 O dontalgia.................................................................................................. 384 Tratam ento...................................................................................... 385 Explicagăo dos pontos.................................................................. 385 Experiencia C lin ica.......................................................................... 386 R inite C r o n ic a ............................................................................................ 386 Tratam ento...................................................................................... 386 Explicagâo dos pontos.................................................................. 386 Experiencia C lin ica.......................................................................... 387 Rinite A lergica....................................................................................... 387 Tratam ento...................................................................................... 388 Explicagâo dos pontos....................................................................388 Experiencia C lin ica.......................................................................... 388 C onjuntivite A guda .................................................................................... 389

XXXII

Auriculoterapia

Tratamento.................................................................................. 389 Explicagâo dos pontos............................................................... 389 Experiencia Clinica...................................................................... 389 T ercol ................................................................................................... 389 Tratamento.................................................................................. 390 Explicagăo dos pontos............................................................... 390 Experiencia Clinica...................................................................... 390 M iopia .................................................................................................... 390 Tratamento.................................................................................. 391 Explicagâo dos pontos............................................................... 391 Experiencia Clinica...................................................................... 391 P eriodontite.......................................................................................... 391 Tratamento.................................................................................. 392 Explicagăo dos pontos............................................................... 392 G engivorragia........................................................................................ 393 Tratamento.................................................................................. 393 Explicagăo dos pontos............................................................... 393 Otite M edia C ronica.............................................................................. 393 Tratamento.................................................................................. 394 Explicagăo dos pontos............................................................... 394 E pistaxe................................................................................................. 395 Tratamento.................................................................................. 395 Explicagăo dos pontos............................................................... 395 Otalgia .................................................................................................. 396 Tratamento.................................................................................. 396 Explicagâo dos pontos............................................................... 397 Experiencia Clinica...................................................................... 397 G laucoma............................................................................................... 398 Tratamento.................................................................................. 398 Explicagâo dos pontos............................................................... 399 G IN E C O LO G IA.......................................................................................... 399 M enstruaqoes I rregulares.................................................................... Tratamento.................................................................................. Explicagăo dos pontos............................................................... Experiencia Clinica...................................................................... D ismenorreia......................................................................................... Tratamento.................................................................................. Explicagăo dos pontos............................................................... Experiencia Clinica...................................................................... A menorreia ............................................................................................ Tratamento.................................................................................. Explicagâo dos pontos............................................................... Experiencia Clinica...................................................................... H emorragia U terina D isfuncional.......................................................... Tratamento.................................................................................. Explicagâo dos pontos............................................................... Experiencia Clinica...................................................................... C ervicite................................................................................................

399 400 400 401 401 402 402 402 403 403 404 404 404 405 405 405 406

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XXXIII

Tratam ento........................................................................................ 406 Explicagâo dos pon tos................................................................... 406 Experiencia C lin ica........................................................................... 407 Inflamaqâo P elvica ........................................................................................ 407 Tratam ento........................................................................................ 407 Explicagâo dos p on tos................................................................... 408 P rolapso U te rino .......................................................................................... 408 Tratam ento........................................................................................ 408 Explicagăo dos p on tos................................................................... 409 D E R M A T O L O G IA ............................................................................................ 409 P rurido ......................................................................................................... 409 Tratam ento........................................................................................ 410 Explicagâo dos p on tos................................................................... 410 Experiencia C lin ica ........................................................................... 410 U r t ic â r ia ......................................................................................................411 Tratam ento........................................................................................ 412 Explicagăo dos pontos................................................................... 412 Experiencia C lin ica ........................................................................... 412 D ermatite de C ontato ..................................................................................413 Tratam ento........................................................................................ 413 Explicagăo dos p on tos................................................................... 413 H erpes Z o s t e r ...............................................................................................414 Tratam ento........................................................................................ 414 Explicagâo dos pon tos................................................................... 415 Experiencia C lin ica ........................................................................... 415 A cne J uvenil .................................................................................................. 416 Tratam ento........................................................................................ 417 Explicagăo dos p on tos................................................................... 417 Experiencia C lin ica ........................................................................... 418 L iquen P lano .................................................................................................. 418 Tratam ento........................................................................................ 418 Explicagâo dos p on tos................................................................... 419 Experiencia C lin ica ........................................................................... 419 PSORÎASE........................................................................................................ 419 Tratam ento........................................................................................ 420 Explicagăo dos p on tos................................................................... 420 Experiencia C lin ica........................................................................... 420 D ermatite S eborreica ...................................................................................421 Tratam ento........................................................................................ 421 Explicagâo dos pon tos................................................................... 422 Experiencia C lin ica ........................................................................... 422 C lo asm a ..........................................................................................................422 Tratam ento........................................................................................ 423 Explicagâo dos p on tos................................................................... 423 Experiencia C lin ica ........................................................................... 424 VlTILIGO ......................................................................................................... 424 Tratam ento........................................................................................ 424 Explicagâo dos p on tos................................................................... 425

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Experiencia Clinica..................................................................... 425 A lopecia A re ata ...................................................................................... 426 Tratamento................................................................................. 427 Explicagăo dos pontos.............................................................. 427 Experiencia Clinica..................................................................... 428 Bibliografia............................................................................................ 429 Indice Rem issivo................................................................................... 433

1 . Origem do D iagnostica e 'Tratamento fturicuCar na China

Pode-se assegurar sem tem or algum, que o diagnostice) e tratamento atraves do m icrossistem a da orelha teve sua origem na China. Jâ nos textos antigos, como o Huang Ti Nei Jing, se justificava a estreita relaqăo do pavilhăo auricular corn o resto do corpo, nutrindo-se este conhecimento, com a experiencia posterior. Em 1973, an trop ologos chineses, en contraram nas escavagoes. realizadas na provincia de Hu Nan, um livro antigo do periodo Han, escrito em duas partes in titu ladas Os Onze C anais dos Bragos e das Pernas na M oxibu stâo e Os Onze C anais Yin e Yang na Moxibustâo. Segundo a opiniăo dos especialistas, possivelm en te esta seja a obra m ais antiga onde se abordou o estudo dos canais e vasos no tratam en to com m oxibustâo. Na parte do livro Os Onze C anais Yin e Yan g na M oxib u stâo declara-se: “ Os m em bros, os olhos, a fa c e e a garganta, todos se reunem, atraves dos canais e vasos, na orelha". N esta trase podem -se perceber de m aneira clara os fu ndam entos da teoria bâsica quanto â relagâo da orelha com o resto da fisiologia. O povo chines foi, provavelmente, o primeiro a esbogar a estreita relagâo existente entre o pavilhăo auricular, os canais e colaterais, os Zang Fu e o resto do organismo, alem de legar as bases teoricas para o diagnostico e tratamento, atraves do pavilhâo auricular.

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PAVILHĂO AURICULAR R e l a q ă o c o m o S is t e m a d e C a n a is e C o l a t e r a i s Desde o N ei J ing se postulam enunciados que justificam a estreita relagăo do pavilhâo auricular com os canais e colaterais. Por exemplo, na parte do livro referida ao trajeto dos canais na orelha, se descreve de forma detalhada e completa, a estreita relagăo do pavilhâo auricular com os canais principais, os canais distintos e os tendino musculares. Assim tambem, no capitulo A Energia Perversa que Invade os Zang Fu do Ling Shu, se descreve: “O Q ie o Xue dos doze canais regulares e os trezentos colaterais, ascendem em diregăo ăface e correm em diregăo ăs aberturas, a essencia do Yang Qi corre em diregăo aos olhos para dar-lhes claridade e a outra parte do Qi corre em diregăo ă orelha para dar audigăo”. O L ing S hu , no capitulo Canais e Vasos, refere: “O canal Tai Yang da măo possui um ramo que penetra no centro do ouvido: o canal Shao Yang da măo tem um ramo que penetra na parte posterior do ouvido, logo ascende para sair pelo ăngulo superior da orelha e outro ramo, desde a parte posterior da orelha, penetra em diregăo ao centro do ouvido, para logo sair em diregăo ă parte anterior de pavilhăo auricular. O canal Shao Yang do pe possui um ramo que penetra no centro do ouvido para sair pela parte ante­ rior do pavilhăo auricular: o canal distinto do Yang Ming da măo, penetra no ouvido e se reune no Zong Mai, o canal Yang Ming do pe ascende ate a parte anterior do pavilhăo auricular: o canal Tai Yang do pe possui um ramo que vai desde o vertex ate o ăngulo superior da orelha". O L ing S h u , no mesmo capitulo, tambem cita: “Os canais tendinomusculares do Yang Ming do pe, o Tai Yang da măo e o Shao Yang da măo, tem urna estreita relagăo com o pavilhăo da orelha". De acordo com o trajeto dos canais e vasos descritos no L ing S h u , se estabelece que os tres canais Yang das măos e os tres Yang dos pes tem em seu trajeto urna estreita relagăo com o pavilhăo auricular. Alem disso, os tres canais Yin, ainda que em suas trajetorias regula­ res năo entrem diretamente no pavilhăo, o fazem atraves de seus ca­ nais distintos. O que se pode resumir dizendo que os doze canais chegam ao pavilhăo auricular. A respeito, o L ing S h u , no capitulo Perguntas e Respostas, refere: "Tudo se reune no Zong M ai da orelha". Durante a dinastia Song (420 - 479 d.C.), o famoso medico Yang Shi Ying escreveu: “Os doze canais, acima se reunem na orelha, e aqui urna das zonas principais. onde o Yang e o Yin se inter-relacionam". Durante o periodo Qin e Yuan, săo diversos os tratados escritos sobre os canais e sua relagăo com o pavilhăo auricular. Por exemplo.

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Liu Wan Si, em seu livro Seis Volumes Sobre o Tinido, assinala: “A orelha e a abertura do rim e os canais Tai Yang, Shao Yang da măo e Jue Yin, Shao Yin e Shao Yang do pe se reunem nela". Li Bao, em seu livro Shi Shu Er Xiao Sheng Pian, assinala: “Os canais da vesicula biliar e San Jiao, ambos brotam na orelha''. Lou Tian Yin em seu livro, O Tesouro da Saude, refere: “Os canais dos cinco orgăos e das seis visceras, possuem colaterais que penetram na orelha”. Mei Zhen Tin, famoso medico do mesmo periodo e autor do texto Dan Xi Xin Fa, assinala: “Os doze canais se reunem atraves de um colateral corn a orelha''. Huan Pai Ren, no livro Desenvolvimento dos Doze Canais, assinala: "O canal Shao Yang da măo. penetra no centro da orelha atraves do ponto Yi Feng e o canal Shao Yang do pe, penetra no centro da orelha, desde a parte postero-temporal, atraves do mesmo ponto”. Durante a dinastia Ming (1368 - 1644), as referencias bibliografi cas sobre a relagâo entre o pavilhâo auricular e os canais e colaterais, chegaram a ser ainda mais numerosas. Por exemplo, Li Shi Zhen, em seu tratado Exame dos Oito Vasos e os Canais Extraordinârios, assi­ nala a relagăo existente entre os oito vasos maravilhosos, os canais e o pavilhâo auricular, dizendo: “Os vasos Yang Qiao e Yin Qiao em seu trajeto penetram na parte posterior da orelha; o vaso Yan Wei desde a cabega penetra na orelha”. Nesse mesmo periodo, Xu Chun Fu, no tratado Compendio de Medi­ cina Atual e Antiga, anotou: “Na orelha os doze canais se reunem, o Yin e o Yang se inter-relacionam. a essencia e a energia se regulam e harmonizam, o sangue e a energia se fazem sujicientes e entăo hă boa capacidade auditiva”. Zhang Jie Ping, em seu livro Lei Jing, escreveu: “Os tres canais Yin e Yang das măos e dos pes, todos penetram no centro do ouvido”. Durante a dinastia Qin, o medico Zheng Qin Yu, em seu livro Za Bin Yuan Liu Ji Chong, anotou: “O vaso Yang Qiao, penetra no ponto Feng Chi, desde a parte pâstero-inferior da orelha". Atraves de todos os comentârios anteriores, dos quais recopilamos urna abundante referencia de textos antigos, nos diferentes periodos da historia medica da China, podemos concluir dizendo que os canais e colaterais atravessam, se detem, se reunem e se agrupam no pavilhăo da orelha. O que constitui a base teorica para o posterior desen­ volvimento da auriculopuntura. R elacăo com o s Z a n g F u A orelha e os orgâos internos tem uma estreita relagăo fisiologica. O L ing S h u , no capîtulo Wu Yue Wu Shi, anota: “A orelha e o palăcio do

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rim". O Zi Wen, no capîtulo Qin Gui Zheng Yang Lun, refere: “Em diregăo ao sul estă a cor vermelha que penetra no coragăo, o coragăo encontra na orelha sua abertura e armazena ai sua essencia”. No capîtulo Zang Ji Fa Shi Lun, do mesmo livro, anota-se: “Se oJigado adoece e hă vazio. entăo o ouvido perde sensibilidade. se o Qi se inverte, a cabega doi e hă surdez”. Este livro, no capîtulo Yu Ji Zheng Zang Lun, refere: “Se o bago estă deficiente, entăo, os nove orificios do homem năo se comunicam”. O N an J ing , na dificuldade quarenta, esboqa: "O pulmăo emite a voz e o ouvido recepciona a voz”. O L ing S h u , no capîtulo Du Mai, expressa: “O Qi do rim se comunica corn o ouvido, se o Qi do rim estă harmonioso, entăo, o ouvido perceberă os cinco sons". Durante a dinastia Tang, o famoso medico Cun Si Miao, em seu livro Mii Receitas de Ouro, expoe: “O espirito e controlado pelo coragăo. o palăcio do coragăo e a lingua, se o Qi do coragăo se comunica corn a lingua, entăo. a lingua seră harmoniosa e poderă perceber os cinco sabores; mas, o coragăo tambem usa o ouvido como abertura, por isso, se o Qi do coragăo chega ao ouvido, entăo, se pode entender o que do mundo nos chega”. No livro Zhen Zhi Zhun Gui encontra-se: “O ouvido e a abertura principal do rim e por sua vez a abertura secundăria do coragăo”. Na dinastia Qin, o medico Zhen Qin Yu, em seu livro, nos decla­ ra: “A orelha relaciona-se corn o canal Shao Yin do pe, pelo que cons­ titui a abertura do rim; o ouvido se fo rm a corn a essencia do rim; se a energia e a essencia săo harmoniosas e o Qi do rim e abundante, entăo, existe boa audigăo. Quando a energia e o sangue săo danificados. entăo, o vento patogenico se cria a p a rtir deşte vazio, a essen­ cia do rim estă desmoronada e aparece a surdez. A ăgua nasce do metal, o pulm ăo controla a energia e esta se comunica no ouvido corn o resto do organismo”. Alem disso, todos estes dados anteriores, que confirmam a estreita relaqâo da orelha corn os Zang Fu, no ano 1888, perîodo onde ainda dominava a dinastia Qin, os medicos Zhang Zhen Qin e seu irmâo mais novo, Zhang Ti Shang, escreveram um livro intitulado Li Zhen An Mo Yao Shu, onde se realiza pela primeira vez a localizagăo dos cinco orgăos no dorso da orelha e constitui, alem disto, a base da teoria dos microssistemas na China.

UTILIZAQÂO DO PAVILHÂO AURICULAR NO DIAGNOSTICO DAS ENFERMIDADES Jâ no Huang Ti Nei Jing se fazia menqâo ao uso do pavilhăo auri­ cular como metodo diagnostico. Os medicos da antiguidade, atraves

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da observacâo do pavilhăo auricular, de seu tamanho, textura, coloragăo e forma, determinavam o estado dos Zang Fu. No L ing S h u , no seu capitulo Fundamentos dos Orgăos, se esboqa: “Quando a orelha tem uma cor enegrecida e e de tamanho pequeno, manifesta que se possui um rim pequeno: se a orelha e espessa. entăo. o rim e grande: se a orelha e alta o rim estă alto: se a orelha tem uma grande depressăo posterior, entăo, o rim se encontra baixo; se a orelha e forte, o rim tambem o seră: se a orelha efin a e debil, entăo, o rim e debil". Na dinastia Tang, o famoso medico Cun Si Miao, de acordo corn sua rica experiencia clinica, expressou: “Quando a textura da orelha e sâlida eforte, entăo. o rim tambem o seră, (o individuo) năo se enfermară facilm ente e os quatro membros sofrerăo pouco de d o r e s em outra parte do texto, o mesmo autor expressa: “Quando a orelha e fin a , en­ tăo. o rim seră debil, o calor atacară sua debilidade e por causa disto se produzirăo acufenos". Tam bem esbopa: “Se a orelha e grande ou pequena. estă alta ou baixa, e espessa ou Jlna, alargada ou mais redonda, tudo isto m anfesta o estado do rim. Se a orelha e pequena e de cor escura. pode-se instalar um dificil padecimento do rim: se a orelha e espessa o rim seră grande. por ser grande provoca vazio e por ser vazio o frio o invadirâ produzindo tinidos, hipoacusia, dor lombar e sudorese; se a orelha estă inclinada para a frente. o rim estară alto e portanto. cheio, o que fă ră que o rim se aquega; se a parte posterior da orelha apresenta uma depressăo, o rim estară, entăo, baixo e por estar baixo, se padeceră de lombalgia, prolapso e hernias: a boa orelha e a que se inclina para fre n te e estă na linha corn Ya Che, desta maneira a ponta do rim estă direita e seră dificil adoecer". Tam bem sobre o diagnostico atraves do pavilhăo da orelha o livro L ing S h u , em seu capitulo Vinte e Cinco Tipos de Pessoas Yin e Yang, assinala: “Sobre o Shao Yang da măo, o sangue e a energia săo abundantes, por isso hă sobrancelhas form osas e compridas e as orelhas carregam uma cor form osa; se o sangue e a energia săo escassas, en­ tăo as orelhas se tornam murchas e de mă coloragăo”: aqui se expressa como atraves do exame do pavilhăo auricular se pode determinar o estado do sangue e da energia. Wang KenTang, em seu tratado, Zhen Zhi Zhun Gui escreveu: “Quan­ do se nasce a cor do helix da orelha e rosada; quando a cor da orelha se torna amarela, negra ou violăcea, entăo, se estă ă porta da morte”. Os antigos expressavam: “O interno se re fete atraves da fo rm a ex­ terna". Desta form a fica claro, que o estado dos orgăos internos e o estado da superficie do corpo, tem uma estreita relapâo. Desde a antiguidade era bem conhecido que atraves das mudangas observadas no pavilhăo auricular, se poderiam estabelecer as variapoes patologicas dos Zang Fu.

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No texto antigo, Tratado Sobre a Variola, anota-se de maneira cla­ ra: “A parte superior e posterior da orelha, rejlete o coraqăo. quando se padece de variola e o calor invade o coragăo, o pavilhăo da orelha, nesta ărea mostra uma coloragăo vermelha". Em relagăo âs reagoes que produzem sobre o pavilhăo auricular as enfermidades do rim e a variola, tambem se comenta: “Quando a parte anterior do pavilhăo estă de cor enegrecida, isto refere que se estă produzindo uma dor por hernia; quando hă um golpe de vento que ataca o canal Yang Ming, a orelha se torna edemaciada na parte ante­ rior e posterior; quando o musculo que se insere na orelha. em sua parte superior, toma uma coloragăo esverdeada. isto quer dizer que se produziu vento interno do figado". O L ing S hu, no capi'tulo Tratamento e Diagnostico das Enfermida­ des, esboţa: “Quando a orelha tem uma cor esverdeada hă dor pungente". O mesmo livro, no capi'tulo, Anormalidades na Circulagăo do Wei Qi, esboga: “Quando o helix apresenta -se como queimada ou suja por po, se pensa, entăo, que a enfermidade estă nos ossos; se a parte inferior do helix e a concha estăo como queimadas e secas. isto e manifestagăo do carbunculo nos intestinos". Nos outros anexos do Huan Ti Nei Jing descreve-se: “Quando hă enfermidade no intestino delgado. a parte anterior da orelha se torna quente: quando hă cefaleia Jue Yin e esta se torna muito severa, entăo, as arterias da parte anterior e posterior da orelha, sefazem proeminentes e se tornam quentes". No livro, Zhen Jiu Jia Yi Jing no Capi'tulo 11, sobre enfermidades infantis, esboqa-se: “Quando os vasos da orelha da crianga se mostram de cor esverdeada, entăo. esta sofre de dor abdominar. Em outro tratado antigo sobre enfermidades infantis, intitulado Xiao Er Wu Zi Bu Zhi Ke, esboga-se: “Quando hă uma cor esverdeada, que segue em diregăo transversa ao olho e penetra na orelha da crian­ ga, isto quer dizer que estamos diante de uma sindrome grave que prognostica morte; se na parte interna da orelha aparecem ulceras corn petequias de cor negra, o medico deve considerar que a crianga deve suspender a medicamentagăo”. Durante o periodo da dinastia Qin, o diagnostico atraves do pavi­ lhăo da orelha, ganhou grande peso dentro da teoria diagnostica da Medicina Tradicional. Num livro intitulado Wan Zhen Zun Jing e que pode ser traduzido como Tratado do Diagnostico Atraves da Observagăo aconselham-se principios para o diagnostico mediante o pavilhăo da orelha. Corn a recopilagăo das experiencias anteriores, se conseguiu estabelecer fundamentos diagnosticos a partir da observagăo da coloragâo e da forma do pavilhăo auricular, estreitando desta maneira mais

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a relagâo entre a teoria da Medicina Tradicional e o diagnostico auri­ cular. Entre as teorias esbogadas neste livro, encontra-se a vinculagâo das mudangas de coloragăo nas diferentes partes do pavilhâo, com a teoria dos cincos movimentos e a localizagăo dos Zang Fu, dentro do pavilhâo auricular. Apos todas estas anotagoes e recopilagoes dos textos antigos, podese obter um enorme fluxo de conhecimentos, que ainda se aplicam amplamente na prâtica medica atual. Nos ultimos 10 anos, seguiu-se aprofundando no estudo da patologia, embriologia, e apos o desenvolvimento destas teorias, podem-se realizar novos aportes ao diagnosti­ co auricular. Por exemplo, os medicos patologistas e pediatras encontraram urna estreita relagâo entre o desenvolvimento do rim da crianga e a forma da cartilagem auricular. Assim tambem, nas afecgoes congenitas do metabolismo dos polissacarideos, se produzem problemas de carâter osseo (mucopolissacarideo de grâu 1), inclusive aparecem retardo mental, malformagoes esqueleticas, transtornos na audigăo, transtornos ao nivel da visâo e mudangas na forma do pavilhâo auricular, entre outras caracteristicas. Estas descobertas feitas pela medicina moderna, confirmam as antigas teorias da Medicina Tradi­ cional sobre a relagâo do rim com a qualidade dos ossos e de como o ouvido constitui sua abertura. U t il iz a q â o n a s E n f e r m i d a d e s

Prevengăo Săo vastos os tratados antigos da Medicina Tradicional Chinesa, que fazem referencia ao uso de estimulos sobre o pavilhâo auricular, para o tratamento e prevengăo das enfermidades. No livro Pang Zhen Liang Fan, da dinastia Zong, comenta-se: “Massagear as orelhas e os olhos ajuda o fortalecim ento do Zhen QC. Na dinastia Yuan escreve-se o titulo, Shi Yi de Xiao Fan, no qual se comenta: “Ao tamponar a orelha com um em plastrofeito das plantas Bi Ma Zi, Da Zao Rou e Ren Ru, pode-se tratar a debilidade do sangue e da energia, o tinido e a hipoacusia". No livro Dong Yi Bao Qin, escrito no periodo da dinastia Ming, se recopilaram numerosos metodos taoistas de massagem sobre o helix da orelha, com o quais se fortalecia a saude e se tonificava o Qi do rim.

Tratamento Ha numerosos comentârios no N ei J ing sobre o uso do pavilhâo da orelha no tratamento das enferm idades, por exemplo, o L ing S h u ,

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Auriculoterapia

F IG U R A 1.1 -T ra ta m en to auricular corn moxa.

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no capftulo As Cinco Energias Perversas, explica: “Quando a energia perversa se encontra no Jigado e hă dor em ambas as regides intercostais. se trata punturando o vaso esverdeado da orelha". O mesmo livro, no capitulo Enfermidades Jue, refere: “Quando hă surdez e tinido, se deve punturar o centro da orelha . No Zhen Jiu Jia Yi Jing refere: “A o fazer uma rasgadura com um canudo de bambu. no centro da orelha raspando em diregăo ao lado esquerdo um cun quadrado, pode ser tratado o alcoolismo". Na dinastia Tang, o medico Cun Si Miao, em seu livro Bei Ji Qian Qin Yao Fan, anota: “Atraves do ponto do centro da orelha. pode ser tratado o icterico e as invasdes infecciosas por fr io ou por calor". Na mesma dinastia. Wan Tai Pu definiu: "O Qi penetra no centro da orelha e daqui qjuda a drenar os cinco colaterais". Gui Ying Ling, em seu livro Shi Yi de Xiao Fang, apontou “Ao realizar estiramentos nas partes avermelhadas do dorso da orelha, pode eliminar-se o Jungo dos pes". Na dinastia Ming, o terapeuta Yang Ju Yuan, no livro Zhen Jiu da Cheng comenta: “A o fa z e r moxa sobre o ăpice da orelha de ate 5 cones pequenos. podem ser tratadas afecgoes dos olhos"; em outra parte do mesmo texto, nos diz: “Quando punturamos o ponto porta da orelha, podem -se curar as afecgoes dos dentes". Durante a dinastia Ming, Wu S h a n g X ia n , em seu livro, esboga: “Se cobrirm os am bas as orelhas com pele de serpente, podem soluciona r as sindrom es de Shao Yang; quando hă epistaxe, se o sangram ento e do lado d ireito tapa se a orelha esquerda e vice versa, d esta m aneira se ativa a circulagăo do sangue e se desobstrui a energia''. Com o podem os ver, na a n tigiiid a d e os m etodos de estîm u lo do pavilh âo auricular, nâo so estavam dirigidos a tratar diretam ente as afecgoes da audigâo tais com o o tinido, h ip oacu sia e surdez, com o tam bem , a orelh a era usada com o base para o tratam ento das afecgoes do resto do corpo, tais como: cefaleia, en ferm idades visuais, odontalgias, epistaxes, ictericia, etc., aplican d o-se diferentes m etodos de tratam en to como: pungăo com agulhas, sangria, m oxibustâo, m assagem , tam ponam ento com m edicam entos, raspagem com bam bu, etc. Assim como estes, outros metodos tambem populares, foram transmitindo-se de geragăo em geragâo, entre eles: punturar a helix da orelha para tratar a parotidite, beliscar o lobulo da orelha para tratar o resfriado, punturar a boca do conduto auditivo ate sangrâ-la, para tratar a dor de estomago, sangrar as veias do dorso da orelha para tratar os eczemas, etc.

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Em 1935, se tornou popular na China, fazer cauterizagoes sobre o âpice da orelha com o azeite usado para as lâmpadas, para o tratamento da conjuntivite. No povoado de Jian Jiang tornou-se popular fazer queimaduras na orelha com alcool, para o tratamento da odontalgia e molhar a orelha com alcool, para o tratamento da bronquite cronica. Todos estes exemplos constatam o valioso legado que desde a antigiiidade se transmitia de maneira popular, sobre o amplo uso do pavilhăo auricular, para o tratamento das enfermidades. Um exemplo mais disso, e o anciâo medico de 76 anos de idade, que viveu em Han Zhou na decada de 30 e que era chamado “O medico das orelhas de ouro", por sua renomada fama no uso do pavilhăo auricular para tratar enfermidades. Nos fînais da dinastia Qin, existiu um medico da provincia de Shang X, chamado Sun San Ye, que se tornou altamente renomado pelo uso da auriculopuntura. Este famoso medico passou todo seu legado a seu filho Sun Li You, que posteriormente escreveu: “Na orelha os pontos surgem como mananciais e os canais e colaterais se relacionam formando um sistema, a orelha esquerda representa o coragăo e a ore­ lha direita o rim, desta maneira as duas energias Yin e Yang podem retroceder ate o vazio oufortalecer-se, controlando-se o coragăo e o espirito, fortalecendo-se o figado e o sangue, nutrindo-se o Yin e regulando a ăgua do rim: assim se harmoniza o homem, o ceu e a terra (o ceu representa-se na cabega, o homem no venire e a terra nas plantas dos pes)'\ Este autor com seu tratado, deixou estabelecido muitas das fungoes dos pontos auriculares como: • O helix da orelha pode drenar e desobstruir o bago e o pulmăo. • A parte baixa do pavilhăo pode penetrar no rim e fortalecer o coragăo. • Os sulcos superior e inferior do pavilhăo, alcangam as aberturas Yin e Yang: podem tratar a invasăo do vento no tronco e portanto as dores da espalda. • O centro do ouvido e sua vizinhanga trata os transtornos do metabolismo, tambem pode tratar os nove tipos de cefaleias (por vento, por fogo, temporal, frontal, posterior, do arco superciliar, do Tai Yang, de toda a cabega e do vertex). • O lobulo da orelha trata a epilepsia, as cefaleias, fortalece o co­ ragăo e controla a mente. • A raiz inferior da orelha trata a surdez e a afonia. • A raiz do trago trata a opressăo torâcica e dă a sensagăo como de corrente. • A prega da orelha pode tratar a inversâo do estomago, o vomito e a dor do ventre.

aatxasgvin

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FIGURA 1.2 - Massagem no pavilhâo auricular.

F IG U R A 1.3 - M etodo de sopro na orelh a corn tu bo de bam bu.

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Auriculoterapia

PONTOS AURICULARES R e c o p il a q â o d e C o m e n t â r io s Săo muitas as referencias bibliogrâficas que nos chegam da antigiiidade sobre os pontos auriculares. J â no N ei J ing , os pontos Tin Gong (palâcio da audigăo) e E rZhong (centro da orelha) eram notabilizados entre outros. No capitulo Discussăo Sobre os Pontos de Energia do Zi Wen esboqa-se: “O ponto Er Zhong contem em si mesmo a dois pontos". O capitulo Enfermidades Jue do L ing S hu aclara mais sobre a funqâo deşte ponto: “Diante do padecimento de surdez e necessăria a selegăo do ponto Er Zhong'. Posteriormente, nos livros Zhen Jiu Jia Yi, Qian Qin Yao Fang, Lei Jing Tu Xun, entre outros, se faz uma distribuiqâo mais ampla dos pontos sobre o pavilhăo auricular (Fig 1.4). Durante a dinastia Tang, o famoso medico Cun Si Miao, descreve em seu livro Pei Ji Qian Qin Yao Fang: “Ao fa z e r Acupuntura nos pon­ tos Er Zhong e Er Men (porta da orelha). pode-se carar a ictericia e a invasăo patogenica do frio ou do calord e verăo"\ no mesmo livro, esboqa tambem: “Por trăs da orelha encontra-se um ponto chamado Yang Wei, este ponto estă sobre uma parte da eartilagem em forma de corda de alaude. que corre para /rente e pode ser usado para tratar o tinido". Posteriormente, o medico Huang Zhu Wen, em seu livro Ji Xue Yan Jiu, que pode ser traduzido como Estudo dos Pontos Extraordinârios, faz referencia tambem â posiqăo e uso do ponto Yang Wei dentro do pavilhăo auricular. O livro Zhen Jiu Da Cheng assinala: “A o punturar o ăpice da orelha podem-se tratar as enfermidades da vista". Tambem hă muitas anotaqoes antigas referentes aos pontos situados na ponta da perola (o ăpice do trago), o lobulo da orelha, a parte posterior do pavilhăo, etc. No livro Zhen Jiu Jing Wai Ji Xue Zhi Liao Que diz-se: “Para tratar a odontalgia, fa z e r tres cones de moxa no ăpice da orelha". No texto Zhen Jiu Kong Xue Ji Liao Xiao Pian Lang escreveu-se: “Ao introduzir a agulha ate u m fen ou fa z e r tres cones de moxa no ăpice do trago. pode-se tratar a dor de ouuido e de molares". Durante a dinastia Qin, em 1888, publicou-se um livro intitulado Li Zhen An Mo Yao Shu, onde se expressa corn clareza a distribuiqâo e o uso clinico dos cinco orgăos no dorso da orelha (Fig. 1.5). Resumindo, podemos dizer que a origem e uso dos pontos auricu­ lares para o diagnostico e tratamento das enfermidades, e um valioso legado da milenâria experiencia medica da cultura chinesa, servindo como base para chegar a nossos dias, por meio de um ininterrupto desenvolvimento a conformar a auriculoterapia de nossos tempos.

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F IG U R A 1.4 - Mapa auricu lar chines anterior ao seculo XVIII.

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Auricaloterapia

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FIG U R A 1.5 - Localizagăo dos cinco Z a n g no dorso do pavilhâo auricular.

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AURICULOPUNTURA D e s e n v o l v i m e n t o A t u a l d o D i a g n o s t ic o e T r a t a m e n t o Depois da fundagăo da nova China, o sistema medico neste pais ganhou um amplo e râpido desenvolvimento, que serviu de base para que no final da decada de 80 e principios da de 90, ficasse instituida a auriculoterapia como urna especialidade dentro do estudo da Acupuntura. O desenvolvimento atual da auriculopuntura pode ser dividido em tres etapas que sâo: da decada de 50 a 60, das decadas de 60 a 80 e da decada de 80 ate a atualidade. A primeira etapa e um periodo onde se estabeleceram a localizagăo e aplicagăo dos pontos auriculares.

Decada de 50 a 60 Na decada de 50, o desenvolvim ento da auriculoterapia era ainda pobre, mas com egava a ser m otivo de atengăo cada vez m ais crescente dentro da prâtica clinica. Em 1956, no distrito de Cai Xi, da provincia de Shan Dong, se expos urna ţese sobre o tratam ento da am igdalite aguda corn a auriculoterapia. Em dezem bro de 1958, Ye Xiao Wu publica na revista de M edicina Tradicion al de Shangai os estudos realizados pelo m edico frances P. Nogier, sobre a relagăo de certas zonas do pavilhăo da orelha, corn os orgăos internos, a partir da observagâo das m udangas que se produziam no p a vi­ lhăo auricular, ante processos patologicos dos orgăos internos; foi Nogier o prim eiro a representar na orelha um feto em posigăo p re­ natal. Este mapa auricular corn a representagâo do feto em posigăo pre­ natal, serviu aos medicos chineses de grande impulso, para comegar um profundo estudo da auriculoterapia, tanto dentro como fora da China, tomando-se como base para este estudo, a experiencia capturada nos textos antigos, assentando desta maneira, as bases da auri­ culoterapia chinesa atual. E neste periodo de tempo, que tanto na Franga, como na China, comega a descrigăo de novos pontos de estimulo auricular, desta maneira em 1960, num periodico cientifico de Pequim, e mostrado o estudo realizado pelo medico Xu Zuo Lin, no Hospital de Ping An durante 1956, num trabalho cientifico que resumia a experiencia clinica do uso da auriculoterapia em 255 pacientes, sendo naquele momento o trabalho mais relevante, jâ que conseguiu descobrir 15 pontos no pavilhăo da orelha e mostrar seus formidăveis resultados na expe­ riencia clinica (Quadro 1.1; Fig. 1.6).

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Auriculoterapia

Q u a d ro 1.1

- Novos Pontos de Estîmulo no Pavilhâo Auricular por Xu Zuo Ling

N o m e do p o n to

Tian Gui Shen (espi'rito)

L o c a liz a c â o

E fe it o t e r a p e u t ic o

Na parte anterior do centro da fossa triangular Na fossa triangular, ligeiramente abaixo de

Dismenorreia, menstruagoes irregulares Insonia, ansiedade, acalma o espi'rito

Tian Gui Qi (energia) Jing (essencia)

Er Long (pavilhâo da orelha) Ting (vertex)

Gong (ârea do cotovelo ao

ombro) Bi (braţo) Zhan (palma da mâo)

Gu (coxa) Ti Zhui (regiăo sacra)

Yang do jigado

San Guang (clarear a visâo) Qin Guang (rejuvenescer

a visâo) Âpice da orelha

No bordo inferior da concha cava Na concha cava, entre a ârea cervical e a zona do Qi No bordo externo do helix, em tres partes acima, no meio e abaixo Na parte inferior da fossa escafoide, entre o ponto occipital e frontal No centro da fossa esca­ foide entre o ponto coto­ velo e ombro Toma a fossa escafoide desde cima ate em baixo Na parte superior da fossa escafoide, entre os pon­ tos dedos e punho No anti-helix, entre os pontos joelho e nâdegas Na parte inferior da raiz inferior do anti-helix, entre o ponto lombar e orgăos genitais externos No dorso da orelha, diretamente oposto â raiz su­ perior do anti-helix No bordo externo da incisura intertrago No bordo interno da incisura intertrago No extremo mais alto da helix

Dispneia Sonhos umidos e a espermatorreia Amigdalite

Cefaleias do vertex

Algias desta zona

Dores do brago Dores nesta ârea

Dores da coxa Dores desta ârea

Hipertensâo arterial

Todas as enfermidades visuais Enfermidades visuais Neste ponto se sangra e e usado para dispersar o fogo dos olhos

Origem do Diagnostico e Tratam enlo Auricular na China

F IG U R A 1.6 - M apa de Xu Zuo Linen. 1960.

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F IG U R A 1.7 - Mapa auricular descrito em Shangai em 1959.

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F IG U R A 1.8 - M apa do gru p o de estu d o da a u ricu loterapia em 1959.

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Estes pontos foram denominados de acordo com os criterios teoricos da Medicina Tradicional e ârea anatomica correspondente. Estes pontos descritos servirăm de base, sobre a qual se continuam desen volvendo os pontos auriculares.

Decadas de 60 a 70 Nas decadas de 60 e 70, a auriculoterapia na China obteve um grande impulso, aprofundando-se mais no conhecimento dos pon­ tos auriculares, este constitui o periodo no qual o diagnostico, tratamento e descrigăo dos pontos auriculares chega a seu mais alto grâu. Em 1970, na cidade de Guang Zhou, foi editada urna serie completa de mapas de Acupuntura entre os quais se encontrava um da orelha, que descrevia 107 pontos auriculares. Em 1971, o Instituto Cientifico de Investigagoes Biologicas da China, editou um livro intitulado Er Zhen Liao Fa que pode ser traduzido como O Tratamento de Auriculoterapia, no qual săo descritos 112 pontos do pavilhăo da orelha. Durante 1972, o doutor Wang Zhong Tang escreveu um livro intitu­ lado Er Zhen que e traduzido como Auriculopuntura, o doutor Wang chega a descrever neste livro 131 pontos auriculares (Fig. 1.9). Em 1974, o Instituto de Medicina Tradicional De Shangai, edita o livro Zhen Jiu Xue, dos medicos Chen Gong Sun e Xu Rui Zhen, apresentando 154 pontos no pavilhăo da orelha (Fig 1.10). Durante 1979, o medico Hao Qin Kai escreveu o livro Mapas dos Pontos Fora de Meridiano, onde reconhece 199 pontos auriculares. Neste mesmo periodo, a localizagăo de pontos na parte posterior do pavilhăo aumenta considerâvel e vertiginosamente. Em 1972, o Instituto Medico de Jiang Pan Xin editou. em 65 partes e sem ainda chegar a finalizar a obra, um texto cujo titulo traduzi­ do e Origens e Desenvolvimento dos Pontos Auriculares, Aplicagăo Clinica e Fungăo Fisiologica, chegando-se a descrever neste texto, 284 pontos. A grande quantidade de pontos encontrados săo os resultados das experiencias obtidas atraves de um minucioso estudo das diferentes reagoes do pavilhăo auricular mas, depois do desenvolvimento das investigagoes pelas diferentes partes implicadas neste tema, surgiu urna dificuldade ao ser denominado com diferentes nomes o mesmo ponto ou com o mesmo nome diferentes pontos, trazendo isto uma influencia negativa no intercâmbio de experiencias na temâtica, tudo isto promoveu a feitura do que hoje e o “Esquema Padrăo dos Pontos Auriculares".

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F IG U R A 1.9 - M apa a u ricu la r de W a n g Z h on g T a n g em 1972.

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Auriculoterapia

F IG U R A 1.10 - M apa de Chen G ong Su n e X u Rui Zhen.

O rigem do Diagnostico e Tratam ento A uricular na China

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F IG U R A 1.11 —M apa esta n d a rd iza d o dos pon tos auricu lares.

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Auriculoterapia

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F IG U R A 1.12 - M apa auricular da professora H uang Li Chun.

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As decadas de 60 e 70 foram frutiferas para a auriculoterapia na Chi­ na, nâo so quanto â descrigăo da maior parte dos pontos de uso atual. que consolidarăm o microssistema da orelha, como, tambem, porque se reali­ zarăm um grande numero de trabalhos para determinar todas as fungoes dos pontos. Nas investigagoes realizadas năo so se usou de base a descri­ găo feita por Nogier, na distribuigăo do feto no pavilhăo auricular, alem disso, na China grande parte das investigagoes foram dirigidas a estabelecer os principios que se relacionavam ao microssistema da orelha, corn o sistema teorico tradicional de Zang Fu e canais e colaterais, elevando-se assim os niveis na investigagâo do metodo quanto a anatomia auricular, embriologia auricular, etc., obtendo-se em todas importantes resultados. A aplicagăo dos pontos auriculares na anestesia, a influencia dos pontos na fisiologia, entre outros, tem sido temas de investigagâo de diferentes instituigoes cientificas na China, como o Instituto de Investigagâo da Medicina Tradicional da China, Instituto de Fisiologia de Shangai, Instituto Cientifico de Investigagoes Biologicas da China, Universidade de Medicina de Ha Er Bing, entre ou tras instituigoes cientificas chinesas de alto nivel. Continuando o aprofundamento no estudo dos pontos auricula­ res, seu uso diagnostico e aplicaqâo na prâtica clinica, chegaram a ser, tambem, motivo de profunda investigagăo os metodos diagnosticos na auriculoterapia. Estes podem-se classificar em: diagnostico atraves da observagăo, diagnostico atraves da pressâo sobre o ponto doloroso, diagnostico atraves da exploragăo eletrica e diagnostico atra­ ves da impressăo que deixa â palpaqâo. A descrigâo de patologias tratadas corn auriculoterapia, tambem obteve um amplo desenvolvimento, chegando-se a validar o tratamento em torno de 150 patologias, distribuidas em enfermidades de m edici­ na interna, cirurgia, ginecologia, pediatria, otorrinolaringologia, ortopedia, etc. O tratamento corn este metodo, năo so se reduziu âs en fer­ midades agudas ou cronicas de carâter funcional, como abrangeu, tambem, as enfermidades de carâter epidemico e infeccioso. Para o tratamento e a prevengăo das enfermidades, foram usados na orelha metodos terapeuticos tais como: agulhas filiformes, agulhas permanentes, estimulo eletrico, sangrias, martelo Mei Hua (“fior de ameixeira"), massagem, raspagem dos pontos auriculares, injegăo de medicamentos nos pontos, moxibustăo, metodo de colocagăo de sementes, metodos combinados, etc., no total chegaram a ser em tor­ no de 20 metodos de tratamento. Por tudo isso, podemos assegurar que as decadas de 60 e 70, fo­ ram vitais no impulso e desenvolvimento de novos metodos de diagnos­ tico e tratamento na auriculoterapia, que ofereceram â auriculoterapia um corpo teorico solido para a chegada da decada de 80.

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Auriculoterapia

Decada de 80 ate a Atualidade Na decada de 80, novos passos foram dados nas investigagoes so­ bre auriculoterapia. O estudo dos mecanismos fisiologicos pelos quais atua a auriculoterapia, nâo somente foi incorporado âs unidades assistenciais dedicadas â Medicina Tradicional e Cent ros de Investigagoes da Medicina Tradicional, mas, alem disto, foi motivo de estudos por hospitais da medicina ocidental. Trabalhando-se em temâticas como anatomia, fisiologia, os canais e colaterais, o sistema nervoso, os fluidos corporais, etc. Comegou urna nova era no estudo dirigido a fundir os criterios da medicina moderna e a tradicional, utilizando os corpos teoricos de cada uma corn o objetivo de alcangar grâu mais alto na investigagâo e aplicagâo corn um carâter mais sistemico da auriculoterapia, conseguindo completar-se como especialidade dentro da medicina. A criagâo de uma linha forte na auriculoterapia chinesa, marcou o desenvolvimento do organismo pedagogico da especialidade em nivel nacional. Em 1982, ficou fundado na China o Grupo Nacional deTrabalho em Auriculoterapia, instituindo-se um organismo para o estu­ do do metodo. Em novembro de 1984, em Kun Ming Shao, realizou-se a a ssem b leia n a cio n a l para o estu d o da a u ric u lo te ra p ia e a craniopuntura, marco que serviu para o intercâmbio de experiencias, nos tra b a lh o s c lin ic o s so b re o d ia g n o s tic o e tra ta m e n to de auriculopuntura. Em junho de 1987, ficou instituido na cidade de An Hui o Grupo Nacional para a Investigagâo em Auriculoterapia, desenvolvendo-se um congresso onde ficou estabelecido o Mapa Estandardizado dos Pontos Auriculares. Em outubro de 1989, celebrou-se em Pequim o Primeiro Congres­ so Internacional de Auriculoterapia, o qual marcou outra etapa mais no desenvolvimento atual desta terapia, tanto na China, como no mundo. Neste momento, a auriculoterapia constitui uma especialidade universitâria, motivo de estudo tanto de medicos formados na Medici­ na Tradicional como ocidental. Săo numerosos os livros de auriculoterapia editados na China nestes ultimos tempos, o que facilitou o intercâmbio e sistematizagâo da experiencia acumulada nesta tematica. Assim por exemplo: • O grupo de investigagoes sobre auriculoterapia da provincia de Yun Nan, editou um livro intitulado Tratado de Auriculoterapia Chinesa. • Uma editora de Shangai publicou os livros O Tratamento corn Auriculoterapia e Selegăo de Auriculoterapia.

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• Na provincia de Nan Jing, publicou-se o livro Aplicagăo Clinica da Auriculopuntura. • O Hospital de Medicina Tradicional da provincia de Guang Zhou editou o livro Experiencia Clinica da Auriculopuntura. • Na provincia de Tian Jing, tambem publicou-se o dtulo Experiencias sobre o Uso Diagnostico dos Pontos Auriculares. • Em Pequim, editou-se o livro Manual sobre Aplicapăo Diagnosti­ ca e Terapeutica dos Pontos Auriculares. • Na p rovin cia de An Hui, o livro T ra ta d o A claratorio sobre Auriculopuntura. • Em 1991, a professora Huang Li Chun editou em Pequim um dos tratados mais importantes de auriculoterapia publicados na China intitulado Tratado sobre o Diagnostico e Tratamento Atraves dos Pontos Auriculares. Corn estes titulos mostrados e que sâo so urna parte dos livros publicados na China sobre a tematica, queremos deixar claro o vertiginoso desenvolvimento que tem alcanqado a auriculoterapia nos ultimos 30 anos dentro de China.

2. (Principios (Fisiofogicos fundam entam o (Diagnosticei e 'Tratamento (Auricutar A auriculoterapia constitui uma parte importante da Medicina Tradicional Chinesa, sendo na atualidade um ramo na especialidade da Acupuntura, que se encontra constituida, por sua vez, por um corpo teorico independente no tratamento e diagnostico das enfermidades. A auriculoterapia foi oficializada pela OMS como um a terapia de microssistema, mas aqui nos perguntamos: Por que podemos atraves dos pontos auriculares diagnosticar e tratar as enfermidades? Que principios teoricos respaldam este fato? Em torno dos pontos auriculares tem-se realizado e realizam-se inumerâveis investigagoes para resolver esta questăo, a maioria dos trabalhos realizados chegam a conform ar cada uma das especialidades cientificas, mas somente um enfoque de investigagăo sistemica, nos pode aproxim ar das respostas sobre os principios teoricos que fundamentam a auriculoterapia.

PONTOS AURICULARES R e l a c â o c o m o S is t e m a d e C a n a is e C o l a t e r a is O L ing S h u , em seu capitulo Hai Lun, diz: “O homem estă form a d o por doze canais, em seu interior se comunicam com os Zang Fu e em

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Auriculoterapia

seu exterior os colaterais o relacionam com as extremidades". O siste­ ma de canais e colaterais distribui-se por cada parte do corpo humano, năo existindo lugar aonde năo chegue. Nos oito vasos maravilhosos, o canal Du e denominado mar dos canais Yang, o que quer dizer que nele se reune o Yang de todo o corpo e portanto controla e regula o Qi de todos os canais Yang; o Ren Mai e o mar dos canais Yin e da mesma forma regula a atividade do Qi de todos os canais Yin do cor­ po. Os vasos Yin Weie Yang Wei sâo drenos dos seis canais Yange dos seis canais Yin, desta maneira mantem o equilibrio entre os canais Yang e Yin. Pelo exposto anteriormente, podemos dizer que o sistema de canais e colaterais conecta cada tecido, orgâo e orificio do corpo humano, dando-lhe um carâter de sistema. A fisiologia dos canais e colaterais estâ baseada no movimento do sangue e da energia, na manutengăo do equilibrio Yin e Yang, no fortalecimento da energia antipatogenica e na expulsăo da patogenica, mantendo, desta maneira, a saude. Na presenţa de um estado patologico, a energia perversa penetra no corpo em certo canal e colateral ou orgăo e na dependencia de sua situaqăo, assim seră o reflexo sintomâtico da enfermidade. Por isso atraves da punpăo dos pontos de Acupuntura, auriculopuntura, etc., se tenta desobstruir os canais e colaterais, regulando o vazio e a plenitude, restabelecendo a atividade funcional de cada parte do corpo e fazendo conservar o equilibrio dos opostos. Assim. sob este principio e concebido o tratamento das enfermidades, na Medicina Tradicional Chinesa. Na prâtica clinica, tem se verificado que ao estimular um ponto auricular, podemos nos deparar com diferentes manifestaqoes sentidas pelo paciente, como por exemplo, sensagâo de corrente, energia que corre pelo corpo, ou, em geral, calor que corre pelo pavilhăo da orelha e que se reflete em partes especificas do corpo. Atraves das experiencias realizadas, pode-se constatar a direta relapâo destas âreas por onde transcorrem tais sensagoes, com o trajeto dos canais e cola­ terais. Assim, desta maneira. se pode estandardizar 48 trajetos estâveis de sensaqoes especificas expedidas por pontos do pavilhăo auri­ cular e que guardam em 87% estreita relagâo com o trajeto de canais e colaterais. O Grupo Cooperativo de Auriculoterapia, da cidade de Shangai, realizou um trabalho investigativo em 200 casos nos quais foram observados a relagâo entre a irradiaqâo do estimulo auricular e o trajeto dos canais, vasos e colaterais, obtendo-se os resultados seguintes: • De acordo com o numero de vezes em que se produziu a irradiagăo, das 200 pessoas tratadas, em 59 delas se encontraram reagoes de irradiaqăo para cerca de 29,5%; em 9 casos se encon-

Principios Fisiologicos que Fundam entam o Diagnostico e Tratam ento A uricular

Yang Ming das mâo1 Shao Yang do pe Shao Yang da mâo Tai Yang do pe FIGURA 2.1 - Canais que correm pelo pavilhăo auricular.

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trou irradiagăo em diregâo ao canal Tai Yang do pe ao punturar o ponto auricular do nervo ciâtico; no restante foram encontradas reagoes de irradiagăo ao tratar os pontos auriculares do intestino grosso, pulmâo e endocrino. • Tomando-se em conta as radiagoes em diregâo âs zonas enfermas, pode-se observar a presenga de sensagoes de intumescimento que irradiavam desde a zona do ponto auricular em ambas as orelhas. • Quanto â relagâo entre o aparecimento da irradiagăo e a manipulagâo se observou: ao examinar 59 casos, houve irradiagăo em 45, corn aplicagăo de manipulagoes fortes e em 14, corn manipulagoes leves. No Hospital Central da provincia de Shangai, realizou-se um estudo em 300 casos corn o objetivo de estabelecer as relagoes entre o ponto doloroso â pressăo e o trajeto das radiagoes reflexas observando-se: • Que o trajeto da irradiagăo e o grâu de insensibilidade do pa­ ciente tinham estreita relagâo, aparecendo irradiagoes mais claras ou mais evidentes em pacientes mais sensiveis. • Estabeleceu-se a relagâo entre a descrigăo de urna irradiagăo e a diregâo em que se girava a agulha. Em 5 pacientes onde se punturou o ponto do nervo ciâtico, ao rodar a agulha em disper sâo, a irradiagăo da sensagâo era em diregâo â zona temporal da cabega, o paciente chegava a sentir dor de cabega e distensăo mas, ao mudar a manipulagăo para tonificagăo, entâo, a sensagăo entrava e se desenvolvia ao longo do canal da vesicula biliar. • Demonstrou-se que o ponto de reagăo especifica guardava es­ treita relagâo corn seu homologo a nivel somâtico. Por exemplo, ao punturar o ponto do punho no pavilhâo auricular, o paciente sentia urna sensagâo de estimulo eletrico que se irradiava ate o dorso da mâo pelo bordo externo fazendo o trajeto do canal do intestino delgado, mas depois de punturar o ponto A Shi na articulagăo do punho, a sensagâo que irradiava desde o ponto da orelha, desaparecia; ao se retirar a agulha do ponto A Shi do punho e se estimulasse novamente o ponto auricular, a sensa­ gâo procedente do pavilhâo auricular nâo regressava. No Departamento de Investigagăo de Anestesia Acupuntural do Instituto de Medicina Tradicional da provincia de Guang Xi, realizaram-se provas sobre o trajeto das irradiagoes pelos canais, ao punturar os pontos corporais e auriculares. Em 104 exames realizados, em 90 casos pode-se constatar a es­ treita relagâo entre as irradiagoes do pavilhâo auricular e o trajeto dos canais, para 86,5% dos 104 exames realizados. Em 14 casos,

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aproximadamente, as irradiaqoes correspondiam aos mesmos canais, em outros casos, com canais acoplados ou com outros trajetos de canais. Tambem, neste exame se fizeram outras anotaqoes tais como: s in a liza r um d ia g ra m a com o co n teu d o do flu xo s a n g iiin e o e mioeletrico, etc. Em 1973, em urna sala de Acupuntura do Hospital de Medicina Tradicional de Bao Ting, realizou-se urna exploraqăo em pessoas de alta sensibilidade usando os pontos: fîgado, vesicula biliar, coraqâo, estomago, bexiga e pulmăo do pavilhăo auricular. Pode-se verificar que ao estimular estes pontos a sensagâo comeqava no pavilhăo auri­ cular, irradiando-se, em cada caso, a seu canal correspondente e detendo-se em um ponto determinado do mesmo. Nestes pacientes se usou, tambem, estimulo eletrico em outros pontos, como pontos dos 5 orgâos dos sentidos, das extremidades e da coluna vertebral. Ao serem estimulados os mesmos, o fenomeno da irradiaqăo se repetiu e novamente, a sensaqăo partiu da orelha e se deteve na parte do corpo correspondente â zona utilizada, fato que aclara a estreita relaqăo existente entre as diferentes partes do organismo e os pontos auriculares. Hă informaqoes recebidas sobre trabalhos similares feitos fora da China. Em 1972, no Japăo, realizou-se um estudo que demostrava que todos os canais e colaterais do corpo chegavam a alcanqar o pon­ to Ting Hui (VB-2); nesta experiencia se assinalava como cada canal e colateral, depois de alcanqar este ponto comeqava entăo a irradiar-se ate o pavilhăo auricular, detalhando, nesta experiencia, trajetos singulares dos canais e colaterais no pavilhăo auricular. Do que foi descrito anteriormente e dos resultados das experiencias realizadas, se deduz que existe uma estreita relagăo entre os ca­ nais, colaterais e pontos auriculares. Gragas ao movimento do Qi e Xue. atraves dos mesmos, se interconecta o interior com a superficie e vice-versa, garantindo-se a nutriqăo de todo o organismo. Por isso, seja com o uso dos pontos somăticos, ou do pavilhăo da orelha, todos podem regular a atividade dos canais e colaterais e desta maneira, tratar as enfermidades. A MTC tem o seguinte preceito: “Quando os canais estăo desobstruidos năo hă dor. se estăo obstruidos apareceră a dor'. Quando por um estado patologico estâ obstruido algum canal e a circulagăo do sangue e da energia perdem seu fluxo normal, podem, como reaqâo reflexa, aparecer pontos dolorosos tanto a nivel somâtico, como a ni­ vel do pavilhăo auricular. Estes pontos serăo, entăo, a chave para o diagnostico e o trata­ mento na auriculoterapia.

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R e l a ^A o c o m o s Z a n g F u Nâo cabe nenhuma duvida sobre a estreita relagâo que guardam os pontos auriculares com a atividade dos Zang Fu, que estâ validado com o uso adequado do pavilhăo auricular no diagnostico e tratamento das enfermidades. Na prâtica clinica, tem-se observado a estreita relagâo entre a aparecimento dos pontos de alta condutividade eletrica e a desarmonia funcional dos Zang Fu, respondendo estes sinais, em um nivel de coincidencia elevado, aos postulados da fisiologia tradicional. Em urna investigagăo realizada em 113 casos de tromboangiite obliterante, observou-se a mais alta condugăo eletrica nos pontos: coragăo, rim, endocrino e ârea cardiovascular do subcortex. De acordo com os criterios da MTC, a tromboangiite obliterante e diferenciada como uma deficiencia do Yuan Qi que produz desarmo­ nia entre o rim e o coragăo, o que justifica que sejam os pontos antes mencionados os que oferegam mais alta condugăo eletrica. Na exploragăo realizada em 360 casos de neurastenia, puderam mostrar-se como pontos de mais alta condutividade eletrica os seguintes: coragăo, Shen Men, ârea nervosa do subcortex e ponto de neurastenia, rim, figado, vesicula biliar, bago e estomago. A neurastenia e um desequilibrio na atividade psiquica do homem, a atividade do coragăo e prejudicada e portanto, do espirito, tendo-se em conta que para a Medicina Tradicional o coragăo armazena o espirito, quando o espirito nâo estâ tranqiiilo, entăo aparece a insonia, os sonhos excessivos e os pesadelos, como alguns dos sintomas da neurastenia. Esta enfermidade e produzida por vârias sindromes para o criterio tradi­ cional e que sâo: o rim e o coragăo perdem sua conexâo, deficiencia de Qi do bago e coragăo, deficiencia de Qi do coragăo e vesicula biliar, estagnagăo do Qi no figado e perda da fungâo de descendencia do estomago. Por isso, no tratamento da neurastenia os pontos: coragăo, Shen Men, ponto de neurastenia e ârea nervosa de subcortex sâo considerados como principais e o resto dos pontos de alta condugâo ele­ trica aparecem de acordo com a sindrome em que estâ implicada a patologia. O diagnostico das enfermidades, de acordo com as reagoes positivas encontradas nos pontos auriculares, tem suas caracteristicas especificas, hâ casos em que a enfermidade estâ representada por um so ponto reativo, hâ casos em que um ponto se faz reativo para vârias enfermidades e em outros casos, sâo vârios os pontos que se tornam reativos com o aparecimento de uma enfermidade. Na prâtica clinica, os pontos representativos dos cinco orgăos e das seis visceras se mostram, cada um deles reativos ante muitas enfermi-

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dades, uma vez que năo se relacionam somente com a enfermidade propria do orgâo mas, com a sindrome que representa o estado patologico para o qual transita o paciente no momento do diagnostico. Por exemplo, o ponto rim mostra reaţoes positivas em quase todas as enfermidades cronicas ou por debilidade, como: glomerulonefrite, d is fu n ţă o renal, cistite, u retrite, im poten cia, esp erm a to rreia, leucorreia, menstruaţoes irregulares, tinido, surdez e hipoacusia, neu­ rastenia, alopecia areata, diarreias cronicas, entre outras. Todas estas enfermidades ainda que năo guardem uma relaţăo aparente entre si, para a medicina moderna, sustenta uma estreita relaţâo para as funţoes fisiologicas do rim na visăo da Medicina Tradicional Chinesa. A atividade fisiologica dos orgâos internos e os estados patologicos dos mesmos produzem em todos os casos, uma atividade reflexa que nos permite, atraves de sua anâlise, ju lgar o estado do organismo e dos processos morbidos existentes. Os trabalhos realizados na auriculoterapia e que estabelecem a estreita relaţâo entre os Zang Fa e os pontos auriculares, năo somen­ te foram o resultado da experiencia clinica, como tambem de investigaţoes dirigidas a estabelecer esta relaţâo. No Instituto de Investigaţoes Bâsicas de Anestesia Acupuntural de Pequim, realizou-se uma investigaţăo em coelhos de laboratorio aos quais, mediante uma intervenţăo cinirgica, se lhes obstruiu o ramo ântero-inferior da arteria coronâria, provocando-lhes um infarto do miocârdio; para o grupo-experiencia realizaram-se um eletrocardiograma antes da operaţăo que deu registros normais e outro depois da operaţăo, que refletiu o infarto agudo do miocârdio, depois de transcorrer dois meses sem nenhum tratamento, o eletrocardiograma foi paulatinamente recuperando seus valores normais mas, durante o periodo do infarto na depressăo situada no terţo inferior do pavilhăo da orelha, do coelho se podia observar um ponto reativo de baixa resistencia eletrica em comparagăo com a mesma zona antes da operaşâo. Nesta experiencia, fica refletida a estreita relaqâo que existe entre o pavilhăo auricular e o coraqâo. Na Câtedra de Medicina da Universidade de Pequim e no Hospital Numero 3 da mesma cidade, realizou-se um trabalho investigativo sobre as mudanqas morfologicas, de coloraqăo e de resistencia eletri­ ca dos pontos auriculares durante o infarto agudo do miocârdio. Observou-se uma queda da resistencia eletrica nos pontos: coragâo, Shen Meri, simpâtico, intestino delgado e subcortex e um aumento paulatino da mesma com a melhora da enfermidade, pode-se constatar que o valor da resistencia eletrica na ârea de coragăo mostrava uma dife­ renţa de aproximadamente 30 quilo-ohms entre o periodo agudo da

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enfermidade e o periodo posterior ao tratamento; nos pontos Shen Meri, simpătico e subcortex a resistencia eletrica mantinha-se por volta de 20 quilo-ohms para baixo. Atraves deşte trabalho, pode-se estabelecer que com a medipâo da resistencia eletrica no ponto corapâo do pavilhăo auricular, pode-se chegar a conhecer a evolugâo do infarto do miocârdio. Em 30 pacientes com infarto agudo do miocârdio, 86,7% mostrava a formagăo de telangiectasia na ârea do ponto coragăo, 73,3% mostrou na ârea de intestino delgado urna formagăo em forma de gomo de cor vermelha, em 56,7% as manifestagoes dos pontos do corapâo e intestino delgado apareceram ao mesmo tempo. Estas observagoes refletem como resultado, a validapăo da teoria da Medicina Tradicional sobre a relagăo exterior-interior do intestino delgado e coragâo. No Departamento de Cardiologia do Hospital Numero 2 da cidade de Pequim, junto com o Instituto Cientifico de Investigagoes Biologicas, realizarăm urna experiencia determinando a influencia do uso de radiagoes lum inosas. Para o trabalho, u tilizarăm 42 pacientes cardiopatas, como grupo-experiencia e 20 pessoas sadias, como grupo-controle. No grupo-experiencia e ao grupo-controle, incidiram o espectro de luz na ârea do coragăo de ambas orelhas. Resultando desta experien­ cia que nas pessoas sadias nâo se observarăm disparidades na ârea de coragăo em ambos os pavilhoes, mas ao repetir a manobra nos pacientes cardiopatas, as diferenpas tornaram-se notâveis e mais evidentes na ârea de coragăo da orelha esquerda. Com o objetivo de indagar sobre a relapăo existente entre o pavilhâo auricular, os canais, colaterais e os Zang Fu, as mesmas instituipoes realizarăm um trabalho investigativo no qual se selecionou um ponto auricular, um corporal e o orgăo correspondente a estes. O trabalho consistiu na medigăo da temperatura e da resistencia eletrica na ârea de corapăo do ponto auricular e nos pontos corporais tais como: Nei Guan (PC-6), Wdi Guan (TA-5), etc. tudo isto, em pa­ cientes cardiopatas.

Material e Metodo Usou-se o equipamento BKT do Instituto Cientifico de Investigagoes Biologicas para a medigăo da temperatura. Grupo-experiencia Usaram-se 39 pacientes cardiopatas com sintomas como opressâo torâcica, dispneia, dor precordial e eletrocardiograma com valores anormais. Usou-se um grupo de 33 pessoas sadias. •

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• Grupo-controle Usou-se um grupo de 96 cardiopatas. Pontos utilizados Auriculares - eoragăo, intestino delgado, ponto do orgăo eoragăo e subcortex. Somâticos - Nei Guan (PC-6), Shen Men (C-7), Wai Guan (TA-5), Yang Chi (TA-4), Yang Ling Quan (VB-34) e Qin X u (VB-40). •

• Pontos estim ulados Auriculares - No grupo de cardiopatas e no grupo sadio: eoragăo, intestino delgado, ponto do orgăo eoragăo e subcortex. No grupo-controle usaram -se os pontos: intestino grosso, occipi­ tal, grupo de pontos erroneos 1, grupo de pontos erroneos 2. Somăticos - Nei Guan (PC-6).

Metodo Nos tres grupos utilizados fizeram medigăo da tem peratura e da resistencia eletrica em cada um dos pontos, tanto somâticos, como auriculares antes de ser estimulados, fazendo anotagoes das cifras obtidas. Posteriormente, procedeu-se da seguinte maneira: Primeiro, realizou-se Acupuntura no ponto Nei Guan (PC-6) e se explorou a temperatura nos pontos: corapâo, orgăo eoragăo, subcortex e intestino delgado do pavilhăo auricular. Posteriormente, no grupo de cardiopatas se usou o metodo de colocagâo de sementes, corn a pilula Qi Tong Wan nos pontos auricula­ res: eoragăo, intestino delgado, orgăo do eoragăo e subcortex, tomando-se amostra da tem peratura corporal e da resistencia eletrica nos pontos somâticos. No grupo-controle, estim ulou-se o ponto auricular do intestino grosso, occipital, grupo de pontos erroneos 1 e grupo de pontos erro­ neos 2. Cada grupo de pontos auriculares era pressionado, continuamente, durante 30s, logo deixava-se descansar durante 20min e entăo, se mostravam os resultados.

Resultados 1. Ao estim ular os pontos auriculares: eoragăo, intestino delgado, orgăo do eoragăo e subcortex, observaram-se mudangas de temperaturas nos pontos somâticos. No grupo de cardiopatas os pontos: Nei Guan (PC-6), Wai Guan (TA-5). Yang Chi (TA-4) e Shen Men (C-7), m ostraram um aumento considerâvel da temperatu-

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ra em comparagăo corn a que possuiam antes de ser estimulados os pontos auriculares com o metodo de colocagăo de sementes; nos pontos Yang Ling Quan (VB-34) e Qiu Xu (VB-40), as mudangas de temperatura observadas foram praticamente insignificantes. No grupo-controle, onde foram usados pontos que năo guardam nenhuma relagăo com a afecgăo, năo se observarăm diferengas notâveis na temperatura dos pontos corporais antes e depois da estimulagăo auricular. No grupo de pessoas sadias, onde se estimulou o ponto auricular do coragăo, intestino delgado, orgăo do coragăo e subcortex năo houve claras diferengas de temperatura nos pontos corporais. 2. Ao estimular o ponto corporal Nei Guan (PC-6), no grupo de pacientes cardiopatas, podem-se observar nos pontos auriculares: coragăo, intestino delgado, orgăo do coragăo e subcortex um aumento considerâvel da temperatura em comparagăo com a que possuiam antes de ser estimulado o ponto Nei Guan (PC-6). Ao punturar o mesmo ponto no grupo de pessoas sadias, năo se observarăm mudangas evidentes nos pontos auriculares antes mencionados.

3. Ao estimular os pontos auriculares: coragăo, intestino delgado, ponto do orgăo do coragăo e subcortex, no grupo de pacientes cardiopatas se observarăm mudangas evidentes na resistencia eletrica dos pontos Nei Guan (PC-6) e Shen Men (C-7); no ponto Nei Guan (PC-6) do lado esquerdo, este fenomeno ficou mais significativo. Ao estimular os mesmos pontos no grupo de pessoas sadias năo se produziram mudangas nos valores da resistencia eletrica em nenhum dos pontos somâticos.

Conclusăo Do que foi mencionado anteriormente, podemos concluir declarando que o estimulo dos pontos, tanto auriculares como somăticos nos pacientes cardiopatas, produziram mudangas tanto da tempera­ tura como da resistencia eletrica dos mesmos, enquanto que, no gru­ po comparativo e no grupo de pessoas sadias, năo se chegou a obser­ var nenhuma mudanga notăvel. Sendo demonstrado desta maneira, que as mudangas patologicas produzidas a nivel dos Zang Fu, podem repercutir na superficie do corpo mostrando-se atraves de reagoes nos pontos somăticos e auriculares. No caso dos pacientes cardiopatas, usando os pontos tanto auriculares como somâticos empregados no experimento pode ser tratada sua afecgâo e obtendo-se resultados terapeuticos.

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A auriculopuntura tam bem pode produzir influencia direta so­ bre os m ovim entos peristâlticos. O Grupo de Investigagoes de Auriculoterapia da cidade de T ian Jing, o Grupo de Trabalho de Auriculoterapia da cidade de Shangai e o Instituto de Tratam ento de Qi Gong, da m esm a cidade, realizarăm um trabalho investigativo em 104 pessoas sadias sem historia de sofrim entos digestivos superiores e para os quais foram feitos exam es com parativos corn bârio antes e depois de aplicar a Acupuntura na ârea do ponto estom ago do pavilhăo auricular. Observou-se que depois da puntura, o tem po de abertura do piloro se tornou menor, passando dos 68s que possuia antes da pungâo, para 54s e os m ovim entos peristâlticos ficaram m ais profundos. No Instituto de Medicina Tradicional da provincia de Shang Dong, foi realizado um trabalho investigativo aplicando eletroAcupuntura na ârea do estomago do pavilhăo auricular e verificando sua influen­ cia na atividade gâstrica. Para este trabalho, selecionaram -se 119 pacientes corn enferm idades gastroduodenais, que se dividiram em: 60 pacientes nos quais se estimulou o ponto estomago e um grupocontrole deşte, 28 pacientes, nos quais se usou a ârea do ponto coragăo, 31 pacientes nos quais se estimulou o ponto estomago e o âpice da orelha. Em todos estes grupos se observarăm as mudangas eletricas, a nivel gâstrico, antes e depois do estimulo. Os resultados foram os seguintes: • No grupo onde se selecionou o ponto estomago, estabeleceu-se a relagâo de condugâo eletrica apos a passagem de 10 ondas para determ inar o câlculo, o que estabeleceu que houve mudangas eletricas a nivel gâstrico enquanto a amplitude e freqiiencia, as quais tinham valores baixos antes do estimulo e aumentaram, consideravelmente, depois deşte. Este resultado foi mais notâvel no grupo onde se estimulou somente o ponto estomago, sendo menos evidentes nos demais, o que mostra que ao estim ular o ponto estomago do pavilhăo auricular, produz-se urna influen­ cia na atividade eletrica do estomago e por fim, na regulagâo de sua atividade funcional, produzindo urna mudanga positiva nas patologias do estomago e duodeno. Săo num erosos os trabalhos realizados nos ultimos tempos para estabelecer a relagâo entre os pontos auriculares e os Zang Fu, em cada urna das investigagoes efetuadas sobre a temâtica, os resulta­ dos apontam â ratifîcagâo da estreita vinculagâo que guardam os pon­ tos do pavilhăo auricular corn a atividade funcional dos orgăos e das visceras e como fato mais significativo, a validagâo atual das milenârias teorias dos Zang Fu e dos canais e colaterais atraves da tecnologia moderna.

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R e l a q â o c o m o S is t e m a N e r v o s o C e n t r a l Năo hâ duvidas que a rica inervagâo do pavilhâo auricular tem grande peso na obtenqâo de resultados terapeuticos atraves do uso dos pontos auriculares. O pavilhâo auricular estâ inervado principalmente por nervos espinhais do plexo cervical como o auricular maior e o occipital menor e por nervos cerebrais como o auriculotemporal, facial, glossofaringeo, ramos do vago e simpâtico. Estes quatro nervos cerebrais e dois espinhais, ramificam-se e distribuem-se em todo o pavilhâo auricular, conectando-o com o Siste­ ma Nervoso Central (SNC). Assim temos, por exemplo, que: • O auriculotemporal parte do ramo inferior do trigemeo, pelo que nâo so guarda relaqâo com os movimentos de deglutiqăo e sensibilidade da face e da cabeqa, como tambem se relaciona com a medula espinhal. • O nervo facial controla o movimento dos musculos superficiais da face e da regiăo das adenoides. • Do bulbo raquidiano partem o vago e o glossofaringeo, que con­ trolam o centro respiratorio, o centro cardiaco, o centro vasomotor e o centro das secreqoes salivares (o vomito e a tosse). • O auricular maior e occipital menor comandam a atividade do tronco e os quatro membros, os movimentos musculoesqueleticos e o movimento dos orgâos e das vtsceras. Do exposto anteriormente, depreende-se que atraves dos nervos que chegam ao pavilhâo auricular podemos influenciar todo o resto do soma. Os multiplos metodos de estimulo usados no pavilhâo auricular como: implantaqâo de agulhas, pressăo mecânica sobre os pontos, estimulos eletricos, ultra-sonicos, campos magneticos, etc., provocam a sensaqâo de chegada da energia (De Qi), que e produzida provavelmente pela excitaqâo de numerosos receptores, especificamente receptores dolorosos, os que enviam o impulso ate o nucleo do trato medular do nervo trigemeo, onde posteriormente e enviado â estrutu­ ra reticular do tronco cerebral. O centro reticular compreende urna estrutura formada por neuronios ao longo do tronco cerebral e que văo do bulbo ao tâlamo. Esta estrutura reticular tem urna composiqăo caracteristica, na qual, este sistema neuronal possui um alto grâu de agrupamento dos impulsos nervosos, pelo que nesta regiăo, cada impulso regulador da atividade dos orgâos internos e regulador a nivel sensorial, desempenha um importante papei. As celulas do nucleo reticular estăo conformadas por neuronios de associaqâo do tronco cerebral, elas alem de relacionar os impulsos

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do cerebro e da medula, tam bem relacionam as fibras aferentes dos segmentos superiores e inferiores do tronco cerebral, recebem inumerâveis impulsos dos ramos laterais do trato e volta a enviâ-los deşte ate o cortex; assim, desta maneira, a estrutura reticular elabora um sistema especial de sintese de sinais, que nos permite considerar â mesma como um viabilizador da agăo da auriculopuntura no sistema nervoso, năo so no tratamento da dor, como tambem, na regulagăo da atividade dos orgăos internos. O Grupo de Investigagăo de Auriculoterapia da cidade d eT ia n Jing, fez consideragoes de acordo corn um estudo realizado nos pontos de reagâo do pavilhăo auricular e sua relagâo corn a atividade do cortex cerebral. Realizaram -se observagoes em pessoas em coma ou corn anestesia geral, por meio do uso de cloropromacina, nas quais se constatou uma queda nos niveis de condugăo eletrica dos pontos auriculares. Assim, nos pacientes que fîcavam pela anestesia em inconsciencia profunda, os niveis de condugăo eletrica nos pontos baixava a zero e nos casos onde o nivel da anestesia era mais leve, a queda da condugăo eletrica dos pontos era menor, o que nos fala de uma relagăo entre os niveis de profundidade dos estados de inconsciencia e o grâu de condugâo eletrica dos pontos auriculares. Em pacientes esquizofrenicos que usavam a cloropromacina e para aqueles que se foi eliminando lentamente, causando uma diminuigâo paulatina na repressâo do sistema reticular, observou-se que a condugăo eletrica dos pontos auriculares foi, pouco a pouco, aumentando ate recuperar seus niveis normais. Continuando as investigagoes sobre o tema, no Instituto de Investigagoes de Acupuntura da provincia de An Hui, o professor Liu Wei Zhou, realizou cortes nos ramos dos nervos que inervam a orelha em coelhos de laboratdrio, observando as mudangas eletricas no estomago e nos intestinos do animal, ao realizar a Acupuntura auricular. Dividiu o experimento em um grupo-controle e quatro grupos-experiencia. No primeiro, realizou cortes do ramo do nervo vago que inerva a orelha, no segundo, cortou os nervos auricular maior e occipital menor, no terceiro grupo, cortou o ramo do nervo simpâtico que chega ao pavilhăo e no ultimo grupo, fez um corte total de todos os nervos que inervam o pavilhăo auricular. Os resultados obtidos foram os seguintes: 1. A atividade eletrica gastrointestinal se mostrou da seguinte m a­ neira: • No grupo onde se realizou o corte do ramo do nervo simpâtico, a atividade eletrica do estomago diminuiu. • Nos grupos onde se fizeram cortes de cada um dos nervos, a resposta terapeutica depois da A cupuntura auricular se man-

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tinha, mas a atividade eletrica gastrointestinal, antes e depois da Acupuntura nos pontos auriculares, mostrava mudangas evidentes. • No grupo onde se seccionaram todos os nervos que inervam a orelha, a resposta terapeutica diminuiu consideravelmente ou desapareceu, ao realizar a Acupuntura, antes e depois, a ativi­ dade eletrica gastrointestinal năo mostrou grandes mudanţas. 2. Mediqâo do valor da amplitude eletrica gastrointestinal: • Neste caso ao realizar a punqăo dos pontos auriculares, antes e depois, os resultados foram identicos aos da medigăo da ativida­ de eletrica. 3. Mediqâo do numero de atividades eletricas e das âreas que abrangem a reaqăo: • Ao realizar a Acupuntura, antes e depois, nos grupos onde se cortou um so nervo, comparado corn o grupo-controle, as diferenqas năo foram evidentes; no grupo onde foram cortados todos os nervos, as mudanqas da atividade eletrica gastrointestinal, antes e depois, da Acupuntura, foram de 37,5 a 62,5%, enquanto que, no grupo-controle se mantiveram de 58,4 a 93,8%, sendo mais habitual de 80%, a mais. Depois desta experiencia pode-se avaliar o resultado da seguinte maneira: O funcionamento bâsico dos pontos auriculares năo se subscreve somente a um ramo de um nervo em especifico, nem para seu uso diagnostico, nem terapeutico. Provavelmente o sistema de nervos que inerva o pavilhăo auricular desempenha um papei importante, mas năo deter­ minante na fungăo dos pontos, esta depende de regras especiiîcas e caracteristicas particulares segundo combinaqăo de vârias estruturas que resultam no ponto. A funqăo dos pontos responde a estruturas complexas, atraves das quais se relaciona corn o resto do sistema e desta maneira, influencia e regula cada centro. Os exemplos anteriores, deixam ver a estreita relagăo que guarda a atividade eletrica dos pontos auriculares corn o Sistema Nervoso Central, mas consideramos que, na atualidade, as respostas sobre os mecanismos de aqăo neste campo săo ainda insuficientes.

R e l a c â o c o m o S is t e m a N e u r o v e g e t a t iv o No Instituto de Medicina de Fu Jian, realizou-se urna investigagâo em cachorros de laboratorio, nos quais se induziu urna gastrite, depois da qual se puderam encontrar nas conchas de seus pavilhoes auriculares pontos em que se produziram um aumento da conduqâo eletrica.

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Posteriormente, nas raizes do pavilhăo, especificam ente no ramo do nervo vago que inerva a parte posterior do pavilhăo, realizou-se ura bloqueio com urna injeqăo de novocatna. Depois desta manobra, pode-se observar im ediatam ente uma diminuigăo da condutividade eletrica dos pontos reativos. Mas ao desaparecer o efeito da novocaina, o nivel de condugâo eletrica aumentou novamente. Ao realizar um bloqueio similar no pavilhăo auricular de seres humanos, observou-se o m esm o fenomeno, uma diminuigâo da conduqăo eletrica im ediata nos pontos reativos do que antes do bloqueio m ostravam um a a lta co n d u tivid a d e e um res ta b e lecim e n to da condutividade eletrica destes pontos, 30min depois. Como continuapăo desta pesquisa, injetou-se ergotamina ou outro m edicamento repressor da atividade neurovegetativa, observando-se que a condupăo eletrica tambem diminuiu. Mas se pode constatar que depois de injetar atropină para reprim ir a atividade parassimpătica, o simpătico foi excitado, elevando-se novamente a condutividade eletrica dos pontos. Do exposto anteriormente, pode-se concluir declarando que o comportamento da condutividade eletrica, nos pontos auriculares, guarda estreita relagăo com o sistem a neurovegetativo. Segundo um informe do Grupo de Investigagăo de Auriculopuntura da provincia de Tian Jing, sobre uma investigaţăo realizada em coelhos de laboratorio dos quais se seccionaram os ramos dos nervos vago e sim pâticos cervicais que inervam o pavilhăo e posteriorm ente injetaram -lhes adrenalina com o objetivo de aum entar o ritmo cardiaco. Aplicou-se Acupuntura no ponto coragăo do pavilhăo auricular, para fazer regressar o ritm o cardiaco a seus niveis normais. Obtevese como resultado que atraves do estim ulo do ponto auricular nâo se pode restabelecer a atividade do ritmo cardiaco. Tudo isto nos faz pensar que uma im portante parte da relagăo que se estabelece entre os pontos auriculares e o resto do organism o seja realizada pelo sis­ tema neurovegetativo. As investigagoes realizadas nos ultim os tempos, no cam po da eletrofisiologia, assinalam â neurofisiologia como substrato dos mecanismos de agâo da auriculoterapia, embora possa se considerar como uma asseveragâo, a priori e absolutista, posto que săo muitas as lacunas que ainda ficam ao tentar revelar os mecanism os de agăo da auriculoterapia.

R elagâo COm AS B iom oleculas Todos os processos fisiologicos do organismo estăo mediados por agentes bioquimicos que conformam a estrutura humoral do corpo hu-

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Auriculoterapia

mano. Razăo pela qual e impossivel discutir sobre a relaţao do pavilhâo da orelha com o resto do organismo, sem tomar em consideragâo as biomoleculas que participam como viabilizadoras deşte processo. Em um experimento realizado em animais de laboratorio, no Instituto da propria professora Huang Li Chun, ratifica-se esta declaragăo. Dois animais ficaram relacionados entre si atraves do sistema sangiiineo, com o uso de transfusăo direta do sangue do animal 1 ao animal 2 e vice-versa. No animal 1 realizou-se analgesia Acupnntural, comprovando-se que em poucos minutos, no animal 2, tambem se havia obtido um efeito analgesico. Este in teressan te experim en to nos aclara que a anestesia Acupuntural usa a via humoral para sua aqăo. No Instituto de Investigaqoes de Medicina Tradicional de Mei Yuan, realizou-se um experimento intercambiando o sangue em coelhos de laboratorio, colocando um trocarte na arteria carotida de um e conectando com a veia auricular posterior do outro. O primeiro coelho foi exposto a um estimulo eletrico com um eletrodo no coraqâo, durante 4h, depois do que o estimulo se deteve e comeqou a realizar-se a troca sangiiinea entre ambos animais. Ao mesmo tempo se explorava a condutividade eletrica dos pontos auriculares de ambos os animais, encontrando como resultado que: a condutividade eletrica do ponto auricular em ambos os animais aumentou de maneira evidente, comparado com o nivel que apresentavam antes de comeqar o estimulo e o intercâmbio sanguineo. Em ambos os animais foram realizados eletrocardiogramas que se comportarăm da seguinte maneira: no coelho que recebeu o estimulo eletrico, o eletrocardiograma mostrava mudanqas, enquanto que no outro coelho, nâo. Nos 5 pares de coelhos utilizados, as mudanqas na condutividade eletrica dos pontos, antes e depois, se mostraram evidentes, assim como, o resultado do eletrocardiograma. Depois de transcorrer 5 dias todos os valores regressaram â sua normalidade. Neste trabalho, selecionou-se um grupo-controle no qual se utilizou o mesmo procedimento de transfusăo sangiiinea, mas năo se realizou estimulo eletrico no coraţâo de nenhum dos coelhos utilizados o b s e rv a n d o -s e que nâo se p ro d u ziu n en h u m a m u d an qa na condutividade eletrica do ponto auricular nos coelhos. Os resultados obtidos neste experimento nos demonstram que cada mudanqa patologica que se produza em um orgâo interno e reiletida no ponto correspondente do pavilhâo auricular e que a via humoral desempenha um importante papei na transmissăo desta informaqăo ao pavilhâo auricular. Urna vez demonstrado a importância das vias humorais na trans­ missăo da informaqăo ao pavilhâo auricular, realizou-se um expe-

Principios Fisiologicos que Fundamentam o Diagnostico e Tratam ento Auricular

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rimento com o objetivo de verificar o papei das glândulas supra-renais neste mecanismo de aqâo. Para isto foram utilizados novamente coelhos de laboratorios dos quais se extirparăm as glândulas suprarenais observando-se as reaqoes dos pontos auriculares, nestes casos. Em tal experimenta, pode-se constatar que nos coelhos em que se extirparăm as glândulas, depois de ser submetidos a 4h de estimulos eletricos no coraqăo, as reaqoes dos pontos auriculares diminuiram, em comparaqăo com o grupo onde nâo se haviam extirpado tais glân­ dulas. Chegou-se â conclusâo que as secregoes das glândulas supra-renais tem grande peso no estabelecimento do enlace entre os orgăos internos e o pavilhâo auricular. Nos ultimos tempos, tem-se dado muita importância â serotonina (5-hidroxitriptamina), que e um hormonio tecidual de aqăo local e que foi encontrado tambem no SNC. Parece que a analgesia Acupuntural e a quantidade de serotonina a nivel local tem um papei importante. Quando os niveis de serotonina săo elevados, o efeito analgesico e satisfatario. A noradrenalina e um neurotransmissor liberado pelas libras adrenergicas. Segundo estudos realizados quando os niveis de noradrena­ lina baixam, o efeito da analgesia Acupuntural e melhor. Em outros experim entos realizados, pode-se com provar como, de­ pois da punqâo Acupuntural, os niveis de acetilcolina no tâlamo aumentam e a atividade da colinesterase diminui. Se injetamos colina em um ventriculo do cerebro, bloqueia-se a acetilcolina dentro do cerebro e o efeito analgesico da Acupuntura se ve claramente diminuido. Tudo isto nos faz notar que a aqăo da acetilcolina na analgesia Acupuntural e tambem significativa. De acordo com os trabalhos cientificos realizados nos ultimos tem ­ pos, pode-se determ inar a influencia que se produzem em substâncias como a 17-hidroxicorticosterona, a monoaminoxidase, as secregoes do lobulo posterior da hipofise, a catecolamina, etc., depois do estimulo dos pontos auriculares. Tudo isto nos ratifica a influencia sistemica que provoca a auriculoterapia e o importante papei das biomoleculas na viabilizaqâo de seus resultados terapeuticos. Como podemos analisar, de todo o exposto anteriormente, os mecanismos de aqăo da auriculoterapia nâo se subscrevem a urna so via, podemos encontrar algumas respostas tanto sob a teoria de canais e colaterais, a dos Zang Fu, no Sistema Nervoso Central, o Siste­ ma Neurovegetativo ou das vias humorais. Tudo isto nos faz pensar na com plexidade na hora de tratar de explicar com o funciona a auriculoterapia. E necessârio urna visâo mais holistica do fenomeno e

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Auriculoterapia

um enfoque multicausal, onde todas as vias, antes descritas, desempenham um papei de igual importância. Nos ultimos tempos, desenvolveram-se diferentes teorias, tanto dentro, como fora da China, para tratar de enfocar o fenomeno da auriculoterapia como: • A teoria da transmissăo de correntes bioeletricas, onde lhe brinda grande peso a mudanqa de potencial de membrana. • A teoria de repressăo biologica, na qual se pensa que a auriculo­ terapia funciona pela repressăo de um sinal nervoso sobre outro ou pela elevaqăo do limiar doloroso. • A teoria do sistema sintetizado de sinais; a qual estâ baseada no descobrimento em 1973, pelo professor Zhang do microssistema do segundo metacarpiano e onde se trata de explicar a chave do fenomeno a nivel histologico e bioquimico. • A teoria das comportas, onde a explicagăo estâ fundamentada na abertura e fechamento das portas que deixam passar o sinal doloroso pelas fibras aferentes e a teoria imunologica, onde se dă grande peso ă aqâo da auriculopuntura sobre a imunologia celular. De nossa parte, deixamos este capitulo â consideragăo do leitor e năo nos aventuramos nem nos detivemos em nenhum ponto de vista.

3. ^Anatomia Auricutar

O pavilhâo da orelha e uma lâmina dobrada sobre si mesma, em diversos sentidos, ovalada, com uma extremidade superior espessa. Em seu conjunto tem a forma de um pavilhâo de com eta musical, destinado a captar as ondas sonoras. O pavilhâo da orelha estâ situado em ambos os lados da cabega, atras da articulaqâo temporomandibular e da regiâo parotidea, antes da regiâo mastoide e abaixo da temporal, unindo-se â cabepa pela parte media de seu tergo anterior. O pavilhâo auricular estâ constituido por um tecido fibrocartilaginoso, como sustentapăo de suas estruturas anatomicas, estâ formado tambem por ligamentos, tecido adiposo e musculos. A parte infe­ rior do pavilhâo, e rica em nervos, vasos sangiiineos e linfâticos, mas os terpos superiores deşte estăo formados, basicamente, por cartilagem. e o lobulo da orelha e constituido, em sua maior parte, por teci­ do adiposo e conjuntivo. O pavilhâo da orelha e coberto de pele aderente â fibrocartilagem, na face externa e e movel, na face interna. A pele do pavilhâo estâ separada da fibrocartilagem por um tecido celular subcutâneo muito denso sobre a face externa enquanto, e frouxo sobre a face interna, onde contem alguns grânulos adiposos. A derme do pavilhâo e comparativamente mais espessa e, nesta, se distribuem glândulas sebâceas, sudoriparas, capilares, nervos e vasos linfâticos. O tecido adipo-

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Auriculoterapia

so e as glândulas sebâceas săo mais abundantes nas imediagoes do conduto auditivo.

NOMENCLATURA ANATOMICA O pavilhâo e dividido, para seu estudo, em duas faces e uma circunferencia. Na sua face anterior se observa uma serie de proeminencias alternando corn depressoes, que cireunscrevem uma escavagâo profunda, a concha, no fundo da qual se abre o canal auditivo externo. As proeminencias presentes no pavilhâo auricular săo: helix, antihelix, trago e antitrago. Alem destes, o pavilhâo da orelha e formado por: lobulo, raiz do helix, tuberculo auricular, fossa triangular, fossa escafoide, incisura supratrago, etc. (Fig. 3.1). F a c e A n t e r i o r d o P a v il h â o A u r ic u l a r H e lix - O helix e a mais excentrica das proeminencias do pavilhăo. Comega na cavidade da concha por uma crista obliqua para cima e para frente, a raiz do helix: margina em seguida a metade superior da circunferencia do pavilhâo, primeiro para frente, depois para cima e logo para tras, e por fim, termina na parte superior do lobulo. R a iz d o h e lix - Uma proeminencia horizontal que divide as conchas e que constitui o extremo infero-anterior do helix. T u b e rc u lo a u r ic u la r - Proeminencia pequena, na parte posterosuperior do helix. A n ti-h e lix - O anti-helix, concentrico â helix, ascende paralelamente ao segmento posterior desta e se divide na parte superior, em dois ramos que limitam uma depressăo conhecida corn o nome de fosseta do anti-helix, fosseta navicular ou triangular. Fossa tr ia n g u la r - A depressăo formada entre os ramos superior e inferior do anti-helix. F os s a e s c a fo id e - Entre o helix e o anti-helix corre um sulco cu rvilin eo, cham ado canal do helix, goteira do helix ou fossa escafoide. T r a g o - O trago e uma proeminenciaaplanada, triangular, colocada antes da concha e debaixo do helix, que se projeta de maneira de um operculo, para diante e por fora do orificio do conduto auditivo externo. A base do trago estâ dirigida para diante e para dentro; o vertex livre, arredondado, olha para tras e para fora. In c is u ra s u p e rio r do tra g o (s u p ra tra g o ) - Uma depressăo for­ mada pelo helix e o bordo superior do trago.

Anatom ia do Pavilhăo Auricular

Cruz superior do anti-helix

F IG U R A 3.1

N om en clatu ra anatom ica. V er tam b em Pran ch a 1 colorida.

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50

Auriculoterapia

Antitrago - O antitrago e igualmente uma pequena proeminencia triangular, situada abaixo do anti-helix e por tras do trago, do qual estâ separado por uma profunda chanfradura, a chanfradura da concha. Incisura do intertrago - A depressăo formada entre o trago e o antitrago. Fossa superior do antitrago - Depressăo pequena que se forma entre o antitrago e o anti-helix. Lobulo da orelha - Porqăo carnosa inferior do pavilhâo da orelha. Concha - E uma profunda escavagăo limitada para frente pelo trago e por tras pelo anti-helix e o antitrago. A raiz do helix divide a concha em duas partes: uma superior e estreita denominada concha cimba e outra inferior muito mais larga, que e continua corn o conduto auditivo externo chamada concha cava. Orificio do conduto auditivo externo. F a c e P o s t e r io r d o P a v il h ă o A u r ic u l a r A face posterior do pavilhăo estâ formada por quatro eminencias, quatro sulcos e tres faces (Fig. 3.2). As tres faces săo: • Face dorsal do helix. • Face dorsal do lobulo. • Face que se localiza entre a parte dorsal da fossa escafoide e o dorso do lobulo. Os quatro sulcos săo: • Sulco posterior do anti-helix. • Sulco da cruz inferior do anti-helix. • Sulco da raiz do helix. • Sulco do antitrago. As quatro eminencias săo: • Eminencia posterior da fossa escafoide. • Eminencia posterior da fossa triangular. • Eminencia posterior da concha cava. • Eminencia posterior da concha cimba.

ESTRUTURAS ANATOMICAS DO PAVILHÂO AURICULAR V a s c u l a r iz a q â o As arterias que irrigam o pavilhăo auricular, procedem da arteria temporal superficial e da arteria auricular posterior. A arteria tempo-

Anatom ia do Pavilhăo Auricular

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Eminencia posterior da fossa triangular

Face dorsal do helix Sulco posterior do anti-helix

Eminencia da fossa escafoide Sulco da cruz inferior

Eminencia posterior da concha cimba Sulco da raiz do helix Sulco do antitrago

Eminencia posterior da concha cava

Face dorsal entre o lobulo e fossa escafoide

Face dorsal do lobulo

F IG U R A 3 .2 - N om en clatu ra anatom ica. V er tam bem Pran ch a 2 colorida.

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Auriculoterapia

ral superficial se ramifica para frente do conduto auditivo externo em tres ramos: superior, media e inferior, as quais irrigam fundamentalmente a face anterior do pavilhâo. A arteria auricular posterior, tambem se ramifica em tres desde a raiz inferior da orelha, para desta maneira irrigar o lado posterior do pavilhâo. As veias terminam anteriormente na veia temporal superficial; por tras nas veias auriculares posteriores e na veia mastoidea, e por baixo na jugular externa. V a s o s L in f â t ic o s Os linfâticos da parte anterior do helix e do trago passarăo ao gânglio parotideo pre-auricular. Os da face anterior do pavilhâo e os que nascem em sua face posterior, por tras da concha, săo tributârios dos gânglios mastoideo, parotideo e subesternomastoideo. M usc u lo s Os m usculos se dividem em extrfnsecos e intrinsecos. Os m us­ culos extrinsecos săo os m usculos auriculares anterior, superior e posterior. Os musculos intrinse cos se estendem desde a cartilagem ate a pele do pavilhâo, ou bem unem duas partes da cartilagem. Musculo maior do helix - Estende-se verticalmente sobre a parte anterior do helix. Musculo menor do helix - Corresponde ao bordo livre da raiz do helix. Musculo do trago - E formado por feixes verticais situados sobre a face externa do trago. Musculo do antitrago - Vai do antitrago â extremidade inferior do anti-helix. Musculos transverso e o b liq u o - Ocupam a face interna do pavilhăo e se estendem desde a concha ate as convexidades determinadas pela fossa escafoide. Todos estes musculos săo estruturas rudimentares, em vias de regressâo e năo tem nenhuma aqăo sobre o pavilhâo da orelha. Inervacâo Săo abundantes os nervos que inervam o pavilhâo auricular, podemos dividi-los de acordo corn sua origem em nervos espinais, ner­ vos cerebrais e nervos simpâticos.

Anatom ia do Pavilhăo A uricular

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Os nervos motores provem do facial. Os nervos sensitivos tem dupla origem, o auriculotem poral dă seus ramos â parte anterior do helix e ao trago e o ramo auricular do plexo cervical superficial inerva o resto do pavilhăo.

Nervos Espinais Os nervos espinais incluem o nervo auricular m aior e o nervo occi­ pital menor. N e rv o a u r ic u la r m a io r - Desempenha um papei importante no pavilhăo auricular, origina-se no segundo e terceiro pares do plexo cervical, aprofunda-se por trăs do musculo esternocleidomastoideo, ate alcangar o pavilhăo auricular onde se divide em dois ramos: o ramo inferior ou ramo anterior e o ramo superior ou posterior. O ramo inferior e espesso e parte da raiz do lobulo da orelha para subdividir-se em tres: ram o do lobulo, ram o central e ram o superior. O ramo do lobulo toma forma de guarda-chuva por baixo da pele do lobulo, corn pequenos ramos que por sua vez penetram distribuindo-se para o lado externo do lobulo e outra parte correndo para o trago para entrecruzar-se corn o auriculotemporal. O ramo central e, comparativam ente mais espesso, o qual se divi­ de por sua vez em dois ramos mais, um que corre para a regiâo do antitrago e outro que ascende desde a regiâo do ponto occipital, para alcangar a face externa do pavilhăo. O ramo superior inerva a face interna do pavilhăo e se divide por sua vez, em dois ramos, um que atravessa a cartilagem para alcangar a face externa do pavilhăo, distribuindo-se ao longo da fossa escafoide e outro que ascende pelo bordo interno do pavilhăo. O ramo superior ou posterior do nervo auricular maior se distribui pela parte posterior do pavilhăo, obliquamente para cima ate alcan­ gar o musculo posterior da orelha, atravessar a cartilagem e distribuir-se pela face interna do pavilhăo. N e rv o o c c ip it a l m e n o r - Origina-se tambem no segundo e tercei­ ro pares do plexo cervical, ascende de maneira obliqua por tras do esternocleidom astoideo ate alcangar o nivel da raiz do helix, para penetrar na cartilagem e distribuir-se em vârios ramos que inervam a face anterior, posterior e superior do pavilhăo. desta maneira abrange o âpice da orelha, a fossa triangular, a cruz superior e inferior do antihelix e a parte superior da fossa escafoide.

Nervos Cerebrais N e rv o a u r ic u lo te m p o r a l - Procede do ramo inferior do trigemeo e corre para a face anterior e superior do pavilhăo auricular, dividindo-

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Auriculoterapia

se em finos ramos que inervam a parede anterior do conduto auditivo externo, o trago, o lado superior da raiz do helix e ascende pelo helix ate a fossa triangular. Em alguns casos, o nervo auriculotem poral estende-se ate o lobulo da orelha e da concha cava, entrecruzando-se com os nervos auricular maior, occipital m enor e corn a ramo auri­ cular do vago. R a m o a u r ic u la r d o v a g o - De um segmento do vago que acompanha as veias cervicais, sai um ramo que se une com o nervo glossofaringeo e com fibras do nervo facial para penetrar na orelha. de onde se distribui no bordo interno do pavilhâo e no musculo posterior da ore­ lha, abrangendo a raiz do helix, a concha cava e em alguns casos chega ate a fossa escafoide.

Nervos Simpăticos De acordo com a inervagâo do pavilhâo auricular podemos assinalar que o lobulo, o helix, a fossa escafoide e o anti-helix, se encontram inervados principalm ente por nervos espinais, enquanto que as conchas se encontram inervadas pelos nervos auriculotemporal, vago, facial e glossofaringeo, principalmente. Como detalhe curioso podemos assinalar que na fossa triangular chegam quase todos os nervos do pavilhâo auricular. Os ramos simpăticos que inervam a orelha, procedem das fibras que acom panham a as arterias cervicais.

Anatom ia do Pauilhăo Auricular

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F IG U R A 3 .3 - A rteria s e veia s do p avilh ăo auricular. Ver tam bem Pran ch a 3 colorida.

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Auriculoterapia

Pacote de gânglios posteriores

Pacote de gânglios anteriores

Pacote de gânglios posteriores

FIGURA 3.4 - Distribuigâo linfâtica. Ver tambem Prancha 4 colorida.

M. menor do helix

M. auricular superior

M. obliquo M. maior do helix

M. auricular anterior

M. do trago

M. auricular posterior

F IG U R A 3 .5 - M usculos auriculares. Ver tam bem Pranch a 4 colorida.

Anatom ia do Pauilhăo Auricular

. auricular m aior

Ram o do trigemeo

N. facial N. vago

FIGURA 3.6 - Nervos auriculares. Ver tambem Prancha 5 colorida.

N. occipital menor

F IG U R A 3 .7 - M etâ m eros a u ricu lares. V er tam bem Pran ch a 5 colorida.

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Auriculoterapia

Ramo anterior da arteria temporal superficial

iricular posterior occipital menor no anterior do n. occipital menor Iar posterior . occipital menor

Ramo anterior do n. auriculotemporal N. auriculotem poral

iricular posterior auricular maior mo posterior que netra para frente do n. facial

Ligamento anterior da orelha Veia temporal superficial Ramo anterior da arteria temporal superficial Parotida

lamo anterior do vago da orelha

. auricular maior tamo anterior da arteria auricular posterior

Ramo anterior do n. auricular maior

F IG U R A 3 .8 - Face anterior do pavilhâo auricular. Ver tam bem Prancha 6 colorida.

PRANCH A 1

Cruz superior do anti-helix

Tuberculo auricular Fossa triangular

Fossa escafoide

Cruz inferior do anti-helix

Helix

Concha cimba Raiz do helix Incisura do supratago

Anti-helix

Concha cava Trago

Fossa superior do antitrago Antitrago

Incisura do intertrago

Lobulo

F IG U R A 3.1 - N om en clatu ra anatom ica.

PRANCHA2

Eminencia posterior da fossa triangular

F IG U R A 3.2 - N om enclatura anatom ica.

PRANCHA 3

Veia temporal superficial Veia auricular posterior

F IG U R A 3 .3 - A rteria s e veia s d o p a vilh âo auricular.

PRANCHA 4

FIGURA 3.4 - Distribuigâo linfâtica.

M. menor do helix

M. obliquo M. maior do helix

M. auricular anterior

M. transverso

M. do trago M. do antitrago

F IG U R A 3 .5 - M u scu los auricu lares.

PRANCHA 5

FIGURA 3.6 - Nervos auriculares.

N. occipital m enor

F IG U R A 3 .7 - M etâ m eros a u ricu lares.

PRANCHA6

> Arteria auricular posterior

Ramo anterior da arteria temporal superficial

occipital menor no anterior do n. occipital menor | iricular posterior . occipital menor

■ Ramo anterior 5 \ M do n. auricuf'f > lotem p ora l______ _

iricular posterior . auricular maior

E jC

mo posterior que netra para frente do n. facial

N. auriculotem poral Ligament o anterior da orelha Veia temporal superficial Ramo anterior da arteria temporal superficial

tamo anterior do vago da orelha

— N. auricular maior

Parotida

Ramo anterior da arteria auricular posterior

Ramo anterior do n. auricular maior

M

l

F IG U R A 3 .8 - Face an terior do pavilh âo auricular.

PRANCHA 7

/

Ramo posterior do n. occipital menor Ramo da arteria auricular posterior

7

N. occipital menor Ramo posterior do n. facial M. auricular posterior Ramo posterior do n. facial Veia auricular posterior Ramo anterior da arteria auricular posterior N. auricular maior Arteria auricular posterior

Ramo do n. facial cjue inerva a face anterior

Osso temporal

Ramo posterior do n. facial Ramo que inerva a face anterior do n. vago

Veia cervical Ramo auricular do vago N. vago

Ramo do n. facial N. facial Ramo auricular do n. vago Ramo auricular do n. facial

N. glossofaringeo Mastoide

Ramo auricular do n. vago Arteria auricular posterior B

F IG U R A 3 .9 - A e B) Face p o sterior do p avilh ăo auricular.

PRANCHA 8

N. auricular maior N. occipital menor N. vago, glossofaringeo e facial N. auriculotemporal

F IG U R A 3 .1 0 - D istribu igâo de nervos.

Anatom ia do Pavilhăo A uricular

Ramo posterior do n. occipital menor Ramo da arteria auricular posterior

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N. occipital menor Ramo posterior do n. facial M. auricular posterior

Ramo posterior do n. auricular maior

Ramo posterior do n. facial Veia auricular posterior

Ramo anterior do n auricular maior

Ramo anterior da arteria auricular posterior N. auricular maior Arteria auricular posterior

Ramo do n. facial que inerva a face anterior Ramo posterior do n. facial Ramo que inerva a face anterior do n. vago

Osso temporal Veia cervical Ramo auricular do vago N. vago

Ramo do n. facial N. facial Ramo auricular do n. vago Ramo auricular do n. facial

N. glossofaringeo Mastoide

Ramo auricular do n. vago Arteria auricular posterior

B FIGURA 3.9 - A e B) Face posterior do pavilhăo auricular. Ver tambem Prancha 7 colorida.

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Auriculoterapia

-------

N. auricular maior N. occipital menor N. vago, glossofaringeo e facial N. auriculotemporal

FIGURA 3.10 - Distribuigâo de nervos. Ver tambem Prancha 8 colorida.

4. ‘Definiţăo, ‘Junfăo e ‘Diagnostico Tontos AuricuCares DEFINigÂO Que săo os pontos auriculares e por que sua utilidade terapeutica? Os pontos auriculares sâo zonas especfficas distribuidas na superficie auricular, que refletem fielm ente a atividade funcional de todo nosso corpo. O pavilhâo auricular estâ estreitam ente relacionado com um grande num ero de canais e colaterais, atraves dos quais o Qi e o X ue se com unicam expressando a atividade funcional de todo o organism o. Por exemplo, quando sucedem mudanqas patologicas em nosso organismo, estas se m anifestam fielmente no ponto ou ârea especifica da regiăo comprometida, atraves de m udanţas morfologicas, da coloraqăo da pele, dor â exploragâo tactil, presenqa de edem as ou cordoezinhos, urna reaqâo positiva ao exame eletrico, etc. O ponto diagnosticado como positivo se em prega para o tratamento, utilizando sua estimulagăo mecânica ou com a aplicagâo das agulhas, moxas, eletroestimulo, laser, etc., obtendo-se assim, a melhora sintom âtica e a resoluqăo da enfermidade. Podemos concluir expressando que os pontos auriculares nâo sâo mais que determ inadas regioes distribuidas em todo o pavilhâo auri­ cular. que pelas estreitas relacoes energeticas e funcionais que esta-

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Auriculoterapia

belecem com os canais, colaterais e Zang Fu, nos permitem o diagnostico e tratamento atraves de seu emprego. Na atualidade, realizaram-se investigaqoes que apoiam esta teo­ ria milenăria. Do ponto de vista neurofisiologico, o pavilhâo auri­ cular se comporta como um receptâculo de informagâo periferica e central de alta fidelidade. Por esta razăo, o ponto auricular se mani­ festa como uma estagâo de sinais, tambem, podemos defini-lo como urna estagâo comunicadora com os canais, colaterais, fluido corpo­ ral, nervos, etc. Ao estimular mecanicamente ou com a aplicagâo direta da agulha, o sinal captado pelos nervos aferentes e enviado â medula espinhal e dai e conduzido ao cortex cerebral, onde aparece a sensagăo de ser picado com a agulha. Em experim entos realizados com anim ais de laboratorio, se demostrou que os sinais emitidos pelo estimulo produzido sobre um ponto auricular especifico e o estimulo procedente de uma ferida provocada no animal na regiâo analoga ao ponto auricular mas a nivel somâtico, săo recolhidos pelos nervos perifericos aferentes e enviados â medula espinhal, reunindo-se ao mesmo nivel. Este fato singular revela que o sinal provenienţe da agulha exerce uma repressăo a nivel medular sobre o sinal criado pela ferida realizada no animal. Este criterio e vâlido para os demais pontos auriculares, assim como para o resto de nosso organismo. Ainda fica na penumbra da investigagăo cientifica os complexos mecanismos bioenergeticos e outros, que por sua complexidade e por nâo ser objetivo de nosso texto, năo faremos mengăo.

CLASSIFICAQÂO DOS PONTOS AURICULARES Podemos dizer que a auriculoterapia constitui um ponto de parti­ da para a integrapâo da M edicina Tradicional e a ocidental. O microssistema da orelha nos oferece a possibilidade de localizar e utilizar pontos sob o respaldo, tanto da teoria dos Zang Fu e Jing Lao, como sob os principios da fisiologia moderna. Assim, desta maneira, os pontos auriculares foram classificados e denominados de acordo com a anatomia, fisiologia dos Zang Fii e Jing Luo, sistema nervoso, sistema endocrino, funpoes especificas dos pontos, etc. Por intermedio de seus aproximados 20 anos de experiencia clini­ ca e investigagâo no campo da auriculoterapia, a professora Huang Li Chun classificou, no pavilhâo auricular, os pontos de acordo com seu carâter, funqâo, atividade especifica e experiencias, em seis classes que contem a totalidade dos 154 pontos mais utilizados na clinica.

Dejînigăo, Fungăo e Diagndstico dos Pontos Auriculares

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ainda em nosso texto, faremos mengâo a 126 pontos que mostraremos neste capitulo. P o nto s da Z o n a C o rrespo nd ente Estes pontos sâo os representantes da anatomia corporal dentro do pavilhâo auricular, razăo pela qual recebem o nome da zona, articulagăo, membro ou orgăo que representam. Estes pontos tem a ca­ racteristica de tornarem-se reativos ante um processo patologico em sua zona correspondente, podendo abranger um ponto especifico ou urna zona determinada do pavilhâo auricular, assim temos, por exemplo, que no pavilhâo da orelha năo hâ nenhum ponto especifico para o brago, mas sim, toda uma ârea que representa este membro, onde podemos localizar pontos do punho, cotovelo, etc. Tam bem as diferentes partes dos orgăos internos encontram pontos auriculares que o representam, como no caso do pulmăo, dos bronquios e da traqueia, da bexiga, dos ureteres, da vesicula, dos condutos biliares, dos ouvidos interno e externo, etc. Podemos assegurar que aproxim adam ente 46,10% dos pontos auriculares sâo classificados como pontos da zona correspondente. Estes pontos desempenham um im portante papei tanto no diagnostico como no tratamento, podemos considerar que năo existe estrategia terapeutica onde sejam obviados os pontos da zona correspondente. P o n t o s d o s C in c o Z a n g e S e is F u De acordo corn a teoria dos Jing Luo e Zang Fu sâo cham ados onze pontos no pavilhâo auricular que representam os orgăos e visceras. Estes pontos sâo coragâo, fîgado, bago, pulm ăo, rim, intestino grosso, intestino delgado, vesicu la biliar, bexiga, estom ago e San Jiao. Estes onze pontos tam bem podem ser denom inados com o pontos da zona correspondente mas diferem , no fato de que os m esm os representam năo so a anatom ia do Zang ou do Fu, com o tam bem , sua fungăo energetica e fisiologica. Pelo exposto anteriormente, podem os deduzir que os pontos dos cinco Zang e seis Fu sâo os m ais im portantes para o diagnostico e tratam ento atraves do pavilhâo auricular, sendo utilizados na terapeutica em 90% das enferm idades. Por exemplo, o ponto pulmăo alem de tratar e diagnosticar as en­ fermidades proprias deşte orgăo, tambem e usado no diagndstico e tratamento de enferm idades dermatologicas, do nariz, garganta, etc. Isto responde aos principios fisiologicos dos Zang Fu e â teoria do trajeto dos canais e colaterais.

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Auriculoterapia

Os pontos dos Zang Fu representam 7,14% dos pontos auriculares e desempenham um importantissimo papei diagnostieo. P o n t o s d o S is t e m a N e r v o s o Os pontos do sistema nervoso nâo somente representam, a nivel de estruturas, partes do sistema nervoso, como por exemplo, o cerebro, tronco cerebral, tâlamo, simpâtico, ciâtico, etc. como tambem representam determinadas atividades excitadoras ou repressoras do sistema nervoso, como no caso dos pontos Shen Meri e excitagăo; em outros casos os pontos săo denominados segundo a desordem do sis­ tema nervoso que tratam, como no caso do ponto e a ârea de neuras­ tenia. Tam bem, os pontos do sistema nervoso presentes no pavilhăo auricular podem receber o nome do nervo que estimulam diretamente como e o caso do nervo auriculotemporal, nervo auricular maior, occi­ pital menor. etc. Os pontos do sistema nervoso presentes no pavilhăo auricular ocu­ pam 11,69% e seu uso, na prâtica clinica, potencializa o resultado terapeutico de muitas enfermidades. P o n t o s d o S i s t e m a E n d o c r in o Estes pontos representam cada urna das glândulas do sistema endocrino dentro do pavilhăo auricular como a hipofise, tiroide, supra-renais, pâncreas, gonadas, ovârios, prostata, mais o ponto endocrino que representa todo o sistema, em sua totalidade. Os pontos do sistema endocrino constituem 5,19% dos pontos auriculares; estes podem produzir urna poderosa influencia na liberagăo de determinados horm onios como e o caso dos corticoides pelas supra-renais e atuam na regulaqâo da atividade intrinseca destas glândulas, por exem­ plo, na atividade funcional do pâncreas. O ponto endocrino e um regulador sistemico da atividade endocrina e metabolica do organismo, este mantem o equilibrio funcional das glândulas vigorizando a funqăo das que hipofuncionam e reprimindo as que hiperfuncionam, razâo pela qual, podemos dizer que e o ponto central para o tratamento de qualquer enfermidade do sistema endocrino. combinando-se, segundo seja o caso, corn o resto das glândulas implicadas no processo patologico. Por exemplo, ao tratar a amenorreia selecionamos o ponto endocrino, mais, os pontos ovârios, hipofise e utero. P o n t o s E s p e c i ' f ic o s Como pontos especificos, classificam-se aqueles que tem urna delimitada fungăo diagnostica e terapeutica. No caso do diagnostieo es-

Definigăo. Fungăo e Diagnostico dos Pontos Anricalares

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tes pontos estâo limitados a ser reativos diante de enfermidades especificas e enquanto a tratamento, ainda em geral, săo combinados com outros pontos, sua eficâcia e mais significativa em um reduzido numero de patologias, as quais respondem a sua fungăo especifica, como por exemplo, os pontos: alergia, tuberculose, hipertensor, ârea 1 e 2 do tumor, etc. Estes pontos ocupam 16,23% dos pontos auriculares e jogam um importantissimo papei no diagnostico clinico. P ontos do D orso da O relh a e O utro s No dorso da orelha foram localizados, desde 1888, pontos representativos dos cinco Zang. Estes pontos guardam estreita relagăo com os pontos da face ventral do pavilhâo, por exemplo, o ponto bago do dorso do pavilhăo se encontra diretamente em oposigăo com o ponto estomago da face ventral; o ponto figado dorsal se encontra em direta oposigăo com o ponto figado ventral: o ponto pulmăo dorsal estâ em direta oposigăo com o ramo superior da zona do pulmăo pela parte ventral: o ponto coragăo dorsal estâ diretamente por trâs do ponto Shen Men, o que justifica o principio tradicional de que “o coragăo armazena a mente": o ponto rim, localizado no dorso do pavilhăo, guarda estreita relagăo com o ponto cerebro da face anterior do mesmo, o que justifica o principio de que “o rim gera a medula e o cerebro e o mar da medula". O dorso da orelha apresenta tres raizes e um sulco. O sulco e denominado sulco hipotensor e as raizes săo definidas como: raiz su­ perior, media e inferior da orelha. A raiz media do pavilhăo fica em direta oposigăo com o ponto centro da orelha traduzindo que, atraves do mesmo, podemos estimular diretamente o nervo vago. Alem dos pontos assinalados anteriormente, atraves da milenâria experieneia clinica do povo chines, foram localizados no pavilhâo ou­ tros pontos de amplo uso e que săo denominados de acordo com a posigâo que localizam na anatomia auricular, como por exemplo, os pontos âpice da orelha, âpice do trago, centro da concha cimba, helix 1 a 6, etc. Estes pontos ocupam 13,64% dos pontos auriculares.

DISTRIBUIQÂO DOS PONTOS AURICULARES Na prâtica clinica, podemos observar urna grande diversidade de pavilhoes auriculares que variam quanto a tamanho e form a mas, em todos se encontram distribuidos os pontos auriculares, seguindo os mesrnos principios.

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Auriculoterapia

Como fundamento para encontrar os pontos auriculares, temos a localizagăo de um feto em posigăo cefâlica, como jâ mencionamos anteriormente. Este feto marcarâ os principios gerais para a representagăo de cada urna das partes do corpo humano dentro do pavilhăo auricular (Fig. 4.1).

FIGURA 4.1 - Distribuigăo dos pontos auriculares.

Distribuindo-se da seguinte forma: Lobulo da orelha - Regiăo cefâlica e facial. Antitrago - Cabega e cerebro. Fossa superior do antitrago - Tronco cerebral. Trago - Laringe-faringe, nariz externo e interno, supra-renal, nervo temporoauricular, etc. Incisura do supratrago - Ouvido externo. Anti-helix - Tronco, na cruz inferior do anti-helix se localiza a regiăo glutea, e na cruz superior os membros inferiores. Fossa escafoide - Membros superiores. Fossa triangular - Regiăo pelvica e os orgâos genitais internos. Raiz do helix - Diafragma e em torno do helix se distribui o aparelho digestivo. Concha cava - Cavidade torâcica.

Defmigăo, FiuiQăo e Diagnostico dos Pontos Auricu.la.res

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In c is u ra d o in te r tr a g o - Glândulas endocrinas. C o n ch a c im b a - Pontos da cavidade abdominal. Como se percebe, os pontos do pavilhâo auricular e das zonas do corpo humano possuem leis para estabelecer seu vrnculo. Se memorizamos cada urna destas leis, podemos facilitar a localizagâo e selegâo dos pontos no tratamento. Ainda em tempo, existem alguns pontos que em sua distribuigâo nâo correspondem completamente a esta disposigâo, como: supra-renal, utero, testiculos, etc.

LOCALIZAQÂO, FUNCĂO E DIAGNOSTICO DOS PONTOS AURICULARES L o bulo Para facilitar a localizaqăo dos pontos do lobulo da orelha, este e dividido em 9 quadrantes ou zonas, comeqando a enum erar-se desde a incisura do intertrago e seguindo urna ordem de localizagâo de dentro para fora e de cima para baixo (Fig. 4.2).

Ponto Dente (tambem chamado anestesia dental ou ponto odontalgia) Localizagăo - Este ponto encontra-se no centro da zona 1 do lobulo. Fungăo - E um ponto especifico para o tratamento das odontalgias e das periodontites.

FIGURA 4.2 - Localizagăo dos pontos do lobulo da orelha. 1 = ponto dente: 2 = paladar inferior; 3 = paladar superior: 4 = lrngua; 5 = maxilar superior; 6 = maxilar inferior; 7 = lobulo anterior; 8 = olho; 9 = ouvido intemo: 10 = amîgdala; 11= ârea da bochecha.

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Auriculoterapia

Ponto Paladar Inferior Localizagăo - Dividindo-se em tres partes iguais o bordo superior da zona 2 do lobulo, o ponto se localiza no primeiro tergo desta linha. Fungăo - Ponto utilizado no tratamento das afecgoes inflamatorias dos lâbios, como tambem da cavidade bucal, as quais incluem as ulceras bucais, periodontite e as neuralgias do trigemeo. Diagnostico - Quando o ponto mostra urna reagâo positiva intensa ă exploragâo eletrica acompanhado de dor â pressăo corn grâu II ou III, nos indica a presenga de urna neuralgia do trigemeo, em seu ramo interior. Se os pontos paladar superior e inferior e o ponto lingua revelam urna proeminencia ou urna depressâo de forma irregular, tanto na exploragâo visual ou tatii e acompanhado de urna reagâo positiva â exploragâo eletrica isto nos faz pensar que estamos em presenga de ulceras bucais.

Ponto Paladar Superior Localizagăo - Este ponto localiza-se sobre a linha que une as zonas 2 e 3. sobre o quarto inferior da mesma. Fungăo - Ponto utilizado tambem no tratamento das afecgoes antes mencionadas, pelo que, em muitas ocasioes, se emprega simultaneamente corn o ponto anterior. Diagnostico - Se este ponto â exploragâo eletrica mostra urna reagăo positiva intensa corn dor â palpagâo grâu II ou III, isto nos confir­ ma o diagnostico de neuralgia do trigemeo. Se os pontos paladar su­ perior e inferior e o ponto lingua revelam urna proeminencia de forma irregular isto nos assinala a presenga de ulceras bucais.

Ponto Lingua Localizagăo - Langando uma linha entre o ponto paladar superior e inferior, o ponto localiza-se no centro desta linha. Fungăo - Ponto empregado no tratamento das afecgoes da lingua, que incluem a glossite, fissura lingual, ulceras linguais e outras afecgoes da mesma. Diagnostico - De singular importância no diagnostico e tratam en­ to das afecgoes da lingua. Se neste ponto se observa uma proem inen­ cia em form a de ponto de cor vermelha, isto nos leva a pensar no diagnostico de glossite ou de ulceras linguais.

Ponto Maxilar Superior Localizagăo - Encontra-se no centro da zona 3 do lobulo. Fungăo - Ponto empregado no tratamento das odontalgias, que podem incluir as periodontites, pulpites, etc. Alem disso, tratam a

Defmiqăo. Fungâo e Diagnostice) dos Pontos Auriculares

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artrite, a subluxaeâo da articulacăo temporomandibular, neuralgias do trigemeo, etc. Diagnostico - Se na observacăo o ponto mostra urna depressăo, este fato nos revela que, na maioria dos casos, ocorreu extragăo dentâria, se na palpaqăo se obtem uma dor de grâu II ou III corn uma reagăo positiva â exploragăo eletrica entăo podemos afirmar que o paciente e portador de odontalgia. Em outras siluacdes, observa-se uma proeminencia no ponto corn dor â pressâo de grâu I, que nos assinala para a presenga de processos inflamatorios. Na afecgăo nevralgica do trigemeo, observa se uma pro­ eminencia no ponto associado a dor de intensidade II-III.

Ponto Maxilar Inferior LocalizaQăo - Encontra-se no centro da linha superior da zona 3 do lobulo. Fungăo - Ponto com propriedades terapeuticas iguais ao anterior. Este ponto cobre uma ârea m aior no lobulo auricular, o qual permite observar, nesta regiâo, uma ârea dental maior, refletida.

Ponto Lobulo Anterior (tambem chamado ponto de neurastenia) Localizagăo - Encontra-se no centro da zona 4 do lobulo. Fungăo - Utilizado no tratam ento dos estados de neurastenia e os transtornos do sono, tais como: sono leve de curto tempo de duragâo e que uma vez alcangado, o paciente desperta com facilidade, năo conseguindo voltar ao mesmo, pesadelos e sonhos excessivos. Diagnostico - Quando o ponto de neurastenia apresenta uma reagăo positiva ao diagnostico eletrico, associada ou năo, a uma depres­ săo ao tato, nos sugere que o paciente e portador dos transtornos antes mencionados.

Ponto Olho Loca liza gă o- Encontra-se no centro da zona 5 do lobulo da orelha. Fungăo - Em pregado no tratam ento de todas as afecgoes oftalmologicas como a conjuntivite aguda, calâzio, am etropia, glaucoma, blefarite, ceratite, etc. Diagnostico - Constitui um ponto especifico para o diagnostico de todas as afecgoes oftalmologicas.

P on to O uvido In te r no Localizagăo - E n c o n t r a - s e n o c e n t r o d a z o n a 6 d o lo b u lo . Fungăo - Em pregado no tratam ento das afecgoes correspondentes a esta regiâo do ouvido, as quais com preendem a hipoacusia,

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Auriculoterapia

t in id o s , a o tit e , o s e s t a d o s v e r t ig in o s o s c a u s a d o s p o r a lt e r a ţ â o v e s t ib u lo c o c le a r .

Diagndstico • O ponto mostra uma reaqâo positiva â exploraţăo eletrica, que pode estar acompanhada de uma depressăo em forma de pontos ou de linhas, quando o tinido e leve. Se a afecgăo tem uma evoluqăo cronica, percebe-se em torno do ponto o comeşo do sulco que diagnostica o tinido. • Hipoacusia - Nesta situagăo o ponto ouvido interno apresenta uma reaqâo positiva forte ao diagnostico eletrico e o sulco do tinido torna-se mais acentuado. • Transtorno timpânico - Quando observamos o ponto ouvido in­ terno, podemos ver uma depressăo em forma de ponto, se realizamos a palpapâo a depressăo se acentua muito mais. • Otite media - Nesta afecqăo o ponto aparece com uma proem i­ nencia edematosa, se esta afecqăo tem um curso agudo, entăo, a proeminencia apresentarâ uma coloraqăo vermelha e/ou estâ associada â presenqa de aranhas vasculares, no diagndstico tâctil se obtem uma dor de grâu I e â exploraqăo eletrica uma reaqăo positiva.

Ponto Amîgdala L oca liza gă o- Encontra-se no centro da zona 8 do lobulo. Fungăo - Ponto em pregado no tratam ento da am igdalite e da faringite. Diagndstico • Amigdalite aguda - Mostra na ârea do ponto uma coloraqăo v e r­ melha, associada â presenqa de edemas. Na palpaqăo o ponto resulta extremamente doloroso podendo alcanqar o grâu II ou III, na exploraqăo eletrica se obtem uma reagâo eletrica muito forte. • Amigdalite crânica - A ârea revela uma proeminencia de cor esbranquiqada que pode estar acompanhada de um ponteado de cor vermelha, com uma reagăo positiva â exploraqăo eletrica.

Ârea da Bochecha Localizagăo - Esta ârea se distribui nas zonas 3, 5 e 6, formando um ovulo de maneira oblîqua. Fungăo - Ârea empregada no tratamento das afecgoes faeiais que incluem a paralisia facial, os espasmos da musculatura facial, as neuralgias do trigemeo, as afecqoes dermatologicas da face, se emprega por isto na manutenqâo da beleza facial.

DefmiQăo. Fungăo e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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Diagnostico - Se ao exame, esta ârea se mostra dolorosa â exploraţâ o tactil de grâu II ou III, entăo, nos faz expor o diagnostico de uma neuralgia do trigemeo. A n t it r a g o Para facilitar a localizagâo dos pontos do antitrago, langaremos uma linha desde a ponta do mesmo ate seu lado externo, outra desde a ponta ate seu lado interno, e uma, em forma de arco, desde o bordo inferior ao superior. Podendo recorrer corn estas linhas a distribuigăo dos pontos nesta zona (Fig. 4.3).

Ponto Parotida Localizagăo - Encontra-se localizado exatam ente na ponta do antitrago. Fungăo - Ponto utilizado no tratamento e diagnostico da parotidite, alem disso, emprega-se no tratamento das dermatites neurogenicas, pruridos, dermatites, em geral. Diagnostico - Nâo tem referencia diagnostica.

Ponto Asma Loca liza gă o- Encontra-se no lado externo do antitrago, 2 mm por baixo do ponto parotida.

FIGURA 4.3 - Localizagăo dos pontos do antitrago. 1 = ponto parotida; 2 = asma; 3 = temporal; 4 = freste; 5 = occipital; 6 = vertex: 7 = hipofise; 8 = cerebro; 9 = vertigem; 10 = ârea de neurastenia.

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Auriculoterapia

Fnngăo - Ponto empregado no diagnostico e tratamento da asma, em relagăo ao diagnostico, se os pontos bronquios, dispneia, alergia, revelam uma reagăo positiva â exploragâo eletrica, podemos afirmar que estamos em presenga de um quadro de alergia, mas se o ponto bronquio oferece uma reagăo positiva e o ponto dispneia negativa, isto nos confirma um quadro de bronquite ou uma bronquiectasia.

Ponto Temporal (tambem chamado ponto Tai Yang) Localizagăo - Encontra-se no lado externo do antitrago, por baixo do ponto asma, no centro da linha em forma de arco tragada desde o bordo superior ao inferior do mesmo. Fungăo • Analgesica, e um ponto usado para tratar as enxaquecas ou cefaleias temporais, como se usâssemos o ponto Tai Yang localizado na regiăo temporal. • Clareia a visăo e ajuda a audigăo. O mesmo pode selecionar-se para tratar a ametropia, o tinido e a hipoacusia. D iagndstico- Quando o ponto mostra reagăo positiva em ambos os lados, expressa cefaleia na regiăo temporal nos dois lados da cabega. Quando a reagăo positiva e de um so lado, acompanhado de uma proeminencia em forma de gomo e corn um cordăo interno de certa dureza que se sente ao tato, entăo, podemos assegurar que o paciente padece de enxaqueca.

Ponto Fronte Localizagăo - Encontra-se no lado externo do antitrago, no extremo ântero-inferior da linha em forma de arco. Fungăo • Fortalece a mente, clareia e ajuda ă visăo - E usado para tratar as sensagoes de peso e distensăo na cabega, trata tambem a perda da memoria, a falta de concentragăo, a sonolencia, a queda nos niveis de atengâo, as sindrome de estagnagâo e a hipertensăo arterial. Este ponto e fundamental para fortalecer e despertar a mente. • Analgesica - Este ponto e usado para tratar a cefaleia frontal de qualquer etiologia. Diagndstico- Quando este ponto mostra uma reagăo positiva acompanhada de uma proeminencia corn forma circular ou corn forma alargada, como um cordăo ou raminho, o paciente seguramente refere padecer de cefaleia de tipo frontal. Se esta proeminencia logra alean-

Definigăo, Fungăo e Diagnostice) dos Pontos Auriculares

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gar ainda de m aneira difusa as âreas dos pontos vertex e occipital, entăo podemos dizer que o paciente seguram ente padece de cefaleia que alcanga toda a cabega.

Ponto Occipital Localizagăo - Encontra-se no lado externo do antitrago, no extremo postero-superior da linha tragada em form a de arco. Fungăo • A calm a a vertigem - Este ponto acalm a a vertigem prod u zida pelo tra n storn o do ou vido in tern o, deficien cia cerebro-vascu lar causado pela arteriosclerose, vertigens produzidas por transtorn os n eu rovegetativos, com o sintom a da hipertensâo, v e r ­ tigem cau sada pelo tran sporte em autos, barcos, avioes, etc. Pelo exposto an teriorm en te, podem os dizer que o ponto o c c i­ pital e de sum a im portân cia no tratam en to da vertigem e a tontura. • Sedante - Este ponto e usado para acalm ar a tosse, dispneia, prurido, dor, vom ito e diarreia; este ponto tem a fungăo de acal­ mar o espirito e tam bem como fungăo hipotensora; e principal no tratam ento da cefaleia occipital. • Acalm a o pânico e a convulsăo - Este ponto e usado para tratar a histeria e a paralisia facial. • Clarear a vista - E um ponto im portante para tratar a ametropia. Diagndstico - Quando hă padecim ento de cefaleias de tipo occipi­ tal, na ărea do ponto occipital aparece urna reagăo positiva acompanhada de urna depressâo de cor verm elho-clara, indicando padeci­ mento de vertigens.

Ponto Vertex Loca liza g ă o- Encontra-se no lado externo do antitrago, aproximadamente a 1 m m por baixo do ponto occipital. Fungăo - Ponto utilizado para o tratam ento das cefaleias no vertex e nos estados de neurastenia. Diagndstico - Quando na ărea do ponto se observa urna proeminencia em form a de monticulo, corn um a reagăo positiva ao diagnostico eletrico, isto nos sugere e nos confirm a que o paciente e portador de cefaleias no vertex.

Ponto Hipofise Localizagăo - Encontra-se no bordo superior do antitrago, proxi­ mo â fossa superior do antitrago.

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Auriculoterapia

Fungăo • Tratam ento das afecgoes ginecologicas causadas por transtornos do sistema endocrino, tais como: a amenorreia, menstruagoes irregulares e impotencia. • T r a ta m e n to d a s a fe c g o e s c a u s a d a s p e lo s tra n s to rn o s d a h ip ofise,

tais como: nanismo, adenomas de hipofise, diabetes sacarino. • Tratam ento das enferm idades hemorrâgicas, tais como melena, metrorragia, hemorragia uterina funcional, etc. Diagndstico - Este ponto năo tem referencia diagnostica.

Ponto Cerebro Loca liza g ă o- Encontra-se no lado interno e superior do antitrago. Fungăo - Ponto em pregado no tratam ento das enferm idades cerebrais, tais como insuficiencia cerebro vascular, ataxia cerebelosa, epi­ lepsia, hipercinesia e para fortalecer a capacidade cognitiva. Diagndstico - Este ponto năo tem utilidade no diagnostico.

Ârea de Vertigem L oca liza gă o- Encontra-se na fossa superior do antitrago, entre os pontos tronco cerebral e hipofise. Fungăo - Zona especifica no diagndstico e tratamento da vertigem, quando â exploragâo tactil se encontra a presenga de um cordâo ou urna depressăo corn a observagâo de telangiectasias, nos aponta para um diagndstico de vertigem.

Ârea de Neurastenia L oca liza gă o- Esta ârea se encontra no bordo externo do antitrago, por tras dos pontos occipital e vertex. Fungăo - Esta zona e utilizada no tratam ento da neurastenia, dificuldade para conciliar o sono, como requisito na obtengâo de urna m aior resposta ao tratamento, este ponto se reforga anterior e posteriormente. Diagndstico - Quando hă manifestagoes de neurastenia ou de dificuldades para conciliar o sono, esta ârea pode m ostrar a presenga de um cordâo proem inente corn certa dureza â exploragăo tactil.

Ponto Tălamo Localizagăo - Encontra-se no lado interno do antitrago, no extremo interno de urna linha tragada entre os pontos parotida e pulmăo, im ediatam ente por baixo deşte ultimo (Fig. 4.4).

Definigăo, Fungăo e Dicignâstico dos Pontos Auriculares

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FIGURA 4.4 - 8 = cerebro; 11 = tâlamo; 12 = excitagâo; 13 = subcortex; 14 = testfculo.

F im g ă o - Este ponto refere-se â localizagăo especifica do hipotâlamo, centro de m ando da atividade neurovegetativa, reguladora da fisiologia dos orgâos internos. Suas fungoes principais incluem o controle da tem peratura corpo­ ral, a efieiencia na absorgâo dos alim entos pela atividade digestiva, a hom eostase do m etabolism o hidrom ineral e o controle central da a ti­ vidade endocrina. Por estas fungoes antes m encionadas, utiliza-se no tratam ento das afecgoes endocrinom etabolicas (obesidades endogenas e exogenas, diabetes melito, etc.), edemas, sonolencia ou letargia. Diagnostico - Este ponto năo tem utilidade diagnostica.

Ponto Excitagăo Localizagăo - Encontra-se no lado interno do antitrago, entre os pontos testiculo e tâlamo. Fim găo - A fungâo deşte ponto consiste na estim ulagăo do cortex cerebral, pelo que suas indicagoes terapeuticas incluem o tratam ento dos estados de letargia, a enurese noturna, obesidade, hipofungoes do sistem a endocrino, tais com o im potencia e amenorreia. Diagnostico - Este ponto nâo tem utilidade diagnostica.

Ârea do Subcortex Localizagăo - Encontra-se no lado interno do antitrago, na m etade da distância de urna linha que une os pontos tâlamo e ovârio. Estâ dividido em tres âreas: nervosa, cardiovascular e digestiva.

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Auriciiloterapia

Fungăo - O ponto subcortex regula a funţăo do cortex cerebral e e um ponto que e constituîdo por tres âreas que sâo: ârea nervosa do subcortex, ârea digestiva do subcortex e ârea cardiovascular do subcortex. • A ârea nervosa do subcortex regula a atividade do cortex cere­ bral mantendo o equilîbrio de excitaqăo, depressăo da mesma, o que permite tratar enfermidades como neurastenia, transtorno do sistema neurovegetativo, neuroses e esquizofrenia. • Atraves da ârea digestiva do subcortex podem se tratar todas as afecpoes do sistema digestivo, tais como dispepsia, gastrite, ulceras gâstricas e duodenais, vomitos, nâuseas, distensâo abdomi­ nal, diarreias, constipaqăo, enfermidades do fîgado e da vesicula. • Corn a ârea cardiovascular do subcortex podem ser tratadas enfermidades do sistema cardiovascular, tais como hipertensăo, flebites, tromboangiite obliterante, enfermidade de Raynaud, cardiopatias, arritmias, etc. D ia gnostico- Este ponto se utiliza para diagnosticar enfermidades dos sistemas digestivo, cardiovascular e nervoso.

Ponto Testiculo LocalizaQăo - Localiza-se no lado interno do antitrago, 2 mm por tras do ponto parotida. FurtQăo- Ponto utilizado no tratam ento das afecgoes do testicu­ lo, as quais incluem, orquite, impotencia, esterilidade m asculina e prostatite. D ia gnostico- Se este ponto tem urna reagăo positiva na exploragăo eletrica e se associado tambem a mudangas positivas nas âreas dos orgăos genitais internos, pelve, endocrino e rim, nos sugere a formulagâo de um diagnostico correto de impotencia ou disfunqâo sexual. F o s s a S u p e r i o r d o A n t it r a g o Nesta zona fica refletida a ârea do tronco cerebral (Fig. 4.5).

Ponto Tronco Cerebral Localizagăo - O ponto localiza-se no bordo superior da fossa intertrago. Fungăo - Este ponto tem fungăo sedante, estimula a mente e acalma o espirito. E um ponto usado para acalmar o pânico, a convulsăo, tratar a tosse e diminuir a febre, tambem, muitas vezes, se usa para tratar a epilepsia, esquizofrenia, neurose, meningite e bronquite. Diagnostico - Este ponto năo tem referencia diagnostica.

Deflni^ăo. F u n ţă o e Diagnostico dos Pontos A uriculares

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O 2

FIGURA 4.5 - Ârea do tronco cerebral. 1 = tronco cerebral; 2 = laringe-dente.

Ponto Laringe-dente Localizagăo - Encontra-se no bordo externo e inferior da fossa intertrago, 2 mm por baixo do ponto tronco cerebral. Fungăo - Ponto utilizado no diagnostico e tratam ento das afecgoes da orofaringe e das odontalgias. T rago Esta ârea do pavilhăo auricular reflete a laringe-faringe, nariz e glândulas supra-renais. Alem disso e inervado pelo nervo tem poroauricular. Os pontos se distribuem pelo lado externo e interno do trago (Fig. 4.6).

P o n to

Ol

ex

3

FIGURA 4.6 - Pontos de distribui^âo do trago. 1 = âpice do trago; 2 = supra-renal; 3 = nariz externo; 4 = ponto do organo coracăo; 5 = laringe faringe: 6 = nariz inter­ no; 7 = nervo auriculotemporal; 8 = ponto fome; 9 = ponto sede.

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Auriculoterapia

Ponto Âpice do Trago Localizagăo - Encontra-se na metade superior do trago por seu lado externo, por cima da proem inencia central do âpice. F u n g ă o - Ponto que conta entre suas fu n ţo es m ais im portantes a antiintlam atoria, antipiretica, sedante e analgesica, m otivo pelo qual se em prega no tratam ento das febres de qu alqu er etiologia, este ponto em geral e usado para realizar a sangria, com o m etodo terapeutico.

Ponto Supra-renal Localizagăo - Encontra-se sobre a metade inferior do lado externo do trago, por baixo da proeminencia central deşte. Fungăo • Tonifica e ativa as fungoes das glândulas supra-renais, razăo pela qual e empregado no tratamento da enferm idade de Addison e Cushing. • Tem propriedades antialergica, antiinfecciosa, antiinflamatoria, que permitem tratar as enferm idades infecciosas, do colâgeno, alergicas e inflamatorias. • Utilizado para descer a temperatura, causa pela qual emprega se nas enferm idades febris. • Tam bem controla o tonus vasom otor do sistema vascular, m oti­ vo pelo qual estâ contra-indicado nos pacientes corn hipertensâo arterial de base, jâ que seu emprego se limita a elevar a tensăo arterial (hipotensâo ortostâtica, choque tensional), por esta fungăo de vasoconstrigăo, utiliza se no tratamento das metrorragias, hemorragia uterina disfuncional, melenas, epistaxes, etc. • Elimina os estados de rigidez das fibras musculares lisas bronquiais, fato pelo qual se em prega na asma bronquial, bronquite aguda e qualquer episodio bronquial causado pela rigidez bron­ quial. Diagnostico - Năo tem referencia diagnostica.

Ponto Nariz Externo Loca liza gă o- Encontra-se sobre a face externa do trago, formando um triângulo corn os pontos supra-renal e âpice do trago. F u n g ă o - Ponto empregado nas afecgoes da ârea do nariz, como as inflamaqoes da ârea, mâculas, acne juvenil, inflamaqâo das coanas nasais, etc. Diagnostico - Năo tem referencia diagnostica.

Deflnicăo. Fungâo e Diagnostice) dos Pontos Auricnlares

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Ponto do Orgăo Coracăo hocaWzaQâo- Encontra-se por cim a e por dentro do ponto âpice do trago, na metade de distância de uma linha traqada desde o ponto sede ate o ouvido externo. F im ţă o - Ponto utilizado no tratam ento das patologias proprias do orgăo, tais como taquicardia paroxistica, fibrilaqăo auricular. Diagndstico - Se a ârea de coraqâo m ostra uma reaqâo positiva e no quarto inferior da mesma se encontra a presenqa de um cordăozinho â palpaqâo, acom panhada de uma reaqâo positiva no ponto orgăo de coragăo e na ârea cardiovascular do subcortex, podemos entăo, afirmar que estamos em presenqa de um quadro de taquicardia.

Ponto Laringe-faringe Localizagăo - Encontra-se na face interna do trago, sobre a m eta­ de superior deşte. Fungăo - Ponto empregado no tratamento da afecqoes laringofaringeas, tais como os casos de episodios de faringite, amigdalites agudas e cronicas, afonias, traqueite, bronquite, asma bronquial, etc. Diagndstico - Ponto importante no diagnostico das afecgoes da laringe e da faringe.

Ponto Nariz Interno Localizagăo - Encontra-se na face interna do trago, sobre a m eta­ de inferior deşte. FwiQăo - Ponto em pregado no tratamento das afecgoes proprias da nariz tais como rinites alergicas, epistaxes, resfriado comum, obstruqăo nasal, sinusite, etc. Diagndstico • Rinite - A ârea do ponto nariz interna apresenta uma reaqăo positiva ao diagndstico eletrico, năo se observam mudanqas morfologicas, nem de coloragâo. • Rinite hipertrofica - Na ârea correspondente percebe-se uma proem inencia de cor esbranquiqada, corn certa dureza â palpaqăo e reaqăo positiva â exploraqâo eletrica. • Rinite atopica - Na ârea percebe-se uma proem inencia de cor esbranquiqada, geralm ente acom panhada de edema, que â palpagăo deixa uma depressâo profunda, os pontos alergia e nariz interno mostram uma reaqăo positiva ao diagndstico eletrico e deixam marcas â palpagâo. • Sinusite - Na ârea de nariz interno percebe-se uma proem inen­ cia em form a de gomo, que se associa tambem a uma proemi-

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Auriculoterapia

n e n c ia n o p o n to fr o n te , n a p r im e ir a s it u a g ă o p o d e m o s t r a r u m a

textura de certa dureza e ao realizar a exploragăo eletrica os pontos nariz interno, pulmâo e fronte, tem uma reagăo positiva.

Ponto do Nervo Auriculotemporal Localizaţăo - Encontra-se na face interna do trago, entre os pon­ tos laringe-faringe e nariz interno, mas ligeiram ente mais adentrado no conduto auditivo externo, form ando um triângulo com os pontos anteriores. Fungăo - Ponto utilizado para o tratam ento das neuralgias do trigemeo, principalm ente no trajeto de seu ramo inferior, tambem e empregado no tratamento das afecgoes do pavilhăo auricular, cefaleias, enxaquecas, vertigens e nas enferm idades causadas por transtornos dos nervos craniais. Diagndstico - Este ponto năo tem referencia no diagnostico.

Ponto Fome Localizagăo - Encontra-se na metade da distância da linha que conecta o ponto nariz externo ao ponto supra-renal. F u n g ă o - Ponto empregado para regular o apetite, por isto, e utili­ zado no tratamento da obesidade, do hipertiroidismo, polifagia de carăter neurologico. Diagnostico - Năo tem uso diagnostico.

Ponto Sede Localizagăo - Encontra-se na metade da distância da linha que une os pontos nariz externo e âpice do trago. F u n g ă o - Ponto que regula o mecanismo da sede, por isto e utiliza­ do no tratamento do diabetes melito, na enurese e na polidipsia de carâter neurologico. Diagnostico - Năo tem uso diagnostico. I n c is u r a d o S u p r a t r a g o (ver Fig. 4.6)

Ponto Ouvido Externo Localizagăo - O ponto encontra-se sobre a ârea que forma a depressăo entre a fossa do supratrago e o helix. F u n g ă o - Ponto empregado no tratamento das afecgoes do ouvido, tais como a surdez, tinido, hipoacusia, assim como as afecgoes do

Deflnigăo. Fungăo e Diagnostice) dos Pontos Auriculares

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FIGURA 4.7 - Pontos de distribuigăo do anti-helix. 1 = regiâo cervical; 2 = regiâo dorsal; 3 = regiâo lombar; 4 = regiâo sacra; 5 = ponto locix; 6 = ponto pescogo; 7 = ponto torax; 8 = ponto abdomen; 9 = ponto ombro e espalda; 10 = regiâo intercostal; 11 = musculos lombares; 12 = ponto da articulagâo sacroiliaca; 13 = glândulas mamârias; 14 = hipocondrio; 15 = tiroide; 16 = ponto calor.

conduto auditivo externo que incluem as lesoes derm atologicas e neuralgias do pavilhâo auricular. Este ponto tem quatro fungoes fundamentais: • Acalm ar a dor. • Acalm ar a vertigem e as tonturas. • Drenar as fossas nasais. • Garantir a fungăo auditiva. O exposto anteriorm ente nos perm ite seu em prego no tratam ento das afecgoes seguintes: cefaleias do tipo enxaqueca, neuralgias do trigemeo, sindrom e de Meniere, afecgoes vertiginosas, dor suboccipital, rinites e sinusites. Diagnostico - Năo tem referencia no diagnostico. A n t i- h e l ix Esta parte do pavilhâo auricular estâ relacionada corn o tronco e as regioes cervicais, dorsais e lom bares (Fig. 4.7).

Regiâo Cervical Localizagăo - Esta zona abrange o primeiro quinto da parte inferior do anti-helix.

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Auricidoterapia

Fungăo - Ponto empregado no tratamento das afecgoes da regiăo cervical de qualquer etiologia, que inclui as inflamagoes fibroticas da musculatura da regiăo cervical, torcicolo, etc. Diagndstico - Sua exploragăo evidencia-nos os transtornos da re­ giăo cervical, hiperplasia ossea cervical (ver Capitulo Diagndstico).

Regiăo Dorsal Localizagăo - Esta regiăo abrange o segundo quinto e o terceiro quinto do anti-helix, de baixo para cima consecutivamente. Fungăo - Similar ao ponto anterior utiliza se no tratamento das afecgoes da regiăo dorsal, hiperplasia ossea, algias dorsais de etiolo­ gia traumatica ou por subluxaqoes, etc. Diagndstico - Ponto cuja exploraţăo revela a existencia de mudanqas patologicas que ocorrem a este nivel, por exemplo, quando ao tato se percebe a presenţa de um cordâozinho isto nos indica a hiperpla­ sia desta regiăo, se a anormalidade anterior se acompanha de uma reagăo positiva no ponto da tuberculose (Tb), isto nos fala da Tb extrapulmonar, neste caso, na estrutura ossea dorsal.

Regiăo Lombar L ocalizagăo- Encontra-se sobre o anti-helix entre a regiăo sacra e dorsal. Fu n gă o- Ponto utilizado no tratamento das afecqoes da coluna lom­ bar, hiperplasia ossea lombar e as lombalgias de qualquer etiologia. Diagndstico - Quando o ponto revela a presenqa de um cordăozinho, este fato nos indica hiperplasia ossea. Se nele se encontra uma proem inencia edem atosa de cor branca, onde persiste a m arca â pressăo tactil, quer dizer que estam os diante de uma lom balgia por um a sindrom e de deficiencia do rim. Quando a ârea mostra uma depressăo em form a de pontos corn reapăo positiva â exploraqăo eletrica, todas estas săo m anifestaqoes de uma lom balgia com lesâo dos tecidos moles.

Regiăo Sacra Localizagăo - Encontra-se na parte superior do anti-helix justo antes de que se separem a cruz superior e inferior do anti-helix. Fu n gă o- Ponto empregado no tratamento das afecqoes que se apresentam a este nivel, sacrolombalgias, espermatorreia, etc. Diagndstico - Nas sacrolombalgias este ponto mostra â exploraqâo tăctil a presenqa de um cordâozinho. Quando se obtem uma reaqăo positiva que abrange as zonas lombar e sacra e se estende ate o ponto

Defuiigăo, Fungăo e Diagnâstico dos Pontos Auriculares

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da articulagâo do quadril, este fato nos leva a expor o diagnostico da subluxagăo do quadril ou da artrite da mesma.

Ponto Coccix Localizagăo - No ponto de uniăo da cruz superior e inferior do anti-helix. Fungăo - Ponto utilizado no tratam ento da coccigodinia. Diagnostico - Na afecgâo por coccigodinia, o ponto se mostra com uma reagâo positiva e a presenga de um cordăozinho.

Ponto Pescogo L oca liza g ă o- Encontra-se a nivel da regiăo cervical, mas pelo bordo interno do anti-helix. FXingăo- Ponto de utilidade terapeutica nas afecgoes desta regiăo, por exemplo, a inflam agâo da cadeia ganglionar do pescogo, hipotiroidismo, etc. Diagnostico - Năo possui referencia diagnostica.

Ponto Tor ax Localizagăo - Encontra-se a nivel da regiăo torâcica mas sobre o bordo interno do anti-helix. FunQăo - Usado no tratam ento das mudangas patologicas desta zona, isto inclui a angina do peito, sensagâo de opressăo torâcica, neuralgias intercostais, osteocondrites, herpes zoster, etc. Diagnostico - Se o ponto tem uma reagăo positiva pode-se fazer o diagnostico de um quadro anginoso ou de sensagăo de opressăo torâ­ cica. Num quadro de osteocondrite, a presenga de um cordăozinho â exploragăo tâctil torna o diagnostico correto.

Ponto Abdomen Localizagâo - Encontra-se sobre o bordo interno do anti-helix ao mesmo nivel da regiăo sacrolombar. Ftingăo - Ponto em pregado no tratam ento das mudangas patologi­ cas que tem lugar a este nivel, tais como enterite, constipagăo, dor pos-parto, dismenorreia, alem disso, se utiliza no tratam ento da obesidade, etc. Diagnostico - Quando encontram os reagăo proxima da cruz infe­ rior do anti-helix, e representativo das afecgoes a nivel do hipogâstrio. P e lo c o n tr â r io , s e a r e s p o s t a r e a t iv a s e lo c a liz a mais p r o x im a d o p o n to da regiăo do hipocondrio, isto nos leva a pensar em uma afecgăo localizada no epigâstrio.

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Auriculoterapia

Ponto Ombro e Espalda Localizagăo - Este ponto estâ localizado a nivel da regiâo cervical mas sobre a parte mais proxima â fossa escafoide. Funţăo - Este ponto se utiliza no tratamento das cervicalgias, cervieobraquialgias e nas dores da espalda e do ombro causadas por fibroses da musculatura desta ârea. Diagndstico - Quando o paciente e portador de um quadro de fibromiosite da musculatura do ombro e da espalda, no ponto se pode observar urna proeminencia em forma de cordăo esbranquigado que se estende para o bordo externo do anti-helix, com urna textura de certa dureza â palpagăo.

Ponto da Regiăo Intercostal Localizagăo- Encontra-se ao nivel da regiâo toracica, sobre a par­ te mais proxima â fossa escafoide. F u n gă o- Este ponto e empregado no tratamento das afecgoes onde se compromete esta regiâo do corpo, tais como os traumas, herpes zoster, neuralgias psicogenicas e intercostais e sensagăo de plenitude toracica, etc. Diagndstico - Năo tem referencia diagnostica.

Ponto dos Musculos Lombares Localizagăo - Encontra-se sobre o anti-helix a nivel da zona lom ­ bar, mas no bordo mais proximo â fossa escafoide. Fungăo - Ponto utilizado para tratar as afecgoes da musculatura paralombar. Diagndstico - Frente a um quadro de lombalgia aguda, pode-se observar, nesta regiăo, urna mudanga da coloragăo da pele para um tom vermelho, acompanhada de urna disposigăo tortuosa dos capilares. Alem disso, na exploragăo tactil aparece dor de graus I II, com urna reagâo eletrica positiva. Num quadro de evolugăo prolongada onde esteja comprometida a musculatura paralombar, podemos observar no ponto urna proemi­ nencia de cor esbranquigada que se estende para o bordo externo do anti-helix de forma incompleta, que oferece certa dureza ao tato ou, a presenga de um cordăozinho com urna reagăo positiva debil â exploragâo eletrica.

Ponto da Articulagăo Sacroiliaca LocalizaQăo - Localiza-se na metade da distância de uma linha traţada entre o ponto sacro e o da articulagăo do quadril.

Dejinigăo, Fungăo e Diagndstico dos Pontos Anriculares

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Fungăo - Ponto utilizado no diagnostico e tratam ento dos transtornos desta articulaqăo, subluxagâo sacroiliaca, artrite da articulagâo, etc.

Ponto das Glăndulas Mamărias Localizagăo - Este estâ conform ado por dois pontos em representagâo de cada mama. O ponto que se localiza sobre o anti-helix entre o ponto torax e a regiâo das vertebras torâcicas representa a m ama do lado contrârio ao da orelha que se puntura; enquanto que o ponto que se localiza entre as vertebras torâcicas e o ponto da regiâo das costelas representa a m am a do lado da orelha que se puntura. Fungăo - Ponto em pregado no tratam ento das afecqoes da glândula mamâria, as quais incluem mastite, hiperplasia do conduto lactifero, tumores do parenquima, displasias, etc. Diagndstico - Năo tem referencia no diagndstico.

Ponto da Regiâo do Hipocândrio Localizagăo - Este ponto localiza se sobre o bordo interno do antihelix entre o ponto torax e o abddmem. Fungăo - Ponto utilizado no tratam ento das molestias no hipocân­ drio, atraves do mesmo se pode ter um prognostico do tamanho hepâtico (hepatomegalia).

Ponto Tirâide Loca liza gă o- Encontra-se entre a ârea do pescoqo e o ponto tronco cerebral. Fungăo - Ponto utilizado para o diagndstico e tratamento das patologias de tiroide, tais como hipotiroidism o, hipertiroidism o e nodulos da tiroide.

Ponto Calor Localizagăo - Encontra-se na m etade de distância da linha que se langa entre o ponto cdccix e o ponto abddmem. Fungăo - Ponto que favorece e increm enta a circulaqăo sangiiinea a nivel distal, eleva a tem peratura da pele pelas propriedades funcionais deşte ponto, utiliza-se no tratam ento da trom boangiite obliterante e na enferm idade de Raynaud. C r u z I n f e r io r d o A n t i- h e l ix Na cruz inferior do anti-helix fica representada a regiâo glutea e em especifico tres pontos auriculares (Fig. 4.8).

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Auriculoterapia

FIGURA 4.8 - a = regiăo glutea; b = nervo ciâtico; c = nervo simpâtico; 1 = artelhos; 2 = calcâneo; 3 = tornozelo; 4 = articulagăo do quadril; 5 = ponto da articulagâo do joelho; 6 = ponto joelho; 7 = prega poph'tea; 8 = musculos gastrocnemios.

Ponto da Regiăo Glutea Localizagăo - Encontra-se sobre o primeiro tergo da cruz inferior do anti-helix. Fungăo - Empregado no tratam ento das algias da regiăo glutea, do sacro e das ciatalgias.

Ponto do Nervo Ciătico Localizagăo - Encontra-se sobre o tergo central da cruz inferior do anti-helix. F u n g ă o - Este ponto tem a fungăo de comunicar os canais e desobstruir os colaterais, o que favorece sua fungăo sedante e analgesica. E um ponto especifico no tratam ento da ciatalgia. Quando se realiza este tratamento, deve-se colocar o ponto pela parte anterior e poste­ rior do pavilhâo auricular, ficando am bos em oposigăo direta. Atraves do tratamento, ordena-se ao paciente que caminhe, observando, em seguida, um resultado notâvel.

Ponto do Nervo Simpătico Localizagăo - Encontra-se sobre o tergo interno da cruz inferior do anti-helix onde esta se insere no lado interno do helix. Fungăo • Regula a fungăo do sistema neurovegetativo, m otivo pelo qual, se usa para tratar todos os transtornos do mesmo. • Relaxa os espasmos da m usculatura lisa, por isso, pode acalmar os dores dos orgăos internos, e um ponto im portante para tratar dores produzidas por espasm os gastrointestinais, câlculos renais e das vias urinârias, colecistolitiases, gastrites, ulceras gâs-

Definigăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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tricas e duodenais, asma, etc. Este ponto năo deve ser usado na distensâo abdominal. • Fungăo vasodilatadora, razâo pela qual, se usa para tratar a trom boangiite obliterante. hipertensâo, etc. • Regula as secregoes internas. por isso, se usa para tratar a hiperidrose, a enurese infantil, a derm atite seborreica, a alopecia, e por ser um ponto im portante para deter a acidez trata a hiperacidez gastrica. Diagnostico - Este ponto năo tem referencia diagnostica. C r u z S u p e r io r d o a n t i- h e l ix Nesta parte do pavilhâo auricular localizam -se todos os pontos representativos dos m em bros inferiores (ver Fig. 4.8).

Ponto Artelhos Localizagăo - Encontra-se sobre o bordo externo da cruz superior do anti-helix, na parte onde se insere no bordo interno do helix. Fungăo - Utilizado no tratam ento das entorses da articulagăo dos a r t e lh o s , tr a u m a s , d e b ilid a d e v a s c u la r d a s e x tr e m id a d e s , intum escim ento, aversăo ao frio e nas micoses. Diagnostico - Năo tem referencia diagnostica.

Ponto do Calcăneo Localizagăo - Encontra-se sobre o bordo interno da cruz superior do anti-helix, na parte onde se insere no bordo interno do helix. Fungăo - Ponto utilizado para tratar esporoes do calcăneo, dor do calcăneo devido a deficiencia do rim. Diagnostico - Diante de um quadro doloroso do calcăneo, encontramos no ponto urna reagăo positiva ă exploragăo eletrica, se o ponto possui, alem disso, um cordăozinho, entăo, podem os afirm ar que o paciente e portador de um esporăo do calcăneo.

Ponto da Articulagăo do Tornozelo Localizagăo - E ncontra-se lanqando urna linha entre o ponto calcăneo e articulagăo da joelho, na m etade da distância desta linha. F u n g ă o - Ponto utilizado no tratam ento dos m udangas patologicas desta articulagăo, que com preende entorse do tornozelo, inflamagâo da articulagăo, etc. Diagnostico - Frente a urna entorse do tornozelo observa-se neste ponto a presenga de um cordăozinho.

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Auriculoterapia

Ponto da Articulagăo do Quadril Localizagăo- Encontra-se no ponto central do ârea onde comega a cruz superior do anti-helix. Fungăo - Emprega-se no tratamento das afecgoes da articulagăo do quadril, dores lombares e do quadril, assim como nas ciatalgias. Diagnostico - Năo tem referencia no diagnostico.

Ponto da Articulagăo do Joelho Localizagăo - Encontra-se exatamente no centro da cruz superior do anti-helix. F u n g ă o -Trata as afecgoes desta articulagăo, por exemplo, artrites da articulagăo de diversas etiologias, entorses, traumas e dores em geral. Diagnostico - Quando se produz uma dor aguda na articulagăo do joelho, no ponto se observa uma coloragăo vermelha e aparecem capilares tortuosos que podem chegar a se distribuir em forma de leque, sobre a ârea. Nas afecgoes cronicas, o ponto revela â exploragăo a presenga de um cordâo, como sinal principal.

Ponto Joelho Localizagăo- Encontra-se no lado mais proximo â fossa escafoide, no nivel do ponto onde comega a cruz superior do anti-helix. Fungăo - Ponto empregado no tratamento das afecgoes do joelho. Diagnostico - Durante o diagnostico de enfermidades como a dor articular, lesăo dos tecidos moles, entorse e inflamagăo do joelho, este ponto mostra uma reagăo positiva.

Ponto da Prega Poplitea Localizagăo - Se tragamos uma linha entre o ponto articulagăo do quadril e o ponto Shen Men, o ponto prega poplitea encontra-se na metade desta linha. Fungăo - Ponto utilizado no tratamento das dores reflexas da pre­ ga poplitea, causada no curso da ciatalgia. Diagnostico - Frente a um quadro de ciatalgia encontramos uma reagăo positiva nos pontos prega poplitea, musculo gastrocnemio, articulagâo do quadril e, em algumas ocasioes, os pontos calcâneo e artelhos tambem mostram uma reagăo positiva.

Ponto dos Musculos Gastrocnemios Localizagăo - Encontra-se na metade da distância entre os pontos artelhos e joelho.

Dejînigăo. Fungăo e Diagnostice* dos Pontos Auriculares

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Furigăo - Ponto em pregado no tratam ento das afecqoes do musculo gastrocnem io, desde os espasm os do musculo gastrocnemio, as fibroses e inflam agăo do mesmo e as dores reflexas deşte musculo, causados no curso da ciatalgia. Diagnostico - Năo tem referencia para o diagnostico.

Ponto do Musculo Quadrîceps Localizagăo - Encontra-se na m etade de distância entre o ponto articulaqâo do joelho e articulaqâo do quadril. Fungăo - Ponto em pregado no diagnostico e tratam ento das alteragoes patologicas dos m usculos da coxa. F o s s a E s c a f o id e Na fossa escafoide localizam -se os pontos correspondentes aos membros superiores (Fig. 4.9).

Ponto Falanges Localizagăo - Localiza-se no extrem o superior da fossa escafoide. Fangăo - Em pregado no tratam ento de todas as afecqoes das fa ­ langes, que incluem entorses, luxaqoes, sindrom e de Raynaud, hipe-

FIGURA 4.9 - 1 = falanges; 2 = clavicula; 3 = articulaţâo do punho; 4 = cotovelo; 5 = om bro; 6 = a rticu la gă o do om bro: 7 = alergia.

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Auriculoterapia

ridrose, dermatite, parestesias dos dedos devido a transtornos radiculares da cervical.

Ponto Clavicula Localizagăo - Encontra-se sobre o centro da fossa escafoide, ao mesmo nivel da fossa do intertrago e do ponto coragăo. F u n gă o- Ponto empregado no tratamento da periartrite do ombro, dores da regiâo cervicobraquial e da espalda, etc. Diagnostico - Ponto importante para o diagnostico da periartrite do ombro, quando existe impotencia funcional devida a urna periartrite desta parte do corpo, os pontos clavicula e articulagăo do ombro tem urna reagăo positiva que se expressa fortemente.

Ponto da Articulagăo do Punho Localizagăo - Este ponto e localizado ao dividir a fossa escafoide, desde o ponto falanges ate o ponto clavicula, em cinco partes iguais, na uniăo da primeira parte com a segunda, de cima para baixo, ao centro da fossa. Fungăo - Empregado no tratamento de todas as afecgoes do pu­ nho, tais como tenossinovite, sindrome do tunel carpiano, etc.

Ponto Cotovelo Localizagăo - O ponto localiza-se na terceira das cinco partes em que se dividiu a fossa escafoide, contando-se de cima para baixo, ao nivel do centro da fossa. Fungăo - Ponto que interveni no tratamento das afecgoes do cotove­ lo, entorses do cotovelo, epicondilite, traumas, artrite reumatoide, etc.

Ponto Ombro Localizagăo - Localiza-se sobre a quarta divisâo das realizadas na fossa escafoide, ao centro da mesma. Fungăo - Este ponto e usado no tratamento da periartrite do ombro, o entorse desta ârea, entre outras afecgoes desta articulagăo, alem disso, e fundamental no diagnostico e tratamento das afecgoes desta regiăo, sobretudo nos movimentos de abdugăo e supinagăo do ombro.

Ponto da Articulagăo do Ombro Localizagăo - Encontra-se entre o ponto ombro e o ponto clavicula. Fungăo - Utilizado no tratamento da periartrite do ombro e en­ torse desta regiăo. Os pontos clavicula, ombro e articulagăo do om-

Definigăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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bro săo denom inados os tres pontos do ombro e tem uso especifico na periartrite e bursite desta articulagăo. D ia gnostico- Este ponto e fundamental no diagnostico das afecgoes do ombro.

Ponto Alergia (tambem chamado ponto da urticâria ou m anancial de vento) Localizagăo - Localiza-se na metade da distância entre os pontos falange e articulagăo do punho. FunQăo - Ponto utilizado no diagnostico e tratam ento das enfermidades alergicas, tais como asma bronquial, derm atite atopica, rinite atopica, purpuras atopicas, espru tropical, urticâria atopicas. Nos casos de afecgoes de comego agudo como a urticâria, na ârea de alergia do pavilhăo auricular, observa-se a presenga de telangiectasias de aspecto rosado pâlido. Nas afecgoes de curso cronico ou nas atopias por medicamentos ou por intolerância alimentar, a ârea do ponto mostra urna diminuigăo na resistencia eletrica, acom panhada de urna depressăo corn edemas de coloragăo esbranquigada que deixa marca fâcil â exploragăo tâctil corn o instrumento. F o s s a T r ia n g u l a r Na fossa triangular encontram os os pontos auriculares que representam os orgâos genitais internos e outros pontos de carâter funcional (Fig. 4.10).

Ponto Hipotensor Localizaqăo - Encontra-se sobre o bordo interno superior da fossa triangular, proximo ao bordo interno do helix.

FIGURA 4.10 - 1 = ponto hipotensor; 2 = ponto pelve; 3 = shen meri; 4 = hepatite; 5 = genitais internos; 6 = anexos do utero; 7 = colo do utero; 8 = articulagâo coxofemoral; 9 = constipa^ăo.

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Aiiriculoterapici

Fungăo - Ponto especifico no diagnostico e tratamento da hipertensăo e nos oferece informagăo sobre o estado da tensăo arterial do paciente. Este ponto combinado com o ponto hipertensor sâo explorados no paciente, para ter uma valorizagăo do estado de tensăo arte­ rial, que se realiza de forma comparativa, segundo seja o predominio de reagăo positiva frente ao explorador eletrico, este nos concede a prevalencia de um estado de tensăo sobre o oposto.

Ponto Pelve Localizagăo - Encontra-se no ponto onde se cruzam a cruz supe­ rior e inferior do anti-helix por seu bordo interno. Fungăo - Ponto utilizado no tratamento da inflamapăo pelvica, prostatite, dismenorreia e nas dores do baixo ventre. Diagnostico - Nas mulheres casadas, o ponto pelve mostra uma colorapâo rosada e caso se acompanhe de uma reapăo positiva â explorapăo eletrica, nos sugere a presenpa de um quadro de inflamapăo pelvica. Nos casos das mulheres solteiras, se o ponto revela uma rea­ păo positiva â explorapăo eletrica, nos indica que a paciente e portadora de quadros dismenorreicos. Nos homens, quando o ponto tem uma reapăo positiva ao diagnostico eletrico, nos indica que o paciente e portador de algumas das seguintes afecpoes, prostatite ou dores no hipogâstrio.

Ponto Shen Men Localizagăo - Encontra-se trapando uma linha entre o ponto hipotensor e o ponto pelve no primeiro terpo da mesma. Fungăo • Analgesica - E usado para tratar cada tipo de enfermidade dolorosa, e um ponto importante para acalmar a dor. • Sedante - E usado para acalm ar a tosse, a dispneia, o prurido, a diarreia, a leucorreia e a vertigem . tem tambem funpăo hipotensora e acalma o espirito, e usado, em geral, para tratar enferm idades do sistem a nervoso, cardiovascular, respiratorio e digestivo. • Antiinflamatoria - E usado para tratar cada tipo de padecimento inflamatorio. Diagnâstico - Quando o ponto Shen Men m ostra um a reapâo positiva e indicativo de paciente com enferm idade dolorosa ou neu­ rastenia. Tambem o ponto e usado para estabelecer a resistencia eletrica basal no pavilhâo da orelha.

Dejuiigăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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Ponto Hepatite Localizagăo - Encontra-se na m esm a linha que une ao ponto hipotensor e o ponto pelve mas no tergo superior da mesma. F u n gă o - Ponto de singular importância no tratamento das afecgoes hepâticas e da vestcula biliar. Diagnostico - Ponto utilizado para determ inar os mudangas funcionais que se produzem no fi'gado (ver Capitulo Diagnostico).

Ponto Genitais Internos (tambem cham ado ponto utero) Loca liza g ă o- Encontra-se na depressâo interna e central da fossa triangular. Fungăo - Ponto utilizado no tratam ento das m enstruagoes irregulares, das dismenorreias, da amenorreia, das leucorreias, da hemorragia disfuncional uterina, das endometrioses. das endometrites, da hiperplasia do endom etrio e das disfungoes sexuais. D iagnostico- Ponto utilizado no diagnostico de numerosas afecgoes, entre as quais podemos encontrar a hem orragia uterina disfuncional, as m enstruagoes irregulares, etc. Se observam os a presenga de um cordâo que se estende ate a porgăo inferior da fossa triangular, com urna certa dureza ao tato, nos perm ite conlirm ar mudangas patologicas a nivel do utero, tais como a endometrite, a hiperplasia do endo­ metrio, etc. Quando aparece telangiectasias que se estendem para o resto da fossa triangular, podem os afirm ar que a mulher se encontra em seu ciclo menstrual, pelo contrârio, se a telangiectasia se apresenta com urna cor cinzento-violâcea, nos indica, entăo, que a m ulher terminou seu ciclo menstrual. Nos homens, quando este ponto, m ais rim, endocrino, coragăo e subcortex tem urna reagăo positiva, nos indica que o paciente e portador de um quadro de disfungăo sexual, se o ponto tem urna reagâo positiva, associado aos pontos pelve e prostata, este fato nos indica que o paciente padece de prostatite.

Ponto Anexos do Utero Localizagăo - Localiza-se tragando urna linha entre os pontos ge­ nitais internos e pelve, no tergo posterior da mesma. Fu ngă o - P on to u tiliz a d o no tra ta m e n to das a n ex ites, das leucorreias, das dism enorreias, etc. Diagndstico - Ponto de particular im portância no diagnostico das anexites, nas mulheres casadas, o ponto pode m ostrar a presenga de um cordâozinho ou urna proem inencia em form a de gomo, quando

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Auriculoterapia

esta se acompanha de uma reagâo positiva ao diagnostice» eletrico, nos indica que a paciente e portadora de um quadro de anexite, com a particularidade de que se a reagâo positiva se apresenta ou nâo, simultaneamente, em ambos os pontos, nos indicară o carâter unila­ teral ou bilateral da afeegăo. Nas mulheres solteiras, quando o ponto se mostra com uma reagăo positiva nos indicară transtornos dismenorreicos. Nos homens, quando o ponto tem uma reagâo positiva nos indica­ ră que o paciente sofre de um quadro de prostatite ou de dores no baixo ventre.

Ponto Colo do Utero Localizagăo - Encontra-se na linha que une os pontos genitais internos e pelve, no tergo anterior da mesma. Fungăo - Ponto empregado no tratamento das afecgoes proprias desta regiâo, incluem cervicite, ectopias do colo, leucorreias, etc. Diagndstico - Quando o ponto colo do utero e a ârea adjacente tem diante da inspegăo uma depressâo de cor rosada associada a uma descamagăo da pele zonal, de carâter sebâceo, e na exploragâo tâctil e possivel que a pele se lacere ao extremo de sangrar, nos faz pensar no diagnostico de cervicite. Se o ponto tem uma depressâo de cor rosada, acompanhada de descamagăo da ârea, associada a uma reagâo positiva â exploragâo eletrica, nos indica a presenga de leucorreia nas mulheres solteiras. Nos homens, se aparece uma reagâo positiva, entăo, podemos expor o diagndstico de prostatite.

Ponto da Articulagăo Coxofemoral Localizagăo - Encontra-se formando um triângulo entre o ponto da regiăo glutea e o ponto do nervo ciâtico mas sobre o bordo inferior da fossa triangular. Fungăo - Ponto empregado no tratamento das algias da regiăo do hipogâstrio, da inflamagăo da cadeia ganglionar da regiâo inguinal, da varicocele e da funiculite, etc. Diagndstico - Năo tem referencia no diagndstico.

Ponto Constipaqăo Localizagăo - Encontra-se formando um triângulo com os pontos nervo ciâtico e simpâtico mas, sobre o bordo inferior da fossa triangular. F u n g ă o - Ponto especifico para o diagndstico e tratamento da constipagăo, se na exploragâo tâctil deşte ponto se encontra a presenga de

Dejinigăo, Fiin ţă o e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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um cordâozinho, este fato nos confirm a o diagnostico de um quadro de constipaqâo. R a i z DO HELIX Na regiăo da raiz do helix fîca representado o diafragma (Fig. 4.11).

Ponto Ouvido Central (Tambem chamado ponto zero) Localizagăo - Este ponto lo c a liz a s e sobre o nascimento da raiz do helix. E um ponto que se conecta diretam ente ao ramo do nervo vago. F u n g ă o - Este ponto tem vârias denominaqoes tais como, ponto do nervo vago, ponto ramo e ponto zero; sua funqăo resum e-se em regu­ lar a atividade funcional dos orgâos internos, por isto, e utilizado no tratamento das afecqoes do aparelho digestivo e cardiovascular, corn uma significativa aqăo na enurese noturna. Diagnostico - Nâo tem referencia diagnostica.

Ponto Diafragma Localizagăo - Este ponto encontra-se sobre a raiz do helix, ao nivel do conduto auricular.

FIGURA 4.11 - 1 = ponto ouvido central; 2 = ponto diafragma.

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Auriculoterapia

F u n g a o - Ponto que intervem na fungâo da hom eostase sangiimea, refresca o sangue, libera os espasmos, as propriedades anteriores nos permite seu uso no tratamento dos espasm os do diafragma, enfermidades hemorrâgicas que incluem a hemorragia disfuncional uterina, melenas, etc. Alem disto, se emprega no tratamento das afecgoes dermatologicas, tais como psoriase, eczemas, acne, etc. Diagnâstico - Năo tem referencia no diagnostico. PONTOS QUE ClRCUNDAM A R A IZ DO H E LIX Todos os pontos que se encontram circundando a raiz do helix representam o sistema digestivo desde a boca ate o intestino grosso. (Fig 4.12).

Ponto Boca Localizagăo - Na parte postero-superior do conduto auditivo externo, no primeiro tergo que une o conduto auditivo corn a regiăo onde comeqa a raiz do helix. Fungăo • Trata as afecqoes da cavidade bucal e laringe, faringe, tais como ulceras bucais, glossite, gengivite, gengivorragia e transtornos da articulaqăo temporomandibular, laringofaringite. • Tem a funqâo de acalm ar a tosse, alem de ser utilizado no trata­ mento da traqueite aguda e cronica.

F IG U R A 4 .1 2 - 1 = boca; 2 = esofago; 3 = cârdia; 4 = estom ago; 5 = duodeno; 6 = intestino delgado; 7 = intestino grosso; 8 = apendice.

D ejiniţăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos A uriculares

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• Sedante, por isto se em prega no tratam ento da insonia, e denom inado em alguns textos com o ponto de hipnose. • Fora da China, este ponto e tam bem cham ado de ponto que restabelece o cansago, alem disso. se em prega no tratam ento da dor da regiăo lombar, das pernas e nos estados de cansago excessivo onde hâ perda da forga muscular. Diagnostico - Quando na ârea do ponto boca aparecem depressoes em form a de pontos, isto nos revela que no paciente foram realizadas extragoes dentârias. Quando a ârea do ponto boca mostra um edem a de grande magnitude, que na palpagăo se transform a em urna depressăo, nos indica que o paciente foi portador ou sofre de gengivorragia.

Ponto Esofago Localizagăo - Im ediatam ente por baixo da raiz do helix ao nivel do ponto ouvido central. F u n g ă o - Tem como fungăo garantir o livre deslocam ento dos movim entos diafragm âticos, descongestiona a cavidade toracica, harmoniza o correto funcionam ento do esofago no processo digestivo, pelas fungoes m encionadas anteriorm ente, utiliza-se no tratam ento da esofagite, da opressăo toracica, da disfagia, etc. Diagnostico - Se o ponto do esofago m ostra urna resistencia eletrica baixa e que pode ser interpretada com o urna reagâo positiva, em nenhum caso se deve assum ir com o urna anorm alidade na sensibilidade do ponto, jâ que isto e um fenom eno que ocorre corn frequencia neste ponto, sem duvida caso se apresente urna reagâo positiva forte, acom panhada de dor m oderada ou intensa ao tato, sem reagoes positivas nas âreas de tum oragăo 1 e 2 podem os dirigir nossa atengăo no diagnostico de urna esofagite mas, se estas reagoes do ponto de esofa­ go estâo acom panhadas de urna reagâo positiva forte na zona correspondente â ârea de tumoragăo 1, entăo, estamos diante de um diagnos­ tico positivo de cancer de esofago.

Ponto Cărdia Localizagăo - Este ponto encontra-se por baixo da raiz do helix, entre o ponto estom ago e o esofago. Fun^ăo - U t iliz a d o n a s a fe c g o e s d a c â r d ia ta is c o m o , p e r d a d o t o ­ nus constritor, que se m anifesta atraves de episodios em eticos de relluxo gastroesofâgico, sensaţăo de plenitude toracica, nâuseas, etc. Diagnostico - O ponto cârdia m ostra sem pre urna reagăo positiva nos pacientes corn m anifestagoes de nâuseas ou vom itos de carâter recorrente, se a reagâo positiva se associa a dor produzida â explora-

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Auriculoterapia

gâo tactil, nos revela a perda total do controle esfincteriano da cârdia. Se o ponto cârdia e a ârea de tumoragâo 1 mostram uma reagăo positiva forte nos sugerem a presenga de um processo tumoral nesta ârea.

Ponto Estomago Localizagăo- Encontra-se no ponto onde desaparece a raiz do helix. Fungăo - Ponto util no tratamento das afecgoes, tais como gastrite, ulceras gâstricas, espasmos estomacais e transtornos gastrointestinais. E a base da energia do ceu posterior (adquirida), tambem definido como o mar dos liquidos e os cereais. O bago e o orgăo acoplado ao estomago, por esta razăo atraves deşte ponto, harmoniza-se a atividade funcional de ambos, tonifica a energia do Jiao medio, facilita e garante uma boa drenagem do figado e regula a energia. O estomago faz descer harmoniosamente a energia, o que justifica sua utilizagâo no tratamento de nâuseas, vomitos, solugo, regurgitagoes âcidas, eructagoes, etc. O canal entra nos dentes, ascende atraves da fronte ate alcangar a linha anterior do nascimento do cabelo, este trajeto permite sua utilizagăo no tratamento das odontalgias, cefaleia frontal, afecgoes do sis­ tema nervoso, tais como a histeria e a depressăo. Diagnostico - Este ponto tem um amplo uso diagnostico, pelo que remetemos o leitor ao capitulo correspondente.

Ponto Duodeno Localizagăo - Encontra-se sobre o bordo superior da raiz do helix, ao nivel do ponto cârdia. Fungăo - Ponto especifico no tratamento da duodenite e das ulce­ ras duodenais. Diagnostico - Por meio da exploragăo deşte ponto, se obtem elementos diagnosticos das ulceras, da duodenite, etc.

Ponto Intestino Delgado Localizagăo - Encontra-se no bordo superior da raiz do helix, ao mesmo nivel do ponto esofago. Fungăo - O intestino delgado intervem no processo da absorgâo, transformagăo dos alimentos e nutrientes, provenientes do estomago, nele se realiza a depuragăo dos liquidos claros dos turbidos, pelo que suas fungoes estâo encaminhadas a controlar a absorgâo do processo digestivo, dispersa o calor e elimina a umidade, alem disso, mobiliza as fezes e detem as deposigoes diarreicas, por isso se emprega no

Dejlni^ăo, Fungăo e Dicignostico dos Pontos Auriculares

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tratamento das dispepsias, as diarreias, da constipagâo, da distensâo abdominal e dos transtornos gastrointestinais, etc. Sua relaqăo interior-exterior e com o coraqâo, fato que permite seu emprego no tratam ento das afecqoes deşte orgăo, segundo se expâe pela MTC, se o calor agride o coraqăo este, tambem, pode se instalar no intestino delgado, fato que perturba sua funqâo no controle dos fluidos mais densos, por esta razăo, este ponto pode ser utilizado no tratamento da hipogalactia, das afecqoes da faringe e da laringe, das ulceras bucais, da hematuria, etc. Diagndstico - Quando este ponto mostra urna reaqăo positiva, e sugestivo de uni transtorno na fungăo da absorgăo do intestino, se alem disso, se observa urna proeminencia edematosa ao tato, nos con­ firma, entăo, um diagnostico concernente a transtornos intestinais.

Ponto Intestino Grosso Localizagăo - Encontra-se no bordo superior da raiz do helix, ao mesmo nivel do ponto boca. F u n g ă o - O intestino grosso tem a fungăo de evacuar os excrementos, constitui o vinculo final na absorgâo e digestăo dos alimentos, nutrientes e liquidos, entre outras fungoes realiza a dispersăo do ca­ lor de todos os Fu, mobiliza as fezes e detem as deposigoes diarreicas, por fim se emprega nas afecgoes, tais como enterite, transtornos in­ testinais, constipagâo, distensâo abdominal, etc. Sua relagăo interior-exterior realiza com o pulmăo, o que permite sua utilizagâo no tratamento das dermatites, enferm idades relacionadas com a nariz e a garganta, laringotraqueobronquite, etc. Diagndstico - Ver Capitulo Diagndstico.

Ponto Apendice L oca liza gâ o- Encontra-se sobre o bordo superior da raiz do helix, entre os pontos intestino grosso e intestino delgado. Fungăo - Ponto utilizado no tratamento da apendicite aguda, assim como do plastrăo apendicular. Diagnostico - Diante de um episodio agudo, como o e sem duvida a apendicite aguda, este ponto mostra urna colorapăo vermelha acentuada, se faz extremadamente doloroso ao tato explorador e apresenta urna reaţăo fortemente positiva â exploraţăo eletrica. No transcurso evolutivo de um plastrăo apendicular o ponto mostra urna proeminencia de cor esbranquipada, ao tato, percebe-se a presenqa de um cordăozinho associada a uma reagâo positiva â exploragăo eletrica, este fato revela o carâter cronico da afecqăo. Nos pacientes apendicectomizados, a ârea mostra a presenga de um cordăo com uma marca que perdura ao tato.

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Auriciiloterapia

C O N C H A C lM B A

Nesta concha ficam distribuidos os pontos representativos da cavidade abdominal (Fig. 4.13).

Ponto Rim Localizagăo - Este ponto localiza-se na pequena cavidade que se forma por baixo da cruz inferior do anti-helix, ao mesmo nivel do pon­ to pelve. Fungăo - Ponto importante para a manutenqăo e conservaqâo do estado de saude, jâ que este orgâo Zang representa a base da energia do ceu anterior ou ancestral, arm azena a essencia vital, controla o fogo do Ming Men (porta da vida), por todos estes fatos comentados anteriormente, e considerado como a base e sustentâculo da atividade vital do homem. Sua utilizagâo nos permite tonificar a energia Yang, nutrir a essencia, fortalecer a regiăo lombar e a medula espinhal, fortalecer a funqăo cerebral, drenar e conservar o metabolismo dos liquidos corporais, conservar, fortalecer e clarear a audiqâo e a visâo. Por todas estas propriedades funcionais, seu emprego fica dirigido aos estados de astenia e debilidade geral no curso das enferm idades cro-

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FIGURA 4.13 - Pontos da cavidade abdominal. 1 = rim; 2 = prostata; 3 = bexiga; 4 = figado; 5 = vesicula biliar e pâncreas; 6 = centro da concha cimba.

Defm iţăo. Fungăo e D iagnostico dos Pontos A uriculares

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nicas, o que nos perm ite tratar afecţoes como a nefrite, glom erulonefrite, debilidade e dor da regiâo lom bar e dos joelhos, dor do calcâneo, dispepsias, diarreias, im potencia, esperm atorreia e irregularidades menstruais, etc. C ontrola os ossos, gera a m edula, sendo o cerebro o m ar da m edula. Estas fu n ţo es fisiologicas nos perm item o em prego deşte p o n to no t r a t a m e n t o d a s a fe c ţ o e s do s is te m a n e r v o s o e osteoarticu lares, isto inclui a fecţo es com o a neurastenia, tran stornos neurovegetativos, artralgias (cervicalgias, lom balgias), alem disso, utiliza-se nos tran storn os intelectu ais (coeficiente de inteligen cia baixo, perda da m em oria). O ouvido e a abertura do rim, por isto e utilizado no tratam ento do tinido e na hipoacusia. O Tratado das Cinco Teorias expoe: “A iris relaciona-se com o rim por isto, seu em prego nas enferm idades oftalmologicas fica justificado. O rim expressa-se no cabelo, a qualidade do cabelo e um indice do estado funcional do rim, seu uso oferece uma m elhor textura e forţa ao cabelo, por isto, se utiliza no tratam ento da alopecia areata e a seborreica. Controla o m etabolism o dos liquidos, com unica e regula as vias dos liquidos corporais, esta propriedade funcional do ponto nos e util no tratam ento da anuria e do edema. D ia g n o s tico - Este ponto, norm almente, pode estar reativo em muitas enferm idades, na exploraţâo eletrica nos m ostra um a reaţâo, em geral, positiva ou discretam ente debil, o qual nos im pede de realizar uma anâlise definitiva, quando a reaţăo se torna intensam ente posi­ tiva, esta nos faz pensar que a m odificaţâo patologica tem sua base no rim (ver o diagnostico de cada enferm idade em particular do rim no capitulo correspondente).

Ponto Prostata L o ca liza g ă o - Este ponto localiza se no ângulo superior da concha cimba, por baixo da cruz inferior do anti-helix no lado m ais proximo ao bordo interno do helix. Fungăo - Ponto utilizado no tratam ento das a fecţoes da prostata, tais como prostatite e hiperplasia prostâtica, sepse do sistem a uroge­ nital e transtornos da fu n ţăo sexual. Diagnostico - Nas m ulheres, se este ponto m ostra um a reaţâo p o­ sitiva â exploraţâo eletrica, e que tam bem e encontrada no ponto da uretra, nos sugere o diagnostico positivo de sepse das vias urinârias, no caso dos hom ens, quando estes pontos se m ostram de form a iden­ tica nos certificam o diagnostico de prostatite.

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Aariculoterapia

Ponto Bexiga Loca liza g ă o- O ponto localiza-se tragando uma linha desde o pon­ to prostata ate o ponto rim, no prim eiro tergo da mesma, ao nivel do ponto constipagâo. Fungăo - A bexiga e a viscera acoplada ao rim, entre suas fungoes fisiologicas estâ a transformagăo do Qi, isto e, separando o Qi turbido do claro, este principio fisiologico nos permite a utilizagâo do ponto para regular a atividade funcional da bexiga, assim como eliminar a umidade e o calor patogenico da mesma, por sua relagâo corn o rim sua utilizagâo tonifica o Qi deşte, as propriedades funcionais anteriores nos permitem a utilizagâo deşte ponto no tratamento das seguintes enfermidades: polaciuria, disuria, retengăo urinâria, glomeru Ionelii te, etc. Arm azena a urina, por isto, e empregado no tratamento da enurese. incontinencia urinâria, etc. O canal da bexiga comega em Jing Ming e em sua ascensâo pela fronte alcanga o vertex, lugar onde emite um colateral ao interior do cerebro e se relaciona, por sua vez, corn outros canais, em seu trajeto descende atraves da regiăo interescapular, em ambos os lados da li­ nha m edia ate a regiăo sacrolombar, para descer pelos gluteos e alcangar a prega poplitea, a partir dai, segue seu trajeto ate alcangar o ponto Zhi Yin. Este canal possui uma ampla relagâo corn muitas regioes de nosso corpo, dada extensâo de seu trajeto, por esta razăo, e empregado no tratam ento da cefaleia occipital, das lombalgias, das ciatalgias, da neurastenia e da insonia, etc. Diagnâstico - Quando o ponto m ostra uma dor intensa â pressăo, associada a uma reagăo positiva no ponto uretra, nos permite declarar infecgoes de carâter agudo do aparelho urogenital, se o ponto tem uma reagăo positiva e o ponto uretra, alem da reagăo positiva mostra ao tato a presenga de um cordăo, podem os dizer que o paciente e portador de uma afecgăo de curso prolongado do aparelho urogenital, acom panhada de um quadro de inflam agâo cronica.

Ponto Figado Localizagăo - Este ponto se localiza no bordo postero-inferior da concha cimba. Fungăo - Ponto que favorece a atividade funcional do figado e a drenagem da vesicula biliar, fortalecendo a fungăo do bago e do estomago. Controla a regiăo intercostal, a drenagem e dispersăo do figado e regula a energia, alem disso, desobstrui os canais e acalma a dor. Por todo o exposto anteriormente, este ponto e utilizado no tratam en­ to das afecgoes seguintes, na hepatite cronica, nas sequelas da hepa-

DefiniQăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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tites, nas afecqoes das vias biliares, na gastrite cronica e na distensâo abdominal. Controla a drenagem e a dispersăo - O canal do figado percorre o aparelho genital, alcanpa o hipogâstrio e se estende ate a regiâo das axilas, seu canal distinto ascende ate o vertex, por este trajeto se emprega no tratamento das afecqoes ginecoobstetricas, do aparelho urogenital, na neurose e nas cefaleias do vertex. Arm azena o sangue - Ponto importante no tratamento das discrasias sanguineas, vasculares e na hipertensăo. Controla ligamentos e tendoes, alem disso e o orgăo responsâvel dos transtornos por vento interno. Razâo pela qual, sua funqăo inclui o tratamento das afecţoes por vento interno, elimina fleumas, drena os ligamentos e tendoes acalmando a dor, trata tam bem a vertigem, as epilepsias, os intumescimentos dos membros, os espasmos de mâos e pes, assim como a paralisia facial. Os olhos săo a abertura do figado e este e nutrido pelo rim, por isto este e importante no tratamento das enfermidades dos olhos, ativa a circulaqăo do sangue e tonifica a energia. Diagnostico - Quando ocorrem mudangas patologicas a nivel funcional do figado, este ponto se mostra reativo, esta reaqâo pode encontrar-se, tambem na zona de hepatomegalia.

Pontos Vesicula Biliar e Păncreas Localizagăo - Este ponto localiza-se entre o ponto figado e o ponto rim, no bordo externo da concha cimba. Este ponto representa na orelha esquerda ao pâncrease na orelha direita â vesicula biliar. Fungăo • Ponto Pancreas Este ponto tem utilidade diagnostica na pancreatite e no diabetes melito, portanto, tam bem e em pregado no tratam ento de tais afecgoes. • Vesicula Biliar Sua funqâo fisiologica consiste no armazenamento e excreqâo da bilis, e, alem disso, o Fu acoplado ao figado. A relaqâo Zang Fu permite urna adequada atividade funcional entre ambos, garantindo e favorecendo a funqâo do figado, drena a bilis da vesicula, ademais, intervem na regulacâo da energia, acalma a dor, por todo o exposto anteriormente, e empregado no tratamento de enfermidades das vias biliares, sabor amargo na boca, distensâo e plenitude intercostal, herpes zoster, etc. Devido ao trajeto do canal da vesicula atraves do ouvido, corn este ponto se podem tratar afecpoes como o tinido, surdez, enxaqueca, rigidez de nuca, etc. Diagnostico - Ver Capitulo Diagnostico.

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Auriculoterapia

Ponto Centro da Concha Cimba Localizagăo - Este ponto estâ localizado no centro mesmo da con­ cha cimba e tambem e denominado, ponto da regiăo periumbilical. Furxgăo - Ponto utilizado no diagnostico e tratamento das dores periumbilicais, alem disso, emprega-se na dismenorreia, nas dores abdominais, na prostatite, na litîase renal, âscaris nas vias biliares. C o n c h a C ava Na concha cava se distribuem todos os pontos representativos da cavidade toracica (Fig. 4.14).

Ponto Coragăo Localizagăo - Encontra-se na depressăo situada no centro mesmo da concha cava. Fu n gă o- Ponto corn urna atividade funcional ampla, entre as quais se encontram o fortalecimento da atividade funcional do coragăo, re­ gular a pressăo arterial, pacificar o coragăo e com isto acalmar o espirito, dispersar o fogo do coragăo, etc. Controla o sangue e os vasos - A MTC tem como principio funda­ mental que a energia em seu movimento impulsiona o sangue pelo

FIGURA 4.14 - Distribuigâo dos pontos representativos da cavidade toracica. 1 = coragâo; 2 = pulmâo; 3 = traqueia; 4 = bronquios; 5 = bago; 6 = san jia o: 7 = ponto da tb.

Dejlnigăo, Fungăo e D iagnostico dos Pontos Auriculares

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corpo todo, esta posigăo estâ fundam entada na prem issa de que a energia comanda o sangue e este e a măe da energia. Por esta relagăo funcional, o ponto coragăo e em pregado no tratam ento da obstrugăo e estagnagăo dos vasos e canais, ativando a circulagâo do sangue e elim inando a dor que se origina por causa da mesma, todo o exposto anteriorm ente nos perm ite tratar afecgoes tais como: enferm idades cerebrovasculares, enferm idade de Raynaud, vasculites, hipertensăo, cardiopatias e transtornos da condugâo eletrica do coragăo. Arm azena a atividade espiritual do hom em - Trata enferm idades do sistem a nervoso, nas quais se incluem a neurastenia, transtorno do sono, desordens do sistem a neurovegetativo, neuroses, etc. Controla a transpiragăo - A MTC defme o suor como o fluido do coragăo, por isso, emprega-se este ponto no tratamento da hiperidrose. A lingua e a abertura ou o broto do coragăo, o canal em seu trajetoria passa e se distribui para ambos os lados da garganta, o qual nos perm ite tratar a faringite, a glossite, a disartria e as ulceras bucais. O coragăo expressa-se na face - A palidez facial e a expressăo dos estados de insuficiencia de sangue e energia, assim como a cianose facial e tam bem a expressăo da estase de sangue, portanto este ponto e utilizado para tratar estas afecgoes. Diagnostico - Este ponto apresenta diferentes caracteristicas em dependencia corn a enferm idade diagnosticada: • Neurastenia - Os pontos coragăo, ârea de neurastenia e ponto de neurastenia, subcortex e Shen M en, mostram urna reagăo positiva ao diagnostico. • Na palpitagăo e nos transtornos do sono, pode-se encontrar na ârea de coragăo urna depressâo de form a circular e de coloragăo verm elha, que pode estar associada, em algum as ocasioes, a um edem a em form a de pregas. • Cardiopatias e arritmias - O ponto coragăo tem manifestagoes â observagăo, tato e ao diagnostico eletrico (ver Capitulo Diagnostico).

Ponto Pulmăo Localizagăo - Encontra-se por cim a e por baixo do ponto coragăo, em am bos os lados como se envolvesse o m esmo, o ram o inferior do ponto pulmăo e o que coincide corn o pulmăo do lado da orelha tratada e a r a m o que se localiza p o r cim a d o p o n to c o r a g ă o c o r r e s p o n d e a o pulm ăo do lado contrârio. F u n g ă o - O pulm ăo controla a energia, com anda a respiragăo, d e­ term ina a descendencia e a dispersăo, tam bem nele se reunem os cern vasos, por todo o exposto anteriorm ente, este ponto e utilizado para fortalecer as fungoes antes m encionadas, canalizar ou comuni-

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car o sangue nos vasos, eliminar a dispneia, transform ar a fleuma e acalmar a tosse, por isto, este ponto e empregado no tratamento de todas as afecgoes do sistema respiratărio tais como: bronquite, asma bronquial, pneumonias, etc. Regula a via dos liquidos, por isto, se emprega no tratamento dos estados edematosos de qualquer etiologia. Controla a pele e os pelos, ademais, tem a fungăo de elim inar o vento patogenico instalado na superficie, por esta fungăo em particu­ lar, e empregado no tratamento dos estados iniciais de urna agressăo por vento (resfriado, rinites, algias musculares), alem disso, permite regular urna adequada abertura e fechamento dos poros, neste sentido, tambem e utilizado no tratamento das dermatites, alopecias e transtornos da sudagâo. O pulmăo tem como janela a garganta e como abertura o nariz. Esta relagăo do pulmăo corn a garganta e o nariz como sua abertura nos perm ite sua utilizagăo no tratam ento de afecgoes, tais como faringites, rinites, sinusites, afonia, perda do sentido do gosto, etc. O pulmăo tem como orgăo acoplado o intestino grosso. Esta rela­ găo interior-exterior nos permite seu emprego para dispersar o excesso de calor no intestino grosso, drenar a umidade e eliminar a estagnagăo do mesmo, por isto, e empregado no tratamento da constipagăo, ileo paralitico, diverticulo e polipos do colon, etc. Diagndstico - Este ponto possui um amplo espectro terapeutico (ver Capîtulo Diagnostico).

Ponto Traqueia Localizagăo - Encontra-se no bordo externo imediato do conduto auditivo externo, na metade da distância entre este e o ponto coragâo. Fungăo - Este ponto e utilizado para acalmar a tosse, elim inar a ileuma e drenar a garganta, por estas fungoes, emprega-se no trata­ m ento dos ep iso d io s de la rin gites a gu d a e cron ica, ep iglotite, laringotraqueobronquite. Diagndstico - Ponto empregado para o diagnostico da laringite, traqueite, epiglotite, periodontite, pulpite e gengivite.

Ponto Brânquios Localizagăo - Encontra-se na metade da distância de urna linha tragada entre o ponto traqueia e o ponto pulmăo. Fungăo - Ponto que tem, entre suas fungoes, acalmar a tosse, a dispneia, elim inar a fleuma, por isto, emprega-se no tratamento das bronquites aguda e cronica, da asma bronquial e da bronquiectasia.

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Diagnostico • Bronquite aguda - Nesta situagâo, o ponto bronquio revela urna reagâo positiva m uito forte. • Bronquite cronica - Nesta situagâo, o ponto m ostra um a proeminencia em form a de gom o que pode estar acom panhada de pâpulas, alem disso, pode-se perceber um cordâo ao tato e uma reagâo positiva ao diagnostico eletrico. • Bronquiectasia - Nesta afecgăo, em geral, percebem -se na ârea dos bronquios a presenga de m ultiplos cordoezinhos na exploragâo tactil, corn menor frequencia podem -se apreciar aranhas vasculares que cobrem de forma horizontal em diregăo â ârea de pulmâo.

Ponto Bago Localizagăo - Este ponto localiza-se no bordo supra-externo da concha cava, na m etade da distância de uma linha tragada desde o ponto estom ago ate a fossa do intertrago. Fungăo - A atividade funcional do bago estâ dirigida para controlar a fungăo de transporte e transform agăo, e considerada a base da energia do ceu posterior desde o m om ento que ocorre o nascimento, portanto, dele depende a qualidade do Qi adquirido, seu em prego estâ dirigido a corrigir os transtornos do sistem a digestivo, tais como diarreias, distensăo abdominal, eonstipagăo, dispepsias, etc. O baqo gosta da secura e a um idade o danifica, por isto, seu funcionam ento correto garante um bom m etabolism o hidrico, sua utilidade, entăo, estâ apoiada em sua funqâo de drenagem da umidade, o que propicia o tratam ento das afecqoes edem atosas da indole das ascites, eczema da pele, etc. Mantem o sangue dentro dos vasos sanguineos - Esta funqâo nos permite sua utilizagăo no tratam ento das enferm idades hemorrâgicas, m etrorragias, hem orragias uterinas de carâter funcional e outras afecqoes hemorrâgicas. Controla a ascensăo do Qi - Atraves da tonificaqăo do Qi do Jiao m edio se evitam as afecqoes do tipo dos prolapsos nos orgăos internos, tais como: prolapso do estomago, do reto, vaginal, vesical, hernias, etc. Controla a qualidade dos m usculos e a atividade dos quatro membros - Esta funqăo nos perm ite tratar as algias lom bares e dos membros, dos ombros, da espalda, atrofia m uscular e a perda da forqa m uscular nos quatro membros. A boca e a abertura do bago e se expressa atraves dos lâbios - Esta fungâo som ada â sua propriedade de drenar a um idade e elim inar o

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Auriculoterapia

calor nos permite tratar afecpoes como glossite, inflamagăo dos lâbios, ulceras bucais, etc. Diagndstico - Em uma deficiencia de baqo, a exploragâo do ponto nos mostrarâ uma reaţăo positiva. Se esta reagăo positiva se acompanha de uma proeminencia e um cordăozinho ao tato que ascende, estaremos em presenga de uma esplenomegalia.

Ponto San Jiao Localizagăo - Encontra-se por baixo do conduto auditivo externo, no bordo interno do antitrago, na metade da distância entre o bordo inferior do conduto auditivo e o ponto do subcortex, na zona onde se unem os ramos dos nervos glossofarlngeo, facial e vago. Fungăo - Nele se resumem as fungoes dos cinco Zang e dos seis Fu, sua relaqăo interior-exterior se estabelece corn o pericârdio. Entre suas fungoes principais estâ a regulagâo da energia, acalma a dor, tonifica o coragâo, nutre o pulmâo, fortalece o bago e o estomago, tonifica o rim, elimina os liquidos, transform a a energia e transporta a essencia, produz liquidos corporais e detem a sede, alem disso, desobstrui as articulagoes, por todas as propriedades antes mencionadas, e utilizado no tratamento das enfermidades do aparelho uro­ genital, do sistema digestivo, distensâo abdominal, dor intercostal, edemas discretos, constipagăo, tinido, etc. Neste ponto reunem-se ramos dos nervos glossofaringeo, facial e vago, o que permite sua utilizagâo no tratamento da paralisia facial, espasmos da musculatura facial, neuralgia do trigemeo, odontalgia e afecgoes da cavidade bucal. Diagndstico - Este ponto apresenta uma reagăo positiva, em geral, na presenga de distensoes abdominais e os edemas superficiais.

Ponto da Tuberculose Loca liza gă o- Localiza-se por fora do ponto coragăo, formando um triângulo entre o ramo inferior do ponto pulmâo e do ponto coraqăo. Fungăo - Ponto importante para estabelecer o diagnostico positivo de um quadro de tuberculose pulmonar e extrapulmonar. Se â exploraqâo eletrica este ponto mostra uma reaqăo positiva, nos confirma uma afecqăo por bacilo da tuberculose, se somado ao anterior o ponto de pulmâo se mostra corn uma reaqâo positiva â exploraqâo, tendo em consideraqâo a resposta positiva no lado que se realiza a exploraqăo, entăo podemos afirmar que o paciente e portador de tuberculose pul­ monar do pulmâo direito ou esquerdo, e inclusive de ambos lados na situaqăo em que a reposta positiva seja simultânea.

Defmiqăo, F im ţă o e Diagnostice ) dos Pontos A uriciilares

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I n c is u r a d o I n t e r t r a g o (Fig. 4.15)

Ponto Endâcrino LocaUzagăo - Encontra-se na parte m as baixa da incisura do intertrago. a 0,5 mm para dentro. FuriQăo • Utilizado para regular as fungoes do sistem a endoerino, portanto. trata as afecgoes causadas por transtornos do mesmo, tais como disfu nţăo da glândula tiroide, diabetes melito. • Utilizado no tratam ento das enferm idades causadas por ventoumidade, em sua versâo clinica se traduz por enferm idades do colâgeno (artrite reum atoide, lupus eritematoso, escleroderm ia, etc.), alem disso, inclui propriedades im unologicas e antiinllamatorias, m otivo pelo qual, tam bem se em prega no tratam ento das enferm idades alergicas e infecciosas com o inflama^âo pelvica ou de outra indole em nosso organismo. • Utilizado para garantir e controlar urna adequada fungăo diges­ tiva (a b so rgâ o-d igestâo) seu tra tam en to estâ d irigid o para dispepsias, gastrites atrofieas, etc. • Drena a um idade e elim ina os liquidos, por isto, em prega-se no tratam ento dos edem as de origem endocrina ou vascular, eczemas e na obesidade. Diagnostico - Este ponto e em pregado para o diagnostico das en­ fermidades urogenitais, tais como nefrites, m enstruagoes irregulares

FIGURA 4.15 - 1 = endoerino; 2 = visăo 1 :3 = visăo 2; 4 = ponto hipertensor; 5 = ponto ovârio.

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Auriculoterapia

e hipofungăo sexual, tambem tem grande utilidade no diagnostico precoce das tumoragoes.

Ponto Visăo 1 Localizagăo - Encontra-se no bordo ântero-inferior da incisura do intertrago. Fungăo - Ponto empregado para o tratamento do glaucoma, da retinite, da irite, da queratite, entre outras afecgoes oftalmologicas.

Ponto Visăo 2 Localizagăo - Encontra-se no bordo postero-inferior da incisura do intertrago. Fungăo - Ponto utilizado no tratamento da ametropia, conjuntivites, calâzios e irioceratites. Diagnostico - Ponto importante no diagnostico da ametropia (ver Capitulo Diagnostico).

Ponto Hipertensor Localizagăo- Encontra-se no bordo inferior da incisura intertrago, entre os pontos visăo 1 e 2. Fungăo - Ponto especifico no diagnostico e tratamento da hipotensâo.

Ponto Ovărio Localizagăo- Encontra-se na incisura do intertrago, sobre o come<po do bordo interno do antitrago. Fungăo - Ponto utilizado para tratar transtornos menstruais, anexites, infertilidade e hemorragias uterinas de carâter funcional, etc. Diagnostico - Quando este ponto mostra urna reagăo positiva ao diagnostico eletrico associada a urna proeminencia, edema ou um cordăozinho ao tato, e sinonimo de alteragoes a nivel do ovărio, especialmente para o diagnostico dos cistos do ovărio este estarâ presente no lado correspondente ao diagnostico. H e l ix (Fig. 4.16)

Ponto Âpice da Orelha Localizagăo - Encontra-se no ponto mais alto do pavilhăo auri­ cular, na ponta que se cria ao dobrar o pavilhăo para frente.

DeJiniQăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos A uriculares

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FIGURA 4.16 - 1 = âpice da orelha; 2 = anus; 3 = orgăos genitais externos; 4 = uretra; 5 = reto; 6 = ponto yang do fîgado; 8 = nervo occipital menor.

Fungăo - Ponto com funqoes antiinflam atoria, antipiretica, hipotensora, antialergica, soluciona a m ente e clareia a visâo, razâo pela qual, e utilizado no tratam ento das hiperterm ias, hipertensăo, neu­ rastenia, cefaleias, vertigens, enferm idades oftalm ologicas e dermatites em geral.

Ponto Ânus Localizagăo - Encontra-se sobre o helix, a nivel do bordo inferior da cruz superior do anti-helix. Fungăo - Ponto utilizado no tratam ento das hem orroidas internas e externas ou mistas, prolapso retal e prurido anal. Diagnostico - E um ponto de referencia no diagnostico das h em or­ roidas internas, externas ou mistas, assim como na fissura anal, etc. (ver Capitulo Diagnostico). Se observam os na pele da ârea do ponto urna textura porosa, associada a pregas que podem ser profundas com mudanqas da coloraţăo, isto nos indica que o paciente e portador de prurido anal.

Ponto Orgăos Genitais Externos LocalizaQăo - Encontra-se sobre o helix, no nivel do ponto simpâtico.

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Auriculoterapia

F u n ţă o - Ponto em pregado no tratam ento das afecgoes dos orgăos genitais externos, como uretrites, balanites, eczem a do escroto, prurido genital, impotencia, etc. Diagnâstico - E utilizado no exame diagnostico dos genitais exter­ nos, por exemplo, se observam os na pele do ponto urna textura porosa acom panhada de pregas que podem ser profundas corn mudanpas de coloraqăo, isto nos indica que o paciente padece de prurido genital.

Ponto Uretra Loca liza g ă o- Localiza-se sobre o helix, no nivel do ponto prostata. Fungăo - Ponto utilizado no tratam ento das afecgoes uretrais, as quais incluem sepse das vias urinârias baixas, prostatite, enurese noturna, polaciuria e poliuria, etc. Diagnostico - Ponto de referencia im portante para o diagnostico das infecgoes do sistema urogenital. Em um quadro de sepse das vias urinârias, os pontos uretra e prostata apresentam urna reaqăo positiva, se esta afecgâo tiver um curso cronico entăo apareceră um cordăo ao tato no ponto uretra. Nas cistites os pontos uretra e bexiga mostraram reagoes positivas, nas pielonefrites os pontos uretra e rim mostra ra m rea g o es p o s itiv a s , em c o m p en s a q ă o n as a fec q o es por glom erulonefrites, năo aparece reaqăo positiva no ponto uretra (ver Capitulo Diagostico).

Ponto Reto L oca liza g ă o - Eneontra-se sobre o helix, no nivel do ponto intestino grosso. Fungăo - Ponto empregado no tratam ento das hem orroides internas e externas, do prolapso retal, da incontinencia fecal, das enterites e das disenterias bacilares. Diagnostico - Quando o ponto tem urna reagâo positiva acompanhado de um averm elham ento no ponto intestino grosso, isto nos sugere a presenga de um quadro de enterite ou diarreia.

Ponto Y an g do Fîgado Localiza^ăo - Este ponto localiza-se sobre o tuberculo auricular. Fungăo - Ponto em pregado no tratam ento da sindrome de ascensăo do Yang do figado e das hepatites.

Pontos Helix de 1 a 6 Localizagăo - Estes pontos distribuem -se desde o tuberculo auri­ cular para baixo ate o bordo inferior da curvatura do lobulo da orelha.

DefiniQăo, Fungăo e Diagnostico dos Pontos A uriculares

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Dividindo este trajeto em 5 segoes, de cim a para baixo, ficam distribuidos os 6 pontos, respectivam ente, em cada uma destas partes. F iin ţă o - Estes pontos em conjunto tem fungâo antiinflam atoria e antipiretica, por isto. utiliza-se no tratam ento das afecgoes inflam atorias e no curso das enferm idades febris.

Nervo Occipital Menor Localizagăo - Encontra-se no nivel do ponto Yang do fîgado, no tuberculo auricular m as por seu bordo interno. Funsăo • Com unica os canais e ativa os colaterais, tem efeito sedante e analgesico, por isto, e usado para tratar cefaleia occipital, neuralgia do nervo occipital m enor e dor do pavilhâo auricular. • T rata os espasm os dos vasos sanguineos, sendo usado nas seqtielas dos acidentes cerebrais, na arteriosclerose cerebral, na parastesia em um a parte do corpo produzida pela neurose, na sensagâo de parestesia na cabega e na cervicalgia. Diagnostico - Este ponto năo possui referencia diagnostica. D o rso da O relh a (Fig. 4.17)

1

2

3

FIGURA 4. 17 - 1 = raiz superior do dorso da orelha; 2 = raiz central do dorso da orelha; 3 = raiz inferior do dorso da orelha; 4 = sulco posterior do dorso da orelha; 5 = ponto coragăo do dorso da orelha; 6 = ponto bago do dorso da orelha; 7 = ponto rim do dorso da orelha: 8 = ponto fîgado do dorso da orelha; 9 = ponto pulmâo do dorso da orelha.

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Auriculoterapia

Raiz Superior do Pavilhăo Localizagăo - Na proeminencia postero-superior que forma a raiz superior do pavilhăo. Fungăo - Utilizado no tratamento da epistaxe.

Raiz Central do Pavilhăo Localizagăo - Na parte media da linha que une a raiz superior e inferior do dorso da orelha, ao mesmo nivel da raiz do helix. F u n g ă o - Utilizado no tratamento da colecistite, da colecistolitiase, da ascaridiase nas vias biliares, da obstruqăo nasal, da taquicardia, das diarreias, da ulcera peptica, da duodenite, da cefaleia, etc.

Raiz Inferior do Pavilhăo LocalizaQăo - No ponto onde se insere o lobulo da orelha com a face. F u n g ă o - Utilizado no tratamento da hipotensâo e nos transtornos do sistema endocrino.

Sulco Posterior da Orelha Localizagăo - Encontra-se no dorso da orelha, por trâs da cruz supe­ rior e inferior do anti-helix, na depressâo que se forma como um “Y” . F u n g ă o - Utilizado no tratamento da hipertensăo. E um ponto im ­ portante no diagnostico da hipertensăo e hipotensăo arterial.

Ponto Coragăo do Dorso da Orelha Localizagăo - Na parte superior do dorso da orelha, por trâs do ponto Shen Meri, aproximadamente. Fungăo - Ponto empregado no tratamento das palpitaqoes, ou insonia, sonhos excessivos e pesadelos, assim como na hipertensăo e nas cefaleias.

Ponto Bago do Dorso da Orelha Localizagăo - No ârea central do dorso da orelha. F u n g ă o - Utilizado no tratamento da gastrite, ou dor causada pela ulcera peptica, nas dispepsias e nas anorexias.

Ponto Rim do Dorso da Orelha Localizagăo - Na parte inferior do dorso da orelha, aproximada­ mente por trâs do ponto cerebro.

Dejinigăo, F u n ţă o e Diagnostico dos Pontos Auriculares

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Centro do pe Hipotensor Hepatite S h e n M eri

Gastrocnemio Quadriceps Yang

Articulagâo coxofemoral

do Fîgado

OvHelix 1

Constipagăo Simpâtico Genitais externos

Cotovelo \ \ \ Hipocondrio

Centro da concha cimba

Helix 2

Mamas

O/Helix 3 Tiroide Clavicula Tronco cerebral Laringe-dente Vertigem Ârea de neurastenia Cordal

Coragâo

Ba^o Fîgado

FIGURA 4.18 - 1 = ârea nervosa do subcortex: 2 = cardiovascular; 3 = digestiva.

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Auriculoterapia

F u n ^ ă o - U t iliz a d o n o t r a t a m e n t o d a s c e fa le ia s , v e r t ig e n s , n e u r a s tenia, transtornos do sistem a neurovegetativo e nas neuroses.

Ponto Figado do Dorso da Orelha L o ca liza q ă o - Na parte central do dorso da orelha, por fora do ponto bago. Fangăo - Utilizado para o tratam ento da colecistite, da colecistolitiase, da colica hepatica e das dores do hipocondrio.

Ponto Pulm ăo do Dorso da Orelha Localizagăo - Na parte central do dorso da orelha, m as por dentro do ponto bapo. Funpăo - Utilizado no tratam ento da laringotraqueobronquite, da bronquite, da asm a bronquial e das derm atites atopicas.

5. Agrupam ento

de T on tos

de Acordo eom sua ‘J u n fă o

De acordo com as experiencias clinicas e as investigagoes realizadas sobre a fungăo dos pontos auriculares durante num erosos anos, podemos representar a aplicagăo dos pontos principais e secundârios no tratam ento dos sintom as m ais frequentem ente vistos na prâtica, resumindo-os num total de 40 grupos de pontos. A selegâo dos pontos auriculares para form ar estes 40 grupos foi baseada no agrupam ento dos mesmos, de acordo com a sem elhanga e complem entaqăo de suas funqoes. Com sua posterior aplicaqâo na prâtica clinica foram realgados os resultados obtidos. O agrupam ento dos pontos, de acordo com suas fungoes, se dispoe da seguinte maneira: Dez grupos que sedam ou acalmam • • • • • • • • • •

Acalm am Acalm am Acalm am Acalmam Acalm am Acalm am Acalm am Acalm am Acalm am Acalm am

a a a a a o o o a a

dor. vertigem e a tontura. convulsâo. tosse. dispneia. prurido. tinido. vomito. acidez. leucorreia.

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Auriculoterapia

Seis grupos com fungoes antagânicas • • • • • •

Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos

que sedam e excitam. hipotensores e hipertensores. que diminuem e aumentam o ritmo cardiaco. hemostâticos e ativadores da circulagăo sanguînea. diureticos e antidiureticos. laxantes e antidiarreicos.

Cinco grupos que beneficiam os ârgăos dos sentidos • • • • •

Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos

para para para para para

drenar a garganta. clarear a visâo. ajudar a audigâo. drenar o nariz. a beleza.

Tres grupos com fungăo imunologica • Pontos antialergicos. • Pontos antiinfecciosos. • Pontos anti-reumăticos. Um grupo com fungăo antipiretica Tres grupos com fungăo reguladora • Pontos que regulam a atividade neurovegetativa. • Pontos que regulam a atividade endocrina. • Pontos que regulam a menstruagâo. Dois grupos com fungăo tonifîcadora • Pontos tonificadores do rim. • Pontos tonificadores do sangue. Tres grupos fortalecedores • Pontos fortalecedores do cerebro. • Pontos fortalecedores do figado e do sangue. • Pontos fortalecedores do bago e de sua fungăo. Sete outros grupos • • • • • • •

Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos

estimuladores da lactagăo. para regular o Qi e eliminar a distensăo. hipoglicemiantes. antiespasmodicos. que drenam a vesicula biliar. soniferos. adstringentes.

A grupam ento de Pontos de A cordo com sua Fungăo

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DEZ GRUPOS QUE SEDAM OU ACALMAM A calm am a D or Com o uso da auriculoterapia obtem -se resultados notâveis no tratam ento das enferm idades dolorosas. Durante muito tem po se tratou de encontrar urna resposta clara sobre os m ecanism os pelos quais a auriculoterapia pode provocar um efeito analgesico tâo poderoso. Em estudos realizados na universidade de Jie Lin, em coelhos de laboratorio nos quais aplicaram um estimulo sobre a polpa de um dente e atuaram, em unissono, sobre o ponto Shen M en do pavilhâo auricular, pode-se observar que ambos os im pulsos nervosos chegam ao tronco cerebral provocando urna possivel repressâo m utua entre o estim ulo provenienţe da polpa do dente e aquele procedente do ponto Shen Men, a nivel da substância reticular. Atraves deşte fenom eno observado, tentou-se explicar o mecanismo pelo qual, ao estim ular o ponto Shen Men, pode-se elevar o lim iar doloroso e reprim ir a reaqâo dolorosa bulbar, o que aclara a eficaz funqăo deşte ponto para acalm ar a dor. Mas, ainda, ficam outras respostas para buscar neste sentido, que nos tornem explxcitos os m eca­ nismos de aqăo da auriculoterapia, que, ao que parece, nâo săo privilegio so do sistem a nervoso. Pontos selecionados Zona correspondente. Shen Men. Zona correspondente - O ponto da zona correspondente e o primeiro a selecionar durante o tratam ento de sintom as dolorosos. Depois que e produzida urna m udanga patologica no corpo humano, este se m anifesta na zona correspondente do pavilhâo auricular, produzindo as seguintes reagoes: dim inuiqăo do lim iar doloroso, descida da resistencia eletrica, mudanqas de coloraqâo, m udangas m orfologica como pâpulas, descamagoes, telangiectasias, etc. Estas reaqoes positivas caracterizam o ponto para seu diagnostico e tratamento mas, no caso das enferm idades dolorosas, os pontos da zona correspondente, nâo necessariamente, se relacionam com pontos auriculares descritos, pois, podem ter um espectro mais amplo de localizagăo, convertendo-se num equivalente aos pontos A Shi no corpo. Por isto, ao realizar o tratam ento de auriculoterapia, e indispensâvel a exploraqăo com o instrum ento nos pontos auriculares e zonas reativas, para conseguir, assim, localizar o ponto com manifestaqoes m ais claras de dor.

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Auriculoterapia

Shen Men - E selecionado como ponto principal por sua funqâo analgesica. Como pontos analgesicos, alem dos mencionados anteriormente, podemos, ainda, citar os seguintes: • Se a dor e de alguma viscera abdominal, se selecionarâ o ponto simpâtico que tem a funqâo de liberar os espasmos da muscula­ tura lisa. Levando-se em consideraqăo que as fibras simpâticas eferentes tem, tambem, em parte, atuagâo na dor visceral, pode­ mos inibir esta eonduqăo, usando o ponto simpâtico, liberando, desta maneira, o espasmo e acalmando a dor. • Se a dor e produzida por lesâo dos tecidos moles, adicionam-se, entâo, os pontos fîgado e baqo. De acordo corn os criterios da teoria dos Zang Fu, se declara que o fîgado nutre os ligamentos e os tendoes e o baqo, os musculos e os quatro membros; desta maneira, selecionando ambos os pontos pode-se promover a recuperaqâo dos tecidos moles e ativar a circulaqâo de Qi e Xue atraves dos canais e dos colaterais, acalmando a dor muscular. • Se a dor e ossea ou dental, adiciona-se o ponto rim. Segundo a teoria dos Zang Fu, se declara que o rim nutre os ossos e que os dentes săo o broto dos ossos. Nas mudanqas patologicas de tipo degenerativo a nivel da coluna vertebral, articulaqoes e queda dos dentes, e importante a seleqâo do ponto rim. A c a l m a m a V e r t ig e m Pontos selecionados Occipital. Vertigem ou tontura. Figado. Ouvido externo. Sangria no âpice. Occipital - E um ponto corn funqâo sedante, que desempenha um papei importante no tratamento da tontura, seja esta acompanhada de visăo turva ou, ocasionada ao transportar-se em auto ou embarcaqoes. Tontura - E o ponto especifico para o tratamento da vertigem ou da tontura. Figado - O ponto figado conta, entre suas funqoes, a de acalmar a tontura. Segundo se expoe no Su W e n : “A vertigem e causada pelo movimento do vento interno, que e produzido pelo figado". Por outra parte, se declara que a visăo turva e um sintoma que acompanha a vertigem e que, geralmente, e causado pela umidade, a fleuma, o fogo e o vento interno. Quando existe deficiencia de Yin do figado e rim ou

Agrupam ento de Pontos de Acordo corn sua Fungăo

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deficiencia do sangue, a energia e o sangue săo insuficientes para subir para nutrir o cerebro. Quando a causa for a presenga de fleuma patogenica, a estagnagăo desta, evita a subida do Yang claro ou puro e a descida do Yin turbido no cerebro, favorecendo o aparecim ento do sintoma. Sangria no ăpice da orelha - Esta m anipulagâo tem seis fungoes principais: hipotensora, antipiretica, antiinflam atoria, antialergica, seda ou acalma e clareia a m ente e a visăo. Ouvido externo - Este ponto e usado para o tratamento da vertigem e da tontura e da cefaleia do tipo enxaqueca, e um ponto de experiencia. Estes cinco pontos expostos anteriormente, săo os pontos princi­ pais no tratamento da vertigem mas, ainda, podem ser adicionados outros, de acordo corn a diferenciagăo e etiopatogenia da enfermidade. • Se a vertigem e devido â arteriosclerose, adicionam os os pontos subcortex e coragâo. • Na vertigem ou tontura causada por transtornos neurovegetativos, adicionam -se os pontos sim pâtico e subcortex. • Caso a vertigem seja um sintoma da Sindrom e de Meniere, adi­ cionam-se os pontos ouvido interno e bago. • Se a vertigem e causada por viagem em barco, auto ou aviâo, adicionam-se os pontos cârdia e ouvido interno. Em caso de vertigem causada por anemia, adicionam -se os pontos diafragma e bago.

A calmam a C onvulsăo Pontos Selecionados Tronco cerebral. Occipital. Shen Men. Figado. Subcortex. Nervo occipital menor. Sangria no âpice. Tronco cerebral - Este ponto e usado no tratam ento do pânico e na convulsăo, por sua fu nţăo sedante. Occipital e Shen Men - A combinagâo destes dois pontos intensifi­ ca a fungâo sedante de ambos, o que ju stifica seu uso no tratamento deşte sintoma. Figado - Tem a fungăo de recuperar a drenagem e a dispersâo do figado, fungăo que se ve afetada durante um estado de histeria, pani-

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Auriculoterapia

co ou convulsăo, m otivo pelo qual usando este ponto, se controla o vento interno do figado. S u b c o rte x - Usado neste caso por sua fungăo reguladora da atividade do cortex cerebral. Nervo occipital m e n o r - E um ponto sedante que acalm a a convul­ săo, com unica os canais e ativa a circulagăo dos colaterais. Sangria no ăpice - Tem fungăo sedante, clareia a m ente e a visâo. A calm am a T osse Pontos selecionados Zona correspondente. Ping Chuan. Boca. Tronco cerebral. Shen Men. Occipital. Bago. Zona correspondente - Os pontos da zona correspondente săo os que guardam estreita relagăo corn o local onde ocorre a mudanga patologica. Em geral, a tosse e produzida por alteragoes a nivel da garganta, traqueia, bronquios e pulmăo, razăo pela qual a selegăo do ponto da zona correspondente com preende estes quatro pontos ou urna parte deles, em dependencia do diagnostico. Ping C hu an - Este ponto e usado para a ca lm a r a dispn eia e a tosse. Boca e tronco cerebral - O ponto boca, neste caso, e usado como ponto de experiencia e o ponto tronco cerebral tem urna fungâo sedante, em sentido geral, e acalm a a tosse. Shen M en e occipital - Tem fungâo sedante e acalm a a tosse. Bago - E usado quando existe a presenga de ileum a abundante, jâ que a produgâo de fleum a guarda estreita relagăo corn as disfungoes do bago, de outro modo, o vazio e um idade do b a ţo săo causa, tambem, da tosse e da dispneia. O ponto bago tem a fungâo de elim inar a Ileuma e de drenar a umidade. A c a l m a m a D is p n e ia Pontos selecionados Bronquio. Pulmăo. Ping Chuan.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua Funţăo

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Simpâtico. S u praren al. Occipital. Bronquio e pulm ăo - Estes săo os pontos que guardam relaqâo direta com o sintoma. A bronquite asmâtica pode ser considerada como urna reaqăo antigeno-anticorpo a nivel da mucosa bronquial que libera localm ente urna serie de substâncias ativas (histamina, serotonina, bradicinina, etc.), que produzem urna alteraqăo da permeabilidade capilar, com hipersecreqâo de muco e contragăo da m us­ culatura lisa dos bronquios. Ping Chuan - E um ponto especifico para o tratamento da dispneia. Simpătico e supra renal - Estes pontos podem controlar a reaqăo antigeno-anticorpo a nivel da mucosa, portanto. controlam tambem a mudanga que se produz a nivel dos eosinofilos, favorecendo a broncodilatagăo, a capacidade funcional do pulmăo e, desta maneira, libera o espasmo da m usculatura lisa bronquial. Shen Men e occipital - T e m funqăo sedante a nivel sistemico, acalmando a tosse e a dispneia. • Se a dispneia e causada pela bronquite asmâtica, adicionam-se os pontos alergia e endocrino para aumentar o nivel imunologico e a resposta antialergica do organismo. • Se a dispneia e causada por urna bronquite, deve-se adicionar o ponto endocrino e realizar sangria no âpice, buscando urna aqâo antiinfecciosa. • Se a dispneia e causada por defîciencia ou vazio de rim que năo pode captar o Qi peitoral, deve-se adicionar o ponto rim. Segundo expoe a MTC, o pulmăo controla o Qi e o rim e a raiz deşte Q l razăo pela qual, o rim e o pulmăo trabalham, em unissono, no controle da saida e entrada do Qi. Se hă defîciencia do pulmăo, entăo, este năo pode controlar o Qi e se o rim e insuficiente, nesse caso, năo pode captar o Qi. fato que traz consigo urna inversăo na circulagâo do Qi e portanto, o aparecimento da enfermidade. • Se a dispneia e causada por enferm idades cardiovasculares e pu lm onares, devem -se a d icion ar os pontos coragăo, rim e subcortex. O ponto coragâo e usado para reforqar a funqăo deşte orgâo de im pulsionar a circulagâo de Qi e Xue, elevando assim, a funqăo cardiaca. Desde a ârea cardiovascular do subcortex, regula-se e se favorece toda a atividade cardiovascular. Por outro lado, o coragăo e o rim guardam uma estreita relaqăo fisiologica de comunicaqăo mutua, onde o rim, como orgăo pertencente ao movimento âgua, controla o fogo do coragăo, evitando seu acrescimo, de outra forma, o fogo do coraqăo aquece o Yang do rim, se

124

Auricaloterapia

o Yang de rim e insuficiente, entăo, falha o metabolismo dos liquidos corporais, que perturbară a atividade cardiaca e pulmo­ nar, aparecendo a dispneia.

A calmam

o

P rurido

Pontos selecionados Sangria na zona correspondente Sangria no âpice Pulmâo. Bago. Coragâo. Shen Men. Alergia. Diafragma. Sangria na zona correspondente - A sangria na ârea correspon­ dente produz um importante efeito no prurido, jâ que elimina o calor local e ativa a circulagăo do sangue a nivel dos colaterais. Sangria no âpice. ponto alergia - Esta combinagăo tem fungăo antialergica e e utilizada para acalmar o prurido. Pulmâo e bago - A ârea do ponto pulmăo pode ser estimulada ou tratada corn sangria, esta manobra produz um notâvel efeito no trata­ mente) das dermatites, por dispersar o calor. E convenienţe, ao realizar a sangria no pulmâo, que esta seja efetuada, tanto na ârea superior, como inferior do ponto. Por outra parte, a combinagăo dos pontos bago e pul­ mâo sâo vitais, posto que, como conhecemos, segundo o criterio da MTC, o pulmăo controla a pele e os pelos, motivo pelo qual, ao produzir-se urna defîciencia de Qi de pulmăo, este perde seu controle sobre a abertura e fechamento dos poros, o que facilita a invasăo do vento e da umidade, causando prurido. Por outro lado, o bago gosta da secura e e danificado pela umidade, segundo se expoe no Su W en: "O s eczemas e as injlamagoes sâo produzidos por acumulo de umidade e se relacionam corn urna disfungăo do bago". Quando hâ calor no interior pode-se favorecer tambem, a invasăo de umidade no bago, ao suceder este fato, promove-se o calor no tegumente. A combinagâo da umidade e do calor provoca o aparecimento de dermatite e prurido dermatologico. De acordo corn a teoria dos cinco movimentos, o pulmăo estâ relacionado corn o movimento metal e o bago corn o movimento terra, razâo pela qual ao selecionar o ponto bago e tonificada a fungâo deşte e acrescentada a energia ao pulmăo, por ser o bago a măe do pulmăo. Shen Men, occipital e diafragma - Săo pontos sedantes e que acal­ mam prurido.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com siia Fungăo

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Coraşăo - O uso do ponto coraqăo e fundam entado pelo exposto no Su W en , o qual faz referencia â estreita relacăo que guardam a dor e o prurido das ulceras com a fungăo do coragâo, posto que este orgăo controla o logo, que e a expressăo maxima do calor. As ulceras dolorosas sâo urna manifestagâo do calor excessivo, enquanto que as ulce­ ras com prurido sâo urna m anifestaţâo do calor moderado. Ao ser usado o ponto coragâo dispersa-se o fogo e acalma-se o prurido. A c a l m a m O T in id o Pontos selecionados Ouvido interno. Ouvido externo. Sulco do tinido. Sari Jiao. Vesicula biliar. Rim. Temporal. Ouvido interno, ouvido externo e sulco do tinido - Estes sâo os pon­ tos relacionados com a zona correspondente â patologia. Atraves dos mesmos, se restabelece a circulaqăo normal de Qi e Xue a nivel do ouvido. San Jiao e vesicula biliar - Estes sâo pontos que guardam relagăo direta com os canais Shao Yang da măo e do pe, que em seu trajeto ascendem para a cabeqa e penetram no pavilhâo auricular. Por outra parte, a ascensăo do fogo do ffgado e da vesicula biliar, tambem, podem causar tinido, por isso, ao selecionarm os estes dois pontos, podemos dispersar o fogo e o calor dos canais Shao Yang. Rim - Entre as funqoes do rim conta a de nutrir o cerebro e ter sua abertura externa no ouvido, desta maneira, outra das causas que provocam o tinido e a deficiencia do Q id e rim. Sendo assim im portan­ te, a seleqâo deşte ponto, no tinido por vazio do rim. Temporal - Entre as fungoes deşte ponto estâ a de regular a atividade do centro da audigâo, ajudando a elim inar todo tipo de acufenos e aum entando o nivel de audiqâo. A c a l m a m o V o m it o Pontos selecionados Cârdia. Estomago. Occipital.

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Auriculoterapia

Subcortex. Sherx Meri. Cârdia. Este e um ponto especifico para o tratam ento do vom ito e das nâuseas, tem um evidente resultado no tratamento destes sintomas e do espasmo da cârdia. Estom ago - A inversăo da circulagăo do Qi do estomago, conta entre as causas fundam entais do vom ito e das nâuseas, ao estimular este ponto, favorece-se a fungâo de descendencia do estomago, acalmando-se estes sintomas. Occipital e Shen Men - Entre as fungoes sedantes destes pontos, estâ a de acalmar o vom ito e as nâuseas. Subcortex - A ârea digestiva da subcortex regula a fungâo gastrointestinal. A c a l m a m a A c id e z Pontos selecionados Simpâtico. Estomago. Figado. Simpătico - Este ponto e importante no tratamento da hiperacidez e da regurgitagâo âcida, jâ que, entre suas fungoes, conta a de controlar as secregoes internas. Estom ago e jlg a d o - A hipersecregăo gâstrica se produz, segundo a MTC, por inversăo do Qi do estomago, o que, por sua vez, pode ser provocado pelo ataque transversal do Qi do figado ao estomago e bago, ao perder o figado sua correta fungâo de drenagem e dispersăo. Este fato produz urna sindrome denominada desarm onia entre figado e estom ago que pode ter, entre seus sintomas, vom itos, nâuseas e regurgitagoes âcidas. Por isso, ao selecionar os pontos figado e esto­ mago se ajuda na fungăo de drenagem do figado e se harmoniza a fungâo de descendencia do Qi de estomago. A c alm am a L euco rrela Pontos selecionados Zona correspondente. Rim. San Jiao. Figado. Bago. Endocrino.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua FiiriQăo

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Zona correspondente - A leucorreia guarda estreita relagăo com processos inflamatorios como a endometrite, cervicite, anexite, etc., por isso no tratam ento da leucorreia sâo selecionados estes pontos, de acordo com a localizagăo da mudanga patologica. Rim. baqo. San Jiao e Jlgado - Para a MTC, a leucorreia guarda estreita relagăo com a deficiencia de bago ou a estagnagăo de Qi de figado. Ao ser lesionado o Qi de bago, se perde sua fungăo de trans­ porte e transformagăo, fazendo com que a essencia dos alimentos e os liquidos nâo possam nutrir, adequadamente, o sangue e que o metabolismo dos liquidos corporais se veja afetado aparecendo o acumulo de umidade, que descende ao Jiao inferior lesionando ao Ren Mai. Por outro lado, a estagnagăo do Qi do figado se transforma em calor, que com a umidade do Jiao inferior, se combina formando "a umidade calor do Jiao inferior". Em outros casos, a deficiencia de Qi de rim lesiona o Yuan Qi, o qual nâo pode ser fixado, fazendo que o Dai Mai perca sua forga de controle sobre o Jiao inferior, aparecendo a leucorreia. O San Jiao e o encarregado do correto metabolismo e comunicagăo dos liquidos corporais e das essencias, por isso, junto com o rim, bago e figado, tem a fungăo de fortalecer a energia e drenar a umidade acalmando desta maneira as leucorreias. Endâcrino - Este ponto tem fungăo antiinflamatoria e regula toda a atividade do sistema endocrino.

SEIS GRUPOS COM FUNQOES ANTAGONICAS P o n t o s q u e S e d a m e E x c it a m

Pontos que Sedam Pontos selecionados Shen Men. Occipital. Subcortex. Tronco Cerebral. Coragăo. Sangria no âpice. Shen Men - Occipital, subcortex, tronco cerebral e sangria no âpice: Usados, em unissono, provocam um forte efeito sedante. Coragăo - O coragăo e o im perador do resto dos orgâos e controla a atividade espiritual, razăo pela qual ao estimular este ponto se acalmam a mente e o espirito.

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Auriculoterapia

Pontos que Excitam Pontos selecionados • • • • • •

Fronte. Endocrino. Excitaqâo. Tâlamo. Hipofise. S u praren al.

Estes seis pontos tem a fungâo de excitar e elevar a atividade orgânica, podem ser usados para tratar os sintomas de sonolencia e a obesidade. P o n t o s H ip o t e n s o r e s e H ip e r t e n s o r e s

Pontos Hipotensores Pontos selecionados Hipotensor. Shen Men. Figado. Rim. Coraqăo. Fronte. Occipital. Sangria no âpice. Hipotensor - E especifico para o diagnostico e tratamento da hipertensâo. Se neste ponto se faz uma sangria importante, se obtem um notâvel efeito hipotensor. Shen Men - Tem funţâo sedante, hipotensora e analgesica. Por outra parte, este ponto se encontra ao m esm o nivel que o sulco hipotensor mas, pela face ventral do pavilhăo auricular. Quando hâ uma crise de hipertensâo arterial, podemos encontrar reaqoes positivas no sulco hipotensor ao mesmo nivel do ponto Shen Men, por isto, ao selecionar este ponto, podemos produzir um efeito hipotensor. Figado. rim e coraţăo - Representam os tres orgăos que guardam estreita relaqăo corn o padecimento, segundo os criterios da MTC. As sindromes de deficiencia de Yin do figado e do rim e ascensăo do Yang do Figado entram entre as causas fundamentais desta patologia. O figado tem a funqâo de armazenar o sangue e o coraqăo de impulsionâla, por isso, atraves destes dois pontos podem-se regular o volum e do sangue na circulaqăo, dispersar o fogo e pacificar o figado. No entan-

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua Funţăo

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to, o rim com sua raiz Yin nutre o Yin de todos os orgăos e, em especial, o do figado, fazendo com que o nivel de Yin seja adequado e o Yang năo ascenda excessivamente. Fronte, occipital e sangria no ăpice - O uso destes pontos desempenha um papei importante nesta patologia, frequentemente, esta se acompanha de sintomas tais como cefaleia, vertigens, distensâo na cabega, etc. Esta combinagâo tem a fungăo de clarear a mente e a visăo, acalmar a dor e produzir efeito hipotensor.

Pontos Hipertensores Pontos selecionados Hipertensor. S u prarenal. Hipofise. Coragăo. Figado. Rim. Subcortex. Hipertensor - E especifico para o diagnostico e tratamento da hipotensâo. Supra renal e hipofise - Aumentam a vasoconstrigâo periferica e incrementam a reagăo vasomotora das paredes dos vasos, produzindo aumento da pressăo arterial. Coragăo - Controla o sangue e os vasos, por isso, fortalece a atividade do musculo cardiaco e incrementa a circulagăo sanguinea. Figado - Arm azena sangue, por isso, regula o volume deşte na circulagăo. Rim - Segundo os criterios da fisiologia moderna, ao estimular o ponto rim, produz-se um aumento da renina e da angiotensina, que estimulam o cortex supra-renal, favorecendo a secregăo de aldosterona e, portanto, a retengăo de sodio e âgua com a consequente hipervolemia que leva â hipertensăo arterial. Subcortex - Este ponto regula a atividade cardiovascular, mantendo em estado normal a pressăo arterial. P o n t o s q u e D im in u e m e A u m e n t a m o R it m o C a r d i a c o

Pontos que Diminuem o Ritmo Cardiaco Pontos selecionados Orgăo coragăo. Subcortex.

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Auriculoterapia

Coragâo. Sherx Meri. Occipital. Orgăo coragâo - Este ponto e denominado tambem ponto para fazer descender o ritmo cardîaco, sendo usado para o tratamento da taquicardia paroxistica ventricular e auricular, tem a fungăo de regu­ lar o ritmo cardîaco. S u bcortex- Regula a atividade do ritmo cardîaco e a atividade car­ diovascular em sentido geral. Coragâo - E o ponto da zona correspondente. Shen Men e occipital - Sâo pontos sedantes que mantem o ritmo cardîaco.

Pontos que Aumentam o Ritmo Cardîaco Pontos selecionados Simpâtico. Supra-renal. Hipofise. Subcortex. Coragâo. Simpâtico. supra renal e hipofise - Estes pontos aumentam a ativi­ dade do ritmo cardîaco, usam-se, em geral, no tratamento da bradicardia sinusal e por bloqueio. Subcortex - Regula o ritmo cardîaco. Coragâo - E o ponto da ârea correspondente. P o n t o s H e m o s t â t ic o s e A t iv a d o r e s d a C ir c u l a q â o S a n g u în e a

Pontos Hemostâticos Pontos selecionados Supra-renal Hipofise Diafragma Bago Zona correspondente Supra renal e hipofise - Estes dois pontos tem fungăo vasoconstritora. Diafragma - E um ponto de experiencia. B a g o - Entre as fungoes do bago, segundo a MTC, estâ a de manter circulando o sangue dentro dos vasos sanguîneos evitando que estes

Agrupam ento de Pont os de A cord o com sua Fnngăo

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se rom pam e se produza a hemorragia, razăo pela qual um a deficiencia do Qi de bago faz com que este falhe nesta fungâo, aparecendo qualquer enferm idade hemorrâgica. Pode-se resum ir dizendo que os pontos anteriores săo os pontoschaves para tratar as enferm idades hem orrâgicas atraves do pavilhăo auricular. Zona correspondente - Refere-se ao local onde se produz a mudanga patologica. P o n t o s A t iv a d o r e s d a C ir c u l a q â o S a n g u în e a Pontos selecionados Simpâtico. Coragâo. Figado. Pulmăo. Calor. Subcortex. Zona correspondente. Sim pătico - Este ponto tem um a fungâo vasodilatadora, aumentando o volum e do sangue a nivel das extrem idades. Coragăo. fig a d o e pulm ăo - O coragăo governa o sangue e os vasos, o figado arm azena o sangue, o pulm ăo governa o Qi e nele se reunem os cern vasos. Sob estas prem issas da MTC, se ju stifica o criterio tradicional de que Qi governa o sangue e o sangue e a mâe do Qi, portanto, se o Qi circula, o sangue o faz tam bem e se este se estagna, o m esmo sucede com o sangue. Por todo o exposto anteriormente, resume-se que o uso dos pontos coragăo, figado e pulmăo, drenam e co­ municam os canais e vasos, ativam a circulagăo do sangue e transfor­ m am a estagnagâo, acalm ando a dor. Calor - Este ponto aum enta a circulagăo do sangue a nivel periferico, elevando a tem peratura da pele. Ârea cardiovascular do subcortex - Este ponto regula toda a fungăo cardiovascular e produz vasodilatagâo, por isso, e usado no tratamento de todas a enferm idades deşte sistema, em transtornos vasculares perifericos, cervicalgias, intum escim ento das extrem idades e no tratam ento das sindrom es Bi. Este ponto, tambem, aum enta a tem ­ peratura da pele e ativa a circulagăo dos colaterais, o mesmo, ju n to com os pontos calor e nervo occipital menor, săo denom inados os pontos que produzem calor, provocando o m esm o efeito da manipulagăo “o fo g o arde sobre a m on ta n h a , m otivo pelo qual, săo fundamentais no tratam ento das enferm idades vasculares e nas sindrom es Bi.

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P o n t o s D iu r e t ic o s e A n t id iu r e t ic o s

Pontos Diureticos Pontos selecionados Rim. Bago. Pulmăo. Sari Jiao. Endocrino. Ponto de elim inagăo de liquido. Zona correspondente. Rim - A energia Yang do rim e a raiz de todo o Yang do corpo e e a diligente principal do m etabolism o dos liquidos corporais. Bago - O bago e outro orgăo fundam ental no m etabolism o dos liquidos corporais, realizando a drenagem da umidade atraves de sua fungâo de transporte e transform aţâo, razâo pela qual o edema e o acumulo de umidade estăo relacionados corn a disfungăo deşte orgăo. Pulm ăo - O pulmăo e o terceiro orgăo vital no m etabolism o dos liquidos corporais, regulando e com unicando a via dos liquidos atra­ ves de sua funqăo de descendencia e dispersăo; o pulmăo e chamado a fonte superior da âgua. San Jiao - E o nome que recebe especificam ente a funqăo m etabo­ lica dos liquidos corporais, e quem com unica e regula a via dos liqui­ dos, transform a o Qi e transporta as essencias. E n d o crin o - As glândulas endocrinas tem urna funqâo mais estrutural, elas regulam o equilibrio hidromineral. Ponto eliminagăo de liqiiido - Este e um ponto especifico para drenar e elim inar liquidos acumulados. Zona correspondente - Neste caso se refere ă zona do corpo onde estăo retidos os liquidos e a umidade.

Pontos Antidiureticos Pontos selecionados Bexiga. Ouvido central. Hipofise. Uretra. Bexiga - Favorece a funcăo de arm azenagem de urina pela bexiga. H ipofise - O lobulo posterior da hipofise produz horm onio antidiuretico (ADH), que controla o volum e de urina produzido.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua Fu n ţă o

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Ouvido central - E usado para aum entar a comunicagâo entre a hipofise e bexiga. U re tra - Este ponto e usado para aum entar a contragăo do esfîncter uretral. • Se hă enurese noturna, adicionam -se os pontos fronte e excitagâo. Estes pontos tem a fungăo de aum entar a atividade do co r­ tex cerebral, fazendo com que a crianga desperte com mais facilidade, controlando tambem o centro de elim inagăo da urina. • Em caso de incontinencia urinâria por trauma da coluna verte­ bral, adicionam -se os pontos da zona correspondente ao trau ­ ma, como por exemplo, regiâo sacrolombar, com o objetivo de produzir algum estim ulo nas fibras nervosas aferentes e eferentes que inervam a bexiga, a uretra, a pelve e o hipogâstrio. • No caso de polaciuria por bexiga neurogenica, pode-se adicionar o ponto occipital e/ou ârea nervosa do subcortex. P o n t o s L a x a n t e s e A n t id ia r r e ic o s

Pontos Laxantes Pontos selecionados Intestino grosso. Bago. San Jiao. Abdomen. Pulmâo. Subcortex. Constipagâo. Centro da concha cimba. Intestino gro s s o- O intestino grosso tem a fungăo de excretar os dejetos do aparelho digestivo, elimina o calor dos Fu e tem fungăo laxante. B a g o - O bago possui a fungăo de transporte e transformagăo, que justifica a influencia deşte ponto no increm ento da atividade gastrointestinal, tambem, o mesmo pode regular o Qi, elim inar a distensăo e produzir um efeito laxante. San Jiao - Tem a funqâo de transform ar o Qi, transportar as essencias e favorecer o um edecim ento do intestino para a eliminagăo. Abdom en e cen tro da concha cim ba - Estes pontos intensificam os m ovim entos peristâlticos, garantindo um aum ento da eliminagăo. P u lm â o-T em a fungăo de descendencia e dispersăo dos liquidos corporais e guarda relagăo exterior-interior com intestino grosso, lato este que favorece o umedecimento do intestino e a normal eliminagâo neste ultimo.

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Ârea digestiva de suhcortex - Este ponto regula a fungăo gastrointestinal. P o n t o s A n t id ia r r e ic o s Pontos selecionados Reto. Intestino grosso. Bago. Shen Meri. Occipital. Endocrino. Sangria no âpice. Reto e intestino grosso - Sâo os pontos da zona correspondente â patologia e tem a fungăo de regular os m ovim entos peristâlticos. Bago - Entre as fungoes do bago, encontra-se a de fazer ascender o Q ipuro ou limpido, quando se produz uma deficiencia do Qtdo bago se perde a fungăo de transporte e transformagăo, o que favorece o aparecim ento de sintomas como distensâo abdominal, constipagâo, diarreia, etc, por isso, ao selecionar o ponto bago fortalecemos o Qi do Jiao medio, aquecem os o bago e detem os a diarreia. Sangria no ăpice - Tem efeito antiinflam atorio e sedante. Shen Men e occipital - Tem fungăo sedante e diminuem os m ovi­ m entos peristâlticos. Endocrino - Tem fungăo antiinflam atoria e acalma a dor. • No caso de colite alergica, adicionam -se os pontos alergia e subcortex, para produzir um efeito antialergico e regular a atividade gastrointestinal. • No caso de diarreia cronica, deve-se adicionar o ponto supra­ renal e realizar a sangria no âpice, corn o objetivo de produzir um efeito antiinflamatorio e favorecer a eliminagăo parasitâria. • Se a diarreia e cronica mas, causada pela deficiencia de Yang do rim e do bago adicionam -se os pontos rim e supra-renal, corn o objetivo de aquecer o Yang do rim e do bago.

CINCO GRUPOS QUE BENEFICIAM OS ORGĂOS DOS SENTIDOS P onto s que D renam a G arg anta Pontos selecionados Laringe -faringe. Boca.

Agrupam ento de Pontos de A cordo corn. sua Fun<jăo

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Traqueia. Pulmăo. Endocrine». Laringe-faringe e boca - Estes săo pontos que refletem as mudangas patologicas da zona correspondente, atraves da estimu lacăo destes, se logra mobilizar o Qi para a regiăo da garganta, favorecendo a mesma. Traqueia - E especifico para o diagnostico e tratam ento das enfermidades da garganta. Pulm ăo - O pulm ăo con trola o Q i e com anda a respiragăo, assim com o a d escen d en cia e dispersăo e a abertu ra e fecham ento dos poros, favorecen do que atraves deşte ponto, possa ser elim inado o vento patogenico da su perficie, tran sform ad a a fleu m a e drenada a garganta. Endocrino - Tem fungăo antiinflamatoria, segundo a experiencia clinica se pode com provar que este ponto prom ove a produgăo de fluidos corporais, umedecendo a garganta. • No caso de laringofaringite aguda adiciona-se o ponto Shen Men e se realiza sangria no âpice da orelha, o que produz um efeito antiinflamatorio, drena a garganta e acalma a dor. • No caso de amigdalite, adicionam -se os pontos Shen Men e amigdala e se realiza sangria no âpice, que tem fungăo antiinflam a­ toria e analgesica. • No caso de afonia, adiciona-se o ponto başo. P o n t o s p a r a C l a r e a r a V is â o Pontos selecionados Sangria no âpice. Rim. Figado. Olho. Visâo 2. Sangria no ăpice - Esta m anipulagăo tem a funqăo de clarear a visâo e despertar a mente. Figado e rim - Segundo o exposto pelo livro Os Cinco Tratados: “O Jigado controla a cornea e a rim o iris”. O Su W en , tambem, declara que: “A capacidade da uisăo estă determ inada pela recepgăo do sangue pelo Jigado. o canal do Jigado se com unica corn os olhos e os olhos săo a abertura o Jigado". por isso, ao tratar os pontos figado e rim clareia-se a visâo. Se tonificam os o rim, nutrim os o figado, ativando a circulacăo do sangue e fortalecendo a visâo. • No caso da miopia, adicionam -se os pontos, bago e simpâtico, corn o objetivo de liberar os espasm os dos musculos ciliares e regular a refraqăo.

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• No caso da conjuntivite aguda, adiciona-se o ponto pulmăo. Segundo o exposto em Os Cinco Tratados: “O pulm ăo controla a conjuntiva do olho\ A selegăo do ponto pulmăo dispersa o calor e elimina a infecgăo, drena os canais e acalma a dor. • No caso da blefarite, adicionam-se os pontos coragăo e bago. De acordo corn o exposto em Os Cinco Tratados: “O coragăo relaciona-se com o bordo interno e externo das pălpebras e o baco com os pălpebras”, assim, usando estes pontos, dispersa-se o fogo e elimina-se a infecgăo. No caso do tergol, adiciona-se o ponto bago, jâ que este controla as pălpebras e dispersa o calor dos canais do bago e estomago. P o n t o s p a r a A j u d a r a A u d ic â o Pontos selecionados Ouvido interno. Ouvido externo. Rim. San Jiao. Vesicula biliar. Temporal. Ouvido interno e ouvido externo - Estes sâo os pontos da zona correspondente â patologia, os quais, ativam a circulagăo do sangue e da energia no ouvido, aumentando a capacidade auditiva. Rim, San Jiao e vesicula biliar - Os canais do San Jiao e da vesicula biliar ascendem ate a cabega e penetram no centro do ouvido. O ouvido e a abertura do rim, isto significa que a capacidade auditiva estâ diretamente relacionada com o estado do Jing Qi, o qual e armazenado no rim, se a energia do rim e suficiente a capacidade de audigăo sera boa, mas se o Jing Q ie insuficiente entăo aparecerăo problemas de hipoacusia. Por isso, o uso destes tres pontos eleva a capaci­ dade auditiva. Temporal - Na regiâo temporal do cerebro localiza-se o centro da audigăo, razăo pela qual ao estimular o ponto temporal, estimula-se e regula a atividade do nervo auditivo favorecendo, assim, a sensibilidade do centro da audigăo. P o n t o s p a r a D r e n a r o N a r iz Pontos selecionados Nariz interno. Pulmăo. Ouvido externo.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua Funţăo

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Nariz interno - E o ponto reflexo da zona correspondente â patologia. Pulmăo - O L ing S hu declara: “ O Qi do pulm ăo se comunica com o nariz' e o S u W en, por outra parte, cita que: “O nariz e a abertura do pulmăo"-, por isso se estabelece que, se o Qi do pulmăo nâo circula livremente, o nariz obstrui-se e se perde o sentido da olfagâo. Razâo pela qual, para tratar as enfermidades nasais, e vital o uso do ponto pulmăo. Ouvido externo - O ponto ouvido externo e muito eficaz para drenar o nariz, e um ponto de experiencia. • No caso de obstrugâo nasal causada por resfriado, adicionam-se sangria no âpice, supra-renal e alergia. • No caso de rinite alergica, adicionam-se os pontos alergia, endocrino, supra-renal e sangria no âpice. • No caso de rinite hipertrofica, adicionam-se os pontos supra­ renal e diafragma. No caso de rinite atrofica, adicionam-se os pontos endocrino e bago. P

o n to s

par a

a

B

eleza

Pontos selecionados Ârea de bochecha. Zona correspondente. Pulmăo. Bago. Figado. Endocrino. Ârea de bochecha e zona correspondente - Nestes pontos realiza-se sangria em forma de picadas, com o objetivo de estimular os canais e colaterais da zona, ativar a circulagăo de Qi e Xue, favorecer a nutrigâo da pele, elim inar os sintomas inflamatorios, ajudando no m elhor metabolismo dos m elanocitos e a regular a atividade celular. Pulmăo, bago e fig a d o - Estes pontos drenam o vento patogenico e liberam a superficie, fortalecem o bac;o e eliminam a umidade, tonifi­ cam o Q ie nutrem o sangue, favorecendo a textura da pele e acalmando o prurido. Endocrino - Este ponto trata enferm idades dermatologicas relacionadas com transtornos endocrinos como a acne ju venil e enferm ida­ des produzidas por transtornos no m etabolism o dos melanocitos. G r a g a s â fu n g â o d e ş te p o n to , p o d e m - s e e v it a r a s in fe c g o e s c u tâ n e a s .

Este grupo de pontos bâsicos no tratamento estetico tem uma ampla aplicagâo no tratam ento estetico a nivel facial, com alguns reajustes de acordo com a diferenciagăo realizada em cada caso.

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• No caso de enferm idades de carâter inflamatorio, como a verruga vulgar, acne juvenil, ptiriase rosada, etc, dispersa se o calor e se elim ina a infec^âo, adicionando os pontos supra renal, intestino grosso e a sangria no âpice. • No caso de enferm idades corn transtorno da pigmentagăo, como o cloasma e o vitiligo, adicionam -se os pontos hipofise e supra­ renal, corn o objetivo de regular a atividade da hipofise, do siste­ ma endocrino e, portanto, do m etabolism o dos melanocitos. • No c a s o de e n fe r m id a d e s de c a r â t e r n e r v o s o , co m o a neuroderm atite recidivante, busca-se regular a fungăo da cortex cerebral, evitando a excitagâo ou depressâo excessiva, procurando um efeito sedante e que acalme o prurido, para isto, adi­ cionam-se os pontos subcortex, occipital e Shen Meri. • No caso das enferm idades por transtornos do metabolismo sebâceo, como a derm atite seborreica e a alopecia seborreica, bu s­ ca-se regular o m etabolism o das glândulas sebâceas, controlando sua hipersecregăo, para o que se adicionam os pontos pan­ creas, rim e intestino delgado. • Em enferm idades do tipo reativo, como a dermatite por contato e a urticâria, busca-se elevar a resposta imunologica, adicio­ nando os pontos alergia, supra-renal e sangria no âpice.

TRES GRUPOS DE PONTOS COM FUNQÂO IMUNOLOGICA P o n t o s A n t ia l e r g ic o s Pontos selecionados Sangria no âpice. Alergia. Supra-renal. Endocrino. Zona correspondente. Sangria no âpice - Tem urna importante fungâo antialergica. Alergia - Este e um ponto especifico para o tratamento e diagnostico das enferm idades alergicas, que pode elevar a resposta im unolo­ gica do organismo. Supra-renal e endocrino - Urna enfermidade alergica e o resultado das mudancas que se produzem no metabolismo celular provocada pela reagâo antigeno-anticorpo, o que provoca urna resposta a nivel orgânico de vasodilatagâo, espasmo da musculatura lisa, etc. Ao eşti-

Agrupam ento de Pontos de Acorda com sua Fungăo

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m ular-se o ponto endocrino, incrementa-se a secregâo de cada um dos hormonios, como por exemplo, o aumento de corticoides no sangue, o qual pode deter a liberagâo de histamina a nivel celular, reprimindo a exsudaqăo a nivel dos vasos, a produqăo de muco e as reaqoes dos anticorpos a nivel da pele, aumentando, assim, a resposta antialergica. Zona correspondente - As enferm idades alergicas tem diferentes manifestagoes, por isso, a zona correspondente responderâ ao local onde a enferm idade alergica produz sua manifestaqăo. P o n t o s A n t iin f e c c io s o s Pontos Selecionados Sangria no âpice. Sangria nos helix 1 a 6. Supra-renal. Endocrino. Shen Men. Zona correspondente. Sangria no ăpice e helix 1 a 6 - Esta manipulaqâo tem a fungăo de dispersar calor, elim inar a infecgăo, sedar e acalm ar a dor. Supra-renal e endocrino - O uso destes pontos pode prom over a secregăo, tanto do cortex supra renal, como da m edula supra-renal, ajudando a com bater a invasâo de agentes infecciosos, elevando a resposta antiinfecciosa do organism o e reprim indo a inflam agăo provocada por a exsudagăo dos vasos. Shen Men - Tem fungăo antiinilam atoria. Zona correspondente - Ao tratar a zona reflexa correspondente ao processo patologico se faz dim inuir o processo inflam atorio nesta. Ao tratar com auricu loterapia en ferm idades de carâter in flam a­ torio, podem -se observar m udangas notâveis. Assim tem os que, em 25 casos com am igdalite acom panhados por sintom as de dor e de hipertrofia da glândula, febre de 38 a 40° e urna quantidade de linfocitos de 11.000 a 16.000 por m m 3, obteve-se a queda da tem ­ peratura depois de 4h em 9 pacientes; o m esm o resultado 32h mais tarde, em 14 pacientes e a volta â norm alidade 3 dias depois do tratam ento. P o n t o s A n t i- r e u m â t ic o s Pontos selecionados Sangria no âpice. Supra-renal.

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Endocrino. Rim. Fîgado. Bago. San Jiao. Zona correspondente. Scingria no ă p ic e - Este ponto tem a fungâo antipiretica, antiinflamatâria, sedante e analgesica. S u p ra re n a l e e n d o c rin o - T em c a r â te r a n tiin fla m a to r io e antiexsudativo evitando a formagăo de aderencia. Rim, Jlgado, bago. San Jiao - O rim controla os ossos, o fîgado os ligamentos e os tendoes e o bago os musculos, San Jiao tem a fungâo de transportar a essencia, o Qi, X ue e Jin Ye atraves de todo o corpo, os musculos, a pele e os Zang Fu, motivo pelo qual nas enfermidades reumâticas ou por invasăo de vento umidade e importante a combinagâo destes quatro pontos. Zona correspondente - Neste caso, trata-se da zona que estâ diretamente afetada pela enferm idade reumatica.

UM GRUPO COM FUNQÂO ANTIPIRETICA Pontos selecionados Sangria no âpice da orelha, ăpice do trago e na supra-renal. Simpâtico. Tâlamo. Pulmăo. Occipital. Endocrino. Zona correspondente. Sangria no ăpice da orelha, do trago e na supra renal - A sangria nestes pontos e boa para dispersar o calor e liberar a infecgăo, fazendo baixar a febre. Tălamo e simpătico - A regiâo do hipotâlamo regula a atividade neurovegetativa, na atualidade, considera-se que o hipotâlamo năo e simplesmente o centro de controle do sistema simpâtico e parassimpâtico mas constitui o centro regulador mais importante da atividade dos orgâos internos, tambem o hipotâlamo e um centro altamente regulador da atividade endocrina, podendo regular a temperatura cor­ poral, o apetite, o equilibrio hidromineral e secreta determinados hormonios, como parte fundamental de sua atividade fisiologica, por isso, ao estim ular o ponto tâlamo influencia-se o centro regulador da tem ­

A gnip am erito de Pontos de A cordo com sua Fungăo

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peratura corporal localizado no hipotâlam o. O ponto sim pâtico regula a atividade neurovegetativa e provoca vasodilatapăo que favorece a dispersâo do calor. P id m ă o - Este orgăo estim ula a fungăo de controle sobre a abertura e fecham ento dos poros, favorecendo, assim, a transpiragăo e a dispersâo do calor. O c c ip ita l- Tem fungăo sedante e antipiretica. Endocrino - Atua sobre o sistem a hipofise-supra-renal, cum prindo um a funpăo antiinflam atoria e antiexsudativa. Zona correspondente - Sem pre seră representativa do lugar onde se produz a m udanga patologica.

TRES GRUPOS DE PONTOS COM FUN£ÂO REGULADORA P o n t o s q u e R e g u l a m a A t iv id a d e N e u r o v e g e t a t iv a Pontos selecionados Sim pâtico. Tâlam o. Subcortex. Corapâo. Rim. Shen Men. Occipital. Simpâtico. tâlamo e subcortex - Os pontos do pavilhăo auricular e do resto do corpo guardam estreita relagâo, que se estabelece, em parte, por interconexăo de fibras sim pâticas, as paredes dos vasos que irrigam o pavilhăo auricular e os espapos entre estes estăo ricam ente inervados por fibras sim pâticas, favorecendo o fato de que ao estim ular um ponto auricular se provoque uma reapăo reflexa a nivel de certo segmento, ficando m arcada a relapăo dos pontos auriculares com a pele, os tecidos e os orgâos internos, por um a cadeia de reflexos que se estabelece a nivel sim pâtico. Quando se puntura um ponto auricular, este produz um a influencia na atividade do SNC e, ao mesmo tempo, um a regulagâo no sistem a neurovegetativo, que garantem o equilibrio e a nutripăo do organism o. Por outro lado, atraves deşte equilibrio, influencia-se a norm al atividade do sistem a hipofisârio, regulando-se, adequadam ente, a produgăo horm onal. Por isso, e tâo im portante a com binagâo dos pontos sim pâtico, tâlam o e subcortex, no tratam ento dos transtornos neurovegetativos.

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Auriculoterapia

Coragăo e rim - Segundo os criterios da MTC, o coragăo armazena a mente e e o principe que governa o resto dos orgăos, isto im plica que o coragăo governe toda a atividade consciente e intelectual do ser humano mas, tambem, a neurovegetiva, assim temos que as deficienc ia s de Y in d e ş te o rg ă o , p r o v o c a m t r a n s to r n o s do s is te m a neurovegetativo e as deficiencias de Yang, produzem transtornos funcionais a nivel do cortex. O coragăo controla o togo e o rim o ăgua; a âgua e o togo guardam comunicagâo direta, segundo a MTC, săo as duas forgas que mantem o equilibrio dinâmico, sustenta da vida, regulando, portanto, a atividade espiritual do homem e a atividade funcional dos orgăos internos. Shen Men e occipital - Tem fungăo sedante. P o n t o s q u e R e g u l a m a A t i v i d a d e E n d o c r in a Pontos selecionados Endocrino. Hipofise. Tâlamo. Rim. Figado. Zona correspondente. Endocrino, hipofise e tâ la m o - Săo pontos fundamentais na regulagăo da atividade endocrina. O ponto endocrino, no pavilhâo auricular, representa toda a atividade fisiologica do sistema endocrino no corpo humano, podendo m anter a estabilidade e o equilibrio do meio interno atraves do controle das secregoes endocrinas de cada glândula e seu transporte, atraves do sistema sanguineo. O ponto hipofise e a representagăo no pavilhâo auricular desta glândula, que pode ser considerada como centro do sistema endocrino, esta glândula, năo so secreta hormonios inerentes a sua fungăo, como regula, atraves de suas secregoes, a atividade do resto das outras glândulas. O tâlamo e considerado o centro mâximo da atividade neurovegetativa mas, tam ­ bem, constitui um centro controlador da atividade endocrina, atraves de determ inados horm onios liberados a nivel do hipotâlamo, promove-se a secregâo dos horm onios da hipofise que, por sua vez, estimula a secregâo dos horm onios do timo. Por isso, ao se produzir um desequilibrio endocrino, e im portante a selegâo destes tres pontos. Figado e rim - O rim arm azena a essencia e o figado o sangue. A essencia e o sangue se produzem mutuamente, o figado e o rim tem as mesmas origens porque um cria o sangue e o outro o armazena. As mudangas patologicas a nivel destes orgăos, segundo os criterios da

A gm pa m ento de Pontos de A cord o com sua Fungăo

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MTC, guardam, na m aioria dos casos, estreita relagăo com as enferm idades do sistem a endocrino. Portanto. com o uso destes dois pon­ tos, se favorece a atividade funcional deşte sistema. Zona correspondente - Neste caso, localiza-se e se estim ula o pon­ to que reflete â glândula im plicada no processo patologico. P o n to s q u e R eg u lam a M enstru acâo Pontos selecionados Endocrino. Hipofise. Tălamo. Ovârio. Rim. Figado. Orgăos genitais internos Endocrino. tălamo. hipofise. ovărio e orgăos genitais internos - Desde a m enarca ate a m enopausa, o endom etrio da m ulher sofre periodos cam biantes cada mes que facilitam a reposigăo dos ovulos no utero, este processo e regulado pela atividade endocrina, como resultante da participagâo de horm onios secretados pelo ovârio, pela hipo­ fise e pelo hipotâlamo. Quando se produz algum transtorno ou desequilibrio funcional destas glândulas, ocorre urna perda no ciclo n o r­ mal deşte processo, que e cham ado de menstruagâo; por isso, o uso dos pontos endocrino, hipofise, tălamo, ovârio e orgăos genitais in ter­ nos (tambem denom inado ponto utero) săo fundam entais na regulagăo do processo menstrual. Rim e fig a d o - O rim controla o utero e fixa a atividade dos vasos m aravilhosos Chong e Ren, quando se produz urna deficiencia do figa­ do e rim, a atividade destes dois vasos se faz irregular, por isso, selecionando os pontos rim e figado tonifica-se a fungăo de ambos os orgăos, nutre-se o sangue e se regula a menstruagâo. • Se a m enstruagâo e escassa ou existe amenorreia, adicionam -se os pontos excitagâo, ârea cardiovascular do subcortex e o simpâtico, com o objetivo de ativar a circulagăo do sangue e comunicar os vasos. • Se a menstruagăo e abundante ou existe hemorragia uterina disfuncional, adicionam-se os pontos supra-renal, bago, diafragma, os quais tem a fungăo de fixar o Yuan Qi e deter a hemorragia. • No caso de dism enorreia se adicionam os pontos abdomen, centro da concha cim ba e Shen Men. Estes tem a fungăo de sedar e acalm ar a dor.

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Auriculoterapia

DOIS GRUPOS COM FUNQÂO TONIFICADORA P

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Pontos selecionados Rim. Figado. C o ra q ă o .

Endocrino. Hipofise. Tâlamo. Supra-renal. Rim - O rim constitui a base da energia do ceu anterior ou congenita, armazena a essencia vital e controla o fogo da vida (Ming Men), motivo pelo que se considera como a base da existencia humana, segundo se expoe na MTC. Quando se produz urna sxndrome por deficiencia de Yin do rim. podem-se observar sintomas de espermatorreia, tinido, hipoacusia, alopecia. lombalgia, debilidade da regiăo lombar e das pernas, etc. O Vin do rim insuficiente favorece a exaeerbagăo do fogo de figado, o qual pode ascender e afetar, tambem, as funqoes do pulmăo, apare cendo sudorese noturna, emagrecimento, entre outros sintomas. Quando se produz urna sindrome por deficiencia de Yang do rim, a energia vital năo pode ser captada, aparecendo sintomas de diarreias matutinas, impotencia, debilidade lombar corn sensaqăo de debilida­ de nas extremidades. Corn a deficiencia de Yang do rim, os liquidos corporais năo podem ser transformados produzindo-se a retenqăo de umidade corn sintomas de anuria, sensaqăo de peso no corpo, distensâo abdominal, etc, tampouco se pode aquecer adequadamente o baqo, o que debilita sua funqăo de transporte e transformaqăo produzindo outro grupo de sintomas. Por isso, para tonificar o rim e fundamental o uso deşte ponto. Figado e coragăo - Tem a funqăo de tonificar o rim, fixar a essencia vital, nutrir o Yin e fortalecer o Yang. Endocrino, hipofise, tălamo e supra renal - As deficiencias de rim se manifestam como disfunqoes orgânicas sobretudo a nivel do sistema endocrino e, prineipalmente, na atividade do cortex supra-renal, o qual desempenha um importante papei dentro das glândulas do sistema endocrino, este regula o crescimento, desenvolvimento e o metabolismo a nivel estrutural. Quando se produz urna deficiencia do rim (enfermidade renal ou transtorno do cortex supra-renal), e necessârio a seleqăo dos pontos endocrino, hipofise, tâlamo e supra-renal, para re­ gular o metabolismo endocrino e a disfunqâo do cortex supra renal.

A gnipam ento de Pontos de Acordo corn sua Fnn^ăo

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Na China, atualm ente, se tem um a nova considerapâo sobre as deficiencias de rim, verificando-se que na bronquite asmâtica, no lu ­ pus eritematoso, na neurastenia, na hem orragia uterina disfuncional, nas cardiopatias, etc, em determ inado periodo da evolupăo destas enferm idades, ocorre uma deficiencia de rim. Em estudos realizados em pacientes corn deficiencia de Yang de rim. pode-se observar uma baixa quantidade de 17-cetosteroides na urina, depois de realizar um tratamento corn ACTH endovenoso, realizou-se novamente o câlculo da dosagem de 17-cetosteroides, comprovando-se que nos pacientes corn diagnostico de deficiencia de Yang do rim, os niveis se mantinham baixos. Neste tipo de pacientes, realizou-se o tra­ tamento de aquecer e tonificar o Yang do rim, comprovando-se depois do primeiro ciclo de tratamento a volta â normalidade dos 17-cetosteroides e a recuperapâo da reapâo ao estimulo do ACTH. Esta investigapăo nos aclara sobre a estreita relapâo que guarda a funpăo do rim corn o siste­ ma hipotâlamo-hipofise-supra-renal, o que justifica o uso destes pon­ tos na tonificapâo do rim e na ativapăo do cortex supra-renal. P o n t o s T o n if ic a d o r e s d o S a n g u e Pontos selecionados Bapo. Estomago. Rim. San Jiao. Corapâo. Figado. Supra-renal. Bapo e estom ago - A nutripâo do sangue se origina no bapo e esto­ mago, os quais atraves da funpăo de transporte e transformapăo, cap­ tam as essencias nutritivas dos alim entos e dos liquidos, incorporando-os ao fluxo sangiiineo, por isso, os textos antigos dizem que o bapo e a base da energia adquirida ou do ceu posterior e o estomago e o mar dos liquidos e dos cereais. Quando se produz uma deficiencia de bapo, perde-se a funpăo de transporte e transformapâo, o sangue nâo pode ser transform ado e ocorre anemia. Por isso, para tonificar o san­ gue e vital a selepâo dos pontos bapo e estomago. Rim - A raiz Yin do rim gera medula, tanto ossea, como espinal e a medula ossea cria o sangue, quando hâ deficiencia do Yin do rim, aparece a anemia. Na atualidade, ficou dem ostrada a existencia de um horm onio cham ado eritropoetina que e produzido pelo rim e e o encarregado de estim ular a eritropoese a nivel da medula ossea.

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Anriculoterapia

San Jiao - O San Jiao e o en carregado da transportagăo das essencias adquiridas e favorece a form aqăo e transform agăo do sangue e da energia, nutrindo todo o corpo; o L ing S hu declara: “ O Jia o m edio capta a energia e transform a em Jluidos nutrindo o sa n ­ gu e”, desta m aneira, ao selecion ar o ponto San Jiao, drena-se e nutre-se o sangue. Coragăo - E o orgâo relacionado com o impulso e corn a circulagăo do sangue por todo o organismo, garantindo assim a nutrigăo e renovagăo do sangue. Supra-renal - O aumento de corticoides favorece a produgăo de globulos verm elhos e da hemoglobina.

TRES GRUPOS FORTALECEDORES PONTOS FORTALECEDORES DO CEREBRO Pontos selecionados Coragăo. Rim. Tâlamo. Hipofise. Subcortex. Fronte. Cerebro. Coragăo e rim - No L ing S hu , declara-se: “ O coragăo controla os cinco orgăos, as seis uisceras e governa a atiuidade espiritual do hom em ”, por outra parte se expoe que: “ O rim arm azena a essencia e a essencia rege a vontade, a vontade e a raiz da m anutengăo da atividade espiritual na vida do ser hum ano”. No Su W en , diz-se que: “O rim gera m edula e o cerebro e o m ar da m edula”, desta m aneira, a qualidade do Qi do coragăo dară estabilidade â atividade m ental do hom em e a qualidade do Qi do rim fortalecerâ o cerebro e fără firm e sua vontade. Cerebro - E o ponto que representa, no pavilhăo auricular, o cere­ bro, por isso, e vital para estim ular sua fungâo. Tălamo e hipofise - Em estimulos Acupunturais feitos sobre ratos de laboratorio conseguiu-se um incremento dos niveis de acetilcolina dentro do hipotâlamo, considerando-se que a capacidade de memoria a nivel neuroquimico guarda estreita relagâo com a acetilcolina, razăo pela qual, para fortalecer o cerebro e a capacidade de memoria, e importante, a combinagăo dos pontos hipotâlamo e hipofise.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua Fungăo

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Subcortex e jro n te - A recordagăo de sucessos passados e um processo que ocorre a nivel do cortex cerebral, especialmente, a nivel do lobulo frontal e parietal, por isto, o uso dos pontos subcortex e fronte regulam a atividade do cortex e fortalecem a memoria. P o n t o s F o r t a l e c e d o r e s d o F ig a d o e S a n g u e Pontos selecionados Figado. Rim. Sari Jiao. Bago. Endocrino. Subcortex. Zona correspondente. Figado e rim - A sindrome X u de Yin do figado e causada, fundamentalmente, por deficiencia do volum e do sangue neste orgâo ou, por insuficiencia da âgua do rim que nâo nutre a madeira, produzindo sintomas tais como tinido, vertigens, hipertensâo, irritabilidade, etc. Na sindrome de vazio do sangue do figado, este nâo pode nutrir adequadamente os ligamentos e os tendoes, razâo pela qual se produzem, facilmente, espasm os musculares, intumescimento dos membros, unhas sem brilho e mal nutridas, assim como vertigem severa, em algumas ocasioes. Por isso, selecionando os pontos figado e rim, se nutre o Yin e se conserva o Yang em sua posigâo. San Jiao - O livro Zhong Cang Jing, declara: “O San Jiao nutre e mobiliza as essencias dos cinco Zang e os seis Fu, nutre os canais e colaterais. Jaz que o Qi viqje do interior ao exterior, da direita ă esquerda, de cima para baixo e vice versa, garantindo a comunicagăo e nutrigăo de todo o organism o", por isso, o ponto San Jiao e fundamental para nutrir o sangue do figado, posto que capta o Qi da respiragăo, transporta as essencias da alimentagăo, faz circular a energia Ying e Wei, criar e transform ar o sangue e a energia e nutre todo o corpo. Bago - Controla a fungăo de transporte e transformagăo, sendo a base da energia adquirida, por isso, fortalecendo a fungăo de bago e estomago, nutre-se o sangue do figado. Endocrino - O ponto endocrino e um regulador sistemico, podendo dar estabilidade fisiologiea ao meio interno, por outro lado, este ponto nutre o Yin do figado e do rim. Subcortex - A ârea digestiva do subcortex, regula toda a atividade gastrointestinal, com o que garante a correta absorgâo das essencias e nutrigăo do sangue, o que, posteriormente, dependendo de sua qualidade, nutriră o Yin do figado.

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Aiiriculoterapia

Zona correspondente - Săo os pontos que se correspondem com o local onde se produz o sintoma ou os sintomas relacionados com a sîndrome de deficiencia do sangue de fîgado. P onto s F o rtaleced o res do B aco e sua F uncâo Pontos selecionados Bago. Estomago. Intestino delgado. Pancreas. Endocrino. Subcortex. Boca. Bago e estomago - O estomago capta os alimentos e o bago realiza o transporte e a transformagâo destes, podendo-se observar que se os alimentos nâo săo devidamente transformados, podem produzir-se transtornos das excregoes, tanto fecal como urinâria, distensăo abdo­ minal com sensagâo de plenitude. perda de forga dos quatro membros, emagrecimento. etc. Ao selecionar os pontos bago e estomago. promove-se a boa absorgâo gastrointestinal elevando-se o metabolismo. Intestino delgado e pancreas - Segundo se expoe no Su W en, o intestino delgado se encarrega de captar os nutrientes e dar transformagăo final ao bolo alimentar. O intestino delgado e fundamental no processo de absorgăo digestiva, absorvendo os compostos nutritivos. Os agucares, as proteinas e as gorduras săo absorvidos, em sua grande m aioria, no duodeno, os sais b ilia res e a vita m in a B 12 săo reabsorvidas no ileo e os liquidos e eletrolitos se intercambiam a nivel de todo o intestino. O pâncreas e urna glândula do sistema endocrino e sua fungăo fundamental e regular o metabolismo da glicose, ainda, tem urna fungăo exocrina participando diretamente no processo digestivo, na produgăo de enzimas como a protease, amilase, lipase e quimiotripsina. Gragas a esta fungăo pancreâtica, fortalece-se a capacidade digestiva, por isso, nas deficiencias de bago, adelgagamento por desnutrigăo, perda de forga, etc, săo selecionados os pontos in­ testino delgado e pâncreas, com o objetivo de elevar o metabolismo digestivo. Subcârtex e endocrino - Regulam a atividade digestiva e a absorgăo. Boca - Promove o apetite e elimina o cansago. Este grupo de pontos produz resultados notâveis no tratamento da indigestăo, das sindromes de mă absorgăo e das enfermidades gastrointestinais nas criangas.

Agrupcunento de Pontos de Acordo com sua Fim^ăo

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SETE OUTROS GRUPOS P

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Pontos selecionados Mamas. Hipofise. Endocrino. Tâlamo. Figado. Estomago. Mamas - E o ponto da zona correspondente. H ipofise, endocrino e tălamo - A hipofise produz hormonios tais como a somatotropina e a prolactina, alem de produzir outro grupo de hormonios reguladores da atividade endocrina. No hipotâlamo se produzem outros hormonio estimulantes do crescimento das mamas e que promovem a produqăo de prolactina, por isso, quando no periodo de lactaqăo a produqâo do leite e insuficiente, selecionando os pontos hipofise, endocrino e tâlamo, promove-se a secreqăo das mamas. Figado e estomago - Os canais do figado e estomago se relacionam, em seu trajeto, com as mamas, atraves do ponto figado do pavilhăo auricular, drena-se este orgâo e regula-se o sangue, com a seleqâo do ponto estomago ativa-se e se comunica a circulaqăo do sangue atraves do canal, favorecendo a lactaqâo. P

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Pontos selecionados Ârea de distensâo abdominal. Abdomen. Figado. Baqo. Estomago. San Jiao. Pulmâo. Intestino grosso. S u b c o r te x .

Ârea de distensăo abdominal e abdomen - Estes sâo pontos que respondem â zona correspondente â afecqâo. A ârea de distensâo abdo­ minal e especifica para o tratamento e diagnostico desta afecqăo. Figado, ba^o e estomago - O figado controla a drenagem e a dispersăo, o baco o transporte e a transformagăo, junto com estomago sâo a base da energia adquirida. Quando a energia do figado e exces-

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Auriculoterapia

siva, esta faz um ataque transversal contra o bago e estomago, provocando deficiencia do bago e perda de sua fungâo de transporte e transform agăo com inversâo do Qi de estomago, prom ovendo a distensâo abdominal com sensagăo de plenitude. Por isso, ao selecionar os pontos fîgado, bago e estomago, drena se o figado, regula-se o Qi, fortalece-se o bago, ajuda-se no transporte e transformagâo, harm oniza-se o estomago e se faz descender sua energia. San Jiao - Regula a transformagâo da energia em todo o corpo, quando esta fungâo năo e normal, o Qi inverte sua circulagăo produzindo sensagâo de plenitude no abdomen, desta maneira, selecionando o ponto San Jiao favorece-se a transformagâo do Qi e o transporte das essencias. Pulm ăo e intestino grosso - O pulm ăo com anda o Qi e a descendencia e a dispersăo, o intestino grosso guarda relagăo interior-exterior com o pulmăo e e utilizado para dispersar o calor e o excesso dos Fa, por isso, com a selegâo destes pontos, tam bem se pode regular o Qi e elim inar a distensâo. P o n t o s H ip o g l ic e m ia n t e s Pontos selecionados Pancreas. Glândula do pâncreas. Endocrino. Hipofise. Tâlamo. Subcortex. Boca. Sede. San Jiao. Glândula do pancreas - Este ponto e especifico para o tratamento do diabetes melito. Pâncreas, tâlamo, endocrino e hipofise - A insulina e um horm onio que se produz nas celulas beta das ilhotas de Langerhans, no pân­ creas. Quando ocorrem transtornos na secregâo de insulina produzem-se notâveis transtornos m etabolicos, como amostra mais significativa e o aumento de glicose no sangue, que pode ser elim inada atraves da urina, produzindo-se o diabetes. O SNC e o hipotâlam o tem a fungâo de regular as secregoes produzidas nas ilhotas do pâncreas, por isso, no tratam ento do diabetes e necessârio a selegăo dos pontos tâlamo, endocrino, hipofise e pâncreas. Subcortex - Este ponto regula toda a atividade dos orgăos, por isso, pode controlar a produgâo de insulina e produzir um descida da glicose no sangue.

A gm pam ento de Pontos de Acordo com sua Fungăo

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Boca e sede - Estes pontos podem favorecer a secregăo de saliva, umedecendo a boca e acalmando a sede. San Jiao - Tem a fungăo de transformar a energia, sendo um ponto muito importante neste tratamento, jâ que nele se reunem os nervos glossofaringeo, facial e um ramo do nervo vago. De acordo com as experiencias atuais, ao excitar-se o nervo simpâtico, atraves dos receptores alfa, controla-se a secregăo de insulina; atraves de um estimulo eletrico realizado sobre um ramo do nervo vago que inerva o pancreas, podese estimular a produgăo de insulina, por isto, o ponto San Jiao e selecionado sobretudo pelo estimulo que produz a nivel do nervo vago. P o n t o s A n t i e s p a s m o d ic o s Pontos selecionados Zona correspondente. Simpâtico. Subcortex. Shen Men. Zona correspondente - Este ponto se corresponde com o local onde se produz a dor espasm odica, com o podem ser, o espasm o estom acal, intestinal, espasm o por litiase renal, espasm os por colecistolitiase, espasm os por âscaris, por giardiase e por am ebiase. Desta m aneira, a selegăo do ponto da zona correspondente e fu n ­ dam ental, causando corretam ente a transm issâo do Qi, atraves dos canais e colaterais, ao lugar patologico, ajudando assim â liberagâo da dor espasm odica. Simpătico - Este ponto e fundamental no tratamento das afecpoes dos orgâos internos, jâ que as dores nestes ocorrem principalmente atraves de fibras aferentes dos nervos simpâticos, especialmente atra­ ves de fibras do tipo C. Com o estimulo do ponto simpâtico, este sinal aferente viaja pelo sistema nervoso, deprimindo o sinal aferente pre­ cedente do lugar lesionado, desta maneira, pode-se liberar o espasmo da musculatura lisa e elevar o limiar doloroso. Subcortex - Regula a atividade do cortex cerebral deprimindo ou excitando, segundo seja o caso. Shen Men - E um ponto com fungăo analgesica. P o n t o s q u e D r e n a m a V esi ' c u l a B i l i a r Pontos selecionados Vesicula biliar. Vias biliares.

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Auriculoterapia

Figado. San Jiao. Duodeno. Subcortex. Endocrino. Vesicula biliar e vias biliares - Sâo os pontos da zona correspondente. Ao estim ular estes pontos, prom ove-se a contragăo da vesicula, aum entando a secregăo de bilis e dim inuindo a inflam agâo desta, chegando inelusive a elim inar câlculos biliares pequenos, em algumas ocasioes. Figado - Os canais do figado e da vesicu la biliar guardam relagâo interior e exterior e se distribuem ao longo da regiăo intercostal. Por isso, ao estim u lar o ponto figado se favorece a atividade da vesicula. San Jiao, subcortex, endocrino e duodeno - A regulagăo das secregoes biliares e um processo que se realiza atraves de receptores nervosos e neurotransm issores. O nervo vago pode atraves da acetilcolina transm itir o im pulso para que aum ente a secregăo biliar, prom ovendo a contragâo da vesicula; ao m esm o tem po atraves da liberagâo da gastrina estim u la-se a produgăo de bilis pelo figado e a colecistocinina que viaja atraves do fluxo sanguineo, excita a vesi­ cula, favorecendo um increm ento no ritm o de contragăo da mesma. O ponto San Jiao, alem de prom over a transform agâo da energia, provoca um estim ulo sobre o nervo vago, favorecendo o desencadeam ento do processo antes descrito e, portanto, o aum ento da secregăo biliar. O ponto subcortex pode regular a contragâo da vesicula. O ponto endocrino promove a produgâo de gastrina e a pancreatocinina promove, tambem, a secregăo, pela m ucosa do intestino delgado, da cole­ cistocinina, favorecendo a drenagem biliar e a expulsâo de câlculos. Atraves de investigagoes realizadas na auriculoterapia e na Acupuntura para o tratam ento da colecistolitiase, conseguiu-se provocar um aumento na contragâo da vesicula e na expulsâo de bilis de tal magnitude que logra desobstruir os condutos biliares. Alguns investigadores, em trabalhos realizados sobre cachorros de laboratorio sob anestesia geral, nos quais realizou-se um pingamento do conduto bi­ liar, posteriorm ente, produziu-se um estim ulo Acupuntural sobre os pontos Yang Ling Quan, Dan Nan X ue e o ponto vesicula do pavilhâo auricular, todos corn estim ulagâo eletrica por 2min, Depois dos quais se comprovou um aum ento da pressâo dos condutos biliares e da freqiiencia de contragăo da vesicula. Este fato nos ratifica que tanto com o uso da Acupuntura como da auriculopuntura se favorecem as contragoes da vesicula.

Agrupam ento de Pontos de Acordo com sua Funsăo

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P o n t o s S o n i' f e r o s Pontos selecionados Sherx Meri. Rim. Coragâo. Subcortex. Occipital. Neurastenia, ârea e ponto. Sangria no âpice. Sangria no ăpice. Shen Men e occipital - A combinagăo destes pon­ tos tem fungâo sedante e sonîfera. Coragăo e rim - O coragăo armazena a mente e comanda toda a atividade espiritual do homem, atraves deşte ponto, pacifica-se o co­ ragăo e se acalma o espirito. O rim gera medula e o cerebro e o mar da medula, por isso, a selegâo deşte ponto tonifica o cerebro e acalma o espirito. Por outra parte, o coragăo guarda relagăo com o elemento fogo e o rim, com o elemento âgua mantendo urna estreita relagăo fisiologica de controle e geragâo mutua, logrando manter o equilibrio harmonioso de Yin e Yang no organismo. Neurastenia, ărea e ponto - Ambos săo fundamentais no tratamento e diagnostico da neurastenia mas a ârea de neurastenia nos serve para o diagnostico e tratamento da dificuldade para comegar a dormir e para sonhos excessivos; enquanto que o ponto de neuraste­ nia nos ajuda no diagnostico e tratamento do sono leve, de curto tem ­ po de duragăo, com despertar fâcil e dificuldade para voltar a conciliar o sono. Devem usar-se ambos os pontos reforgados pela face pos­ terior do pavilhăo auricular, com o objetivo de incrementar o resultado terapeutico. Subcortex - A neurastenia e os transtornos do sono săo causados pela excitagăo ou depressâo anorm al do cortex cerebral, atra­ ves da ârea nervosa do subcortex, restabelece-se a norm al ativida­ de do cortex. A insonia e a neurastenia săo sintomas comuns na prâtica clinica que se podem diferenciar nas sindromes seguintes: • Estagnagăo do Qi do figado - Neste caso, adiciona-se o ponto figado para favorecer a drenagem do figado, regular o Qi. nutrir o Yin e dispersar o fogo. • Deficiencia do coragăo e vesicula biliar - Neste caso, adicionamse os pontos vesicula e figado, com o objetivo de drenar o figado, a vesicula e acalmar o espirito. • Deficiencia de coragăo e bago - Adiciona-se o ponto bago, para tonificar o coragăo e o bago, nutrir o sangue e acalmar o espirito.

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Auriculoterapia

• Desarmonia de estomago e perda de sua fungăo de descendencia - Neste caso, adicionam-se os pontos estomago e bago, com o objetivo de fortalecer o bago, nutrir o QU harmonizar o estomago e devolver sua fungâo de descendencia. P o n t o s A d s t r in g e n t e s Pontos selecionados Coragăo. Simpâtico. Subcortex. Tâlamo. Supra-renal. Zona correspondente. Coragăo - O suor e o fluido do coragăo, quando se produz uma si'ndrome de deficiencia do mesmo pode-se observar sudorese espontânea e com as deficiencias de Yin do coragăo produz-se uma sudagâo profusa, por isso para deter a hiperidrose, seleciona-se este ponto. S im p ă tico- A hiperidrose e causada por uma desordem do sistema neurovegetativo, as glândulas sudoriparas estăo inervadas por receptores simpâticos, por isso, com a selegâo deşte ponto, regula-se a atividade do sistema neurovegetativo e por tanto, da hiperidrose. Subcortex, tâlamo e supra-renal - O SNC, a medula oblonga e o cortex cerebral săo centro do controle da sudagăo, frequentemente, considera-se que o centro da sudagăo se encontra no hipotălamo e que a sudagăo na face, măos e pes, estă relacionada com fibras receptoras da adrenalina, por isso, quando se estimulam as fibras simpâticas pela agăo da adrenalina, pode-se produzir sudagăo nas măos, nos pes e na fronte; assim, selecionando os pontos mencionados, podese regular a atividade das glândulas sudoriparas. Zona correspondente - Refere-se ao lugar onde se produz com maior intensidade a hiperidrose, a estimulagâo do ponto da zona correspon­ dente favorece a adstringencia.

Fungâo Acalmam a dor Acalmam a vertigem e a tontura

Acalmam a convulsâo Acalmam a tosse Acalmam a dispneia

Pontos que diminuem ou aumentam o ritmo cardîaco Pontos hemostăticos e atiuadores da circulagăo sanguînea Pontos diureticos e antidiureticos

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Pontos laxantes e antidiarreicos

Pontos hemostăticos: supra-renal. hipofise. diafragma, ba^o, zona correspondente. Pontos ativadores da circulagăo sanguînea: simpâtico. coratpăo. figado. pulmâo. ponto calor, ârea cardiovascular de subcortex. pontos da ârea correspondente. Pontos diureticos: rim. baţ*o, pulmâo. San Jiao. endocrino. ponto de eliminagăo de liquido, pontos da zona correspondente. Pontos antidiureticos: bexiga. ouvido central, hipofise. uretra. Pontos laxantes: Intestino grosso. bapo. San Jiao, abdome, pulmâo. subcortex, constipagâo. centro da concha cimba. Pontos antidiarreicos: reto. intestino grosso. bago. Shen Men, occipital, endocrino. sangria no âpice.

Agrupamento de Pontos de Acordo com suci Funţăo

Acalmam o prurido Acalmam o tinido Acalmam o vomito Acalmam a acidez Acalmam a leucorreia Pontos que sedam e excitam Pontos hipotensores e hipertensores

QUADRO 5.1 - Agrupamento de pontos de acordo com sua fungâo. Pontos Zona correspondente, Shen Men. Se a dor e de alguma viscera abdominal se selecionarâ o ponto simpâtico. Se a dor e produzida por lesăo dos tecidos moles. adicionam-se entâo os pontos figado e bago. Se a dor e ossea ou dentâria. adiciona-se o ponto rim Ponto occipital, vertigem ou tontura. figado. ouvido externo. sangria no âpice. Vertigem causada por arteriosclerose. adicionamos os pontos subcortex e cora^âo, tontura causada por transtornos neurovegetativos. adicionam-se os pontos simpâtico e subcortex. vertigem causada por transportar-se em barco. auto. ou aviăo. adicionam-se os pontos cârdia e ouvido interno. Em caso da vertigem causada por anemia, adicionam-se os pontos diafragma e bago. Ponto tronco cerebral, occipital. Shen Men, figado. subcortex. nervo occipital menor, sangria no âpice. Ponto da zona correspondente. Ping Chuan. boca. tronco cerebral. Shen Men, occipital, bago. Ponto bronquio. pulmâo. Ping Chuan. simpâtico. supra-renal, occipital. Se a dispneia e causada por bronquite asmâtica, adiciona-se o ponto alergia e endocrino. Se a dispneia e causada por urna bronquite. deve-se adicionar o ponto endocrino e realizar sangria. Se a dispneia e causada por deficiencia ou vazio de rim que nâo pode captar o Qi peitoral. deve-se adicionar o ponto rim. Se a dispneia e causada por enfermidades cardiovasculares e pulmonares, devem-se adicionar os pontos coraq*âo. rim e subcortex. Sangria na zona correspondente. sangria no âpice. pulmâo. bago, coraţâo. Shen Men, alergia, diafragma. Ponto cârdia. estomago. occipital, subcortex. Shen Men. Ponto cârdia. estomago. occipital, subcortex, Shen Men. Ponto simpâtico. estomago, figado. Pontos da zona correspondente. rim. San Jiao. figado. baq'o, endocrino. Pontos que sedam: Shen Men, occipital, subcortex. tronco cerebral, coraţâo, Sangria no âpice. Pontos que excitam: fronte. endocrino. excitagâo. tâlamo, hipofise, supra renal. Pontos hipotensores: hipotensor. Shen Men. figado. rim. coragâo. fronte. occipital, sangria no âpice. Pontos hipertensores: hipertensor, supra renal, hipofise. coragăo, figado. rim. subcortex. Pontos que diminuem o ritmo cardîaco: orgâo cora^âo, subcortex. cora^âo. Shen Men, occipital. Pontos que aumentam o ritmo cardîaco: simpâtico. supra-renal. hipofise. subcortex. coraţăo.

Sangria no âpice. rim. ffgado. olho. visâo 2. Nariz interno. pulmâo. ouvido externo. Ouvido interno. ouvido externo. rim. San Jiao, vesfcula biliar, temporal. Ârea da bochecha, zona correspondente. pulmâo. bapo. figado. endocrino. Sangria no âpice. alergia, supra-renal. endocrino. zona correspondente. Sangria no âpice. sangria no pontos helix do 1-6. supra-renal. endocrino. Shen Men, zona correspondente. Sangria no âpice. supra renal, endocrino. rim, figado. baţo. San Jiao. zona correspondente. Sangria no âpice da orelha. na supra renal e no âpice do trago. simpâtico. tâlamo. pulmâo. occipital, endocrino. zona correspondente. Simpâtico. tâlamo. subcortex, cora^âo. rim. Shen Men, occipital. Endocrino, hipofise. tâlamo. rim. figado, zona correspondente. Endocrino. hipofise. tâlamo. ovârio. rim. figado, orgăos genitais internos. Rim. figado. coragăo. endocrino. hipofise. tâlamo. supra-renal. Bago. estomago. rim. San Jiao. coraţ*âo. figado. supra-renal Cora^âo. rim. tâlamo, hipofise. subcortex. fronte. cerebro. Figado. rim. San Jiao. ba^o, endocrino. subcortex. zona correspondente. Bago. estomago. intestino delgado. pâncreas. endocrino. subcortex, boca. Mamas. hipofise. endocrino. tâlamo. figado. estomago. Ârea de distensăo abdominal, abdome. figado. ba^o. estomago. San Jiao. pulmâo. intestino grosso, subcortex. Pâncreas. glândula do pâncreas. endocrino. hipofise, tâlamo. subcortex. boca. ponto sede. San Jiao. Zona correspondente, simpâtico, subcortex, Shen Men. Vesicula biliar, vias biliares, figado. San Jiao. duodeno. subcortex, endocrino. Shen Men, rim. cora^âo. subcortex. occipital, neurastenia ponto e ârea. sangria no âpice. Coragâo. simpâtico. subcortex. tâlamo. supra-renal, zona correspondente.

Auriculoterapia

Pontos que regulam a atividade neurovegetativa Pontos que regulam a atividade endocrina Pontos que regulam a menstruagăo Pontos tonificadores do rim Pontos tonificadores do sangue Pontosfortalecedores do cerebro Pontosfortalecedores do figado e sangue Pontosfortalecedores do baco e suafungăo Pontos para estimular a lactagăo Pontos para regular o Qi e eliminar a distensăo Pontos hipoglicemiantes Pontos antiespasmodicos Pontos que drenam a vesicula biliar. Pontos soniferos Pontos adstringentes

QUADRO 5.1 (Cont.) - Agrupamento de pontos de acordo com sua fungâo. Pontos Laringe-faringe. boca, traqueia. pulmâo. endocrino.

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Fungâo Pontos para ajudar a garganta Pontos para aclarar a uisăo Pontos para drenar o nariz Pontos para ajudar a audigâo Pontos para a beleza Pontos antialergicos Pontos antiinfecciosos Pontos anti-reumăticos Pontos antipireticos

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‘D iagnosti

PRINCÎPIOS DO DIAGNOSTICO AURICULAR O pavilhăo auricular e considerado uma parte muito importante do corpo humano, por conformar um microssistema, sendo eapaz de funcionar como um receptor de sinais de alta especificidade, podendo refletir todas as mudangas fisiopatologicas dos orgăos e vîsceras, dos quatro membros, do tronco, dos tecidos, dos orgăos dos sentidos, enfim, de todo o organismo. Quando se produz um estado patologico em qualquer parte do corpo humano isto e refletido na orelha corn rea<joes positivas de carâter e localidades diferentes, especificos a cada enfermidade, em particular, e deixando relagoes muito estreitas entre os lugares reativos e as partes do organismo implicadas na patologia. As reagoes positivas podem ser de diferentes tipos, entre as mais comuns podemos descrever: mudangas na resistencia eletrica das zonas reativas especificas, mudanqas no limiar doloroso, mudangas de coloracâo, mudanpas morfologicas nestas âreas, descamaqoes, eczemas, presenga de telangiectasias, etc. Todas estas reagoes positivas podem aparecer no pavilhăo auricular, ainda antes que a enferm ida­ de se manifeste e, tambem, desaparecer depois da cura da enferm ida­ de, ou ficar como uma marca da mesma.

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Auriculoterapia

Os pontos de reagăo positiva no pavilhăo auricular podem ir variando suas caracteristicas, em unissono, com a evolugâo da enfermidade, podendo-se encontrar neles diferentes caracteristicas segundo o desenvolvim ento da patologia. Por todo o exposto anteriormente, podem os assegurar cjue os pon­ tos de reagăo positiva do pavilhăo da orelha nos perm ite conhecer os sintom as que conform am urna enferm idade, a form a em que evoluiu a m esma e a m aneira em que continuarâ evoluindo; por isto o diagnostico auricular e um instrumento de inestim âvel valor no diagnostico clinico, que precisa de um estudo m inucioso e detalhado.

METODOS DE DIAGNOSTICO AURICULAR Ao realizar o diagnostico atraves do pavilhăo auricular e necessârio o uso de diferentes metodos diagnosticos, para a colegâo ordenada dos sinais especificos em cada caso. Os metodos diagnosticos mais usados na auriculoterapia săo os seguintes: D ia g n o s t ic o A t r a v e s d a O b s e r v a q â o Com o uso deşte metodo diagnostico, săo observados no pavilhăo da orelha, as m udangas de coloragâo, m orfologicas, descamagoes, păpulas, aranhas vasculares, entre os sinais mais representativos. Com a coleta destes sinais no pavilhăo, podem os chegar a determ i­ nau entre outras caracteristicas, se a enferm idade possui um carăter agudo ou cronico e sua localizagăo. D ia g n o s t ic o A t r a v e s d o s P o n t o s D o l o r o s o s A P r e s s â o Ao produzir-se um estado patologico, podemos encontrar na zona ou ponto correspondente do pavilhăo, urna dim inuigăo do lim iar doloroso, um ponto sensivel â dor. Isto pode ser observado, com mais evidencia, nas enferm idades agudas e tumores. Este m etodo e um dos mais freqiientem ente utilizados e e realizado usando a ponta rom ba de um lâpis explorador ou com a mesma ponta do instrum ento eletrico para o diagnostico auricular. Para sua execugâo, realiza-se pressâo de igual m agnitude sobre os pontos ou âreas relacionados com a patologia, obtendo como zona ou ponto implicado o que m ostre urna sensibilidade m aior â pressăo. O uso deşte m etodo diagnostico e mais convenienţe nas patologias agudas, enferm idades dolorosas e tumores.

Diagndstico

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D i a g n o s t ic o A t r a v e s d a M a r c a D e i x a d a â P r e s s â o Nas zonas ou pontos do pavilhăo que guardam estreita relaqâo com a patologia, podem-se observar, em geral, mudangas morfologicas como proeminencias ou edemas. Ao realizar a pressâo sobre ditos pontos, fica neles uma marca ou impressăo como parte da reaqâo do ponto. Nesta marca, sâo tomados em conta diferentes caracteristicas como a profundidade, a coloragâo e o tempo de permanencia da mesma. Na prâtica clinica, sâo usadas estas caracteristicas para determinar o carâter agudo ou cronico da enferm idade e para diferenciar se e por vazio (Xu) ou plenitude (Shi). D i a g n o s t ic o A t r a v e s d a P a l p a q ă o Quando se produz uma enfermidade, todo o desenvolvimento e evoluqâo da mesma vâo ficando marcados no pavilhăo auricular com diferentes mudanqas m orfologicas na estrutura dos pontos ou zonas que manifestam este estado patologico. Mesmo depois de desaparecer a enfermidade se mantem ditas reaqoes nos pontos. O diagnostico auricular atraves da palpaqâo e usado, sobretudo, para desentranhar as mudanqas m orfologicas estabelecidas nos pon­ tos auriculares e que nos revela năo so o desenvolvimento de uma enfermidade atual como tambem outros padecimentos anteriores de longa duraqâo. Com o uso do lâpis explorador podemos encontrar no pavilhăo proeminencias, depressoes, cordoezinhos, edemas, entre outras manifestaqoes que nos ajudam a completar o conhecimento da enferm i­ dade e determ inar sua cronicidade. O diagnostico auricular atraves da palpaqâo teve uni vertiginoso desenvolvimento nos ultimos 10 anos, que elevou o conhecimento acerca da aplicaqâo dos pontos auriculares no diagnostico correto de muitas enferm idades e no tratamento das mesmas. D ia g n o s t ic o A t r a v e s d a E x p l o r a c ă o E l e t r i c a Pode-se com provar que ao se apresentar um estado patologico, nos pontos que guardam estreita relaqâo com a enfermidade em questâo, se produz uma descida da resistencia eletrica num alcance de 20 a 500 quilo-ohms; sendo de 5 a 10 mega-ohms nos pontos que nâo guardam relaqâo com a enfermidade. Este metodo de diagnostico e efetivo na exploraqăo de qualquer pon­ to auricular quer seja representativo das extremidades ou dos orgăos intemos, para isso e usado um equipamento explorador desenhado para

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Auriculoterapia

tal objetivo, que pode mostrar os pontos de baixa resistencia eletrica por diferentes metodos como variagoes auditivas, uma lâmpada indicadora ou um miliamperimetro que registre a magnitude da resistencia eletri­ ca, em todos os casos acoplado a um circuito oscilador. O paciente segura em sua mâo um polo do equipam ento (terra ou negativo) e corn a ponta do explorador se exam inam os pontos auriculares . O diagnostico por exploraqăo eletrica tem um amplo uso que pode abranger as enfermidades agudas, as cronicas, tumores e enfermidades dolorosas, e utilizado tambem para medir a pressâo arterial e pode ser combinado, em seu emprego, corn outros metodos diagnosticos, como a palpagâo. M e t o d o S i n t e t iz a d o d e D i a g n o s t ic o A u r ic u l a r A auriculoterapia possui muitos metodos diagnosticos, cada um chega a determinar o estado do processo patologico atraves de dife­ rentes vias. Alguns săo mais aplicâveis a enfermidades agudas ou dolorosas enquanto outros săo mais usados para o diagnostico de enfermidades cronicas e corn mudanqas estruturais jâ estabelecidas. Na prâtica clinica, podemos observar que nas enfermidades de carâter agudo os sinais mais visiveis săo as mudangas do limiar doloroso do ponto em questăo e a diminuiqăo de sua resistencia eletrica. Motivo pelo qual, em tais casos, săo mais usados os metodos de diagnostico atraves dos pontos dolorosos â pressăo e da exploraqăo eletrica enquanto que, no caso das enfermidades cronicas, onde as mudanqas morfologicas nos pontos do pavilhăo săo os sinais principais, e, frequentemente, mais convenienţe, o uso do metodo de palpaţăo. Por todo o dito anteriormente, podemos assegurar que o uso de um so metodo diagnostico na auriculoterapia, torna-se limitante para determinar o carâter cronico ou agudo de uma enfermidade e estabelecer um claro diagnostico da mesma. Para realizar um correto diagnostico na auriculoterapia, e necessârio conhecer as caracteristicas de cada uma das mudanqas e as reaqoes positivas observadas nos pontos. Na prătica clinica, o uso do metodo de diagnostico sintetizado consegue reunir cada um dos m e­ todos diagnosticos descritos da seguinte maneira: • Observaqăo. • Palpagăo. • Exploraqăo eletrica. • Diferenciaqâo de sindromes. Nestas quatro etapas, fîcam resumidos todos os metodos diagnosti­ cos antes mencionados e em seu uso clinico, deve seguir a mesma ordem.

Diagndstico

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Observagăo Ao chegar o paciente â consulta, o primeiro passo que realizamos e a observagăo do pavilhăo auricular para conhecer o lugar onde aconteceu o processo patologico e a etapa de desenvolvimento do mesmo, servindo de ante-sala para logo realizar a palpagăo.

Palpagăo Mediante a palpagăo determinamos os pontos dolorosos mais sensiveis, associada â observagăo da coloragăo das marcas que ficam apos o exame dos pontos com um instrumento explorador, nos ajudarâ a determinar o carâter cronico ou agudo desta enfermidade. O metodo de palpagăo e muito importante, na prâtica clinica, jâ que nele ficam reunidos os quatro metodos diagnosticos seguintes: • Diagnostico atraves do ponto doloroso â pressăo. • Diagndstico atraves da marca deixada pela pressăo. • Diagndstico atraves da palpagăo, usando a ponta dos dedos. • Diagndstico atraves da palpagăo, usando a ponta romba do lâpis explorador.

Exploragăo Eletrica Com este metodo se obtem as reagoes positivas do ponto atraves das variagdes auditivas ou visuais do instrumento eletrico usado, no mesmo se combina a palpapâo com a exploragăo eletrica, podendo-se obter, em unissono, os dados diagndstico que blindam ambos os metodos.

Diferenciagăo de Sindromes Atraves da informagâo obtida pelos metodos de observagâo, palpagăo, exploragăo eletrica, combinados com a historia da enferm ida­ de e os principios da fisiopatologia, tanto ocidental como tradicional, podemos elaborar um diagndstico nosologico e encaminhar urna tera­ peutica adequada.

DIAGNOSTICO AURICULAR - CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS D i a g n o s t ic o A t r a v e s d a O b s e r v a c â o Atraves da observagâo do pavilhăo auricular, podemos apreciar os seguintes dados: mudangas da coloragăo, mudangas morfologicas,

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Auriculoterapia

descamagoes, pâpulas, telangiectasias, etc. Estas variagoes anormais que se observam na exploragâo Visual nos oferecem um grande apoio na conformagăo de um diagnostico positivo.

Mudangas da Coloragăo Reaşdes d e C o r V erm elh a Estas reagoes no pavilhâo auricular podem-se mostrar corn as seguintes variagoes de tonalidade: vermelho-brilhante, vermelho-pâlido e vermelho-escuro. Geralmente, estâo acompanhadas de mudangas morfologicas em forma de fatias, pontos ou de aparencia indeterminada. V e rm e lh o -b rilh a n te - Observa se nas enfermidades de carâter agudo recem-comegadas e nos episodios dolorosos. V e rm e lh o -p â lid o e e s cu ro - Observam-se naquelas afecgoes corn um periodo evolutivo cronico, recidivante e intermitente. Nas lombalgias agudas podemos encontrar na ârea do rim urna coloragăo avermelhada; nos quadros de cervicite, corn leucorreia, po­ demos encontrar na exploragăo visual sobre a fossa triangular urna ârea de coloragăo avermelhada corn descamagâo da pele que a cobre, assim tambem, quando estamos diante de um paciente que sofre de vertigens ou tonturas, podemos perceber sobre a ârea de tontura m udangas de coloragă o averm elh ad a que adotam a form a de cordoezinhos ou depressoes. R eagoes d e C or B ra n ca As reagoes de cor branca, usualmente, se encontram acompanhando a mudangas morfologicas em forma de proeminencias. Estas variam nos matizes seguintes: branco-brilhante, pâlido ou corn pontos de cor mais esbranquigadas sobre o centro de urna proeminencia. alem disso, podem-se observar manifestagoes brancas em forma de fatias corn pequenos pontos de cor rosada, em seu centro. Estas variagoes da cor branca sâo observadas nas afecgoes de ca­ râter cronico. Por exemplo, na gastrite cronica se observa, na ârea de estomago, urna reagăo de cor esbranquigada distribuida em forma difusa; na cardiopatia reumâtica podemos apreciar, na ârea de coragăo, urna cor esbranquigada, em forma de fatias; na distensăo abdo­ minal e na ascite, tambem, podemos notar, na ârea de distensăo abdo­ minal e no ponto de ascite, urna reagăo de cor esbranquigada que pode estar acompanhada por edema; nos pacientes portadores de um quadro de gastrite de evolugâo cronica, quando no m omento do diagnostico sofre de urna agudizagăo do quadro, podemos perceber

Diagndstico

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no centro da reagâo esbranquigada, pontos pequenos de cor vermelha, distribuîdos em forma difusa sobre a ârea de estomago. R eagoes d e C o r C in z a -e s cu ro As reagoes deşte tipo, estăo vinculadas a um mau prognostico da enfermidade ou, podem ser urna reagâo normal depois de realizada urna pressăo sobre os pontos auriculares. Por exemplo, quando estamos diante de urna enferm idade de tipo oncologico podemos observar, tanto na ârea 2 de tumoragăo, como no ponto auricular relacionado corn a mesma. manifestagoes de cor cinza-escuro ou parda. R ea goes d e C o r P a rd a o u C a s ta n h o -e s cu ro Observa-se no curso evolutivo das afecgoes de carâter cronico ou como reagâo de seqiiela quando a enfermidade foi curada. Por exemplo, apos haver realizado urna mamectomia, percebe-se na ârea das mamas urna reagâo de cor pardo-escura; nas afecgoes neurodermatologicas, no ponto auricular correspondente â ârea corporal afetada, notam-se mudangas produzidas por aspereza de cor pardo-escura.

Mudangas Morfologicas Entre as mudangas m orfologicas que podemos descobrir nos pon­ tos auriculares, encontram os proeminencias, edemas, depressoes, elevagoes puntiform es que podem estar acom panhadas de pregas, porosidades na pele, aumento da espessura de certas âreas da cartilagem, etc. As mudangas m orfologicos se apresentam, geralmente, no curso evolutivo das enferm idades cronicas. P ro e m in e n cia s As proeminencias, geralmente, apresentam-se em form a de nos, que podem variar seu tamanho desde um gergelim ate um feijăo. Estas se elevam para cima da pele, aparecendo em certas ocasioes, encadeadas em grupos de dois, tres, ate cinco, tambem, e comum encontrar proem inencias em form a de fatias, cordăo, cordoezinhos ou pequenos ramos. Por exemplo, nos pacientes que tem quadros de cefalalgia, podem ser percebidas, na ârea comprometida, proeminencias bem definidas em forma de nos; em algumas ocasioes, observa-se a presenga de pequenos nodulos em forma de cadeia, vistos em geral na radiculite hipertrofica; nas artralgias habitualmente encontramos a presenga de cordoezinhos no ponto representativo da articulagâo afetada; tam ­ bem, nos quadros de distensăo abdominal notam-se proeminencias

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Auriculoterapia

em form a de fatias; nas m iofibrites do om bro e da espalda aparecem proem inencias em form a de ramos mais grossos. D e p re s s o e s As depressoes podem ser observadas em forma de pontos, fatias ou de gomos, sulcos ou linhas. Por exemplo, podemos perceber depressoes em forma de pontos, no tinido e astigmatismo; nas afecgdes por ulceras gâstricas ou duodenais temos a possibilidade de encontrar depressoes em for­ ma de gomos ou fatias e nas cardiopatias, hipoac-usia e extragoes dentărias, observamos depressoes em forma de sulcos. P o ro s id a d e s e Irre g u la rid a d e s Estas podem apresentar m anifestagoes de aspereza, rugas e espessam ento na ârea ou no ponto, săo vistas, corn freqiiencia, nas enferm idades dermatologicas.

Reagoes em Forma de Păpulas As reagoes em form a de păpulas, nos pontos ou âreas auriculares, podem expressar-se de diferentes form as as quais inoluem: păpulas em form a de pontos, em form a de vesiculas e as que se fazem proeminentes na pele, em urna zona bem definida. De acordo corn sua coloragăo, podem dividir-se em păpulas de cor verm elha, cor branca, cor branca corn os bordos verm elhos, e em casos excepcionais, observam -se păpulas de cor cinza-escuro. Segundo a combinagâo entre as distintas form as e cores, podemos relacionâ-las corn as enferm idades da seguinte maneira: • Păpula de superficie plana que varia sua form a como o bichoda-seda - Observa-se, em geral, no prurido. • Păpula corn pontos de cor branca - Observa-se na colecistolitiase, bronquite e nas diarreias. • Păpula de cor pardo-escura como a pele de galinha - O bserva­ se, de modo geral, na neurodermatite. • Păpula alinhada em form a de grâo de arroz - Observa-se, habitualmente, nas arritm ias cardiacas e nas sindrom es por estagnagăo. Em algum as ocasioes, pode ser a m anifestagâo de algumas afecgoes de carăter estrutural, corn evolugâo aguda ou cro­ nica, alem disso, săo observadas, nas derm atites atopicas.

Reagăo de Descamagăo O bservam -se as descam agoes, com o urna alteragâo de cor esbran qu igada na pele do ponto que ao ser raspada, desprende-se corn facilidade.

Diagnos t ico

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• Nas enfermidades dermatologicas, como e o caso da dermatite seborreica, pode-se notar descamagâo na ârea de alergia e no ponto pulmăo. • Nas afecpoes g in ec o lo g ica s de c a râ ter in fla m a torio e nas leucorreias, percebe-se a presenpa de descamagoes na fossa triangular. • Quando presenciamos a descamagâo nos pontos do esofago e cârdia, este fato, nos leva a pensar que o paciente apresenta transtornos dispepticos ou diminuipăo na atividade funcional digestiva. • Quando examinamos a descamaqâo de todo o pavilhăo auricular podemos afirm ar que o paciente e portador de uma dermatite seborreica ou de uma psoriase.

Reagoes Vasculares Entre as reapoes vasculares observadas no pavilhăo auricular, as que se apresentam, corn mais freqiiencia, sâo as telangiectasias em forma de rede, pregas, cordoes, as angiectasias, etc. Mostrando diferentes tonalidades, em sua coloragăo, desde o vermelho-escuro, vermelho-brilhante ao violâceo. • Angiectasias - Estas podem apresentar-se em forma de leque ou ramos. As que aparecem em forma de leque săo vistas, usualmente, nas ulceras pepticas, nas dores lombares e dos membros inferiores e as que se manifestam em forma de ramos ou segmentos sâo observadas, corn freqiiencia, nas artralgias, bronquiectasias, etc. Quando as angiectasias possuem uma coloragăo vermelho-brilhante significa que a enferm idade e de carâter agudo ou muito dolorosa, quando a coloragâo e violâceo-brilhante, entâo, nos indica que a enferm idade foi curada ou, apresenta um quadro recidivante. • Telangiectasias em forma curva disseminada em uma ârea especifica (os antigos as comparam corn um m ar de estrelas) Estas se expressam quando o p acien te sofre de a fe c ţo e s ulcerosas: quando se observam em forma serpiginosa, estăo comumente associadas a paciente portador de cardiopatia isquemica e cardiopatia reumâtica. Nos pacientes que apresentam uma tum oraţăo, as telangiectasias se mostram em forma de fior de ameixa, na ârea correspondente. • Telangiectasias em form a de rede ou malha - Observam-se no curso das enfermidades inflamatorias de carâter agudo, por exemplo, laringofaringite, amigdalite, mastite, etc. • Angiectasias interrompidas em seu trajeto - Em geral, observam-se em form a de ramo que se interrompem em seu centro,

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Auriculoterapia

com um ente săo vistas em paciente portador de um a cardiopatia isquem ica ou no infarto do miocârdio.

Relagăo Entre as Reagdes Positivas e o Tipo de Enfermidade E n fe rm id a d e s In jla m a to ria s A g u d a s Nestes casos, em geral, observam -se nos pontos, m anifestaqoes de cor verm elha, m ostrando alguns, uma cor branca em seu centro ou, uma cor verm elha mais escura, em seus bordos. Em outras ocasioes, apresenta-se como um a angiectasia dos capilares, de cor vermelhobrilhante acom panhada de uma superficie gordurosa E n fe rm id a d e s C ro n ica s d e C a ră te r E s tru tu ra l No curso das m esm as observam -se proem inencias ou depressoes, em form a de pontos ou fatias de cor branca, tambem, se observam pâpulas de cor branca, corn escassa gordura que recobre a pele do pavilhăo, oferecendo pouco brilho. Todas estas m anifestaqoes podem estar acom panhadas por edemas. E n fe rm id a d e s D e rm a to lo g ic a s Nestas afecgoes, aprecia-se na pele do ponto auricular a presenqa de descamagoes, pâpulas, pregas corn aspereza, espessam entos, que podem se apresentar corn uma cor pardo-escura. E n fe rm id a d e s N e o p lă s ic a s Nestes pacientes, vam os observar proem inencias em form a de nos ou pontos de cor acinzentado-escura, na zona correspondente. Meio mes depois de realizada a cirurgia, as cicatrizes pos-cirurgicas manifestam-se, no pavilhăo auricular, no ponto da zona correspondente, por interm edio de um cordâozinho ou, tambem, atraves de uma cor esbranquiqada ou acinzentado-escura. C o m o s e R e a liz a e s te M e to d o • O m edico deve sentar-se com seu tronco ereto e sem esforqo, realizar a observagăo do paciente, de form a tal, que o pavilhăo auricular deşte fique a um nivel adequado para ser examinado. • O local deve possuir um a iluminaqăo natural ou artificial adequada. Com o auxilio dos dedos indicador e polegar exploramos, segundo a distribuigăo anatom ica da superficie auricular, reali-

Diagnostica









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zando um a tragâo m oderada do pavilhăo para chegar com a vista nas conchas e cavidades das mesmas. Quando obtemos uma reagăo positiva, aconselha-se realizar uma pressăo no dorso do pavilhăo auricular ou ârea positiva para observar as possiveis m udangas m orfologicas, este m ovim ento deve ser repetido, em vârias ocasioes, para determ inar a flexibilidade, rigidez, brilho, cor, tamanho, etc., do ponto. Quando obtem os de um ponto auricular uma reagăo positiva, devem os explorar com parativam ente o ponto anâlogo do pavilhâo oposto. Se encontram os um a elevagâo proem inente ou nodosa no pavi­ lhăo devem os palpă-la com a ponta dos dedos ou a ponta do instrum ento explorador, desta form a avaliam os as caracteristicas da mesma, isto e, presenga ou nâo de dor, tamanho, m obilidade, dureza, limites, etc. Quando exploram os as âreas da fossa triangular, concha cim ba e cava, devem os utilizar a ponta do instrum ento explorador para abrir e visualizar m elhor estas regioes.

A s p e c to s a s e L e v a r e m C o n s id e ra g ă o • Deve-se ter em conta, as diferentes variedades de pavilhoes auriculares segundo o sexo, a idade e particularidades anatom icas individuais de cada pessoa. • Antes de realizar o diagnostico visual, o pavilhăo auricular nâo deve ser esfregado, nem m anipulado, evitando um aum ento da vascularizagâo do m esm o e por fim a obtengâo de dados falsos atraves da observagâo. Nas situagoes onde o paciente se apresenta com um pavilhăo auricular engordurado e empoeirado, este deve ser limpo com a aplicagăo gentil de um pouco de algodăo seco sobre a su p e rfid e auricular seguindo na ordem as estruturas anatomicas. • Quando realizam os o diagnostico exploratorio devemos ter precaugăo em distinguir os verdadeiros sinais dos falsos, para isto precisam os considerar a fisiopatologia da enferm idade e acompanhar a observagăo com a pressăo do instrum ento explorador sobre os pontos que m anifestem reagâo positiva â inspegăo, em buşea de uma resposta dolorosa, distensâo, etc. Na ausencia destas respostas, entăo, esta e considerada com o uma reagâo positiva falsa. As reagoes patologicas encontradas devem ser apoiadas com os conhecimentos teoricos da fisiologia dos Zang Fa da MTC, para poder realizar uma verdadeira interpretagăo da diferenciagăo das sindromes.

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Auriculoterapia

DIAGNOSTICO ATRAVES DA PALPACÂO Este metodo se fundamenta na estreita relagâo que se estabelece entre as mudangas morfologicos, o limiar doloroso, etc. de certas âreas e pontos do pavilhăo auricular, durante um processo patologico. Para o agrupamento dos dados, geralmente, utilizamos a ponta de um lâpis explorador, o explorador eletronico e em alguns casos a ponta dos dedos. Assim, localizamos a ârea ou ponto de m aior sensibilidade, a presenga de marcas depois de exercida a pressăo ou o aparecimento de mudangas morfologieas que nos orientem para o diagnostieo. O diagnostieo atraves da palpagâo se divide da seguinte maneira: • Exploragăo corn o uso do lâpis explorador ou corn explorador eletrico: Pressăo exploratoria. Rastreamento explora torio. • Exploragăo digital. E xP LO R A g o c o m L â p is E x p l o r a d o r o u c o m E x p l o r a d o r E l e t r ic o

Pressăo Exploratoria Neste metodo, utiliza-se o instrumento explorador eletrico ou a ponta do lâpis explorador (ponta rom ba e de 1,5 mm), preferivelmente, de metal. Com este realizar-se-â a pressăo exploratoria sobre as âreas ou pontos da superficie auricular, em buşea das zonas de maior sensibilidade dolorosa, com o proposito de obter dados orientadores para estabelecer um diagnostieo. Na prâtica clinica, em prega-se diante das enferm idades agudas ou de carâter doloroso, oferecendo, nâo somente informagăo diagnos­ tica como tambem nos assinala os pontos a utilizar no tratamento. R e la g ă o E n tre os P o n to s S e n s iv e is ă D o r e o T ip o d e E n fe rm id a d e Quando se produz um estado patologico, os pontos no pavilhăo auricular m anifestam -se sensiveis â dor . Para cada afecgăo, em p a r­ ticular, mostra-se doloroso um grupo determ inado de pontos ou âre­ as. O aparecimento destes pontos dolorosos e o desaparecimento dos mesmos estâ em estreita relagăo com o comego, desenvolvim ento e evolugâo da enfermidade, por isto, as caracteristicas que se apresentam nestes pontos a ser explorados nos perm item determ inar o esta­ do evolutivo da mesma.

Diagnostice)

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Im ediatam ente depois de ocorrer urna m udanga patologica, mostra-se doloroso o ponto auricular que guarda estreita relagâo corn dito processo, estas reagoes săo muito mais evidentes nas enferm idades inflam atorias agudas, dolorosas e nas tum oragoes. Por exemplo, de­ pois de ocorrer urna entorse lombar, pode-se perceber no ponto correspondente do pavilhăo auricular uma evidente dim inuigâo do limiar doloroso. No Hospital Central do M unicipio de Yangyun, da provincia de Shangai, realizou-se um trabalho de exploragăo sobre os pontos dolorosos do pavilhăo auricular em pacientes portadores de apendicite aguda. Pode-se dem onstrar que a form agăo dos pontos dolorosos no pavilhăo auricular destes pacientes com apendicite se produzia em geral, 12h depois que este era consciente de seu sintoma. Os pontos dolorosos podiam distribuir-se năo somente nas âreas adjacentes ao ponto intestino grosso com o tam bem na fossa escafoide e na triangular. Isto responde que, em geral, os pontos dolorosos seguem âs caracteristicas evolutivas da enferm idade, assim tem os que se um a enferm idade avanga e, em sua evolugăo, se acom panha de novos sintomas, o num ero de novos pontos dolorosos aum entarâ; depois de haver realizado a apendicectom ia, os pontos dolorosos com egam a desaparecer apos cinco ou sete dias posteriores â cirurgia. No Hospital Epidem iologico, da cidade de Fuzhou, utilizou-se o diagnostico auricular em 60 casos de hepatites, as reagoes positivas encontradas tiveram uma i'requencia de 73,2% e, no estado agudo da enferm idade, a m esm a alcangarâ 92,2%, em contraste com 129 casos de pessoas sadias do grupo-controle onde na fossa triangular se encontraram pontos dolorosos em 12%. No Hospital Popular de Zhengjiang, exploraram -se os pontos dolo­ rosos em 90 pacientes portadores de adenocarcinom a do esofago, encontraram pontos dolorosos na ârea do esofago do pavilhăo auri­ cular em 71 pacientes, enquanto que em 80 pessoas sadias do grupo comparativo so se puderam encontrar reagoes dolorosas na mesma ârea em 2 casos. De acordo com os estudos e investigagoes realizadas, os pontos dolorosos â pressâo no pavilhăo auricular refletem o estado da pato­ logia e sua localizagâo. O diagnostico auricular, na prâtica clinica, e utilizado, frequentem ente, para determ inar patologias inflam atorias de carâter agudo, dolorosas e e especialm ente em pregado para o diagnostico dos sintom as de um quadro de abdom en agudo. Na Chi­ na, săo m uitos os inform es publicados sobre o uso da auriculoterapia, para a exploragâo dos pontos sensiveis â dor no abdom en agudo e que năo tiveram um diagnostico conclusivo com outros metodos, tendo exito o em prego deşte m etodo para evitar, em m uitos casos, a

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intervengâo cirurgica. Em geral, se utiliza no diagnostico de afecgoes do figado, vesicula biliar, intestino, apendicite, litiase renal e nas enfermidades ginecologicas. C om o se R e a liz a e s te M e to d o Ao realizar a pressâo sobre os pontos auriculares, corn a ponta do lâpis explorador, esta se deve executar com uma forga homogenea sobre cada ârea e o tempo usado para explorar cada ponto deve ser o mesmo. A sensibilidade dos pontos dolorosos pode ser classificada em diferentes graus, a partir dos diferentes sinais que oferece o pa­ ciente, e podem variar de gem er ao sentir a dor, piscar, enrugar as sobrancelhas, realizar um gesto de retirada das mâos do medico do pavilhâo auricular ou que, simplesmente, nâo resista ao contato. A intensidade da dor pode-se classificar da seguinte maneira: Escala de valores por sinais (-) (+) (+) (++) (+++] (++++)

Quando Quando Quando Quando Quando Quando

nâo existe reagăo dolorosa. existe reagâo dolorosa referida pelo paciente. o paciente pisca por causa da dor. o paciente enruga as sobrancelhas. o paciente esquiva o pavilhăo, por dor. o paciente geme, por dor ou esta e irresistivel.

Escala de valores por graus Grâu I - O paciente refere dor no ponto. Grâu II - O paciente refere dor e pisca ou franze as sobrancelhas. Grâu III - O paciente geme â exploragâo e realiza um gesto para evitar ser manipulado ou nâo resiste â exploragăo. Ao mesmo tempo que se realiza a pressâo sobre os pontos auricu­ lares na buşea das âreas dolorosas, deve-se observar a presenţa de depressoes, de marcas e das mudanpas de coloragăo nas mesmas. Leva-se em conta, tambem, o tempo em que estas lesoes permanecem, depois de realizada a exploragăo e, em caso de utilizar o explora­ dor eletrico, se levam em consideragăo as variagoes da resistencia eletrica do ponto. No momento em que se realiza a diferenciapâo diagnostica, necessita-se, alem de explorar os pontos auriculares diretamente relacionados com a enfermidade, explorar outros adjacentes ao mesmo, com o proposito de realizar uma comparagâo quanto ao lim iar doloroso dos mesmos, selecionando aqueles que realmente sejam dolorosos. Ao rea liza r o tratam en to com a u ricu lotera p ia em pregarem os aqu eles pontos que du rante a palpagăo m ostraram -se evidentem ente dolorosos.

Diagnostico

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A s p e cto s a s e L e v a r e m C o n sid era gă o • Quando empregamos este metodo deserito anteriormente, devemos ter presente as classificaţoes antes mencionadas e determinar quais sâo as sensaţoes que se obtem do paciente ao explorar seu pavilhăo como dor, tum efaţăo, distensâo, etc. • A forţa na pressâo sobre os pontos auriculares deve ser harmoniosa, usando um tempo similar de exploraţâo em cada ponto, corn este requisito se evita a coleţâo de dados falsos. • A ponta do instrumento explorador deve ter urna superficie re­ gular e romba, corn isto se evita causar lesoes sobre a delgada pele do pavilhăo auricular.

Rastreamento Exploratorio Este metodo utiliza a ponta do explorador para realizar a buşea das diferentes m udanţas morfologicas do pavilhăo auricular, tambem, pode ser empregado para explorar cada parte do mesmo, ainda que existam ou nâo, m udanţas patologicas nele, fato que nos facilita obter inform aţăo complem entar sobre os sinais que se apresentam sobre o pavilhăo auricular. Disto se depreende seu grande uso na prătica clinica. Atraves deşte metodo podemos encontrar a relaţăo existente entre as m udanţas m orfologicas e as enfermidades. As m udanţas observadas comumente sâo, depressoes, edemas, etc. Alem disso, adicionamse os dados obtidos por presenţa ou năo das marcas deixadas pela exploraţăo, tendo-se em conta, a coloraţăo, profundidade ou superficialidade e tempo de permanencia das mesmas. C o m o s e R e a liz a e s te M e to d o Utilizamos a ponta do lâpis explorador ou do explorador eletrico, executando um movimento de rastreamento linear seguindo as pautas estabelecidas para isto. Nâo devemos obviar os pontos sensiveis â dor que se obtenham durante a exploraţăo. Este metodo e muito em ­ pregado, na prătica clinica. • Primeiro exploramos a porţăo superior e depois a inferior. • Primeiro a porţâo interna e depois a externa. • Primeiro o lado direito e depois o esquerdo. • Primeiro se exploram os Zang Fu e depois os membros. A ordem do trajeto do rastreamento deve reger-se pela anatomia do pavilhăo auricular e ao explicado anteriormente. A exploraţâo dos orgăos se realiza segundo o pavilhăo da seguinte maneira.

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Auricaloterapia

• Pavilhăo direito - Flgado, veslcula biliar, estomago, duodeno e apendice prineipalmente. • Pavilhăo esquerdo - Pancreas, coraqâo, baqo, intestino delgado e intestino grosso. A s p e cto s a se L e v a r e m ConsideraQ ăo • Antes de realizar a palpaqăo nâo devemos esfregar, limpar, massagear, o pavilhăo auricular, evitando assim a obtenqăo de dados falsos. • Ao utilizar a ponta do instrumento explorador eletronico para realizar a palpaqăo, devemos colocar atenqâo sobre as mudanţa s da resistencia eletrica dos pontos, ao aparecimento ou năo, de pontos sensîveis â dor, ăs mudangas morfologicas presentes, â presenqa ou năo de marcas, sua coloragăo, assim como o tem ­ po de permanencia destas. • Se verificamos ao explorar urna determinada ărea que esta mos­ tra mudangas morfologicas mas năo hă mudangas sonoras, isto e considerado como ponto a analisar no diagnostico, jâ que, em geral, estas săo manifestaqoes das enfermidades cronicas. • Aos movimentos de rastreamento corn a ponta do explorador se deve imprimir urna pressâo moderada, tendo sempre presente os principios da exploraqăo segundo a distribuigăo da anatomia auricular, desta forma metodica evitamos o esqueeimento de algumas âreas importantes. • Quando realizamos o rastreamento devemos por atenpăo na direqâo em que realizamos a pressăo, considerando as caracteristicas da distribuigâo dos pontos nas conchas e depressoes mais baixas do pavilhăo. • O metodo diagnostico atraves da palpaqăo e da exploraqâo ele­ trica tem em comum os mesmos principios, ambos constituem um apoio importante no diagnostico visual, alem de comprovar os dados obtidos atraves da observagâo.

Mudangas Morfologicas Obtidas Mediante este Metodo P ro e m in e n cia s As proeminencias se apresentam corn variapoes especlficas para cada caso em particular, como por exemplo: • Proeminencia em forma de pontos - Apresenta-se, corn freqiiencia, nas cefaleias, traqueltes e na miopia.

Diagndstico

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• Proeminencias em forma de fatias - Apresentam-se com freqiiencia nas dores lombares, entorse lombar, cefaleia do tipo enxaqueca, cefaleia occipital, gastrite cronica, plastrâo apendicular, transtornos gastrointestinais, distensâo abdominal, ulceras bucais e periodontites. • Proeminencia em forma de ramo grosso - Observa se nos miomas uterinos, entorses da musculatura lombar, colecistite, anexite, constipagăo, dor precordial e dor nos ombros e na espalda. • Proeminencia em forma de cordâozinho - Observa-se, com freqiiencia, nos miomas uterinos, gastrite cronica, ulcera duode­ nal de carâter cronico, colecistite cronica, hepatomegalia, trans­ tornos da freqiiencia cardiaca (arritmias), hemorroides, bronquite, hiperplasia ossea da regiăo lombar ou cervical, artrite de carâter traumâtico, entre outros tipos de afecgoes cronicas. • Proeminencias em forma de nos - Observam-se com freqiiencia nos miomas uterinos, cefaleias, hiperplasia mamâria. • Hiperplasia da eartilagem - Observa se nos estados de neuras­ tenia, hepatomegalia, hiperplasia ossea da regiâo cervical. D e p res s o e s As depressoes se apresentam como manifestagâo de um estado patologico no ponto correspondente do pavilhăo auricular, podem ser observadas em forma de pontos, linhas, sulcos ou fatias, segundo a enfermidade que representem. • Depressoes em forma de pontos - Apresentam -se nas extragoes dentârias, daltonismo, ulceras duodenais e tinido. • Depressoes em forma de fatia - Săo expressoes dos estados de colite cronica, ulcera duodenal, vertigem e nas extragoes dentârias. • Depressoes em forma de linhas ou sulco - Săo observadas nos transtornos auditivos (hipoacusia, tinido), nas extraţoes dentâ­ rias e na cardiopatia. M a rca s As marcas que se observam ao realizar a exploragâo podem se m anifestar das seguintes maneiras: superficiais e profundas, com mudangas da coloragâo, brilho e tempo de duragăo. Estas diferengas, na prâtica clinica, nos permitem estabelecer a diferenciagăo entre as sindromes por excesso e por vazio. • Marca profunda de cor branca que permanece por tempo prolongado e desaparece lentamente: Este sinal apresenta-se, usualmente, nas sindromes por vazio, por exemplo, na anemia, edema, acidose metabolica, tinido, vazio do rim, lombalgias e nas enfermidades alergicas.

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• Marca superficial de cor verm elha que desvanece com rapidez: Esta caracteristica apresenta-se nas sindromes por excesso, usualmente, na clinica manifesta-se na hipertensâo arterial, urticâria aguda, hepatite, distensăo abdominal, gastrite aguda, infecgâo das vias biliares e na apendicite. Edem as Os edemas se apresentam acompanhando as depressoes ou formando vesiculas ou pregas moveis. • Edema acompanhando as depressoes - Apresenta-se na clinica na glomerulonefrite aguda, ascite, edemas superficiais, edemas vasculares, transtornos endocrinometabolicos, linfangiite dos membros inferiores, insuficiencia venosa profunda, lombalgias por deficiencia de rim, distensăo abdominal, pielonefrite, metrorragia e hemorragia uterina disfuncional . • Edema com vesiculas moveis - Este edema observa-se depois de passar a ponta do explorador sobre o ponto ou ârea adjacente, usualmente, se apresenta como urna vesicula movel, na clinica observa-se nas cardiopatias, arritmias, hemorragia uterina funcional e no diabetes melito. E x p l o r a c â o D ig it a l Este metodo utiliza a ponta dos dedos para perceber as mudangas morfologicas do pavilhăo auricular, com o objetivo de estabelecer um diagnostico. Na clinica, emprega-se no diagnostico das enfermidades cronicas e de carâter estrutural. Atraves deşte metodo apreciam-se as mudangas morfologicas dos pontos auriculares como expressăo da enfermidade, estas variagoes incluem: a hiperplasia da cartilagem, proeminencia do tecido cartilaginoso, mudangas na dureza da cartilagem e sensibilidade dolorosa em certas âreas do pavilhâo. C o m o se R e a liz a e s te M e to d o Utilizando a ponta do polegar da mâo direita, a colocamos sobre o ponto a explorar, enquanto o dedo indicador da mesma măo e colocado sobre o dorso da orelha, diretamente no local oposto ao polegar. Ambos os dedos săo empregados, mutuamente, na exploragăo digital sobre o pavilhâo auricular, para descobrir as mudangas presentes. As zonas representativas do pavilhăo auricular de mais fâcil acesso para este metodo săo as âreas correspondentes â cabega, ao tronco e âs extremidades.

Diagnostico

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Mudangas Morfologicas Obtidas Mediante este Metodo Segundo o Local do Pavilhăo Auricular L o b u lo d a O re lh a Quanclo realizamos a exploragâo digital sobre o lobulo da orelha podemos encontrar o engrossam ento ou năo deşte, em caso afirmativo o mesmo estarâ dado por presenga de proeminencias, por exemplo, na periodontite podemos palpar sobre os pontos do maxilar superior e inferior urna proeminencia em forma de fatia. A n titra g o Nas âreas occipital, vertex e cervical podemos palpar engrossamentos da cartilagem como sinal comum. Por exemplo, quando se palpa urna proeminencia em form a de cordăo que vai desde o antitrago ate a altura do anti-helix, podem os im aginar a neurastenia; se no trajeto medio da parte posterior do antitrago e do helix hâ um espessamento da cartilagem, entăo pensamos que o paciente apresenta sintomas de transtorno do sono. F o s s a E s c a fo id e Se na porgâo inicial da fossa escafoide se palpa urna proeminencia em form a de ramo grosso, podemos assegurar que o paciente sofre de fibrose dos musculos da espalda e dos ombros. A n ti-h e lix Nesta ârea e facil encontrar proeminencias e engrossam entos da cartilagem. Quando exploram os esta zona e encontram os proem inen­ cias em form a de fatias ou hiperplasia da cartilagem, podemos afirmar que existem afecgoes osseas ou lesoes dos tecidos moles. C ru z S u p e rio r d o A n ti-h e lix Em presenga de hiperplasia de textura dura, podem os afirm ar que existem afecgoes como dores articulares por traumas externos; se palpamos urna proem inencia em form a de fatias com textura mole, entăo, dizemos que o paciente e portador de danos articulares que envolvem os tecidos moles. C o n ch a C im b a Quando encontram os anorm alidades m orfologicas estas nos reve­ lam as mudangas patologicas dos orgâos internos, por exemplo, no

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fîgado, na vesîcula, no bago e no estomago. Ao palpar estas âreas colocaremos a atengâo na presenga ou nâo de nos, cordoezinhos e proeminencias em forma de fatias; alem disso, devemos ter presente o grâu de dureza, movimento e sensibilidade dolorosa destas. Por exemplo, se na ârea do fîgado observamos proeminencias em forma de esponjas marinhas, podemos afirmar que o paciente e portador de esteatose hepatica. Se na ârea da vesîcula biliar encontramos proeminencias em for­ ma de fatias corn textura dura, entăo, podemos pensar na presenga de colecistite aguda. H e lix d a O relh a No helix podemos palpar mudangas no ponto anus, pequenos nodulos na ârea de tumoragăo 2, cordoes e sensibilidade dolorosa na ârea de tumoragăo 1. A s p e cto s a se L e v a r e m C on sid era gă o • Ao realizar a exploragăo corn este metodo, se faz necessârio fixar as pontas dos dedos na ârea, exercendo urna pressăo adequada, para deslizar os mesmos em quatro diregoes, acima, abaixo, para a direita e para a esquerda, corn o objetivo de encontrar mudan­ gas na textura auricular, etc. • Quando encontramos urna mudanga morfologica no pavilhâo e necessârio diferenciar se e congenita ou adquirida.

DIAGNOSTICO ATRAVES DA EXPLORAQÂO ELETRICA Este metodo exploratorio baseia-se na determinagăo da resistencia eletrica dos pontos auriculares. De acordo corn as variagoes da mesma, em cada ponto, levantaremos um correto diagnostico das anomalias presentes nos Zang Fu ou no corpo, em geral. Estes pontos onde cai a resistencia eletrica de maneira significativa tambem denominamos pontos de alta condutividade. COMPORTAMENTO E l ETRICO DOS PONTOS AURICULARES O homem possui urna rede energetica autonoma altamente especializada, que responde aos principios do desenvolvimento filogenetico das especies, mantendo cada urna das partes que o conformam em um equilibrio mutuo. Em estado fisiologico normal, existem numero-

Diagnostico

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sos sistem as de auto-regulaqâo que sustentam o equilîbrio no organismo hum ano e, por isto, sua saude. Quando em alguns destes sistem as se produzem mudanqas ou desarmonias, entăo, se perde o equilîbrio funcional do organismo, isto ocasiona a obstruqăo do Qi em sua circulagăo pelos canais e colaterais, gerando o aparecim ento de m udancas patologicas nas partes do organism o que estejam estreitam ente vinculadas ao sistem a em desequilibrio. Este processo tam bem se faz m anifesto no pavilhăo auricular com o surgim ento, antes de m ais nada, de variaţoes na condutividade eletrica dos pontos, em relaqâo ao sistem a implicado. Em investigaţoes realizadas sobre o sistem a de sinais corporais, pode se observar que o pavilhăo auricular se com porta como um local concentrador destes sinais bioenergeticos, e todos podem -se expressar com urna determ inada reaqăo no pavilhăo auricular. Quando ocorre um m udanqa patologica em qualquer parte do corpo hum ano se produz urna evidente dim inuiqăo na resistencia eletri­ ca da pele, da ârea ou do ponto representativo de dito estado e portanto, um aum ento da condutividade eletrica. A resistencia eletrica do pavilhăo auricular varia em seus valores fisiologicos em 100 a 5.000 quiloohms, se tiver lugar urna m udanqa patologica na variagăo da resistencia eletrica, pode dim inuir em valores de 20 a 500 quiloohms, o que nos sugere um aum ento na condutividade eletrica do ponto reativo, com parado com o ponto sadio. Os equipam entos exploradores dos pontos auriculares nos servem para m ostrar estas reaqoes produzidas pelas m udanqas patologicas no organismo, atraves de variaqoes sonoras, luminosas, ou deflexoes da agulha do m iliam perim etro, conseguindo, assim, o diagnostico. T ip o s d e E q u ip a m e n t o s E x p l o r a d o r e s A u r ic u l a r e s Os equipam entos utilizados para a exploraqâo auricular foram construîdos com m odelos, form as e norm as diferentes, apesar disto se diferenciam em quatro classes principais: • Modelo indicador por variagoes sonoras - E um modelo muito utilizado na prâtica clinica, por sua facilidade de transporte e manej o, nele se expressam as variaqoes da resistencia eletrica por m udanţas sonoras de urna buzina, os m esm os se testam com m agnitude ou freqiiencia. As anorm alidades sonoras obtidas nos oferecem inform aqăo sobre as m udancas patologicas no organismo. • Metodo utilizando as m udanqas lum inosas de urna lâmpada Neste m odelo se em prega um circuito que transm ite as variaqoes eletricas para urna lâm pada de neonio, segundo as mudan-

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gas da iluminaţăo, a mesma expressarâ as m udanţas energeticas obtidas atraves da exploraţâo dos pontos auriculares. Com a dificuldade que implica realizar ambas aţoes simultâneas (observar a lâmpada e o ponto), este metodo na clinica se combina com o anterior. • Modelo indicador por agulha deflectora - Este instrumento nos mostra as m udanţas energeticas dos pontos auriculares atraves do deslocamento da agulha sobre urna escala determinada, o anterior nos permite qualificar as m udanţas da resistencia eletrica. O emprego deşte instrumento implica na dificuldade de observar simultaneamente o deslocamento da agulha e o ponto a explorar, motivo pelo qual limita sua utilizaţăo na prătica cli­ nica, jâ que se requer, pelo menos, dois manipuladores, porem, e muito util nas investigaţoes de laboratorio. • Modelo encefalogrâfico - Este metodo investigativo consiste na e x p lo r a ţă o do p a v ilh ă o a u r ic u la r com os e le tr o d o s do encefalograma, por sua complexidade e anâlise dos dados obtidos e um modelo de estudo exclusivo dos laboratorios. CONSIDERAQOES G e RAIS DOS PONTOS DE A L T A CONDUTIVIDADE Na prătica clinica diâria, podemos constatar urna evidente dife­ renţa entre a condutividade do ponto que reflete um estado patologico e a do sadio, o anterior obedece a urna dim inuiţăo da resistencia eletrica naquelas âreas onde se reflete um estado patologico. E importante ter presente que urna mesma afecţăo possui diferentes estados evolutivos e pode se manifestar de formas diferentes ainda que no m esm o paciente, por isso, os pontos refletem urna condutividade mutante em relaţăo ao momento e curso da afecţăo. Por exemplo, urna mesma enfermidade presente em dois pacientes pode expressar diferenţas quanto â condutividade dos pontos, jâ que a mesma se manifesta com individualidade, desta maneira, podemos declarar que se a afecţăo possui um carâter funcional ou estrutural, agudo ou cronico, a condutividade dos pontos reativos mostrarâ dife­ rentes graus durante o diagnostico. Outros fatores a se levar em consideraţăo incluem a idade, o clima, a temperatura, os estados emocionais, que produzem variaţoes na condutividade dos pontos. Por esta razâo, quando exploramos os pontos auriculares as varia­ ţoes sonoras, luminosas ou de deflexâo da agulha em cada caso, serâo diferentes. Por exemplo, em alguns podem aparecer variaţoes sonoras em vârios pontos, enquanto que em outros, em um, dois ou tres pon­ tos, somente. Comumente, pode-se dizer que nas pessoas de idade

Diagnostice)

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avangada, eoni debilidade fisiologica, obtem-se reagoes sonoras em diversos pontos e nas enfermidades funcionais ou em uma so enfermidade que se desenvolve em criangas ou adultos, os pontos de alta condutividade serăo em menor numero que nos casos anteriores. D e t e r m in a c â o d o s P o n t o s d e A l t a C o n d u t iv id a d e

Diferenga entre Pontos Normais e de Alta Condutividade P o n to s n o rm a is Săo aqueles que nâo guardam relagăo alguma com os estados patologicos. Quando realizamos a exploragăo eletrica neles, nâo se evidenciam m udanţas sonoras significativas, sendo debeis e de baixa frequencia, alem disso, nâo se acompanham de dor â pressâo, nem mudangas morfologicas. P o n to s d e A lta C o n d u tiv id a d e Constituem uma manifestaqâo positiva que expressa sua relaqâo com o estado patologico, mostrando variaqoes significativas no som, quando săo explorados que podem ser divididas em tres grandezas: R ea gă o P o s itiv a D e b il O som aparece debil, tom baixo e baixa frequencia, nâo se acompanha de dor â pressâo, pode ser expressado graficamente como (+/-). R eagă o P o s itiv a O som aparece com mais rapidez, forte, mas seu tom ainda e bai­ xo, nâo ocorrem variagoes importantes em sua frequencia, pode estar acompanhado de dor â pressâo, se expressa graficamente como (+). R ea gă o P o s itiv a F o rte O som aparece com rapidez, acentuado e com variaqoes no tom desde freqiiencias mais baixas ate as mais altas, pode estar acom pa­ nhado de dor â pressâo, se expressa com o sinal (++). Entre as caracteristicas gerais destes pontos de alta condutividade verificamos que os mesmos podem estar acompanhados de dor â pressăo, mudanpas morfologicas, descamagoes, pâpulas, mudangas da coloragăo e telangiectasias.

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Diferenga entre Pontos de Alta Condutividade Fisiologica e Pontos de Alta Condutividade de Reagăo Positiva A condutividade eletrica do pavilhăo auricular estâ condicionada e modulada pela presenga de diferentes estruturas morfologicas do pa­ vilhăo, as mais importantes a se ter presentes săo as proeminencias, elevagoes, depressoes, etc. As m odificagoes estruturais anteriores podem expressar-se com um alcance de condutividade eletrica que flutua de 20 a 30 quilo-ohm; por exemplo. para ilustrar o mencionado anteriormente, sabemos que nas partes do pavilhăo constituidas por depressoes, a resistencia eletrica seră baixa, enquanto que nas proe­ minencias seră alta. Tam bem encontraremos este fenomeno em diferentes pontos do pavilhăo auricular; devem os considerar que os pontos da fossa escafoide (clavicula, ombro, articulagăo do ombro, cotovelo, punho, falange); os pontos da fossa triangular (utero, Shen Men); os pontos da raiz do helix (boca e esofago); os pontos da concha cimba (intestino grosso e bexiga); os pontos da incisura do intertrago (endocrino); pon­ tos da concha cava (coragâo, pulmâo e S a n Jia o), todos ao serem explorados eletricamente, mostram uma reagăo positiva debil mas que nâo devem ser considerados como um estado patologico. Nas pessoas que gozam de uma boa saude, como os jovens, desportistas, trabalhadores da aviagăo, tambem săo encontrados ao explorar o pavi­ lhăo auricular, eletricamente, pontos de alta condutividade mas, que năo săo manifestagoes de estados patologicos, corroborado isto atraves da buşea de outros sinais e exames de laboratorio, isto nos levou a denominar estes pontos, como fisiologicos de alta condutividade, pon­ tos normalmente sensiveis ou pontos de reagăo positiva falsa. Durante a realizagâo do diagnostico clinico, observam-se estes pontos fisiologicos de alta condutividade, tanto nas pessoas sadias como nas enfermas sua existencia guarda estreita relagăo com as estruturas anatomicas, constituigăo e estado funcional do individuo, portanto, ao examinar eletricamente o pavilhăo auricular devemos ter sempre presente quais săo os pontos de alta condutividade fisiologica, para evitar confusoes no momento da elaboragăo do diagnostico. Como metodo auxiliar para identificar estes pontos, tomamos as caracteristicas eletricas de intensidade, nivel e tom no som do equipamento explorador, tambem, corroborar se estes pontos se acompanham de dor â pressăo, m udangas m orfologicas, de coloragăo, descamagoes e telangiectasias, todo o exposto anteriormente nos con­ firma a presenga de um ponto de reagăo positiva de alta condutividade e nâo a de um ponto fisiologico de alta condutividade.

Diagndstieo

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C a r a c t e r îs t ic a s D ia g n o s t ic a s d o s P o n t o s d e A l t a CONDUTIVIDADE • Ponto de alta condutividade com reagâo positiva debil Em primeiro lugar, nos orienta a pensar que a enferm idade e de recente comego e/ou se encontra em uma fase de recuperagăo parcial ou total. Em segundo lugar, hâ ocasioes em que o paciente e portador de uma afecgâo de carâter cronico ou com lesâo estrutural que se recu­ perau pode se encontrar no ponto correspondente um a m arca reativa que perdura por longo tempo, apesar de năo haver m anifestagoes da enferm idade, nestas situagoes, o som do equipamento explorador e ligeiram ente debil com relagăo ao prim eiro caso, isto năo se considera como um dado de peso para se fazer o diagnostico, jâ que năo hâ sinais, nem criterios para ju stificar sua posigăo. • Ponto de alta condutividade com reagăo positiva m oderada Esta caracteristica estâ presente nas mudangas patologicas orgânicas estabelecidas, por isto, relletem -se nos pontos hom ologos do pavilhâo auricular. Os pontos com esta reagăo positiva m oderada fazem seu aparecim ento durante o pleno desenvolvim ento da enferm i­ dade e constituem uma valiosa inform agâo a se levar em consideragăo quando elaboram os o diagnostico. • Ponto de alta condutividade com reagăo positiva forte - Este ponto e a manifestagâo do epicentro da enfermidade, nos localiza a posigăo principal da patologia no organismo, e considerado o ponto principal a se tom ar em conta quando vam os realizar o diagnostico e o tratamento. R e g r a s G e r a is d a s R e a c o e s n o s P o n t o s d e A l t a C o n d u t iv id a d e • Vârios pontos reativos em uma m esma enferm idade Os pontos de alta condutividade săo a expressăo de um estado patologico, por isso, a presenga de um grupo de pontos reativos ante uma enferm idade nos expressa a evolugăo, o grâu e a intensidade da mesma. No processo patologico de um determinado orgăo alem de aparecer o ponto reativo do orgăo correspondente, se associa um gru­ po de pontos de reagăo positiva que guardam relagăo com o trajeto dos canais, colaterais implicados nesta afecgăo; portanto os pontos reativos de algumas patologias năo podem ser determinados sob um procedimento rigido, jâ que podem aparecer vârios pontos de alta condutividade, em unissono, durante um a enfermidade, aos quais denominamos como “o fen om en o de grupos de pontos de reagăo mutua .

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Tendo-se em conta o mencionado anteriormente, podemos concluir expressando que no momento de analisar as reagoes de alta condutividade, se faz necessârio refletir sobre os sintomas clinicos da enfermidade, sua intensidade e fisiopatogenia do orgăo implicado, para poder definir o diagnostico. Por exemplo, na hepatite cronica aparece uma reaqăo positiva forte nos pontos figado e hepatite, mas alem disso, podem aparecer como pontos de reagăo positiva, endocrino, subcortex, Sari Jiao e o centro da concha cimba. Na neurastenia po­ demos achar reagoes positivas em vârios pontos, simultaneamente como a ârea de neurastenia, o ponto de neurastenia, o coraţăo, o subcortex, o vertex e o Shen Men. • Ponto que se faz reativo ante muitas enfermidades Este fato tambem e comum, na prâtica clinica, onde em um ponto se produz uma reaqăo de alta condutividade diante de vârias enferm i­ dades. Este fenomeno e mais comum nos pontos correspondentes aos cinco orgâos e as seis visceras, que podem manifestar reapoes positi­ vas ante diferentes tipos de enfermidades, justificados pela teoria tradicional. Por exemplo, uma reagăo positiva no ponto coraqăo pode se observar diante de diferentes afecqoes, jâ que este Zang controla o espirito, motivo pelo qual podem aparecer reativos em enfermidades como na neurastenia e, em geral, na maioria das afecgoes psiquicas; o coragăo controla os vasos e o sangue fato que explica se mostrar positivo diante da hipertensăo, das cardiopatias, das arritmias, das anginas, etc; o coraqâo tem sua abertura na lingua e tem no suor seu fluido, o que justifica aparecerem reaqoes positivas na glossite, ulceras linguais e hiperidrose. Os pontos correspondentes aos cinco orgăos e âs seis visceras como o figado, baqo, pulmăo, rim, bexiga, vesicula biliar, etc., todos m ostram alta condutividade e m anifestaqoes diante da observaqăo e palpaqăo em diferentes enferm idades, m otivo pelo qual devem ser analisados cuidadosam ente no m om ento de desenvolver o diagnos­ tico. • Ponto que reflete o processo da enfermidade Existem pontos utilizados no diagnostico e que so servem para refletir um estado patologico, em geral, pertencem a pontos corn funqoes especificas que quando se fazem reativos ou de alta condutividade tem uma expressăo diagnostica importante. Entre estes pontos, po­ demos citar: a ârea de alergia, que m ostra sempre uma elevada condutividade nas afecqoes alergicas, o ponto da tuberculose ou a ârea de tumoragâo 1 a que mostra uma reaqăo positiva forte ante qualquer tumoraqăo presente no organismo. • Ponto de elevada condutividade que localiza a ârea ou orgăo afetado

Diagndstico

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Estes pontos m ostram uma elevada condutividade era comparagăo corn outros presentes na mesma enferm idade mas, que o fazem corn menor intensidade. Por exem plo, na glom eru lon efrite en con tram os um a elevada condutividade nos pontos rim, endocrino e uretra, mas, o ponto que mais elevada condutividade apresenta e o ponto rim, alem disso, o apoiam outros sinais como a dor â pressăo, mudangas morfologicas, etc. Por isto, o estudo comparativo entre o nivel de condutividade entre os pontos e as âreas nos serve para localizar e diagnosticar a posigăo exata da patologia, jâ que o ponto de mais elevada condutividade seră aquele que reflete a localizagăo exata da enfermidade. • Ponto que em ambos pavilhoes refletem diferentes valores na condutividade eletrica Este fato e um dado importante a se tom ar em consideragăo quando vam os proceder â localizagăo de um a patologia, posto que as rea­ goes cruzadas entre os pavilhoes auriculares săo poueas, em alusăo ao antes mencionado, o professor Wang Zhong em seu livro, Er Zhen Liai Fa, nos refere: “A s reagoes cruzadas dos membros inferiores no pavilhăo auricular, ocupam de aproximadamente 8 a 16%, enquanto nas demais paries do corpo năo exis tem as reagoes cruzadas". Pelo que foi antes explicado, e necessârio, ao explorar o pavilhăo auri­ cular, tomar em consideragăo os pontos de alta condutividade de ambas orelhas, realizando uma anâlise comparativa para conseguir a localizagâo do processo patologico. Por exemplo, ao produzir-se uma artralgia no ombro direito, os pontos ombros e articulagăo do ombro da orelha direita m ostraram mais alta condutividade que seus homologos na orelha esquerda. R e l a q â o E n t r e R e a q o e s d e A l t a C o n d u t iv id a d e , SlNTOM AS CLINICOS E E s TADO DA ENFERMIDADE • Quando a enferm idade se encontra em um periodo evolutivo agudo, as m anifestagoes clinicas se expressam fielmente nos pontos auriculares, com reagoes positivas evidentes que reve­ lam uma elevada condutividade nos mesmos. • Quando a enferm idade tem um longo periodo evolutivo, que a faz classificar como cronica, a condutividade nos pontos auricu­ lares que refletem a patologia e debil e as reagoes se fazem escassamente evidentes, por exemplo, na cirrose hepatica, na ârea do figado a condutividade se encontra diminuida. • A condutividade eletrica dos pontos auriculares nas afecgoes que jâ remeteram para a normalidade e baixa. Hă enfermidades cronicas ou de carâter estrutural que, depois de curadas, ficam em

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seus pontos ou zonas correspondentes do pavilhăo auricular, impressoes ou marcas que perduram por longo tempo mas, nâo obstante, quando utilizamos o explorador eletrico, encontramos urna escassa reaţâo positiva, portanto, urna baixa condutividade eletrica, so a exploraţâo tactil mostra as mudanţas morfologicas evidentes, por isto, quando realizamos o diagnostico de urna enfermidade cronica ou estrutural devemos utilizar um metodo exploratorio combinando o emprego da palpaţâo e da exploraţăo eletrica. • Os pontos do dorso do pavilhăo auricular mostram as mesmas caracteristicas de condutividade que em seus homologos pela face ventral. O professor Li Jia Ji, do Hospital Zhong Shan, da cidade de Lou Yang, da provincia de He Nang, realizou urna investigaţăo sobre a coincidencia da condutividade dos pontos dorsais e ventrais do pavilhăo auricular, encontrando os resultados seguintes: • Em um n u m ero de 20 p o n to s a u ric u la re s e x p lo ro u -se a condutividade eletrica dos pontos localizados, tanto na face dor­ sal, como frontal do pavilhăo auricular, realizando 2.280 rastreamentos, resultando que em 2.143 se obteve coincidencia para um resultado na freqiiencia deşte fenomeno de 94%. • Em um grupo de 58 pacientes portadores de enferm idades cerebrovasculares, realizou-se um rastreamento da resistencia ele­ trica de 95 pontos para ambas as superfîcies do pavilhăo auri­ cular. resultando: • Que a resistencia eletrica de 36 pontos da face anterior do pavilhâo auricular comportou-se abaixo dos 500 quiloohms calculados 514 vezes para conseguir urna media de resistencia eletrica de 229 quiloohms. • Que a resistencia eletrica de 36 pontos da face posterior do pavilhâo auricular se comportou abaixo dos 500 quiloohms calculados 514 vezes para conseguir urna media de resistencia eletrica de 266 quiloohms. • Os pontos da face anterior do pavilhăo auricular que năo tinham relaţăo corn a enfermidade, promediaram um valor de resisten­ cia eletrica de 7.040 quiloohms. • Os pontos da face posterior do pavilhăo auricular que nâo ti­ nham relaţăo corn a enfermidade, promediaram um valor de re­ sistencia eletrica de 7.485 quiloohms. Do referido anteriormente, podemos concluir expressando que năo existe urna diferenţa evidente entre resistencia eletrica dos pontos homologos localizados na face ventral e dorsal do pavilhăo auricular, isto nos oferece urna grande vantagem na elaboraţâo do diagnostico e do tratamento das enfermidades alcanţando resultados satisfatorios.

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P a s s o s a S e g u i r n a E x p l o r a q ă o E l e t r i c a d o P a v il h â o A u r ic u l a r

Agăo Inicial Em primeiro lugar, seră a introdugăo do plug no instrumento explorador, logo se entrega o extremo da ponta do eletrodo negativo ao paciente para que o sustente na măo homologa ao pavilhăo auricular que vai ser explorado, depois se procede â ligagâo do equipamento levando ao maximo o controle de sensibilidade e corn nossa măo, que sustenta o outro extremo do eletrodo explorador, realizamos um curto-circuito fazendo coincidir este corn o eletrodo que o paciente sus­ tenta em sua măo, neste momento o equipamento explorador emite um som corn um nivel maximo que e indicativo de que o mesmo estâ funcionando corretamente.

Regular o Valor da Resistencia Eletrica Como o valor da resistencia eletrica da pele de nosso corpo tem, fisiologicamente, notâveis diferengas de urna pessoa a outra, se faz necessârio antes de realizar a exploragâo eletrica sobre os pontos auriculares, efetuar a regulagâo do grâu de sensibilidade do equipamen­ to, levando-o a um valor de resistencia basal. A regulagâo de um valor de resistencia basal tem um papei importante, pois evita a coleta de dados falsos e em situagoes de ser muito sensiveis ou em casos onde a resistencia eletrica da pele seja muito alta pode escapar a coleta de reagoes positivas. O metodo pelo qual se estabelece o valor da resis­ tencia basal realiza-se usando como ponto de referencia a raiz supe­ rior da orelha, a qual terâ um valor promedio de 282,5 quiloohms abaixo dos pontos de boa condutividade da orelha, os quais terâo um valor medio de 340 quiloohms, razâo pela qual se considera o ponto da raiz superior da orelha o mais indicado para regular a sensibilida­ de do equipamento explorador.

Metodo de Regulagăo Depois dos passos antes mencionados, utilizamos o lâpis explora­ dor para colocâ-lo sobre a ponta da raiz superior da orelha e lentamente procedemos â regulagăo do controle de sensibilidade do equi­ pamento ate que este chegue a emitir um som tenue, neste momento fica regulada a resistencia eletrica de acordo corn as caracteristicas individuais de cada paciente, para proceder â realizagăo da exploragâo dos pontos auriculares.

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Qualquer ponto do pavilhăo auricular que emită um som superior ao estabelecido, considera-se como um ponto de reagăo positiva ou de boa condutividade. A regulagâo da resistencia basal e individual para cada paciente, motivo pelo qual, ao exam inar um novo paciente devemos ajustar novamente o equipamento e, ainda, quando se termina de rastrear urna orelha e se comega a explorar a outra deve-se proceder â sua regulagâo. Ao realizar a exploragăo dos pontos auriculares levaremos em conta o tempo em que o som aparece, a intensidade do mesmo e especialmente as mudangas de frequencia deşte, logrando determinar, assim, os pontos de reagăo positiva media e forte. M eto do de E xplo racâo

Metodo Exploratorio de Forma Linear Atraves deşte metodo sâo rastreados todos os sistemas corporais, este se emprega geralmente para iniciar o exame diagnostico sobre o paciente, oferecendo informagăo sobre as mudangas patologicas, as­ sim como a historia de sua enfermidade; em geral, se efetua tendo em conta as regras seguintes: E xp lo ra gă o d e A c o rd o com a A n a to m ia Realiza-se na seguinte ordem: Fossa triangular. Concha cimba. Em torno da raiz do helix. Concha cava. Antitrago. Incisura do antitrago. Trago. Lobulo da orelha. Anti-helix. Cruz superior e inferior do anti-helix. Fossa escafoide. Helix. Dorso da orelha. E xp lo ra g ă o p o r S is te m a s e A p a re lh o s Em primeiro lugar, realizamos a exploragăo da tensăo arterial, logo a dos orgâos do sistema ginecologico e urogenital, o figado com seu Fu acoplado, o pâncreas, o sistema gastrointestinal, o sistema Cardior-

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respiratorie), o sistema nervoso, a face e os cinco orificios (boca, garganta, etc.) e o sistema osteom ioarticular (tronco e extremidades). D ije ren g a s In d iv id u a is n a E xp lo ra g ă o d e A m b a s as O relh as Ao realizar o metodo exploratorio, sempre devemos comegar pelo pavilhăo direito, os orgăos internos se distribuem em cada pavilhăo auricular segundo a posigăo destes em sua localizagăo anatomica sistemica, isto e, o figado, a vesicula (vias biliares), o apendice, etc. se exploram no pavilhăo auricular direito; por outro lado, temos que o pancreas, os intestinos delgado e grosso, coragâo, bago, etc. se explo­ ram no pavilhăo esquerdo. Os pontos como o pulmâo e os rins sâo explorados em ambos pavilhoes.

Metodo Exploratorio Exercendo Pressăo sobre o Ponto Este metodo emprega-se para explorar o ponto principal a tratar e e muito utilizado no diagnostico de pacientes corn urna enfermidade complexa. Na prâtica clinica, este metodo exploratorio e empregado antes de efetuar o tratamento para escolher o ponto especifico ou determinado. C o m o se R e a liz a e s te M e to d o Utiliza-se a ponta do instrumento explorador para realizar urna pressăo constante sobre cada ponto de form a paulatina ate detectar o ponto de reagăo mais positiva. Para a selegăo deşte ponto, toma-se como padrâo diagndstico o lim iar doloroso, assim como o grâu de resistencia eletrica dos pontos, pelo que quando selecionamos o pon­ to de reagăo positiva que guarda relagăo corn a enfermidade do pa­ ciente, devem-se explorar de m aneira comparativa outros pontos do pavilhăo que năo tenham relagăo corn a enferm idade e os sintomas, corn o proposito de isolar o verdadeiro ponto de reagăo positiva. Por exemplo, quando se explora o ponto hipotensăo para determinar se existe urna hipertensâo, devemos realizar urna exploragăo comparati­ va sobre o ponto hipertensor para determinar qual dos dois manifesta urna reagăo mais positiva, conhecendo o estado de tensâo arterial do paciente; pelo contrârio se ambos os pontos năo apresentam dor â pressăo, nem mostram mudangas morfologicas, entăo se fără urna diferenciagăo quanto â resposta reativa do ponto que se explora; se o ponto hipotensor mostra urna reagăo positiva debil, enquanto o ponto hipertensor se manifesta por reagăo forte, isto nos indica que o pa­ ciente apresenta um estado de hipotensăo arterial.

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Em outro exemplo, se quando se explora o ponto rim e este expressa urna reagăo positiva eom igual resposta nos pontos, nefrite, bexiga, prostata e endocrino, mas esta reagăo e mais forte nos pontos rim, nefrite e endocrino, entâo nos faz declarar que o paciente e portador de sepse das vias urinârias. Ambos os metodos exploratorios mostram-se diferentes, mas năo săo antagonicos nem divisiveis, razăo pela qual, na prâtica diâria, emprega-se desde o inieio da elaboragăo do diagnostico e, em geral, em unissono. R e g r a s E s t a b e l e c id a s d u r a n t e a E x p l o r a q A o E l e t r ic a do

P a v il h â o A u r i c u l a r • Quando se emprega o lâpis explorador para determinar os pon­ tos de reagăo positiva, devem-se seguir certas normas de manipulagăo para obter de cada ponto a maior informagâo diagnosti­ ca. Por exemplo, a pressăo que se exerce sobre o ponto deve ser uniforme, evitando o excesso ou a pobre pressăo sobre os pon­ tos que se exploram, desta maneira, podemos obter os seguintes resultados, segundo a intensidade da pressăo, isto quer dizer que se a pressăo sobre o ponto e excessiva podemos obter urna reagăo positiva falsa, pelo contrârio se a manipulagâo e leve nos limita a obtengâo de reagoes positivas durante a exploragâo, deixando escapar, em muitas ocasioes, as mudangas morfologicas presentes nos pontos de reagăo. • O tempo da pressăo que se exerce sobre o ponto corn o lâpis explorador deve ser uniforme para todos os pontos auriculares, considera-se tambem importante a velocidade no desloeamento do explorador sobre cada ponto. Devemos seguir as normas anteriores, jâ que do contrârio poderiamos obter variagoes na informagăo. Por exemplo, se o tempo de permanencia sobre um ponto for excessivo, isto provoca urna maior vascularizagăo da zona e, portanto, da condutividade eletrica, expressando em muitas ocasioes manifestagoes positivas falsas.

Classijicagăo dos Pontos com Reagăo Positiva Estes pontos se classificam em quatro lipos principais segundo as reagoes que se expressam na continuagăo: Ponto saudâvel ou normal, năo aparecem reagoes positivas. Ponto de reagăo positiva debil. Ponto de reagăo positiva. Ponto de reagăo positiva forte.

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A s p e c to s a s e L e v a r em C o n s id e ra g ă o • O aparecim ento de reagoes positivas durante a exploragâo eletrica pode obedecer a multiplas causas, que variam desde as caracteristicas do equipamento utilizado â forma de manipulagâo, constituigăo fisica do paciente, seja obeso, delgado ou atletico, estado emocional, umidade e tem peratura do pavilhăo au­ ricular, etc. Por esta razăo, antes de comegar a exploragăo eletrica do pavilhăo auricular devemos ter presentes estas variagoes, corn o fim de que as mesmas nâo exergam mudangas na respostas dos pontos. • A n tes de ex p lora r o p avilh ăo auricu lar, este năo deve ser higienizado nem manipulado, corn a manipulagăo da limpeza increm entam os a irrigagăo sangiiinea e a temperatura do pavilhâo auricular, isto favorece o aum ento da condutividade eletrica de toda a superficie auricular e corn isto, os pontos se mostram positivos em todos os casos. Se o paciente possui urna su­ perficie auricular muito oleosa ou realizou atividade fisica que incremente a sudagâo, se faz necessârio, entăo, proceder â lim ­ peza da mesma e urna vez realizada, deixa-se em repouso o pavilhâo auricular por um tempo nâo m enor que lOmin. Depois disto, realizam os a exploragâo eletrica. • No inverno, quando a circulagăo do Qi se faz mais profunda e lenta, esperamos 15min corn o paciente, urna vez no interior da consulta, para que iguale sua temperatura â do interior do recinto, e impor­ tante ter este aspecto presente, porque o frio causa urna vasoconstrigăo que eleva a resistencia eletrica do pavilhăo auricular, tornando dificil o aparecimento dos pontos reativos. • Nas pessoas que trabalham expostas âs influencias dos raios solares e ao sereno, a textura da pele do pavilhăo auricular modifîca-se, evidentemente, expressando um incremento da resistencia eletrica que torna dificil o aparecimento dos pontos de alta condutividade, nestes casos e convenienţe, antes de realizar a exploragăo, aplicar sobre a superficie auricular urna solugăo de soro fisiologico, esperar 15min e realizar o diagnostico. Se apesar do antes realizado, a sensibilidade se conserva baixa, entăo, devemos umedecer o eletrodo que o paciente sustenta em sua măo corn urna solugăo de âlcool de 75% ou soro fisiologico para aumentar a condutividade. • A pele do pavilhăo auricular das criangas e fina e delicada, razăo pela qual o valor de sua resistencia eletrica e muito m enor que o das pessoas adultas, alem disso, o desenvolvim ento de seu sis­ tema nervoso ainda nâo se consolidou completamente, isto faz corn que os receptores dolorosos se comportem ainda deficien-

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tes fisiologicamente, isto cria uma discordância entre os pontos de alta condutividade e a sensibilidade dolorosa destes, que devemos ter presente no momento de fazer o diagnostico. • Antes de realizar a exploragâo eletrica, devemos ajustar a sensi­ bilidade do equipamento, para isto se emprega como referencia o ponto de resistencia basal do pavilhăo auricular, que nos oferecerâ o nivel de resistencia limite para comegar a explorar. • E importante conhecer o tipo de explorador que estamos empregando como metodo de pesquisa, isto quer dizer seu tamanho, diregăo com que se manipula e a pressăo que se exerce. A ponta do eletrodo explorador deve ter um diâmetro 1,5 a 2 mm, com uma superficie romba e lisa, para evitar que a ponta provoque estimulos fortes sobre o pavilhăo auricular, fato que falsifica a coleta de dados. A diregăo do movimento de rastreamento deve seguir as normas estabelecidas de acordo com a distribuigăo dos pontos auriculares, demonstrou-se que ao explorar os pon­ tos auriculares em uma diregăo e depois em outra, os valores da condutividade modificam-se pelo que podemos esbogar a existencia de pontos que so săo explorâveis em uma so diregăo. • Existem pontos fisiologicamente sensiveis e aqueles que se apresentam patologicamente sensiveis, fato importante a diferenciar durante a exploragăo eletrica, assim temos que, ao realizar a exploragăo sobre a fossa triangular, a concha cimba, a fossa escafoide, a incisura do intertrago, a concha cava, as manipulagoes de pressăo do lâpis explorador devem ser leves, simultaneamente deve-se dirigir a atengăo sobre determinados pontos dentro destas âreas, por exemplo: utero, bexiga, intestino grosso, esofago, endocrino, cârdia, prostata, ponto da articulagăo do ombro e da clavicula, nos quais podemos encontrar um som agudo com ou sem estar acompanhados de dor ă pressăo, assim como, mostrar ou năo mudangas morfologicas. Do mencionado anteriormente, podemos resumir expressando que sobre estes pontos e necessârio utilizar metodos exploratorios combinados; por exemplo, se o ponto estomago emite uma reagăo positiva, isto nos induz a pensar em uma afecgâo deşte orgâo, mas se a afecgăo tem um carâter estrutural tambem podemos obter mudangas morfologicas e da coloragâo do mesmo.

DIAGNOSTICO ATRAVES DA DIFERENCIAQÂO DE SÎNDROMES Atraves dos metodos de observagăo, palpagăo e exploragâo eletri­ ca, podemos coletar os sinais e manifestagoes suficientes para a elaboragâo do diagnostico.

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M e t o d o s d e D e t e r m in a c ă o D ia g n o s t ic a

Anălise das Zonas Reativas A reagăo positiva da zona do pavilhăo auricular correspondente â enfermidade nos apoia, nâo so na realizagăo da diferenciagâo diagnos­ tica como tambem que se possa localizar a mudanga patologica, na zona exata do organismo.

Anălise de Acordo com as Normas Estabelecidas nas Mudangas de Reagăo Positiva Uma enfermidade pode ter, simultaneamente, vârios pontos de rea­ găo positiva e por sua vez, um ponto de reagăo positiva pode expressar a manifestagâo de vârias enfermidades, alem disso, um mesmo ponto com reagăo positiva pode m anifestar o processo evolutivo da enfermidade, portanto, a anălise diagnostica do pavilhăo auricular, suporta um exame exaustivo. • Vârios pontos reativos para uma mesma enfermidade - Por exemplo, na hepatite cronica podemos observar uma reagăo positiva nos pontos hepatite, figado, centro da concha cimba, Sari Jiao, bago e ârea digestiva do subcortex. Quando estamos frente a um estado de neurastenia os pontos Shen Meri, rim, coragâo, ârea e ponto de neurastenia e a zona nervosa do subcortex tem uma reagăo positiva. • Quando um so ponto de reagăo positiva e manifestagâo de uma so enferm idade - Por exemplo, frente a um estado de hipotensăo o ponto hipertensor mostra uma reagăo positiva; frente a um estado alergico o ponto de alergia tem uma reagăo positiva; se existe Tb o ponto da Tb, tambem, se expressa de form a positiva; nas hemorroides o ponto ânus expressa-se com reagăo positiva, etc. • Quando um ponto de reagăo positiva se faz manifesto ante vâ ­ rios tipos de enferm idades - Por exemplo, o ponto rim pode mostra r um a rea găo p o sitiva a n te a fecg oes ren a is tais com o pielonefrite e prostatite, mas, tambem, se mostra positivo em afecgoes tais como: hiperplasia ossea, neurastenia, hepatite, alopecia, tinido, hipoacusia, etc.

Anălise de Acordo com a Teoria dos Canais e Colaterais e dos Zan g Fu A teoria dos Zang Fu, valioso legado da MTC, m antem outro pon­ to de vista sobre a fisiologia e a relagâo funcional dos orgâos, com

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urna v is â o d ife r e n te da m e d ic in a m o d e rn a . O e m p re g o da auriculopuntura estâ matizado, em grande medida, pelos principios teoricos desta disciplina, por esta, razâo pode-se ju stificar a presenga de um unico ponto de reagâo positiva frente a numerosas m anifestagoes de diversas sindromes. Por exemplo, entre as fungoes do rim podemos enum erar as seguintes: arm azena a essencia vital, gera a medula ossea e espinal, exterioriza-se atraves do ouvido, expressa-se na qualidade do cabelo, controla os liquidos corporais, capta o Q ipeitoral, etc., por esta diversidade funcional do rim nas enfermidades do sistema nervoso, urogenital, respiratorio, transtornos da audigăo, a alopecia, as lom balgias, as nefrites, etc., o ponto pode se m ostrar corn reagâo positiva. Quando realizamos a exploragâo eletrica e tactil em afecgoes onde esteja implicado o rim, em sua atividade funcional (pielonefrite, glomerulonefrite, Tb renal, etc), podemos encontrar urna reagâo positiva intensa corn sensagăo dolorosa â pressăo, assim tambem nas cardiopatias podemos encontrar reagoes positivas nos pontos do coragăo e do intestino delgado, visto neste ultimo pela relagâo interior-exterior que tem corn o coragăo . Nas afecgâes dermatologicas podemos encontrar reagoes positivas nos pontos do pulmâo e do intestino grosso, por exemplo, a acne ju ve­ nil e a constipagâo corn fezes secas nos traduz a presenga de calor acumulado no canal Yang Ming, motivo pelo qual, na exploragâo ele­ trica da auricula, encontramos positivos os pontos do pulmâo, intes­ tino grosso e estomago, justificado pela relagâo que estabelece o canal do pulmâo em sua trajetoria desde o Jiao medio e sua relagâo corn o intestino grosso. Nos quadros de cefaleia do tipo enxaqueca distribuida trajeto do canal Shao Yang do pe, podemos encontrar ao explorar o pavilhăo auricular, o ponto da vesicula biliar positivo que, normalmente apresenta-se, segundo o tempo de evolugăo, corn urna proeminencia em forma de cordâozinho, alem disso, a presenga ou năo de proeminencias nas âreas de Tai Yang e fronte.

Anălise Diagnostica de Acordo com a Teoria da Medicina Moderna O comego, desenvolvimento e evolugăo de urna enfermidade e um processo complexo que se apresenta como um desajuste em algum local de nossa fisiologia, sistema, estrutura ou orgăo e, nos casos graves, pode repercutir na atividade metabolica e funcional de todo o organismo, manifestando-se atraves de uma serie de sintomas e sinais complexos. Por isto, e usual encontrar durante a exploragăo do pavilhăo

Diagnostico

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auricular vârtos pontos reativos, alguns dos quais podem ser argumentados sob a anâlise teorica da medicina moderna. Por exemplo. na ulcera gastroduodenal podemos encontrar manifestagoes positivas nos pontos simpâtico, subcortex, estomago e duodeno. Sob as consideragoes da medicina moderna, as ulceras gastroduodenais guardam urna estreita relagăo corn a fungăo do cortex cerebral e corn os orgăos internos, isto quer dizer que sob situagoes estressantes constantes, pode-se desencadear a formagâo de ulceras pepticas que aparecem pela influencia que exercem as mudangas neurovegetativas sobre a secregăo de âcido cloridrico, a nivel da mucosa gastroduodenal.

DIAGNOSTICO DAS ENFERMIDADES MAIS COMUNS M e d ic in a I n t e r n a

Sistema Digestivo G a s trite A g u d a Observagăo - Na ârea de estomago podem-se observar pontos ou pequenas âreas de cor verm elho-clara, acom panhada de brilho. P a lp a g ă o - Encontramos dor â pressăo, grâu I. Exploragăo eletrica - O ponto m ostra urna reagâo positiva do tipo (+). G a s trite C ro n ica • Gastrite cronica de tipo superficial Observagăo - Na ârea de estomago, observa se urna proeminencia em form a de gom o de cor branca, sem bordos bem delimitados. Palpagăo - A proeminencia, antes descrita na observagăo, pode ser sentida â palpagăo corn certa dureza, tambem, pode-se palpar a presenga de cordoezinhos nesta ârea. Exploragăo eletrica - A ârea de estomago apresenta urna reagâo positiva do tipo (+). • Gastrite cronica do tipo hipertrofica Observagăo - A ârea de estomago mostra urna proeminencia que cobre urna grande zona e que possui bordos bem definidos. Palpagăo - Na proeminencia, antes descrita, pode-se palpar urna textura de certa dureza. Exploragăo eletrica - Na m esma se mostra urna reagâo positiva do tipo (+).

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• Gastrite cronica do tipo atrofica Observagăo - Neste caso, pode-se observar a ârea de estomago aplanada ou corn uma leve depressâo, corn a superlicie enrugada ou com marcas, que podem ser de cor vermelha ou branca. Palpagăo - Com este metodo diagnostico, podemos encontrar dor â pressăo, grâu I. Exploragăo e le trica - Pode-se constatar uma reagăo positiva do tipo (+). G a strite C ron ica e A g u d a em P e rio d o d e C rises Observagăo - Na ârea de estomago, observa-se uma proeminencia de cor branca, acompanhada de pontos de cor avermelhada, brilhante. Palpagăo - A ârea de estomago mostra dor â pressăo, graus I II. Exploragăo eletrica - Mostra uma reagăo positiva do tipo (+/++). U lcera P e p tica • Em periodo ativo Observagăo - Na ârea de estomago, observa-se a presenga de telangiectasia, em forma de pontos ou em pequenas âreas circunscritas. Hâ ocasioes em que se podem observar depressoes do tamanho de um grâo de arroz pequeno ou gergelim, que tem bordos claros e uma textu­ ra brilhante, podendo estar acompanhada de telangiectasia. Palpagăo - Quando palpamos podemos perceber a depressâo com dor â pressăo, grâu II. Exploragăo eletrica - Apresenta-se com uma reagâo positiva evi­ dente do tipo (+). • Em Periodo năo ativo Observagăo - Pode-se perceber, na ârea de estomago, uma depressăo com pontos de cor cinza-violâceo. Palpagăo - Pode-se palpar dita depressâo, mas năo se apresenta dor â pressăo. Exploragăo eletrica - Percebe-se, no ponto estomago, uma reagâo positiva debil do tipo (+/-). • Ulcera cicatrizada Observagăo - Na ârea do estomago, podemos ver marcas de pon­ tos de cor parda. Palpagăo - Pode-se palpar, na ârea de estomago, um cordăozinho. Exploragăo eletrica - Percebe-se uma reagâo positiva debil do tipo (+/-)• U lcera D u o d e n a l • Periodo ativo Observagăo - Pode-se observar, na ârea do ponto duodeno, uma depressâo do tamanho aproximado de um grâo de gergelim, com bor-

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dos bem delim itados e cor vermelha. O tergo externo da raiz do helix, pode apresentar telangiectasias que se ram ificam para o ponto pan­ creas, vesicula biliar. P a lp a g ă o - Pode-se perceber dor â pressâo, graus II-III. Exploragăo e le tric a - O ponto duodeno m ostra urna reagăo positiva forte do tipo (++). • Periodo nâo ativo Observagăo - Observa-se, na ârea do ponto duodeno, uma depressăo do tamanho aproxim ado de um pequeno grăo de gergelim, de bordos bem delim itados e de cor cinza-violâceo. No bordo superior da raiz do helix, pode-se ver a presenga de telangiectasia de cor violacea. P a lp a g ă o - Percebe-se, no ponto, dor â pressâo, graus I-II. Exploragăo eletrica - Encontramos no ponto uma reagăo positiva do tipo (+). • Ulcera cicatrizada O b serva gă o- Na ârea do ponto duodeno, observa-se uma depressăo do tamanho aproxim ado de um pequeno grăo de gergelim, de bordos bem delineados e cor parda. No bordo superior da raiz do helix tambem se podem observar angiectasias de cor violâcea. Palpagăo - Pode-se palpar um cordăozinho corn a ausencia de dor â pressâo. Exploragăo eletrica - No ponto duodeno pode-se ou nâo perceber reagăo eletrica, se esta aparece e positiva, debil, do tipo (+/-). D u o d e n ite Observagăo - Na ârea do ponto duodeno, pode-se observar um averm elham ento de bordos irregulares. P a lp a g ă o - Na ârea do ponto, pode-se palpar uma depressâo leve. Exploragăo eletrica - O ponto m ostra-se corn uma reagăo positiva do tipo (+). E n te rite A g u d a Observagăo - Na ârea do ponto intestino grosso, pode-se observar uma zona de angiectasia de cor verm elho-clara, corn brilho e textura engordurada; em poucos casos, pode-se ver a presenga de pâpulas. Palpagăo - A superficie do ponto se palpa lisa ou com uma leve depressâo, acom panhada de dor â pressâo, grâu 1. Exploragăo e le tric a - Pode-se constatar uma reagăo positiva do tipo (+)■

D ia rre ia C ro n ic a Observagăo - Na ârea do ponto intestino grosso, observa-se uma zona de depressâo de cor verm elho-escura e muito engordurada.

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Palpagăo - Sente-se uma depressăo, acompanhada de dor â pressăo, grâu I. Exploragăo e le trica - O ponto intestino grosso mostra-se com uma reagâo positiva do tipo (+). Se os pontos alergia e endocrino tambem mostram uma reagâo positiva â exploragăo eletrica, e manifestagăo de uma colite do tipo alergica. C onstipagăo Observagăo- Pode-se perceber, na ârea do ponto intestino grosso, uma proeminencia, em forma de cordăo, que pode estar acompanha­ da de descamagăo. Palpagăo - Palpa se um cordăo proeminente, de uma textura soli­ da ou, tambem, se pode palpar um cordâozinho mais fino. Exploragăo eletrica - O ponto intestino grosso mostra-se com uma reagâo positiva debil do tipo (+/-). D esorderts In testin a is Observagăo - Na ârea do ponto intestino delgado, pode-se observar uma proeminencia de cor esbranquigada, que pode estar acompa­ nhada de um edema que se distribui ate o ponto centro da concha cimba. A ârea do ponto intestino grosso pode mostrar uma superficie lisa ou uma pequena depressăo, em ambos os casos de cor vermelha ou purpura. Palpagăo- Na ârea do ponto intestino delgado, pode-se palpar uma proeminencia, tambem ao examinar os pontos bago e intestino delga­ do, observa-se que fica uma marca â pressâo de cor pâlida. Tanto na ârea do ponto intestino delgado como grosso năo se faz clara a presenga de dor â pressâo. Exploragăo eletrica - Os pontos intestino grosso e delgado, bago, alergia e subcortex mostram uma reaqăo positiva do tipo (+). S in d rom e de M ă A b sorgă o nas Criangas No diagnostico deşte processo patologico, a exploragăo eletrica desempenha um papei fundamental. Desta maneira, podemos perce­ ber que existe uma reagâo positiva do tipo (+), nos pontos intestino delgado, ârea digestiva do subcortex, bago e endocrino. H e p a tite A g a d a Observagăo - Na ârea representativa do ponto figado, pode-se observar a presenga de pontos ou pequenas zonas de cor vermelho-clara, com brilho.

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P a lp a g ă o - A palpagăo podem os observar a presenga de um a m a r­ ca de cor verm elha, apos passar a ponta do equipam ento explorador pelo ponto, a qual perm anece por um tem po prolongado, tambem, o ponto figado m anifesta dor â pressăo, grâu I. Exploragăo eletrica - Os pontos hepatite e figado, m ostram uma reagăo positiva do tipo (+). H e p a tite C ro n ic a Observagăo - A ârea do ponto figado m ostra uma proem inencia de cor branca, sobre a qual tam bem se podem observar pontos de cor acinzentada. Palpagăo - Pode-se perceber sobre a proem inencia de cor branca, um dor â pressăo, grâu I. A m arca deixada pelo explorador e de cor branca e perm anece durante um tem po prolongado. Exploragăo eletrica - Os pontos hepatite e figado m ostram uma reagâo positiva do tipo (+). Se o ponto hepatite apresenta um a reagăo positiva ao diagndstico eletrico e o ponto figado năo, na m aioria dos casos, nos fala de historia de disfungâo hepatica no paciente. Por outro lado, se o ponto hipoedndrio m ostra uma reagâo positiva do tipo (+), enquanto que no ponto figado năo se observa reagâo positiva â exploragăo eletrica mas, caso se m anifeste doloroso â pressăo, nos faz pensar, tambem, em uma disfungâo hepâtica. C irro s e H e p a tic a O b serva gă o- Pode-se observar na ârea do ponto figado, um a coloragăo acinzentada, enquanto que no ponto bago observam os a pre­ senga de uma proem inencia. Palpagăo - A ârea do figado năo m ostra uma dor clara â pressăo, mas na ârea do ponto bago podem os palpar um cordâozinho ou uma proem inencia em form a de cordăo, tambem, no ponto esofago palpa­ se um cordâozinho. Exploragăo eletrica - Nos pontos figado, hepatite, esofago, bago, subcortex e endocrino, encontram os um a reagăo positiva do tipo (+). H e p a to m e g a lia Observagăo - Na ârea do ponto figado, observa-se um a proem i­ nencia de cor branca corn bordos bem delimitados. Palpagăo - Ao realizar a manobra de palpagăo na ârea do ponto figa­ do, para determinar a presenga ou nâo de hepatomegalia, deve-se colocar especial atengâo â existencia ou năo de cordoezinhos, os quais, desempenham um papei fundamental no diagndstico desta enfermidade.

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Para realizar este diagnostico utiliza-se o seguinte metodo: • Primeiramente tragamos uma linha imaginâria desde o ponto estomago ate o ponto hipocondrio, depois do que, se localiza o ponto central desta linha, ficando estabelecido que desde este ponto ate o ponto hipocondrio se localizară a zona de hepatomegalia. • Posteriormente, esta linha (a qual abrange a zona de hepatomegalia) e dividida em quatro partes iguais, desde o ponto hipocon­ drio para dentro, onde cada um destes quartos de linha representarâo um centimetro de hepatomegalia. • Ficando estabelecido o padrâo de medigăo seguinte: a) Quando o tamanho do figado e normal - Nas imediagoes do ponto hipocondrio, nâo se palpam a presenga de cordoezinhos. b) Quando se palpam os bordos do figado no exame fisico - Nas imediagoes do ponto hipocondrio. aparecem cordoezinhos alinhados em paralelo a este ponto. c) Quando existe hepatom egalia - Para determ inar o tamanho da hepatomegalia, se tomarâ em conta, quantos quartos da linha, previam ente fragmentada, ocupa ou os cordoezinhos palpados, realizando a conta desde o ponto hipocondrio, para dentro. Assim temos que, se o cordăozinho chega ao prim eiro quarto de linha, a hepato­ m egalia terâ o tamanho de lcm, se chega ao segundo quarto de li­ nha, entăo o aumento de tamanho seră de 2cm, assim sucessivam ente ate os 4cm. C o le cis tite A g u d a Observagăo - Na ârea do ponto vesicula biliar, observa-se uma coloragâo vermelho-clara, corn brilho. P a ip a g ă o- Se faz evidente a dor â pressăo. graus I II. Exploragăo eletrica - Os pontos hepatite e vesicula mostram uma reagăo positiva do tipo (+). C o le cis tite C ron ica Observagăo - Na ârea do ponto vesicula biliar pode-se observar uma proeminencia em forma de cordăo ou gomo, de cor branca. Paipa gă o- Palpa-se uma proeminencia de textura solida, que pode estar acompanhada por um cordăozinho com dor â pressăo, grâu I. Este cordăo, em geral, corre paralelo ao anti-helix e, tambem, pode se mostrar com a forma de um grăo de arroz. Exploragăo eletrica - Encontra-se no ponto uma reagăo positiva debil do tipo (+/-).

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C o le cis to litia s e Observagăo - No dorso da orelha, a nivel da ârea do ponto vesîcula biliar, a pele assume uma coloragâo vermelho-clara, com brilho, tam ­ bem, se podem observar neste nivel, pregas rugosas, com presenga de pâpnlas, que podem se apresentar em numero de uma ate vârias. Na ârea do ponto, pela parte ventral do pavilhăo auricular, observamos uma proeminencia de cor branca, que pode ter forma arredondada e alcangar o tamanho de um grâo de arroz. P a lp a g ă o- Na palpagăo sente-se, na ârea do ponto, a presenga de cordoezinhos e na mesma ârea pela parte dorsal do pavilhăo, pode-se palpar um quisto redondo. Exploragăo eletrica - Tanto na ârea do ponto vesîcula tanto pela parte ventral da orelha, como por sua parte dorsal, podem-se encontrar reagoes positivas fortes e muito fortes do tipo (+/++). A n g io c o lite Observagăo - Nos pontos vesîcula e duodeno, podem-se observar depressoes de cor verm elho-clara ou cinza violâceo, tambem, pode-se ver a presenga de telangiectasias de cor violâcea. Palpagăo - Ao palpar o ponto de vias biliares percebe-se uma depressăo, um cordăozinho ou uma proeminencia em form a de cordâo, com dor â pressăo, graus I-II. Exploragăo eletrica - Encontra-se uma reagăo positiva e positiva forte (+/++), no ponto vias biliares. E s p le n o m e g a lia O bservagăo- Na ârea de bago da orelha esquerda, pode-se obser­ var uma proeminencia de cor vermelho-acinzentada. Palpagăo - O diagnostico atraves da palpagăo, desempenha um papei fundamental na determinagăo da existencia de esplenomegalia. Normalmente, o ponto bago localiza-se tragando uma linha desde o ponto estomago (lugar onde desaparece a raiz do helix) e o bordo interno da incisura inferior do anti-helix. Quando existe esplenom e­ galia, em geral, os pontos reativos correm por cima e por fora desta linha. Se o ponto bago se encontra normal, mas por cima deşte encontramos a presenga de cordoezinhos, acompanhados de marcas que perduram apos a exploragâo, isto e indicativo da presenga de esple­ nomegalia. Se palpamos cordoezinhos que correm paralelos, â zona onde desaparece a raiz do helix ou ao bordo interno do anti-helix, nos indica, tambem, a presenga de esplenomegalia.

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Exploragao eletrica - O ponto baco mostra uma reagăo positiva do tipo (+).

Sistema Respiratorio R e s fria d o C o m u m No resfriado comum, a exploragăo dos pontos de alta condutividade, e fundamental para o diagnostico. Assim temos que, quando os pontos pulmâo, laringe-faringe, nariz interno e traqueia, mostram uma reagăo positiva â exploragăo eletri­ ca do tipo (+), entăo, podemos considerar que estamos diante de um resfriado comum. B ro n q u ite C ro n ica Observagăo - Na ârea do ponto bronquio, encontramos uma proeminencia de cor branca e sem brilho; e pouco frequente, nestes casos, observar a presenga de pâpulas. Palpacăo - No ponto bronquios pode-se palpar a presenga de um cordâozinho ou de uma proeminencia mas, năo existe uma dor evi­ dente â pressăo. Exploragăo eletrica - O ponto bronquios mostra uma reagăo positi­ va do tipo (+). Se o ponto bronquios e o ponto pulmâo apresentam uma reagăo positiva (+), ou uma reagăo positiva forte (++), indica a presenga de bronquite ou enfisema pulmonar. A s m a B ro n q u ia l Na asma, o diagnostico se realiza, basicamente determinando os pontos reativos â exploragăo eletrica, por isso quando os pontos pul­ mâo, bronquios, endocrino, Ping Chuan e alergia, mostram uma reagâo positiva do tipo (+). pode-se considerar a presenga de um quadro de asma. B ro n q u ie cta s ia ObservaQăo - Nos pontos bronquios e pulmăo, pode-se observar um cordăo de cor vermelho-escura, sem brilho. Tambem, no ramo inferior do ponto pulmăo, podemos ver a presenga de telangiectasias que correm horizontalmente, na ârea de pulmăo. Palpacăo - Tanto no ponto bronquios, como no ramo inferior do ponto pulmăo, podem-se palpar numerosos cordoezinhos. Exploragăo eletnca - O ponto bronquios mostra uma reagăo positi­ va do tipo (+).

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T u b e rc u lo s e P u lm o n a r • Em periodo ativo O bservagă o- No ramo inferior do ponto pulmâo, pode-se observar a presenga de uma pâpula de cor verm elho-clara com brilho. Em pouquissimos casos, sangra depois de limpar a zona com o aposito de algodăo. PalpaQăo - No ramo inferior do ponto pulmâo, podem-se palpar irregularidades, com a presenga de depressoes e proeminencias. Exploraqăo eletrica - O ponto da Tb e o ramo inferior do pulmâo, mostram uma reagăo positiva forte do tipo (++). • Tb calcificada Observagăo - No ramo inferior do ponto pulmâo, observam-se de­ pressoes, como a marca que deixaria uma agulha ao picar, estas de­ pressoes podem ser desde uma ate vârias. Tam bem podem observarse pontos de cor branca ou pâpulas de cor acinzentada, de bordos bem definidos. Palpaţăo - Pode-se palpar sobre o ramo inferior do ponto pulmâo, a presenga de cordoezinhos ou pequenos nodulos. Exploragăo eletrica - O ramo inferior do ponto pulmâo e o ponto Tb, mostram uma reagăo positiva do tipo (+).

Sistema Cardiovascular H ip e rte n s ă o e H ip o te n s ă o A rte ria l Na medigăo do estado da tensăo arterial no paciente, e vital o uso do equipamento explorador auricular, o que nos ajudarâ a determinar a mesma segundo as variagoes da resistencia eletrica do ponto, que por sua vez poderăo ser mostradas de acordo com as variagoes tonais do aparelho. Para isto, se testarăm somente os pontos hipotensor e hipertensor. Quando as eifras de tensăo arterial sâo normais, ao medir a reagăo nos pontos antes citados, estes darâo um tom de igual magnitude em ambos os pontos, o qual pode variar de uma reagăo positiva debil a uma reagăo positiva. Quando o paciente tem historia de hipertensăo ou de hipotensăo, mas no momento do diagnostico, sua pressâo se encontra nas eifras normais, seja pelo uso de m edicamentos ou, outro metodo, entâo encontraremos uma reagăo positiva forte de igual magnitude, em ambos pontos. Quando a tensăo arterial năo e normal, a magnitude e freqiiencia do tom no aparelho năo se mostra igual em ambos pontos. Assim temos que, se o ponto hipotensor mostra uma reagăo positiva forte, o

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que como jâ sabemos equivale ao aumento do volume e frequencia do tom no aparelho, enquanto que o ponto hipertensor mostra so urna reagâo positiva ou positiva debil, podemos assegurar que, nesse momento, o paciente apresenta a tensâo arterial acima dos niveis normais. • Hipertensăo Observagăo - Pode se observar a presenga de urna proeminencia, no ponto hipotensor. P a lp a gă o- Quando no ponto hipotensor se palpa um cordăozinho, podemos dizer que a hipertensăo estâ relacionada corn a presenga de arteriosclerose. Exploragăo eletrica - No ponto hipotensor encontramos urna rea­ gâo positiva forte do tipo (++), enquanto que no ponto hipertensor năo existe reagâo positiva, e debil ou simplesmente positiva. • Hipotensăo Observagăo - Quando o paciente padece de hipotensăo cron i­ ca, no ponto hipertensor podem os observar a presenga de urna depressâo corn urna form a redonda ou triangular. Tam bem , pode aparecer um sulco, desde o ponto h ipotensor ate a zona 7 do lobulo da orelha. Exploragăo eletrica - Podemos encontrar no ponto hipertensor, urna reagâo positiva forte do tipo (++), enquanto que no ponto hipotensor năo existe reagăo positiva ou esta e debil. Se năo existe nenhuma reagăo no ponto hipotensor, significa que a pressăo arterial se encontra em 90 a sistolica e 60 a diastolica, aproximadamente, mas se no ponto hipotensor a reagâo e positiva, debil ou positiva, entăo nos indi­ ca que a cifra de hipotensăo e de 100 a sistolica e 60 a diastolica, aproximadamente. C a rd io p a tia Is q u e m ica Para o diagnostico desta enfermidade, usaremos o metodo de palpagâo e exploragăo eletrica, mas na orelha esquerda somente. Palpagăo - Podemos considerar que a palpagăo e o metodo diagnos­ tico fundamental, nesta patologia. Quando o paciente padece de ca r­ diopatia, palpam-se as seguintes reagoes na zona do ponto coragâo: • Depressăo acompanhada de edema. • Edema movedigo em toda sua periferia, que pode apresentar pregas e alcangar um tamanho mais ou menos como o de um grâo de ervilha. • Na metade superior e inferior da zona do coragăo, podemos palpar um cordăozinho ou urna proeminencia em forma de cordăo. • O ponto pode mostrar dor â pressăo, graus II-II1.

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• A pele da ârea do ponto coragăo, pode apresentar uma textura delgada, que se pode lacerar e sangrar com facilidade ao contato com a ponta do explorador. Exploragăo eletrica - Os pontos coragăo e ârea cardiovascular do subcortex mostram uma reagăo positiva ou positiva forte (+/++). T a q u ica rd ia P a ro x is tic a No caso desta patologia, se visa, com mais freqtiencia ao diagnostico atraves da palpagăo e da exploragâo eletrica. P a lp a g ă o - No quarto inferior da ârea do coragăo, pode-se palpar a presenga de um cordâozinho ou de um a proem inencia em form a de cordâo, com dor â pressăo, grâu I. Exploragăo eletrica - O ponto orgăo coragăo, a ârea cardiovascu ­ lar do subcortex e o ponto coragăo, m ostram um a reagăo positiva do tipo (+). B ra d ic a rd ia Observagăo - A ârea do ponto coragăo perde sua depressăo n or­ mal, podendo aparecer uma leve proeminencia. Palpagăo - Palpam-se irregularidades com uma textura de certa dureza, na ârea do ponto coragăo. Exploragăo eletrica - Podemos encontrar, no ponto coragăo, uma reagăo positiva do tipo (+). B lo q u e io A trio v e n tric u la r O bservacăo- Podem-se observar, na ârea do ponto coragăo, pâpulas pequenas, como pontas de agulha, de cor amarelo-escura. C a rd io p a tia R e u m ă tic a Observagăo - Observa-se uma grande irregularidade, na ârea do ponto coragăo, de coloragăo escura, tambem, pode-se ver a presenga de telangiectasia de margens bem delim itadas e que pode chegar ate o bordo inferior da raiz do helix ou ate a ârea do bago. Palpa^ăo - Palpa-se grande irregularidade da ârea de coragăo, acom panhada de dor â pressăo, grâu II. Exploragăo e le tric a - Obtem -se na ârea do ponto coragăo, uma rea­ găo positiva (+).

Sistema Nervoso C e fa le ia F ro n ta l Observagăo - Na ârea do ponto fronte, podem os ver a presenga de uma proeminencia, de configuragăo redonda ou uma proeminencia na form a de um grâo de arroz.

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Palpagăo - Pode-se palpar um cordâo ou uma proeminencia de textura mole, tambem, podem-se palpar cordoezinhos. Exploragăo eletrica - O ponto fronte mostra uma reagăo positiva do tipo (+). C efaleia T em p orop a rieta l Observagăo - Pode-se observar no ponto temporal de um so lado (do lado em que predomina a enxaqueca). a presenga de uma proemi­ nencia, sem um modelo de forma fixa. Palpagăo - Palpa-se de um so lado, uma proeminencia ou um cordâozinho, na regiăo do ponto temporal. Exploragăo eletrica - Presenciamos no ponto uma reagâo positiva do tipo (+). C efa leia O ccipita l Observagăo - O ponto occipital mostra uma proeminencia. P alpagăo- Pode-se palpar, na ârea do ponto occipital, uma proe­ minencia de textura mole. Exploragăo eletrica - O ponto occipital mostra uma reagâo positiva do tipo (+). C efaleia em V ertex Observagăo - Na regiăo do ponto vertex, pode-se observar a presenga de uma proeminencia. Palpagăo- Palpa-se, no ponto vertex, uma proeminencia de textu­ ra mole. Exploragăo eletrica - A ârea do ponto vertex mostra uma reagăo positiva, do tipo (+). C efa leia d e toda a Cabega Observagăo - Observa-se a presenga de proeminencias em todo o bordo externo do antitrago, sem forma regular, tomando as âreas dos pontos occipital, vertex, temporal e fronte. Palpagăo - No bordo externo do antitrago, podemos palpar a presenga de irregularidades, proeminencias ou cordoezinhos. Vertigens Observagăo - Na depressăo da ârea de tontura, pode-se observar a presenga de uma mudanga de coloragăo vermelho-clara. Palpagăo- Na ârea de tontura, palpamos uma depressăo pronunciada e na ârea do ponto occipital, a presenga de um edema movel.

Diagnostice)

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Exploragao e le tric a - Na ârea do ponto tontura, obtemos uma reagâo positiva do tipo (+). N e u ra s te n ia Observagăo - A ârea de neurastenia mostra uma proeminencia sem forma fixa, em cada caso. Palpagăo - Se usamos as pontas dos dedos indicador e polegar, para palpar o pavilhăo auricular, na ârea de neurastenia por seu lado tanto anterior como posterior, podemos sentir um espessamento da eartilagem corn uma textura de certa dureza. Exploragao eletrica - Podemos encontrar na ârea de neurastenia, o ponto coraqâo e a ârea nervosa do subcortex uma reagăo positiva do tipo (+). Se o ponto neurastenia mostra tambem uma reaqăo positiva, entâo, e indicativo de que o paciente possui tambem transtornos do sono de carâter leve, sonhos abundantes. pesadelos, despertar fâcil corn difieuldade para recuperar, novamente, o sono. Se o ponto de neurastenia e a ârea de neurastenia mostram uma reagăo positiva ou positiva forte, nos assinala que o estado de neurastenia, no paciente, e severo. D e so rd e n s d a A tiv id a d e N e u ro v e g e ta tiv a Neste caso, so levamos em consideraqăo o diagnostico atraves da exploraqâo eletrica, na qual encontramos uma reaqăo positiva do tipo (+), nos pontos simpâtico, coraqâo, rim, occipital, fronte e ârea nervo­ sa do subcortex. N e u ra lg ia d o T rig e m e o Na neuralgia do trigemeo, usaremos principalmente o diagnostico atraves da palpaqâo e da exploraqăo eletrica. Palpagăo - Os pontos paladar inferior e superior, lingua, maxilar superior e inferior, ârea do ponto olho e ârea de bochecha, se mostraram sensiveis â palpaqăo mostrando dor de graus II-III, sendo mais significativa na orelha do lado afetado. Exploragao eletrica - Os pontos nervo temporoauricular, ârea da bochecha, ouvido externo, boca e San Jiao, mostram uma reaqâo po­ sitiva do tipo (+). Para poder determinar que o ramo do nervo trigemeo se encontra afetado, levaremos em consideragăo as amostras de alta condutividade, sobretudo, nos pontos do paladar e do maxilar. Assim temos que, se os pontos paladar e maxilar superior mostram uma reaqâo positiva, entâo, podemos assegurar que a neuralgia parte do ramo superior do trigemeo. Se encontrarmos uma reaqâo positiva nos

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Auriculoterapia

pontos paladar e maxilar inferior, entâo, se pode dizer que o ramo afetado e o que inerva o maxilar inferior mas, se os pontos que mostram uma reagăo positiva sâo, olho, fronte e temporal, podemos assegurar que se encontra comprometido o primeiro ramo do trigemeo.

Urologia G lo m e n ilo n e frite C ro n ica Observagăo - A ârea de rim mostra uma proeminencia em forma de fatia, de cor branca, corn brilho ou pode apresentar uma pâpula, tambem, com uma superficie brilhante. Palpagăo - Os pontos rim, endocrino, alergia e nefrite, se mostram com dor â pressâo, grâu II. tambem, no ponto rim se pode palpar uma depressăo com edema. Exploragăo eletrica - Os pontos rim, endocrino, alergia e nefrite mostram uma reagâo positiva do tipo (+). P ie lo n e frite C ron ica Palpagăo - Os pontos rim e uretra mostram-se com dor â pressâo, grâu I, tambem, no ponto uretra pode-se sentir a presenţa de um cordăozinho. Exploragăo eletrica - Os pontos rim e uretra mostram uma reacâo positiva do tipo (+/-)• C is tite C ro n ica Palpagăo - Os pontos bexiga e uretra mostram dor â pressâo grâu I, tambem podemos palpar no ponto uretra a presenţa de um cordâozinho. Exploragăo eletrica - Os pontos bexiga e uretra mostram uma reaţâo positiva debil do tipo (+/-). In fecgă o d as V ias U rină ria s Palpagăo - Os pontos prostata, bexiga e uretra mostram dor â pressâo, grâu I, tam bem , no ponto uretra podem os palpar um cordăozinho. Exploragăo e le ln c a - Os pontos prostata, uretra e bexiga mostram uma reagâo positiva do tipo (+). D isfu n gă o S e xu a l Neste caso, o diagnostico e obtido so atraves da explorapăo eletri­ ca. Quando os pontos orgăos genitais internos, pelve, prostata, ure-

Diagndstico

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tra, rim, testiculo e endocrino m ostram uma reagâo positiva do tipo (+), entăo, podemos assegurar a existencia de disfunqoes sexuais, como impotencia, frigidez, etc.

Endocrino D ia b e te s M e lito Observagăo - O ponto glândula do pancreas, mostra um pequeno edema, de cor esbranquiqada. P a lp a g ă o- Levando-se em consideragâo as variaqoes que mostram as marcas deixadas pela ponta do explorador, temos que, quando o paciente estâ corn hiperglicemia, as reaqoes da m arca sâo muito mais pronunciadas e o edema mais claro e palpâvel. Exploragăo eletrica - Os pontos pâncreas e glândula do pâncreas, mostram uma reaqâo positiva forte do tipo (++). Se o paciente se encontra compensado, entăo, a reaqâo dos pontos seră, simplesmente, positiva e as reaqoes da marca năo serăo tăo notâveis.

Ortopedia L e s ă o A g u d a d o s T e cid o s M o le s A rtic n la re s Observagăo - Nos pontos da zona correspondente â lesăo, percebem-se averm elham ento e edemas. Palpagăo-N o ponto da zona correspondente, observa-se que lîca uma marca de cor vermelha, apos o uso do lâpis explorador, tambem, podemos ver que o mesmo ponto se mostra corn dor â pressâo, grâu II. Exploragăo eletrica - O ponto da zona correspondente se mostra corn uma reaqâo positiva ou positiva forte (+/ ++). L e s ă o R e cid iv a n te d o s T e cid o s M o le s A rtic u la re s Observagăo - No ponto da zona correspondente, podem-se observar mudanqas morfologicas, como proeminencias. Palpagăo - No ponto da zona correspondente, pode-se palpar a presenqa de cordoezinhos, cordoes e proeminencias. Exploragăo eletrica - O ponto da zona correspondente mostra uma reaqăo positiva, debil (+/-). ou uma reaqâo positiva (+). A rtrite A g u d a Observagăo - No ponto da zona correspondente. podemos observar um averm elham ento ou a presenqa de telangiectasia de cor vermelho-clara.

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A uriculoterapia

Palpagăo - No ponto da zona correspondente, obtem -se apos a palpagăo, um a m arca de cor verm elha que desaparece com rapidez e dor â pressâo, graus I-II. Exploragăo e le tric a - O ponto da zona correspondente, m ostra um a reagăo positiva ou positiva forte (+/++). A r tr ite C ro n ic a Observagăo - No ponto da zona correspondente, observam -se mudangas m orfologicas, que pode ser um a proem inencia de cor branca. Palpagăo - No ponto da zona correspondente, podem -se palpar irregularidades e a presenga de cordoezinhos. Exploragăo eletrica - O ponto da zona correspondente m ostra uma reagăo positiva debil do tipo (+/-). L e s ă o d a M u s c u la tu ra P a r a lo m b a r Observagăo - Esta patologia, em um estado cronico, m ostra, na regiăo lom bar do pavilhăo auricular, m udangas m orfologicas como proeminencias, cordoes, irregularidades ou pequenos nodulos. Quando se encontra em um estado agudo, entâo, observam os, na regiăo do ponto da m usculatura lombar, um averm elham ento, com a presenga de telangiectasias, de cor verm elho-clara. P a lp a g ă o - Podem ser palpadas cada um a das m udangas m orfologicas, descritas na observagăo. Exploragăo eletrica - O ponto da m usculatura lom bar m ostra uma reagăo positiva do tipo (+). H ip e rp la s ia d a s V e rte b ra s L o m b a re s Observagăo - Na regiăo lombar, pode-se observar a presenga de proem inencias em form a de segm entos ou com o um colar de perolas. Palpagăo - A o palpar a regiăo lombar, pode-se sentir a presenga de cordoezinhos que se localizarăo de acordo com as vertebras afetadas. Exploragăo eletrica - A zona correspondente ă regiăo lom bar mostrarâ um a reagăo positiva do tipo (+). M io fib ro s ite d o O m b ro e d a E s p a ld a Observagăo - No bordo externo do extrem o inferior do anti-helix, pode-se observar um a proem inencia de cor branca, de contornos irregulares. Palpagăo - Pode-se palpar um espessam ento da cartilagem da orelha, nesta parte, com um a textura de certa dureza.

Diagnos tico

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Exploragăo eletrica - O ponto da zona correspondente mostra uma reagâo positiva do tipo (+). E s p o ră o C a lcă n e o Palpagăo - No ponto calcanhar, palpa-se um cordâozinho e se faz doloroso â pressâo, grâu I. Exploragăo eletrica - O ponto calcanhar mostra uma reagâo positi­ va do tipo (+). E s p a s m o d os M u s c u lo s G a s tro cn e m io s Neste caso, explora se, eletricamente, onde podemos ver que o ponto dos musculos gastrocnem ios mostra uma reagâo positiva do tipo (+). C ia ta lg ia No caso desta patologia, obteremos o resultado diagnostico so atraves da exploragăo eletrica, observando nos pontos ciâtico, quadril, nâdega, prega poplitea, artieulagăo da joelho, musculos gastrocnemios, maleolo, calcanhar e artelhos, uma reagâo positiva ou positiva forte (+/++). C e rv ica lg ia Observagăo - Podemos observar, na ârea da regiâo cervical, diferentes mudangas m orfologicas, como proem inencias em forma de nodulos ou como um colar de perolas, tambem, pode aparecer um espessamento dessa parte da cartilagem . P a lp a g ă o- Na regiâo cervical, palpa se um espessamento da carti­ lagem, corn a presenga de cordoezinhos e irregularidades. Dependendo da regiâo, mais alta ou baixa do anti-helix que apresente as mudangas morfologicas, poderâ, entâo, se determ inar quais vertebras cervicais săo as m ais afetadas. Exploragăo eletrica - A regiâo cervical mostra reagâo positiva debil (+/-) ou, simplesmente, positiva (+).

Cirurgia H e m o rro id e s Observagăo - O ponto ânus mostra uma irregularidade, tambem, pode m ostrar uma proem inencia de cor branca. Quando hâ uma hem orroide externa, trom bosada, esta zona pode apresentar um avermelhamento ou a presenga de telangiectasia.

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A uriculoterapia

P a lp a g ă o - Quando hâ hemorroides externas, o helix na regiâo do ponto anus, deixa sentir, por baixo da pele mas, a nivel superficial, a presenga de um ou vârios cordoezinhos. Quando as hemorroides săo internas, pode-se palpar a existencia de um cordăozinho a nivel do ponto anus mas, corn mais dificuldade, precisando, para isto, de movim entos repetidos, da ponta do explorador, para buscar mais profundamente. E xp lo ra g ă o e le tric a - Q u a n d o hâ urna h e m o rro id e ex te rn a trombosada, o ponto ânus mostra urna reagâo positiva, debil. F is s u ra A n a l Observagăo - O ponto ânus pode m ostrar a presenţa de um nodulo corn os bordos avermelhados. Palpagăo - No ponto ânus, pode-se palpar um nodulo ou um cordâozinho. Exploragăo eletrica - O ponto ânus m ostra urna reagâo positiva, debil (+/-). P ro s ta tite C ro n ica Palpagăo - Os pontos prostata e uretra se fazem dolorosos â pressâo, grâu I. Exploragăo eletrica - Am bos os pontos anteriorm ente mencionados mostram urna reapâo positiva do tipo (+). H ip e rp la s ia d a P ro s ta ta Observagăo- Pode-se observar a form agăo de urna proeminencia, na ârea do ponto prostata. Palpagăo - No ponto prostata, palpa-se urna proeminencia corn urna textura de certa dureza e no ponto uretra se palpa a presenţa de um cordăozinho.

Ginecologia In fla m a g ă o P e lv ica Observagăo - O ponto pelve m ostra urna proem inencia ou pontos de coloragâo vermelha. Pa lp a g ă o- No ponto pelve, palpa-se urna proeminencia ou um cordâozinho. Exploragăo eletrica - O ponto pelve mostra urna reagăo positiva do tipo (+).

Diagndstico

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A n e x ite Observagăo - O ponto anexos do utero mostra uma proeminencia, em form a de cordăo, ainda tambem, pode-se observar a presenga de pontos de cor avermelhada. Palpagăo - No ponto anexos, pode-se palpar a presenga de uma proeminencia, em forma de cordăo ou de um cordăozinho. Se estas mudangas m orfologicas se observam em ambas as orelhas, entăo, podemos dizer que o processo inflamatorio estâ ocorrendo em ambos os lados, ou seja, em ambas trompas de Falopio. Exploragăo eletrica - O ponto anexo mostra uma reagăo positiva do tipo (+). C e rv icite Observagăo - O ponto colo do utero mostra uma depressâo de cor vermelha, de superficie engordurada, tambem, podemos observar a existencia de pâpulas e descamagoes. Palpagăo - Na depressâo form ada no ponto colo do utero, a pele torna-se fina, podendo se lacerar corn facilidade, caso se pressione corn forga a ponta do explorador. Tambem, o ponto pode mostrar dor â pressăo, graus I-II. Exploragăo eletrica - O ponto colo do utero mostra uma reagăo positiva do tipo (+). M e n s tru a g o e s Irre g u la re s • Menstruagăo abundante e adiantada Observagăo - O ponto utero se observa avermelhado, enquanto que, toda a zona periferica, m ostra um edema de cor branca. Palpagăo - No ponto utero, palpa-se uma depressâo, com a presenga de uma m arca que permanece apos a pressăo. Exploragăo eletrica - O ponto utero mostra uma reagăo positiva ou positiva forte (+/++). • Menstruagăo escassa e atrasada O bserva gă o- Podemos observar, neste caso, que a depressâo na­ tural da fossa triangular se torna mais aplanada. Palpagăo - No ponto utero, pode-se palpar uma proeminencia em forma de cordăo de textura solida. Exploragăo eletrica - O ponto utero m ostra uma reagăo positiva do tipo (+). H e m o rra g ia U te rin a D is fu n cio n a l Observagăo - Na fossa triangular, podemos observar um edema esbranquigado.

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Auriculoterapia

Palpagăo - Quando usamos a ponta do lâpis explorador, para rastrear em linha reta desde o ponto pelve ate o ponto utero, observamos a permanencia de uma marca de cor branca, profunda e que demora em desaparecer. Em torno desta marca que registra a ponta do explo­ rador, pode-se perceber a existencia de edemas perifericos, em toda a fossa triangular. F ib ro m a U terin o Palpagăo - Durante a palpagăo, em geral, pode-se sentir nas pacientes portadoras desta patologia, um cordâozinho que, freqiientemente, pode ser de 1 mm de grossura e de 2 a 3 mm de largura, sendo palpâvel, sempre, no pavilhăo auricular do lado onde se encontra o fibroma. Em mulheres que foram operadas de fibroma uterino, apos um mes de evolugâo as reexaminamos, notando o desaparecimento do cordâozinho. Exploragăo e le tric a - No ponto utero encontramos uma reagâo positiva do tipo (+). L e u co rre ia Observagăo - Na fossa triangular, observa-se uma coloragâo vermelho-clara, brilhante, corn a superficie gordurosa, tambem, pode-se observar descamagâo ou pâpulas, em forma de pontos. Palpagăo - Nos pontos da zona correspondente, pode-se palpar uma depressâo de cor vermelha, com a pele tăo delgada que se pode rasgar, ao passar a ponta do lâpis explorador, sangrando com faeilidade. Exploragăo eletrica - Pode-se encontrar, nos pontos da zona cor­ respondente, uma reagâo positiva do tipo (+).

Dermatologia U rtică ria A g u d a Observagăo - Observa-se um avermelhamento do ponto alergia. Palpagăo - O ponto alergia mostra uma marca, ao passar da ponta do explorador, de cor vermelha e que desaparece com relativa rapidez. Exploragăo eletrica - O ponto alergia mostra uma reagăo positiva ou positiva forte (+/++). U rtică ria C ro n ica Observagăo - O ponto alergia mostra um avermelhamento e no ponto pulmăo aparecem descamagoes.

Diagnostice?

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Palpagăo - No ponto alergia, palpa-se a presenqa de um edema, ficando uma marca, ao passar o explorador, de cor branca que desaparece com lentidăo. Exploragăo eletrica - O ponto alergia m ostra um a reapăo positiva do tipo (+). N e u ro d e rm a tite O bservagă o- Na ârea do ponto pulmăo e no ponto da zona correspondente â lesăo, observam os um a descamaqâo que năo sai com facilidade. No ponto da zona correspondente, tambem, pode-se observar que a textura da pele e rugosa e âspera, pode apresentar, da mesma forma, pregas profundas de coloraqâo m ais escura. Exploragăo eletrica - O ponto da zona correspondente e o ponto pulmăo mostram uma reagâo positiva debil, do tipo (+/-). D e rm a tite S e b o rre ic a Observagăo - Todo o pavilhâo da orelha m ostra-se engordurado e com descamaqăo. com zonas de cor verm elho-clara, com brilho. Exploragăo eletrica - Os pontos pulm ăo e endocrino m ostram uma reaqâo positiva do tipo (+). P ru rid o D e rm a to lo g ic o O bserva gă o- Todo o pavilhăo auricular m ostra-se seco, escamoso e sem brilho, apresentando estes sinais, m aior evidencia, nas âreas dos pontos pulmăo e alergia. Exploragăo eletrica - Os pontos pulmăo, alergia e o ponto da zona correspondente, m ostram um a reaqâo positiva do tipo (+).

Enfermidades dos Cirico Orgăos dos Sentidos F a rin g ite C ro n ica Observagăo - Pode-se observar a presenqa de um edema, desde o ponto boca ate o ponto traqueia. Palpagăo - No ponto traqueia, pode-se palpar a presenqa de uma depressăo. Exploragăo eletrica - Os pontos laringe-faringe, boca e traqueia, mostram um a reagăo positiva do tipo (+). A m ig d a lite C ro n ic a O bserva gă o-O ponto amigdala mostra uma proeminencia que pode estar acompanhada de pontos de cor verm elho-clara ou violâcea.

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Auriculoterapia

Palpagăo - O ponto am igdala apresenta um cordâozinho, ao ser palpado. Exploragăo eletrica - Os pontos amigdala, laringe-faringe e boca apresentam uma reagăo positiva do tipo (+). R in ite S im p le s O b s e rv a g ă o -O ponto nariz interno năo apresenta mudangas morfologicas, so de coloraqâo. Exploragăo eletrica - O ponto nariz interno m ostra uma reaqâo positiva do tipo (+). R in ite H ip e rtro fic a Observagăo - O ponto nariz interno mostra uma proeminencia, de cor branca que pode estar acom panhada de edema. Palpagăo - No ponto nariz interno, palpa-se uma proeminencia, em form a de fatia, corn uma textura de certa solidez. Exploragăo eletrica - O ponto nariz interno mostra uma reagăo positiva do tipo (+). R in ite A le rg ic a Observagăo - O ponto nariz interno mostra uma proem inencia de cor branca que pode estar acom panhada de edema. Palpagăo - O ponto nariz interno apresenta um edema. Apos passar o explorador pelos ponto nariz interno e alergia, observa-se a perm anencia de uma marca. Exploragăo eletrica - Os pontos nariz interno e alergia mostram uma reaqâo positiva do tipo (+). S in u s ite Observagăo - No ponto nariz interno, pode-se observar uma proe­ minencia, em form a de fatia, ao m esmo tempo, no ponto fronte podese observar a presenga de uma proem inencia de form a irregular. Palpagăo - Palpa-se no ponto nariz interno uma proem inencia de textura solida. Exploragăo eletrica - Os pontos nariz interno, pulm âo e fronte mostram uma reagăo positiva do tipo (+). G e n g iv o rra g ia Observagăo - No ponto boca, observa-se uma proeminencia, acom­ panhada de edema, que pode chegar ate o ponto traqueia. Tambem, no ponto m axilar inferior, pode-se encontrar uma proeminencia.

Diagndstico

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Palpagăo - Nos pontos m axilar inferior e superior, pode-se palpar uma proeminencia de textura mole e nos pontos boca e traqueia, palpa­ se a presenga de um edema. Exploragăo eletrica - Os pontos boca, traqueia, maxilar inferior e superior, mostram uma reagăo positiva do tipo (+). G e n g iv ite Observagăo - Nos pontos boca, m axilar superior e inferior, observa-se uma proeminencia, em forma de cordăo. Palpagăo -T a n to nos pontos boca, como nos de maxilar superior e inferior, palpa-se uma proeminencia de textura mole mas, sem a pre­ senga de marcas apos passar a ponta do explorador. Exploragăo eletrica - Os pontos boca, maxilar superior e inferior mostram uma reagăo positiva do tipo (+). U lcera s B u ca is Observagăo - Nos pontos paladar inferior, lingua e paladar supe­ rior, pode-se observar uma proeminencia de form a irregular. Palpagăo - Nos pontos mencionados anteriormente, pode-se pal­ par a presenga de uma proeminencia, em forma de cordăo ou a existencia de um cordăozinho. Exploragăo eletrica - O ponto do lobulo da orelha, correspondente â zona da boca ulcerada, mostrarâ uma reagăo positiva do tipo (+). M io p ia Observagăo - No ponto visăo 2, observa-se uma proem inencia de form a irregular. Palpagăo - N o ponto visăo 2, palpa-se uma proeminencia de textu­ ra mole. Exploragăo eletrica - Os pontos visăo 2 e olho mostram uma reagâo positiva ă exploragăo eletrica do tipo (+). A s tig m a tis m o Observagăo - Pode-se observar, nos pontos visăo 2 e fronte, a presenga de um a depressâo irregu lar ou em form a de ponto. Tam bem, no ponto fron te pode aparecer um a proem inencia em form a de cordăo. Palpagăo - Nos pontos visăo 2 e fronte, palpa-se uma depressâo. Exploragăo e le tric a - Os pontos visăo 2, frente e olho mostram uma reagăo positiva do tipo (+).

7. ‘Terapeutica Tluricutar Caracteristicas e M etodos

Atraves da experiencia clinica acumulada mediante o tratamento de auriculoterapia, podem-se comprovar os notâveis resultados que acarreta seu uso em determinadas enfermidades, assim como as situagoes em que fica proibido seu uso, devido âs conseqiiencias que poderia provocar; sobre estes aspectos e sobre os metodos de trata­ mento mais frequentemente usados tratară o seguinte capitulo.

CARACTERISTICAS T r a t a m e n t o d e E n f e r m id a d e s D o l o r o s a s Podemos assegurar que o tratamento atraves dos pontos auriculares produz um efeito notâvel no alivio do sintoma doloroso. Na continuaţâo, exporemos nossas experiencias no tratamento deşte tipo de patologia segundo as caracteristicas da mesma.

Dores por Traumas Externos Consideramos como enfermidades dolorosas ocasionadas por trau­ mas externos, aquelas que se encontram associadas a torqoes, punţoes, feridas, fraturas osseas, torcicolos, queimaduras, luxaqoes. Se-

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Auriculoterapia

gundo estatisticas confiâveis, no tratamento deşte tipo de enfermidades dolorosas, especialmente entorses lombares ou de qualquer outra extremidade, o resultado terapeutico oscila em torno de 95,8%, chegando a 67,2% de cura total.

Dores Pos-operatorias As dores produzidas por intervenpoes cirurgicas, seja dos orgăos internos, cerebro, torax, cavidade abdominal ou nas extremidades; as escaras; as dores fantasmas de um membro amputado; as sensaqoes de intumescimento e as dores articulares proprias da eonduta seguida pelo paciente no pos-operatorio, podem tratar-se com a auriculo­ terapia, garantindo um resultado terapeutico evidente. Na prâtica clinica, frequentemente. e possivel substituir o uso de medicamentos analgesicos potentes como a morfina, pela auriculote­ rapia.

Dor Derivada de Processos Inflamatârios Usando a auriculopuntura, tambem podemos tratar as dores provocadas por processos inflamatorios, tais como amigdalites, laringites, faringites, erisipelas, prostatites, mastites, inllam aţoes vasculares, otites e dores articulares produto de enfermidades reumâticas.

Dor de Origem Neurologica E conhecida, tambem, a efîcâcia do tratamento com auriculoterapia, nos casos das enfermidades cujas causas devem-se a disfunqoes neurologicas como: cefaleias, neuralgia do trigemeo, neuralgias intercostais, herpes zoster e ciatalgia. E possivel, tambem, o tratamento de dores oncologicas atraves da injegăo de medicamentos em pontos do pavilhăo auricular ou sobre suas raizes, produzindo um considerâvel alivio em afecqoes neoplâsicas.

Dor Derivada de Enfermidades Oncologicas No hospital Jie Lu, da provincia Guang Zhou, realizou-se um trabalho para o tratamento da dor oncologica, usando soluqăo de soro fisiologico em proporqoes de 0,1 a 0,2 cc, que se injetou no pavilhăo auricular para tratar certos tipos de dores derivadas do cancer de pulmăo, fîgado, tumores cerebrais, etc. Nos 40 pacientes tratados, 100% respondeu â terapia. Ao ser injetado o medicamento, durante aproximadamente lOmin, obteve-se um efeito analgesico superior ao produzido pela injeqâo de 100 mg de dolantina.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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T r a t a m e n t o d e E n f e r m id a d e s I n f l a m a t o r ia s Atraves do pavilhăo auricular, tambem, podem-se tratar enferm i­ dades de carâter inflamatorio, tais como conjuntivite aguda, queratite ulcerosa, piosites, otite media, laringofaringite, amigdalite, parotidite, pneumonia, bronquite, gastrite, enterite, apendicite, colecistite, inflamaqâo pelvica, cervicite, orquite e o processo inflamatorio produto do reumatismo. Por exemplo, em um consultorio da cidade de Lou Yang, provincia de Henan, realizou-se um estudo no tratamento da otite media, mediante o metodo de colocaqăo de sementes nos pontos auriculares; selecionando os pontos, ouvido interno, ouvido externo e tres pontos da concha cimba. Realizaram-se ate 23 sessoes de tratamento em pacientes que padeciam da enfermidade, obtendo-se um resultado terapeutico de 86,3%. T r a t a m e n t o d a s E n f e r m i d a d e s d o T e c id o C o l â g e n o A auriculoterapia produz mudanqas importantes sobre o tecido colâgeno, por meio dela se pode tratar a rinite alergica, purpura a ler­ gica, enterite alergica, lupus eritematoso, artrite reumatoide, alergia a certos medicamentos, dermatite alergica e urticâria. O tratamento sobre o pavilhăo auricular permite, alem disso, elevar a produqâo de corticoides pelo cortex supra-renal, obtendo-se um efeito reativo de carâter antiinflamatorio, alem de elevar o nivel imunologico. Fazendo um estudo comparativo no tratamento da rinite alergica, observando e estudando as secreqoes da mucosa nasal e o cerumen, antes e depois da terapia se chegou â conclusăo de que os niveis de IgE, nestas secregoes tiveram urna diminuiqăo de 1 grâu, proporcional ao retardo no aparecimento dos sintomas e a diminuiqăo e de mais de 50%, sobretudo, depois dos 6 meses de tratamento. T r a t a m e n t o d a s E n f e r m i d a d e s E n d o c r in o m e t a b o l ic a s e do

S is t e m a U r o g e n i t a l

O cisto simples de tiroide, o hipertiroidismo, o diabetes, obesidade, anorexia, o adenoma de hipofise, podem ser tratados por meio dos pontos auriculares. motivo pelo qual se considera que estes săo capazes de regular a atividade endocrina e fazer diminuir ou desaparecer os sintomas. Hâ de se ter em consideragăo, tambem, a reduqăo da administraqâo de medicamentos que se produz logo apos aplicar auriculoterapia.

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Auriculoterapia

T r a t a m e n t o d e E n f e r m i d a d e s d e C a r â t e r F u n c io n a l A auriculoterapia pode tratar, tambem, enfermidades de carâter funcional como as vertigens provocada por transtornos do ouvido interno, a taquicardia, palpitagoes, hipertensăo, disfungoes espasmodicas da musculatura, tanto lisa, como estriada, paralisia facial, neu­ rastenia, transtornos no sistema neurovegetativo, transtornos menstruais, transtornos endocrinos, hemorragias uterinas disfuncionais, etc., o que ficou demonstrado na prâtica clinica. Mediante a auriculoterapia se logra regular a atividade do cortex cerebral e as funqoes do sistema endocrino, conseguindo-se resultados terapeuticos notâveis, nas enfermidades de tipo funcional. T r a t a m e n t o d e E n f e r m i d a d e s d e C a r â t e r C r o n ic o Nas enfermidades osteomioarticulares degenerativas como a dor sacrolombar, a cervicalgia, a periartrite escapuloumeral e em outras enfermidades cronicas como, as sequelas de traumatismos cerebrais, a gastrite cronica, as ulceras duodenais, etc., o tratamento corn os pontos aurieulares combinados corn o uso de medicamentos, nos ga­ rante resultados notâveis mas, se necessita de um periodo de tempo mais prolongado que nas patologias de carâter agudo. T r a t a m e n t o d e E n f e r m id a d e s I n f e c t o - c o n t a g io s a s Atraves do pavilhăo auricular podem ser tratadas enfermidades como a tosse violenta, malâria, tuberculose, hepatite, parotidite, etc. Os pontos aurieulares tem fungâo antipiretica, eliminam o espasmo e a dor, por isto, se faz favorâvel o uso do tratamento auricular nas enfermidades infecto-contagiosas. Atraves desta terapeutica, se consegue elevar a imunologia, facilitando a recuperagăo mais râpida do paciente, valorizando sempre sua combinagăo corn o uso de medica­ mentos. Por exemplo, em um estudo realizado no Instituto de Medicina Tradicional de Dian Su, 120 pacientes portadores de bocio, foram divididos em dois grupos, um de tratamento e outro grupo-controle. O grupo-experiencia recebeu tratamento corn auriculoterapia obtendo-se um resultado de 96,67%, em 3,89 dias de tratamento. O grupocontrole recebeu tratamento corn o medicamento habitual alcangando-se um resultado de 81,67%, durante 6,13 dias de tratamento. Corn a auriculoterapia observou-se um aumento do resultado terapeutico em menos tempo, comparando-a corn o uso de medicamen­ tos habituais.

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Atraves dos pontos no pavilhâo auricular, podem ser tratados outros sintonias e enferm idades que nâo foram anteriorm ente citados, como e o caso do tabagismo, o uso de drogas, o alcoolismo, as intoxicagoes por ingestâo de alimentos, vertigens e tonturas ao viajar em autos e barcos, etc. De maneira similar, mediante auriculoterapia pode se tratar o resfriado comum, tambem, pode ser usado como metodo profilâtico e no tratamento estetico. Hoje em dia, jâ ninguem poe em duvida seu efeito analgesico em operaqoes cirurgicas. A s p e c to s a s e L e v a r e m C o n s id e ra g ă o A auriculoterapia nâo possui proibigoes no tratam ento das en fer­ midades, mas sim, hă caracteristicas dos pontos auriculares que devem os tom ar em conta e, que apresentam os na continuagăo: • Nos casos de cardiopatias graves, nâo e recomendâvel o uso da auriculoterapia, muito menos o emprego de um estimulo forte, como a eletropuntura ou a sangria. • No caso de enferm idades graves como a anem ia intensa, nâo e convenienţe punturar a orelha corn agulhas, se nâo, usar o m e­ todo de colocagăo de sementes. • A partir dos 40 dias ate os terceiro mes de gravidez, nâo e reco­ mendâvel o uso de Acupuntura, depois dos 5 meses, se o pa­ ciente necessita tratam ento pode-se usar o m etodo de colocagâo de sementes corn urna m anipulaţâo leve, levando em conta que nâo se devem usar pontos como litero, abdomen, ovârio e endocrino que podem levar ao aborto. • Aponta-se que a Acupuntura nâo deve ser usada durante a menstruaqăo mas, apos vârios anos de experim entos e experiencias, dem onstrou-se que no periodo da menstruaqăo nâo se produz nenhum efeito nocivo corn o emprego de auriculoterapia. Nâo obstante, recom endam os suspender o tratam ento durante a menstruaqăo e continuâ-lo urna vez term inada esta. • Nâo realizar auriculoterapia quando o pavilhâo da orelha esteja machucado por ulceras ou eczema. Nos casos de presenga destes transtornos ou em que as enfermidades do pavilhâo auricular nâo sejam de grande magnitude, podemos tratâ-las atraves dos seguintes pontos: ouvido externo, supra-renal e sangria no âpice da orelha. Desta maneira melhoramos a pele do pavilhăo da orelha.

METODOS Na atualidade, os m etodos e estimulos que se utilizam sobre os pontos auriculares para o tratam ento das enferm idades continuam

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apresentando um amplo desenvolvimento. Corn a introdugăo de tecnicas novas se ganha cada dia mais em eficiencia e resultados. Na continuagâo, mostraremos os metodos mais comumente usados para conseguir o estimulo dos pontos auriculares. T r a t a m e n t o c o m A g u l h a s F il if o r m e s Desde a antigiiidade, na China, tratados clâssicos como o Huang Ti Nei Jin recomendavam o uso das agulhas filiformes, em pontos do pavilhăo auricular, como se refere no capitulo Nove Tipos Bâsicos de Agulhas. Na atualidade, apesar de algumas tendencias năo recomendarem a puntura no pavilhăo auricular, todavia, se considera conve­ nienţe o uso das agulhas filiformes no tratamento das enfermidades, ainda que, com a introdugăo de certas mudangas quanto â forma e caracteristicas das agulhas utilizadas, em comparagăo âs descritas no Tratado Clâssico da Medicina Interna. As agulhas filiformes que se usam para o tratamento no pavilhăo auricular tem um cumprimento de 5 fe n e um diâmetro que pode variar nos calibres 26, 28, 30 ou 32 mm. As mesmas estâo providas de cabo, corpo e ponta, como todas as agulhas filiformes que se usam, normalmente, na Acupuntura somatica.

Preparacăo do Material Primeiramente, devemos garantir que as agulhas a se utilizarem se mantenham em urna solugâo anti-septica a năo menos de 75%, urna vez comprovado isto, procede-se â exploragâo do pavilhăo auri­ cular, para a buşea dos pontos mais reativos e que văo ser selecionados para a terapia. Antes de realizar a puntura. devemos proceder â esterilizagăo do pavilhăo auricular, jâ que a aplicagăo da Acupuntura no mesmo deve estar revestida de cuidados especiais, por ser a cartilagem auricular altamente sensîvel âs infecgoes e processos inflamatorios. Para a assepsia e anti-sepsia do pavilhăo auricular, usaremos âlcool ou outra solugâo anti-septica a năo menos de 75%. Comegaremos de dentro para fora e de cima para baixo, primeiro a parte ventral e depois a dorsal, de maneira tal que o pavilhăo auricular fique totalmente limpo. Deve-se colocar enfase especial nas tres cavidades ou conchas (cimba, cava e a periorbital do conduto auditivo).

Selegăo dos Pontos Auriculares O primeiro passo a seguir para a selegăo dos pontos auriculares e o diagnostico no pavilhăo auricular, usando o explorador eletrico para

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determinar quais săo os pontos reativos. Durante o diagnostico, os pontos que reagem de m aneira mais evidente e que estejam diretamente relacionados corn a enferm idade săo marcados com a ponta do explorador, de maneira que fique uma marca visivel que nos indique a posiqâo correta onde inserir-se-â a agulha. O paciente deve-se sentar corretamente, de forma tal que fique a uma altura comoda para a manipulapăo do terapeuta. Para a realizaqăo da puntura, o pavilhăo auricular deve ser sustentado com os dedos polegar e indicador da m âo esquerda, com o objetivo de estabilizar sua posiqăo e com o dedo m edio em purra-se desde a parte dorsal do pavilhăo, para fazer sair para fora a zona que vai ser punturada e desta m aneira, podem os dom inar com com odidade os graus em que a agulha pode ser inserida e m anipulada. Com a măo direita se sustenta a agulha pelo cabo, a qual se introduz no pavilhăo da orelha, no ponto que foi previam ente m arcado pelo explorador.

Manipulagdes Durante a Puntura com Agulha Filiforme In serg ă o d a A g u lh a A inserqăo da agulha, no pavilhăo, pode ser realizada das seguintes maneiras: Inserir a agulha rodando-a - Nesta manipulaqăo, a agulha e introduzida no pavilhăo auricular, realizando movimentos de rotaqâo râpidos, harmonicos e continuos. Inserir com p ic a d a - Depois de estabilizar o pavilhăo auricular com a mâo esquerda, com a direita aproxim amos a ponta da agulha ao ponto indicado, procedendo â introdugăo da agulha em um so movimento râpido e seguro. A intensidade da punqâo, nivel de estimulo e os metodos de manipulagâo deveni ser seguidos de acordo com as caracteristicas da en­ fermidade e o estado do paciente. In te n s id a d e d a P u n tu ra A intensidade da puntura pode ser de tres tipos: Intensidade forte. Intensidade leve. Intensidade neutra. A intensidade forte - Utiliza-se, em geral, em pacientes cuja pato­ logia e do tipo agudo ou em sindromes por excesso, sindromes por

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estagnagăo e enfermidades dolorosas. Este metodo e considerado do tipo dispersante. Intensidade leve - Utiliza-se em enfermidades com deficiencias ou em enfermidades do tipo cronico. Esta manipulaqâo e considerada tonificante. Intensidade neutra - Utiliza-se indistintamente em qualquer pato­ logia e e de uso muito frequente. E util quando nâo hâ clareza no diagnostico e na estrategia terapeutica correta a seguir. M e to d o d e P im tu ra O tipo de metodo de puntura com a agulha filiforme depende das caracteristicas de cada paciente. Os metodos a usar sâo: Metodo simples. Metodo de rotaqăo. Metodo de picada. Metodo simples - Depois de introduzida a agulha no pavilhăo auri­ cular e haver sentido a sensaqăo da chegada do Qi no ponto, mantemse a agulha colocada sem necessidade de produzir sobre esta nenhum movimento ou manipulagâo. Este metodo e usado, frequentemente, em pacientes ancioes e debeis ou em pacientes com enfermidades de longo periodo de evoluqăo, assim como no caso das crianqas. Metodo de rota gă o- Urna vez introduzida a agulha no ponto auri­ cular, comeqa-se a fazer movimentos giratorios de poucos graus a favor dos ponteiros do relogio e depois em sentido contrârio, de maneira harmoniosa e com velocidade constante; esta manobra se reali­ za em um periodo de tempo de 20 a 30s e e aplicada. em geral, em enfermidades cronicas. Metodo de picada - Depois de haver introduzido a agulha no ponto auricular, realiza se movimento de picadas, para cima e para baixo, com forqa e com urna duraqăo de 10 a 20s. Este tipo de manipulaqăo e adequada em enfermidades do tipo agudas e dolorosas. P ro fu n d id a d e d a P u n tu ra Na determinaqăo da profundidade da puntura, levaremos em consideraqăo a espessura da parte do pavilhăo auricular que vai ser punturada. Em geral, a profundidade em que se realiza a puntura e de 2 a 3 mm. O terapeuta deve assegurar-se que a agulha haja chegado â cartilagem, aderindo-se firmemente, sem balanceios ou m ovi­ mentos. Existe o criterio de que ao realizar urna puntura profunda na ca r­ tilagem auricular, sem que a agulha chegue a atravessar totalmente a mesma, produz-se um efeito notâvel no tratamento de enfermidades

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dermatologicas, especialmente nas sindromes por calor excessivo, dores agudas e processos inflamatorios. Pelo contrârio, em pacientes com enfermidades de longo periodo de evoluqăo, com criterio de vazio ou debilidade, deve-se fazer urna puntura muito mais leve e superficial para obter bons resultados. Esta puntura pouco profunda deve atravessar so a pele, sem chegar a aprofundar muito sobre a cartilagem. Em todos os casos deve-se ter a precauqăo de năo atravessar to­ talmente o pavilhâo auricular durante a puntura, jâ que isto pode provocar infecqoes locais. D ire ţă o d a P u n tu ra A puntura nos pontos das conchas cava, cimba e da fossa triangular, como orgâos genitais internos, coragăo, pulmăo, etc., deve ser realizada a 90° com respeito â superficie auricular. Ao punturar pontos da fossa escafoide ou do lobulo da orelha, como alergia, articulagăo do ombro, ombro, clavicula, etc., a inserqăo deve ser obliqua, a 15° de inelinaqăo. Na puntura obliqua e muito freqiiente a uniâo de vârios pontos que possuam urna mesma funqâo, ou seja, punturam-se com uma so agulha vârios pontos auriculares com fungăo semelhante. Por exemplo, pode-se punturar o ponto pelve, atravessando a agulha, obliquamente, ate o ponto orgâos genitais internos. Tambem, no lobulo da orelha pode-se unir o ponto maxilar superior, com o ponto maxilar inferior ou com a ârea de bochecha. Para punturar os pontos do bordo interno do trago ou da fossa do intertrago, como subcortex, laringe-faringe, endocrino, nariz interno, etc., geralmente se insere a agulha de forma obliqua de 45 a 60°. RetenQăo d a A g u lh a A retenqăo da agulha refere-se ao tempo que esta deverâ permanecer inserida no ponto depois de haver realizado a puntura. O tempo de retenqâo da agulha muda de acordo com as caracteristicas da enfermidade e do paciente. Em geral, este tempo năo e menor que 30min e o tratamento e mais efetivo quando se realiza em torno de uma hora, ainda que, existam casos em que a agulha pode ficar retida, ate lOh. Por exemplo, nas enfermidades cronicas e dolorosas, a retenqăo da agulha pode ser, comparativamente, mais longa. T o n ijica ^ ă o e D is p e rs ă o Os metodos de manipulaqăo de dispersăo e tonificaqăo no pavilhăo auricular estâo diretamente relacionados com o tempo em que se re-

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tem a agulha, seja este mais longo ou mais curto e com a intensidade do estimulo com que se manipule a agulha. Nos casos das enfermidades por excesso, por calor ou com sintomatologia dolorosa, realizam-se estimulos fortes, com puntura profunda e um tempo longo de retengăo da agulha para conseguir urna manipulagăo de natureza dispersante. Se tratarmos pacientes debeis, com enfermidades por vazio e por frio, se usam punturas com estimulos leves, de pouca profundidade e com um tempo de retenqăo muito mais curto, alcancando com isto um efeito tonificante. Em geral, para conseguir a manipulaqăo de tonificagăo ou dispersâo mediante o uso da agulha filiforme no pavilhâo auricular, e fundamental dar enfase âs caracteristicas da forpa, profundidade e tempo que se imprime ao estimulo realizado. M od o d e R e tira r a A g u lh a Este e o ultimo processo do tratam ento com as agulhas filiformes. A măo esquerda sustenta adequadam ente o dorso da orelha ou a p a r­ te do pavilhâo apropriado e com a măo direita se retira a agulha. Este procedimento podem-se realizar de duas maneiras: • Tirando a agulha em picada, diretamente, na qual se usa a măo direita sustentando o cabo da agulha e năo se roda a mesma, apenas se retira com rapidez. Este metodo e muito adequado, pois năo causa ao paciente a m inim a dor. • O segundo metodo consiste em rodar e retirar a agulha, simultaneamente; com a măo direita se sustenta o cabo da agulha que e puxado com m ovim ento de rotapăo concomitante. Este metodo produz, no paciente, um forte estimulo no momento que se realiza a manipulagăo, podendo proporcionar aumento no resultado do tratamento ate o m omento final da manobra. Este metodo de retirada da agulha e usado, em geral, no caso em que se fizeram punturas profundas Depois de haver retirado a agulha, deve-se esterilizar, adequada­ mente, a zona onde se fez a puntura, pressionando, por algum tempo, o orificio realizado em conseqiiencia da puntura. Desta maneira, evita-se a saida de sangue e a produpăo de algum tipo de infecqăo. Se ao retirar o algodâo continuar saindo sangue do pavilhâo da ore­ lha ou do orificio que fica ao retirar a agulha, pressiona-se novamente com o algodâo a ârea do ponto ate que se detenha o sangramento.

Ciclo de Tratamento Um ciclo de tratamento pode ser de sete a dez sessoes diârias ou, em dias alternados, com um periodo de descanso entre cada ciclo de tres a cinco dias.

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O De Qi O que e o De Q i e o qu e S ign ijica q u e C hegue ao Local E n ferm o? Depois de haver punturado o ponto auricular, o paciente deve sentir na zona do tratamento uma sensagăo de distensâo, intumescimento, calor, frialdade, corrente forte que se transmite. Esta sensagâo pode correr em linha reta ou em circulos e chegar a comunicar locais distantes dentro e fora do pavilhâo auricular. Esta sensibilidade e o Qi ou sensaqăo da agulha e os antigos o denominaram “chegada da en er­ gia” (De Qi). Se, ao introduzir a agulha, o paciente refere estas sensaqoes, a puntura entâo estâ corretamente realizada. Se o paciente sente sensagăo de vazio no ponto, ou seja a ausencia das sensaqoes antes mencionadas, entâo o medico deve novamente retomar a agulha e fazer mudangas na direqâo da puntura ou trabalhar na localizaqâo do ponto, garantindo que apareqa a sensaqăo da agulha. O Q i e s u a R e la g ă o c o m o R e s u lta d o T e ra p e u tico A chegada do Q i e o resultado terapeutico guardam uma estreita relagăo. Quando o Qi chega râpido e a sensagâo e forte, o resultado terapeutico seră igualmente râpido e satisfatorio. Se a sensagăo da chegada do Qi e debil, demorada em aparecer ou năo existe, entâo o resultado terapeutico serâ tardio ou pobre. No capitulo Origem das Nove e Doze Agulhas do L ing S hu , se expoe: “Se chega o Qi hă resultados; se hă resultados h ă je . assim como as nuvens săo movidas gragas ao vento”. Esta nota do L ing S hu aclara que somente atraves da chegada da energia, pode-se produzir um resultado curativo com o tratamento de Acupuntura. Usa-se a parâbola do vento que sopra e faz m over as nuvens pelo ceu, para identificar ou fazer notar que somente com a chegada da energia se movem e modificam os processos. N oTratado de Acupuntura e Moxibustăo, escrito na dinastia Ming, se aponta: “Se o Qi chega răpido ou se move răpido, o resultado tera­ peutico e răpido; se o Qi e lento ou năo chega, năo hă resultado tera­ peutico". Pode-se ver que a relaqâo que guarda a chegada do Qi e o resulta­ do terapeutico, no tratamento com Acupuntura e muito estreita; na prâtica clinica, podemos constatar que ao punturar o ponto estomago, o paciente pode sentir na regiăo do estomago, sensagoes de calor; que ao punturar o ponto calor, nos membros inferiores, o paciente sente uma corrente ou fluxo que corre para as pernas, provocando diminuiqăo ou desaparecim ento dos sintomas.

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Se depois de punturar nâo hă sensagăo, o resultado terapeutico năo seră evidente e, entâo, e necessârio continuar o tratamento para conseguir, desta maneira, que o sangue e a energia lluam, desobstruam-se os canais e colaterais, permitindo a livre circulagâo. Â medida que aum enta a sensagâo da puntura, a eficiencia terapeutica seră maior. Podemos concluir dizendo que, alcangando o movimento adequado de sangue e energia, restabelecendo o equilibrio entre Yin e Yang, assim como as fungoes dos orgâos Zang F ii, o paciente necessitarâ menos sessoes de tratamento, conseguindo o resultado esperado, em um periodo de tempo muito menor. A s p e c to s a se L e v a r em C o n s id e ra g ă o • Antes de punturar a orelha corn a agulha filiforme, deve-se atender â adequada esterilizagâo, tanto do pavilhăo da orelha, como do instrumental que se vai a utilizar. • Se no momento de realizar o tratamento, o paciente refere ter muita fome ou haver ingerido grande quantidade de alimentos, encontra-se embriagado, extrem am ente cansado depois de urna longa jornada de trabalho, em um estado de debilidade maxima, sob uma excitagâo nervosa intensa, e portador de anemia marcada ou perdeu grande quantidade de sangue; o tratamento deve ser adiado para outra ocasiâo. • Em caso de mulheres grâvidas corn menos de cinco meses de gestagăo, nâo se deve realizar Acupuntura. Em caso de gravidez de cinco a nove meses, năo e convenienţe o uso da Acupuntura auricular em pontos como orgâos genitais internos, ovârio, endocrino, pelve, abdomen, etc., jâ que poderiam provocar aborto ou parto prematuro. Portanto, consideram os que, na prâtica cli­ nica, nâo e convenienţe o uso da Acupuntura nas grâvidas. • Em ancioes corn arteriosclerose ou hipertensâo, depois de punturar o ponto ou o sulco hipotensor ou realizar uma sangria, devemos deixâ-los descansar durante 20min ao term inar o tra­ tamento. As sangrias năo devem ser muito abundantes e se devem observar as reagoes do paciente durante o tratamento. • Deve-se evitar fazer tratamento quando o pavilhăo da orelha se encontra machucado, ferido ou inflamado. Em caso de existir uma inflamagâo no pavilhăo auricular, produto de uma ulceragăo ou algum processo dermatologico, entâo, deve-se realizar a Acupuntura sobre os pontos ouvido externo, supra-renal, occi­ pital e ponto alergia. Desta maneira, trata-se a afecgăo do pavi­ lhăo, antes de usâ-lo no tratamento de outra enfermidade.

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Reagdes Secundărias L ip o tim ia A lipotimia, durante o tratamento, e um processo que se m anifes­ ta de igual maneira na Acupuntura corporal, como na auriculopuntura. O paciente pode sentir tonturas e palpitapoes ate chegar â lipotimia; ainda que, no caso da auriculopuntura năo e um fenomeno tăo frequente, como na Acupuntura corporal. Este fenomeno, no caso da auriculoterapia, pode verificar-se, tanto no tratamento corn agulhas filiformes como corn o uso do metodo de colocagăo de sementes. Este fenomeno pode ser provocado pela superexcitaqăo do paciente, pela presenqa, no paciente, de urna dor intensa, pela debilidade corporal ou o trabalho excessivo, tambem, pode ser produzida pelo jejum prolongado, pela hipertensăo ou por urna hipoglicemia. O estimulo sumamente forte em alguns pontos auriculares, pode ser origem, igualmente, desta reaqâo.

Manifestaqoes clinicas Este fato sucede, sobretudo, quando os estimulos ultrapassam os limites de resisteneia do paciente ou o tempo de retenqâo da agulha se prolonga mais alem do que o adequado. Subitamente, o paciente sente urna perda de fluxo sanguineo na cabepa, como caracteristica principal do processo. O mesmo pode ser dividido em tres niveis: leve, medio e severo. Nivel leve - No momento em que se estâ fazendo a puntura, o pa­ ciente nos refere que sente tontura, visâo turva, opressăo e incomodo no peito mas, ainda, a respiragăo e norm al e o pulso e normal. Nivel medio - O paciente sente palpitaqoes dificeis de controlar, desejos de vomitar e sudaqăo fria espontânea nas extremidades, o pulso muda e se torna filiforme. Nivel severo - O paciente cai de m aneira subita, com grande sudagăo, a pressăo arterial baixa, o pulso e dificil de tomar e hă perda total do conhecimento.

O que fazer? Nivel leve - Năo se devem retirar as agulhas, ordena-se ao paciente que se deite e descanse; tambem, em algumas ocasioes, oferece-se châ quente ou âgua com aqucar, conversando animadamente, para distrailo, desviar a atenqăo psicologica e eliminar a sobretensăo nervosa. Nivel medio - Devem retirar-se as agulhas, ordena-se ao paciente que baixe a cabeqa, colocando-a entre as pernas e que afrouxe o cinto. Podem-se punturar os pontos subcortex e supra-renal.

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Nivel severo - Deve deitar-se rapidam ente o paciente, afrouxando suas roupas e corn a ponta de um a agulha ou a unha do dedo polegar do medico, realiza-se um estîmulo forte no ponto Ren Zhong (VG-26). Caso de que o paciente năo recobre a consciencia, pode-se fazer Acupuntura nos pontos Ren Zhong (VG-26), Nei Guan (PC-6), Yong Quan (R -l) e Zu San Li (E-36).

Como Evitar a Lipotimia? Quando o paciente se encontra em uma superexcitagâo nervosa, deve-se primeiro buscar a form a de relaxâ-lo e acalmâ-lo; năo se deve realizar tratamento neste estado. Indaga-se se recebeu Acupuntura, anteriormente, e se tem historia previa de lipotimia. Se o paciente e de constituigâo fisica debil, deve deitar-se efetuando o tratamento nesta posigâo, tratando de evitar que os estim ulos sejam demasiados fortes e selecionando poucos pontos em cada tratamento. Deve evitar-se tambem que a puntura seja profunda, sobretudo nos pontos coragăo, supra-renal, simpâtico e SanJiao. O u tra s R ea go e s Durante a prâtica da auriculoterapia, tambem, podem-se apresentar outros fenom enos anormais, que ainda que menos freqiientes năo podem deixar de ser mencionados. Entre estes podemos mencionar: as dores no pavilhâo auricular depois da puntura, cefaleias, sensagăo de incomodo ao abrir e fechar a boca, sensagâo de frialdade nos membros inferiores, intumescimento na metade do corpo, etc. Todos estes sintom as sâo muito freqiientes, sobretudo, ao ser tratados os pontos supra-renal, simpâtico, endocrino, rim, San Jiao, coragăo e orgăos genitais internos, aprofundando demais as agulhas nos mesmos, em geral, ao retirar levemente as agulhas e deixâ-las a menos profundidade, tendem a desaparecer to­ dos estes sintomas.

Infecgoes Podem ser freqiientes as infecgoes do pavilhăo auricular por causa do uso das agulhas filiform es mas, na m aioria dos casos, este fato e determinado pela inadequada assepsia do pavilhâo auricular e do instrumental, antes de comegar o tratamento. Como conseqiiencia de que o pavilhâo da orelha e uma cartilagem, cuja irrigagâo sangiiinea e pouco abundante, corn respeito ao resto do corpo, se produzem infecgoes no m esmo, que na m aioria dos casos se tornam dificeis de curar. Em casos graves de infecgoes, podem originar-se inflam agoes do pavilhăo auricular corn perda to ­

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tal da circulagâo sangiiinea da cartilagem e, finalm ente, gangrena ou necrose do mesmo, podendo trazer como resultado, a perda do pavilhâo auricular. E por esta razâo que se torna muito im portante tratar de evitar, por todos os meios, as infecgoes no pavilhăo auricular, esterilizando cuidadosamente, tanto o instrumental como o pavilhăo auricular antes do tratamento. InfecQ ăo d a P e le Este tipo de infecgâo e m ais freqiiente corn o uso da agulha p er­ manente ou intradermica, por seu longo periodo de permanencia no pavilhăo. Quando isto sucede, pode-se observar, na ârea em que foi colocada a agulha, um averm elham ento ou inflamaqăo da pele a nivel superficial, corn urna zona lesionada e dura ou podem aparecer, na periferia da agulha, supuragoes ou secregoes anormais.

O que fazer? Se depois de retirada a agulha permanente, observamos que o paciente mantem dor na zona, corn sensagăo de calor e ardor, devemos aplicar urna solugăo iodada a 2.5% no pavilhăo da orelha, sobre os pontos lesionados, com um a frequencia de tres vezes ao dia. Ao mesmo tempo, pode-se acom panhar este tratamento, com sangria no âpice e puntura sobre os pontos supra-renal, Shen Men, pulmăo e ouvido externo, uma vez ao dia. Este tratamento pode estar associado com algum creme antiinflam atorio e anti-septico, deve-se evitar o uso de antibioticos de uso topico no pavilhăo auricular. In je c q ă o d a C a rtila g e m Esta se produz, em geral, por causa de uma infecgâo na pele do pavilhâo auricular que nâo foi tratada adequadamente, aprofundando-se e invadindo a cartilagem, que se inflam a aparecendo sintomas como: avermelhamento, calor, dor, etc. que podem se acom panhar de outros sintomas corporais.

O que fazer? M agnetoterapia- Pode-se observar um efeito positivo no tratamento com magnetoterapia. Para efetuar o mesmo, usam-se pegas de imâ de mais de 1.000 a 2.500 UM, que se envolvem em um algodâo ou gaze fina, para posteriorm ente ser colocados no pavilhăo auricular, um sobre a parte ventral e o outro sobre a dorsal do mesmo, a nivel da regiâo afetada, direcionando o polo norte de um contra o sul do outro.

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Posteriormente, sâo fixados ao pavilhăo com esparadrapo, cuidando de năo interferir na irrigaqăo sanguînea da cartilagem. Em caso de que a dor aumente com o uso deşte tratamento, deve-se suspeitar da presenqa de pouca vascularizagăo da cartilagem devido â pressâo dos imâs, que poderia conduzir â necrose. Em tal situagăo, deve-se modificar a estrategia terapeutica. Anti-septicos - O uso de anti-septicos ou antibiotico nestes casos, depende do tempo de evolugăo da infecqăo e do exame fîsico. Em geral, os medicamentos que melhores resultados oferecem săo a gentamicina e a kanamicina. Podem-se lavar as ulceras com soluqoes de gentamieina a 0,1% e 0,2%. Moxibustăo - Tambem pode ser usada a moxibustâo. expondo o bastâo de moxa sobre o pavilhăo auricular durante 15 ou 20min, de duas a tres vezes por dia. Caso se observe que a inflamaqâo năo cede, deve-se parar o tratamento com moxibustâo. T

ratam en to

com

A

g u lh a

In

t r a d e r m ic a

ou

P

erm anente

O metodo da agulha intradermica e um dos mais usados dentro da auriculopuntura, fundamentalmente, no tratamento de enfermidades cronicas e dolorosas ou naqueles pacientes nos quais năo se pode realizar o tratamento diariamente. O metodo de agulha intradermica. ou tambem denominado agulha permanente, consiste em introduzir no pavilhăo da orelha, um tipo de agulha desenhada para esta tecnica e que permanecerâ em seu local, durante um tempo prolongado, garantindo o estimulo ao ponto. Este estimulo constante sobre o ponto e capaz de regular as desarmonias dos Zang Fu e tratar as enfermidades, fazendo desaparecer os sintomas. A agulha intradermica se divide em dois tipos: agu­ lha intradermica em forma de girino de ră e a agulha intradermica em forma de taeha.

Metodo de Tratamento O primeiro passo a realizar e a localizaqâo do ponto de maxima reaqăo positiva e que esteja diretamente vinculado ao processo patologico. Para isto, usaremos a ponta do explorador, com a qual faremos urna marca sobre o ponto de reaqăo positiva, urna vez que este haja sido determinado, com o objetivo de năo perder sua localizagâo, logo se procede â assepsia e anti-sepsia minuciosa do pavilhăo. Posteriorm ente, com a mâo esquerda sustenta-se o pavilhăo au ­ ricular e com a direita usando urna pinqa esteril, tom a-se a agulha aproxim ando-a do ponto auricular escolhido. Usando, entâo. um

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m ovim ento râpido e preciso se introduz a agulha na pele. Uma vez inserida se fixa ao pavilhăo auricular corn um esparadrapo. Selecionam -se de tres a cinco pontos da orelha, recom endando o uso de ambas. Corn a agulha intradermica, o paciente se auto-estimula pressionando de duas a tres vezes cada ponto, diariamente. A agulha se retem durante um periodo de tres a cinco dias ou de cinco a sete dias, para completar um ciclo de tratamento A s p e cto s a se L e v a r e m C o n sid e ra g ă o • Realizar uma adequada assepsia do pavilhăo auricular, para evitar infecgoes. • Em caso de que o pavilhăo auricular se encontre inflamado, nâo e convenienţe o uso da agulha intradermica. • Depois de colocada a agulha intradermica, o paciente se autoestimula, pressionando-se as mesmas, de duas a tres vezes ao dia, aumentando desta maneira o estimulo e elevando a eficâcia terapeutica. • Caso se sinta uma dor pesada na regiâo do ponto, sobretudo quando se dorme, entâo, devemos regular a diregâo em que foi posta a agulha e a profundidade da mesma. Em geral, depois de fazer este reajuste desaparece a dor. • Se a dor no pavilhăo auricular, depois de realizado o tratamento, se acom panha de sensagăo de distensăo cada vez mais forte, entâo, devemos reexam inar a zona onde estâ colocada a agulha intradermica, para determ inar a presenga ou năo de infecgăo. Caso se observe o comego de um processo septico, a agulha deve ser retirada imediatamente. O lugar onde estâ colocada a agulha intradermica năo deve ser molhado. Em periodos climâticos de excessiva umidade e calor, o tempo de retengâo da agulha năo deve passar os limites estabelecidos. • Se na regiâo de tratamento aparecem sinais e sintomas de infec­ găo como: inilamagâo, avermelhamento, etc.; as agulhas devem ser retiradas e se devem tom ar as seguintes medidas: a) As agulhas devem ser retiradas imediatamente, examinando as caracteristicas da sepse.

b) No lugar infectado, deve-se colocar uma tintura iodada a 2,5%. Caso a infecgâo tome maiores dimensoes, deve-se fazer um tra­ tamento corn medicamentos antiinflamatorios e antibioticos, segundo seja o caso.

c) Pode-se usar a sangria no âpice e a puntura dos pontos ouvido externo, supra renal, Shen Men e occipital.

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Auriculoterapia

T r a t a m e n t o c o m E l e t r o a u r ic u l o p u n t u r a Este tratam ento consiste em com binar o uso de agulhas filiformes, com um estim ulo eletrico para tratar certas enferm idades. Para o esti'm u lo e le t r ic o s ă o u s a d o s d ife r e n t e s tip o s d e o n d a s e le t r ic a s , a s q u a is

segundo suas caracteristicas atuam elevando o resultado terapeutico, em certos tipos de enferm idades . Na prâtica clinica, este m etodo e usado, frequentem ente, para tra­ tar enferm idades do sistem a nervoso, espasm os e dor dos orgăos internos, tratam ento da asm a e no uso da anestesia auricular.

Metodo de Tratamento Selecionam -se os pontos e se colocam neles as agulhas filiformes, seguindo para isto as norm as explicadas anteriormente. Leva-se a cabo a igniqăo e se coloca em funcionam ento o equipam ento eletrico a utilizar. De acordo com as caracteristicas da enferm idade, seleciona-se o tipo de onda que vam os usar e sua frequencia. Colocam-se, posteriormente, as pontas dos term inais sobre as agulhas dos pontos selecionados, para comeqar, entăo, o ajuste dos niveis de amplitude, elevan­ do paulatinam ente ate selecionar o nivel de estim ulo adequado, se­ gundo a resposta do paciente. Em geral, o tem po de estim ulo eletrico que se aplica, e de 10 a 20min. O tratam ento deve ser diârio ou em dias alternados, segundo as caracteristicas da enferm idade e do paciente. Depois de 7 ou 10 sessoes de tratam ento, se conclui um ciclo de tratam ento. Entre cada ciclo de tratam ento deve-se dar um descanso ao paciente de dois a tres dias. A s p e c to s a s e L e v a r e m C o n s id e ra g ă o • O nivel de estim ulo eletrico que se aplica â agulha e selecionado de acordo com as caracteristicas da enferm idade, em geral, se usa um nivel medio de estimulo. Caso se ultrapasse o nivel de estimulo, o paciente pode sentir tonturas, lipotimia, etc.; por isso, deve-se regular, adequadam ente, o mesmo. Um extrem o do condutor deve ser colocado em um ponto da orelha e o outro no ponto hom ologo do outro pavilhâo auricular. Podemse usar mais de dois pontos para apoiar o tratamento. Em caso de se usar um so ponto em urna so orelha, um extrem o do condutor do equipam ento vai colocado sobre a agulha filiform e que estâ no ponto e o outro deve ser sustentado pelo paciente, com a măo.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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• Antes de comepar o tratamento, o medico deve explicăr ao pa­ ciente as sensagoes que pode sentir durante o mesmo; sensaţoes que podem ser: peso, intumescimento, distensăo, calor, etc. Desta maneira, o medico prepara psicologicam ente o paciente para a realizaţăo do tratamento e tranquiliza seu espirito. • Mediante a eletroacupuntura pode-se realizar tonificagăo e dispersăo durante o tratamento. Caso se deseje tonificar, o nivel de estimulo deve ser leve, a intensidade de corrente debil, sua freqiiencia lenta e o tempo de tratam en­ to curto. Caso se deseje dispersar, se induzirâ um nivel de intensidade mais alto, um estimulo mais torte, urna freqiiencia mais alta e um tempo de tratam ento muito mais longo. • Ao realizar a eletroacupuntura, devem-se exam inar adequadamente a ponta e o cabo da agulha filiforme, deixando-a se estiver oxidada, fato que diminuiria o contato e a transmissăo eletrica do term inal â agulha e desta ao pavilhâo auricular. Em qualquer caso, a agulha que esteja deteriorada, năo deve ser aproveitada para utilizagăo no tratamento.

T ratam ento de C o lo cacâo de S em entes Este e um metodo simples, amplam ente usado na auriculoterapia e muito aumentado nos ultimos tempos por suas vantagens operacionais. O mesmo consiste na selegâo de materiais esfericos, de superficie lisa, que realizem pressăo sobre os pontos auriculares. Estes m a­ teriais podem ser pequenas pilulas, esferinhas imantadas ou sem en­ tes de certas plantas. O im portante e que tenha urna superficie polida e urna form a o mais redonda possivel. Este m etodo e relativam ente novo, vem -se desenvolvendo na Chi­ na, hâ, aproxim adamente, 20 anos, o mesmo se baseou e desenvolveu a partir das experiencias obtidas corn a agulha filiforme e o uso da agulha intraderm ica no pavilhâo auricular; sem embargo, consti­ tui um m etodo vantajosam ente mais sensivel que os anteriores, jâ que e m elhor aceito pelos pacientes, ao ser menos traumâtico e doloroso. Entre as vantagens que este m etodo oferece estâ a de ser muito mais simples e mais barato; alem de corn ele se poder tratar um grande niim ero de enfermidades, da m esm a form a que corn os metodos anteriores, facilitando o tratamento a pessoas da terceira idade e de constituigâo fisica debil, tambem e muito adequado no tratamento pediâtrico, garantindo ou facilitando que o paciente năo tenha que voltar diariam ente â consulta.

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Auriculoterapia

Metodo de Tratamento P rep a ra qă o d o M a te ria l Os materiais a usar no metodo de colocagăo de sementes podem ser de vârios tipos, entre os que podemos mencionar: sementes de plantas medicinais ou năo, como pode ser a planta Wang Bu Liu Xing, etc. Tambem se podem usar certas pilulas ou medicamentos da Medi­ cina Tradicional Chinesa, como as pilulas Ren Dan, Liu Shen Tan, Hou Zheng Wan, Niu Huang Xiao Yan Wan, etc. Igualmente, podemse usar pequenas esferas imantadas. O importante no uso destes m a­ teriais e que tenham certa qualidade no nivel de dureza e mantenham uma superficie o mais lisa possivel. O resto dos materiais necessârios compoe-se de esparadrapo, uma placa de acrilico preparada para este fim, uma pinga mosquito, alcool a 75%, uma faca de cozinha, iodo a 2,5% para garantir a esterilizapăo, algodăo, agulhas intramusculares esterilizadas para realizar as sangrias em caso necessârio e o explorador auricular.

Preparaqăo da placa de acrilico Esta placa deve ter um espessura de 0,5 cm e uma ârea de 14 por 28 cm. Nela se fazem sulcos finos ou marcapoes de pequenos quadrados que podem ser de 6 por 6 mm ou 8 por 8 mm. Cada ranhura deve ter uma profundidade de 0,5 mm. Em cada quadro se realizam um ou dois orificios, corn broca de 1 ou 2 mm e a uma profundidade de 1 mm, de forma tal, que em cada orificio fica, adequadamente, uma semente. Depois de realizado o processo anterior, fica pronta a placa para ser utilizada, cobrindo os ori­ ficios corn cada uma das sementes. Apos a colocaqăo de cada semente em seu orificio, se cobre a placa de esparadrapo, o qual e pressionado, adequadamente, para que se adira bem em toda a superficie; posteriormente, e cortado usando como guias as ranhuras ou sulcos previamente feitos na placa de acrilico. Term inada esta manobra, a placa estâ pronta para sua utilizaqâo; entăo, usamos uma pinqa mosquito para retirar o retângulo de esparadrapo corn a semente jâ incorpora da, quando tratamos o paciente. M o d o d e Uso Depois de haver utilizado o explorador auricular e haver realizado uma correta seleqâo dos pontos de reaqăo positiva correspondentes corn o diagnostico e diferenciaqăo clinica, procede-se â esterilizaqăo da zona corn um algodăo e alcool a 75%; entăo, se sustenta corn a

Terapeutica A uricular - Caracteristicas e M etodos

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mâo esquerda o pavilhâo da orelha e com a m âo direita se tom a um dos esparadrapos quadriculados da placa com a ajuda da pinga mosquito, para colocâ-los e pressionâ-los sobre o ponto. Uma vez sustentada a sem ente com o esparadrapo sobre o ponto, se pressiona, paulatinamente, procurando que o paciente sinta um estim ulo ou sensagâo de distensâo, que vai aum entando em intensidade, gradualm ente. A magnitude do estimulo, em cada caso, responde âs caracteristicas da enferm idade. No caso de crianqas, m ulheres grâvidas, ancioes de constituigâo fîsica debil, pacientes neurastenicos ou m uito sensiveis, usa-se um a manipulaqăo com estimulo leve; no caso de enferm idades agudas, inflamatorias, dolorosas, de natureza quente ou em pessoas de constituiqâo fisica forte, com a pele do pavilhăo auricular espessa devido ao trabalho ao ar livre durante muitos anos, recom enda-se utilizar a m anipulagăo com um estim ulo forte. Depois de realizado o m etodo de colocagâo de sem entes e haver obtido a sensagâo adequada â pressăo (De Qi), continua-se pressionando o ponto auricular, durante vârios segundos, ate que a dor vâ desaparecendo, paulatinam ente. Em geral. ao utilizar um estimulo medio sobre o pavilhâo da orelha, o paciente pode obter sensaqoes como: calor, distensâo da zona im ediata e um estim ulo m igratorio que pode viajar a vârios lugares do corpo. D ire g ă o d o E s tim u lo A diregâo em que se localizam as sem entes e se realiza a pressăo das mesmas. depende da configuragăo e distribuiqâo dos pontos aurieulares no pavilhâo. Os pontos auriculares mais im portantes estăo distribuidos em relagăo direta com a trajetoria dos nervos como, por exemplo, os pontos relacionados com o aparelho digestivo, estăo diretamente vinculados, em sua localizaqăo, com um ram o do nervo vago; por isso, ao tratar pontos como: boca, esofago, cârdia, estomago, duodeno, intestino delgado, apendice, intestino grosso, etc. a diregâo na qual se localizam as sem entes e e realizado o estimulo, deve ser em direţăo â raiz do helix. Desta maneira, o resultado terapeutico serâ muito maior. Outro exemplo, e o caso dos pontos que estăo relacionados diretamente com o sistema m usculoesqueletico, os quais distribuem -se ao longo dos ramos do nervo auricular maior; neste sentido, quando se colocam todos os pontos desta zona, deve-se preocupar que sua diregăo de m anipulagăo seja para o anti-helix. Tam bem, tem os o caso dos pontos ouvido externo e o ponto do orgăo corapâo, os quais estăo diretam ente relacionados com ramos do nervo temporoauricular.

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Auriciiloterapia

O nervo occipital m enor se distribui na parte superior do tuberculo do helix. Por isso, quando se usam os pontos desta zona, devem ser m anipulados ern diregăo ao helix. Os pontos que se localizam em depressoes e cavidades, ou em regioes onde a resistencia eletrica do pavilhăo e baixa, sâo sumamente sensiveis, pelo que pontos como: coragăo, pulmăo, endocrino, intestino grosso, utero, colo do utero, clavicula, dedos, cotovelo, ponto alergia, etc., devem ser pressionados em diregăo â parte mais profun­ da da cavidade onde se localizam. Quando se necessite usar um mesmo ponto por ambas as faces do pavilhăo ao mesmo tempo, corn o objetivo de reforgar o tratamento, em enferm idades do sistem a musculoesqueletico, como por exemplo: os transtornos cervicais, dorsais, lombares, hiperplasia, dor da regiăo do ombro e a espalda, ciatalgia, etc., e im portante localizar o ponto mais delicado â dor, tanto do dorso como da regiăo ventral do pavilhâo e colocar as sem entes de forma tal que se localizem em oposigăo direta, para que o resultado terapeutico seja muito maior.

Ciclo de Tratamento As sementes colocadas no pavilhăo auricular podem permanecer por um periodo de 3 a 7 dias, em dependencia da enferm idade tratada. No caso das enferm idades dolorosas, as sem entes podem ser retiradas aos tres ou quatro dias, corn vistas a m odificar os pontos escolhidos, segundo a necessidade. Tudo estâ sujeito â evolugăo da en fer­ m idade e a suas caracteristicas. Recom enda-se que se a mesma evolui favoravelmente, os pontos escolhidos sejam m odificados em torno dos cinco ou sete dias. Cada dia o paciente deve estim ular as sem entes de tres a cinco vezes, autom assageando-se as orelhas. Cinco sessoes de tratamento constituem um ciclo e entre cada ciclo de tratam ento deve haver um descanso de um ou dois dias, ou de urna ou duas semanas, antes de com egar um novo, isto dependerâ do tempo de evolugăo da enferm i­ dade, assim como da resposta que se vai obtendo corn o tratamento. A s p e cto s a se L e v a r e m C o n sid e ra g ă o • Deve-se evitar m olhar os esparadrapos, urna vez colocados na orelha. Ao serem umedecidos, a forga de estimulo diminui, alem disso se podem criar condigoes propicias para as infecgoes na pele. Pode dar-se o caso de reagoes alergicas ao esparadrapo de oxido de zinco, que se m anifestam corn pâpulas na zona, prurido, edemas e

Terapeutica A uricu la r - Caracteristicas e M etodos

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averm elham ento. Em tais casos, pode-se realizar sangria no âpice e m etodo de colocagăo de sem entes no ponto supra-renal e alergia, mudando o tipo de esparadrapo, por m icroporo ou outro antialergico. • No verâo, o m etodo de colocagăo de sem entes deve ser aplicado corn m enos freqiiencia, devido ao increm ento da sudagâo e de secregăo sebâcea propria do paciente. D eve-se usar, o periodo de perm anencia das sem entes no pavilhâo auricular nâo deve ser extenso. • Se no pavilhâo da orelha hâ tum efagăo, lilceras ou inflam agăo, nâo se deve realizar o m etodo de colocagăo de sem entes. • Se o paciente se queixa de que ao deitar-se e por a cabega sobre o travesseiro, sente urna dor intensa nos pontos tratados, podese afrou xar o esparadrapo ou m over levem ente as sem entes. • No caso das m ulheres grâvidas, a m anipulagăo para o estim ulo pelo m etodo de colocagâo de sem entes deve ser leve, evitando, por todos os m eios, qualquer ponto que prom ova o aborto. • Nâo e convenienţe utilizar grande quantidade de sem entes no pavilhâo auricular, por isto se recom enda intercalar os pontos escolhidos, tanto pela face ventral com o pela dorsal. Por exem plo, no tratam ento das enferm idades do om bro ou da regiăo lom ­ bar, devem -se escolher os pontos da face dorsal, elevando assim a eficâcia terapeutica. • Depois de realizado o m etodo de colocagâo de sem entes, o passo m ais im portante e o auto-estim ulo que realiza, em si mesmo, o paciente nos pontos tratados. O estim ulo deve ser realizado eom m anipulagoes de pressâo sobre a ârea onde estâ localizado o esparadrapo corn a sem ente, evitando esfregar ou friceionar, fatos que podem m over de seu lugar as sem entes ou produzir lesoes na pele. T ratam ento de M eso pu ntu ra Este m etodo consiste na utilizagâo de pequenas quantidades de m edicam entos que se injetam nos pontos, eom binando-se assim, o estim ulo que se produz pela puntura corn a agâo farm acologica do m edicam ento. Isto traz um grande efeito na regulagâo das fungoes do organism o, prom ovendo a recuperagăo da enferm idade, e alcangando seu objetivo de cura atraves de urna dupla via. Por exem plo: em algum as ocasides se usam injegoes de m edicam entos analgesicos no pavilhăo auricular, tais com o a lidocaina e procaina cham ando a isto de bloqueio do ponto auricular. Podem os dizer que este m etodo e resultado da com binagăo de experiencias tanto da m edicina ocidental com o da Tradicional Chinesa,

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Auriculoterapia

resum indo-se em um so m etodo de tratamento. Por isto, ao utilizarse deve ter-se em conta a selegăo adequada do medicamento e garantindo uma rapida absorgâo. Desta forma, na mesoterapia, năo so se aproveitam as funţoes terapeuticas do ponto como tambem as do medicamento selecionado. Segundo um inform e publicado na cidade de Fu Jian, realizou-se um trabalho investigativo, no tratam ento de sintomas dolorosos, corn a aplicaţăo da m esopuntura nos pontos auriculares. Para a amostra foram selecionados 179 pacientes corn enferm idades dolorosas, aos quais foram realizados o tratam ento antes mencionado, obtendo-se os seguintes resultados: depois de um ciclo de tratamento, que incluia de 1 a 10 sessoes, a dor desapareceu completam ente em 150 pacientes, obtendo-se um resultado do 87,9%.

Tipos de Medicamentos a Usar • • • • • • • • • • • • •

Analgesicos locais: procaina e lidocaina. Vitaminas: vitam ina B, e a vitam ina B l2. Sedantes: clorprom azina e fenobarbital. Antibioticos: gentamicina. Analgesicos: dolantina. Antiasmâticos: corticoides e a aminofilina. Antiespasmodicos: atropină. Estimulantes do SNC: cafeina e nialamida. Hormonios: insulina. Coagulantes: vitam ina K. Antituberculosos: isoniazida e rifampicina. Extratos naturais: extrato de placenta. Medicina Tradicional ou form ulas naturais: raiz de astragalis, radix angelicae sinensis e radix isatidis. T a m b em se pode u sar o soro fisiologico em determ in ad as ocasioes.

Enfermidades que se Tratam corn Mesopuntura Corn o m etodo de mesoterapia, podem-se tratar enferm idades tais como: paralisia facial, cefaleia, neurastenia, asma bronquial, hipertensăo, tuberculose, odontalgia e ulceras gâstricas e duodenais.

Metodo de Tratamento Na prâtica clinica, depois de haver realizado um diagnostico correto da patologia a tratar e da selegâo dos pontos auriculares, escolhese o medicamento que vam os injetar.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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Como primeiro passo, realizamos uma adequada assepsia e antissepsia do pavilhâo auricular. E necessârio usar seringas graduadas, em mm:i. Depois, com a măo esquerda sustentamos e fixamos de maneira segura a zona do pavilhăo que vamos punturar e com a măo direita sustentamos a seringa que contem dentro de si o medicamento; introduzimos de forma obliqua a ponta da agulha na pele, procurando cobrir o espaqo entre a pele e a cartilagem e realizamos o empuxo do embolo da seringa de forma suave, lenta e moderada, de maneira tal, que se observe a formaqăo de uma pâpula em form a de grâo, feijâo ou, uma proeminencia no ponto auricular. Deve-se injetar de 0,1 a 0,3 mm3 de medicamento. A injeqăo do medicamento no pavilhâo auricular pode produzir sensaqăo de distensâo, calor na zona e avermelhamento da periferia do ponto auricular. Uma vez retirada a agulha, observa-se a existencia de saida de sangue ou de medicamento por fora do ponto, e caso isto acontega, realiza se compressăo na ârea da puntura com um algodăo. Năo e adequado, em tais casos, depois da puntura, realizar uma pressăo intensa ou massagem sobre o pavilhâo. O medicamento seră absorvido paulatinamente pelo pavilhăo au­ ricular, cumprindo sua funqăo. O tratamento deve ser em dias alternados, independentemente de haver sido tratada uma ou ambas as orelhas. De 7 a 10 sessoes, cons­ tituent um ciclo de tratamento. A s p e cto s a L e v a r e m C o n sid e ra g ă o • A quantidade de m edicamento que se injeta nos pontos auriculares e, em geral, um quinto ou um decimo comparado com a ârea do ponto. Deve-se dar especial atenqâo â esterilizaqâo adequada do pavilhâo auricular e de todos os instrumentos utilizados, com o objetivo de evitar o aparecimento de infecqoes. • Deve conhecer-se de antemăo se o paciente e alergico a alguns dos medicamentos que se utilizam na mesoterapia, como por exemplo, a penicilina, a procaina etc., evitando assim que se prod uzam afecqoes ao paciente por alergia ao medicamento selecionado. • Antes de injetar o medicamento, o medico deve documentar-se acerca de seu mecanismo de agăo, contra-indicaqoes e efeitos indesejâveis, para evitar possfveis reaqoes secundârias. • No caso de crianqas e ancioes muito debeis, tanto o numero de pontos a usar como a quantidade de medicamento, devem ser pequenos.

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Aurieuloterapia

• Cada vez que se realiza o tratamento da mesoterapia auricular, deve-se buscar novamente e diagnosticar de novo o ponto auri­ cular. T r a t a m e n t o M e d ia n t e C o r t e s e E m p l a s t r o s d e M e d ic a m e n t o s Este metodo consiste em realizar pequenos cortes ou rasgaduras corn um bisturi no pavilhăo auricular, que posteriormente serăo tapados ou preenchidos corn pequenos emplastros de medicamentos. Daqui deriva o nome que recebe o metodo. Este metodo terapeutico, na atualidade, desenvolve-se na China, mas e pouco frequente, na prâtica clinica, pelo nivel de estimulo tâo alto e por ser relativamente mais traumâtico que os anteriores. Apesar disto, consideramos que e importante fazer mengâo do mesmo neste livro, para ampliar o conhecimento acerca do elevado numero de metodos terapeuticos que existem atraves da orelha. Este metodo năo so produz urna forte estimulaqăo em todo o pavi­ lhăo auricular como tambem, em toda a regiăo periferica a este, caracterizando-se por provocar mudanqas a nivel bioquimico corn muito mais intensidade. Sua influencia sobre o Sistema Nervoso Central favorece a recuperaqâo do equilibrio fisiologico. Por seu intenso efeito analgesico, por sua eficâcia acalmando o prurido e por melhorar a perda da sensibilidade e recomendado, nestes casos. No Hospital 304 do Exercito de Liberagâo da China, realizou-se um estudo no tratamento de enfermidades, tais como neurodermatite, prurido dermatologico, dermatite alergica, herpes zoster, etc. Ao todo dez tipos de enfermidades dermatologicas, tratando-se 1.094 casos. Obtiveram os seguintes resultados, em um periodo curto de trata­ mento: • Cura total em 830 casos, para 75,89%. • Melhora em 231 casos, para 21,11%. • Năo houve resultado terapeutico em 33 casos para 3,02%. Nestes ultimos casos, continuou-se corn a terapia por um periodo de tempo prolongado ate obter o resultado terapeutico desejado. No Instituto de Medicina de Shangai, tambem se realizou um es­ tudo em enfermidades gastrointestinais atraves deşte mesmo meto­ do, em 82 casos que padeciam gastrite aguda, ulcera găstrica, ulcera duodenal. Depois de fazer-se quatro sessoes de tratamento corn o metodo de corte e emplastro medicamentoso, obteve-se urna mudanqa im por­ tante nos sintomas que apresentavam os pacientes.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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Preparagăo do Material Os materiais que se usam para a tecnica de corte e emplastro sâo: • Um bisturi. • A lc o o l a 75%. • Algodăo, esparadrapo e uma pinpa mosquito.

Medicamentos a Usar P a s ta d e A lh o e P im e n ta Depois de retirada a casca do alho e de macerâ-lo ate converte-lo em uma pasta, m isturam -se duas partes de alho com uma de pim en­ ta. Esta mescla se macera continuamente ate se converter em uma pasta que se arm azena em um recipiente esterilizado. A pimenta negra deve ser pulverizada o mais fino possivel, antes de mesclar com o alho e form ar a pasta medicamentosa. P a s ta d e G e n g ib re Neste caso, maceramos, igualmente, o gengibre fresco, ate convertelo em uma pasta, â qual agregamos uma parte de pimenta para cada quatro partes de gengibre. O conjunto e macerado, novamente, ate que fique bem m isturado e se arm azena em um recipiente de porcelana ou de cristal bem esterilizado.

Enfermidades que se Tratam com este Metodo Esta tecnica e muito convenienţe em enfermidades dermatologicas, tais como: o herpes zoster, acne juvenil, neurodermatite, urticâria, liquen plano e outras enferm idades como bronquite, asm a e traqueite.

Metodo de Tratamento Realiza-se, primeiramente, uma massagem sobre a orelha, para facilitar a vasodilatagâo da mesma. • Com alcool a 75%, esterilizamos ou limpamos, adequadamente, todo o pavilhâo auricular, por ambas as faces. • Com agulha de tres fios, fazemos uma sangria no terceiro ramo da veia posterior do pavilhăo auricular. • Com um bisturi de operagoes oftalmologicas, realizamos na depressăo da raiz do helix cortes repetidos, como se se arranhasse a pele, estes cortes devem ser superficiais, de um comprimento

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Auricidoterapia

de, aproximadamente, 2 a 3mm, ate que apareţa ou brote sangue, o que se toma como referencia de profundidade. • Com o medicamento, jâ antes preparado, segundo o processo explicado, faz-se urna pequena boia do tamanho de um grăo ou feijăo, que se coloca sobre a superfîcie da ferida realizada e fixada por interm edio de um esparadrapo. A cada 4 dias, volta-se a realizar esta m anipulaţăo de corte; de 5 a 10 sessoes, se conform a um ciclo de tratam ento e, entre cada um, deve-se descansar de 7 a 10 dias. A s p e c to s a s e L e v a r e m C onsid eraQ ăo • A arranhadura ou corte năo deve ser muito profundo e portanto a referencia de profundidade que se toma, e o brotar de sangue. • Os instrumentos a usar devem estar corretam ente esterilizados. • Depois de realizar o tratamento em sua totalidade, o paciente deve evitar lavar a cabeţa, para que năo se umedega a regiăo onde se encontra o medicamento fixado com o esparadrapo. • Se o m edicamento ou urna parte do mesmo proveni de plantas frescas e estâ acabado de elaborar, a eficâcia terapeutica tende a aumentar. T r a t a m e n t o M e d ia n t e P a r c h e s M e d ic in a i s Neste metodo, obtem-se o efeito terapeutico, a partir da influencia que exerce o uso de parches m edicamentosos pre-elaborados sobre os pontos auriculares. No Instituto de Medicina Tradicional da cidade de Shangai, este metodo foi investigado no tratamento de enferm idades comuns como as artralgias, enurese, gastralgia, asma em idades pediâtricas, etc. e obtiveram resultados notâveis, sobretudo, com o uso de parches ativadores da circulagâo sangutnea.

Enfermidades que se Tratam com este Metodo Observaram-se melhores resultados com o uso deşte metodo em patologias tais como rinite, laringofaringite, sinusite, bronquite, gas­ tralgia, cefaleias, asma, cardiopatia, lombalgia, artralgia dos quatro membros e hipertensăo.

Tipos de Emplastros a Usar Emplastros anti-septicos e antiinjlam atorios - Estes emplastros abundam dentro da farm acopeia tradicional, por isso, hâ muitos ti-

Terapeutica A uricular - Caracteristicas e M etodos

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pos com os quais se obtem m uitos bons resultados, sendo mais con­ venienţe seu uso nas enferm idades pediâtricas. Parches aromăticos e ativadores da circulagăo sanguînea - Nestes casos, podem os tom ar como exemplo, o parche Fang Xiang Wei Qiang. Este e usado para drenar e com unicar os colaterais, ativar a circula­ găo do sangue e desta maneira, aliviar a dor das articulagoes, dor da regiâo lom bar e das pernas. Parches ativadores da circulaqăo do sangue e que acalm am a d o r Estes parches tem um estim ulo ainda m ais forte e podem ser usados convenientem ente para enferm idades cerebrovasculares. Parches que acalm am a dor e elim inam os ataques de umidade Estes săo em plastros com caracteristicas m uito aderentes e portanto sâo muito com odos em seu uso; em geral, săo em pregados para tratar as artralgias. Em plastros h ip o te n s o r- E usado sobretudo na hipertensâo.

Metodo de Tratamento O prim eiro passo, e lim par o pavilhăo auricular com sabăo e ălcool e logo secă-lo com um algodăo seco; e im portante a secura do pavilhâo, jâ que, desta maneira, se garante a adequada adesâo do parche, fazendo com que as substâncias m edicam entosas sejam absorvidas. Desta form a se alcanga a com unicagăo correta dos canais e colate­ rais, regulando-se o sangue e a energia. Os em plastros deveni ser cortados com urna tesoura, adquirindo tamanhos que cubram a ârea do ponto. O tratam ento pode ser realizado em urna ou ambas as orelhas. T r a t a m e n t o c o m M o x ib u s t ă o Neste m etodo de tratamento, busca-se, como objetivo, aquecer o pavilhăo auricular, conseguindo desta m aneira o tratam ento de determ inados tipos de enferm idades. Desde os tem pos da dinastia Tang, no livro que tem por nom e de As Mii Receitas de Ouro, fazia-se referencia ao tratam ento da surdez, hipoacusia e tinido, atraves do uso da m oxibustăo sobre o ponto Yang Wei posterior da orelha. Ate o dia de hoje, m anteve-se, como uma heranga cultural e popular, o tratam ento da queratite e a parotidite, com o em prego da m oxibustăo sobre pontos do pavilhăo auricular. A m oxibustăo tem um a longa historia e heranga cultural no povo chines, contando com um a rica experiencia. Jâ no L ing S hu se expunha: “Onde năo chegue a estim ular a agulha, estim ula a moxa”. Tam bem, neste tratado se afirma: “Quando usamos a agulha năo usamos

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Auriculoterapia

a moxa; quando usamos a moxa. năo usamos a agulha". Outro autor, Li Ding, em seu livro Porta de Entrada ă Medicina, nos diz: “Quando o tratamento com medicamentos e insuficiente e a Acupuntura năo obteve bons resultados, entăo e importante o uso da moxa'. Outro medico fam oso, em seu tratado Pequenas Receitas declara: “ O mestre acupunturista sabe em que momento usa a moxa”. Do mencionado anteriormente, podemos assegurar que a moxa cobre certas insuficiencias no tratamento, que năo podem conseguir restaurar a fungăo com agulhas, nem com o uso de medicamentos. A moxa, na auriculoterapia, tem a funqăo de aquecer os canais e tirar o trio, comunicando os colaterais. Este metodo e muito usado no tratamento de sindromes por deficiencia. por trio e em enfermidades dolorosas.

Metodo de Tratamento M o x ib u s tă o com B a s tă o d e M oxa O bastăo de moxa pode ser usado de tres maneiras diferentes na auriculoterapia: Aquecendo com o bastăo de moxa - Com a măo direita sustentamos o bastăo de moxa, aproximando a ponta do mesmo, ă pele do ponto, mantendo-o a urna distância de 2 mm deşte. E mantido nesta posiqăo, sem lhe implicar movimento algum, ate que o paciente sinta a sensapăo de calor, depois do qual esperamos que se produza um avermelhamento na ârea. Em cada tratamento de moxibustăo, selecionam-se de um a tres pontos e em cada ponto, realiza-se a moxibustăo de 5 a lOmin. Usar o bastăo de moxa como a ave que bica - Da mesma maneira que no metodo anterior, sustentamos na măo direita o bastăo de moxa aceso, aproximamos a ponta do bastăo ă pele do ponto ate a distância de 2 mm, mais ou menos, e comeqamos entăo a realizar movimento como o pâssaro que bica, em buşea de comida, levantando e baixando, aproximando a ponta da moxa ao ponto e afastando-a, ate que o paciente sinta a sensaqăo de calor e apareqa o avermelhamento da pele; igualmente, em cada sessâo do tratamento selecionam-se de um a tres pontos e em cada um, realiza-se a moxibustăo, de 5 a lOmin. Este metodo e mais convenienţe no tratamento de crianqas, onde a sensaţăo de calor e menor e menos traumâtica. Usar o bastăo de moxa com movimentos de ziguezague - Com o bastăo de moxa aceso em sua ponta e sustentado na măo direita, aproximamos o mesmo ao ârea do ponto a tratar, ate a distância de mais ou menos 2 mm, jâ nesta distância, comeşamos a realizar movi-

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m entos de ziguezague; de idas e vindas com o bastăo, ate que o pa­ ciente sinta a sensagăo de calor na pele e apareţa o avermelhamento na ârea do ponto moxado. Cada sessăo de tratamento deve durar de 5 a lOmin. Este m etodo de m oxibustăo e mais indicado para casos de eczemas e inflamagoes na cartilagem da orelha. M o x ib u s tă o co m a P la n ta “D e n g X in C a o ” Desde a dinastia Ming, o uso desta planta para a moxibustăo jâ era popular, e na atualidade, ainda segue sendo utilizada. Esta planta tem o nome cientifico M etulla Junei EJŢusie para seu uso tomamos um ramo da planta com um comprimento aproxim ado de 1 cm, a qual acendemos com um fosforo e aproxim amos com rapidez do pavilhăo auricular, colocando-a no ponto selecionado. Deve-se sentir um som de “pac” que indica que foi usado um cone. Assim , desta forma, se repete a agăo de tres a nove vezes. Usa-se, diariamente, ou em dias alternados, urna vez. Este m etodo pode ser usado em ambas as orelhas ou em urna so, segundo a patologia em questâo. E muito adequado no tratam ento da parotidite, conjuntivite e no herpes zoster. M e to d o d e M o x ib u s tă o c o m “M o x a d e A ro m a L e v e ’’ Neste tipo de moxibustăo, usa-se a Am oreira e consta tambem de urna rica experiencia clinica, na China. Tom a-se um ram o de Am oreira e se elabora a moxa; a mesma se aproxim a acesa ao ponto do pavilhăo, â distância de 1 mm e se mantem ai, ate que o paciente refira sensagăo de calor. Podem-se usar, no tratamento, de um a tres pontos e a moxa se utiliza de 3 a 5min. Cinco a dez vezes de tratam ento constituem um ciclo. Este m etodo e muito usado para o tratam ento da lombalgia, dor nos pes, torcicolos e periartrite do ombro. M o x ib u s tă o co m “P e q u e n o C o n e d e M o x a ” Este m etodo de tratam ento vem da dinastia Ming, onde se usava farinha de trigo para confeccionar pequenos cones, que se colocavam sobre o lobulo da orelha. Era aplicado no tratam ento de enfermidades como a paralisia facial, etc. Para este metodo, corta-se urna pequena lâmina de alho e se coloca sobre o ponto selecionado para moxar. Logo, se poe sobre o mesmo, um cone de farinha ou outro material de moxa, pequeno ou mediano, e se acende; quando o paciente sinta o calor na ârea, entăo se modifica por um segundo cone. Em urna sessăo de tratamento se usam de 1 a 3 pontos; em cada ponto podem empregar-se de 3 a 9 cones.

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Auriculoterapia

Este metodo e muito utilizado para tratar a paralisia facial, a conjuntivite, lombalgia, dores nas pernas, parotidite, herpes zoster, etc. A s p e cto s a s e L e v a r e m C o n sid e ra gă o • Ao fazer a moxibustăo sobre o pavilhăo auricular, deve-se tomar especial cuidado em proteger o cabelo do paciente, pois com um descuido este pode incendiar-se. • Em geral, durante a moxibustăo, podem aparecer avermelhamento da pele e eritema, com sensaqăo de dor queimante ou vesfculas, nestes casos em que apareqam manifestaqoes mais claras de queimaduras ou bolhas sobre a pele com cor enegrecida, entăo tomamos clara de ovo e aplicamos umas pinceladas sobre a regiâo afetada. Devemos evitar as queimaduras porque estas facili­ tam posteriormente a instalaqăo de urna infecqăo do pavilhăo auricular. No caso do aparecimento de bolhas, torna-se proibido rompe-las, estas devem reabsorver-se de maneira natural. Quando se repete o tratamento e convenienţe mudar de pontos. • A moxibustăo năo deve ser empregada em pacientes muito nervosos, com enfermidades renais, nem em mulheres grăvidas. T r a t a m e n t o M e d ia n t e S a n g r i a Este metodo consiste no uso de agulhas filiformes, agulhas intramusculares, agulhas triangulares ou bisturi oftalmologico, para realizar picadas, perfuraqoes ou pequenos cortes em zonas e veias especificas do pavilhăo auricular com o objetivo de fazer sangrar. E utilizado, desde a antigiiidade, para eliminar o acumulo do calor patogenico, que provoca febre alta e convulsăo, tambem, para tratar as dores causadas por estagnaqăo de sangue, nas celaleias, vertigens e visăo turva provocadas pelo subida do Yang do figado e a dor e inflamagăo da conjuntiva do olho, a constipagăo e a dermatite, produto do calor excessivo acumulado no pulmâo e no intestino grosso. A sangria e um m etodo que ajuda a com unicar e drenar os canais e colaterais, elim inar a estagnaqăo e facilitar a circulaqăo do sangue; acalm ar e elim inar o calor; e um m etodo antiinflam atorio e analgesico.

Metodo de Tratamento Deve realizar-se, primeiramente, urna massagem no pavilhăo da orelha para facilitar a irrigagăo sanguinea. Posteriormente, limpamos minuciosamente a ârea onde se vai a realizar a sangria.

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Com a mâo esquerda se sustenta fortemente a parte do pavilhâo auricular onde se realizară a sangria; com a măo direita sustentamos a agulha esterilizada. A manobra de puntura deve ser executada com rapidez e agilidade, fazendo penetrar a agulha a urna profundidade de 1 a 3 mm, no ponto auricular selecionado. Cada vez que se faz sangria, podem-se extrair de 3 a 5 gotas. Depois de realizada a sangria utiliza-se um algodăo seco para deter a saida excessiva de sangue. A sangria pode ser realizada 1 vez em dias alternados. Em caso de enferm idades agudas, pode-se fazer ate duas vezes no mesmo dia. A s p e cto s a s e L e v a r e m C o n sid e ra g ă o • Antes da m anobra de sangria, năo pode faltar urna massagem auricular, isto garante uma adequada vasodilataţâo da zona. • Se usamos agulhas triangulares, a puntura năo pode ser demasiada profunda, jă que isto pode ocasionar danos na pele ou na cartilagem. • A sangria habitualm ente năo deve ser demasiado abundante, exceto nos casos de hipertensăo, febre alta, cefaleia, tonturas. • Hă enfermidades nas quais o uso da sangria deve ser evitado ou realizar-se com muita precauţăo, estas săo: as alteraţoes plaquetârias ou da coagulaţăo, anemia, hepatite e durante a menstruaţăo. • Deve-se ter especial cuidado na esterilizaţâo de todo o instru­ mental a usar para a sangria, com o fim de evitar infecţoes no pavilhâo da orelha. • Quando se realiza sangria nas veias que emergem do pavilhâo da orelha, deve-se fazer nos extremos mais distantes das mesmas, sem efetuar movimentos excessivos do pavilhâo, a fim de evitar a form aţăo de coâgulos. • Hă que tom ar determinadas medidas para realizar a sangria segundo a ârea onde se realiza a mesma. Por exemplo, ao efetuâ-la no âpice da orelha, deve-se sustentar o âpice com forţa, com auxilio dos dedos indicador e anular. Isto produz m udanţas no lim iar doloroso, de maneira tal, que a puntura e menos dolorosa. A sangria no âpice, tambem, pode ser combinada com a san­ gria no sulco hipotensor.

Selegăo do Ponto de Sangria Segundo a Enfermidade S a n g ria no  p ic e d a O re lh a Apresenta seis funţoes fundamentais: antipiretica, antiinflamatoria, sedante, hipotensora, antialergica, soluciona a mente e aclara a

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visăo; razăo pela qual e muito usada para o tratam ento da febre alta, processos inflamatorios, alergias, hipertensăo, cefaleia, choque ou perda de conhecimento, enferm idades oftalmologicas, neurastenia, enferm idades dermatologicas, etc. Na atualidade, a sangria no âpice da orelha e um dos metodos mais utilizados na prâtica clinica. S a n g ria e m P o n to Y a n g d e F ig a d o E usada especialmente para tratar os sintomas do sîndrome de subida do Yang do figado, tais como: tontura, a visăo turva, tinido, etc. S a n g ria no  p ic e d o T ra g o Tam bem tem fungăo antipiretica, antiinllamatoria, sedante e analgesica. E usada para o tratam ento de enferm idades inflam atorias agudas e cronicas, assim com o na febre produzida pelo resfriado comum. S a n g ria no S u lco H ip o te n s o r Trata a hipertensăo, a cefaleia e a tontura. S a n g ria no D o rs o d a O relh a Em geral, realiza se no terceiro ramo das veias posteriores da ore­ lha e se usa para tratar enferm idades dermatologicas, inflamaqoes de garganta, conjuntivite aguda, bronquite, etc. T r a t a m e n t o c o m R a d io is o t o p o s Corn este metodo, promovem-se diferentes tipos de tratamento radioativo, com os quais se buşea produzir um estimulo sobre os pontos auriculares, a partir do uso topico ou mediante injeţâo de pequenas quantidades de substâncias radioativas, nos mesmos. A radioatividade produzida pelo fosforo 32 (P32), e adequada para ser utilizada neste tipo de tratamento, ao possuir um carâter estimulante que pode ativar a fungâo fisiologica a nivel celular, obtendo-se, com este tipo de terapia, resultados alentadores. No Instituto Medico de Gui Yang, realizou-se um estudo com o uso de elementos radioativos no tratamento da hipoacusia, colocando-se os mesmos no conduto auricular e obtendo-se um relevante resultado. Escolheram-se 282 pacientes com hipoacusia, que se agruparam da seguinte forma: 156 pacientes com hipoacusia por causa neurolo­

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gica, 50 pacientes com hipoacusia de causa condutiva, 56 pacientes de hipoacusia combinada. Obtendo-se um resultado total de 76,3% de cura. Nos casos de hipoacusia produzida por uma otite media e por excesso de ruido, obtiveram -se resultados igualm ente satisfatorios. No Instituto de Medicina na cidade de Nang Jing, realizou-se um trabalho investigativo, no qual se utilizou o P32 combinado com o uso da semente da planta Wan Bu Liu Xing ( Vaccaria Segetalis), colocando-se nos pontos auriculares para tratar afecQoes como: cefaleia, lipotimia e neurastenia. Depois de haver usado este metodo, os resul­ tados foram muito satisfatorios.

Preparagăo do Material Selecionam-se 100 sementes da planta Wan Bu Liu Xing, as quais sâo colocadas em um recipiente de cristal ou tubo de ensaio, que contenha uma soluqăo de P32, em um a proporqâo de 0,05 a 0,1 mm cubico, para obter uma potencia de radiagăo total de 100 microcuries. Depois, procede-se â secagem das mesmas, para que possam ser utilizadas. Cada sem ente, neste m om ento, teria um a potencia de 1 microcurie.

Metodo de Tratamento Toma-se, m ediante uma pinga, a semente que absorveu, anterior mente, a solugăo radioativa e se coloca no esparadrapo previamente recortado, para ser colocada, posteriormente, no ponto auricular. Podem-se colocar na orelha de 2 a 4 pontos em cada sessăo de trata­ mento, recom endando-se o uso de uma so orelha, em cada tratam en­ to, de maneira alternada. Cada tres dias deve-se m udar a semente radioativa; cinco sessoes, constituem um ciclo de tratamento. A s p e c to s a s e L e v a r e m ConsicLeragăo • Para evitar a contaminapăo radiativa, devem-se retirar a tempo os elementos do tratamento. Nunca devemos exceder-nos no tem ­ po de tratamento. • Proibe-se o uso deşte tipo de terapia em caso de m ulheres grâvidas. T r a t a m e n t o c o m M a g n e t o t e r a p ia A m agnetoterapia auricular e um m etodo que se fundamenta no uso de imăs, que se colocam sobre os pontos auriculares para o trata­ mento das enfermidades.

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Jâ desde o comeqos da dinastia Ming, o medico Li Shi Zheng, em seu livro. Bang Cao Gan Mu, assinalava o tratamento da hipoacusia, atraves do uso de imăs permanentes, que eram colocados no centro da orelha, recomendava, alem disso, o uso de determinados componentes naturais, que podiam promover certas fungoes do organismo ao influir magneticamente no corpo. Depois de algumas investigagoes realizadas, propuseram teses, nas quais se consideram os pontos auriculares como centros magneticos, em outros casos tambem se observarăm suas propriedades eletromagneticas. Jâ e reconhecido que os canais e colaterais sâo condutos de sinais eletromagneticas, portanto a magnetoterapia aproveita estas qualidades do corpo humano em sentido terapeutico. Este metodo garante, atraves de um agente externo de natureza m agneti­ ca, promover as funqoes terapeuticas dos pontos nos canais e colate­ rais. Esta terapia e adequada no tratamento da dor, prurido, insonia, a dispneia e e tambem efetiva no tratamento das enfermidades do siste­ ma neurovegetativo.

Metodo de Tratamento A magnetoterapia pode ser utilizada de diferentes maneiras e combinada corn outras tecnicas terapeuticas. Na continuaqăo mostramos cinco metodos diferentes nos quais pode ser utilizada: M a g n e to te ra p ia D ire ta Este tratam en to con siste na utilizaqăo de pequenas esferas imantadas, que se colocam sobre um esparadrapo previamente recortado; urna vez determinado, atraves do diagnostico, o ponto auri­ cular que vamos tratar, as posicionamos sobre o mesmo, aderindo-as â pele do pavilhâo. Devemos colocar especial atenqăo na polaridade do imâ, sobretudo, se necessitarm os reforqar o tratamento por ambas as faces do pavilhâo. Em cada sessăo de tratamento, năo devem ser utilizadas mais de quatro esferas magneticas. M a g n e to te ra p ia In d ire ta O uso de um material isolante, para separar o imâ do contato direto corn a pele, estâ muito difundido, hoje em dia, na prâtica clini­ ca; demonstrou-se que quando o imâ e colocado diretamente sobre a pele, sem a envoltura de um material isolante, pode provocar danos nesta ou a nivel da cartilagem. O imâ e separado da pele por um algodâo ou gaze fina e fixado â mesma corn esparadrapo.

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M a g n e to te ra p ia co m A g u lh a In tra d e rm ica M a g n e tiz a d a Neste metodo, seguem-se todos os requisitos exigidos na colocagâo das agulhas intradermicas ou permanentes, mas, com a peculiaridade de que neste caso a agulha levarâ em seu cabo um pequeno imă; de igual modo que nos metodos anteriores, ambos, agulha e imâ, serăo fixados ao pavilhăo auricular, com um esparadrapo. Como a natureza do estimulo da agulha intradermica e maior, nâo deve ser muito longo o tempo de tratamento, por isso, este se realiza­ ră durante um so dia. Este tratamento oferece seus melhores resultados nas enfermidades dermatologicas e nos sintomas dolorosos. E tro a cu p u n tu ra M a g n e tica Para este metodo se seleciona um imă com mais de 1000 gaos, ao qual se solda ao cabo da agulha que vai garantir a conduqăo eletrica. Ao realizar o tratamento, usa-se toda a manobra explicada anteriormente para a eletroacupuntura, fixando a agulha no ponto sensivel e colocando o estimulo eletrico nela. O resultado terapeutico se duplica praticamente ao combinar o estimulo eletrico com o magnetico. Este tipo de tratamento se usa urna vez em dias alternados, em cada sessâo săo selecionados um ou dois pontos em cada orelha e săo estimulados durante 10 ou 20min. minutos. Este metodo e muito eficaz no tratamento do dor e como sedante geral. M a g n e to te ra p ia com o U so d e L o d o M a g n e tico Neste metodo utilizam-se dil’e rentes tipos de lodo medicinais, os quais săo enriquecidos com po magnetico. Depois de urna previa preparaqăo, combinam-se lodo e po para conseguir urna pasta que se administra sobre os pontos auriculares. Usa-se durante o dia e retirase durante a noite, lavando a orelha depois de retirado. A s p e cto s a se L e v a r e m C o n sid e ra gă o • Em 5 a 10% de pacientes tratados com magnetoterapia, temos encontrado manifestagoes de tontura, nâusea, perda de forqas, sensaţâo de calor, ardor e a presenga de petequias, na ărea onde se colocou o imă. Outras pessoas referem palpitaqoes e insonia e em alguns estes sintomas se apresentam ao inicio do tratam en­ to e depois desaparecem. enquanto que em outros casos, mantem-se durante vârtos dias. Nestas situagoes, os pacientes de­ veni retirar os imâs.

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Auriculoterapia

• Quando se com eta o tratamento com magnetoterapia, nâo devemos usar quantidades excessivas de pontos e nem por tempo prolongado de tratamento. • Deve levar-se em consideragăo a polaridade dos imâs, ao ser colocados. Se usamos pela parte ventral da orelha um imă com polaridade norte e pretendemos reforgar este ponto pela parte posterior da orelha, o imă que afrontarâ o lado posterior, deve ter polaridade sul. • Em c e r ta s e n fe r m id a d e s c r o n ic a s ao se r tr a ta d a s com magnetoterapia, desaparecem rapidamente os sintomas. Nestes casos, deve m anter-se o tratamento ate completar o ciclo e năo ser interrompido, do contrârio os sintomas podem aparecer novamente. T ratam ento com L aserpuntura A laserpuntura auricular e um metodo no qual se combinam a le g e n d â ria A cu p u n tu ra , com a m o d e rn a te c n o lo g ia do laser, fusionando-se em um so metodo. A laserpuntura utiliza o estimulo que produz o raio do laser sobre os pontos auriculares, alcangando desta maneira o objetivo terapeutico. Os equipanrentos de laser tem ampla aplicagăo em diferentes ramos da ciencia e da medicina, assim os hă tambem, hoje em dia, construidos especifîcamente para o tratamento da auriculopuntura. Os equipamentos destinados a este fim dăo simplicidade e sensibilidade ao tratamento, tornando-o pouco invasivo. Alem disso, este m e­ todo tem a vantagem de que o tempo de tratamento e de muito curta duragăo, aplicando-se durante 1 ou 2min, somente. Com este tipo de terapia, podem-se tratar urna grande gama de patologias, constituindo um metodo muito efetivo no tratamento de ancioes debeis e de criangas, assim como de pacientes temerosos ou com propensăo â tontura Acupuntural e a lipotimia. Os equipamentos de laser que se fabricam na atualidade săo de dois tipos fundamentais: laser de helio neonio e laser de argonio. Nos equipamentos de helio-neonio, o raio e obtido atraves da combinagăo destes dois elementos e săo os mais usados no tratamento de A cu ­ puntura por oferecer um estimulo muito mais adequado sobre o corpo humano e ser melhor recebidos pela pele. Em geral, o laser tem urna penetragâo na pele de uns 10 a 15 mm de profundidade, o qual e suficiente para conseguir o efeito desejado na terapia. Comprovou-se que a laserpuntura e um metodo forte para estimular o metabolismo, para alcangar a desobstrugâo e a drenagem

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adequada dos canais e vasos e para regular a circulagâo do sangue e da energia. Tam bem. pode produzir vasodilatagâo a niveis mais profundos dentro do organismo, facilitando e aum entando a velocidade da circulagăo sanguinea, potencializando a atividade dos fagocitos e controlando a proliferagâo de bacterias no organismo. A laserpuntura trata tambem os processos inflamatorios, facili­ tando a absorgăo e recuperaqăo. Com provaram -se seus efeitos terapeuticos no tratam ento das ulceras bucais, na recuperagăo de fraturas osseas e danos neurologicos, prom ovendo tam bem a atividade das glăndulas supra-renais e o m etabolism o proteico. Por todo o m encionado an teriorm en te, podem os dizer que a laserpuntura pode se utilizada no tratamento da hipertensăo, da asma, da arritmia, da dismenorreia, da rinite alergica e ulceras bucais de carâter recidivante.

Metodo de Tratamento Antes de usar o equipamento de laser, deve-se com provar que esteja corretam ente conectado â rede eletrica. Logo apos ligado, o feixe luminoso de cor verm elha e regulado ate alcangar um nivel estâvel. O tratam ento pode ser realizado diariam ente ou em dias alternados, urna vez cada dia. Cada ponto deve ser tratado durante 2 ou 3min, somente, e segundo as caracteristicas da enferm idade podemse cuidar de ambas as orelhas ao m esmo tem po ou urna so orelha cada vez. Dez sessoes de terapia com plem entam um ciclo de trata­ mento, entre cada ciclo de tratamento, deve-se descansar de sete a dez dias. A s p e cto s a se L e v a r e m C on sid eraQ ăo • A forquilha de saida do raio deve estar bem dirigida para evitar erros na recepgâo do raio pelo ponto. • Deve evitar-se que na sala onde se efetua o tratamento se encontrem objetos refratârios, como uso de lentes ou oculos, metais, etc., para evitar desta m aneira danos aos olhos. Os olhos năo podem receber a refragăo direta do raio laser, jâ que se prejudicariam severamente. A sala, alem disso deve estar bem iluminada, para facilitar que a iris do olho se feche e assim diminuir as probabilidades de dano aos olhos. Poderia ser factivel o uso de lentes ou espelhos para evitar a penetragăo do feixe lum i­ noso nos olhos. • Pode-se usar um pano corn âgua salgada, para proteger as âreas periauriculares da radiagăo do laser.

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• Para proteger o equipamento de laser deve-se colocar para funcionar durante 30min, periodicamente (uma ou duas vezes por mes) e efetuar uma revisâo completa de seu estado tecnico, para manter a via de transmissăo do raio e o equipamento em condiqoes opticas para seu uso. M e t o d o d e T r a t a m e n t o c o m B r in c o s Este e um metodo no qual o paciente participa ativamente em sua propria terapia. No mesmo, sâo empregados brincos especialmente elaborados, que permitem um estimulo sobre os pontos, pela forqa de pingamento que exercem sobre os mesmos. O mesmo e empregado, sobretudo, para tratar afecgoes como a cefaleia, amigdalite, conjuntivite, dor dos ombros e dos braqos, etc. E, frequentemente, aplicado em pacientes nos quais nâo se pode utilizar a Acupuntura e em ancioes debeis. Os pontos. habitualmente, usados săo os do lobulo da orelha, a fossa escafoide e o lado externo do helix. O tratamento pode ser diârio durante 30min ou lh. Na atualidade, este metodo e combinado, tambem, com estimulos eletricos, em tais casos, o tempo de tratamento sera de 10 a 20min. T r a t a m e n t o c o m o M a r t e l o d e “ F l o r d e A m e ix e i r a ” O martelo de “flor de ameixeira” que se emprega na auriculopuntura e menor e, âs vezes, e tambem substituido por agulhas filiformes, que se utilizam para picar sobre as âreas e os pontos durante o tratamen­ to de diferentes enfermidades Este metodo ajuda a melhorar a circulaţăo pelos canais e colaterais, eliminar o calor e a infecqăo, eliminar a estagnaqăo de sangue e facilitar a circulaqâo, favorecendo a fungăo dos Zang Fu. Com o mesmo se obtem excelentes resultados no tratamento da paralisia facial, nas neurodermatites, em outras enfermidades dermatologicas como na acne juvenil, no liquen plano, dermatite seborreica, vitiligo, urticâria e tambem para tratamento da beleza.

Metodo de Tratamento Deve-se massagear a orelha do paciente durante vârios minutos, com o objetivo de produzir uma adequada vasodilatapăo; procede-se, entâo, â assepsia e anti-sepsia adequada de todo o pavilhâo auricular e logo, com a mâo esquerda se fixa, com forqa, a ârea onde se efetuarâ o tratamento.

Terapeutica A uricular - Caracteristicas e Metodos

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Comeqa-se a realizar a manipulagâo de picadas sobre a zona a tratar de maneira repetida, ate que o paciente sinta sensaqăo de calor e apareqam pequenos pontos de sangue na zona. Apos as picadas, seca-se a zona com algodâo esteril e usa-se alco­ ol a 75% para com pletar a esterilizagâo do pavilhăo auricular. De acordo com as caracteristicas da enfermidade, realizar-se-â o tratamento em dias alternados ou cada tres ou quatro dias. Apos 7 sessoes de tratamento se completa um ciclo. A s p e c to s a se L e v a r e m C o n s id e ra g ă o • Devem-se revisar adequadam ente as pontas do martelo ou das agulhas filiformes que se utilizem, assegurando-se de que estas năo estejam sem pontas, dobradas ou partidas. Desta maneira, evitamos que ao realizar as picadas, o paciente sinta urna incremento da dor produzida por este tipo de terapia ou que năo se obtenha o resultado terapeutico esperado. • Ao realizar as picadas na derm atite alergica ou em pacientes com hepatite, deve-se esterilizar corretam ente o material e as agulhas utilizadas depois do tratamento, para evitar que outras pessoas sejam contaminadas. • Para o tratamento da beleza facial, usamos a ârea das bochechas, somente. T r a t a m e n t o M e d ia n t e M a s s a g e m A massagem auricular e um metodo terapeutico muito difundido e com especiais resultados na profilaxia de algumas enfermidades, o mesmo se divide em dois tipos fundamentais: • Massagem geral do pavilhăo auricular. • Massagem especîfica dos pontos auriculares.

Massagem Geral do Pavilhăo Auricular Na massagem auricular, usam-se manipulagoes como: pressionar, massagear, sovar, friccionar, beliscar e pontear. Na automassagem do pavilhăo auricular utilizam-se as mâos para realizar distintos tipos de manipulagoes, levantando, beliscando, etc. Este m etodo de autom assagem e muito antigo e difundido na Chi­ na, sobretudo, por sua sensibilidade e resultados terapeutico, alem de ser agradâvel ao paciente. Com o mesmo se tratam diferentes tipos de enferm idades como a cefaleia, neurastenia, hipertensăo, etc., ajudando em cada caso â recuperagâo do enfermo. Se cada dia, nas manhâs e nas tardes, realizamos autom assagem do pavilhăo auricular,

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durante um tempo prolongado, podemos produzir um estimulo no Jing Qi ou energia vital, conseguindo tambem promover a circulagâo e a atividade dos canais e colaterais, regular a funqâo dos Zang Fu, fortalecer o bapo e o Jiao medio, tonificar o rim, vitalizar a mente e ajudar â audigăo. Por todo o referido anterior mente, podemos assegurar que a automassagem e um metodo eficaz no tratamento e na profilaxia das enfermidades. Na continuaqâo apresentaremos alguns metodos de massagem no pavilhăo auricular. M a s s a g e m d e T o d o o P a v ilh ă o Comegamos esfregando ambas palmas das măos ate que fiquem quentes. Logo realizamos movimentos de massagem para diante e para tras sobre a parte ventral e dorsal da orelha. Quando fazemos os mo­ vimentos para diante, se flexiona o pavilhăo para frente, de forma tal que se massageie o lado dorsal da orelha. Esta manobra se realiza repetidamente de cinco a seis vezes. Tambem, podem-se fazer m ovi­ mentos de fricpăo e amassamento corn a ârea do ponto Lao Gung, da palma da mâo, pressionando e sovando o pavilhăo auricular, como se explicou anteriormente, de 18 a 36 vezes. Este m etodo trata en ferm idades de canais e colaterais e dos Zang Fu. M a s s a g e m d o H e lix d a O relh a Este e um metodo que vem, desde a antiguidade, utilizando-se para a manutenpăo da saude e formando parte de diferentes escolas de Qi Gong. Recomenda-se que a massagem repetida sobre o helix pode tonificar o Qi do rim e evitar a hipoacusia e a surdez, tratando tambem os transtornos do sono. Esta m anobra de m assagem e realizada da seguinte maneira: Fecham os a măo em form a de punho (nâo fortem ente mas deixando espago entre os dedos), corn o polpa do dedo polegar e o bordo externo do dedo indicador, realizam os m assagens sobre o helix, comegando de cim a para baixo, vărias vezes seguidas, ate que se sinta calor e vasodilatagâo. Este m etodo pode evitar a impotencia, as hem orroides produzidas por constipaqâo, dor da cintura e pernas, as enferm idades cervicais, a opressăo torâcica, a palpitagăo, as tonturas, as cefaleias, etc. Tem a funpăo de tonificar a mente, ajudar â audipăo, clarear a vista, tonificar o rim e fortalecer a saude, em geral.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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A la r e L e v a n ta r o L o b u lo d a O relh a A este metodo tambem se chama “despregar as duas asas para voar" e se efetua realizando autobeliscoes, alando e levantando o lo­ bulo da orelha com ambas mâos, primeiramente, com forga leve, mas aumentando a forga pesada de maneira paulatina, durante 3 ou 5min. O tratamento pode realizar-se uma vez pela manhâ e outra pela tarde. Esta tecnica de massagem, pode servir para tratar a cefaleia, o ehoque, as enfermidades da visăo, a febre alta nos criangas e e adequado na profilaxia do resfriado comum. Se a orelha apresentar algum sintoma inflamatorio nâo se deve usar este metodo.

Massagem de Pontos Especificos Este metodo tambem e denominado massagem forte sobre os pon­ tos auriculares, e em geral, se divide em tres manobras: Ponteio. Pingamento. Sovamento. P o n te io Para o metodo de ponteio se buşea ou constroi um palito de ponta romba, com o qual se realizarăo pressoes de ponteio sobre os pontos auriculares, que estâo diretamente relacionados com a patologia a tratar. Em cada ponto, realiza-se a pressăo de 1 a 2min, a forga de pressăo deve ser, no comego, leve mas, vai aumentando gradualmente em intensidade, ate que se sinta uma sensagăo de calor, distensăo ou dor na zona escolhida. Tam bem se pode fazer a prâtica de Qi Gong sobre o ponto, o que se chama “dirigir o Qi para am so ponto". Este metodo e usado para tratar enfermidades dolorosas ou para o manutengăo da saude. P in ga m e n to Neste metodo, usa-se a polpa do dedo polegar, colocando-se pela parte ventral do ponto selecionado e o dedo indicador pela parte dor­ sal, de forma tal que coincidă diretamente com o ponto selecionado, ficando ambos os dedos em oposigăo direta sobre o referido ponto. Realizam-se, entâo, movimentos de pingamento e pressăo com forga leve ate forga intensa. Em caso de pessoas cujo estado seja debil, o pingamento deve m anter-se com forga leve, enquanto que, nas de boa constituigâo, o pingamento pode levar maior forga. Em cada massa­ gem de pingamento, devem-se selecionar de um a tres pontos.

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Este metodo, e usado para tratar enfermidades dolorosas como odontalgia, cefaleia, dor epigâstrica, dor na regiăo do fîgado, no resfriado e na rinite. S o va m e n to Neste m etodo pode-se utilizar um palito de ponta romba para realizar a pressâo ou a ponta do dedo indicador, a qual e colocada sobre o ponto escolhido para o tratamento, efetuando-se sovamentos corn m ovim entos circulares a favor dos ponteiros do relogio, que se oferecem de form a leve a intensa, ate que o paciente sinta na zona, sensagăo de calor e distensăo. Este m etodo e agradâvel e adequado para o tratam ento de criangas e pessoas m uito sensfveis â dor. Corn o mesmo, tratam -se enferm idades dolorosas e transtornos do siste­ ma digestivo.

Caracteristicas da Manipulagăo Segundo a Zona do Pavilhăo Auricular O pavilhăo auricular estâ constituido por conchas, elevagoes, depressoes, zonas planas, etc., cada urna das quais, tem um vtnculo estreito corn os orgâos e as visceras, os cinco orgăos dos sentidos, as extremidades, etc.; por isso, existe urna dosagem da massagem auri­ cular em dependencia do objeto da massagem. Na continuagăo exporemos as caracteristicas desta dosagem: Massagem do trago - Na massagem do trago da orelha, usam-se as pontas dos dedos indicador e polegar das mâos, para produzir um estimulo tanto pela parte interna do trago como pela externa, corn movimentos de sovamento e pressăo. de forma repetida de cima para baixo durante 20 vezes. Este metodo de massagem pode prevenir o resfriado comuni, a rinite, as dores de garganta, faringite, a tosse, a dispneia, a opressâo toracica, cefaleia e a tontura. Massagem do antitrago - Nesta massagem usam-se as pontas dos dedos indicador e medio pela face ventral do pavilhăo e o ponta do dedo polegar pela dorsal, para realizar de maneira simultânea m ovi­ mentos de amassamento e beliscar, alando e pressionando o antitrago, para baixo e para diante, para cima e para fora de forma repetida, de 10 a 20 vezes. Este tratamento serve para tratar a cefaleia, a tontura, a distensăo da cabega, a insonia, as palpitagoes, as dores precordiais, regula a fungăo do cortex cerebral, fortalece a mente, regula a fungăo dos Zang Fu e fortalece a atividade cardiovascular. Massagem d a fo s sa triangular - Nesta massagem, utiliza-se a polpa do dedo indicador, para realizar manipulagoes de sovamento e preş-

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săo, que se repetem vârias vezes sobre a fossa triangular. Com este proeedimento, podem-se tratar enferm idades ginecologicas, de transtornos por deficiencia de rim, impotencia, prostatite, hipertensăo, para tanto, prom ove as fungoes de carâter hipotensor, ajuda na fungăo de drenagem do fîgado, acalma a dor e ajuda â visăo. Massagem sobre a concha cimba - Utilizam -se as pontas do dedo indicador ou medio, para realizar manipulagoes de amassam ento e pressâo de forma repetida, de dentro para fora e de fora para dentro, sobre a zona da concha cimba. Com esta massagem podem-se evitar os transtornos gastrointestinais, a distensâo abdominal, a constipagăo, a diarreia, as dores abdominais e da regiâo do hipocondrio, po­ dem-se prom over as fungoes diureticas, antiinflamatorias, regular as fungoes do sistema digestivo e as fungoes metabolicas. M assagem sobre a concha caua - Com a ponta do dedo indicador posto sobre a concha cava, realizam-se manipulagoes de ponteio, pressăo e sovamento, para tratar anginas de peito, asma, tosse, palpitagoes, etc. R e a q o e s m a is C o m u n s D u r a n t e a A u r i c u l o t e r a p i a No pavilhăo auricular se reunem fundam entalm ente dois sistemas: o sistema nervoso e o sistema de canais e colaterais. Isto nos oferece a possibilidade de conseguir uma m aior influencia sobre os processos morbidos, favorecendo a recuperagăo da saude atraves do uso de diferentes metodos terapeuticos como os jâ descritos. No transcurso do tratamento, se fazem comuns diferentes reagoes, que nos mostram a estreita relagăo existente entre o pavilhăo auricular, o sis­ tema de canais e colaterais e o sistem a nervoso. Na continuagăo m ostraremos algum as das reagoes mais freqiiente. na prâtica clinica, e que nos ajudaram a manter uma adequada estrategia de tratamento.

Reagoes do Pavilhăo Auricular Quando realizamos a auriculopuntura, na maior parte dos casos, o paciente sente uma sensagâo dolorosa no pavilhăo auricular, sendo menos freqiiente os que referem uma sensagăo de intumescimento, distensăo e frialdade, entre outras manifestagoes redexas. Estas sensagoes podem ser consideradas como norm ais e estăo relacionadas com o fenomeno que se denom ina “De Q i ou a chegada do QL O aparecim ento de todas estas manifestagoes, servem de grande ajuda ao terapeuta, posto que lhe reafirm a a certeza do ponto escolhido, de seu correto estimulo e da chegada do Qi. Assinala-nos alem

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disso, que o resultado terapeutico tende a ser otimo, se năo se obtiver estas manifestagoes, o resultado terapeutico sera duvidoso.

Reagoes em Outras Partes do Corpo Depois de realizar a Acupuntura no ponto auricular da zona correspondente, podem aparecer diferentes sensagoes em regioes do corpo distais ao pavilhăo auricular; em geral, estas manifestagoes săo: sensagâo de calor ou de conforto, o paciente as percebe nos locais do corpo, que guardam estreita relagăo corn o processo patologico e portanto corn o ponto auricular selecionado. Em alguns casos o paciente apresenta movimentos involuntârios dos musculos, como, por exemplo, quando tratamos a paralisia do nervo facial, podem-se produzir nos musculos da regiăo da face, periorbitais, da fronte, etc., movimentos involuntârios; durante o trata mento da tromboangiite obliterante, o paciente pode referir urna sensagăo de fluxo que corre para os membros inferiores; quando se rea­ liza tratamento a pacientes corn transtornos gastrointestinais, estes podem sentir um aumento dos movimentos peristâlticos.

Reagoes a Nivel dos Canais e Colaterais Observou-se que depois da puntura dos pontos auriculares, po­ dem ocorrer manifestagoes reflexas no trajeto dos canais que estâo d ire ta m en te re la c io n a d o s corn a p u n tu ra , com o a d isten să o, intumescimento, formigamento, etc. Em alguns casos estas m anifes­ tagoes se fazem muito mais evidentes, aparecendo como um estimulo forte de corrente eletrica. Na prâtica clinica, observou-se que as sen­ sagoes referidas anteriormente săo mais frequentes no trajeto dos canais Tai Yang do pe (bexiga), Yang Ming do pe (estomago) e Shao Yang do pe (vesicula biliar), tambem, ao punturar o ponto do nervo ciâtico, o paciente chega a perceber sensagoes no bordo externo da coxa que correm para baixo. Em muitos casos em que se trataram as ulceras bucais, usando estimulos sobre o ponto coragăo, o paciente teve urna sensagăo que correu ate a lingua. As reagoes nos canais e colaterais, corn o tratamento auricular, estâo diretamente relacionadas corn a forga ou debilidade do estimulo corn que seja realizado o tratamento. Se usamos um estimulo forte, as reagoes săo mais positivas e muito mais evidentes, mas se o estimulo e debil, entăo, e menos provâvel o aparecimento destas reagoes. Estes fatos aclaram a estreita relagăo que tem o pavilhăo auricular corn o resto do organismo e corn o sistema de canais e colaterais. Se ao realizar o tratamento, obtem-se estas sensagoes de forma râpida, podemos garantir a eficâcia do resultado terapeutico.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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Reagdes Sistemicas Hâ ocasioes em que o paciente, ao reeeber o estim ulo auricular, apresenta reflexos sistem icos, como: o aum ento da fo rţa e a vitalidade, neste sentido as rea ţo es desta natureza contribuem â cura de sua enferm idade. A este fenom eno, na MTC, se denom ina “levantar o espîrito e regular a energia". A s rea ţoes sistem icas podem m ostrar-se em diferentes form as, no caso das enferm idades gastrointestinais, pode-se apreciar um aum ento dos m ovim entos peristâlticos, assim com o do apetite, de m aneira im ediata: nas e n fe r­ m idades derm atologicas, podem aparecer sen saţăo agradâvel de calor ou frescor a nivel da pele. Na m aioria dos casos, os pacientes tratados podem sentir depois do tratam ento urna sen saţăo de sono e tranquilidade.

Reagăo Conectiva Hâ ocasioes, em que ao tratar um determinado sintoma em um paciente, produz-se a melhora de outros sintomas sem aparente relaţâo corn o primeiro e que năo foram objetivo principal do tratamento. Por exemplo, tratou-se um anciâo corn dispneia por causa de urna bronquite, enquanto se tratava sua tosse e sua dispneia, foi melhorando, em unissono, urna amiloidose de 20 anos de evoluţăo que atingia a ambos os membros inferiores, com eţando a ter urna viragem positiva, evidente. Tam bem, em outros casos ao tratar neurastenia, eliminou-se urna neurodermatite e desarranjos do ritmo cardiaco como as palpitaţoes, taquicardia, etc. Este fenom eno se deve ao fato de que os pontos auricu lares guardam estreita rela ţă o corn a fisiologia dos Zang Fu e os canais, desta m aneira ao estim u lar um ponto se restabelece urna sindrome e urna sindrom e e o resu ltado de urna falha na circu la ţă o do Qi e X u e a nivel dos Zang Fu e dos canais e colaterais, o que provoca o aparecim en to de urna serie de sintom as sem aparente conexăo uns corn os outros. Assim temos que um ponto auricular possui um amplo espectro terapeutico, o que favorece sua aplicaţăo no tratamento de multiplas enferm idades . Segundo a teoria dos Zang Fu. o pulmâo controla a pele e os pelos, razâo pela qual ao tratar urna bronquite asmâtica, e normal que se obtenha urna evoluţăo positiva de afecţoes dermatologicas ou que ao tratar a arritmia cardiaca, desapareţam outros sintomas como ansiedade e neurastenia, respaldada pela teoria da Medicina Tradicional China de que o coraţâo arm azena a mente.

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Reagăo com Retardo Hâ ocasioes em que, ainda depois de um ciclo de tratamento, os resultados nâo sâo notâveis ou năo hâ nenhum resultado terapeutico. Isto pode obedecer a vârias causas: • Que o paciente tenha uma importante deficiencia de Qi e Xue, o que reduz os recursos com que conta o medico para tratar a enfermidade. • Que haja obstrugâo de canais e colaterais ou que a enfermidade seja severa e de um longo periodo de evolugâo. • Que a quantidade e intensidade dos estimulos recebidos durante o tratamento sejam insuficientes. • Que a sensagăo do paciente ao receber a terapia seja pouca, o que se traduz em uma mâ comunicagăo dos canais e colaterais e uma deficiente resposta dos Zang Fii, que ineide no resultado terapeutico. Em alguns casos, depois de ser mantido no tratamento, o paciente comega a sentir uma melhora paulatina e em pouco tempo uma respos­ ta terapeutica evidente; este efeito e conhecido como “efeito retardado”, e por isto, que em muitos casos, năo se deve perder a fe quando depois de realizar vârias sessoes de tratamento o resultado terapeutico năo se faz evidente. E necessârio continuar o tratamento durante dois ou tres eiclos mais, ou aumentar o nivel de estimulo do mesmo, para restabelecer a resposta terapeutica e eliminar o efeito de retardo.

Reagăo de Carăter Intermitente Neste caso podem-se considerar aqueles pacientes que depois de haver evoluido satisfatoriamente ao tratamento. detem sua resposta evolutiva, sem responder positivamente ao tratamento. Este fenomeno guarda relagăo com o dano fisiologico ocasionado sobre o ponto, para que isto nâo suceda, o terapeuta deve outorgar um descanso adequado entre cada ciclo de tratamento, com o qual o ponto recupe­ ra sua sensibilidade e seu limiar terapeutico. Nâo se deve manter um tratamento continuo durante um periodo de tempo muito prolongado, porque diminui a capacidade terapeutica do ponto auricular. Tambem devem m anipular-se os pontos auriculares inteligentemente, de forma tal que se intercambiem freqiientem ente os mesmos, usandose tanto pela regiăo dorsal, como pela ventral do pavilhâo. Desta maneira se protege a sensibilidade do ponto e se logra que a patologia continue tendo uma resposta que tende â normalidade.

Reagăo Letărgica Existe uma minoria de pacientes nos quais, ao realizar a exploragăo dos pontos, năo encontramos correspondencia da reagăo destes,

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com a esperada pela fisiopatologia da enfermidade, năo mostrando nenhuma reaqăo importante e sua resistencia eletrica sendo muito alta, tambem, se observa que ao realizar o tratamento nos mesmos năo se nota o “De Q i. Este tipo de ponto e denominado letârgico, dormido ou insensîvel. Quando se realiza o tratamento em pacientes com tais caracteris­ ticas, os resultados terapeuticos serăo muito escassos; nestes pacientes năo e recomendâvel usar a auriculoterapia. E um fenomeno observado muito comumente em pacientes moribundos.

Reagăo de Efeito Contrărio Hă ocasioes em que ao realizar o tratamento, năo so se deixa de obter o resultado terapeutico, como, pelo contrărio, aparece um agravam ento da sintomatologia, acontece sobretudo, para tratar sintomas como a cefaleia, taquicardia, insonia, hipertensăo, etc. Estas caracte­ risticas aparecem com mais freqiiencia em pacientes que se encontram muito tensos, naqueles onde usamos grande quantidade de pontos, quando o estimulo e muito forte ou as manipulaqoes năo sâo corretas. Em algumas ocasioes, este efeito contrărio se mantem e, entâo, o terapeuta pode optar por duas estrategias: prosseguir o tra­ tamento e observar as reagoes ou deter o tratamento e modificâ-lo por outro metodo terapeutico.

PRINCIPIOS PARA A SELECÂO DOS PONTOS A seleqâo dos pontos auriculares para o tratamento, fundam enta­ se em determinados principios, que devem ser levados em consideragăo ao elaborar urna receita de pontos para ser utilizada em determinada patologia. Os principios para a seleqăo dos pontos auriculares sâo cinco: Segundo a zona correspondente. Segundo diferenciaqâo sindromica por Zang Fu e por canais e colaterais. Segundo criterios da m edicina moderna. Segundo a funţâo do ponto. Segundo a experiencia clinica. S elecâo S e g u n d o a Z o n a C o r re spo n d e n te A seleţâo adequada dos pontos da zona correspondente e a manobra mais importante dentro do tratamento de auriculoterapia. Como

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jâ foi descrito no Capitulo Diagnostico, os processos patologicos, em qualquer parte do organismo, sâo refletidos no pavilhăo auricular atra ves de pontos que se tornam reativos. O terapeuta deve saber determinar as caracteristicas destas reagoes e, portanto, a localizagăo exata do ponto da zona correspondente, e este precisa ser o primeiro objetivo de estudo na auriculoterapia. Os pontos da zona correspondente estăo ligados, em geral, ao sintom a principal que apresenta o paciente ao com parecer â con­ sulta. Por exemplo, no tratam ento da periartrite do ombro, selecionam-se os pontos clavicula, articulagâo do ombro e o ponto ombro, posto que os tres mostram reagoes positivas na referida patologia. No caso de uma entorse lom bar aguda, seleciona-se mediante a exploragâo, o ponto mais sensivel e de reagăo mais positiva, na regiăo lom bar do pavilhăo auricular. Desta maneira, podem os concluir dizendo que, na terapia auricular, o ponto de reagăo positiva e o enlace direto com a patologia, convertendo-se no mais importante e eficaz durante o tratamento. SELECĂO S e g u n d o A D if e r e n c ia c â o DE SiNDROMES POR Z a n g F u e p o r C a n a is e C o l a t e r a is O metodo de selegâo, estâ fundamentada nos criterios bâsicos da Medicina Tradicional Chinesa. Podemos dizer que este enfoque para a selegăo dos pontos em uma receita e o matiz fundamental que diferencia a escola chinesa de auriculoterapia, da francesa e de outras do ocidente. Por exemplo, para a MTC o cabelo e um broto do rim e sua qualidade depende do estado energetico do mesmo, razâo pela qual no tratamento da alopecia e necessâria a selegăo do ponto rim, alem dos implicados diretamente com o sintoma. No caso da dermatite, considera-se muito importante a selegâo do ponto pulmâo jâ que a Medicina Tradicional declara que este orgăo controla a pele e os pelos. Outro exemplo representa a acne juvenil, produzida, segundo a MTC, por uma estagnagăo de calor nos canais de estomago e pulmăo, que invade a parte superior do corpo e a face, geralmente, a acne juvenil tem associado sintomas que assinalam a presenga de calor no canal Yang Ming e que se manifestam pela constipagăo, etc; tendo em conta a relagăo exterior-interior do pulmăo com intestino grosso e o controle que realiza o pulmăo sobre a pele e os pelos, se faz imprescindivel utilizar os pontos estomago, pulmâo e intestino grosso. A teoria dos canais e colaterais constitui, tambem, uma base essencial no momento de selecionar os pontos adequados para uma receita, levando-se em conta, tanto a trajetoria dos canais e colate-

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rais, como as enferm idades que estes apresentam. A ciatalgia, por exemplo, estâ diretam ente relacionada com o canal Tai Yang do pe (bexiga), motivo pelo qual ao tratâ-la, e recomendâvel a utilizagăo do ponto bexiga, comprovando-se notâveis resultados com a terapia. Se tratamos tambem urna cefaleia do tipo enxaqueca e consideramos que a mesma estâ relacionada com o trajeto do canal Shao Yang do pe, e imprescindivel a selegâo do ponto vesicula biliar. S e l e q â o S e g u n d o o s C r it e r io s d a M e d ic in a M o d e r n a Quando term inam os a anâlise da enfermidade, para determ inar a receita de pontos a utilizar, alem de levar em conta os criterios da Medicina Tradicional Chinesa, devem-se tomar em considerapăo, igualmente, os criterios da m edicina moderna. Por exemplo, o aparecimento da ulcera peptica estâ relacionado com disfungoes do cortex cere­ bral, devido â atividade ou excitagâo mental excessiva. Em estudos realizados sobre o sistem a nervoso e sua influencia nas mudangas funcionais dos orgăos internos, pode-se constatar como as atividades nocivas do cortex cerebral podem produzir mudangas importantes na fungăo dos orgăos. Levando em consideragăo estes criterios da m edi­ cina moderna, na ulcera peptica seleciona-se o ponto subcortex, como parte da receita, para restabelecer a fungăo do cortex cerebral, favorecendo a auto-regulagâo do sistema nervoso, de form a tal que garanta a secregâo normal de sucos gâstricos no estomago, restabelega a qualidade dos movimentos peristâlticos e elimine a mâ absorgăo de alimentos e liquidos, criando condigoes favorâveis para a recuperagăo do paciente. A medicina moderna chegou â conclusâo de que a atividade exces­ siva do nervo vago e urna das causas principais da hipersecregăo âcida do estomago e, portanto, da criagăo do meio propicio para as gastrite e as ulceras. Em 53 casos com ulceras estomacais ou duodenais, detectou-se que os pontos subcortex e simpâtico m anifestavam reagăo positiva, em 95% dos casos. Este fato determinou a selegâo dos pontos subcortex e simpâtico, na regulagăo da hipersecregăo de âcido cloridrico. Com o outro exem plo, podem os citar a enurese, na qual a sele­ gâo dos pontos hipofise, endocrino e tâlam o, e fundam ental dentro da receita; fato que se realiza com o objetivo de estim ular a secregăo do horm onio antidiuretico por parte da hipofise, restabelecendo as desordens do sistem a endocrino e regulando toda a atividade neurovegetativa atraves do ponto tâlam o, o que garante a m elhora da enferm idade.

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Este criterio de selegâo tambem estâ relacionado com as fun^oes especificas que realizam os pontos. Por exemplo, o ponto Shen Men possui uma fungăo basicamente analgesica e e, por isto, que se emprega no tratamento de enfermidades dolorosas. Da mesma maneira, a combinagâo do ponto Shen Men com o ponto occipital, tem a fungăo de acalmar e eliminar a vertigem e a tontura. A sangria no âpice tem fungăo antipiretica, hipotensora, antiinflamatoria, sedante, antialergica, clareia a mente e a visâo, pelo qual, e um ponto de vital importância para o tratamento da tontura, a perda da memoria, febre, hipertensăo, as enfermidades alergicas. S e l e c â o S e g u n d o a E x p e r i e n c i a C l in ic a O criterio de seleqăo de pontos segundo a experiencia clinica, dife­ re em cada caso, jâ que se baseia principalmente na experiencia clini­ ca de cada medico. Segundo a experiencia alcanqada na prâtica clini­ ca, se logra vincular os chamados pontos de experiencia com a regulaqăo e estabilizaqâo da energia no corpo humano, conseguindo desta forma um melhor resultado terapeutico. Podemos dizer que o objetivo essencial do tratamento e regular a energia e tonificar o espirito, seguindo estes principios cada medico desenvolve sua propria teoria sobre os pontos auriculares, que se evidencia, na prâtica clinica, com o resultado terapeutico alcanqado, possibilitando o desenvolvimento e sistematizaqăo constante deşte metodo. Por exemplo, os pontos Shen Men e occipital possuem funqâo anal­ gesica, sedante, sonifera, dai por que sua fungâo fundamental seja inibir, por isso e que no tratamento da hepatite e suas seqiielas nâo se deve usar a combinagâo destes pontos. Se nos encontramos diante de um caso de distensăo abdominal, com sintomas de plenitude epigâstrica, se faz necessâria a seleqâo dos pontos figado e baqo para fortalecer a funqăo de drenagem do figado e de transporte e transformaqâo do baqo, regulando a energia e eliminando a distensăo. Por exemplo, os pontos figado, baqo, San Jiao, centro da fossa cimba e subcortex, seriam os de eleiqâo para tratar este sintoma. Outro exemplo seria a desarmonia entre figado e estomago. sindrome que normalmente e acompanhado de insonia ou sonhos excessivos e cujo tratamento fundamental seră encaminhado na recuperaqăo da fungăo de drenagem do figado para, desta maneira, solucionar a desarmonia. Se neste caso tratamos so a insonia e nâo a sindrome que a gera, se necessitaria um longo periodo de tempo para obter um escasso resultado terapeutico.

Terapeutica Auricular - Caracteristicas e Metodos

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A seleqâo dos pontos de acordo com a experiencia clinica, em rauitos casos, estă fundam entada em estudos e investigagoes realizadas sobre os pontos auriculares. Assim, por exemplo, de acordo a investigaqoes realizadas, o ponto simpâtico regula as funqoes, tanto do sis­ tema simpâtico, como do parassimpâtico. Em um estudo realizado se puncionou o ponto simpâtico para validar sua funqăo vasodilatadora no tratamento de patologias como a tromboangiite obliterante, a flebite, etc., podendo-se constatar que o ponto simpâtico favorece a circulaqăo sangiiinea a nivel periferico e eleva a temperatura da pele mas, no tratamento das enferm idades hemorrâgicas como a hemorragia uterina disfuncional, estâ proibido o uso deşte ponto. Outra das funqoes deşte ponto e inibir as secreqoes âcidas, na gastrite. Estâ dem onstrada a capacidade do ponto simpâtico para re­ gular as secregoes âcidas do estomago, mas o uso deşte ponto em enfermidades como a gastrite atrofica, estâ proibido. Na seleqăo dos pontos, segundo a experiencia clinica, e im portan­ te, năo so conhecer as caracteristicas dos pontos escolhidos e suas fungoes especificas, como os resultados que se obtem a partir das combinaqoes dos referidos pontos. Portanto, deve-se realizar urna diferenciaqâo de sindromes nos pontos auriculares e ao mesmo tempo atender aos resultados que se alcancem, na prâtica clinica.

8. Patofoaias e 'Terapeutica

MEDICINA INTERNA S i s t e m a D ig e s t iv o

Gastrite E denom inada gastrite, na m edicina moderna, â irritagăo, da mucosa gastrica, que na clinica se manifesta geralmente por urna dor epigâstrica corn sensagâo de opressăo e distensâo, assim como de outros transtornos do sistema digestivo. Para seu estudo, divide-se em duas classificaqoes gerais: gastrite aguda e gastrite cronica, por sua vez a gastrite aguda pode ser: exogena sim ples, corrosiva e flegmonosa; a cronica: superficial, atrofica e hipertrofica. A gastrite aguda de tipo simples e uma das mais freqiientes na prâtica clinica atormentando o paciente os seguintes sintomas, dor e desconforto epigâstrico, nâuseas, vomitos, etc. Por outro lado, a gas­ trite cronica produz sensaqăo de plenitude e distensâo epigâstrica, dor por ataques ou recidivantes que podem estar acompanhados, em algumas ocasioes, por regurgitagoes âcidas, eructagoes, nâuseas, vomitos, anorexia, etc. No caso da gastrite cronica do tipo atrofica podem apare cer outros sintomas como anemia, emagrecimento, glossite, etc.

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Auricaloterapia

S e g u n d o a p a t o g e n ia t r a d ic io n a l, e s t a e n fe r m id a d e e n t r a d e n tr o

da classificagăo de enferm idades denom inadas Wei Tong que traduzido, significa dor de estom ago e X in Tong, que quer dizer dor de co ra gâ o .

Entre as causas da enfermidade se encontram a invasăo por frio patogenico exogeno que lesiona o estomago, a ingestăo excessiva de alimentos frios, semicozidos ou muito picantes, doces ou com muita gordura, que provocam acumulo de calor e umidade no interior. Outra das causas da enfermidade sâo a atividade mental inadequada, a preocupagâo excessiva, irritabilidade, ira e desejos reprimidos que favorecem a estagnagâo do Qi do flgado e o ataque transversal ao estomago. Tambem, o trabalho excessivo, sem deseanso, favorece a debilidade de estomago e bago ou o frio e vazio do Jiao medio, predispondo ao aparecimento da enfermidade. T ra ta m e n to • Pontos principais Estomago. Bago. Subcortex. Shen Men. • Pontos secundârios Gastrite superficial e simples - Simpâtico. Gastrite atrofica - Pâncreas, vesicula biliar, endoerino. Ataque do Qi do figado ao estomago - Figado, centro da concha cimba, San Jiao.

Explicagâo dos pontos Bago e estomago - O uso destes pontos fortalece o bago e harmoniza o estomago, eles fazem descender o Qi de estomago invertido e acalmam a dor. Subcortex - Este ponto regula a atividade gastrointestinal. Simpâtico - Regula a atividade do sistema neurovegetativo, con­ trola a secregâo excessiva de âcido cloridrico e libera os espasmos acalmando a dor. Shen Men - E um ponto sedante e analgesico. Pâncreas, vesicula biliar e endoerino - Estes pontos promovem o aumento da secregâo gastrica e elevam a absorgăo da mucosa gastrica. Figado, centro da concha cimba, San Jiao - Regulam o Qi, elim i­ nam a distensâo abdominal e promovem a transformagâo e transpor­ te das essencias adquiridas dos alimentos.

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Ulcera Peptica Gastroduodenal A ulcera peptica e uma perda circunscrita de tecido que alcanga as capas mucosa, subm ucosa e muscular, e se produz nas partes do tubo digestivo expostas â agâo do suco gâstrico. Sâo m ultiplos os fatores etiologicos que originam esta lesăo, entre os quais se encontram: o jeju m prolongado, a excitagâo ou estim ulo nervoso excessivo, as desordens neurovegetativas e as mudangas nutricionais, etc. Na atualidade, descobriu-se a presenga de uma bacteria chamada H elicobacter pilory na subm ucosa gastrica que atua como um fator agressivo causador da ulcera peptica, ainda que consideremos que os fatores causais, antes expostos, favoregam a criagăo de um habitat propicio para que se instale e se desenvolva a referida bacteria. O sintoma fundamental e uma dor epigâstrica que aparece em intervalos. No caso da ulcera gastrica, a dor se produz, em geral, de meia-hora a lh depois da alimentagâo, mantendo-se durante 1 a 2h e diminuindo logo, paulatinamente. No caso da ulcera duodenal, o aparecimento da dor ocorre de 2 a 4h depois da ingestăo do alimento, corn sensagăo de vazio e de fome, uma vez alimentando-se a dor comega a diminuir. A ulcera gastrica, produz dor no centro do epigâstrio corn irradiagăo para o lado esquerdo, enquanto que na duodenal ocorre para o lado direito. Ambos os processos, acompanham-se de sintomas como a regurgitagâo acida, eructagoes, nâuseas, vomitos, etc. e o acrescimo das crises guarda relagâo corn mudangas climâticas, exci­ tagâo nervosa excessiva e cansago extremo. De acordo corn a patogenia, na MTC, as ulceras gastroduodenais sâo diferenciadas como uma enfermidade Wei Tong, da mesma forma que as gastrite, motivo pelo qual a diferenciagăo e etipatogenia e a mesma jâ explicada anteriormente, no caso da gastrite. T ra ta m en to

• Pontos principais E s to m a g o .

Duodeno. Subcortex. Bago. S im p â tic o .

Shen Men. • Pontos secundârios S e d e s a r m o n ia e n tr e fig a d o e e s to m a g o - F fg a d o .

Se deficiencia de Yin de estom ago - Pâncreas, vesîcula biliar, endocrino.

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Auriculoterapia

Explicacâo dos pontos Simpătico e subcortex- O aparecimento da ulcera peptica estâ relacionada com a hipersecregâo de âcido cloridrico, considera-se que a atividade anormal do cortex cerebral, a superexcitagâo do SNC e a estimulagăo vagal excessiva favorecem a referida hipersecregâo, motivo pelo qual a selegăo destes dois pontos regula a atividade do cortex e do sistema neurovegetativo. Estomago e duodeno - As ulceras localizadas nestas regioes do aparelho digestivo produzem espasmo dos mesmos, razăo pela qual, selecionando ambos os pontos promove-se a circulagâo do sangue e garante-se urna evolugăo favorâvel da enfermidade ao evitar a necrose e a hipoxia a nivel da ulcera e promovendo sua cicatrizagâo. Bago - Segundo a teoria dos Zang Fu, o estomago e o bago guardam relagăo interior e exterior, onde o estomago por ser o Fu relaciona-se com a superfîcie e o bago por ser o Zang, relaciona-se com a profundidade, sendo o estom ago Yang e o bago Yin, o estomago recepciona os alimentos e o bago, transformando-os e transportando, dessa mesma maneira, os movimentos da energia, em cada um des­ tes Zang e Fu e diferente, assim temos que o bago controla a subida da energia e o estomago, a descendencia. Todas estas fungoes regu­ lam a digestâo e a absorgăo, por isso, quando se produz urna deficiencia de bago que impede a realizagăo de sua fungâo de transporte, fica afetada a fungâo de descendencia da energia do estomago, chegando em alguns casos a lesionar-se os colaterais do estomago produzindo hemorragias. Tendo em conta o antes descrito, selecionamos o ponto bago para elevar a capacidade defensiva de ambos os orgăos favorecendo a cicatrizagăo da ulcera. Pancreas, vesicula e endocrino - A selegăo destes pontos promovem a secregăo de todos os sucos e enzimas gâstricas, favorecendo a digestâo e a absorgăo a nivel celular. C a so CUnico Paciente masculino de 50 anos, em 1975, por causa de um intenso trabalho comegou a padecer de urna dor persistente no epigâstrio com irradiagâo năo precisa, acompanhado de distensăo abdominal, regurgitagâo âcida e eructagoes. O quadro se tornava mais severo durante os periodos de primavera e inverno, em consequencia do paciente năo ter dado atengăo a sua molestia, em 1977, a dor se fez severa e irresistivel marcando um ritmo, em seu aparecimento, de 30min a lh; depois da alimentagăo, esta se fazia mais moderada, tambem, referia perda do apetite e emagrecimento, suas deposigoes eram normais. Mediante urna gastroduodenoscopia realizada diagnosticou-se ulcera da curva-

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tura menor do estomago, inflamagăo do piloro e gastrotopse de ate 9 mm por baixo da linha tragada a nivel das cristas iliacas. Depois disto, comegou-se a realizar tratamento medicamentoso mas, sem resultado, as crises continuaram recidivando. Em julho de 1993, o paciente chegou â nossa consulta e depois de ser avaliado estabeleceu-se que o mesmo apresentava urna disfungăo de coragâo e pulmâo, tensâo na musculatura por baixo do processo xifoide e dor â pressăo em seu lado esquerdo, ruidos peristâlticos normais e adequada atividade das quatro extremidades e da coluna vertebral. Para seu tratamento, foram selecionados os pontos simpâtico, Shen Men, estomago, bago e ârea digestiva do subcortex. Depois de transcorridos 21 tratamentos de auriculoterapia a distensăo abdominal e a gastralgia diminuiram, depois de 30 tratamentos as dores desapareceram, recuperou o apetite e se incrementou a quantidade de comida ingerida, aos 40 tratamentos se realizou outra gastroduodenoscopia e pode-se observar que a ulcera havia cicatrizado, que a mucosa do piloro se encontrava normalmente engrossada e que a gastroptose havia diminuido a 4,5 mm. Assim, aproximadamente depois das 20 sessoes de tratamento, os sintomas gerais haviam desaparecido e ao ser consultado novamente, dois anos mais tarde, nâo se observou mais nenhum ataque da enfermidade.

Gastroenterite Aguda E urna sindrom e clinica aguda de etiologia variada, infecciosa ou toxica que se caracteriza por vom itos, diarreias aquosas e freqiientes que podem chegar a ser de ate 10 deposigoes, em um dia, causando, em alguns pacientes, desequilibrio eletrolitico e desidratagăo e em casos extrem os, hipotensăo e espasm os m usculares, tambem, se produzem colicas abdom inais corn ou sem febre e aumento do peristaltism o. Para a MTC, esta enferm idade e causada por frio-umidade provocada pela ingestăo de alimentos em mau estado, frios ou mal cozidos ou pela invasâo do calor de verâo ao intestino e estomago provocando desarmonia na circulagăo do Qi e perda da normal atividade gastrointestinal. T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice. Estomago. Bago.

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Auriculoterapia

Intestino grosso. Intestino delgado. Reto. Endocrino. S im p â tic o .

• Pontos secundârios Abdomen. Centro da concha cimba. Shen Meri. Occipital.

Explicagâo dos pontos Estomago, intestino grosso, intestino delgado e reto - Sao os pontos da zona correspondente â mudanga patologica, regulam a circulagâo do Qi a nivel local, restabelecendo a atividade gastrointestinal e detendo a diarreia. Bago - O bago controla a fungâo de transporte e transform agăo, ajudando, desta m aneira, o processo de digestâo do estom a­ go, a absorgăo das essencias obtidas destes e sua distribuigăo por todo o corpo. Por sua relagăo interna e extern a corn o estom ago, e vital no processo digestivo e, portanto, na recuperagâo da fungâo gastrointestinal. Simpătico - Este ponto libera os espasmos da musculatura lisa, acalmando, desta forma, a dor. Shen Men e occipital - Ambos tem fungâo sedante, antiinflamatoria e analgesica. Abdomen e centro da concha cimba - Em caso de dor abdominal severa, săo selecionados ambos os pontos para liberar o espasmo, regular o peristaltismo e acalmar a dor.

Pancreatite Cronica A pancreatite cronica pode ser de dois tipos: a cronica recidivante e a sustentada; no caso da primeira e provocada por lesoes do pâncreas corn ataques recidivantes e no caso da segunda e urna pancrea­ tite cronica corn um curso sustentado. Na pancreatite, podem-se observar mudangas fibroticas a nivel da glândula corn atrofia das ilhotas de Langerhans ou desaparecimento destas, frequentemente, podem ver-se calcificagoes. Entre os fatores que predispoem ao aparecimento da enfermidade encontram-se a colecistolitiase, o alcoolismo, o diabetes melito e a infestagăo por âscaris lumbricoide. Os sintomas, âs vezes, se traduzem por manifestagoes de diabetes melito, so, ou associada a esteatorreia, ataques repetidos de dor epi-

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gastrica corn irradiagăo para ambos os hipocondrios e que alivia na posigăo de oragâo maometana, nâuseas, vomitos, distensâo abdom i­ nal, calafrios, diarreias ou constipagâo, emagrecimento e ictericia. E mais frequente depois da quarta decada da vida, sendo, na grande maioria, os homens mais afetados que as mulheres. Para a MTC, esta enferm idade entra dentro da classificagăo de patologias Wei Tong exposta anteriormente ou Zhung Liu que significa tumoragâo. T ra ta m e n to • Pontos principais Pâncreas. Vesicula biliar. Bago. Duodeno. Endocrino. • Pontos secundârios Subcortex. Supra-renal.

Explicagăo dos pontos Pancreas e vesicula biliar - Săo os pontos correspondentes ao local patologico, estes favorecem a circulagăo do sangue e energia a nivel dos canais e colaterais do local em questăo, promovendo a recuperagăo da norm al fungăo do pâncreas. Figado e bago - O ponto fi'gado favorece a drenagem da vesicula e a fungăo de drenagem e dispersăo do figado, o ponto bago promove a fungăo de transporte e transformagăo do referido orgâo. Ambos os orgâos e ambas as fungoes guardam urna estreita relagăo, se a atividade do figado e normal e sua fungăo de drenagem e dispersăo e harmoniosa, isto favorecerâ a correta fungăo de ascensăo do bago e descendencia do estomago. Quando a energia do bago ascende, pacifica o figado e quando a energia de estomago descende, pacifica a vesicula. Caso se produza urna sindrome de desarmonia entre figado e bago trarâ como consequencia uma deficiencia de Qi deşte ultimo, a subida do Qi claro e insuficiente e se perde a fungăo de transporte e transformagăo, aparecendo dor abdominal e diarreias cronicas. Alem disso, para a MTC, o bago e o pâncreas săo considerados como um so orgăo. Em experim entos realizados nos ultimos tempos, efetuando Acupuntura em pontos do figado e bago, comprovou-se uma regulagăo e elevagăo da atividade imunologica corn incremento da atividade das celulas T e da produgăo de celulas novas no figado.

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Auriculoterapia

Duodeno - No duodeno desembocam as enzimas digestivas pancreâticas, razăo pela qual uma mudanga patologica a nivel desta glândula limita a atividade funcional do orgâo, por isto, seleciona-se este ponto. S u b co rte x - Este ponto regula a atividade digestiva. Endocnno e supra renal - Ambos os pontos tem fungăo antiinflamatoria, fazem diminuir a exsudagăo produto da inflamagăo e elevam a capacidade imunologica. E xp e rie n cia C lin ica No tratamento da pancreatite cronica corn auriculoterapia, o estimulo sobre o ponto pancreas na orelha esquerda e fundamental, jâ que este mesmo ponto na orelha direita representa a vesicula biliar. Desta maneira, ao realizar o tratamento de auriculoterapia, e imprescindivel o uso do explorador para conseguir encontrar o ponto de maxima reagăo na ârea do pâncreas. Tendo em conta que a pancrea­ tite e uma enfermidade cronica que evolui por ataques agudos, o periodo de tratamento e, relativamente longo, necessitando, em geral, de 1 a 3 ciclos, de 10 sessoes cada um, para obter uma diminuigăo dos sintomas.

Constipagăo Entende-se por constipagăo ao atraso da evacuagăo intestinal. Em um individuo normal, a deposigăo e de uma vez cada 24h, ainda que, se pode chamar prisăo de ventre habitual, aos casos em que a deposigâo deixa de ser diâria, năo chegando a se considerar patologica. Podemos, entâo, definir a constipagăo como a deposigăo dificil, corn fezes duras e secas, uma vez a cada vârios dias e que pode estar acompanhada de sintomas, tais como cefaleia, vertigens, cansaţjo fâcil, nâuseas, palpita?oes, etc. A constipaqâo, de acordo corn a patogenia tradicional, diferenciase em 4 tipos: constipa^âo por calor (Ne Mi), constipagăo por estagnagâo de energia (Qi Mi), constipagâo por vazio (Xu Mi) e constipagâo por frio (Han Mi). E tio p a to g e n ia • C onstipaţâo por calor - Quando se produz um aumento excessivo de Yang no corpo, provocado pela ingestâo excessiva de comidas secas, picantes, gordurosas e doces corn pouca presenga de vegetais e frutas na dieta, produz-se um acumulo de calor no Yang M ing consum indo-se os liquidos corporais e

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secando-se as fezes, o que im pede a adequada circulaqâo do Qi pelos Fu, sendo cham ado pelos antigos: “a barca năo avanga porque o rio se secou". • Constipapăo por estagnaqăo de Qi - A atividade mental inadequada dada pelo trabalho intelectual excessivo, a irritabilidade, etc., provocam estagnaqăo do Qi no fîgado e a vesfcula biliar, perdendo-se a funqâo de drenagem e dispersăo do fîgado, o que provoca desarmonia na circulaqâo do Qi atraves do intestino e impossibilitando sua funqăo de mobilizar o bolo fecal. • Constipapăo por vazio - Depois de uma enfermidade prolongada, do parto ou tratamento cirurgico onde ocorreu uma perda de Qi e X ue que năo se pode recuperar, o Qi insuficiente se faz debil para mobilizar as fezes e o vazio de sangue faz que o intestino perca sua umidade, produzindo este tipo de constipaqăo. • Constipaqâo por frio - Nos ancioes produz-se, devido ao processo de envelhecim ento, uma deficiencia de Yang do Jiao in ­ ferior, o qual favorece o acum ulo de frio, Yîn, que im pede a norm al circulagăo da energia e liquidos corporais, dificultando a evacuaqăo. T ra ta m e n to • Pontos principais Intestino grosso. Sari Jiao. Bago. Abdomen. Subcortex. Pulmăo. Constipaqăo. • Pontos secundârios: Constipaqăo por calor - Sangria no âpice. Constipaqăo por estagnaqăo de Qi - Fîgado, vesicula biliar. Constipagăo por vazio - Endocrino, pancreas. Constipagăo por frio - Endocrino, rim, supra-renal (se năo for hipertenso).

Explicacâo dos pontos In te s tin o g ro s s o e a b d o m e n —O uso de ambos os pontos, alem de

ser os que refletem a zona correspondente â patologia, estimulam o p e r is ta ltis m o , d r e n a m e c o m u n ic a m o Qi n o s Zang Fu, d is p e r s a m o calor e eliminam as estagnaqoes.

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Bago e San Jiao - O bago controla o transporte e a transformagâo e o San Jiao converte a energia e traslada as essencias vitais, os cinco Zang e os seis Fu guardam estreita relagăo com o San Jiao. Corn o uso destes dois pontos, garante-se a transformagâo da energia e o correto metabolismo dos liquidos, favorecendo-se a eliminagâo. Subcdrtex - Este ponto tem a fungăo de regular a atividade gastrointestinal. P u lm ă o - O pulmâo e o Zang acoplado a intestino grosso, guardando entre ambos uma relagăo interior e exterior. Mediante a fungăo de descendencia e dispersâo do pulmâo. este envia os fluidos corporais para umedecer o intestino, favorecendo a drenagem e mobilizagăo das fezes, atraves do mesmo. Sangria no ăpice - Tem a fungăo de dispersar o calor. Figado e vesicula biliar - Com o uso destes dois pontos se elim i­ nam as estagnagoes de Qi ao favorecer a fungăo de drenagem e dis­ persâo do figado. Endocrino e pancreas - A combinagâo destes pontos tem a fungăo de tonificar Qi e Xue. Rim e supra renal - O uso destes pontos tonifica o Yang de rim, mobilizando os liquidos corporais e dispersando o frio, sendo apropriado seu uso no caso dos ancioes.

Diarreias Entende-se por enfermidade diarreica a todo processo morbido, qualquer que seja sua etiologia, que tem, entre seus sintomas mais importantes, as diarreias e que se podem acompanhar ou nâo, de transtornos hidroeletroliticos e do equilibrio âcido-bâsico. A diarreia define-se como um aumento brusco no numero das deposigoes, um acrescimo no volume usual das fezes ou uma mudanga na consistencia das mesmas. Considera-se que uma diarreia e aguda quando sua duragăo năo excede os 21 dias, do contrârio, classifica-se como cronica. Tendo em conta os mecanismos de produgâo das diarreias agudas se classificam da seguinte maneira: secretoria, exsudativa, osmotica, por defeitos na permeabilidade intestinal, por defeitos do transporte ativo intestinal e por transtornos da motilidade gastrointestinal. Segundo sua etiologia, podem ser infecciosas ou năo infecciosas. As causas nâo infecciosas das diarreias agudas sâo: a desnutrigâo, os medicamentos, laxantes, a alergia transitoria, afecgoes endocrinometabolicas, etc. e entre as infecciosas constam: as infecgoes do trato respiratorio, do trato urinârio, assim como infecgoes enterais por parasitas, fungos, bacterias, vibrioes, etc.

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Manifestam-se por diarreias de aparecim ento subito e de pouco tempo de evolugăo que variam em suas caracteristicas, segundo o mecanismo de produgăo e a etiologia, podendo aparecer diarreias liquidas abundantes, em numero e quantidade que podem levar â desidratagăo, diarreias m ucopiossanguinolentas corn puxos e tenesmo, febre elevada corn outros sintomas acom panhantes ou por deposigoes de pequeno volum e, fezes pastosas ou sem ipastosas corn avermelhamento da regiăo perianal. No caso das diarreias cronicas, estas estăo originadas por inumerâveis causas, tanto funcionais, como orgânicas, assim temos as diar­ reias cronicas do colon irritâvel, da diverticulose de colon, as diarrei­ as alergicas, etc. Considerando-se a sindrom e da mâ absorgăo intestinal que por sua sintomatologia tem urna personalidade propria e que inclui o espru tropical e a enferm idade celiaca. Caracterizam -se por diarreias liquidas ou pastosas, abundantes, corn restos de alimentos, âs vezes gordurosas que deixam ardor anal, astenia, anorexia, perda de peso acentuada, aftas bucais, glossite, anemia, m anifestagoes hemorrâgicas, osseas e neurologicas em casos muito avangados. A diarreia para a patogenia tradicional e denom inada Xie X ie e na prâtica clinica, e subdividida em dois grupos: diarreia cronica e diar­ reia aguda. A diarreia aguda, em geral, estâ relacionada corn a invasăo de agentes patogenicos exogenos, dano de tipo alimentar, invasăo por parasitas, bacterias ou virus e e, mais frequentemente, vista no verăo e outono; esta e classificada como urna sindrome por excesso, aparece, mais comumente, em sindrom es de calor ou umidade ou pela combinaqâo de ambos. Ainda que seja menos freqiiente, tambem, podem-se observar diarreias, por frio e por frio-umidade. A diarreia cronica estâ relacionada corn a debilidade de bago e estomago causada pela atividade espiritual inadequada, como a preocupagâo excessiva que danifica o bago, tambem, pela invasăo trans­ versal do Qi do figado ao bago e estomago, engendrada por fatores endogenos e pela deficiencia de Yang de rim que nâo aquece o bago. Este tipo de diarreia se classifica como urna sindrome por vazio. T ra ta m e n to • Pontos principais Reto. Intestino grosso. Shen Men. Occipital.

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Endocrine». Bago. Simpâtico. • Pontos secundârios Se deficiencia de Yang de bago e rim - Rim. Se ataque transversal de Qi de fi'gado - Figado. Se debilidade de bago e estomago - Estomago, intestino delgado.

Explicagâo dos pontos Intestino grosso e reto - Săo os pontos da zona correspondente â mudanga patologica, estes podem regular a atividade fisiologica do intestino e ajudar na fungâo de transporte e transformagăo. Shen Men e occipital - Săo pontos com fungăo sedante e antiinflamatoria, săo importantes para deter a diarreia. E ndocrino- Este ponto tem fungâo antiinflamatoria e antiinfecciosa. Bago e rim - Quando se tonifica o Qi de rim, este aquece o Yang do bago fazendo ascender o Qi do Jiao medio. Figado - Drena o figado, evitando que este ataque o bago e esto­ mago.

Năuseas e Vâmitos As năuseas e os vâmitos săo sintomas muito frequentemente vistos, na prâtica clinica, acompanham a numerosas enfermidades, principalmente do SNC e do sistema digestivo, associa-se â sepse das vias urinărias, cefaleia e gravidez, tambem, pode-se observar o vomito de tipo psicogenico. Segundo a MTC. estes sintomas se englobam dentro do tipo de patologia Ou Tu. Na etiopatogenia tradicional, o vomito e, fundamentalmente, causado por urna inversăo de Qi de estomago, de etiologia multipla. A primeira causa e a lesăo provocada pela ingestâo inadequada de alimentos que e vista em casos onde a dieta estâ composta por alimentos frios, mal cozidos, excesso de doces e gorduras. Quando estes alimentos năo săo transformados, adequadamente, inverte-se o Qi de estomago, causando o vomito. A segunda causa e pela acumulo de fleum a patogenica no inte­ rior, o que entorpece a fungâo de bago e estomago, os liquidos corporais năo podem se comunicar, adequadam ente, a fleum a se acu­ mula na cavidade abdominal, obstruindo a circulagâo do Qi e cau­ sando o vomito. A terceira causa e pela invasâo transversal do Qi do figado ao esto­ mago, fato que e produzido pela ira excessiva e repentina, que faz

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ascender abruptamente o Qi de estomago, arrastando com ele os alimentos que se encontram neste. A quarta causa e por invasâo de agentes patogenicos exogenos como o vento, o frio, o calor de verâo e a umidade, estas energias perversas ao circular pelos canais Yang Ming, invadem o estomago, fazendo com que este perca sua fungăo de descendencia. T ra ta m e n to • Pontos principais Estomago. Simpâtico. Cârdia. Occipital. Subcortex. • Pontos secundârios Se invasăo transversal do Qi de figado: figado.

Explicacăo dos pontos Estomago e jig a d o - A fungăo de drenagem e dispersâo do figado favorece a correta digestăo. atraves da selegăo deşte ponto, evita-se a estagnagăo de Qi neste orgâo e portanto seu ataque ao estomago, enquanto que com o ponto estomago garante-se a recuperaţâo da fungăo de descendencia do mesmo. Bago - O bago gosta da secura e o danifica a umidade, atraves da selegăo deşte ponto se fortalece a fungăo de transporte e transformagăo, drenando-se a umidade e a fieuma, acalmando, assim, as nâuseas e os vomitos. Simpătico - Este ponto regula a atividade neurovegetativa, atenua a excitagâo vagal deprimindo, assim, o sintoma. Subcortex - Este ponto regula a atividade alta do SNC, controlando as desordens a este nivel. Cârdia e occipital - Estes pontos tem fungâo sedante e antiemetica.

Espasmos do Diafragma ou Solugo Este sintoma consiste na contragăo involuntâria e repentina do diafragma com o fechamento râpido das cordas vocais que produz um ruido caracteristico, usualmente ocorre em intervalos e os ataques, geralmente, duram so uns poucos minutos. O solugo pode ser classificado em central, reflexo e periferico. O solugo de tipo central e causado por enfermidades internas que influem sobre o centro respiratorio tais como a hipoxia cerebral, a

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hemorragia cerebral, traumatismos cerebrais, tumores cerebrais, etc., este produz um quadro de solugo continuo que năo se acalma. O solugo de tipo reflexo se produz por um superestimulo do nervo frenico no curso de enfermidades hepâticas, biliares, gastrointestinais, pulmonares, etc. Tambem, e frequentemente visto depois de intervengoes cirurgicas do abdomen ou em estados tardios de processos cancerosos. O solugo produzido por estas causas dura de vârias horas, dias e ate meses, mantendo-se dia e noite sem parar. O solugo de carâter nervoso, estâ relacionado, em geral, corn a histeria e e visto, frequentemente, na prătica clinica. De acordo corn a diferenciagăo do solugo na MTC, este pode ser de dois tipos: solugo do tipo Shi ou, por excesso e solugo de tipo Xu ou, por vazio. O solugo por excesso pode ter a seguinte subclassificagăo, solugo causado por frio no estomago, o solugo causado pela subida repentino do fogo no estomago e o solugo causado pelo ataque transversal do Qi do figado ao estomago. Enquanto que nas sindromes por vazio encontramos: o solugo causado pela deficiencia de Yang de bago e esto­ mago e o solugo causado pela deficiencia de Yin de estomago. T ra ta m e n to • Pontos principais Diafragma. Estomago. Shen Meri. Simpâtico. Subcortex. • Pontos secundârios Sindrome por excesso - Figado, sangria no âpice. Sindrome por vazio - Bago.

Explicacâo dos pontos Diafragma - Ajuda a liberar os espasmos do mesmo. Estomago - Restabelece a fungâo de descendencia deşte orgăo, acalmando a inversăo do Qi que e a causa principal do solugo. Shen Men - Seda o espirito e acalma o solugo. Simpătico - Libera os espasmos da musculatura lisa. S ubcortex - Regula a atividade gastroin testin al e controla a superexcitagăo do cortex. Figado - Restabelece a fungâo de drenagem e dispersăo e impede o ataque do figado ao estomago. Bago - Fortalece a fungâo de bago e estomago.

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E xp e rie n cia C linica Em um paciente hemiplegico com um soluqo mantido durante 2 anos e meio, com intervalos de alîvio de 1 a l,5h, jâ havia tentado tratamento medicamentoso e fisioterapia e nâo conseguira nenhum resultado. Realizou-se, entăo, tratamento de auriculoterapia injetando 0.05mg de vitamina B, sobre os pontos diafragma e Shen Men, combinada com Acupuntura nos pontos Zu San Li, Jiu Wei, Nei Wang, Ge Shu, com um ciclo de tratamento de seis sessoes continuas, conseguindo-se o desaparecimento deşte sintoma.

Esofagite Consiste na inflamagăo do esofago. Existem duas formas principais: a esofagite corrosiva e a esofagite por refluxo. A esofagite por refluxo e causada pela regurgitagâo do conteudo do estomago no esofago, em seus estados iniciais apresenta-se com um quadro de hiperemia da mucosa esofâgica com edemas e espasmo, que podem chegar â medida que evolui este processo, ao aparecimento de ulceras, em estados mais avanqados, podem aparecer cicatrizes e estenose. Entre seus sintomas principais estăo: a disfagia, dor queimante retroesternal, eructaqoes âcidas, vomitos, etc. A esofagite corrosiva e produzida pela ingestâo acidental ou em carâter suicida de substâncias câusticas, por seu carâter traumâtico provoca queimaduras e estenose de diferentes graus, constitui seu sintoma principal, a disfagia. Para a MTC, esta enfermidade e classificada como Ye Ge a qual, pode ser traduzida como a enfermidade da dificuldade para tragar. T rata m en to • Pontos principais Esofago. Cârdia. Simpâtico. Subcortex. • Pontos secundârios Shen Men. Occipital.

Explicaţăo dos pontos Esofago e c ă rd ia - Sâo os pontos da zona correspondente, atraves dos mesmos, garante-se a boa nutriqăo do esofago, o restabelecimento da mucosa e portanto, a evoluqâo positiva do estado patologico.

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Auriculoterapia

S u b cortex- Atraves deşte ponto regula-se a atividade digestiva. Sim pătico - Libera os espasm os da m usculatura lisa, acalmando a dor. Shen Men e occipital - Estes pontos tem fungâo sedante e analgesica.

Colecistite E uma enfermidade frequentemente vista na prâtica clinica, produzida pela inflamagăo da vesicula biliar. Existem dois tipos, a cole­ cistite aguda e a cronica. A colecistite aguda e quase sempre causada por câlculos biliares que obstruem o conduto cistico, o sintoma principal e uma dor aguda e severa na parte direita do abdomen, justo abaixo das costelas corn irradiagăo para a omoplata e ombro do mesmo lado, o mesmo piora com os movimentos e pode acompanhar-se de febre e ictericia. A colecistite cronica produz-se pelos ataques repetidos da colecis­ tite aguda, os sintomas gastrointestinais atribuidos a esta patologia săo a indigestâo, a dor vaga na parte superior do abdomen e nâuseas, os quais podem agravar-se depois de ingerir de alimentos gordurosos. De acordo com os criterios da MTC, esta patologia pode ser classificada dentro da enfermidade Lei Tong que se traduz como dor costal ou a enfermidade Huang Dan que se traduz como ictericia. No primeiro caso, a colecistite pode ser causada por uma sindrome de estagnagăo do figado ou por umidade-calor que produzem dor costal. No segundo caso, a colecistite pode ser classificada como ictericia do tipo Yang ou do tipo Yin. Em cada uma das sindromes deseritas anteriormente, se produz um acompanhamento sintomâtico que năo entra em contradigâo com a descrigâo realizada â patologia na medicina moderna, sendo alimentada pela coleta de outros sinais obviados e que nos favorecem a diferenciagăo tradicional. T rata m ento • Pontos principais Sangria no âpice. Simpătico. Shen Men. Vesicula biliar. Vias biliares. Figado. Endocrino. • Pontos secundârios Se umidade-calor - Bago.

Patologicis e Terapeutica

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Explicagâo dos pontos Sangria no ăpice - Tem fungăo antiin flam atoria, antipiretica, sedante e analgesica. S im pătico - Libera os espasm os da m u scu latu ra lisa, acalm ando a dor. Shen Men - Tem fungăo antiinflam atoria e analgesica. Vesîcula biliar e vias biliares - Estes pontos promovem a desinfiamagâo da vesîcula e increm entam a contragăo desta. Figado - Guarda relagăo exterior e interior corn a vesîcula, em geral, os processos inflam atorios da vesîcula e das vias biliares estăo relacionados corn sîndrom es de um idade-calor no figado e vesîcula biliar ou de estagnagăo de Q id e figado. Estim ulando-se o ponto figa­ do, recupera-se a fungăo de drenagem e dispersăo deşte orgăo, favorecendo-se, tambem, a drenagem da vesîcula. Baco - Este orgăo desem penha um papei fundam ental no metabolismo dos lîquidos corporais e desta m aneira elim ina a umidade.

Hepatite E a inllamagăo do figado que se acom panha de dano ou morte dos hepatocitos, causada mais frequentem ente por infecgăo viral pelos virus de hepatite A, B, C, D e E; outras causas incluem sobredose de drogas como o acetaminofen, infecqâo por citomegalovirus, etc. O sintoma mais comum e a ictericia, que em muitos casos, e precedida por debilidade marcada, acom panhada de nâuseas, vomitos, perda do apetite, mal-estar no hipocondrio direito, artralgias e mialgias. Para a MTC, a hepatite estâ relacionada corn urna sîndrom e de estagnaqăo do Qi do figado ou desarm onia entre figado e bago, por isso, o princîpio terapeu tico seguido nestes casos, e favorecer a dre­ nagem do figado, regu lar o Q i, fortalecer o bago e harm onizar o estom ago. T ra ta m e n to • Pontos principais Fîgado. Vesîcula biliar. Zona de distensâo abdominal. San Jiao. Ouvido central. Subcortex. • Pontos secundârios Hepatite. Endocrino.

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Auriculoterapia

BâQO.

Estoni ago.

Explicaţâo dos pontos Fîgado e vesicula biliar - Estes pontos favorecem a drenagem do fîgado e da vesicula, liberam as estagnaqoes e regulam a energia. Zona de distensăo abdominal - Regula a energia e elimina a distensâo. San Jiao - Favorece a transformaqăo da energia e o transporte da essencia. Ouvido central - Regula a atividade dos Zang Fu, libera os espasmos e acalma a dor. Subcortex - Regula a atividade neurovegetativa. Hepatite e endocrino - As alteraqoes da funqâo hepatica repercutem no sistema endocrino, corn o uso destes pontos se restabelecem as mesmas. Bago e estomago - Tem a funqâo de fortalecer o baţo e harmonizar o estomago. S i s t e m a R e s p ir a t o r ie »

Bronquite E a denominaqăo da inflamaqăo dos bronquios que, em geral, estâ limitada â mucosa. Pode ser devida a agentes infecciosos, principalmente, virus e bacterias, assim como, a irritantes externos, fîsicos ou alergicos. Segundo sua evoluqăo e quadro clinico, classifica-se em dois tipos: aguda e cronica. A bronquite aguda e um processo que aparece de form a subita e corn um curso limitado, surge como extensăo de um processo primârio das vias respiratorias altas, como complicaqăo de urna enfermidade infecciosa geral como o sarampo ou a febre tifoide ou como urna causa primăria. Normalmente, comeqa com sintomas de urna infecqâo respiratoria alta com tosse freqiiente, dor retroesternal, titilamento traqueal, febre leve ou m oderada e m al-estar geral, associado, em algumas ocasioes, a manifestaqoes asmatiformes, quando o processo avanqa aparece tosse umida e expectoragăo mucosa ou mucopurulenta. A bronquite cronica e um estado patologico caracterizado por hiperproduqăo de muco bronquial e que se expressa clinicamente, por tosse cronica, com expectoraqăo mucosa, mucopurulenta ou puru­ lenta, tres m eses por ano, com um minimo de dois anos consecutivos.

Patologias e Terapeutica

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O primeiro sintom a que refere o enferm o e a tosse freqiiente, âs vezes paroxistica, mais intensa em horas da m anhă e da noite, geralmente produtiva. Nos primeiros anos de evoluqâo da enferm idade o paciente năo sofre dispneia, mas â medida que o processo avanqa e se produz hipoxia e hipercapnia, aparece falta de ar ao esforqo. Quando se soma um episodio infeccioso, a dispneia pode ser grave, demostrando um severo comprom etimento respiratorio. De acordo corn os criterios da MTC, a bronquite pode ser classificada como enferm idade do tipo Ke Suo ou X iao Shun. Segundo a etiopatogenia tradicional, a bronquite pode ser causada por agentes patogenicos endogenos ou exogenos, diferenciando-se em urna bronqui­ te do tipo Shi ou por excesso ou do tipo X u ou por vazio. A bronquite por excesso e originada pela invasăo de vento-frio ou vento-calor ao pulmăo, danificando a circulaqăo normal do Wei Q i e a funqăo de descendencia e dispersăo deşte orgăo, aparecendo um quadro clinico que corresponde ao descrito na bronquite aguda. A bronquite por vazio pode ser provocada pela debilidade do Zhen Qi ou agente antipatogenico, devido â disfunqăo de pulmăo, baqo e rim, o que facilita a debilidade do Wei Qi, a entrada facil de agentes patogenicos exogenos pela boca e o nariz que originam quadros reiterados de bronquite. Ao produzir-se o perda da fungăo de descenden­ cia e dispersăo do pulmăo e a debilidade do Yang do baqo e rim, a enferm idade instala-se, por longo tempo e se torna dificil de curar, aparecendo fleuma abundante pela perda da fungâo de transporte e transformaqăo do baqo. Outra causa endogena, ainda que menos freqiiente, e a transformaqâo em fogo da estagnaqăo de Qi do figado que ataca o pulmăo, secando-o. Estas sindromes, antes descritas, produzem um quadro sintomătico que correspondem, em geral, â bronquite cronica. T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice. Bronquios. Traqueia. Pulmăo. Ping Chuan. Shen Meri. • Pontos secundârios Occipital. Endocrino. Se ataque de vento-calor - Intestino grosso. Se bronquite cronica —Baqo, rim.

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Anriculoterapia

Explicagâo dos pontos Pulmăo, bronquios e traqueia - Săo os pontos da zona correspondente, regulara a atividade pulm onar e acalm am a tosse. Ping Chuan - Acalm a a tosse e a dispneia. Shen Men e occipital - Estes pontos sedam e sâo antiinflamatorios. B a g o - O ponto bago tem a fungâo de transform ar a fleuma e eliminando a umidade, facilita a desinflamagâo. Rim - A MTC declara “O pulm ăo com anda o Qi e o rim e a raiz do QC, por isso, atraves do estîmulo do ponto rim se garante o restabelecimento da fungâo de descendencia e dispersăo do pulmăo. Sangria no ăpice e endocrino - Estes pontos tem fungâo antiinflamatoria, antipiretica, antiinfecciosa e sedante. Intestino g ro s s o - Guarda relagăo interior e exterior com o pulmăo, em caso de invasâo de vento-calor este ponto garante dispersar o calor do pulmăo, evitando que se ehegue a danificar o Yin deşte orgâo, tambem, por pertencer a um canal Yang Ming, dispersa o calor a nivel sistemico.

Asma Bronquial A asm a e uma condigâo de hiper-reatividade bronquial, que se caracteriza por uma obstrugăo generalizada dos bronquios, contragăo dos musculo de Reissner, hipersecregăo e edema da mucosa bron­ quial. Esta obstruqăo e dinâmica e seu grâu pode variar espontaneamente ou como consequencia do tratamento. Esta enferm idade debu­ ta, geralmente, em etapas prematuras da vida, muitas pessoas tem seu primeiro ataque antes dos cinco anos de idade. Existem dois tipos fundamentais de asma: a extrinseca, na qual os alergenos sâo os que desencadeiam a crise e a intrinseca, na qual năo existe uma causa aparente externa. O alergeno mais comum ente responsâvel pelo inicio das crises e o polen, causador, tambem, da rinite alergica. Outros alergenos incluem o po, a umidade. o pelo dos animais, as penas, etc. A asma extrinseca, muitas vezes, e desencadeada por infecgoes respiratorias como o resfriado e a bronquite, pelo exercicio, quando se estâ submetido a m udanţas bruscas de temperatura, pela aspiragâo de fumaga de tabaco ou de outros contam inantes ambientais e pela alergia a alimentos ou m edicamentos como a aspirina. De acordo com os criterios da MTC. o asma pode ser diferenciado em asma por excesso ou de tipo Shi ou na asma por vazio ou de tipo Xu. A asma por excesso pode ser diferenciada, por sua vez, em asma causada pela invasâo de vento-frio e em asm a causada invasăo por vento-calor, estas classificagoes podem coincidir em sua sintomatologia com a asm a do tipo extrinseca.

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A asma por vazio pode ser causada, por sua vez, por uma sindrome de deficiencia de pulmâo, de deficiencia de bago ou de deficiencia de rim, com um acompanhamento sintomâtico caracteristico para cada caso mas que, em term os gerais, pode encontrar analogia com a asma de tipo intrinseca, diferenciada na medicina moderna. T ra ta m e n to • Pontos principais Pulmâo. Bronquios. Traqueia. Simpâtico. Supra-renal. Ping Chuan. Alergia. Endocrino. • Pontos secundârios Asm a por vento-calor - Intestino grosso. Asm a por vento-frio - Shen Meri. Asm a por deficiencia - Bago, rim. Em caso de crise - Sangria no âpice.

Explicagăo dos pontos Pulmăo, bronquios e traqueia - Sâo os pontos da zona correspondente e ajudam a regular a fungăo do pulmăo. Simpătico - Favorece a broncodilatagâo, liberando os espasmos da musculatura lisa. Supra-renal, endocrino e a le rg ia - Sâo de vital importância na asma de causa alergica, estes pontos dessensibilizam e ajudam a elevar a imunologia. Shen Men - Tem fungăo sedante e acalma a dispneia. Ping Chuan - E o ponto especifico para deter a tosse e acalmar a dispneia. Rim - Quando o pulmâo e deficiente năo pode controlar o Qi e quando o rim e insuficiente năo pode captar o Qi peitoral, o que faz que o Qi se inverta e provoque dispneia, desta maneira, estimulando o ponto rim, restabelece-se a fungăo de captar o Qi, por este orgăo. Bago - De acordo com a teoria dos cinco movimentos, o bago como elemento madeira gera e e măe do pulmâo, elemento metal, por isso, ao tonificar a măe se tonifica o filho. Por outra parte, com a correta fungăo de transporte e transformagâo do bago, elimina-se a umidade e se trans­ forma a fleuma, favorecendo a climinacâo da tosse e a dispneia.

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Auriculoterapia

Resfriado comum - O resfriado comum e um complexo sintomâtico, causado, em sua imensa maioria, por uma infecgăo viral das vias respiratorias altas, que (raz, como resultado, uma inflamagăo exsudativa aguda. De modo regular o paciente comega a sentir molestias e secura da faringe, acom panhada de febre que pode variar desde leve a intensa, assim como, de m al-estar geral, cefaleia e mialgias. Ao term ino de 2 a 4 dias predom ina uma secregâo ou exsudagâo de toda a mucosa res­ piratoria, desaparecendo este quadro em 10 a 15 dias. De acordo corn os criterios da MTC, o resfriado e causado pela invasâo de agentes patogenicos exogenos e tratado, em geral, sob os criterios de uma sindrome por excesso, ficando diferenciado da seguinte maneira: • Resfriado pela invasăo de vento-frio que se instala na superficie, entorpecendo a fungăo de dispersăo do pulmăo e em seu controle sobre a abertura e fechamento dos poros. • Resfriado pela invasăo do vento-calor que invade o pulmăo, en ­ torpecendo sua fungăo de descendencia. • Resfriado pela invasâo da umidade-calor de verâo que invade a superficie, desarmonizando o controle do pulmăo sobre o Wei Qi. T ra ta m e n to • Pontos principais Pulmăo. Nariz interno. Laringe-faringe. • Pontos secundârios: Se febre - Sangria no âpice da orelha, âpice do trago e supra renal. Se cefaleia central - Fronte. Se cefaleia parietal - Temporal. Se cefaleia occipital - Occipital. Se cefaleia no vertex - Vertex. Se dor e m al-estar em todo o corpo - Figado, bago, boca. Se tosse -T ra q u e ia , bronquios, Ping Chuan. Se dispepsia, constipagâo e distensăo abdominal - Estomago. intestino grosso. S i s t e m a C a r d io v a s c u ij v r

Hipertensăo Arterial Entende-se por hipertensăo arterial â enferm idade que se caracte­ riza pela elevagâo das pressoes sistolica, diastolica ou ambas ao mes-

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mo tempo, pelo m enos em tres tom adas casuais. Por conseguinte, serăo classificados com o hipertensos, aqueles individuos que tenham cifras de tensâo arterial acim a de 140 m m Hg (sistolica) e de 90 mmHg (diastolica). E tiologicam en te, cla ssifica -se em h ip erten sâo sisto lica e em sistodiastolica, desta ultim a 90% năo tem causa dem ostrada denominando-se hipertensâo primăria ou essencial, sendo que so 10% sâo consequencia de enferm idades do rim, do SNC, das glândulas suprarenais, por coarctagăo aortica, toxem ia da gravidez, ingestăo de pilulas anticonceptivas, etc. A hipertensâo pode passar por urna serie de estados evolutivos, de acordo corn as lesoes arteriais que se desenvolvam: • Hipertensâo leve ou estado I - E quase sem pre assintom âtica, corn pressăo diastolica abaixo de 110 mmHg, estreitam ento arterial no fundo de olho, sem repercussâo nos dem ais sistemas. • Hipertensâo m oderada ou estado II - Manifesta sintomas moderados, pressăo diastolica entre 110 e l 30 mmHg, pingamento das veias pelas arterias no fundo de olho e aumento da silhueta ca r­ diaca. • Hipertensâo severa ou estado III - Existe repercussâo cardiaca, renal e cerebral, pressăo diastolica de mais de 130 m m Hg e hemorragias e exsudatos no fundo de olho. • Hipertensâo m aligna ou estado IV - Sintomas m anifestos de en­ cefalopatia, uremia, insuficiencia cardiaca, pressăo diastolica maior de 140 mmHg, papiledem a e o resto das alteragoes no fundo de olho. A hipertensâo para a MTC e classificada dentro das patologias de cefaleias corn vertigem e pode ser de acordo com sua etiopatogenia produzida por tres causas fundam entais que sâo: • Causa de origem nervosa - Esta produz-se pela superexcitagăo nervosa durante tempo prolongado, o estresse, a irritabilidade contida e a preocupagâo excessiva, os quais produzem estagnagâo de Qi do lîgado que se transform a em fogo, se a evolugăo e prolongada; o fogo excessivo pode lesionar o Yin do figado, quando o Yin e lesionado, năo pode conter o Yang, originando-se a subida do Yang do figado que produz hipertensâo. • Alim entaţăo inadequada - A ingestăo excessiva de comidas doces, gordurosas e de bebidas alcoolicas lesionam a fungăo do baqo de transporte e transformacâo, favorecendo o acumulo ex­ cessivo de umidade patogenica no interior, a umidade acumulada durante um tempo prolongado transform a-se em calor, o câ­ tor excessivo consom e os liquidos corporais convertendo-se em

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Auriculoterapia

fleuma patogenica que obstrui os colaterais e vasos, evitando a subida do Q i claro e a descendencia do Qi turbido, ao estagnarse o Yang na cabeqa, produz-se o quadro hipertensivo. • Debilidade e lesăo no interior - Esta e provocada pelo trabalho excessivo, a atividade sexual excessiva ou o envelhecimento, todas as causas que levem a uma deficiencia do Ytnde rim. Quando o Yin do rim e deficiente, nâo nutre o Yin do figado que tambem se faz insuficiente, nâo podendo controlar o Yang e aparecendo uma sindrome de ascensăo do Yang do figado ou, favorecendo o movimento do vento interno do figado. Comumente, o comeqo da hipertensâo estâ relacionado corn a sin­ drome de ascensăo do Yang do figado. Na etapa media da evoluqăo da enfermidade, relaciona-se com a sindrome de deficiencia de Yin do figado e de rim e no estado mais avanqado da mesma, aparece tanto vazio de Yin como de Yang. T ra ta m en to • Pontos principais Sangria no âpice. Sangria em sulco hipotensor. Hipotensor. Coragâo. Subcortex. Figado. Simpâtico. Occipital. • Pontos secundârios Se X u Yin do figado e rim - Rim. Se fleuma-calor - Baqo, intestino grosso. Se vertigem - Ouvido externo, ârea de tontura.

Explicacâo dos pontos Sangria no âpice e no sulco hipotensor: Tem fungăo hipotensora, seda e clareia a mente e a visâo. Hipotensor - E um ponto especifico para fazer descer a tensâo arterial. Subcortex e simpâtico - Estes pontos regulam a vasoconstriqăo, liberando os espasmos dos vasos sanguineos. Occipital - E um ponto com funqăo sedante. Figado e cora gâ o- O figado armazena o sangue e o coraqăo contro­ la os vasos sanguineos, caso se produza vazio de sangue de coraqăo, este fato pode conduzir ao vazio de sangue do figado. Quando se pro-

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duz uma sindrome de vazio de sangue do fîgado, o Yang perde sua funqâo e ascende, elevando a tensăo arterial e produzindo sintomas de tontura, visâo turva, etc. Estimulando estes pontos, controla-se o volume de sangue em circulaqăo, tranqiiiliza-se a mente, acalma-se o espirito e pacifica-se o fîgado. Rim - A nutriqăo de cada parte do corpo e de cada Zang Fu estâ apoiada no Yin de rim, este orgăo e a raiz do fluido Yin do organismo, motivo pelo qual, quando o Yin de rim e insuficiente, pode-se favorecer o movimento do vento interno do fîgado. Estimulando o ponto rim, nutre-se o Yin e controla-se o Yang. E x p e rie n cia C lin ica A sangria no âpice no tratamento da hipertensăo deve ser abundante, antes de realizar a sangria deve-se massagear o pavilhăo auri­ cular ate que se ponha verm elho e quente, posteriormente, executa­ se a sangria no sulco hipotensor que deve ser de 3 a 5 gotas. Em geral, depois da sangria, o paciente deve sen tir uma sensaqăo de leveza na cabeqa e a vista deve tornar-se ainda mais clara. As manipulaqoes no tratamento da hipertensăo devem ser fortes, motivo pelo qual o uso do metodo de colocaqăo de sementes corn esferas magneticas ou corn sementes, metodo de punqâo corn agulha filiforme e a permanencia de agulhas, săo metodos com os quais se obtem excelentes resultados. O tratam ento de auriculoterapia na hipertensăo arterial de graus I e II produz resultados notâveis, entretanto, na h ipertensăo de grâu III, ainda que possa produ zir um a transform aqăo positiva nos sintom as, o tratam ento deve ser apoiado com m edicam entos. Depois do tratamento de auriculoterapia, ainda que os sintomas possam melhorar notavelmente, ao exam inar-se a tensăo arterial esta năo mostra, em algumas ocasioes, uma evidente queda, gerando-se, pelo contrărio, uma subida nas cifras de tensăo, precisando de um tempo longo para que se produza a descida paulatina desta, depois do estimulo com as sementes ou com as agulhas. O uso do ponto supra-renal, em geral, e contra-indicado no trata­ mento da hipertensăo, jâ que tem funqăo vasoconstritora e faz subir a tensăo arterial, mas em certos casos, de hipertensăo de causa renal, como as produzidas por colagenose, este ponto pode ser usado.

Hipotensăo Considera-se como hipotensăo â diminuigâo das cifras de tensăo arterial ate 40 a 50 mmHg, esta pode ser de dois tipos: aguda e croni­ ca. Na hipotensăo aguda produz-se uma descida abrupta da tensăo

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arterial que pode ter diferentes etiologias, dando sintomas de vertigens, declinio e choque. A hipotensăo cronica aparece quando as cifras se mantem normalmente baixas e, em geral, estâ associada a enfermidades do siste­ ma endocrino, a enfermidades degenerativas, mâ nutriqăo, enfermi­ dades cardiovasculares, etc. Para a MTC, a hipotensăo e um sintoma dos sindromes de defi­ ciencia de Qi, deficiencia de Xue ou deficiencia de Qi e Xue. T ra ta m en to • Pontos principais Suprarenal. Hipertensor. Hipofise. Coraqâo.

Explicagăo dos pontos Supra renal - Este ponto estimula a vasoconstriqâo, elevando desta maneira a tensăo arterial. Hipofise - Este ponto fortalece a atividade cardiovascular e favorece a vasoconstripăo. Hipertensor - No Instituto de Medicina de Zhong Shan, da provin­ cia de Guang Zhou, no ano de 1969, editou-se um informe acerca de um estudo realizado corn o uso do ponto hipotensor do pavilhăo auri­ cular, para tratar o fenomeno de hipotensăo que se produzia ao aplicar certos medicamentos analgesicos, obtendo-se resultados notăveis nesta experiencia. Em 15 casos onde a cifra diastolica se encontrava entre 60 a 70 mmHg, depois de punturar o ponto hipertensor por 1015min, as cifras tensionais ascenderam a 110/90. Coragăo - O corapăo controla os vasos, o sangue e promove a ati­ vidade cardiovascular.

Cardiopatia Isquemica Diz-se que hă insuficiencia coronâria quando o fluxo de sangue se modifica em quantidade e qualidade, sem satisfazer as necessidades orgânicas; isto e, que existe urna desproporpăo entre o fluxo sangiiineo e as necessidades de sangue, e portanto, de oxigenio por parte do miocârdio. Esta e causada, em geral, pela arteriosclerose que leva a urna estenose das arterias, corn fechamento do lumen das mesmas e conduz ă isquemia cardiaca, sendo mais freqiiente, entre os 40 a 70 anos, no sexo masculino e no curso de certas enfermidades como a

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hipertensâo arterial, o diabetes melito, o hipotiroidismo, a policitemia vera ou de enfermidades inflamatorias como a sifilis, tuberculose, fe­ bre reumatica e poliarterite nodosa. A insuficiencia coronâria se expressa em distintas formas, onde as mais habituais sâo: angina de peito, infarto agudo do miocârdio, morte subita, parada cardiaca primăria e a cardiopatia isquemica năo dolorosa. Clinicamente, manifesta-se por dor precordial opressiva corn irradiagâo para o brago esquerdo. pescogo e maxilar inferior, aparece ao repouso ou ao esforgo, desaparece, ou năo, corn os nitritos e tem urna duragăo determinada, segundo a forma clinica que adote, pode estar acompanhada de vertigens, desmaios, arritmia cardiaca, cardiomegalia, sudagoes, frialdade da extrem idades, etc., chegando-se ao diagnostico mediante estudos enzimăticos e electrocardiogrâficos. De acordo corn os criterios da MTC, esta enfermidade e denominada sindrome Bi do peito ou dor verdadeira de coragăo. Segundo a etiopatogenia tradicional, esta pode estar relacionada corn a debilidade de bago, coragăo e rim produto do envelhecimento, outra causa e a alimentagăo inadequada por excesso de doces e gorduras ou pela atividade mental excessiva, preocupagăo, etc., todas as causas que conduzem â deficiencia do bago e â produgăo de umidade e fleuma que se acumula no interior, obstruindo a livre circulagâo do Yang a nivel do torax, o que favorece o aparecimento da dor precordial, neste caso, a dor seră comparativamente leve e moderada. Tambem, e causada pela invasăo aguda de frio patogenico, que provoca obstrugăo por frio e fleuma dos colaterais e vasos, aparecendo dor de carăter mais grave e urgente. Quando o Bi torâcico tem urna evolugâo prolongada e a fleuma e o frio patogenico năo se transformam, a obstrugăo do Qi provocada por esta situagăo leva â estagnagâo do sangue, aparecendo urna dor pre­ cordial de carăter pulsante e grave. T ra ta m e n to • Pontos principais Coragăo. Intestino delgado. Subcortex. Simpătico. • Pontos secundârios Torax. Figado. Orgăo coragăo.

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Explicacăo dos pontos Coragăo - O coragăo controla o sangue e os vasos sanguineos, ao estimular este ponto melhoramos a atividade cardiaca, dando-lhe urna evolugăo favorâvel â isquemia e a hipoxia. Intestino delgado - O intestino delgado guarda relagăo interna e externa corn o coragăo, atraves do estimulo deşte ponto, favorece-se a circulagăo cardiovascular. Subcortex e simpătico - Estes pontos regulam a atividade circula­ toria, favorecendo a vasodilatagăo. T o ra x - E o ponto da zona correspondente, selecionado para tratar a angina de peito, a opressăo toracica e a dor precordial. F ig a d o - O lîgado arm azena o sangue e regula o volum e de sangue em circulagăo. Orgăo coragăo - Este ponto e selecionado na arritm ia cardiaca jâ que regula o ritmo do coragăo. E x p e rie n c ia C lin ica O tratamento corn auriculoterapia na cardiopatia isquemica, pode constituir um metodo paliativo que produz urna evolugăo positiva dos sintomas mas sem nenhuma mudanga notâvel a nivel do eletrocardiograma, o tempo do tratamento deve ser longo, em geral, de mais de 3 meses. Em estados tardios da enfermidade cardiaca, e dificil a obtengăo de resultados terapeuticos.

Arritmias Cardîacas Considera-se que existe urna arritmia quando se altera a produgăo normal do estimulo cardiaco, seja porque se faga irregular, ou permanecendo regular, ultrapassa os limites de frequencia aceitos como fisiologicos e quando em presenga de um ritmo regular e freqiiencias fisiologicas, a anâlise do tragado eletrocardiogrâfico năo re­ vela urna relagăo P/QRS normal, nem urna duragăo e m orfologia adequadas de seus diferentes componentes. Se o estimulo segue nascendo no nodulo sinusal, a arritm ia e normotopica, e caso se origine fora dele, e heterotopica. Entre as causas de arritmia ou disritmias cardiacas, assinalam-se as seguintes: cardite reumatica, miocardite, pericardite, miocârdiopatias, hipertiroidismo, feocromocitoma, anemia marcada, afecgoes pulmonares, infarto agudo do miocârdio, angina instâvel aguda, transtornos hidroeletroliticos, medicamentos como digitâlicos, simpaticomimeticos, etc. Existem vârias classificagoes das arritmias, a mais comum estâ baseada na perturbagăo do autom atism o e a condugăo.

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Os transtornos do automatismo incluem: • Arritm ias norm otopicas - Taquicardia sinusal, bradicardia sinusal, pausa sinusal e o marcapasso migratorio. • Arritm ias heterotopicas - Extra-sistoles, taquicardia paroxisti­ ca, adejo e fibrilagoes, batimentos e ritmos de escape. Os transtornos da condugăo compreendem: • Arritm ias retardadas - Bloqueio auriculoventricular de primeiro, segundo e terceiro graus, bloqueios de ramo e fasciculares. • Arritm ias aceleradas - Sindrome da pre-excitagâo ventricular. De acordo com a etiop atogen ia tradicional, a arritm ia pode ser causada pela debilidade do Q id e coragâo ou deficien cia de sangue neste, depois de enferm idades de longo tem po de evolugâo, o que provoca instabilidade do coragâo e do espirito. O utra causa pode ser a alim entagâo inadequ ada que danifica o bago favorecendo o acum ulo de um idade e por sua vez de fleum a, tam bem a preocupagăo excessiva e irritabilidade leva a um estagnagăo do Qi que se transforma em fogo, este combinado com a fleuma produz um quadro de fleum a e fogo que pertu rba o coragâo. A arritm ia pode aparecer, alem disso, pela invasăo de agentes patogenicos de vento-frio e vento-calor que obstrui a circulagâo do sangue e da energia nos colaterais e vasos do coragâo, tam bem , a deficiencia de Yang de coragâo pode favorecer a estagnagăo da circulagâo de Qi e Xue, produzindo a arritm ia. Segundo a diferenciagăo de sindromes, a arritmia pode ser classificada em: • Arritm ia por Xu de Qi do coragăo. • Arritm ia por Xu de Xue do coragăo. • Arritm ia por fleuma e fogo que perturbam o coragâo. • Arritm ia por estase de Xue do coragâo. O tratamento com auriculoterapia, da taquicardia paroxistica e das extra-sistoles ventriculares tem muito bons resultados. T ra ta m e n to • Pontos principais Coragâo. Intestino delgado. Subcortex. • Pontos secundârios Orgâo coragâo. Simpâtico. Shen Men. S u praren al.

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Explicagăo dos pontos Coragăo - E o orgăo im perador dos cinco Zang e dos seis Fu, con­ trola a circulaqâo do sangue e os vasos sanguîneos e arm azena o espirito. Quando se produz deficiencia de sangue do corapâo, a mente perde sua nutriqâo e o espirito perde sua tranquilidade, produzindose palpitaqoes, taquicardia, insonia, vertigens, etc. Ao selecionar este ponto acalm am os a mente, tranqiiilizam os o espirito e recuperam os a funqâo do coraqâo. Intestino d e lg a d o - Guarda relaqăo externa e interna corn o coraqăo, por isso, atraves deşte pode-se regular a atividade cardiovascular. S u b c o rte x - Este ponto regula a atividade cardiovascular. Orgăo coraqăo - Este ponto faz descender a freqiiencia cardiaca, tratando a taquicardia e as extra-sistoles. Supra renal e simpălico - Tem a funqâo de regular a freqiiencia cardia­ ca e podem tratar a bradicardia, facilitando a desobstruqâo de Qi e Xue. E x p e rie n c ia C lin ica O estimulo sobre o ponto coraqâo para o tratam ento da taquicar­ dia e as extra-sistoles deve ser corn m anobras fortes, sendo conveni­ enţe rodar a agulha, de 30s a lm in continuam ente.

Insuficiencia Arterial Periferica E a denom inaqăo do quadro que resulta de processos orgânicos oclusivos, apresentando-se de m aneira cronica ou aguda, causada por arterite obliterante ou estenosante ou por algumas colagenopatias, a enferm idade tam bem pode estar relacionada corn quadros infecciosos e Tb, podendo-se observar, tam bem , um a historia fam iliar de arterite. E mais freqiiente em m ulheres jovens. Clinicamente, pode ser classificada segundo a localizaţăo, encontrando-se nas arterias da cabeqa, braqos, rim, torax e abdomen e dando m anifestagoes em membros, inferiores ou superiores, em dependencia do caso. O em pobrecim ento da circulaqăo pode estar associado a um processo vasoespâstico ou m udanţas da parede dos vasos sanguîneos, por esclerose ou inflamagâo, sobretudo, nos casos cronicos, onde o quadro se instala de m aneira paulatina, perm itindo o desenvolvimento de vasos colaterais, âs vezes de grande proporqâo e mascarando a sintomatologia, neste caso podem -se encontrar sintom as como fadiga, claudicagăo interm itente, dor, parestesias, mudanqas de coloraqâo, mudanqas troficas, frialdade, gangrena e diminuipâo ou ausencia dos pulsos.

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Os quadros agudos se apresentam com uma obstrugăo completa e brusca do fluxo sanguineo em uma extremidade, suas causas principais săo a trombose ou embolismo, ainda que possa aparecer como complicagăo de uma arteriosclerose obliterante, sua sintomatologia apresenta-se por dor aguda e dilacerante, parestesia, impotencia funcional, frialdade brusca e mudangas de coloragăo com ausencia do pulso por baixo da oclusăo. De acordo com os criterios da MTC, esta enfermidade e considera da como um estagnagâo de sangue que pode ser produzida pela deficiencia do Qi, deficiencia do Yang, a invasâo de agentes patogenicos como o vento, a umidade, a fleuma e o frio ou pela disfungâo do pulmâo e do coragăo. T ra ta m en to • Pontos principais Pulmâo. Coragăo. Simpâtico. Figado. Subcortex. Supra-renal. Zona correspondente. • Pontos secundârios Endocrino. Rim.

Explicacâo dos pontos Piilmăo e Coragăo - O coragăo controla os vasos e o sangue e no pulmâo se reunem os cern vasos, os vasos do coragăo desobstruem o pulmâo, os vasos do pulmâo tem comunicagăo com o coragăo, o coragâo comanda o sangue e o pulmâo comanda o Qi, o Qi governa a circulagăo do sangue e o sangue e a măe do Qi, por isso, se o Qi circula, o sangue tambem circula, se o Qi se estagna, o sangue tambem se estagna. Assim, por exemplo, nas deficiencias de Yang de coragăo, o Qi do pulmâo nâo pode realizar sua fungăo de dispersâo, por isso, o fluido sanguineo nâo corre livremente. Ao combinar os pontos coragăo e pulmăo, tonificamos o Qi e ativamos a circulagăo da sangue. Figado - O figado armazena o sangue e regula o volume de sangue na circulagăo. Simpâtico e subcortex - Estes pontos regulam o tonus vascular. Supra-renal - Este ponto produz vasoconstrigăo elevando a pressâo sistolica a nivel periferico o que favorece a desobstrugăo da oclu-

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sâo. E, alem disso, um ponto corn fungâo antiinflamatoria. Este ponto tonifica o Yang do rim que constitui a raiz Yang de todo o corpo e as deficiencias de sangue estâo relacionadas com a deficiencia de Yang. Zona correspondente - Este ponto representa a zona isquemica. Atraves do estimulo do mesmo, recupera-se a fungâo fisiologica da regiăo. Endâcrino - Este ponto tem funpâo antiinflamatoria, eleva a imunologia e deve ser sempre usado quando a insuficiencia vascular estiver relacionada com colagenopatias. Rim - O rim estă relacionado com o elemento âgua, controla o Jiao inferior e representa o Yin, enquanto que o coragăo se relaciona com o elemento fogo, controla o Jiao superior e representa o Yang. Pela interrelagâo energetica entre coraqăo e rim, m antem-se o equilibrio de Ym e Yang no corpo humano, motivo pelo qual, para o tratamento do acrotismo por insuficiencia vascular e necessârio estabelecer a correta relaqăo entre coragăo e rim. E x p e rie n cia C lin ica O doutor Wan Zhong, da provincia de Nan Jin, realizou urna investigapăo sobre a insuficiencia vascular periferica em 86 casos com tratamento de auriculoterapia, com os resultados seguintes: 32 casos ficaram curados totalmente (37,2%), em 43 pacientes houve um resultado evidente (50%). em 7 pacientes houve avanpos (8,1%) e em 4 casos năo houve resultados, representando 4,7%. Em 53 casos dos estudados reapareceu o pulso depois de 3 sessoes de tratamento (61,6%), em um periodo de 8 a 12 sessoes de tratamento, pode-se registrar o pulso em 5 pacientes (5,8%) e com mais de 2 ciclos de tratamento se registrou o pulso em 8 pacientes (3%). Em outras investigagoes realizadas, constata-se que na estenose do tipo simples da arteria carotida, obteve-se um resultado satisfatorio com a aplicapăo de auriculoterapia, enquanto que na arterite obliterante os resul­ tados năo foram notâveis.

Neurose Cardiaca Esta enfermidade e, tambem, chamada debilidade neurocirculatoria e e um sintoma de disfungăo cardiovascular freqtientemente visto, chegando a ocupar mais de 10% dos sintomas cardiovasculares, esta enfermidade aparece, com mais frequencia, no sexo feminino e, em idades de 20 a 40 anos, apresentando manifestagoes clinicas de dificuldade respiratoria, palpitapoes, astenia, dor precordial, sinto­ mas que aumentam depois do trabalho ou da tensâo nervosa. Esta enfermidade estâ relacionada, em geral, com um desequilfbrio do sis­

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tema neurovegetativo que advem de desordens cardiovasculares do tipo funcional. Para a MTC, a neurose cardiaca estâ relacionada com deficiencia de Qi e Xue, sustos repentinos, perda da fungăo de controle do coraqăo, na maioria dos casos, causada pela preocupaqăo excessiva, pela atividade mental excessiva, etc., que lesionam o sangue e a energia, ao ser insuficiente a energia, o coraqâo năo pode permanecer tranquilo. ao ser insuficiente o sangue, o coraqăo năo pode ser nutrido, todas estas causas podem provocar sindromes como deficiencia de Yin do coraqâo, deficiencia de Ying e ascensăo do fogo, fleuma-calor que p er­ turba o coragăo, etc. T ra ta m e n to • Pontos principais Coraqăo Subcortex Torax Orgâo coragăo • Pontos secundârios Intestino delgado. Pulmâo. Shen Men. Occipital.

Explicaţăo dos pontos Coragăo - O coragăo controla a atividade espiritual do homem e arm azena o espirito, o L ing S hu declara: “ O espirito nasce nos cinco Zang mas e dirigido pelo coragăo, se o espirito e ahundante no coragăo. entăo, os cinco Zang serăo harmoniosos e tranquilos, quando o espirito e o coraqăo perdem sua normalidade, entăo, os cinco Zang se desordenam ". Outra parte do texto assinala: “Se o controle do coragăo sobre o espirito e norm al este ultimo estară bem nutrido e satisfeito, a atividade mental seră clara, as rejlexoes profundas e as reagoes sensiveis mas se o espirito se encontra lesionado Hun e Po se dispersarăo, a intengăo mental e a vontade jic a ră o sem orientagăo". Todas estas causas podem conduzir a sintom as de insonia, pesadelos e sonhos excessivos, palpitagoes, desordem funcional dos Zang Fu, etc. Selecionando o ponto coraqăo, tranqiiiliza-se a m ente e se acalma o espirito. Orgăo coragăo - Este ponto regula a freqiiencia cardiaca fazendoa descender. T o ra x — E xpan de o torax e regu la a energia.

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Subcortex- A ârea cardiovascular do subcortex regula a regiâo do cortex cerebral que guarda relagâo com a atividade cardiovascular, restabelecendo o ritmo eardiaco. Intestino delgado - O coragâo e o intestino delgado guardam rela­ gâo interior e exterior, razăo pelo qual, atraves deşte ponto, pode-se regular a atividade do coragâo. P u lm ă o - A palpitagăo e a opressăo toracica se acompanham, freqiientemente, de respiragăo curta e dificil, como o pulmăo controla o Qi e nele se rcunem os cem vasos sangtiineos, atraves de sua correta fungâo, regulam-se os Zang Fu e, especialmente, a atividade cardio­ vascular, jâ que o sangue segue o Qi em seu movimento. Shen Men e occipital - Estes sâo pontos sedantes e ansioliticos que acalmam o espirito. S is t e m a N e r v o s o

Neurastenia A neurastenia e urna das neurose mais frequentemente vistas na prâtica clinica, o corneţo da enfermidade, geralmente, se produz durante a juventude, chegando a instalar-se com certa cronicidade. A mesma e causada com maior frequencia pela atividade mental excessiva, o trabalho intelectual por tempo prolongado ou por trauma psicologico, o que leva â debilidade da mente e â superexcitagâo ou depressăo do cortex cerebral, produzindo sintomas como: insonia, dificuldade para entrar no sono, sono leve com facil despertar e poucas horas de sono; em casos graves, o paciente passa toda a noite sem dormir, apresenta pesadelos, palpitagoes, sudagăo, irritabilidade, as­ tenia geral e perda de memoria. Para a MTC, esta patologia e denominada Bu Mei que pode ser traduzida como perda de sono. De acordo com a etiopatogenia, estâ relacionada com lesoes de bago e coragâo ou do sangue e da energia, produto do trabalho mental excessivo ou da preocupagăo excessiva, outra causa pode ser a atividade sexual em excesso que lesiona o Yin do rim favorecendo a subida de fogo, produzindo-se urna falta de comunicagâo entre coragăo e rim. Tambem, a alimentagăo inadequada que provoca desarmonia entre bago e estomago e outra das causas que favorece o acumulo de umidade e por sua vez de lleuma, a fleuma acumulada se transforma em calor e fleuma e calor combinados ascendem para prejudicar o coragâo e o espirito. A repressâo de sentimentos e a irritabilidade provocam ascensăo de fogo do figado, sendo outra das causas da enfermidade.

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T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice. Shen Men. Coragăo. Subcortex. Occipital. Ârea e ponto de neurastenia. • Pontos secundârios Se deficiencia de coragăo e bago - Bago. Se estase de Qi do fîgado e ascensăo de Qi de fîgado - Fîgado. Se deficiencia de coragâo e vesicula biliar - Vesicula biliar. Se perda de comunicagâo entre coragăo e rim - Rim. Se desarm onia de estomago - Estomago.

Explicagâo dos pontos Shen Men, occipital e subcortex - A insonia e a perda do equilibrio depressâo-excitagăo do cortex cerebral, a atividade nervosa superior perde sua normalidade. Atraves destes tres pontos, e regulada a fungâo do cortex cerebral, seda-se e acalma o espirito e se facilita o sono. Coragăo - O coragăo controla a atividade espiritual do ser humano, quando se produz uma deficiencia de Yang do coragâo aparecem sintomas de neurastenia, insonia, perda de memoria, debilidade cor­ poral e perda de forga. Caso haja deficiencia de Yin do coragăo, superexcita-se o sistema simpâtico, aparecendo neurastenia acompanhada de sintomas tais como palpitagăo, hiperidrose, irritabilidade, etc. Selecionando o ponto coragâo, tranqiiiliza-se a mente e se acalma o espirito. Sangria no âpice - Tem fungăo sedante e clareia a mente. Ârea e ponto de neurastenia - Estes sâo dois pontos que facilitam o sono, corn a ârea de neurastenia se garante a entrada râpida no sono e se evitam os sonhos excessivos e os pesadelos. O ponto de neurastenia garante que o sono seja profundo e prolongado. Bago - Atraves deşte ponto, fortalece-se o bago, e se tonifica a energia, garantindo com isto que se nutra a mente e se tranquilize o espirito. Fîgado - O fîgado arm azena o espirito, de sua correta fungăo de drenagem e dispersăo depende a boa atividade espiritual, assim , quando se produz estagnagăo de Qi do fîgado e com um aparecerem os sintom as de irritabilidade, insonia e depressăo. A traves deşte ponto, logram -se elim inar as estagnagoes e se restabelece a fungăo hepâtica.

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Vesicula biliar - A vesicula guarda relagâo exterior e interior com o figado, na neurastenia causada por deficiencia de coragăo e vesicula biliar, este ponto ajuda a acalmar o susto e tranqiiilizar o espirito. Rim - A MTC considera que o rim gera tanto a medula ossea como a espinhal e que o cerebro e o mar da medula, assim, quando o Qi e a essencia de rim sâo abundantes, a capacidade mental e ativa, mas, quando o Qi do rim e insuficiente aparece debilidade da regiăo lombar e das pernas, fadiga e falta de forga dos membros, insonia, perda da memoria, vertigem e tinido. Selecionando o ponto rim, tonifica-se a mente, o coragăo e o espirito, garante-se a correta comunicagâo entre coragăo e rim e portanto, o satisfatorio equilibrio do Yin e o Yang su­ perior e inferior. Estomago - A medicina considera que quando a fungăo do estomago nâo e harmoniosa, a pessoa năo consegue dorm ir tranquilamente, desta maneira, selecionando o ponto estomago, facilita-se o sono e se tranqiiiliza o espirito. E x p e rie n c ia C lin ica No hospital geral do Exercito Chines, realizou-se em 1982, um trabalho investigativo usando o metodo de colocagâo de sementes de auriculoterapia, no tratamento de 166 pacientes com neurastenia, conseguindo-se o seguinte resultado: 66 pacientes foram curados to­ talmente (36,1%), em 39 pacientes houve resultados notâveis (23,5%), houve resultados em 43 pacientes (25,9%) e nâo houve resultados em 24 pacientes (14,5%). Em resumo, a frequencia do resultado terapeutico foi de 85,5%. Devido â depressâo, debilidade ou tensâo que comumente apresentam estes pacientes, recusam com frequencia a pungăo auricular, logrando-se urna maior aceitagâo e resultados com o metodo de colocagăo de sementes. Ao tratar esta enfermidade, e importante realizar a correta diferenciagăo de sindromes de acordo com os criterios da MTC. Durante o tratamento, o criterio de selegăo dos pontos e a manipulagăo devem ser adequados. Depois de efetuado o metodo de colocagăo de sem en tes, o p a cie n te deve se n tir urna sen sa gâo de intumescimento, dor e calor no pavilhăo auricular que e considerado como urna reagăo normal e esperada, deve-se indicar ao paciente, a frequencia e continuidade com que deve automassagear-se sem o que, năo se obterâ o resultado esperado. No tratamento das sindromes por deficiencia de coragâo e de bago e da falta de comunicagăo entre coragăo e rim os resultados se fazem rapidamente notâveis, enquanto que nas sindromes por deficiencia

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de coragăo e de vesicula biliar e estase de Q i do figado, o periodo de tratam ento e mais longo. C a s o C U nico Paciente m asculino de 39 anos, dirigente de um Instituto de Investigaqoes, padece de insonia com pesadelos, num periodo aproxim ado de dez anos, quando o trabalho e intenso e a atividade inte­ lectual e excessiva, os sintom as se agravam, tendo grandes dificuldades para conciliar o sono so chegando a dorm ir de 2 a 4h cada noite, desperta facilm ente e apresenta dificuldade para reconciliar o sono. Refere, alem disso, sintom as como: vertigens, tinido, palpitaqăo, perda da memoria, debilidade geral, voz baixa e respiraqăo debil. Nos ultim os anos, os sintom as foram -se agravando, chegando a năo d o r­ m ir durante noites inteiras, seguiu tratam ento m edicam entoso e exames neurologicos, sem observar evoluqăo nem sinais positivos. A pre­ senta a lingua palida com saburra branca e delgada com m arcas dentârias, pulso filiform e e debil. Concluiu-se que tinha urna sindrom e de deficiencia de coraqăo e baqo com debilidade de Qi e Xue, usou-se o princlpio de tratam ento de fortalecer o baqo, nutrir o sangue, fortalecer a energia e acalm ar o espirito.

Receita • Sangria no âpice de duas a tres gotas. • Orelha esquerda - Usaram -se os pontos Shen M en, rim, coraqâo, ârea nervosa de subcortex, occipital, ponto e ârea de neuraste­ nia reforqados pela dorso e baqo. • Orelha direita - Shen Men, rim, figado, ârea nervosa de subcortex, ponto e ârea de neurastenia reforqados. Depois de utilizado o m etodo de colocaqăo de sementes, o paciente conseguiu alcanqar mais rapidam ente o sono durante a noite e d or­ mir de 4 a 5h, logo apos haver transcorrido 6 sessoes de tratamento, deixou de tom ar o sonifero chegando a dorm ir de 6 a 7h cada noite, com sestas de 30m in a lh cada m eio dia, os sintom as de vertigens, tinido e palpitaqoes desapareceram . Ao realizar o seguim ento durante o ano, com provou-se a manutenqâo da volta â norm alidade do sono, sem a necessidade de sonifero.

Histeria A histeria e urna patologia mais freqtiente no sexo feminino, que geralmente tem com o causa um traum a a nivel psicologico e capaz de

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mostrar um quadro variado de sintomas clînicos que podem ir, desde sintomas psicologicos, transtornos motores, desordens dos orgăos internos e do sistema neurovegetativo. Os sintomas mais comuns săo a perda da normal expressăo psicologica do paciente, assim como perda da estabilidade emocional rindo, chorando, enfurecendo-se, com incoerencia ao contexto socio-psicologico em que se desenvolve, pode haver perda repentina do conhecimento, paralisia, afasia, afonia, ataques de movimentos espâsticos e perda abrupta da claridade mental. A MTC considera que esta enfermidade guarda relagăo com a debilidade corporal causada, na maioria dos casos, por traumatismos e repressâo de sentimentos, que acumulados por tempo prolongado danificam o coragâo e debilitam o bago. Com a debilidade de coragâo e bago, a fonte que nutre e transforma a energia e insuficiente, provocando a debilidade; tambem, se considera estar relaeionada com lesoes do Yin depois de enfermidades prolongadas, hemorragias posparto, etc., todas as causas que provocam a debilidade do Jing Qi, perdendo os cinco Zang sua normal nutrigâo, provocando a transformagăo das cinco emogoes, em fogo que ascende danificando o coragăo e a mente. T ra ia m e n to • Pontos principais Coragâo. Subcortex. Shen Meri. Fronte. Figado. Tronco cerebral. • Pontos secundârios Laringe-faringe. Boca.

Explicaqâo dos pontos Shen Men, subcortex, tronco cerebral - Estes pontos tem funqâo sedante, acalmam o espirito e regulam a atividade do cortex cerebral. Coragăo e Jlgado - Atraves destes pontos, libera-se a estagnacăo de Q i do figado, recuperando sua funqâo de drenagem, acalma-se o coraqăo e tranquiliza-se o espirito. Laringe-faringe - E usado em caso de afasia. A histeria e uma enfermidade de causa fundamentalmente psico­ logica motivo pelo qual deve-se descartar antes do tratamento os aspectos superficiais da assimilagăo e ganhar a confianga do paciente

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na terapia. Quando estamos ante sintomas de paralisia histerica e afasia histerica o estimulo provocado no tratamento deve ser ainda mais forte.

Cefaleia A cefaleia e um dos sintomas mais freqiientes na prâtica clinica, entende-se por esta enfermidade, â dor interna sem localizagâo neural tipica. Dentro da classificagâo das cefaleias temos a cefalalgia e a enxaqueca, entre outras. A cefalalgia caracteriza se por dor superficial provocada pela excitagăo de algum nervo sensitivo da cabega, seja de origem direta ou reflexa. Na enxaqueca, săo tipicos os acessos dolorosos periodicos, na metade do crânio. Entre as causas da cefaleia, podemos encontrar algumas de ori­ gem endocrina, as quais, em geral, aparecem durante a puberdade ou o climaterio, ou coincidem corn a menstruagâo. As de origem francamente vascular săo, corn freqiiencia, de origem por esclerose e, portanto, caracteristicas de pacientes corn mais de 50 anos de idade. As cefaleias sifiliticas săo, preferentemente, noturnas. Em sentido geral, a cefaleia e um sintoma que pode acompanhar um grande numero de enfermidades, pelo que nos limitaremos a ser mais enfâticos em seu enfoque tradicional. De acordo corn os criterios da Medicina Tradicional Chinesa, a cefaleia pode ser diferenciada, segundo sua localizagâo e etiologia. Assim, de acordo corn sua localizagâo se divide em: • Cefaleia Yang Ming - Quando esta se localiza no trajeto do canal Yang Ming, ou seja, na regiăo frontal. • Cefaleia Shao Yang - Quando se localiza na regiăo parietal. • Cefaleia Tai Yang - Quando se encontra na regiăo occipital. • Cefaleia Jue Yin - Quando se localiza no vertex da cabega. Corn esta diferenciagăo podemos conhecer os canais comprometidos no sintoma, ajudando-nos a definir a estrategia de tratamento. Na diferenciagăo de acordo corn a etiopatogenia, a cefaleia pode ser causada pela invasăo de agentes patogenicos exogenos de vento, frio ou umidade, que obstruem a livre circulagâo de Qi e Xue nos canais, aparecendo o sintoma. Outro tipo de si'ndrome e a cefaleia causada pelo Yang do fîgado; neste caso a irritabilidade excessiva favorece a estagnagăo do Qi do fîgado que se transforma em fogo, advindo a ascensâo do Yang de fîgado. Tambem a deficiencia de Yin de rim, que nâo consegue nutrir o Yin de fîgado, favorece o aparecimento de ascensăo do Yang do fîga­ do ou o movimento do vento interno do fîgado.

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A fleum a prejudicial e outra das sindrom es que provocam a cefa­ leia. O desenvolvim ento da m esma e provocado basicam ente pela alimentagâo inadequada, pela obesidade, pela ingestăo excessiva de comidas doces e gordurosas, todas as causas que danificam a fungâo do bago, provocando o acumulo de fleuma nos canais e colaterais, que obstruem a normal circulagâo do Yang Qi. A cefaleia causada pela deficiencia de sangue e outra sindrome representativa nestes casos, seu desenvolvim ento estă relacionado, em geral, a hemorragias abundantes, enferm idades de longa evolugâo que debilitam o organismo, todas as causas que geram mâ nutrigâo do cerebro, dos colaterais e vasos, aparecendo o sintoma. As estagnagoes de sangue tambem provocam a cefaleia. Esta sin­ drom e esta mais relacionado corn traum atism os na cabega que obs­ truem a circulagâo de Qi e Xue. T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice. Sherx Meri. Subcortex. • Pontos secundârios Cefaleia Yang Ming - Fronte, estomago. Cefaleia Shao Yang - Temporal, vesicula biliar, simpâtico, ouvido externo. Cefaleia Tai Yang - Occipital, bexiga. Cefaleia Jue Yin - Vertex, figado. Cefaleia de toda a cabega - Occipital, vertex, temporal, fronte, ou­ vido externo.

Explicaţăo dos pontos Sangria no ăpice da o re lh a - Tem fungăo antipiretica, hipotensora, sedante, antialergica, soluciona a mente e clareia a visăo. Shen Men e subcortex - Săo pontos corn fungâo sedante, analgesica e regulam a atividade do cortex cerebral. Simpâtico - As cefaleias parietais ou tambem denom inadas enxaquecas, estâo relacionadas geralmente corn desordens do tonus va s­ cular, ao estim ular o ponto simpâtico se recupera o tonus vascular. Ouvido externo - E um ponto de experiencia.

Seqiielas da Comogăo Cerebral Quando se produz um trauma na cabega corn perda do conhecimento, depois de despertar da inconsciencia, o paciente pode sofrer

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sintomas de perda de m em oria transitoria, cefaleia, vertigem, sensagăo de parestesia na cabega, nâuseas, vom itos e sonolencia. Esta sintomatologia e provocada pela comogâo cerebral produzida por golpe. Denomina-se sequela da comogăo cerebral, quando transcorridos mais de tres meses do trauma, ainda persistem os sintomas de dor e distensâo na cabega, dor ao realizar algum movim ento brusco da mesma, aumento dos sintom as depois do trabalho intelectual; tambem estas molestias podem estar acom panhadas de vertigem, tinido, p er­ da da memoria, insonia e transtorno do sistem a neurovegetativo. A Medicina Tradicional Chinesa considera que um traumatismo deşte tipo bloqueia a circulagăo do sangue e da energia nos canais e colaterais da cabega, perdendo o cerebro sua nutrigâo, estagnandose o Yang puro, o que favorece o aparecim ento dos sintomas antes descritos. Na cabega se reune o Yang de todo o corpo e esta e nutrida pela essencia dos cinco orgăos e as seis visceras, motivo pelo qual urna lesăo a este nivel na circulagăo do Qi e Xue tem repercussăo sistemica. T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice da orelha. Shen Men. Rim. Tronco cerebral. Subcortex. Coragăo. Zona correspondente. • Pontos secundârios: Estomago. Nervo occipital menor.

Explicacâo dos pontos Sangria no ăpice - Tem fungâo sedante, soluciona a m ente e clareia a visăo. Coragăo - Com este ponto se ajuda a reativar a circulagăo do san­ gue a nivel dos canais e colaterais. Nervo occipital m enor - E um ponto de experiencia, freqiientem ente usado nestes casos, nas cefaleias occipitais e parietais, com sensagăo de intumescimento dos quatro membros, tem fungăo sedante e analgesica, com unicando os canais e ativando a circulagăo dos colaterais. Tronco cerebral - Tem fungăo sedante e acalma o susto.

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Auriculoterapia

Rim - O rim gera medula e, portanto, nutre o cerebro, segundo declara o L ing S hu: “Quando a medula e insuficiente, a cabeţa parece que gira, hă tinido e a uisăo năo e clara”. A medula espinhal se forma pela transformaţâo da essencia do rim, assim, o bom desenvolvimento da medula depende de que seja suficiente esta essencia, por isso, selecionando-se o ponto rim se tonifica este orgâo e se nutre o cerebro. Estomago - Este ponto e utilizado para tratar as nâuseas, os vomitos e as cefaleias frontais. Zona correspondente - Estes pontos coincidem corn a zona onde se produz a mudanga patologica podendo-se selecionar os pontos occi­ pital, frontal, temporal ou vertex, segundo seja o caso.

Psicose A psicose e urna desordem mental severa na qual o individuo perde o contato corn a realidade, fato que a diferencia da neurose. As pessoas com neurose geralmente reconhecem que estâo enfermas, mas na psicose, produz-se um disturbio na capacidade do pensamento, da percepqăo e do claro juizo, fazendo que os que dela padeqam, năo se deem conta de que estăo doentes. A psicose e comumente chamada loucura. Tres tipos de psicose sâo geralmente reconhecidas, estas săo: a esquizofrenia, a psicose maniaco-depressiva e a sindrome orgânicocerebral. A principal caracteristica dos sintomas psicoticos consiste em que o paciente ve a vida de um modo distorcido, manifestando-se pelas ilusoes, alucinaqoes, transtornos do pensamento, perda das emoqoes, mania e depressâo. A conduta psicotica e o resultado de um profundo transtorno da relaqăo măe-filho, de um trauma emocional severo ou por desordens da funqâo cerebral. De acordo com os criterios da MTC, esta enfermidade e classificada como urna sindrome Dian Kuan, onde as sindromes Dian se relacionam com afecqoes de tipo Yin e as sindromes Kuan com afecqoes de tipo Yang. A primeiro e causada por transtornos de coraqâo e baqo que podem levar a acumulo de ileuma no interior e a segunda por ascensăo do Yang do figado ou pela fleuma e o fogo que perturbam o coraqăo. T ra ta m en to • Pontos principais: Sangria no âpice. Fronte.

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Figado. Coraqâo. Tronco cerebral. Subcortex. • Pontos secundârios: Sîndrome Dian - Baqo. Sindrome K u a n - Shen Men, occipital.

Explicaţăo dos pontos Coragăo - Como nos referimos anteriormente, o coraqăo controla toda a atividade espiritual do homem. e por isso que no idioma chines mente e coraqâo sâo escritos corn o mesmo ideograma. O coraqăo controla os cinco Zang e os seis Fu: quando a atividade do coraqăo e normal, o espirito e claro, mas quando esta perde sua normalidade, o espirito năo se expressa estâvel e harmoniosamente, desta maneira tambem se produz desordem na atividade dos Zang Fu, por todo o mencionado anteriormente, inferimos que o ponto coraqăo e essencial no tratamento desta enfermidade. Tronco cerebral e subcortex - Estes pontos tem fungăo sedante, acalmando o espirito e regulando a atividade do cortex cerebral. Fronte - Desperta a mente voltando â norm alidade a atividade consciente. Sangria no ăpice, Shen Men e occipital - Tem fungăo sedante e acalmam o espirito. Figado e baco - Drenam o figado, ajudam o baqo em sua funqâo, transformando a fleuma e dispersando o fogo. E x p e rie n cia C lin ica O tratam ento corn auriculoterapia de alguns sintom as da psicose como as alucinaqoes auditivas e visuais e a depressâo tem resultados notâveis. No caso dos estados m aniacos se usa a injeqâo de 0,1 a 0,2 ml de clorprom azina no ponto Shen Men de ambas orelhas. Em inform es de trabalho realizados fora de China, fala-se da evolugăo positiva dos sintomas da depressâo corn o uso da eletroauriculopu ntu ra.

Neuralgia do Trigemeo Trata-se de uma dor paroxistica de curto tempo de duragâo que se distribui na face ao longo do trajeto do nervo trigemeo. Esta dor pode ser dilacerante, como um golpe de corrente, queimante ou pulsante como corn uma agulha, a mesma pode durar desde vârios segundos a

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A uricidoterapia

uns minutos, aparece repentinamente e desaparece, tambem, deşte modo; em um dia podem haver de 10 a 100 crises dolorosas. Durante o momento das crises a regiăo onde se distribui o trigemeo se torna hipersensivel; basta a agăo de lavar-se a face, escovar os dentes, falar, corner e em casos mais graves, ate caminhar, para que se produza a dor. Em algumas pessoas, o momento da crise se acompanha de mudangas espâsticas, avermelhamento ondulante da pele, lacrimejamento e sialorreia. A medicina moderna diferencia esta afecgăo em neuralgia primă­ ria e secundâria. A neuralgia do trigemeo de tipo secundâria estâ relacionada, em geral, por compressoes do nervo provocada por tumores ou processos inflamatorios, tambem, pode guardar relagâo corn mudangas a nivel vascular. A neuralgia de tipo primăria, como seu nome o indica, e idiopâtica e de causa năo clara. Na atualidade se considera que a afecgăo pode guardar relagâo corn processos infecciosos dos seios ou periodontite, outros criterios apontam a isquemia vascular produzida, sobretudo, pela arteriosclerose, em pessoas da terceira idade. Tambem, estudos de mudangas reativas consideram a relagăo de transtornos bioquimicos e neurofisiologicos que podem favorecer o aparecimento da enfermidade, urna ultima consideragâo aponta para compressoes do tipo mecânica. Para a MTC, esta afecgăo de acordo corn sua etiopatogenia, pode ser provocada por agentes patogenicos exogenos e endogenos, assim, o vento-frio e o vento-calor săo as combinagoes exogenas mais frequentemente vistas como causas da enfermidade, enquanto que, o calor excessivo de estomago e figado que ascende, a deficiencia de Yin que năo controla o Yang ou o fogo por vazio que flameja para cima, contam entre as causas endogenas que obstruem a livre circulagăo de Qi e Xue nos canais e colaterais da face. T ra ta m en to • Pontos principais Nervo temporoauricular. San Jiao. Subcortex. Tronco cerebral. Shen Meri. Occipital. Zona correspondente. • Pontos secundârios Nariz externo. Ouvido externo. Intestino grosso.

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Explicaţăo dos pontos Nervo temporoauricidar - Este ponto se conecta com o ramo inferior do nervo trigemeo, quando se produz a neuralgia do trigemeo este pon­ to se torna sensivelmente doloroso, por isso, ao ser estimulado este sinal aferente se reune com o procedente do nervo trigemeo na substância reticular, inibindo a dor pelo aumento do limiar doloroso. Tronco cerebral. Shen Men e occipital - Sâo pontos sedantes e analgesicos. San Jiao - No ponto San Jiao se reunem ramos do nervo facial, do vago e do glossofaringeo, os quais săo nervos cerebrais que ao ser estim ulados deprim em a dor a nivel da substância reticular e do co r­ tex cerebral, produzindo um efeito analgesico. Nariz externo, ouvido externo e intestino g ro s s o - Estes pontos guardam relagăo com o ramo inferior do nervo trigemeo, por outra parte, o ponto nariz externo se localiza oposto ao ponto do nervo temporoaurieular, reforqando o estimulo deşte no tratamento. O canal do intesti­ no grosso corre pelo m axilar inferior e superior, fato que favorece que estes pontos produzam um efeito analgesico e sedante. Zona correspondente - Os pontos da zona correspondente săo localizados no lobulo da orelha por tornar-se mais sensivel â palpaqăo, sobretudo durante a crise e aumentar sua condutividade eletrica. Assim temos que, quando a neuralgia toma o ramo superior, os pontos m a­ x ila r s u p e rio r, p a la d a r s u p e r io r e te m p o r a l a u m e n ta m su a condutividade, enquanto que, quando e do ramo inferior as mudanqas se observam nos pontos paladar inferior e m axilar inferior. De todo o explicado anteriormente, se conclui que ao eleger os pontos para o tratamento deve-se sempre ter em conta o local da mudanqa patologica, selecionando desta m aneira os pontos de mâxima condutividade eletrica. Para o tratamento da neuralgia do trigemeo, podem ser usados vârtos metodos de auriculoterapia; entretanto, caso se aplique o da colocaqăo de sementes, a manipulagăo deve ser forte. Am bas orelhas ou so a do lado afetado, podem ser tratadas. Em caso de que se use a auriculoeletropuntura, o estim ulo deve ser de 20min de duraţăo cada vez, nos pontos sensiveis â dor, tanto na face ventral como dorsal do pavilhâo auricular. De 5 a 10 sessoes sâo consideradas como um ciclo de tratamento.

E spa sm o F acia l O espasmo facial e tambem denom inado espasmo paroxistico dos musculos faciais e apresenta um quadro de espasm o involuntârio do tipo paroxistico, năo regular dos m usculos de um lado da face. A etio­

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logia desta enfermidade năo e clara, em poucos casos, se relaciona corn seqtielas de neurite. Habitualmente, o movimento espasmodico, em seu comego e mais frequente no musculo orbicular das pâlpebras, podendo estender-se, de maneira paulatina, ao resto dos musculos desse lado da face, provocando espasmos com desvio da boca, durante o sono cessam os movimentos espasmodicos. Esta enfermidade, comumente, tem um desenvolvimento paulatino e na maioria dos casos năo se consegue uma mudanga positiva de maneira natural; tambem a mesma pode aparecer como sequela ou na etapa tardia da paralisia facial. Segundo os criterios da MTC, esta enfermidade pode ser causada pela invasăo do vento, do frio ou da umidade patogenica nos canais Yang Ming e Shao Yang, o que obstrui a circulaqăo do Qi provocando mâ nutriqâo dos musculos e canais, tambem, o vazio de sangue que favorece o movimento do vento interno, a atividade mental inadequada que lesiona o interior e a deficiencia de Yin do figado e do rim que produz desvio da boca e dos olhos, quando năo sâo tratadas a tempo advem em movimentos espâsticos dos musculos faciais. T ra ta m e n to • Pontos principais San Jiao. Boca. Subcortex. Tronco cerebral. Figado. Baqo. Zona correspondente. • Pontos secundârios Intestino grosso. Nervo occipital menor. Shen Men. Occipital.

Explicaşâo dos pontos San Jiao - Neste ponto se reţinem os nervos glossofaringeo, facial e vago, motivo pelo qual atraves do estimulo do mesmo se pode produzir uma sinal aferente a nivel do nucleo reticular que provoca uma influencia depressiva a nivel do cortex cerebral, sedando e liberando o espasmo. Tronco cerebral subcortex. nervo occipital menor e Shen Men e occi­ p ita l- Estes pontos tem fungăo sedante, acalmam o susto e relaxam a

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atividade mental, evitando assim o estado tensional que favorece a contragâo. Boca e intestino grosso - Estes pontos se relaeionam eoni os n er­ vos glossofaringeo, facial e vago: por outra parte, o canal de intestino grosso recorre a face e, tanto este, como o canal de estomago se vem implicados na paralisia e espasmos faciais. Usando estes pontos se ativa a circulagăo do sangue e se favorece a comunicagăo dos colaterais a nivel destes canais. Figado e bago - O figado controla a nutrigâo dos ligamentos e ten­ does, assim como a normal atividade destes e dos musculos profundos. Quando se produz um vazio de sangue de figado, os tendoes, ligamentos e musculos profundos se tornam espâsticos e corn câimbras. Por outra parte, o bago controla a qualidade da musculatura, se hâ um vazio de bago, o musculo mal nutrido, emagrece e se atrofia; desta maneira usando os pontos figado e bago nutrimos o sangue do figado e fortalecemos o Qi do bago. garantindo a normal circulagăo de sangue e energia pelos colaterais a nivel dos musculos, tendoes e ligamentos. E xp e rie n cia C lin ica No tratamento dos espasmos faciais, o uso da Acupuntura ou de estimulo eletrico nos pontos da face aumenta a tensăo das contragoes, produzindo um aumento dos sintomas. Corn o uso do metodo de colocagâo de sementes na auriculoterapia evitamos um estimulo forte na regiăo que ocasiona tensăo nervosa e superexcitagăo das fibras musculares. Por ser o pavilhâo auricular ricamente inervado, o esti­ mulo sobre seus pontos favorece a depressăo do cortex cerebral e a regulagăo de sua atividade, evitando assim, a excitagăo excessiva dos musculos faciais e produzindo resultados notâveis.

Desordens do Sistema Neurovegetativo As desordens do sistema neurovegetativo (SNV) produzem sinto­ mas freqiientemente vistos na prâtica clinica, em estado normal o SNV garante a harmoniosa relagâo entre o meio interno e externo, favorecendo as mudangas adequadas que condicionem o organismo ante os estimulos e mudangas do meio externo. Se esta atividade reguladora de SNV nâo e seguida fielmente, por desordens em sua fungăo, produz-se urna serie de sintomas que abrangem desde a esfera psiquica ate a somatica, correspondente â complexa fungăo deşte sis­ tema. A nivel som âtico, produzem -se sintom as com o cansago e debilidade corporal, febre ou hipoterm ia, hiperidrose, irritabilidade,

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p e r d a d a m e m o r ia , s e n s a g â o d e d e s c o n fo r t o n o p e ito , d is t e n s ă o

abdom inal, etc. No SNC, produzem -se sintom as de insonia, vertigens, cefaleias, tinido, perda de forga nos quatro m em bros e dim inuigăo da sensibilidade. No aparelho cardiovascular podemos observar palpitagoes, arritmias, sensagâo de opressăo toracica, alteragoes de tensăo arterial e mudangas electrocardiogrâficas, sensagâo de frialdade nos quatro membros e mâ circulagâo periferica. No sistem a respiratorio encontram os dificuldade respiratoria, dispneia e sensagâo anormal na garganta. No sistema digestivo podem aparecer sintomas como: anorexia, nâuseas, vomitos, distensăo abdominal corn sensagâo de abundância, vomitos e diarreias neurologicas. A nivel dermatologico, podemos observar solugo ou hiperidrose, avermelhamento paroxistico da pele e prurido. No sistema urogenital pode haver, polaciuria, enurese, nicturia, menstruagoes irregulares e desordens da atividade sexual. T ra ta m en to • Pontos principais Coragâo. Simpâtico. Hipofise. Subcortex. Fronte. Occipital. Rim. Zona correspondente. • Pontos secundârios Săo selecionados segundo os sintomas implicados no transtorno.

Explicacâo dos pontos Coragăo - O coragâo controla o sangue e os vasos em todo o organismo, quando se produz urna deficiencia de sangue do coragâo, debilita-se a atividade reguladora do cortex cerebral e quando se produz urna deficiencia de Yin do coragăo, entăo, aparecem desordens da fungâo do SNV. Rim - Os sintomas das desordens neurovegetativas săo complexos mas, na maioria dos casos, coincidem corn os sintomas correspondentes â deficiencia de Yin de rim, o qual serve de substrato ao Yin de todo o corpo.

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Hipojîse - A funţăo reguladora do lobulo anterior da hipofise sobre as supra-renais e seu cortex tem um mecanismo complexo e serve de sustrato bioquîmico â atividade do SNV. Simpătico, subcortex e tronco cerebral - Atraves destes pontos se regula e controla a atividade do SNC e de cada uma de suas partes; tambem, se dirige a atividade do SNV.

Paralisia Facial A paralisia facial pode ser de dois tipos: a paralisia central e a periferica. A paralisia central, tambem denominada supranuclear, e causada principalmente por tumores e enfermidades cerebrovasculares. Neste caso, a lesâo se localiza entre o nucleo motor do facial e a zona da circunvolugăo frontal ascendente (zona motora piramidal), onde tem origem as fibras do mesmo, produzindo manifestagoes de paralisia facial do tipo inferior jâ que năo se afetam os m usculos frontal, superciliar e orbicular das pâlpebras. Ao examinar o paciente, encontramos a presenga de desvio da comissura labial, assim como saida da saliva por um lado da boca corn incapacidade para assobiar, mostrar os dentes e projetar os lâbios para diante contra os dedos do examinador, ao encher a boca de ar e projetar ambas as bochechas, pode-se observar o escape de ar por um lado, conservando os movim entos de abertura e fecham ento das pâlpebras, por năo estar lesionado o nucleo facial superior. A esta paralisia do facial agrega-se, no mesmo lado, uma hemiplegia ou monoplegia, pois a lesâo afeta a todas as fibras do feixe piramidal antes de cruzar-se. A paralisia periferica, tambem chamada nuclear ou infranuclear, e causada, principalmente, por virus, pela exposiţâo abrupta ao vento-frio que produz espasmo dos vasos sanguxneos e mâ nutrigâo dos nervos, igualmente, podem ser causadas pelos processos inflamatorios intrapetrosos, tumores da parotida e as segoes traumâticas ou cirurgicas do nervo. Nesta, observa-se a paralisia de todos os m us­ culos da face do mesmo lado daquele onde se produz a lesâo e pode estar acompanhada de hemiplegia do lado oposto âquele onde se pro­ duz a lesâo. Em geral, esta paralisia tem um comego repentino chegando ao pico mâximo de suas manifestagoes em poucas horas, em caso de compressâo do nervo facial podem haver mudangas sensitivas importantes. Na maioria dos casos, o paciente ao levantar-se pela manhâ e lavar a face sente uma repentina sensaţâo de estiramento na bochecha corn o desvio da boca, pode-se observar, no lado afetado, o desaparecimento das rugas da l'ronte, aplanamento do sulco nasolabial e a caida da comissura labial, tambem, pode-se observar difi-

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culdade para fechar os olhos no lado afetado ou que os globos oculares se dirijam para cima, assim como salivagâo ao năo poder fechar completamente os lâbios, pode haver lacrimejamento e perda ou diminuigăo do gosto nos dois primeiros tergos da lfngua. Segundo a MTC, esta enfermidade estâ relacionada corn a debilidade do Qi antipatogenico, o que favorece a invasâo do vento e o frio, tambem as hemorragias abundantes, depois das quais, o sangue năo pode nutrir adequadamente os musculos, e outra das causas a se levar em consideragăo nos referidos casos. T ra ta m en to (paralisia facial periferica) • Pontos principais San Jiao. Zona correspondente. Tronco cerebral. Subcortex. Endocrino. Supra-renal. • Pontos secundârios: Bago. Figado.

Explicagăo dos pontos San Jiao - Neste ponto se reunem os nervos facial, glossofaringeo e vago, por isso, e importante no tratamento da paralisia facial. Zona correspondente - Neste caso, utiliza-se a ârea da bochecha com o objetivo de drenar os canais e colaterais da ârea da face, regulando e harmonizando a circulagăo de Qi e Xue, favorecendo a nutrigăo dos musculos faciais. Tronco cerebral - Este ponto e utilizado urna vez que os pares craniais implicados na paralisia partem do tronco cerebral, regulando-se assim, a atividade neurologica nesta zona. Subcortex - Atraves do estimulo na ârea nervosa e cardiovascular do subcortex, incrementa-se a atividade nervosa do cortex cerebral e a atividade vascular, melhorando assim, a circulagăo e a nutrigăo da zona afetada, promovendo-se a recuperagăo dos sintomas. Endocrino e supra-renal - Tem fungâo antiinfecciosa, anti-reumâtica e antialergica, o que favorece que sejam pontos antiinflamatorios e promovam a eliminagăo dos edemas. Bago - O bago controla os musculos, isto quer dizer que a qualidade constitucional da musculatura e de sua atividade depende da es-

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sencia dos alimentos obtida da fungăo de transporte e transformagăo do bago e que nutra aos mesmos. Por outro lado, a boca e a abertura externa do bago e a frescura e qualidade dos lâbios dependerăo da atividade deşte orgăo. Portanto, selecionando este ponto, tonificamos o sangue e a energia fortalecendo o bago e sua fungăo. F ig a d o - A traves da fungâo de drenagem e dispersâo do fîgado, este garante a livre circulagăo do Q ip e lo s canais e colaterais, liberando as obstrugoes e as estagnagoes. De igual m aneira, nutrindo o figado, pacificam os o vento interno, regulando assim, a a tivid a ­ de espiritual. E x p e rie n cia C lin ica O tratamento da paralisia facial em seu estado inicial pode chegar a ser realizada somente, com auriculoterapia usando o metodo de colocagăo de sementes ou eletroauriculopuntura. O ponto San Jiao e os pontos da zona correspondente săo fundamentais no tratamento da paralisia facial, motivo pelo qual ao realizar o mesmo devem ser fortemente estimulados, enquanto nos demais pontos, pode-se usar um estimulo medio. Sempre que se trate a paralisia facial com auriculoterapia deve evitar que o estimulo seja tăo forte que chegue a produzir espasmos da musculatura facial.

Epilepsia Denomina-se epilepsia ao quadro eletroclinico resultante das descargas excessivas, hipersincronicas, subitas e recorrentes de urna populagâo neuronal mais ou menos extensa do cerebro. A mesma constitui a segunda causa de patologia neurologica, superada em freqiiencia so pelos acidentes vasculares encefâlicos, calculou-se que 0.5% da populagâo padece desta enfermidade e que 10% possui urna disposigâo aumentada a apresentâ-la. Segundo sua etiologia, podem ser de causa idiopâtica ou, por influencias geneticas, que inclui a ausencia tipica e algumas formas do grande mal ou, de causa secundâria a anomalias congenitas, seqiielas pre-natais ou perinatais, infecgâo do SNC, trauma cranial, transtornos metabolicos, etc., que inclui o grande mal e os distintos tipos de epilepsia parcial. Clinicamente, classificam-se da seguinte maneira: • Ataques parciais - Podem-se distinguir ataques com sintomatologia simples ou com sintomatologia complexa. As mesmas refletem urna descarga neuronal mais ou menos localizada em urna parte do cerebro, seus sintomas iniciais nâo sâo tâo extensos

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como nos ataques generalizados. Suas manifestagoes clinicas săo muito variadas, de acordo com as fungoes da populagâo neuronal cortical que intervenha na descarga. • A ta qu es genera liza dos - E xpressam -se por alteragâo da conscien cia e por m an ifestagoes au ton om icas em m assa, com sinais m otores ou sem eles (principalm ente convu lsoes) que afetam am bos os h em icorpos sim u ltaneam ente. D ividem -se em ataques generalizados que podem ser tonico-clonico (Grande M al), tonico, clonico, etc., e em ataqu es de curta duragâo que incluem o espasm o infantil, a ausencia tipica e a atipica, mioclonia, etc. Tam bem se classifica como epilepsia primăria, secundâria e indeterminada. • A epilepsia primăria inclui os ataques de ausencia tipica ou pequeno mal e os ataques de larga duragăo, o paciente apresenta um estado neurologico e psiquico normal, comega a qualquer idade, mas e mais comum na infância tardia, os antecedentes pre-natais, perinatais e pos-natais săo negativos, năo existe etio­ logia demonstrăvel, e no EEG as descargas săo simetricas e sincronizadas, sendo normal em alguns pacientes. • A epilepsia secundâria inclui a ausencia tipica e outros grupos de breve duragăo e ataques de longa duragâo, e habitual encontrar sinais neurologicos e psiquicos, comega, preferentemente, em cria n g a s pequ en as, ex istem a n te ce d en te s p re-n ata is, perinatais e pos-natais positivos, a etiologia pode atribuir-se a lesoes cerebrais difusas e no EEG encontram os atividade lenta de base, tragado de hipsarritmia, etc. Na MTC, a epilepsia e cham ada de Tian X ian, onde Tian significa um golpe de vento repentino e X ian que a enferm idade sucede de maneira paroxistica e recorrente. De acordo com a etiopatogenia tradicional, esta enferm idade pode estar relacionada com a repressăo consciente de sentimentos de ira, medo e terror que provocam estagnagăo de Qi no coragăo e no figado; tambem, a alimentagăo inadequada que produza deficiencia de bago e acumulo de umidade e um quadro que unido ao fogo que se produz a partir da estagnagăo do Qi, prom ove o aparecim ento da fleuma, a qual obstrui os canais e colaterais, năo podendo-se alimentar adequadamente o cerebro. O Tratado Yi Xue Gan Mu considera que a epilepsia e causada por uma fleum a patogenica que se inverte para cima, desordenando a circulagăo do Qi do Jiao medio e bloqueando os vasos sanguineos. Segundo a diferenciagăo de sindromes, esta enferm idade pode ser classificada em excesso ou vazio.

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E considerada uma epilepsia por excesso, o periodo inicial da mesma, onde se produz uma caida repentina com perda do conhecimento, sialorreia, opistotonos, movimentos tonico-clonicos das extremidades, sons guturais, e depois das crises ha cefaleia e dor com debilidade dos membros. A epilepsia por vazio relaciona-se com estados tardios da enfermidade com ataques frequentes e de pouca intensidade, sudaţăo fria na fronte, respiraţâo dificil, lingua violacea, pulso filiform e ou de corda com depressăo mental, depois de recuperar a consciencia, tontura, palpitaţoes, anorexia, debilidade, dor lom bar e dos joelhos, diminuiţăo paulatina da capacidade mental. Mostrando-se nos periodos de intercrise, um pulso filiforme, sem forţa e lingua palida com saburra escassa. T ra ta m e n to • Pontos principais: Epilepsia. Tronco cerebral. Subcortex. Cerebro. Shen Meri. Figado Rim. Baţo. • Pontos secundârios: Nervo occipital menor. Nervo temporoauricular.

Explicaţăo dos pontos Epilepsia - E um ponto de experiencia especifico para o diagnostico e tratamento da epilepsia. Tronco cerebral - Tem uma forte funţăo sedante. Subcortex e cerebro - Tem a fu nţăo de regular a atividade de excitaţâo ou repressăo do cortex cerebral, despertar a mente e acalmar o espirito. Occipital e Shen Men - Tem fu nţâo sedante e acalmam o espirito. Figado. rim e baţo - Nesta enfermidade, combinam-se os m ovi­ m entos do vento interno produto das deficiencia do figado e rim, o qual faz que Yin e Yang invertam sua circulaţăo com o acumulo da fle u m a p a t o g e n ic a q u e o b s tr u i o s c a n a is , e v it a n d o a n o r m a l fu n ţ â o

mental, atraves do uso destes pontos, nutre-se a âgua que gera a madeira, controlando o vento interno do figado, despertando a mente

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e se transforma a fleuma para facilitar a livre circulagâo de Qi e Xae nos canais e colaterais da cabega. Nervo occipital menor e temporoauricular - Estes pontos tem a fungâo de desobstruir os canais e colaterais, despertar a mente e devolver a consciencia. E x p e rie n c ia C lin ica O tratamento corn auriculoterapia na epilepsia de Pequeno Mal produz resultados notâveis, enquanto que nas do Grande Mal produz a diminuigăo leve dos sintomas, do tempo e periodo das crises. O tratamento corn auriculoterapia para as crises frequentes deve ser combinado corn o uso de medicamentos. Se depois de um ciclo de tratamento, as crises se fizerem menos frequentes, podem-se diminuir os medicamentos. Se durante o tratamento corn auriculoterapia, se conseguem deter as crises, o mesmo deve ser mantido durante dois a tres ciclos mais, para fixar o resultado terapeutico.

Dor Fantasma Este e um transtorno presente corn freqiiencia nos pacientes dos quais foi amputado algum membro e consiste em urna dor fantasma no lugar onde existia o membro amputado. A dor pode variar em intensidade e carâter, manifestando-se como urna dor muito severa, queimante, dilacerante, pungente ou como se houvesse compressăo do membro que jâ nâo existe; na maioria dos casos, chega-se a usar analgesicos potentes sem um resultado evi­ dente; alem disso, pode-se expressar corn um curso continuo ou em forma de ataques. Em caso de dor continua, o paciente năo consegue tranqiiilizar-se, nem deitado, nem sentado e durante a noite nâo con­ segue conciliar o sono por causa da mesma. T ra ta m e n to • Pontos principais Zona correspondente. Subcortex. Shen Men. Nervo occipital menor. Nervo auricular maior. • Pontos secundârios Se sensagâo dolorosa queimante que nâo permite o sono - Ponto e ârea de neurastenia e sangria no âpice.

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Explicaţăo dos pontos Zona correspondente - Ao produzir-se uma dor fantasma na ârea de um mem bro amputado, ocorre uma reagăo positiva na zona co r­ respondente ao mesmo, no pavilhăo auricular, esta dor pode ser referida a nivel distal ou proximal do m em bro amputado, motivo pelo qual, precisa-se de uma adequada exploragăo do ponto mais reativo do pavilhăo auricular. Shen Men - Usado por sua fungâo analgesica. S u b co rte x - Quando o organismo recebe estimulos do carâter traumâtico corn sensaqoes dolorosas fortes, este tipo de dor, possivelmente, provoca a nivel dos mecanismos sensitivos, um estimulo nervoso em determ inadas fibras aferentes que alcanqa o tâlamo, localizandose, a referida sensagâo, em uma posiqăo especifica do cortex cerebral. Ao estim ular o ponto subcortex, elevam os o nivel do lim iar doloroso, reprimindo o sinal doloroso, a nivel do cortex cerebral. Nervos occipital m enor e auricular m aior - Estes dois nervos distribuem-se em todo o pavilhăo auricular e săo nervos de transferencia espinal, o nervo auricular maior alcanqa o helix, a fossa escafoide e a cruz inferior do anti-helix. O nervo occipital m enor distribui-se na fossa escafoide, na cruz inferior do anti-helix, na fossa triangular, etc. Atraves de ambos os nervos, pode-se estim ular a atividade neurologi­ ca das quatro extrem idades e do tronco, produzindo um efeito analgesico sob os mesmos m ecanism os de repressăo do sinal doloroso que produz no ponto subcortex. E x p e rie n c ia C lin ica A dor fantasma pode ser possivel em um membro amputado ou em um dedo amputado. Depois da amputaqăo, as fibras nervosas săo lesionadas, produzindo-se mudanqas e crescim entos anorm ais das mesmas, nas zonas proximas â am putaţăo, corn hiperplasia dos tecidos locais, levando ao aparecim ento de neurofibrom as que produzem aderencias nas feridas, causando a dor. Clinicamente, de seis casos de dor fantasma, tres săo provocados por neuromas depois da amputaqăo. Apos o tratamento corn eletroauriculopuntura e m etodo de colocaqâo de sementes, as dores desaparecem ou diminuem de m aneira evidente. Na dor fantasm a, encontra-se um claro ponto de reaqăo positiva no pavilhăo auricular, na zona correspondente que nâo somente vai representar a zona am putada como tam bem o ram o do nervo espinhal â qual pertence, por isso, e de vital im portância a com binaqâo do ponto que represente o nervo im plicado, mais o ponto da zona correspondente.

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Auricidoterapia

No momento do tratamento a manipulagăo deve ser energica, sobretudo no ponto da ârea correspondente â zona amputada. Caso se use eletroacupuntura, coloca-se um eletrodo no ponto da zona cor­ respondente e o outro sobre o ponto Shen Men ou no ponto subcortex e se mantem o estîmulo eletrico de 20 a 30min, com urna frequencia do tratamento de uma vez em dias alternados, em geral, depois de um ciclo de tratamento, as dores diminuem consideravelmente, podendo o paciente dormir tranquilamente. C a sos C lîn icos 1. Paciente masculino de 42 anos, operârio de uma fabrica de vasilhas, em janeiro de 1987, por causa de um acidente, foi amputado o membro superior direito. Apos c cirurgia que transcorreu com exito, manteve-se uma dor fantasma a nivel distal, no mem­ bro am putado. Foram usados analgesicos e m edicam entos sedantes, sem resultado. Em setembro de 1990, foi submetido a uma nova intervengăo cirurgica, com o objetivo de eliminar os grandes nucleos de neuromas; mas em ju n h o de 1991, os mesmos recidivarăm, um do tamanho de uma semente de ameixa e outro do tamanho do dedo polegar, sentindo, novamente, as do­ res fantasmas, referidas aos dedos da măo, que nâo cediam com o uso de analgesicos e sedativos, assim como insonia e perda de peso. Em setembro de 1993, o paciente foi submetido a estîmulo eletrico nos pontos auriculares e metodo de colocagăo de sementes nos pontos da zona correspondente, Shen Men, subcortex, ârea e ponto de neurastenia e sangria no âpice, depois do primeiro tratamento, a dor cedeu de maneira leve mas o paciente conseguiu dorm ir durante a noite. Depois do primeiro ciclo de tratamento a dor diminuiu evidentemente, desaparecendo du­ rante as noites, depois de tres meses de tratamento, a dor desapareceu totalmente e os neuromas se reduziram â metade de seu tamanho, ganhando o paciente 15 kg de peso corporal. 2. Paciente masculino de 60 anos, portador de tromboangiîte obli te rante de ambas pernas, em 1993, sofreu de uma intensa dor com sensagăo de frialdade e intumescimento nos artelhos de ambas pernas, claudicagăo â marcha, a sensagăo dolorosa se fazia mais leve durante a noite, a perna esquerda mostrava uma dor mais severa e uma cor violâcea, sintomas que se agravavam ao pendurar a perna, existindo atrofia dos musculos da perna. Em 1994, por causa de uma ulcera varicosa e gangrena lhe amputaram um tergo da perna. Depois disto, o paciente comegou a sentir dor fantasma nos artelhos do membro amputado, nâo podendo dor-

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mir devido â dor, que nâo cedia com o uso de sedativos e analgesicos potentes; sem embargo, depois de cinco tratamentos com auriculopuntura, a dor desapareceu completamente.

S i s t e m a E n d o c r in o

Diabetes Melito O diabetes melito e urna sindrome heterogenea produzida pela dim inuiţăo dos efeitos biologicos da insulina, que se traduz por urna alteraţăo do m etabolism o dos carboidratos, dos lipideos e das proteinas, caracterizada, fundamentalmente, por urna hiperglicem ia em jeju m ou urna intolerância aos carboidratos. Tem origem genetica e nela intervem, com m aior ou m enor relevância, distintos fatores ambientais, alteraţoes im unologicas ou a agressâo viral. O inicio da enferm idade pode ser brusco ou m anifestar-se pela presenţa de com plicaţoes, âs vezes graves, tal e o caso de pacientes que com eţam com um coma diabetico ou um infarto cardiaco. No diabetes que debuta em urna idade prematura, os sintomas săo mais manifestos que nos casos de com eţo em idades avanţadas. Urna vez presentes as m an ifestaţoes da enferm idade, verificarem os que a poliuria e o sintonra mais frequente; aparece em 73% dos casos, aproximadamente, seguido pela polidipsia, a perda da forţa muscular, as m anifestaţoes cutâneas, dor nas m assas m usculares e polifagia, que sem ser tăo frequente como se supoe, tem grande valor diagnostico. De acordo com a etiopatogenia tradicional, o diabetes melito ou sindrome Xiao Ke, nome com o qual e definido, tem urna etiologia multicausal, diferenciando-se da seguinte maneira: • Diabetes do X iao superior. • Diabetes do X iao medio. • Diabetes do X iao inferior. Diabetes do Xiao superior - A s cinco em oţoes em excesso, o estresse ou a atividade intelectual excessiva, podem causar a hiperatividade do fogo do coraţăo, o que conduz â lesăo do Yin do pulmăo, produzindo como sintoma principal a polidipsia. Diabetes do X iao medio - A ingestăo excessiva de alimentos doces, ricos em gordura ou picantes, provocam o acumulo de calor no estomago e baţo, que se transform a em secura que lesiona os fluidos estomacais, aparecendo a polifagia, como sintoma mais significativo. Diabetes do X iao inferior - E causado pela atividade sexual exces­ siva que lesiona o Jing do rim, aparecendo a poliuria, como sintoma principal.

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Auriculoterapia

T ra ta m e n to • Pontos principais: Glândula do pancreas. Pâncreas. Figado. Endocrino. Tâlamo. Hipofise. San Jiao. Subcortex. • Pontos secundârios: Se polidipsia - Sede e boca. Se polifagia - Fome. Se poliuria - Bexiga e uretra. Se prurido - Alergia e sangria na zona correspondente. Se parestesia dos quatro membros - Nervo occipital menor, nervo auricular maior e ponto da zona correspondente. Se diabetes do Xiao superior - Coraqâo e pulmăo. Se diabetes do Xiao medio - Estomago e baqo. Se diabetes do Xiao inferior - Rim.

Explicacăo dos pontos Glândula do pâncreas - Este e um ponto especifico para o diagnostico e tratamento do diabetes. Pâncreas - O pâncreas e a glândula produtora de insulina e o dia­ betes se produz pela atrofia ou diminuiqăo da atividade das celulas beta dos ilhotas de Langerhans. desta glândula. Durante as idades mediana e avanqada, esta enfermidade se faz mais comum, jâ que a capacidade de reaqăo das celulas beta ante a hiperglicemia no sangue e muito mais lenta, provocando que aconteqa o mesmo corn a produqăo de insulina, nâo podendo satisfazer as necessidades metabolicas do aqucar no sangue. Atraves do estimulo deşte ponto, consegue-se acelerar a capacidade de reaqâo das celulas pancreâticas, regulandose a produgăo de insulina de maneira adequada. Hipofise, tâlamo e endocrino - O sistema endocrino e parte funda­ mental na regulaqâo fisiologica do organismo e todas suas glândulas estăo controladas atraves da atividade do tâlamo e da hipofise. A produqâo de determinados hormonios do hipotâlamo estimulam a produqâo de outras hormonios por parte da hipofise, os quais por sua vez regulam o funcionamento do resto das glândulas como o timo, o pân­ creas, as supra-renais, etc. Atraves de informes cientificos registrados na China, tornou-se conhecido que a Acupuntura e capaz de re­

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gular a produpâo de insulina, diminuindo o volume de glicose no sangue de pacientes com diabetes do tipo 2 ou nâo insulino-dependente e aumentando os niveis de glicose, nos pacientes hipoglicemicos. Depois de realizados bloqueios ou cortes do nervo vago, estes resultados da Acupuntura foram diminuindo ou desaparecendo, motivo pelo qual se considera que o efeito regulador da Acupuntura nos pacientes diabeticos, possivelmente, tenha seu mecanismo de aqâo atraves do sis­ tema parassimpâtieo. Ao realizar o tratamento de auriculoterapia no diabetes, de acordo com o explicado anteriormente, se faz vital, alem de usar os pontos da glândula implicada (pancreas e glândula do pâncreas), adicionar os pontos hipofise, tâlamo e endocrino. San Jiao - No ponto San Jiao se reune um ramo do nervo vago, glossofaringeo e facial, fato pelo qual, atraves do estimulo vagal se promove a produqăo de insulina. Subcârtex- Este ponto regula a atividade digestiva, cardiovascular e o metabolismo endocrino. E xp e rie n cia C lin ica Ao tratar a polifagia, a irritabilidade, a sede, a fadiga e a vertigem, entre outros sintomas do diabetes, os resultados săo satisfatorios mas. especialmente no tratamento das parestesias e o prurido dermatologico os resultados sâo, particularmente, râpidos. Depois de transcorrido um ciclo de tratamento, o nivel de glicose no sangue diminui e a enfermidade melhora ou pode desaparecer. A influencia da auriculoterapia no nivel de glicose no sangue foi estudada, clinicam ente, em 25 casos do Instituto de M edicina Tradicional de Gan Lu, com com provaţoes, antes e depois, do trata­ mento auricular, com parando o nivel de glicem ia no sangue, em jeju m e depois de ingerir, alcanqando notâveis resultados. Nesta investigaţâo, usaram -se pontos reativos do pavilhâo auricular como o ponto pancreas e a raiz media do dorso da orelha buscando estim ular o nervo vago com o objetivo de elevar a liberaqăo de insulina. Durante o tratam ento do diabetes com auriculoterapia e necessârio com binar a terapia com a regu laţăo da dieta e com m edicam entos hipoglicem iantes, segundo seja o caso, podendo reduzir-se o consumo de fârm acos, em dependencia da evoluqăo dos sintom as do paciente, durante o tratamento.

D iabetes Insipido O diabetes insipido e o estado clinico resultante da deficiencia do hormonio antidiuretico (ADH). Suas principais caracteristicas sâo: urna urina de baixa densidade e urna poliuria compensadora.

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Auriculoterapia

E um processo relativamente raro, pode ser hereditârio ou adquirido, transmite-se com carâter dominante com menos freqiiencia no sexo feminino que no masculino. O tipo adquirido pode resultar de qualquer lesăo que perturbe ou destrua as estruturas essenciais do sistema neuro-hipotâlamo-hipofisârio. Urna terga parte dos casos devese a neoplasias primitivas ou metastâticas, outra parte das lesoes e de origem traumatica, inflamatoria, vascular, pos-operatoria, etc., e outra de causa năo demonstrâvel. As manifestagoes clinicas deşte diabetes sâo tăo espetaculares que năo e estranho que o paciente recorde o dia exato e inclusive a hora em que comegaram a poliuria e a polidipsia. E corrente que este elim i­ ne de 5 a 10 litros em 24h e, em algumas ocasioes, mais, sendo esta de baixa densidade, com excegâo da poliuria e a polidipsia o paciente năo refere sinal algum de enfermidade, salvo o caso em que se haja destruido o sistema neuro-hipofisârio. De acordo com os criterios da MTC, este diabetes e classificado tambem dentro dos sindromes Xiao Ke, motivo pelo qual, se estabelece a mesma classificagăo sindromica que no diabetes melito. T ra ta m en to • Pontos principais Hipofise. Tâlamo. Endocrino. Sede. Boca. • Pontos secundărios Bexiga. Uretra. Occipital. Rim.

Explicagăo dos pontos Hipofise, tălamo e endocrino - O diabetes insipido e causada por urna diminuigâo ou perda da secregăo do hormonio antidiuretico (ADH), o que produz um volume de urina diârio extremamente alto que estimula o centro da sede, como mecanismo de compensagăo, este hor­ monio e produzido pela hipofise e sua liberagâo e controlada pelo hipotălamo, razăo pela qual urna lesăo a este nivel e a causa fundamen­ tal desta enfermidade, atraves do estimulo dos pontos tâlamo, hipofise e endocrino pode se restabelecer e regular a atividade do sistema neuro-hipotâlamo-hipofisârio.

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Sede e boca - Săo pontos que tem a fungâo de acalmar a sede e produzir salivagăo. Bexiga - Devido â poliuria por tempo prolongado, produz-se urna distensâo da bexiga, corn este ponto, pode-se fortalecer a mesma e controlar a poliuria. R im - Hâ casos de diabetes insipido em que o ADH e normal mas, a unidade do rim nâo e sensivel, nestes casos se adiciona o ponto rim. C a so clin ico Paciente masculino de 42 anos, administrador; hâ 5 anos apresenta um quadro de poliuria e polidipsia, tomando, diariamente, de 8 a 10 litros de âgua, durante a noite, urina em torno de 10 vezes, as urinas săo de baixa densidade de 1.001 a 1.005, com urna coloragăo clara parecida com a âgua, chegando-se ao diagnostico de diabetes insipido, pelo endocrino e comegando o tratamente medicamentoso sem resu ltad o evidente. D epois de um ciclo de tratam en to de auriculoterapia, com metodo de colocagâo de sementes, diminuiu a polidipsia, assim como, o consumo de liquidos de 6 a 8 litros diârios, tambem, a nicturia se reduziu so a 2 ou 3 vezes. Depois de dois ciclos de tratamento, o consumo de liquidos dim i­ nuiu a 2 a 3 litros diârios e a nicturia de 2 a 3 vezes.

Hipertiroidismo O hipertiroidismo e a manifestagâo da hiperfungăo da tiroide, pode ter expressoes anatomopatologicas, bioquimicas e funcionais. Esta sindrome multicausal pode dever-se â ingestăo excessiva de hormonios tiroideos, neoplasias tiroideas hiperfuncionais, tecidos tiroideos aberrantes funcionais, tum ores hipofisârios produtores de TSH, estroma ovârico toxico, enfermidade trofoblâstica, administragăo ex­ cessiva de iodo estâvel, em âreas de bocio endemico, tiroidites subagudas e tiroidites cronicas auto-imunes em fases hiperfuncionantes e bocio toxico difuso ou enfermidade de Graves-Basedow. O bocio toxico difuso se caracteriza pela hipertrofia ou hiperplasia da tiroide, hipertiroidismo e um tipo especial de oftalmopatia. Hâ um excesso de hormonios circulantes com as consequentes alteragoes patologicas secundârias. E mais frequente no sexo masculino, em urna proporgâo de 4:1; considerando-se como etiologia os fatores hereditârios, traumas psiquicos, infecgoes, a constituiqâo e fatores imunologicos. Clinicamente, seus sintomas e sinais cardinais sâo os seguintes: • Bocio - Caracterizado pelo aumento de volume das glândulas tiroides, com textura, elâstica, deslizâvel, nâo doloroso e de superficie lisa.

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• Trem or - Apresenta-se em 99% dos casos, e generalizado e mais evidente nos dedos, pode-se ver tambem na lingua, nas pâlpebras e no diafragma. • Taquicardia - Sintom a que aparece sempre, m antem-se durante o sono e aum enta corn os esforgos, alcanga de 100 a 150 bpm. • Emagrecimento - Ocorre em 85% dos casos devido ă redugăo das massas musculares e do tecido adiposo pelas diarreias, pelos vomitos e pela anorexia. • Oftalmopatia - Apresenta-se pela exoftalmia, associada ou nâo, â conjuntivite, paralisia ou paresia da musculatura extrinseca do olho, etc. segundo o grâu da oftalmopatia. Outros sintomas incluem: hiperfagia, anorexia, hipercinesia in­ testinal, pele lisa, delgada, quente e umida corn sudagăo aumentada, alopecia, queda de cabelo, do pelo axilar e pubiano, unhas friâveis, intolerância ao calor, alteragoes neuroticas, esquizoides e paranoides, depressăo, dor na coluna vertebral, fraturas espontâneas e ombro doloroso, cansago muscular corn hipotonia e atrofia muscular que se pode localizar na cintura escapular e pelvica, etc. De acordo corn a etiopatogenia tradicional, esta enfermidade estâ relacionada corn a repressăo de sentimentos e emogoes o que produz estagnagâo do Q ique nâo se transforma, os liquidos corporais se acu­ mulam e se convertem em fleuma e com o Qi estagnado se estagna tambem o sangue, assim estes tres fatores, estagnagâo de Qi e do sangue combinado com a fleuma, obstruem os canais e colaterais a nivel do pescogo aparecendo esta enfermidade, a qual na diferenciagâo de sindromes, pode-se classificar em dois tipos fundamentais: • Hipertiroidismo causado por deficiencia de Yin e ascensăo de fogo. • Hipertiroidismo causado por deficiencia de Qi e de Yin. Isto poe em evidencia que os orgăos implicados nesta patologia sâo: bago, rim, figado e coragăo. T ra ta m en to • Pontos principais Glândulas tiroides. Endocrino. Tâlamo. Hipofise. Subcortex. • Pontos secundârios Coragăo. Bago.

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Figado. Rim. Fonie. Orgăo coragăo. Shen Meri. Occipital. Nervo occipital menor. Boca. Orgăos genitais externos. Testiculos. Ovârio. Simpâtico.

Explicagâo dos pontos Glăndulas tirâides, hipojise, tălamo. endocrino e ărea nervosa de su b cortex- O hipertiroidismo e causado, fundamentalmente, por uma desordem na atividade do SNC, mostrando-se instabilidade da atividade nervosa com uma superexcitagâo excessiva, por isso, atraves destes pontos, regula-se a atividade do cortex cerebral e da fungăo endocrinometabdlica. Coraqăo e ponto do orgăo coraqăo - Regulam a atividade cardiovas­ cular, acalmando a taquicardia e a arritmia. Sangria no ăpice, nervo occipital menor, Shen Men e occipital - Estes pontos dispersam o fogo e tranquilizam o espirito tratando a insonia, a tensăo e a preocupagăo excessiva e irritabilidade. Fome - Elimina o apetite descontrolado, produzindo sensagăo de plenitude. Boca e baqo - O baqo controla a qualidade dos musculos e dos quatro membros, participa no metabolismo hidrico, transformando a fleuma e o ponto boca tem fungâo sedante e elimina o cansago. Com estes pontos pode-se tratar a atrofia muscular causada por hipotiroidismo e a perda de forga muscular causada nos membros. Orgăos genitais internos, ovărio e testiculos - No caso da mulher estes pontos regulam a atividade menstrual e no caso do homem trata a impotencia e a ginecomastia. Simpătico - Atraves deşte ponto, podem-se regular os transtornos do sistema neurovegetativo, tratando a hiperidrose e a aversâo ao calor. Rim e figado - Como se descreveu, anteriormente, esta patologia estâ intimamente relacionada com as deficiencias de Yin e a ascensâo do fogo, razăo pela qual, atraves destes dois pontos, nutrimos o Yine fazemos descer o fogo.

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C a s o CU nico Paciente do sexo feminino, de 34 anos, administradora; compareceu â consulta corn um engrossamento do pescoqo que lhe dificultava abotoar o colarinho das blusas, era facilmente excitâvel, tinha sudagoes espontâneas ao realizar movimentos leves, vertigens, visăo turva, etc. No exame realizado, o metabolismo basal era 20%, T 3 e T 4 estavam ligeiramente elevadas acima dos valores normais, a paciente apresentava exoftalmia e lhe foi diagnosticado um hipertiroidismo. Tinha, tambem, aumento da glândula tiroide, um ritmo cardiaco de 120bpm e lingua vermelha, corn pulso filiforme e râpido, depois de transcorridos o primeiro ciclo de tratamento corn auriculoterapia, as palpitaqoes, a vertigem e a sensaqâo de distensăo na cabeqa haviam diminuido, depois de transcorridos 3 ciclos de tratamento houve urna mudanqa positiva e evidente na patologia, o metabolismo basal e os niveis de T 3 e T 4 estavam em suas cifras normais.

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA E

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A entorse e urna afetaţăo de origem traumatica, dos tecidos moles das articulaqoes; ocorre ao realizar os mesmos movimentos maiores que o permitido por seus limites fisiologicos; pode ser encontrada, em geral, em articulaqoes como a coluna lombar, joelhos, tornozelos e punho. A contusâo e urna lesâo dos tecidos moles acompanhada por hemorragias subcutâneas e săo provocadas por um golpe ou trauma em certa parte do tronco ou das quatro extremidades. A MTC considera que estas lesoes provocam obstruqăo da livre circulapăo do Qi e do Xue em canais e colaterais podendo-se diferenciar em dois tipos: • Lesâo por estagnaqăo do Qi, onde nâo se observa urna clara inflamaqăo e nâo se encontra, corn nitidez, o ponto doloroso â pressăo. • Lesâo por estagnaqâo do Xue onde aparece inflamaqâo e disten­ săo na zona lesionada, se faz claro o ponto doloroso â pressăo e tem urna localizaqâo fixa que nâo muda. T ra ta m e n to

• Pontos principais Zona correspondente. Shen Meri.

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• Pontos secundârios Fîgado. Bago.

Explicacâo dos pontos Zona correspondente - O estfmulo dos pontos da zona correspondente prom ove a recuperagăo dos tecidos moles da mesma, ativando a circulagăo do sangue, eliminando a estagnagăo, desobstruindo os canais e colaterais, alcangando, com isto, o efeito analgesico. A MTC considera como a causa da dor, a falta de circulagăo do Qi e do Xue, desaparecendo a mesma, quando recuperada a correta circulagăo. Shen Men - Tem fungăo analgesica e sedante. Fîgado e b a c o - O fîgado controla e nutre a qualidade dos ligamentos e tendoes e o bago controla e alimenta os musculos. A combinagăo de ambos os pontos, favorece a eliminagăo das estagnagoes, a recuperagăo dos tecidos moles e a ativagăo da circulagăo, atraves dos colaterais. E x p e rie n c ia C lin ica No tratamento deşte tipo de afecgăo e vital a correta localizagăo do ponto da zona correspondente: atraves do aparelho explorador ou do lâpis explorador, selecionaremos o ponto de reagâo positiva mais fo r­ te, sobre o qual realizarem os o metodo de colocagăo de sementes. Nas enferm idades do tipo doloroso, a manipulagăo deve ser forte depois de realizar a pungăo com a agulha filiforme, e se usamos o m etodo de colocagăo de sementes, deve aplicar-se pressâo com afinco sobre o ponto, com maior intensidade. Depois de im plantada a agulha ou usado o metodo de colocagâo de sementes, o pavilhâo auricular deve vascularizar-se intensamente, por isso, apos o estîmulo forte, o paciente deve sentir sensagâo de calor na orelha; e este o momento preciso de parar e indicar ao pa­ ciente que vă realizando movimentos da articulagăo afetada, os quais văo aumentando a amplitude, paulatinamente, ate conseguir recuperar sua amplitude normal. T o r c ic o l o Esta enferm idade se denomina, em chines, Lou Zhen o que significa caida ou perda da almofada. Caracteriza-se por uma lesâo da m us­ culatura cervical e da espalda que pode ser provocada por uma posigăo inadequada, durante o sono ou, durante o trabalho ou por reumatismo, causas que provocam dor m uscular com lim itagoes dos movimentos. A enferm idade se manifesta, em geral. pela m anhă ao

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despertar-se e toma um lado da cabega, do pescogo e da espalda com sensagăo de dor com tensăo para esse lado; em casos graves a dor pode chegar a ambos os lados do pescogo, da espalda e irradiar para os bragos. Neste tipo de lesăo, encontram-se, com nitidez, os pontos dolorosos â pressâo e espasmos musculares, mas hâ ausencia de inflamagăo, avermelhamento e calor. De acordo com a MTC, esta enfermidade e classificada como urna sindrome Bi e seu aparecimento estâ relacionada com a invasâo de vento, frio e umidade na regiăo do pescogo e da espalda, ocasionando estagnagâo de sangue e energia nos tecidos moles, vasos, canais e colaterais, comprometendo, em geral, o Du Mai, o canal da bexiga, do intestino grosso, do intestino delgado, San Jiao e vesicula biliar. T ratamerxto • Pontos principais Zona correspondente. Shen Meri. • Pontos secundârios Figado. Bago. Bexiga.

Explicagăo dos pontos Zona correspondente - Atraves do estimulo dos pontos reativos representativos das regioes do pescogo e da espalda, consegue-se desobstruir e liberar esta zona da invasâo do vento, do frio e da umidade, ativando a circulagâo do sangue e da energia a nivel dos canais e colaterais afetados. Shen Men - Tem fungâo analgesica e antiinflamatoria. Figado - Favorece a recuperagâo dos tecidos moles e a circulagâo do sangue e da energia. Bago - Libera os espasmos musculares acalmando a dor. B exiga - E o canal mais diretamente implicado nestas afecgoes; atra­ ves do estimulo do ponto bexiga influenciamos sobre o canal, favorecendo a desobstrugâo deşte e a liberagâo dos agentes patogenicos para fora. Nota - As manipulagoes nesta patologia devem seguir os mesmos requisitos que na anterior. P e r ia r t r i t e d o O m b r o A periartrite do ombro e uma patologia degenerativa que compromete os tecidos moles desta articulagăo, os ligamentos, tendoes, bolsa e

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sinovia; na China, e chamada de “ombro colado pelo vento” ou “ombro cinquentăo", por ser urna patologia observada, geralmente, depois dos 50 anos e e mais frequente, no sexo feminino que no masculino. Esta enferm idade se caracteriza em seu comeqo por uma dor su r­ da que pode tomar um ou ambos os om bros e que, em casos severos, pode irradiar para a regiăo cervical e para os membros superiores; e mais leve durante o dia e severa durante a noite, o paciente sente aversăo ao frio e ao vento nos quatro m em bros que no processo da enferm idade podem ter seus m ovim entos da articulagâo do ombro limitados, de maneira diferente, seja a elevagăo, retropulsâo, abdugăo, aduqăo, etc. Nos estados graves da mesma, podem -se produzir aderencia dos tecidos moles, atrofia muscular, etc. De acordo corn a etiopatogenia tradicional, o comego desta en fer­ midade estâ relacionada corn a insuficiencia de Qi e de Xue que favorece a invasăo do vento, frio ou um idade patogenica, por trabalho excessivo ou por trauma. T ra ta m e n to • Pontos principais Zona correspondente. Shen Meri. • Pontos secundârios Figado. Bago. Endocrino.

Explicacâo dos pontos Zona correspondente - Em geral, esta enferm idade produz reagdes positivas nos pontos: articulagâo do ombro, ombro e clavicula no pavilhâo auricular, razâo pela qual, na prâtica clinica, sâo denominados os tres pontos do ombro e desem penham um papei im portante na desobstrugăo dos canais e colaterais, no aquecim ento dos canais, na eliminagăo de frio e na lubrificagâo da articulagăo. Shen Men - Este ponto tem fungăo analgesica e antiinflamatoria. Figado e Bago - Săo pontos utilizados para ativar o sangue e a energia, desobstruindo os canais e colaterais, favorecendo a recuperaqâo dos tecidos moles, elim inando os espasm os m usculares e acalmando a dor. Endocrino - Tem fungăo antiinflam atoria e elimina a umidade. E x p e rie n c ia C lin ica Na selegâo dos pontos e vital o uso dos tres pontos do ombro (om ­ bro, articulagâo do ombro e clavicula) mas, segundo o movim ento da

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Auriculoterapia

articulagâo que se encontre limitado, se estabelecerâo criterios dil'erentes na selegâo dos pontos. Assim temos que, quando estâ limitado o movimento de elevagâo, selecionam-se, em geral, os pontos clavicu­ la e ombro; caso se encontre limitado o movimento de abduqâo, usamse os pontos clavicula e articulaqăo do ombro; se estăo limitados os movimentos de ântero-pulsâo e rotapâo anterior, selecionam-se, entâo, os pontos clavicula e articulaqâo do ombro, pela parte dorsal da orelha. Quer seja usando o metodo de colocagăo de sementes ou a implantaqăo de agulhas, o estimulo deve ser forte, depois do qual, se ordena ao paciente que vâ realizando movimentos paulatinos da articulaqăo evitando que cheguem a ser demasiadamente amplos. Enquanto o paciente se encontre sob tratamento deve evitar levantar objetos muito pesados. De acordo corn a experiencia clinica, temos observado que nas periartrites agudas do ombro. os resultados săo notâveis, enquanto que nas periartrites cronicas do ombro, corn hiperplasia e aderencia de tecidos moles, necessita-se de um periodo de tratam ento prolongado que se deve ser com binado corn o uso de outras terapias m edicamentosas. ClATALGIA A ciatalgia e considerada, em geral, como um tipo de lombalgia onde se produz urna irritaqăo do nervo ciâtico que provoca urna dor dilacerante ou queimante que nasce desde a regiâo lombar, toma a nâdega, a parte posterior do coxa, a prega poplitea, o bordo externo e posterior do pe, o calcanhar, e o dedo pequeno dos pes. A dor se incrementa quando o paciente tosse, caminha ou flexiona o tronco para diante. Em casos graves, o paciente nâo pode voltear o corpo; a perna, o calcanhar e a parte dorsal do pe podem apresentar sensaqoes de parestesia corn diminuiqâo da sensibilidade; os musculos quadriceps e gastrocnemios apresentam atrofia. Esta enfermidade pode classificar-se basicamente em primăria e secundâria. Ciatalgia de carâter primârio - Pode-se produzir pela invasâo do vento, do frio ou enfermidades infecciosas. Ciatalgia de carâter secundârio - Neste caso, a enfermidade pode ser produzida por mudanqas patologicas nas estruturas que guardam relaqâo corn o nervo, como as hernias discais, a hiperplasia da regiăo lombar, os tumores da regiâo sacrolombar e artrose sacrolombar. De acordo com os criterios da MTC, a ciatalgia e considerada como uma enfermidade dentro das sindromes Bi e sua etiologia estâ reia-

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cionada com a invasâo do vento, do frio, da umidade ou do calor patogenico ou por traumas externos que conduzem â lesâo dos canais e dos colaterais, obstruindo a circulagâo de Qi e de Xue. Quando a enfermidade e prolongada, pode-se perder a nutriqâo dos musculos e os tecidos implicados no trajeto dos canais, fato que guarda relaqâo com a deficiencia de Qi de rim. Segundo os canais afetados na ciatalgia, pode classificar-se em tres: • Ciatalgia produzida por lesăo do canal Tai Yang do pe - Neste caso, a dor toma urna nâdega, a parte posterior do coxa e se caracteriza por urna sensaqăo lancinante, a dor aumenta com o movimento e pode ter as mesmas caracteristicas paroxisticas que mantidas hâ dificuldade para caminhar e flexionar a dorso para diante, os pontos Qi Pian e Wei Zhong se fazem dolorosos â pressâo. • Ciatalgia produzida por lesâo do canal Shao Yang do pe - Neste caso, a dor toma urna nâdega, a coxa e a panturrilha em seu lado externo, pode ter caracteristicas paroxisticas ou mantidas com sensaqâo queimante ou lancinante, o ponto Huang Tiao e Yang Lin Quan săo dolorosos â pressâo. • Ciatalgia por lesăo dos canais Tai Yang e Shao Yang do pe. T ra ta m e n to • Pontos principais Ciâtico. Gluteos. Shen Men. • Pontos secundârios Bexiga. Rim. Figado. Vesicula biliar.

Explicaqăo dos pontos Ciâtico e gluteos - Săo os pontos da zona correspondente, tem a funqâo de desobstruir os canais e colaterais e ativar a circulacăo de Qi e Xue. S h e n M e n - T e m fu n g â o a n a lg e s ic a e a n t iin fla m a t o r ia .

Bexiga e vesicula biliar - Atraves destes pontos, pode-se ativar a circulaqăo de Qi e X ue nos canais Tai Yang e Shao Yang do pe. Fîgado e rim - Atraves destes pontos, favorece-se a recuperaqăo dos tecidos moles e o restabelecim ento da deficiencia de rim, que se relaciona com a ciatalgia cronica.

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Auriculoterapia

E xp e rie n cia C lin ica Seja na ciatalgia primăria ou secundâria, os resultados com o uso de auriculoterapia săo satisfatorios, ainda que no caso da secundâ­ ria. quando sua origem se deve a transtornos de tipo estrutural como a hernia discal, os resultados năo chegam a ser evidentes. As manipulaqoes utilizadas no tratamento desta enfermidade de­ veni ser fortes e combinadas com movimentos ativos do paciente durante sua execugâo. Na prâtica clinica, quando săo selecionados os pontos reativos no dorso do pavilhăo auricular, os resultados săo mais evidentes. C e r v ic a l g ia A cervicalgia e tambem chamada de sindrome cervical, jâ que e urna enfermidade complexa de multiplas causas, como os traumas externos, infiamacoes, mudangas degenerativas como a hipertrofia das vertebras cervicais, mudanqas degenerativas do disco, instabilidade cervical, etc. A ocorrencia de transtornos cervicais pode aparecer como conseqiiencia de mudangas estruturais como o estreitamento vertebral, osteofitos marginais, estenose do forame vertebral, lesoes dos tecidos moles perifericos, que podem produzir a nivel cervical radiculite ou compressâo vascular eomprometendo a zona inervada pelo plexo cervical e braquial, produzindo sintomas de parestesia nos braqos e nas măos, vertigens e vomitos, entre outros sintomas de carâter neurologico e vascular. A cervicalgia pode dividir-se nos seguintes tipos: obstrutiva, radicular, de tipo simpatica, de tipo parestesico, por debilidade, vascular, espinal, a trofica e de vertigem. Segundo os criterios da MTC, esta enfermidade e causada por de­ bilidade de rim e de figado, por estagnagâo de Qi e acumulo de frio e tambem, pela desnutrigăo dos tecidos moles. T ra ta m en to • Pontos principais Regiăo cervical. Shen Men. Rim. Endocrino. Nervo occipital maior. Figado.

Explicaţăo dos pontos Regiăo cervical - E o ponto da zona correspondente, atraves do qual, se ativa a circulaqăo do sangue e da energia, favorecendo a de-

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sobstruqâo dos canais e colaterais, fato que melhora a nutrigâo dos tecidos moles e a detengâo do processo degenerativo. Rim e en d o crin o - Como e sabido, na MTC se declara a importância do rim para controlar a qualidade dos ossos. Segundo estudos realizados na atualidade, a atividade de filtragem do rim e a vitamina D guardam estreita relaqâo no organismo. Quando se produz urna desordem a nivel endocrino, a fungăo do rim năo se completa, isto pro­ voca urna disfunqâo no metabolismo do câlcio e do fosforo produzindo-se um desequilfbrio no meio interno, quando no sangue, o nivel do fosforo aumenta, o do câlcio diminui. Este fato produz urna quebra no processo de descalcificaţăo, levando â osteoporose e outros processos degenerativos, a nivel osseo. Por isso, no tratamento da cervicalgia, os pontos rim e endocrino săo vitais para a recuperaqâo do equilibrio câlcio-fosforo. Figado - O figado controla os ligamentos e tendoes e o rim a qua­ lidade dos ossos, o figado arm azena o sangue e o rim a essencia. O sangue e a essencia se promovem mutuamente, razâo pela qual se assegura que o figado e o rim tem a m esma origem. Por isso, o ponto rim fortalece os ossos e o figado os tecidos moles. Shen Men - Tem funqăo analgesica e antiinflamatoria. Nervo occipital m e n o r- Tem a funqâo de desobstruir os canais e os colaterais, aquecendo os canais, ativando a circulagăo do sangue e acalmando a dor. No tratamento da cervicalgia do tipo radicular e fundamental e pode ajudar em todos os sintomas que se produzam na regiâo cervical, occipital e ombro. E xp eriertcia C lin ica Ao tratar a cervicalgia e importante a local izaqăo do ponto reativo, dentro da regiâo cervical. Em geral, quando os transtornos cervicais se produzem a nivel de C3-C4, pode-se observar este ponto reativo sobre o anti-helix, na proximidade de seu bordo inferior, proximo dos pontos occipital e tronco cerebral; se a afecgăo se produz a nivel de C6-C7, e provâvel encontrar os pontos reativos no segmento superior da regiâo cervical, proximo da regiâo das vertebras torâcicas. Devem sempre se combinar os pontos reativos da parte dorsal do pavilhâo auricular, corn os da parte ventral. As manipulacoes usadas no tratamento da cervicalgia devem ser fortes. Ao usar o metodo de colocaqâo de sementes, com um forte estimulo, o paciente sente urna intensa sensaqăo de calor no pavilhâo au­ ricular, o que produz alivio e relaxamento imediato, na regiâo cervical. Em caso de cervicalgia do tipo radicular, com dor e parestesias que irradiam para os ombros e espalda, pode-se usar o metodo de

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estîmulo eletrico no pavilhâo auricular, colocando um eletrodo na regiăo cervical do pavilhâo auricular enquanto o outro e colocado no ponto măos ou dedos das măos, o estîmulo eletrico deve ser mantido durante 20min, depois do que, observaremos uma dim inuiţăo dos sintomas. Em caso de cervicalgia com comprometimento vascular, com sin­ tomas de vertigens, nâuseas, etc., devemos realizar sangria no âpice, adicionar os pontos occipital, fronte, ouvido externo e subcortex, com o que se obtem melhores resultados. L

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o m b ar

A lesâo da musculatura lombar, e um trauma de carâter agudo, que, ao ser tratado imediatamente, produz um resultado notâvel; e provocado, geralmente, por m ovim entos inadequados, torceduras, quedas, etc., nas quais se pode lesionar a musculatura paralombar e, em caso mais grave, lacerar os ligamentos; tambem, pode ser ocasionado por trabalho excessivo que requeira a flexâo repetida do tronco o que provoca uma lesâo paulatina da musculatura lombar e dos liga­ mentos. Clinicamente, caracteriza-se por dor que pode comepar de maneira paroxistica ou insidiosa, nos dias nublados e chuvosos os sintomas podem se agravar, tambem, pode-se acompanhar de perda de forţa na regiăo lombar. Segundo a MTC, considera-se que esta patologia por sua origem traumâtica estâ relacionada com a estagnaqâo do sangue e da ener­ gia, a nivel da lesâo. T ra ta m e n to

• Pontos principais Musculatura lombar. Shen Meri. • Pontos secundârios Baţo. Figado.

Explicaqăo dos pontos Musculatura lombar - Ao produzir-se uma lesâo da musculatura lombar, podemos encontrar em seu ponto representativo, no pavilhâo auricular, uma reaqăo positiva e mudanqas, como proeminencias e cordâozinho. Ao ser estimulado este ponto reativo, ativa-se a circulaqâo do sangue, a nivel da lesâo e se acalma a dor. Shen Men - Tem funqăo analgesica e antiinflamatoria.

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Bago e jig a d o - O b a ţo controla os musculos e o figado os ligamentos e tendoes, com a combinagăo destes dois pontos elimina-se o trio e a umidade dos musculos e se ativa a circulaţăo do sangue e da energia a nivel dos canais e colaterais. E x p e rie n c ia C lin ica O estimulo sobre os pontos selecionados deve ser forte, dando enfase nos pontos reativos da m usculatura lombar. Se usamos o metodo de colocaţăo de sementes, a m anipulaţăo deve ser energica, passando de urna forţa leve a pesada, o paciente sentirâ urna sensaţăo de calor no pavilhăo; se a mesma năo e referida, entăo năo se aliviarâo os sintomas. No tratamento desta enferm idade deveni ser combinados os pon­ tos da regiăo ventral e dorsal do pavilhăo auricular, logrando um esti­ mulo muito maior. Em alguns casos, a utilizaţăo do ponto dorsal do pavilhăo auricular produz melhor resultado terapeutico. A utilizaţâo do estimulo eletrico na auriculoterapia colocando o eletrodo nos pontos anterior e posterior da orelha, produz um efeito notâvel apos 20min de sessăo. A r t r i t e R e u m a t o id e A artrite reumatoide e uma enferm idade sistemica cronica de causa năo precisa, cujas caracteristicas mais evidente sâo as lesoes inflamatorias articulares com atrofia e rarefaţăo ossea. Evolui por brotos dolorosos e afeta, sobretudo, as pequenas articulaţoes, que se defor­ mam e finalmente, levam â anquilose. Esta enfermidade se apresenta com mais frequencia nos climas temperados onde predomina a umidade e o frio. Sua incidencia e tres vezes maior na m ulher que no homem. Aparece, principalmente, entre os 20 e 60 anos. O quadro clinico varia consideravelmente, âs vezes se instala de forma brusca, em ocasiăo de uma situaţâo de tensâo, mas, geralmente, as primeiras manifestagoes sâo vagas. O ataque comega, em geral, pelas pequenas articulagoes, frequentemente, em forma simetrica, mas pode afetar todas, ainda as grandes, sobretudo, em etapas ulteriores. As articulagoes que se afetam com maior frequencia sâo a metacarpofalângica e as interfalângicas proximais. Sâo seguidas do punho, do cotovelo, do joelh o, do tornozelo e do om bro. O paciente refere rigidez matinal, dor â mobilizagăo, sinais flogisticos, dim inuiţăo da forţa do aperto de mâos, etc. Tambem, podem-se encontrar deformidades nos pes, alcanţa a articulaţâo temporomandibular. No curso da enfermi-

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dade se observam, ademais, anormalidades puimonares, cardiovasculares, hematologicas e neurologicas. De acordo com os criterios da MTC, esta enfermidade e classificada como sindrome Bi e e ocasionada pela obstrugâo da circulagâo de Q ie X u ea nivel dos canais, colaterais, musculos e articulagoes, provocada pela invasâo de agentes patogenicos de vento. frio e umidade, os quais conseguem penetrar no corpo quando existe uma debilidade de Wei Qi. Em geral, se considera que a exposigăo ao vento depois de uma transpiragâo excessiva, a exposigăo ao frio e â umidade, por tempo prolongado, e dormir ou morar em lugares umidos, encontram-se, entre as causas desencadeantes desta sindrome. De acordo com a diferenciagâo de sindromes, podem ser classificadas da seguinte maneira: • Sindrome Bi migratoria - Esta e causada, principalmente, pelo vento e se caracteriza por uma dor migratoria que năo encontra localizagâo fixa. • Sindrome Bi dolorosa - E causada, principalmente, pela invasâo de frio, tem localizagâo fixa e se alivia com o calor. • Sindrome Bi fixa ou pesada - Caracteriza-se por dor com sensagăo de peso que se agrava com o clima timido. • Sindrome Bi por calor - Pode se considerar como uma fase de gravidade das anteriores, onde os agentes patogenicos se combi­ nam e se convertem em calor. Caracteriza-se pela inflamagăo e pelo averinelhamento. T ra ta m e n to • Pontos principais Zona correspondente. Endocrino. Supra-renal. Alergia. Sangria no âpice. • Pontos secundârios Bago. Rim. Figado. San Jiao.

Explicagăo dos pontos Zona correspondente - Refere-se ao local onde se produz a mudanga patologica e ao usar este ponto, ativa-se a circulagăo do sangue e da energia, no local patologico, facilitando a expulsâo do agente patogenico.

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A lergia, supra renal, enclocrino e sangria no ăpice - Estes pontos tem fungâo antialergica e antiinfecciosa, razăo pela qual atraves do uso destes pontos pode-se restabelecer a atividade endocrina, recuperar-se o sistema imunologico e elim inar o vento e a umidade. Bago, flgado. rim e San Jiao - Na artrite reumatoide, se veem comprometidos os ossos, os tecidos moles e os musculos, motivo pelo qual o uso destes quatro pontos detem, em primeira instância, o processo de deformagăo ossea, ao ser tonificado o rim, elimina-se a inflamagăo e o processo degenerativo dos tecidos moles e dos musculos; favorece a fungăo do fîgado e do bago e corn o ponto San Jiao controlamos o metabolismo dos liquidos, eliminando a umidade, lubrificando as articulagoes, eliminando a inflamagăo e acalmando a dor. E x p e rie n c ia C lin ica A artrite reum atoide e uma enferm idade que se caracteriza por dores reeorrentes, razăo pela qual, para a localizagăo do ponto da zona correspondente corn m aior exatidâo, e preciso a utilizagăo do aparelho explorador eletrico. A sangria no ăpice pode ser usada, em unissono, corn o resto do tratamento, sobretudo, nos periodos de crise, ficando a selegăo de seu uso, ao criterio do medico, em periodos de intererise. Quando esta se realiza, se extraem de 3 a 5 gotas de sangue. No tratamento da artrite reumatoide corn medicina alopâtica e freqiiente o uso de corticoides. O uso indiscrim inado deşte medicamento pode provocar diferentes influencias repressivas da fungăo hipofisâria e chegar ate a atrofia das glândulas supra-renais. Se ao mesmo tempo que se usa este medicamento se aplica auriculoterapia, podese manter regulada a atividade do cortex supra-renal, diminuindo-se os indices de iatrogenia pelo uso do mesmo. Quando aplicamos auri­ culoterapia, deve-se ir diminuindo a dose de corticosteroide ate elim i­ nar totalmente seu consumo, jâ que o estimulo auricular promove a produgăo de corticoides, restabelece o equilibrio do m eio interno, desinllama e acalma a dor. E p ic o n d il it e E x t e r n a d o U m e r o Esta enfermidade, tambem, e cham ada bursite umeroradial, dano do ponto de insergâo do tendăo dos musculos extensores pelo lado radial ou cotovelo de tenista. Na regiăo do epicondilo externo do umero, inserem -se os m us­ culos extensores do antebrago; quando se realizam m ovim entos de rotagâo anterior da punho de m aneira habitual, podem ir produzin-

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Auriculoterapia

do-se danos paulatinos nos tecidos moles que se inserem no epicondilo. Basicam ente, esta enferm idade pode ter um carâter agudo produto de um trauma, mas, na m aioria dos casos, e um processo cronico e paulatino, onde nâo se recolhe, com nitidez, urna historia de traum a t is m o . E , m u it o f r e q u e n t e m e n t e , v is t o n a s p e s s o a s a d u lt a s que

realizam com m uita assiduidade m ovim entos de rotagăo para diante do brago ou o uso de forga nos m ovim entos de extensâo do punho, assim como, tambem, e mais freqiiente no cotovelo direito que no esquerdo. Entre as causas que podem produzir esta enferm idade se encontram: A hemorragia inferior do ponto de insergăo do tendâo dos mus­ culos extensores, a qual forma micro-hematomas que, de maneira paulatina, causam a precipitagăo do câlcio, sendo esta, a form a mais freqiiente. A laceragăo do tendâo do m usculo extensor em seu ponto de insergăo. A lesâo, de carâter inflamatorio ou fibrotico. do ligamento anular do râdio. A bursite da articulagăo umeroradial, por seu lado externo ou a sinovite da articulagăo umeroradial produzida pela compressăo da cabega do umero e a cabega do râdio.

Manifestagoes clînicas O paciente sente urna dor fixa no lado postero-externo do cotovelo, especialmente quando se realizam movimentos de rotagăo, extensâo dorsal, levantar, alar, empurrar, etc. âs vezes, a dor pode-se irradiar para o extremo inferior dos musculos extensores do punho. Podem haver sinais de inflamagâo leve na zona e, tambem, perda de forga ao torcer ou pegar algo com a măo. De acordo com o criterio da MTC, esta enferm idade e causada, fundamentalmente, pelo acumulo de frio patogenico nos ligamentos ou pela estagnagăo de Xue a nivel do epicondilo. T rata m ento Cotovelo (pela face anterior e posterior do pavilhăo). Shen Meri.

Explicagăo dos pontos Cotovelo - O ponto cotovelo, tambem pode ser levado em consideragăo, como um ponto da zona correspondente, porque sua correta selegăo depende da exploragâo adequada do local mais reativo na ârea

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do cotovelo; corn o uso do mesmo se ativa a circulagăo do sangue, recuperando os tecidos inoles da zona. Shen Men - Tem fungăo antiinflamatoria e analgesica. E x p e rie n c ia C lin ica Para diagnosticar esta enferm idade, precisa-se da exploragâo correta do ponto e para seu tratam ento podem ser usados diferentes m etodos de auricu loterapia como: a agulha filiform e, a agulha implantada ou o m etodo de colocagăo de sem entes; tam bem , se pode usar o estîm ulo eletrico, corn o qual se obtem um râpido efeito analgesico. Em geral, o ponto de reagăo positiva encontra-se, de igual maneira, tanto na face dorsal como ventral do pavilhâo auricular: caso se use o estîmulo eletrico, os eletrodos devem ser colocados em ambos os locais. COCCIGODINIA Conhece-se por coccigodinia â dor produzida de form a cronica no coccix e que se caracteriza por periodos de agudizagăo. Esta enferm i­ dade e causada principalm ente por traumas provocados por quedas, onde a pessoa cai de nâdegas, recebendo um forte golpe na regiăo do coccix. A dor e o sintoma predom inante que se agrava quando o pa­ ciente se senta ou durante a defecagăo. T ra ta m e n to Coccix.

Explicagăo dos pontos O ponto coccix e o ponto da zona correspondente e corn o uso do mesmo se eleva o limiar doloroso, produzindo um efeito analgesico a nivel local. E x p e rie n c ia C lin ica No momento de lesionado o coccix, o ponto representativo na orelha se torna altam ente reativo, sobretudo â exploragăo eletrica, este fenomeno se faz muito mais evidente no ponto coccix sobre a parte dorsal da orelha, desta m aneira podemos assegurar que e muito mais vantajoso no tratamento da coccigodinia o uso do ponto de reagăo positiva no lado dorsal do pavilhâo auricular.

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Auriciiloterapia

No tratamento das enfermidades dolorosas com auriculoterapia, o ponto da zona correspondente deve ser estimulado, fortemente, com o objetivo de elevar o limiar doloroso, nâo necessitando o uso do ponto Shen Meri.

CIRURGIA T r o m b o a n g iît e O b l it e r a n t e E o quadro que resulta daqueles processos orgânieos oelusivos que apresentam uma forma cronica de interrupcâo do lluxo sanguîneo em urna extremidade. O empobrecimento circulatorio pode estar associado a um transtorno vasoespâstico ou a mudanqas orgânicas da parede dos vasos sangiii'neos por esclerose ou inflamaqăo que levam a uma obstrugâo de instalagâo lenta. Outras vezes, os sintomas sâo desencadeados pelo frio ou pelo esforqo brusco. A isquemia pode ser unilateral ou bila­ teral, segundo o local de assento da lesăo anatomica. Os sintomas e sinais mais importantes săo dados por fadiga, claudicaqâo intermitente, dor, parestesias. mudanqas de coloragâo (palidez, enrubescimento, cianose). mudanqas troficas da pele (pelo, unhas ou musculos), frialdade, gangrena e diminuigăo ou ausencia dos pulsos. De acordo com os criterios da etiopatogenia tradicional, produz-se pela atividade mental excessiva que lesiona o figado e o rim, causando insuficiencia de Yin de ambos, pela invasăo de frio e umidade exo­ gena que se acumula nos canais e colaterais, obstruindo a circulaqăo de Qi e de Xue, que caso se mantenha por um tempo prolongado, se transformam em calor ou pela ingestăo excessiva de comidas gordurosas, excessivas em sal, de bebidas alcoolicas ou pelo hâbito de fumar que provocam um aumento do calor nos musculos e a estagnagăo dos canais e colaterais. De acordo com a classificagăo tradicional, podemos dividir esta enfermidade em cinco tipos: • Por frio-umidade. • Por estase de sangue. • Por deficiencia de rim. • Por deficiencia de sangue e energia. • Por calor prejudicial. T ra ta m en to Zona correspondente. Simpâtico.

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Baqo. Ffgado. Endocrino. Coraqăo. Pulmăo. Subcortex. Calor.

Explicacâo dos pontos Calor - Este ponto e usado para increm entar a circulagâo p eri­ ferica; aum enta a tem peratura nos m em bros, elim inando o frio e a umidade. Simpătico e subcârtex - Regulam a atividade vasomotora, produzindo vasodilataqâo. Figado e bago - Ambos os pontos favorecem a atividade dos m us­ culos e nutrem os quatro membros, ativando a cireulaqâo dos canais e colaterais. Coragăo e pulmăo - O coragăo comanda o sangue e o pulmăo a energia; o Qi comanda o sangue e o sangue e a măe do Qi. Se o Qi se move livremente, o sangue tambem se moverâ livremente; se o Qi se estagna, entăo o sangue tambem se estagna. Por isso. para ativar a circulagăo do sangue e necessârio regular o Qi. Atraves dos pontos coragăo e pulmăo se promove a circulaqăo do sangue e seu volume a nivel periferico.

Zona correspondente Refere-se ao ponto reflexo da zona onde se produz o processo patologico. Em geral, o m esmo encontra-se entre os pontos joelho, maleolos e artelhos. Se hă estenose da arteria tibial anterior, selecionam-se os pontos: joelho, maleolo e artelhos. Se hă estenose da arteria tibial posterior, selecionam-se os pontos: prega poplitea, musculos gastrocnemios, maleolo e calcâneo. Se hă estenose das arteria interna e externa do calcâneo, usam-se os pontos: maleolo, calcâneo, centro do pe e artelhos. E x p e rie n cia C lin ica Se usam os agulhas filiform es, a m anipulagăo do estim ulo deve ser forte. Ao punturar os pontos calor e subcortex, deve-se rodar a agulha de 30 a 60s, ate que o paciente sinta um calor im portante no pavilhăo au ricu lar e urna sensagăo de calor que se irradia para o m em bro afetado.

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Auriculoterapia

Se usamos o metodo de colocaţăo de sementes, primeiramente, sobre o ponto calor e depois sobre o ârea cardiovascular de subcortex, devemos realizar uma pressăo de forţa leve a forţa pesada, durante vârios segundos; todo o pavilhâo da orelha do paciente e parte da espalda e o ombro devem sentir calor. Se a sensagâo de calor nâo aparece, e necessârio mover as sementes poştaş ate que apareţa a sensaţăo de “De QC. Para a obtenţăo de resultados notâveis com auriculoterapia, nesta enfermidade, necessitam-se de 3 a 6 meses de tratamento. Durante o curso do tratamento da enfermidade, deve-se aconselhar o paciente que evite o hâbito de fumar, que proteja os membros do frio, que mantenha uma vida ativa e que pratique exercicios fisicos. Durante o tratamento de 113 casos de tromboangiite obliterante com a punţâo com agulhas filiformes na orelha, se obteve a cura total em 24 casos, resultados evidentes em 47, resultados em 30 e ausencia total de resultado terapeutico em 12, para 89% de cura. T r o m b o f l e b it e Com este termo se denomina a trombose venosa consecutiva â inflamaţâo da parede venosa ou por alteraţoes da coagulaţâo do sangue com ou sem retardo circulatorio. Caracteriza-se por taquicardia, dor, impotencia funcional, edema, cianose, circulaţăo colateral manifesta. Passada a enfermidade, ficam como seqtielas: edemas, varizes, hiperidrose, eritrocianose e ulceras pos-flebxticas. Entre os fatores precipitantes responsâveis pelas tromboses nos membros inferiores estâo os traumatismos, as infecţoes e a irritaţâo quimica. Os fatores de risco para a trombose venosa sâo: enfermidade grave, imobilizaţâo, acamamento, neoplasias malignas (sobretudo de pancreas, pulmăo e sistema digestivo), administraţăo de certas drogas como os contraceptivos orais, aparecem tambem no pos-parto, insuficiencia cardiaca e pos-operatorio, entre outros. T rata m ento Zona correspondente. Sangria no âpice. Simpâtico. Endocrino. Supra-renal. Coraţâo. Pulmăo.

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Figado. Subcortex. Shen Meri.

Explicaţăo dos pontos Zona correspondente- Neste caso, selecionam-se os pontos da zona correspondente que refletem fielmente a tromboflebite, ocasionando um efeito antiinflamatorio e analgesico. Simpătico e ărea cardiovascular de subcortex - A debite superficial e produzida pela inflamaqăo das celulas que conformam o cortex interno dos vasos, produzindo mudanqas estenosantes que diminuem a circulagăo do sangue na mesma. Atraves da combinagăo destes dois pontos, facilita-se o aumento da circulagăo sangiiinea a nivel periferico, eliminando as estagnaqoes de sangue. Coragăo e pulmăo - Ambos os orgăos desempenham um papei im­ portante na atividade de circulagăo sangiiinea no corpo. De acordo corn o criterio tradicional, o coragăo controla o sangue e os vasos e o pulmăo o Q t o Qi comanda a circulagăo do sangue e o sangue e a măe do QL Se o Qi circula livremente, o sangue o farâ tambem; se o Qi se detem, o mesmo sucederâ corn a sangue; desta maneira tonifîcando a fungăo de ambos os orgăos se ativa a circulagâo de Qi e, portanto, do sangue. Figado - O figado armazena o sangue e controla o volume do m es­ mo na circulagăo. Por sua funqâo de drenagem e dispersăo, o mesmo garante a livre circulaqâo de Qi e de Xue por todo o corpo, favorecendo a eliminagâo das estagnaqoes. Endocrino e supra renal - Estes pontos tem fungăo antialergica, antiinfecciosa e anti-reumâtica, razâo pela qual corn os mesmos se controla a exsudaqăo e o processo inflamatorio favorecendo a circulagăo do sangue. E x p e rie n c ia C lin ica O tratamento corn Acupuntura corporal nas tromboflebites superficiais oferecem bons resultados, favorecendo a eliminagâo da inflamagăo, evitando as seqiielas e as recidivas. E n f e r m id a d e d e R a y n a u d E a oclusâo ativa e interm itente das pequenas arterias do tipo das digitais que levam sangue as extremidades. Estes transtornos sâo produzidos pelo filo e por emogoes que levam a mudangas vasomotoras. Em sua forma habitual, se manifesta por acessos paroxistico, nos quais se distinguem duas fases: a sincopai e a asfixica. Atinge os

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Auriculoterapia

dedos, mais raramente os dos pes, a ponta do mento, do nariz e os lobulos das orelhas. A fase sincopai se m anifesta por palidez e esfriamento progressivo dos dedos, acompanhado de intumescimento dos mesmos, os quais se tornam lentos e insensiveis; pode atingir um ou mais dedos corn exclusâo do polegar. A fase asfîxica sucede â ante­ rior e se caracteriza por reaquecimento excessivo, comichăo, formigamento e dor ardente e pulsatil. Paralelamente, a palidez e substituida pela cianose (vermelho-violâcea). Estas fases săo desencadeadas pelo frio e emoqoes como a colera e a surpresa. Para a MTC, esta enfermidade pode ser diferenciada como urna sindrome de estase de Qi e estagnagăo de X ue que pode relacionar-se, em algumas ocasioes com deficiencia de Yang de baqo e de rim ou deficiencia de Yin do figado e rim. T ra ta m e n to Simpâtico. Coraqăo. Pulmâo. Subcortex. Figado. Baqo. Ponto calor. Zona correspondente. A e x p lic a ţă o dos p o n to s c o rre s p o n d e com a r e a liza d a na tromboangiite obliterante. E x p e rie n c ia C lin ica O uso da auriculoterapia, seja com agulha filiforme ou com o metodo de colocaqăo de sementes, no tratamento da enfermidade de Raynaud, tem efeitos notâveis, podendo regular a atividade do SNV, liberando os espasmos dos capilares e ativando a circulaqăo periferi­ ca. Em 25 pacientes tratados com auriculoterapia houve cura total em 8; melhora evidente em 8; resultados terapeuticos em 8 e nenhum resultado em 1. Nos pacientes curados apos vârios anos de controle, comprovou-se a ausencia de recidiva. D i s p l a s ia M a m â r i a Esta enfermidade e causada por desordens do sistema endocrino e estâ caracterizada pela formaqâo de nodulos ou cistos nas mamas que produzem uma dor difusa, como sintoma principal. Esta enfermidade e muito frequente nas mulheres de 30 a 40 anos e menos nas, de 50 a 60

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anos; todos os sintomas se agravam durante o periodo menstrual, os nodulos podem variar de tamanho e forma mas săo, em geral, de constituigăo mole e difusa, săo moveis, năo aderidos a planos superficiais nem profundos, durante e antes da menstruagăo aumentam seu tamanho e depois da mesma diminuem. E urna enfermidade de curso longo e evolugâo lenta e, em alguns casos, pode transformar-se em tumor maligno. De acordo corn os criterios da MTC, esta enfermidade pode ser causada pela irritabilidade e os desejos reprimidos que causam transtornos ao figado em sua fungăo de drenagem e dispersăo, estagnagăo de Qi do coragăo e bago, desarmonia do sangue e de energia e o acumulo de fleuma e de umidade nos canais e colaterais dos seios. Tambem, pode ser causada por enfermidades cronicas, e pela atividade sexual excessiva, que lesionam o Yin do figado e rim, provocando mă nutrigâo dos canais e colaterais que se distribuem a nivel dos seios. Segundo a diferenciagâo sindromica tradicional, esta enfermidade relaciona-se corn a estagnagăo de Qi de figado, o acumulo de fleuma patogenica ou a deficiencia do figado e rim, os quais podem produzir, por sua vez, desarmonia entre figado e estomago e entre os vasos Ren e Chung. T ra ta m e n to • Pontos principais Mamas. Endocrino.

Torax. Hipofise. • Pontos secundârios Figado. Rim. Bago. Orgăos genitais internos. Ovârio.

Explicagăo dos pontos Mamas e torax - Săo os pontos da zona correspondente, ativam a circulagăo do sangue e da energia a nivel das mamas e eliminam o estagnagâo. Endocrino e hipofise - Estes pontos regulam a atividade do sistema endocrino. Figado e rim - Regulam a atividade dos canais Ren e Chung, libe­ ram as estagnagoes, regulam a circulagăo de Q ie transformam a fleu­ ma, nutrem o Yin do figado e do rim, fazendo descender o fogo.

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Auriculoterapia

B a g o - Restabelece a fungâo de transporte e transformagăo do bago, ajudando a eliminar a umidade e transform ar a fieuma; por outra parte, ao ser o orgâo acoplado ao estomago, favorece a eanalizacâo do Qi no mesmo. Orgăos genitais internos e ovârios - A hiperplasia mamâria, frequentemente, relaciona-se com transtornos menstruais; antes e durante a menstruagăo, os sintomas se fazem mais severos razâo pela qual, com o uso destes pontos, regulam-se a atividade endocrina e a menstruagăo. E x p e rie n c ia C lin ica E importante fazer a clara diferenciagăo entre o cancer de mama e a displasia mamâria. A auricu loterapia aplicada â displasia ocasionada por desordens endocrinas ou a estagnagăo de Qi do figado, oferece resultados notâveis. M a s t it e E a inflamagâo dos tecidos mamârios de carâter infeccioso, purulento, de origem bacteriana, sendo mais freqtiente em mulheres que amamentam, quando se produz urna obstrugăo dos condutos lactiferos. A m a s tite a p res en ta um q u a d ro de in fla m a gă o com dor e avermelhamento nas mamas; podem-se palpar alguns nodulos dolorosos ao tato, hâ dificuldade na secregâo de leite, podem aparecer adenopatias nas axilas e o quadro, em algumas ocasioes, pode-se acompanhar de febre ou sensagăo de frialdade. Para a MTC, esta enfermidade pode ser causada por acumulo de calor no canal do estomago, provocado pela alimentagâo muito condimentada, estagnagăo de Qi do figado produzida pela irritabilidade ou a preocupagăo excessiva ou pela invasâo de fogo exogeno que invade a mama obstruindo os vasos e os colaterais da mesma. De acordo com estas causas, e diferenciada em duas sindromes: mastite por calor no canal do estomago ou por estagnagăo do Qi do figado. T ra ta m e n to • Pontos principais Mamas. Endocrino. Supra-renal. • Pontos secundârios Estomago.

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Fîgado. Shen Meri. Sangria no âpice.

Explicagâo dos pontos M a m a s- E o ponto da zona correspondente, favorece a circulagăo do sangue e da energia na zona, liberando a obstrugâo e acalmando a dor. Supra renal e endocrino - Săo pontos antiinfecciosos e antiinflamatorios. Fîgado - O canal do fîgado, em seu trajeto, passa pelas mamas, motivo pelo qual uma estagnagăo do Qi neste canal, favorece a invasâo de agentes patogenicos exogenos e a desordem da circulagâo do sangue e da energia a nivel das mesmas; usando este ponto, melhorase a drenagem, a dispersăo e a regulapâo do Qi. Estomago - O ponto estomago influeneia diretamente na desobstrugăo do Qi a nivel das mamas: por pertencer, ademais, ao canal Yang Ming favorece a dispersăo de calor. Shen Men - Tem funpăo analgesica, sedante e antiinflamatoria. Sangria no ă p ic e - Extraindo, deşte ponto, de tres a cinco gotas de sangue, dispersamos o calor e refrescamos o sangue, produzindo um efeito sedante e antiinflamatorio. H e m o r r o id e s As hemorroides năo săo mais que a distensâo das veias do bordo an al: esta s podem e s ta r p ro x im a s do com ego do ca n a l anal (hemorroides internas) ou onde se abre o canal (hemorroides exter­ naşi e, em algumas ocasioes, podem protrair fora do anus (prolapso hemorroidal). As hemorroides săo muito comuns, particularmente, durante a gravidez e depois do parto. Algumas pessoas corn debilidade das veias do ânus desenvolvem as mesmas corn mais facilidade. Segundo a etiopatogenia tradicional, esta enfermidade pode ser causada por permanecer muito tempo de pe ou sentado, caminhar longas distâncias, pela alimentaqâo irregular, pela ingestâo excessiva de comidas doces, picantes ou ricas em gorduras, por diarreias du­ rante tempo prolongado ou por constipagâo habitual e pelo periodo pos-parto. Todas estas causas favorecem a desarmonia entre o Qi e o Xue, no intestino, produzindo-se estagnaqâo nos colaterais a nivel do ânus ou acumulo de umidade-calor. De acordo corn diferenciagăo de sindromes tradicional, tanto as

hemorroides internas como as externas podem ser classificadas como

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Auriculoterapia

hemorroides por acumulo de umidade-calor ou por prolapso por deficiencia de Qi. T ra ta m e n to • Pontos principais

Anus. Reto. Intestino grosso. Bago. Supra-renal. Hipofise. Diafragma. • Pontos secundârios Shen Meri. Sangria no âpice.

Explicacăo dos pontos Âm is - E o ponto da zona correspondente e atraves do mesmo, estimula-se a circulagăo de Qi e Xue a nivel do ânus, obtendo-se um efeito antiinflamatorio e dissolvendo os trombos das veias. Reto e intestino grosso - Estes dois pontos promovem a motilidade intestinal, aumentando os movimentos peristâlticos e evitando que se comprimam as veias do reto e do ânus, produto da constipagăo. Bago - O Zi Wen declara: “a umidade e a inflamagăo sempre se relacionam com o bago: este tem a fungăo de fa z e r ascender o Qi. Se esta fungăo năo se realiza, o Qi do Jiao medio se p rola p sa . Isto quer dizer que, enferm idades como o prolapso retal, as hemorroides, a gastroptose, entre outras deşte tipo, estâo relacionadas com deficiencia do Qi de bago. Supra renal, hipofise e diafragma - Estes pontos diminuem a dilatagăo e a formagăo de trombos a nivel do ânus. Sangria no ăpice e Shen Men - Quando a hemorroide externa estâ trombosada produz dor severa, razăo pela qual se usa sangria no âpice e se aplica colocaţăo de sementes, sobre o ponto Shen Men. E x p e rie n c ia C lin ica Ao aplicar o metodo de colocagăo de sementes, o ponto ânus e fundamental e o mesmo deve ser aplicado pelo bordo externo e interno do helix, ficando as sementes colocadas diretamente opostas umas âs outras. Pode-se chegar a colocar ate quatro sementes nesta ârea: duas pelo bordo externo e duas pelo interno; isto favorecerâ a diminuigâo da dilatagâo das veias, desinflamarâ e acalmarâ a dor.

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P rolapso R etal O prolapso retal e a protrusâo por fora do anus da mucosa retal, usualmente provocada por um esforgo durante a defecagăo; esta condigâo produz sensagâo de desconforto anal, secregâo de muco e sangram ento retal. Nas crianpas e adultos jovens o prolapso e temporal, mas nos adultos tende a ser perm anente devido â debilidade dos tecidos que su ­ portam o perineo. Este prolapso tambem pode ocorrer no curso de um prolapso hemorroidal. De acordo corn os criterios da Medicina Tradicional Chinesa, o prolapso retal pode ser causado por diarreias de longo tempo de durapăo; no caso das m ulheres e com um ve-lo depois do parto, etc. De acordo corn a diferenciapăo de sindrom e tradicional, esta pato­ logia pode ser classificada em prolapso por vazio ou por excesso. O prolapso por vazio e ocasionado, em geral, pela deficiencia do Qi do Jiao medio, enquanto que o prolapso por excesso se relaciona, mais diretamente, corn as hemorroides e corn o acumulo de umidadecalor. T ra ta m e n to • Pontos principais Reto. Ânus. Intestino grosso. Apendice. Baţo. Pulmâo. • Pontos secundârios Sari Jiao.

Subcortex. Explicaqâo dos pontos Reto. ănus e intestino grosso - Estes pontos sâo os da zona correspondente. Na orelha esquerda o ponto apendice representa o sigmoide que, unido aos tres pontos anteriores, m ostra-se doloroso durante a enfermidade; o estimulo sobre estes pode favorecer o recolhim ento e a capacidade de sustentaqăo do sigmoide. Bapo - O b a ţo controla a subida do Q i puro, o que quer dizer que e o en carregado de que os orgăos se m antenham em sua posi-

găo sem estarem prolapsados. O prolapso retal estâ relacionado

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Auriculoterapia

com a debilidade do bago e a deficiencia do Qi do Jiao medio; portanto, ao estim ular o ponto bago se faz que o Yang Qi ascenda,

recuperando-se o prolapso. Pulmăo - O pulmăo controla o Qi, regulando a atividade deşte em todo o organismo e portanto, a correta fungâo de ascensăo e descendencia da energia; guarda uma relagăo interior e exterior com o intestino grosso; por isso, atraves do ponto pulmăo pode-se regular a fungăo do intestino grosso. San Jiao - Atraves dos tres Jiao circula o Yuan Qi e esta e a energia raiz de todo o corpo, armazena-se no rim, como energia congenita e controla todo o desenvolvimento e crescimento do ser humano; e a raiz Yang e Yin dos Zang Fu. O San Jiao e a via de comunicagâo desta energia para todo o corpo, por isso, atraves de sua fungâo de nutrir e transformar, controla toda a fisiologia e a atividade do Qi. Subcârtex - A ârea digestiva do subcortex regula toda a atividade gastrointestinal, a absorgăo e a eliminagăo do intestino. E xp e rie n cia C lin ica No tratamento desta enfermidade, os pontos ânus, reto, intestino grosso e apendice da orelha esquerda săo fundamentais. Os pontos devem ser estimulados fortemente e os pontos ânus e reto devem ser colocados pelo lado interno e externo do helix. No caso do prolapso retal infantil, deve ser usado sempre o metodo de colocagâo de sementes, com o qual se obtem excelentes resultados depois de uma ou duas sessoes de tratamento e chegando â cura total, depois de um ciclo de tratamento. L in f a d e n it e A linfadenite nâo e mais que a inflamagăo dos gânglios linfâticos que se caracteriza pelo aumento dos mesmos de forma localizada ou generalizada, aguda ou cronica. Nos mesmos, produz-se um incremento no numero e tamanho dos foliculos linfâticos por causa da proliferagâo de seus elementos celulares ou por infiltragăo de celulas alheias ao gânglio, que pode ser devido â metâstase de um carcinoma ou â leucemia ou produzida pelos polimorfos nucleares como se ob­ serva nos processos inflamatorios ou pela infiltragâo de lipidios ou de outras substâncias, nas enfermidades por acumulo. Em caso de inflam agăo aguda, esta pode ser causada por bacterias piogenicas, Treponem a pallidum , o linfogranu lom a venereo, m ononucleose infecciosa, enferm idades exantem âticas, etc. e se caracteriza pela inflam agăo aguda que se acom panha de calor,

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averm elh am en to da pele su bjacente e aum ento da sensibilidade ao tato. A linfadenite cronica se ve no curso da tuberculose, da sifilis, da m icose, dos linfom as, das leucem ias, da m etâstase de neoplasias m alignas, etc. Clinicam ente, caracteriza-se pela presenpa de gânglios pouco sensiveis, em algum as ocasioes săo duros, năo moveis, grandes, etc. e, norm alm ente, estâo localizados em niveis mais profundos. As infecpoes implicam em aumento de volume dos gânglios da regiâo infectada por exemplo: os epitrocleares em caso de traumas e infecpoes das mâos, os axilares nas infecpoes das extremidades superiores, os claviculares nas do trato respiratorio superior e dos dentes e as inguinais nas das extremidades inferiores. De acordo corn a etiopatogenia tradicional, esta enfermidade estâ relacionada corn o acumulo de calor nos Zang Fu, que se faz m anifes­ ta nos tegumentos. Isto pode ser causado pelos agentes patogenicos exogenos ou endogenos; assim temos que de acordo com a diferenciapăo tradicional, pode ser classificada em linfadenite causada por: • Invasâo de vento-calor. • Estagnapâo de Qi do figado. • Deficiencia de Yin do rim. No caso da linfangite aguda sua etiologia estâ mais relacionada com a invasâo de vento-calor e, no caso da linfangite cronica com a estagnapâo de Qi do figado e a deficiencia de Yin do rim. T ra ta m e n to • Pontos principais Zona correspondente: Sangria no âpice. Supra-renal. Endocrino. • Pontos secundârios Shen Men. Occipital. Bapo. Figado. Alergia.

Explicapăo dos pontos Zona correspondente - A zona correspondente e selecionada de acordo com a ârea onde se estâ desenvolvendo a linfadenite que, em

geral, pode ser no pescopo, axilas e regiăo inguinal.

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Sangria no ă p ic e - A sangria no âpice tem a fungâo de dispersar o calor, desinflamar, fazer ceder a febre, sedar e acalmar a dor. Esta deve ser realizada de tres a cinco gotas. Endocrino e supra-renal - Estes pontos estimulam a produgâo de cortisona favorecendo a desinflamagâo; por outra parte, junto com a sangria no âpice tem fungâo antiinfecciosa. Shen Men e occipital - Tem fungâo sedante e analgesica. Alergia - Adiciona-se em caso das adenomegalias de causa alergi­ ca, por sua fungâo antialergica. Bago - O bago estâ diretamente relacionado com o sistema linfoide e ademais tem fungâo antiinfecciosa e antiinflamatoria. Figado - Nos casos de adenomegalias produzidas pela estagnagâo de Qi do figado, utiliza-se este ponto, para favorecer a fungâo de drenagem e dispersâo do mesmo e, desta maneira, liberar a estagnagâo. Nota - O tratamento de auriculoterapia deve ser combinado com o uso de medicamentos. E r is ip e l a Trata-se de urna inflamagâo aguda dos pequenos condutos linfâticos, causada por estreptococo, onde se comprometem, principalmente. os membros inferiores, ainda que, em algumas ocasioes, pode chegar a tomar a face. A enfermidade manifesta-se de maneira aguda, com avermelhamento, inflamagâo, calor e dor da regiâo afetada, que se faz proeminente e com bordos bem delimitados, o centro da mesma toma urna cor mais escura e brilhante e na periferia do local patologico, podemos encontrar adenopatia; pode estar acompanhada de calafrios, febre, cefaleia e molestias, em todo o corpo. De acordo com a etiopatogenia tradicional, considera-se causada por fogo patogenico exogeno que invade o nivel Xue ou por calor patogenico exogeno que invade os musculos e tegumentos, causas que obstruem a circulagâo do sangue e da energia. Segundo a diferenciagăo pela MTC, esta enfermidade classifica-se em erisipela causada pela invasăo do vento-calor e erisipela causada por calor-umidade. T ra ta m en to • Pontos principais Zona correspondente. Sangria no âpice. Sangria nos pontos helix 1 a 6. Bago.

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Endocrino. Su prarenal. • Pontos secundârios: Shen Men. Occipital.

Explicaţăo dos pontos Zona correspondente - E o local onde se produz a mudanga patolo­ gica. Comprovou-se que o estimulo sobre este local produz um efeito antiinflamatorio e analgesico nesta zona. Sangria no ăpice - Tem um efeito dispersante. tirando o calor do sangue, conseguindo corn isto urna fungăo sedante, analgesica, antiinflamatoria e antiinfecciosa. Endocrina e supra renal - A com binaţăo destes pontos tem um importante carâter antiinfeccioso. Comprovou-se que o estimulo do ponto supra-renal favorece a produgăo de corticoides, os quais chegam a ser de 1,5 a 2 vezes maior que ao inicio do tratamento, especialmente dos glicocorticoides. Quando um paciente se encontra com urna enfermidade infecciosa, a produqâo destes se faz mals evidente, provocando urna diminuigăo dos sintomas de avermelhamento, inflamagăo, calor e dor na regiăo afetada, fortalecendo a capacidade do organismo para combater a enfermidade. Bago - Tonificando-se a fungăo do bago, ajuda-se a drenar a umidade e se dispersa o calor no nivel Xue. E x p e rie n c ia C lin ica A realizagăo da sangria, neste tipo de patologia, desempenha um papei fundamental. A sangria no âpice e manobra clâssica nas sindromes de calor e excesso. No caso da erisipela devemos, depois de haver extraido de 3 a 5 gotas de sangue no ponto âpice, realizar san­ gria nos pontos helix 1 a 6, sobretudo nos que guardam urna relagăo mais direta com a zona afetada, extraindo de 2 a 3 gotas de sangue, em cada um. Tambem, podemos, ao mesmo tempo, realizar sangria no ponto da zona correspondente, em forma de picada e colocar as sementes pela face dorsal do pavilhâo auricular. Nos casos em que os sintomas da enferm idade sejam severos, deve-se combinar esta tera­ pia com o uso de antibioticos. N e u r a l g ia I n t e r c o s t a l E um sintoma frequentemente visto na prâtica clinica, apresenta-se com urna dor na regiăo intercostal que pode abranger urna ou vârias

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costelas ou como um cinto que rodeia toda a caixa toracica. Esta molestia pode estar relacionada com transtomos como a pleurite, pneumonia, osteocondrite, herpes zoster, traumatismos externos, etc., que irritem os nervos intercostais. A dor caracteriza-se por ser lancinante ou como um impacto de corrente que se distribui no trajeto do nervo; esta exacerba-se quando se tosse ou se respira profundamente e aumenta mais, quando se pressiona o paciente pela espalda ou pelos lados. Podem aparecer reac;oes sensitivas na pele e dor â pressăo na regiâo costal. De acordo com os criterios da MTC, esta enfermidade pode ser causada pela irritabilidade, por preocupaqâo excessiva que provoca estagnaqăo de Qi no canal do figado e da vesicula biliar, pela ingestăo excessiva de bebidas alcoolicas ou comida de maneira irregular, que provoca o acumulo de umidade-calor no canal do figado e da vesicula biliar; tambem, pode ser produzida pela invasâo de calor-umidade exogena no canal Shao Yang ou, devido a traumas externos que produzem estagnaqăo de sangue na regiâo costal. Segundo os criterios anteriores, a dor costal e diferenciada nas sindromes seguintes: • Por estagnapăo de Qi de figado. • Por umidade-calor. • Por estase de sangue. • Por deficiencia de Yin. T rata m ento • Pontos principais Zona correspondente. Shen Men. • Pontos secundârios Figado. Vesicula biliar. Pulmâo. Occipital. Subcortex.

Explicaqăo dos pontos Zona correspondente - O ponto da zona correspondente que, em geral, relaciona-se com o torax e a regiâo intercostal; favorece a circulaqâo de Qi e de Xne na regiâo afetada, sedando e acalmando a dor. Shen Men e occipital - Estes pontos tem urna importante funqâo sedante e analgesica. Figado e vesicula biliar - Os canais do figado e da vesicula biliar săo os implicados, diretamente, nesta patologia, atraves destes pon-

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tos se estimula a circulaţăo do sangue e da energia, eliminando as estagnagoes. Pulmăo - A neuralgia intercostal estâ relacionada, em muitos casos, com enfermidades pulmonares tais como pleurite, pneumonia, etc. ou, com enfermidades da pele como o herpes zoster. Com o uso deşte ponto se regula a atividade do Qi neste orgâo, favorecendo a recuperaqăo. S u b co rte x - A ârea nervosa do subcortex produz um efeito analgesico e sedante. E x p e rie n c ia C lin ica A neuralgia intercostal tem urna posiqăo fixa quanto â dor mas, pode se irrad iar na ocasiâo em que se tosse ou se respira profundam ente, necessitando. para a localizaqâo do ponto reativo de m axim a sensibilidade na zona correspondente, do uso do equipam ento explorador. A manipulaqâo utilizada deve ser forte. Se depois de haver sido utilizado o ponto pela face ventral do pavilhăo auricular, a dor nâo tem urna m elhora evidente, entăo, deve ser reforqado com o ponto reativo da regiăo dorsal do pavilhăo auricular. BOCIO SlM PLES Segundo a etiopatogenia tradicional, esta enfermidade pode ser causada pela irritabilidade e pelos sentimentos reprimidos que faz com que o Qi se estagne e năo se transforme, favorecendo o acumulo dos liquidos corporais, do sangue e da energia, obstruindo os canais e colaterais da regiăo do pescoqo. Por isso, na diferenciaqăo tradicional, esta enfermidade pode ser classificada como bocio por deficiencia de Yin e ascensâo de fogo ou bocio por deficiencia de Yin e de Qi. T ra ia m e n to • Pontos principais Tiroide. Endocrino. Hipofise. • Pontos secundârios San Jiao. Rim. Figado. Tâlamo.

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Explicacâo dos pontos Tiroide - O ponto tiroide e o ponto da zona correspondente, atraves do mesmo controla-se a atividade da tiroide e do sistema hipotălamo-hipofisârio, regulando a transformagâo do iodo e promovendo a produgâo dos hormonios tiroideos. Hipofise e endocrino - A hipofise promove a produpăo de TSH, re­ gulando a atividade da tiroide e o metabolismo das mesmas. Tălamo - O hipotâlamo e o encarregado da secregăo da TRF, hormonio que por sua vez se encarrega da normal manutenpăo na produqâo de TSH. No bocio simples, a causa da deficiencia de iodo ou da insuficiencia da tiroide de captar o iodo, diminui a produqâo de hor­ monios tiroideos, o que conduz a um aumento da produgâo de TSH pela hipofise, favorecendo a hiperplasia das celulas tiroideas. Utilizando o ponto tâlamo, cria-se um mecanismo de regulaqâo de TSH, pela hipofise, atraves da produqăo de TRF pelo hipotâlamo. Figado e rim - O bocio simples, em sua etiopatogenia tradicional, guarda estreita relaqăo corn as deficiencias de Yin do figado e rim; usando estes dois pontos, nutre-se o Yin de ambos os orgăos. San Jiao - A glândula tiroide guarda urna estreita relaqâo corn o nervo vago e um ramo do glossofaringeo, motivo pelo qual corn o uso deşte ponto se estimula a atividade sobre estes nervos. Supra renal - Este ponto pode dim inuir a hiperplasia da glân ­ dula tiroide. E x p e rie n cia C lin ica No tratamento do bocio simples, o ponto tiroide, que se encontra no bordo interno e inferior do anti-helix, desempenha um papei fun­ damental. Este ponto se torna reativo, sentindo-se â palpaqăo, a presenpa de um cordăozinho ou de urna proeminencia, sobre a qual se deve realizar um estimulo forte durante o tratamento. Este tipo de tratamento e usado para a prevenqăo do bocio em pacientes corn hipertiroidismo ou corn deficiencia de iodo.

UROLOGIA L it îa s e R e n a l A litîase pielocalicinal e uretral manifesta-se corn urna dor abrup­ ta, lacerante e forte na regiăo lombar e em um lado do abdomen, de carâter paroxîstico ou mantida durante vârios minutos; irradia-se desde a regiăo dos rins, os ureteres ate a bexiga, orgăos genitais e o

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bordo interno do coxa; pode estar acompanhada de palidez facial, sudagăo fria, pulso râpido e, em casos mais graves, de vomitos e nâuseas. Em algumas ocasioes, aparece hematuria. Caso se produza uma infecqăo. manifesta-se com aversâo ao frio e febre com inflamagăo e dor das fossas lombares. No caso de litiase uretral e se o câlculo se impactar no segmento inferior, causa estenose e espasmo do mesmo, o que se manifesta com colicas na regiâo de hipocondrio e hematuria. Se o câlculo estâ localizado na regiâo da bexiga, entăo, produz urinas curtas, dificuldade para a micqăo ou anuria. Na MTC, esta patologia fica classificada dentro da sindrome Ling. De acordo com a etiopatogenia tradicional, pode ser causada por calor-umidade exogena, umidade-calor que se acumula no Jiao inferior ou que lesiona o sangue e pode ser diferenciada em cinco sindromes: • Ling por calor. • Ling por pedra. • Ling por sangue. • Ling por Qi. • Ling por gordura. A litiase renal se ve refletida nas sindromes Ling por pedra e por sangue. T ratam ento • Pontos principais Zona correspondente. Simpâtico. Shen Men. Centro da concha cimba. • Pontos secundârios Figado. Subcortex.

Explicaqăo dos pontos Zona correspondente - Neste caso, explora-se eletricamente o pon­ to de reaqăo mais positiva durante a litiase renal. Com a seleqăo deşte ponto, garante-se a liberac;ăo dos espasmos e a interrupqăo da dor. Simpătico - Este ponto libera os espasmos da musculatura lisa acalmando a dor. Shen Men - E um ponto com funqăo analgesica. C entro da concha cim ba - Este ponto rep resen ta a regiâo periumbilical, ao produzir a colica e irradiar-se para esta zona, o mesmo se torna muito reativo, atraves de seu estimulo se libera o espasmo e se acalma a dor.

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S u b cortex- Este ponto regula a atividade do cortex cerebral. Durante a colica, produz-se uma grande tensăo nervosa, que pode ser diminuida corn a aplicaţâo deşte ponto. Fîgado - O canal do fi'gado penetra nos genitais e recorre o hipogâstrio; atraves do ponto fi'gado se favorece a desobstruţâo deşte canal e se regula e harmoniza a circulagâo de Qi e de Xue e a funqăo dos vasos Chung, Ren e os Zang Fu. E xp erien cia C linica E fundamental a exploraqăo do ponto mais reativo â dor no pavilhâo auricular, antes de fazer o tratamento. Em geral, na litiase pielocalicinal o ponto reativo se encontra a nivel dos rins e da regiăo da musculatura lombar, enquanto que, na litiase uretral, o ponto pode ser achado a nivel dos ureteres, do abdomen e do centro da concha cimba. A manipulaqăo usada deve ser forte, corn o objetivo de alcangar a liberaqâo dos espasmos e acalmar a dor. A obtenqăo do resultado terapeutico corn auriculoterapia, na litiase pielocalicinal ou uretral dependerâ do tamanho do câlculo em questâo; se este e grande (mais de 0,7 cm), o resultado năo seră o esperado. P ie l o n e f r it e Denomina-se pielonefrite â infecgâo urinâria que toma pelve e parenquima renais. Segundo sua forma de comeşo e evolugâo, classifica-se em aguda ou cronica. O germen causal mais freqiiente e o colibacilo que chega ao trato urinârio, fundamentalmente, por via ascen­ dente; seguem em ordem de frequ encia o enterococo, Proteus, Klebsiella, Pseudomonas, estafilococo. estreptococo, etc. Entre os fatores predisponentes mais frequentes contam; os lactantes, em especial do risco feminino, os periodos de gestaqăo, o diabetes melito, as obstrugoes da vias urinârias a qualquer nivel, o refluxo vesicoureteral miccional, as afecgoes neurologicas que produzem retengâo urinâria, tais como, a hemiplegia, paraplegia dorsal, assim como os acamamentos prolongados, etc. A pielonefrite aguda se caracteriza, clinicamente, por um quadro de calafrios, febre de 39 a 40°C, seguida de sudagâo profusa, cefaleia corn fotofobia, dor em ambas as fossas lombares do tipo surda mantida e que se alivia corn o repouso; hâ presenqa de urinas turbidas, em algumas ocasioes hematurias, assim como, tenesmo vesical, polaciuria, vomitos, diarreias, etc. No caso da pielonefrite cronica, esta năo tem um quadro clinico unico, manifesta-se por ataques agudos recor-

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rentes com febre, dor lombar, polaciuria, etc. Pode acontecer, tambem, com um quadro de hipertensăo arterial ou de insuficiencia renal cronica. Na MTC, considera-se esta enfermidade, provocada pela invasăo da umidade-calor ao Jiao inferior; em seu comego e considerada urna sindrome por excesso, onde o Zheng Qi e o Xie Qi se encontram em plena Iuta, produzindo todos os sintomas de um quadro agudo mas, se a umidade-calor permanece por tempo prolongado, chega a lesionar os liquidos corporais e a debilitar-se o Zheng Qi, produzindo um qua­ dro de deficiencia de Yang do rim e do bago que se traduz em um estado cronico da patologia. T ra ta m en to • Pontos principais Rim. Uretra. San Jiao. Endocrino. Bago. Sangria no ăpice. • Pontos secundârios Figado. Bexiga.

Explicacăo dos pontos Rim, nretra. bexiga - A pielonefrite e a infecgăo das vias urinârias e urna enfermidade do tipo infecciosa onde o rim, a bexiga e a uretra săo os pontos da zona correspondente; atraves destes pode-se dispersar o calor e drenar a umidade. San Jiao e bago - O ponto San Jiao tem a fungâo de comunicar e harmonizar a circulagâo do Qi no Jiao inferior, enquanto que o bago elimina a umidade e dispersa o calor. Figado - O calor do Jiao inferior pode promover o fogo do figado, motivo pelo qual, dispersando este fogo, se tonifica o rim. Endocrino e sangria no ăpice - Estes pontos tem fungâo antiinflam a to ria , s e d a n te e a n a lg e s ic a .

E x p e rie n cia C lin ica No caso da pielonefrite aguda, transcorrido de um a tres tratamentos, os sintomas tem urna diminuigâo importante. No caso da

pielonefrite cronica, precisa-se de um periodo de tratamento muito

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Auriculoterapia

mais longo, que chega a ser, em geral, de tres ciclos de tratamento, elevando-se corn isso, a fungăo do rim e a imunologia. *

ClSTITE A cistite e a infiamacâo das paredes da bexiga de carâter agudo ou cronico, apresentando um quadro clinico de piuria, hematuria, polaciuria, urgencia miccional, micgâo dolorosa, etc. De acordo corii as causas da enfermidade, esta pode ser diferenciada em especifica e inespecifica. A inespecifica pode estar provocada, em geral, por bacterias (em 80% colibacilos), tambem por Proteus, estafilococo piogenico, estreptococo, etc. Segundo os criterios da MTC, esta enfermidade pode ser classificada dentro das sindromes Ling, baseando-se na invasăo de umidade-calor ao Jiao inferior que produz perda da fungâo Qi Hua da bexi­ ga, aparecendo urna sindrome Ling por calor. T rata m ento • Pontos principais Bexiga. Uretra. Endocrino. San Jiao. Shen Men. Sangria no âpice. • Pontos secundârios Suprarenal. Rim.

Explicaţăo dos pontos Bexiga e uretra - Estes săo os pontos da zona correspondente e produzem um efeito antiinflamatorio, analgesico e diuretico. Sangria no âpice, Shen Men e endocrino - O agrupamento destes pontos tem fungăo antiinflamatoria, antiinfecciosa e analgesica. San Jiao - Tem a fungâo de dispersar o calor e drenar a umidade, eliminando a umidade-calor do Jiao inferior. Rim - Os pacientes corn cistite aguda, em geral, tem uma deficiencia de rim de base e nos pacientes corn cistite cronica e lesionado o Yin do rim por ataque excessivo de calor-umidade; por isso selecionando este ponto se tonifica o rim, se fixa o Yuan Qi, se elimina a umidade e se dispersa o calor. Supra-renal - Atraves do estim ulo deşte ponto se aumenta a liberagăo de corticoides, obtendo-se um efeito antiinflam atorio e antiinfeccioso.

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E xp erien cia C linica O tratamento das infecgoes urinârias, da cistite e da uretrite, corn auriculoterapia, provoca uma rapida reabsorgăo do processo inflamatorio e um resultado terapeutico significativo. P r o s t a t it e Denomina-se prostatite ă inflamaqâo da glândula prostâtica que afeta com mais freqiiencia os homens entre 30 e 50 anos. A mesma e causada pela infecgâo bacteriana que ascende atraves da uretra, a qual pode ou năo ser transmitida sexualmente; a presenqa de cateterismo vesical aumenta o risco desta enfermidade. Clinicamente, caracteriza­ se por dor â micqăo, polaciuria e, em alguns casos, acompanha-se de febre, secreqâo atraves do penis. Pode existir, alem disso, dor no baixo ventre, em torno do reto ou dor lombar baixa e hematuria. Para a MTC, esta enfermidade e considerada como uma sindrome Ling e se classifica como sindrome Ling por Qi. A mesma deve-se, fundamentalmente, â lesăo do Yin do rim e ao debilitamento do fogo do Ming Men, o que provoca transtorno do metabolismo dos liquidos que se acumulam em forma de umidade no Jiao inferior. T ratam ento • Pontos principais Prostata. Uretra. Rim. Figado. Endocrino. San Jiao. Sangria no âpice. • Pontos secundârios Se impotencia - Orgăos genitais internos. Se sensagoes de molestias em hipogâstrio e no perineo - Centro da concha cimba e pelve. Se dor nos testiculos - Testiculos. Se dor lombar - Zona lombar. Se neurastenia - Shen Men, ârea e ponto de neurastenia.

Explicaţâo dos pontos Prostata - Este e o ponto da zona correspondente e atraves do estimulo do mesmo, regula-se a atividade funcional da prostata e se

eleva a imunologia.

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Auriculoterapia

R im ,jlga d o e San Jiao - Tonificam o Qi do rim, dispersam o fogo do figado, dispersam o calor e drenam a umidade do Jiao inferior. Sangria no âpice e en d ocrin o- Estes pontos regulam a atividade do sistema endocrino săo antiinflamatorios e analgesicos. E x p e rie n c ia C lin ica Quando o antibiotico năo consegue penetrar na capsula que envolve a glândula, o resultado terapeutico se faz insuficiente; sem duvida, com o uso dos pontos reativos no pavilhăo auricular, reduz-se a inflamapâo, diminuem-se os sintomas e se recupera a atividade funcional da prostata, obtendo-se bons resultados terapeuticos. O r q u it e A orquite e urna inflamagăo do testiculo de carâter infeccioso que pode estar relacionada com a caxumba ou a infecgăo de orgâos vizinhos como a uretra, a bexiga, prostata, etc. Frequentemente, produz sintomas de dor nas paredes do testiculo, dor â pressăo; tambem, pode se acompanhar de dor que se irradia para o bordo interno da coxa e para o hipogâstrio. A MTC considera que esta enferm idade relaciona-se com umidade-calor que descende, penetrando nos canais do figado e rim. T ra ta m e n to • Pontos principais Testiculos. Pelve. Orgâos genitais externos e internos. Endocrino. Rim. Shen Men. Figado. • Pontos secundârios Abdomen.

Explicaţăo dos pontos Testiculos, ârgăos genitais externos e internos, abdomen e pelve Săo os pontos da zona correspondente e atraves dos mesmos, ativa-se a circulagâo do sangue e da energia a nivel local, produzindo um efeito antiinflamatorio e analgesico. Shen Men - Tem funqâo analgesica e antiinflamatoria. Endocrino - Tem fungăo antiinfecciosa e antiinflamatoria.

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Figado e rim - O canal de figado, em seu trajeto, passa pelos orgâos genitais e toma o hipogâstrio, assim como o canal do rim. Ambos canais regulam a atividade do Qi a nivel dos orgăos genitais e restabelecem a circulagăo nos vasos Ren e Chung. E x p e rie n cia C lin ica O tratamento da orquite com medicamentos năo oferece, em geral, os resultados esperados; sem embargo, o tratamento com auriculoterapia, localizando corretamente os pontos de reagăo mais positiva, produz urna evolugăo mais rapida, na maioria dos casos, depois de 3 a 5 sessoes a inflamagâo desaparece e os sintomas melhoram. I m p o t e n c ia Considera-se como impotencia a disfungăo sexual masculina de inicio prematuro, antes do envelhecimento, onde seu sintoma principal e a incapacidade para conseguir e manter a eregăo. As causas do comego da enfermidade podem ir desde os danos estruturais a nivel do orgâo genital, que podem ser causados por traumas ou por masturbagăo excessiva, ate danos funcionais de tipo neurologico ou espiritual. Na maioria dos casos, pode estar relacionada com disfungoes do cortex cerebral ou por lesoes traumâticas do sistema nervoso espinal. A MTC considera que esta enferm idade pode estar relacionada com a atividade sexual desmedida, m asturbagăo exagerada, preocupagâo excessiva, o que produz deficiencia de Yang do rim ou um idade-calor que descende ao Jiao inferior provocada por X n de Qi de bago e coragăo. De acordo com diferenciagâo tradicional esta enfermidade pode ser classificada em: • Yang Wei por deficiencia, que e quando o penis nâo consegue a minima eregăo. • Yang Wei por excesso, que e quando o penis consegue eregăo, mas se mantem flâcido. T ra ta m en to Orgăos genitais internos e externos Testiculos. Excitagâo. Hipofise. Figado. Rim. Fronte.

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Explicagâo dos pontos Orgăos genitais externos e internos, testîculos - Sâo os pontos da zona correspondente e ativam a circulagăo de Qi e de Xue, a nivel local. H ip o fis e - Regula a atividade do sistema endocrino. Excitagăo e fronte - Estimulam a atividade do cortex cerebral favorecendo a excitagăo. Fîgado e rim - Ambos canais recorrem os orgăos genitais e regu­ lam a fungăo dos vasos Ren e Chung. E xp e rie n cia C linica O tratamento corn auriculoterapia, como para outras enfermidades de disfungâo sexual, oferece um resultado terapeutico notâvel. Quando esta enfermidade se relaciona corn traumas psicologicos. a mesma deve ser combinada corn psicoterapia. E s p e r m a t o r r e ia A espermatorreia e o derrame freqiiente, excessivo e involuntârio de semen sem coito e, âs vezes, sem eregăo; esta pode se classificar da seguinte maneira: sono umido, que e a espermatorreia que ocorre durante o sono, relacionada sempre corn sonho luxuriosos, corn urna frequencia de urna ou mais vezes na noite; espermatorreia espontânea que ocorre sem a presenga de sonhos e se acompanha de fadiga, impotencia e sudagoes espontâneas. De acordo corn a etiopatogenia tradicional, esta enfermidade pode ser causada pela hiperatividade de fogo do coragăo, devido â preocupagăo excessiva ou a atividade intelectual excessiva. Tambem, pode ser provocada pela deficiencia de Yin do rim que exacerba o fogo, favorecendo os pensamentos luxuriosos. A ingestăo excessiva de alimentos gordurosos, doces e picantes que provocam acumulo de umidadecalor no Jiao inferior, pode ser outra das causas da patologia. A espermatorreia pode ser considerada fisiologica, quando o homem a apresenta em torno de uma vez por semana, em periodos nos quais năo mantem nenhuma relagâo sexual, T ra ta m en to • Pontos principais Rim. Coragăo. Subcortex. Figado.

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Shen Meri. Occipital. Sangria no âpice. • Pontos secundârios Neurastenia, ârea e ponto.

Explicaţâo dos pontos Rim e coragăo - A espermatorreia estâ relacionada com a hiperatividade de togo do coraqăo e a lesăo do Yuan Qi. que leva â perda da relagăo entre coraqâo e rim, nâo se podendo fixar a essencia. Atraves do uso destes dois pontos se restabelece a mutua relaqăo entre ambos os orgăos. F ig a d o - Segundo declara o L ing S hu: “O figado armazena o sangue e no sangue se armazena o espirito". Isto explica que os antigos consideravam que a atividade espiritual do homem guardava estreita relaqăo com a funqăo do figado, pelo qual se afirmava: “Durante a noite o espirito Jun se reune no Jigado e controla os sonhos". Quando a ativi­ dade do figado e normal, năo devem existir sonhos excessivos, nem pesadelos; considera-se que o sono timido e causado porque o espiri­ to Jun perde seu albergue no figado. S u bcortex- A ârea nervosa do subcortex restabelece as desordens do cortex cerebral, controlando sua sobreexcitaqăo ou depressâo excessiva. Shen Men, occipital e sangria no ăpice - Estes pontos tem fungâo sedante e ajudam a acalmar o espirito. Neurastenia, ârea e ponto - Săo usados, sobretudo, na esperma­ torreia causada por sonhos umidos, facilitando sonos profundos e sem sonhos. E nurese A enurese e a emissăo involuntâria de urina, que ocorre, geralmente, enquanto se dorme durante a noite, ainda que haja alguns casos em que sucede tambem em horârio de sono diurno. E um transtorno freqiiente que pode-se ver em ambos os sexos; considera-se patologico acima dos 5 anos de idade, as vezes, prolonga-se ate os 15 ou 16 anos. Muitas crianţas, porem, adquirem o controle do esfîncter vesical muito antes, ou seja, desde os tres anos ou menos. A enurese aparece como um sintoma unico ou formando parte de vârias sindromes. Frente a urna crianga que padece de enurese, o mais importante e determinar se a causa e somatica ou psiquica, pois, o tratamento ganha suas particularidades em cada caso.

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Entre as causas de enurese do tipo somatica, podemos encontrar: mas formagoes do trato urinârio, enfermidades degenerativas do sis­ tema nervoso, epilepsia, paralisia cerebral, diabetes melito ou insipido, lesoes neurologicas, etc. Entre as causas psicologicas podemos encontrar a enurese por fixapăo, a que pode ter um componente genetico, por fazer-se de maior freqiiencia na mesma familia. Alguns autores declaram, nestes casos, que o dormir e mais profundo que o habitual e outros declaram a enurese como resultado de conllitos psicologicos em torno da masturbapăo. No caso da enurese de regressăo, esta e mais urna manifestapăo de desordens neuroticas agudizadas por transtornos situacionais, isto quer dizer que esta enurese parece ser de causa mais claramente psicologica que a anterior. Esta enfermidade pode apresentar-se nos casos leves corn urna micpăo, durante a noite e nos casos mais graves corn vârias micpoes, durante a noite. De acordo com a patogenia tradicional, esta enfermidade pode ser causada por urna deficiencia do Qi do rim ou pela deficiencia e frio do Jiao inferior que năo podem aquecer a bexiga, perdendo esta o con­ trele sobre a urina; tambem a deficiencia de bapo e pulmâo pode ser outra das causas: ao estar deficiente o bapo, năo pode fazer ascender os liquidos corporais para o pulmâo e, ao ser deficiente o pulmâo, năo pode prosseguir com o correto metabolismo dos liquidos corporais. Tambem, a umidade-calor no canal do figado que faz com que este perca sua funpăo de drenagem e dispersâo, encontra-se entre as cau­ sas que favorecem a enurese. T ra ta m en to • Pontos principais Bexiga. Uretra. Ouvido central. Excitapăo. Hipofise. • Pontos secundârios Figado. Fronte.

Explicapăo dos pontos Bexiga e uretra - Săo os pontos da zona correspondente, contro­ lam o nivel de armazenamento da urina e o esfincter vesical.

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Hipofise - Atraves deşte ponto, estimula-se a produgăo do hormonio antidiuretico. Fronte, ouvido central e excitagăo- Estes pontos incrementam a condugăo nervosa, elevam a atividade do cortex cerebral e produzem sonos mais leves, favorecendo que, ao se encher a bexiga, o estimulo chegue mais fortemente ao SNC, despertando a crianga corn mais facilidade. Figado - Quando esta patologia se relaciona corn umidade-calor no canal do figado ou hiperatividade do fogo do figado, a crianga e irritâvel, tem bruxismo e isto favorece a produgăo de sonhos que estimulam a enurese. Por isso, com o uso do ponto figado se dispersa o calor e se diminui o fogo. E x p e rie n cia C lin ica O tratamento com auriculoterapia na enurese noturna tem bons resultados terapeuticos, mas no caso da enurese somatica causada por enfermidades degenerativas do sistema nervoso, lesoes medulares, etc., os resultados săo menos evidentes. Em casos de traumas lombares, devem-se adicionar os pontos da zona lombar e sacro. No tratamento desta enfermidade deve-se evitar o uso de pontos sedantes, pois, o objetivo do mesmo e estimular o cortex cerebral para enfatizar a sinal nervoso que vai da bexiga ao SNC. No tratamento da enurese com auriculoterapia, observamos que, em geral, depois do primeiro ou segundo ciclo se produz uma diminuigăo importante dos sintomas; de igual maneira, como parte do tratamento, deve-se fomentar nas criangas hâbitos corretos de controle esfincteriano.

POLACIURIA Dizemos que existe polaciuria quando a micgăo e muito freqiiente, mas em quantidades muito pequenas, de maneira que a diurese de 24h pode ser normal ou estar um pouco alterada. Acompanha-se, frequentemente, de tenesmo vesical e outros transtornos da micgăo. Observa-se, principalmente, em afecgoes da bexiga, da prostata e da uretra. Tambem, e freqiiente durante a gravidez. De acordo com a MTC, esta enfermidade pode estar relacionada com a umidade-calor no Jiao inferior ou deficiencia do Yang do rim que năo pode aquecer a bexiga. T ra ta m en to • Pontos principais Uretra.

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Bexiga. Occipital. Hipofise. • Pontos secundârios Rim. Endocrino. Sangria no âpice.

Explicaşăo dos pontos Bexiga e uretra - Sâo os pontos da zona correspondente e favorecem a fungăo da bexiga e estimulam o controle vesical. Rim - Este ponto tonifica o rim e estimula. por sua vez, o controle da urina pela bexiga. Occipital - E um ponto de experiencia que controla o armazenamento da urina. Hipofise - Estimula a produqâo da hormonio antidiuretico. Sangria no âpice e endocrino - Tem fungâo sedante e antiinflamatoria, sâo usados, sobretudo, quando a polaciuria e de causa infecciosa. E xp e rie n cia C linica O tratamento corn auriculoterapia da polaciuria de qualquer etio­ logia tem um resultado notâvel. Na polaciuria de pacientes corn deficiencia do Qi do rim ou idade avanqada, precisa-se de um tempo de tratamento relativamente mais longo. A estimulagăo dos pontos auriculares, seja por o metodo de agulhas filiformes, agulhas intradermicas ou colocagâo de sementes deve ser forte. R e t e n c â o U r in â r ia A retengâo urinâria e a incapacidade para o esvaziamento da bexi­ ga ou a dificuldade para faze-lo. A retengăo pode ser completa, no caso em que nem urna pequena quantidade de urina possa ser eliminada e incompleta, no caso em que a urina possa sair mas a bexiga falha em seu completo esvaziamento. A retengăo e produzida por urna obstrugăo no fluxo de urina. Este fenomeno afeta, fundamentalmente, aos homens e suas causas incluem a fimose, o estreitamento uretral, os câlculos biliares, a prostatite, a hiperplasia prostâtica ou o tumor de prostata. Nas mulheres. pode ser o resultado de urna compressăo da uretra por um fibroma uterino. Em ambos os sexos, o tumor de bexiga e outra das causas. Os defeitos funcionais das raizes nervosas que inervam a bexiga in-

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duzidos por tratamento cirurgico, pela anestesia espinal, pelo uso de drogas que atuam na bexiga ou no esfîncter vesical, por enfermidades da medula espinhal ou por traumatismo no trajeto das raîzes nervosas, entram dentro da etiologia desta enfermidade. Clinicamente, caracteriza se por desconforto e dor no hipogâstrio e, em caso de retenqăo incompleta, pode levar a sepses das vias urinârias. Na etiopatogenia tradicional, considera-se esta enfermidade, causada por urna debilidade do Qi do rim e por um debilitamento do fogo do Ming Men, o qual incapacita â bexiga cumprir sua funqăo de Qi Hiia. Tambem, a debilidade do Qi no Jiao medio favorece a perda de forqa da bexiga, em sua funqăo. A este tipo de retengăo urinăria, classifica-se como retenţâo por vazio. Outra das causas desta enfermida­ de e o acumulo de umidade no Jiao medio que obstrui a funqăo da bexiga, traumas externos ou cirurgias; a retenqăo urinâria por esta causa, classifica-se como sindrome Shi ou por excesso. T ra ta m e n to • Pontos principais Bexiga. Rim. Sari Jiao. • Pontos secundârios Subcortex. Pulmăo. Baqo. Abdomen. Regiăo sacrolombar.

Explicacăo dos pontos Bexiga - E o ponto da zona correspondente, atraves do estimulo do mesmo, aumenta-se a contraqăo do a bexiga, assim como a pressăo interna. Rim - E o Zang acoplado â bexiga; este controla sua fungâo Qi Hua e tem um efeito enuretico. San Jiao - O San Jiao e quem controla a via dos liquidos, a circulaţăo da energia e sua transformaqăo. Corn o uso deşte ponto, eliminam-se as estagnagoes do Qi e dos liquidos corporais. Bago e pulmăo - O pulmăo controla a descendencia e dispersăo dos liquidos corporais, desobstruindo as vias da âgua e o baqo drena a umidade median te sua fungăo de transporte e transformagăo; a combinagâo de ambos os pontos favorece a elim inaţăo da umidadecalor que perturba a bexiga.

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Regiăo sacrolom bar- Da regiâo sacrolombar partem as raizes nervosas que inervam os orgâos da pelve, entre os quais se encontra a bexiga; usando estes pontos, estimula-se neurologicamente a bexiga, favorecendo a diurese. Abdomen - Com este ponto aumentamos a pressăo abdominal, facilitando a contragăo da bexiga. Subcortex - Este ponto relaxa a tensâo nervosa e regula a atividade da bexiga. E xp erien cia C linica E importante definir claramente a origem da retenqâo urinâria para o tratamento da mesma. Se esta fosse provocada pela perda de forqa da bexiga para contrair-se, estimular o ponto bexiga, vigorosamente, seria a manobra fundamental. Deve evitar-se o uso de pontos sedantes como Shen Men e, especialmente, occipital.

ENFERMIDADES DOS CINCO ORGÂOS DOS SENTIDOS V e r t ig e m p o r T r a n s t o r n o s d o O u v id o I n t e r n o Esta enfermidade tambem e denominada sindrome de Meniere. Sua causa e desconhecida; considera se que e urna hipertensăo dos liquidos labirinticos. Clinicamente, deve distinguir-se das demais enfermidades cocleovestibulares que se manifestam com sintomas semelhantes. Esta afecgâo aparece de forma subita em individuos aparentemente sadios, em geral, antes da quarta decada da vida, caracterizando-se por acufenos, vertigens e hipoacusia e associando-se, muitas vezes, durante as crises, a vomitos e sudaqoes pela irritaqăo do nucleo do pneumogâstrico que estâ muito proximo aos nucleos vestibulares. A perda da audiqăo se agrava geralmente depois de cada crise, cuja freqtiencia e variâvel, da mesma forma, que sua duraqâo e pode-se se estender desde umas poucas horas ate vârias semanas. T rata m ento • Pontos principais Sangria no âpice. Ouvidos interno e externo. Occipital. San Jiao.

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Figado. Rim. Vesicula biliar. Ârea de enjoo. • Pontos secundârios Shen Men. Subcortex.

Explicapăo dos pontos Ouvidos interno e e x te rn o - Sâo os pontos da zona correspondente; atraves destes pontos, drena-se o lîquido linfâtico no ouvido interno, eliminando a hipaxia. Sangria no ă p ic e - Tem funqâo sedante, clareia a mente e dispersa o fogo. Occipital e ârea de tontura - Controlam a vertigem. Rim - O rim controla o ouvido; isto quer dizer que o Qi do rim chega ate o ouvido, regulando seu normal funcionamento; se o Yin do rim se faz insuficiente, o Yang se faz superficial favorecendo o apare cimento dos sintomas. Figado - A vertigem e urna manifestaqăo do vento interno do figado. Atraves deşte ponto se dispersa o calor e o fogo do figado e se elimina o vento. San Jiao e vesicula biliar - Ambos pertencem ao canal Shao Yang das măos e dos pes, que penetra no ouvido, em seu trajeto; estimulando estes pontos, favorece-se a normal circulaqâo do sangue e da energia no ouvido interno. S u b co rte x - A ârea cardiovascular do subcortex favorece a normal circulaqăo do sangue, da mesma maneira, a ârea nervosa do subcortex regula de maneira sistemica a atividade do sistema neurovegetativo. Shen Men - Tem funqâo sedante. E x p e rie n cia C lin ica O uso da auriculoterapia na vertigem por transtornos do ouvido interno tem um efeito notâvel, ao tratar os ataques recidivantes, estes diminuem a frequencia. Na vertigem causada por consumo de estreptomicina, o resultado e pouco marcado e o tratamento e longo. T in id o e H i p o a c u s ia A hipoacusia e um dos sintomas mais freqiientemente vistos na prâtica clinica. Pode ser expressâo de urna lesăo no aparelho de transmissâo ou de percepqâo da audipâo.

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Os acufenos, habitualmente, sâo muito molestos aos pacientes: chegam em ocasioes a alterar o psiquismo e podem ser contînuos ou intermitentes. de tonalidades graves ou agudas. Os primeiros podem apresentar-se nas enfermidades do aparelho de transmissâo e os segundos, nas enfermidades do aparelho de percepgăo. Tambem se descrevem acufenos fora da esfera otica provocados por enfermidades vasculares como arteriosclerose, hipertensâo, aneurisma cerebral, etc. Em geral, o tinido se acompanha da hipoacusia e ambos podem ser originados por enfermidades do conduto ou do aparelho auditivo tais como otite media, otoesclerose, tampăo de cerumen, traumas acusticos, no curso da meningoencefalite, febre elevada, por lesoes do nervo auditivo, pela ingestâo de medicamentos, etc. Esta enfermidade, para a etiopatogenia tradicional, e causada pela hiperatividade do fogo do figado e vesîcula biliar que obstrui a circulagăo do Qi no canal Shao Yang ou pelo acumulo de fleuma-calor que o obstrui. Por todo o mencionado anteriormente, e considerado como urna sindrome por excesso. No caso do tinido ou hipoacusia que pertence â sindrome por deflciencia, este e causado pela lesăo do Jing do rim. Quando o tinido e por vazio de Yin. pode-se combinar corn sîndromes de ruptura da relagâo entre coragăo e rim; entâo, o som do tinido seră como urna abelha que zumbe; quando e por excesso o som seră como o de urna onda. T ra ta m en to Sangria no âpice. Ouvidos interno e externo. Rim. Figado. Vesîcula biliar. San Jiao. Temporal.

Explicagăo dos pontos Ouvidos interno e externo - Sâo os pontos da zona correspondente, atraves dos mesmos, regula-se o meio interno do ouvido, diminuindo os processos inflamatorios e favorecendo a recuperagăo. Rim.Jigado, vesîcula biliar e San Jiao - Estes pontos sâo selecionados de acordo corn a diferenciagăo de sindromes e o trajeto dos canais Shao Yang. Temporal - Na regiăo temporal, encontra-se o centro nervoso sensitivo da audigâo, estimulando este ponto regulamos a fungâo do ner­ vo auditivo.

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Sangria no ă p ic e - Tem fungăo sedante, clareia a mente e ajuda a audiqâo. E xp e rie n cia C linica No tratamento da hipoacusia leve e do tinido se obtem bons resultados com a auriculoterapia. No caso do tinido por deficiencia, o tra­ tamento deve ser mais longo e sustentado, para a obtengăo do resultado terapeutico. A auriculoterapia pode elevar a capacidade auditiva. Em estudos realizados na China, com animais, no Instituto de Fisiopatologia e Eletrofisiologia, se demonstrou que o uso da Acupuntura eleva a excitagăo e a conduqăo ao cortex dos sinais do centro nervoso da audiqăo. Tambem se comprovou que aumenta a permeabilidade das paredes dos capilares, do ouvido interno favorecendo o incremento da circulaqâo local e, por isso, melhorando o meio interno do ouvido. A m ig d a l it e Designamos com o nome de amigdalite aguda (angina aguda), a inflamaqăo da mucosa faringea e dos foliculos linfâticos cobertos por essa mucosa (amigdalas palatina, faringea e lingual). Etiologicamente, se deve â invasăo destes tecidos por germens como o estreptococo, a difteria, o meningococo, o virus de Epstein-Barr, o adenovirus, o herpes simples, monilias, micoplasmas, etc. Seu quadro clînico aparece com febre elevada, mal-estar geral, odinofagia, tosse, irritabilidade, vomitos e ao exame fisico, a orofaringe encontra-se avermelhada, com as amigdalas aumentadas de tamanho, congestivas, com exsudato esbranquigado ou amarelento, năo aderente; em algumas ocasioes, aparece um ponteado vermelho a nivel do palato mole e da uvula. Acompanha-se, alem disso, de adenopatias bilaterais, moderadas ou grandes, a nivel do ângulo submaxilar. As complicagoes mais freqiientes que podem aparecer no curso desta enfermidade contam: o abscesso periamigdalino, otite media, sinusite, abscesso retrofaringeo, pneumonias, enfermidade reumatismal, glomerulonefrite difusa agu­ da, artrite septica, osteomielite, etc. Para a MTC, esta enfermidade se denomina Hou Bi e, e devida, fundamentalmente, â invasăo de vento-calor no pulmăo, â ingestâo excessiva de comidas picantes que produz ascensâo do fogo de estomago ou â deficien­ cia de Yin do rim que provoca ascensâo do fogo, por deficiencia. Na diferenciaqâo de sindromes classifica-se em tres: • Por vento-calor. • Por calor e excesso. • Por calor e vazio.

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T rata m ento Sangria no âpice. Amigdalas. Laringe-faringe. Endocrino. Shen Men. Helix 1 a 6.

Explicacăo dos pontos Amigdalas e laringe-faringe - Sâo os pontos da zona correspondente: dispersam o calor, liberam a infecgăo e drenam a garganta. Sangria no âpice e nos helix 1 a 6 - Dispersam o calor, eliminam a infecQăo e acalmam a dor. Shen Men e endocrino-T e m funqâo analgesica e antiinfiamatoria. L a r in g o f a r in g it e A g u d a Esta enfermidade pode ser de causa primăria e secundâria. A pri­ măria e causada, principalmente, por estreptococo hemolitico que năo so ataca a mucosa da garganta de forma aguda, como pode invadir todos os tecidos perifericos a esta, produzindo reagăo inflamatoria como adenopatias, etc. Na maioria dos casos, este processo aparece como evoluqăo de urna rinite aguda. Tambem, a ingestâo excessiva de bebidas alcoolicas e o hâbito de fumar podem provocar laringofaringite agu­ da, sendo, neste caso, causa secundăria do processo, corn um quadro clinico leve ou grave. O quadro leve apresenta-se corn secura e dor de garganta e em alguns casos, disfonia. No caso grave, encontramos fe­ bre corn aversăo ao frio, cefaleia, dor nos quatro membros, dor ao deglutir, etc., podemos observar avermelhamento da garganta corn inflamaqăo da parede superior e posterior desta e das cordas vocais; pode haver exsudatos, placas e adenopatias dolorosas â pressâo. Para a anâlise desta enfermidade, segundo a MTC, seguiremos o mesmo criterio que na amigdalite. T rata m ento • Pontos principais: Sangria no âpice. Laringe-faringe. Boca. Traqueia. Laringe-dente.

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Endocrino. Supra-renal. • Pontos secundârios: Shen Meri. Intestino grosso.

Explicacăo dos pontos Laringe-Jaringe. boca e laringe-dente - Săo os pontos da zona correspondente: dispersam o calor e drenam a garganta. T raqueia - As mudangas patologicas a nivel da garganta sempre provocam reagoes positivas no ponto traqueia; por isso, para tratar tanto as afecgoes da garganta como da cavidade bucal, o ponto tra­ queia e considerado de experiencia. Endocrino e supra renal - Tem fungăo antiinflamatoria e antiinfecciosa. Shen Men e sangria no ă p ic e - Tem fungăo analgesica e antiinfla­ matoria. E xp e rie n cia C lin ica No tratamento da laringofaringite aguda, corn auriculoterapia, e vi­ tal a buşea do ponto de reaqăo mais positiva na zona de laringe-faringe. Na faringite aguda, em geral, este ponto encontra-se na metade anterior e superior do lado interno do trago e na laringite aguda, localiza-se na metade interior e superior do lado interno do trago. Apesar disto, em tratamentos de urna ou de outra devem ser usados ambos os pontos. U l c e r a s B u c a is R e c id iv a n t e s As ulceras bucais de carâter recidivante tambem săo chamadas aftas bucais; esta e urna enfermidade comparativamente complexa, jâ que alguns autores a consideram como de causa infecciosa, enquanto que, outros, como urna reaqăo alergica. Alguns, sem embargo, apontam que e devida a desordens endocrinas ou do sistema digestivo. O sintoma principal e o aparecimento, na mucosa bucal, de pequenas ulceras redondas de bordos bem delimitados, de cor amarela ou branca, corn avermelhamento periferico, săo extremamente dolorosas e reagem diante do frio. do calor, do âcido e do doce com agravamento dos sintomas, produzem dificuldade para ingerir alimentos, levam â mă nutriţâo, ao cansago e, em alguns casos, a dificuldades no sono. De acordo com a MTC, no Su W en, declara-se; "O canal Shao Yin da măo ou do coraţăo manifesta o Qi na lingua: o canal Tai Yin do pe ou do bago manifesta o Qi na boca. Quando nos Fu se acumula calor

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excessivo, este prejudica o corapao e o bago; o Qi de ambos se violenta e irrompe manifestando-se com ulceras hucais e da lingua". T ra ta m e n to • Pontos principais Zona correspondente. Coragăo. Bago. Boca. Endocrino. Supra-renal. Alergia. Shen Men. Sangria no âpice. • Pontos secundârios Se insonia - Ârea e ponto de neurastenia. Se anorexia - Estomago.

Explicagâo dos pontos Boca e ponto da zona correspondente - Nas ulceras bucais recidivantes a boca, a lingua, o paladar superior e o inferior e os lâbios podem ser afetados. Explorando o ponto reativo nesta zona, podemos encontrar o ponto da zona correspondente adequado, o que terâ um efeito antiinflamatorio e analgesico. Coragăo e b a g o - Segundo se declara na MTC, o Qi do bago e coragăo se manifesta na boca e na lingua, razăo pela qual, a qualidade da circulagăo da energia nos mesmos dependerâ do correto funcionamento destes orgâos. Supra-renal endocrino, alergia e sangria no âpice - Estes pontos tem fungăo antiinfecciosa e antialergica, restabelecem a fungăo do sistema digestivo e endocrino, săo antiinflamatorios e acalmam a dor. Shen Men - Tem fungăo analgesica e antiinflamatoria. E x p e rie n c ia C lin ica O tratamento com auriculoterapia no periodo mais ativo das ulce­ ras bucais, produz um agradâvel efeito analgesico, faz com que a enfermidade seja mais leve e as recidivas sejam menos freqiientes. O d o n t a l g ia E urna das e n fe rm id a d e s m a is fr e q iie n te m e n te v is ta s na estomatologia, esta pode ser produzida por câries, periodontite, pulpite, inflamagoes periapicais, etc.

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Para a MTC, esta pode ter multiplas causas, entre as quais se podem denominar: a invasâo de fogo ao canal Yang Ming, de ventocalor ou de vento-fogo que flamejam para cima; a invasăo do ventofrio na regiăo dos dentes; a deficiencia de Yin do fîgado e rim que produz fogo excessivo por deficiencia, etc. Na diferenciagăo sindromica tradicional, esta enfermidade e classificada em: • Odontalgia por fogo e vento. • Odontalgia por fogo excessivo. • Odontalgia por fogo e deficiencia. No Su W en se declara: “As odontalgias do maxilar superior se relacionam diretamente com o canal Yang Ming do pe, enquanto que a do maxilar inferior com o canal Yang Ming da măo”. T ralam ento • Pontos principais Boca. San Jiao. Maxilar inferior ou superior. Dente. Shen Men. • Pontos secundârios Se dor no maxilar superior - Estomago. Se dor no maxilar inferior - Intestino grosso. Se dor por fogo excessivo ou vento e fogo que invadem o canal do estomago - Sangria no âpice. Se dor por fogo e deficiencia - Rim.

Explicaţâo dos pontos Maxilar inferior ou superior, dente e boca - Săo os pontos da zona correspondente; tem funqâo analgesica e antiinflamatoria. San Jiao - E considerado um ponto de experiencia, vital no tratamento da odontalgia. Shen Men - Tem fungăo analgesica e antiinflamatoria. Sangria no ăpice - Dispersa o calor, o fogo e acalma. Estomago - Atraves deşte ponto se dispersa o calor e o fogo do canal Yang Ming do pe. Intestino grosso - Atraves deşte ponto, refresca-se o sangue, reduz-se a inflamagâo, elimina-se o vento e o calor do canal Yang Ming da mâo. Rim - O rim controla os ossos e os dentes sâo o broto externo dos ossos, atraves deşte ponto, nutre-se o Yin e elimina-se o fogo por deficiencia.

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E xp e rie n cia C lin ica O efeito analgesico nesta enfermidade mediante a auriculoterapia e muito râpido, para isso, a selegăo do ponto da zona correspondente e vital, que, em geral, e explorado na zona do maxilar inferior ou supe­ rior. O ponto dente do lobulo da orelha, em muitas ocasioes, năo se manifesta reativo ante esta enfermidade, motivo pelo qual, de acordo corn a experiencia clinica, podemos assegurar que atraves do uso do ponto maxilar inferior ou superior, o resultado analgesico se faz m ui­ to mais evidente. O estimulo usado no tratamento deve ser vigoroso corn o objetivo de elevar o limiar doloroso do paciente. Devemos definir corn clareza a causa da odontalgia para evitar mascarar sintomas que possam piorar o quadro da enfermidade, posteriormente. R in it e C r o n ic a A rinite cronica e a irritaqâo da mucosa da nariz por tempo prolongado, sendo resultante, em geral, de ataques consecutivos de rinite aguda. Esta, na prâtica clinica, pode ser dividida em rinite simples, hipertrofica e atrofica. Apresenta-se, em geral, corn um quadro de rinorreia, obstruqăo nasal, coriza e, em alguns casos, perda da sensibilidade olfativa. De acordo corn MTC, esta enfermidade guarda estreita relaqăo corn a invasâo de vento-frio no pulmăo, que pode transformar-se, em algumas ocasioes, em calor, prejudicando sua funqăo de descendencia e dispersăo, o que provoca a obstruqâo nasal. Tambem, a hiperatividade de fogo do figado e da vesicula biliar e considerada urna das causas da rinite; desta maneira, e diferenciada em duas sindromes fundamentais: rinite por vento-frio que se transforma em calor e rinite por hiperatividade do fogo do figado e da vesicula biliar. T ra ta m ento • Pontos principais Nariz interno. Pulmăo. Ouvido externo. • Pontos secundârios Endocrino. Supra-renal.

Explicaqăo dos pontos Nariz interno - E o ponto da zona correspondente; promove a reduqâo da inflamaqăo local e eleva a resistencia contra a invasâo dos agentes exogenos.

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Pulm ăo - Segundo se declara nos princîpios bâsicos da MTC, a nariz e o broto externo do pulm ăo, o Qi do m esm o garante a correta olfaqăo, mas se o Qi do pulm ăo se faz insuficiente pela invasăo de agentes patogenicos exogenos, a obstruqăo nasal e a rinorreia săo os prim eiros sintom as que aparecem . Tratando o ponto pulmăo, restabelece-se a funqăo deşte e se favorece o desaparecim ento dos sintomas. Ouvido externo - E um ponto de experiencia corn o qual se consegue desobstruir as vias nasais. Supra renal - E um ponto antialergico e antiinflamatdrio que produz vasoconstriqăo dos capilares, sendo especialmente utilizado na rinite alergica e hipertrofica. Endocrino - E um ponto antialergico que favorece a funqăo m eta­ bolica, e especialmente utilizado na rinite atrofica. E x p e rie n c ia C lin ica O tratamento corn auriculoterapia na rinite simples năo deve ser interrompido mesmo que os sintomas hajam melhorado porque o quadro pode-se reverter. No tratamento, corn auriculoterapia, da rinite hipertrofica, os pontos nariz interno, supra-renal e ouvido externo săo fundamentais. No tratamento da rinite atrofica. o uso dos pontos endocrino, pul­ măo e baqo săo fundamentais; em tal caso, deve-se evitar o uso do ponto supra-renal. O ponto endocrino favorece a nutriqâo da mucosa nasal, enquanto que, corn o ponto supra-renal se produz um efeito contrărio, ao provocar vasoconstriqăo dos capilares nasais. Na rinite de longo periodo de evoluqăo, pode ser encontrada perda da sensibilidade olfativa; nestes casos, adicionam-se os pontos tronco cerebral, intestino grosso, nervo tem poroauricular e o bordo inferior e externo do quarto quadrante do lobulo da orelha, o qual estimula o centro da olfaqăo. Nos 7 casos de perda da olfaqăo, tratados corn metodo de colocaqâo de sementes, apos 3 ciclos de tratamento a sensibilidade olfativa recuperau sua normalidade. Estes resultados năo devem ser esperados em casos de perda da olfagâo de carâter congenito, por polipos nasais ou lesoes neurologicas. R in it e A l e r g i c a E considerada como a inllamagăo da mucosa nasal devido a a ler­ gia ao polen, umidade, po, contam inantes ambientais, pelos, mudanşas estacionais, etc. e, e tambem chamada, febre do feno. E um sintoma muito comum que afeta 5 a 10% da populagâo, fundamentalmen-

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te, aqueles que padecem de outras manifestapoes de alergia como asma e eczema, que tendem a ser de carâter hereditârio. Clinicamente, comepa por prurido no nariz, no paladar, na garganta e nos olhos, seguidos por rinorreia, coriza e lacrimejamento. De acordo corn a MTC, podemos dividi-los em dois tipos: por excesso e por deficiencia. A rinite por excesso pode ser causada pela invasăo de vento-frio e de vento-calor, enquanto que, a rinite por defi­ ciencia, se produz, fundamentalmente, pela debilidade do Wei Qi ou pela deficiencia do Yang de rim. T rata m ento • Pontos principais Nariz interno. Pulmâo. Supra-renal. Alergia. Endocrino. Sangria no âpice. • Pontos secundârios Se debilidade corporal - Bapo e rim.

Explicapăo dos pontos Nariz interno - E o ponto da zona correspondente, diminui a sensibilidade do nariz ante os agentes irritantes. Sangria no ăpice, endocrino, supra renal e alergia - Tem funpăo antiinflamatoria, antialergica e elevam a imunologia. Pulmâo - E o orgăo diretamente implicado corn a enfermidade. Quando existe urna deficiencia do Qi do pulmâo se produz urna debi­ lidade do Wei Qi, jâ que o pulmâo protege a superfîcie. Bapo e rim - Na rinite alergica, as deficiencias de Qi do rim guardam, em muitas ocasioes, estreita relapăo corn a deficiencia de Qi do bapo e de rim; atraves da selepăo do ponto bapo se faz com que a terra nutra o metal, se fortalece o bapo e se elimine a fleuma; com o ponto rim tonifica-se este orgăo e se melhora sua funpăo de captar o Qi peitoral. E xp e rie n cia C linica O tratamento da rinite alergica, com auriculoterapia, oferece um resultado seguro mas năo com manifestapoes imediatas; depois dos tres primeiros ciclos de tratamento, e notâvel a diminuipăo dos sintomas, jâ que se consegue ir elevando, paulatinamente, a imunologia.

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CONJUNTIVITE AG U D A A conjuntivite aguda e uma enfermidade epidemica e infecciosa dos olhos, relacionada, geralmente, com germens que invadem tambem o pulmăo como o estafilococo e o estreptococo. Caracteriza se por uma secregâo de tipo purulenta nos olhos, com sensagâo de ardor e de corpo estranho nos mesmos, lacrimejamento excessivo, dor, fotofobia e diminuigăo da visăo. Para a MTC, esta enfermidade relaciona-se com a invasâo de vento e ealor no canal de pulmăo ou pela hiperatividade do togo do fîgado e da vesîcula biliar. T ra ta m en to Sangria no âpice. Pulmăo. Olho. Visăo 2. Supra-renal.

Explicacâo dos pontos O lh o - E o ponto da zona correspondente, regula a circulagâo do Qi e do sangue a nivel do olho, favorecendo redugăo da inflamagăo e acalmando a dor. Visăo 2 - Este ponto regula a ametropia e tem um poderoso efeito antiinflamatorio nas lesoes externas do olho. Sangria no ăpice - Fungâo sedante. antiinflamatoria, antialergica e antiinfecciosa, aclarando a visăo. Supra renal - Reprime a inflamagăo, controlando a exsudacăo, tem fungâo antiinfecciosa. Pulmăo - O pulmăo se relaciona com a conjuntiva do olho, disper­ sa o fogo e elimina a infecgăo. E x p e n e n cia C lin ica A sangria no âpice tem uma fungăo vital no tratamento da conjun­ tivite aguda, favorecendo a obtengâo de resultados notâveis. Apos realizar o primeiro tratamento com auriculoterapia, a inflamagâo e avermelhamento do olho diminui eonsideravelmente, depois do segundo ou terceiro tratamento a enfermidade desaparece. T erqol E a inflam agâo purulenta e aguda das glândulas do bordo do pâlpebra

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De acordo corn os criterios da MTC, esta enfermidade relaciona-se com a invasăo de vento-calor exogeno, a ingestăo excessiva de comidas picantes e muito condimentadas, causas que conduzem ao acumulo de umidade-calor no bago e no estomago que ascende, perturbando os olhos. Outra causa e atribuida â diminuigăo do Wei Qi e ao acumulo de sangue e energia que favorece a instalagâo de agentes infecciosos sobre a superfîcie das pâlpebras. T ratam ento Sangria no âpice. Olho. Bago. Visăo 2.

Explicagâo dos pontos Sangria no ă p ic e - Dispersa o calor, elimina a inflamagâo, clareia a vista e acalma a dor. Olho e visăo 2 - Săo os pontos da zona correspondente. atraves destes, restabelece-se a cireulagăo do sangue e da energia a nivel dos olhos e das pâlpebras. B a g o - Segundo o exposto pela MTC, a energia do bago relacionase com as pâlpebras, pelo qual eom o uso deşte ponto dispersamos o calor do estomago e do bago e recuperamos a saude da pâlpebra. E xperien cia C linica No tratam ento desta enferm idade, e fundam ental realizar san­ gria no âpice e depois, efetuar sobre o mesmo o metodo de colocagăo de sementes. Em 30 casos de tergol tratados com auriculoterapia, obtivemos apos o primeiro tratamento, cura total em 20 casos; depois do segun­ do tratamento, 7 casos, e no terceiro tratamento ficaram curados os 3 ultimos. M io p ia E um erro da refragăo no qual os objetos que se encontram proximos podem ser vistos claramente, enquanto que os que se encontram distantes săo percebidos de forma turva. E causada por um alongamento do globo ocular de frente para trâs, fazendo com que a lente corneal focalize urna imagem distante, para frente da retina. Na MTC, consideram-se multiplas as causas desta enfermidade, entre as quais se encontram a adogâo de posturas incorretas ao Ier ou

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escrever, trabalhar forpando a vista sem uma adequada iluminagăo, trabalhos visuais durante tempo prolongado sem realizar mudanpas na vista, etc. O ffgado armazena o sangue e os olhos sâo sua abertura externa; a correta capacidade visual depende de quanto alimentados estăo os olhos pelo sangue do fîgado, pelo qual a deficiencia de sangue do fîgado ou outra deficiencia deşte orgâo pode favorecer a mă nutriqăo dos olhos e a debilidade visual. Por outra parte, o trabalho visual excessivo tambem lesiona o sangue e prejudica o figado. T ratam ento Sangria no âpice. Fîgado. Rim. Olho. Visâo 2. Bapo.

Explicapăo dos pontos Figado e rim - De aeordo eom os criterios da MTC, o rim relaciona-se corn a pupila, o fîgado eom a cornea, o Qi do fîgado chega ate os olhos transportando a este suas essencias e nutrindo-os, desta maneira, ao nutrir o Yin do fîgado e do rim fortalece-se o sangue e portanto, a visâo. Bapo - A miopia e uma enfermidade que aparece em idade pre­ matura e que se relaciona corn os espasmos dos musculos ciliares; atraves de ponto bapo liberam-se os espasmos destes, jâ que o mesmo se relaciona diretamente corn os musculos ciliares, fortalecendo-se a visâo. Olho e visăo 2 - Sâo os pontos da zona correspondente, regulam a atividade do sangue e a energia a nivel do olho. E xperiencia Clinica O tratamento da miopia corn auriculoterapia, se faz mais efetivo naqueles que tenham menos de 17 anos de idade. Nas pessoas que estudam, ou forjam a visâo durante tempo pro­ longado, os resultados nâo sâo favorâveis. P e r io d o n t it e A periodontite e a inflamapâo do periodonto (teeido que suporta o dente). Existem dois tipos: a periodontite apical, que e uma complicagăo da carie dental nâo tratada, mais provocada por causas mecâni-

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cas, que afeta a ârea que rodeia a raiz do dente e a periodontite croni­ ca como complicagâo da gengivite (inflamaqâo das gengivas) năo tratada. Nesta enfermidade, afeta-se todo o periodonto, sendo a causa principal da queda dos dentes nos adultos. Clinicamente, a periodontite apical se caracteriza por odontalgia localizada que aumenta com a mastigaqăo. Se existe algum abscesso, este causa a destruiqăo de ossos e ligamentos provocando a queda do dente e se existir cistos dentârios pode aparecer uma inflamagâo visivel no osso da zona correspondente. Na periodontite cronica, a gengi­ vite estâ sempre presente com avermelhamento, dor, inflamacâo e sangramento fâcil pela gengivas, associado a sabor estranho na boca e halitose. Pode haver exposiqâo da raiz do dente e dor que aumenta com a ingestăo de alimentos frios, quentes ou doces. Segundo a MTC, esta enfermidade e produzida pela invasâo de calor no canal de intestino grosso e do estomago ou pela deficiencia de Yin do rim, que produz fogo por deficiencia. T ratam ento • Pontos principais Zona correspondente. Boca. San Jiao. Supra-renal. • Pontos secundârios Estomago. Intestino grosso. Shen Men. Rim.

Explicaşâo dos pontos Zona correspondente - Consideram-se os pontos reativos diretamente comprometidos no processo patologico e que săo obtidos mediante a exploraqâo; em geral estâo implicados nisso, os pontos maxi­ lar superior e inferior e paladar superior e inferior. Boca - E um ponto da zona correspondente. Supra-renal -T e m funqăo antiinflamatoria e antiinfecciosa. De acordo com as experiencias realizadas em animais de laboratorio, o ponto, nestes casos, tambem pode elevar o limiar doloroso acalmando a dor. Estomago. intestino grosso. rim, San Jiao e Shen Men - Suas fungoes, neste caso, săo as mesmas referidas na odontalgia. As causas mecânicas devem ser corrigidas com a remoeâo do ponto de contato prematuro para năo piorarmos o caso melhorando a dor.

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G e n g iv o r r a g ia A gengivorragia e um sintoma frequentemente visto que se combi­ na com a gengivite e a periodontite. Na maioria dos casos, estâ relacionada com urna debilidade na defesa bucal que favorece a invasăo de diferentes germens. Na MTC, seguem-se os mesmos criterios da odontalgia e da perio­ dontite. T ratam ento • Pontos principais Zona correspondente. Boca. Traqueia. Baqo. Supra-renal. • Pontos secundârios Intestino grosso. Estomago.

Explicacăo dos pontos Zona correspondente - Na gengivorragia, mostram-se reativos, em geral, os pontos maxilar inferior e superior e paladar superior e infe­ rior segundo a localizaqăo do processo patologico. Boca e traqueia - Quando o paciente padece de gengivorragia, estes dois pontos mostram-se reativos no pavilhâo auricular, motivo pelo qual se comprovou, na prâtica clinica, que tem um poderoso efeito antiintlamatorio e hemostâtico. Bapo - O baco manifesta se atraves dos lăbios e controla a saude bu­ cal. Ao mesmo tempo, este orgăo, tambem, tem a luncâo de manter o sangue cireulando dentro dos vasos sangiiineos evitando que se extravase. Quando o Qi de baqo e insuficiente, a energia deşte nâo chega a manter a saude bucal, nem controla o sangue dentro dos vasos sangiiineos, produzindo-se as enfermidades hemorrâgicas; por isso atraves deşte ponto obtemos urna dupla funqâo no tratamento desta enfermidade: elevar o nivel defensivo da cavidade bucal e deter a hemorragia. Supra renal - Tem funqăo antiinflamatoria e hemostâtica. Intestino grosso e estomago - Segue o mesmo criterio explicado no item odontalgia. O t it e M e d ia C r o n ic a A otite cronica supurada e a inflamagăo do ouvido medio, seja da mucosa de revestimento ou da mucosa e o osso subjacente. De acor-

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do com as caracteristicas da otorreia e da perfuragâo timpânica, se divide em simples e osteitica. Na otite media cronica simples, produzse uma inflamaqâo da mucosa do ouvido medio com supuragâo mucopurulenta abundante, nâo fetida, que verte ao conduto atraves de uma perfuragăo timpânica cronica e se exacerba no curso de processos catarrais; tem periodos de calma em que o ouvido seca e se associa a uma hipoacusia de grâu variâvel. No caso da forma osteitica, trata-se de processos supurativos, onde hâ inilamaqăo e destruiqăo do mucoperiosteo do ouvido manifestando-se com hipoacusia mista. Em ambas as entidades, influem determinados fatores causais como o terreno alergico, o estado imunologico, as caracteristicas da mucosa, as infecţoes vizinhas (adenoidite, rinossinusite), a mâ ventilaqâo nasal, etc. A flora bacteriana que predomina e a Gram-negativa (Pseudomonas, Proteus, etc.). T ratam ento • Pontos principais Ouvidos interno e externo. Supra-renal. • Pontos secundârios Visăo 2. Âpice da orelha. Temporal. Subcortex.

Explicaqâo dos pontos Ouvidos interno e externo - Săo os pontos da zona correspondente, promovem a reduqâo da inflamagăo e elevam a capacidade auditiva, aumentando a circulaqâo de Qi e de sangue na zona. Supra-renal - Atraves deşte ponto, estimula-se a produqăo de corticoides, eliminando-se a inflamaqăo e fortalecendo-se a capacidade antiinfecciosa. Temporal - Na regiâo temporal, localiza-se o centro nervoso da audiqăo. Estimulando este ponto, excita-se a nivel do cortex o centro da audiqăo, melhorando a capacidade auditiva. Subcortex - A ârea cardiovascular do subcortex regula a atividade vasomotora diminuindo o exsudato dos capilares e favorecendo a circulaqâo local. Sangria no ăpice - T e m funqâo antiinflamatoria e analgesica. Visăo 2 - E um ponto de experiencia. Comprovou-se que tem um efetivo resultado nas enfermidades oculares, mas nâo sucede o mesmo nas enfermidades do ouvido.

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Nota - Os melhores resultados corn auriculoterapia se obtem na otite simples. E p is t a x e Esta enfermidade consiste no sangramento nasal por via anterior ou posterior, sendo sua origem endonasal, retronasal ou extranasal. No caso da epistaxe endonasal, pode ser causada por traumas externos a nivel local, ressecamento da mucosa nasal, ulceras, polipos, etc. Entre as causas da epistaxe extranasal podem denominar-se as febres altas produto de enfermidades infecciosas agudas, enfermidades hematologicas, deficit vitaminico, transtornos vasculares, cirrose hepatica, etc. A epistaxe, em geral, e unilateral. De acordo com os criterios da MTC, esta enfermidade e causada, principalmente, por desordens do pulmăo e do canal Yang Ming do pe, ainda que tambem as defîciencias de Yin do figado e rim possam ser outra das causas. Assim temos que a invasâo de vento-calor no pulmăo ou a ingestăo excessiva de alimentos gordurosos, doces e de bebidas alcoolicas que exacerbem o fogo de estomago conduzem â epistaxe por calor no sangue. Por outro lado, a defîciencia de Yin do figado e do rim favorece a subida do fogo por defîciencia, o sangue segue o fogo em sua ascensăo provocando-se a epistaxe por defîciencia de Yin. Como ultima causa, pode-se denominar a de origem traumatica. T rata m ento • Pontos principais Nariz interno. Suprarenal. Pulmăo. Bago. • Pontos secundărios Diafragma. Hipofise. Estomago.

Explicaţăo dos pontos Nariz interno - E o ponto da zona correspondente. Atraves deşte, regula-se a atividade vasomotora no nariz, detendo-se a hemorragia. Supra renal - O estimulo deşte ponto produz uma reaqăo vasoconstritora. Bago. diafragma e hipofise - Estes tres pontos, unidos ao ponto supra-renal, săo considerados os quatro pontos para deter a hemorragia.

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Estomago e pulmăo - Atraves do uso destes dois pontos, dispersa­ se o calor do pulmăo e do estomago, refresca-se o sangue e detem-se a hemorragia. O t a l g ia A otalgia abrange a dor do pavilhâo auricular, do conduto auditivo e das regioes perifericas a orelha. E um sintoma frequentemente visto na prâtica clinica e de multiplas causas, que podem ser por enfermidades proprias da orelha ou do ouvido medio ou externas a este; deş­ te modo podemos classificar a otalgia em; • Otalgia por transtornos proprios da orelha e enfermidades do ouvido externo por traumas do pavilhâo, inflamagâo do tecido cartilaginoso, herpes zoster, eczemas agudos, erisipela, ulceras, etc. • Otalgia por transtornos do ouvido medio, entre as quais contam as lesoes traumâticas do timpano e timpanovestibulares, enfer­ midades inllamatorias como a meningite, otite media, mastoidite, etc. Nas otalgias produzidas por outras enfermidades alheias ao ouvi­ do temos as originadas por enfermidades da cavidade bucal e da garganta como a saida dos terceiros molares, glossite, câncer da lingua, aftas bucais, faringite cronica ou aguda, amigdalite cronica ou aguda. câncer da garganta, tuberculose da garganta, etc. Tambem, pode-se manifestar por transtornos das glândulas tiroides e da regiăo cervical, tais como o câncer de tiroides, cervicalgia, etc., ou pela inflamagăo de estruturas proximas do ouvido como a parotidite, adenopatias, etc. Entre outras enfermidades somâticas que podem causar a otalgia podemos citar a diabetes melito, anemia, leucemia, histeria, hipofunqăo dos ovârios. O pavilhâo auricular e urna regiăo ricamente inervada, principalmente, por dois nervos espinais e quatro craniais. por isso, os sintomas inflamatorios favorecem o aparecimento de neuralgia no pavilhăo auricular, comprometendo-se principalmente, os nervos occipi­ tal menor, auricular maior e trigemeo. T ra ta m e n to • Pontos principais Zona correspondente. Nervos implicados. Sari Jiao.

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• Pontos secundârios Ouvido externo. Endâcrino. Supra-renal. Shen Meri. Occipital. Sangria no âpice.

Explicacâo dos pontos Zona correspondente e newos implicados - Para determinar o ponto da zona correspondente, devemos definir se a otalgia e provocada por uma mu danga patologica do mesmo ouvido ou como reagâo reflexa de um processo patologico distal ou periferico. O nervo implicado seră aquele que reage de maneira mais positiva â exploragâo do pavilhâo auricular. San Jiao - No ponto San Jiao, reunem-se os nervos glossofarmgeo, facial e vago, motivo pelo qual e vital o uso deşte ponto para tratar a dor da regiâo baixa do pavilhăo, de sua raiz ou sua periferia, causado principalmente por neurite do nervo facial, mudangas patologicas da cavldade bu­ cal, laringofaringite, otite media por transtomos timpanovestibulares, enfermidades das tiroides, das vias digestivas, etc. O nervo temporoauricular trata, fundamentalmente, a otalgia do pavilhâo auricular, do conduto auditivo e da regiâo periferica da orelha mas, especialmente, quando a dor toma a face anterior do pavi­ lhăo, a regiâo temporal da cabega e a face, como por exemplo, na neuralgia do trigemeo, lesoes timpânicas por traumas externos, mastoidite, enfermidades dos dentes e da lingua, etc. O nervo auricular maior e usado fundamentalmente para as dores na regiâo externa e inferior do pavilhăo auricular e que se relacionam, basicamente, corn a parotidite, fibromiosite da regiâo do pescogo, tiroidite, etc. O nervo occipital menor e usado para tratar, essencialmente, a dor na regiâo superior e externa do pavilhâo relacionado, na maioria dos casos, corn a parotidite, fibrom iosite da regiâo do pescogo, tiroidite, etc. Occipital, Shen Men e sangria no âpice - Tem fungăo sedante e analgesica. Supra renal e endocrino-A otalgia, na maioria dos casos, estâ relacionada corn processos inflamatorios, o que justifica o uso destes pontos. E xperiencia Clinica No tratamento da otalgia deve definir-se claramente a origem da mesma, o que nos conduzirâ a uma estrategia terapeutica adequada.

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Ao realizar o tratamento devemos determinar, exatamente, qual dos nervos que inervam o pavilhăo auricular e o afetado. O estîmulo usado nos pontos deve ser forte com o objetivo de elevar o limiar doloroso. G laucom a E uma enfermidade onde se produz um aumento da pressâo intraocular, que leva â compressăo e a obstruqâo dos pequenos vasos sanguineos do olho e/ou das fibras do nervo optico, causando sua destruiqăo parcial ou total ou perda completa da visăo. A forma mais comum e o glaucoma cronico de ângulo aberto, o qual raramente ocorre antes dos 40 anos e, geralmente, năo produz sintomas ate que a cegueira esteja avanqada. Isto acontece devido a um bloqueio da drenagem do humor aquoso da cămara anterior do olho que evolui de forma paulatina, produzindo um aumento lento da pressâo intra-ocular. Tem tendencia a ser hereditârio. O glaucoma agudo de ângulo estreito, deve-se â obstruqăo repentina da drenagem do humor aquoso, com o aumento repentino da pressâo intra-ocular. Clinicamente, caracteriza-se por dor ocular e periocular aguda e severa, percepqâo de um halo em torno das luzes, nâuseas, vomitos, avermelhamento ocular e dilatagâo pupilar, cefaleia, etc. O glaucoma congenito e devido a uma anormalidade na estrutura de drenagem dos ângulos do olho. Em algumas ocasioes, o glaucoma pode ser produzido por traumatismo no olho ou por enfermidades severas como a uveite, o deslocamento do cristalino ou pela aderencia entre a iris e a cornea. De acordo com a MTC, esta enfermidade relaciona-se, em geral, com a subida de fogo do fîgado e de vesicula biliar ou com a subida de fogo devido â deficiencia de Yin do fîgado e do rim, o que perturba a circulaqăo do Qi a nivel dos olhos. T ratam ento • Pontos principais Olho. Visăo 1. Fîgado. Rim. Hipotensor. Occipital. Âpice da orelha.

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• Pontos secundârios: Shen Men. Subcortex.

Explicaqăo dos pontos Olho e visăo 1 - Săo os pontos da zona correspondente. Sangria no ăpice e ponto hipotensor - Tem funqâo hipotensora e clareia a visâo. Figado - A qualidade da visâo dependerâ do estado fisiologico do fîgado, jâ que os olhos săo sua abertura externa; atraves deşte ponto, dispersa-se o fogo do figado e da vesfcula biliar. Rim - Nutre o Yin e dispersa o fogo por deficiencia. Occipital - Este ponto tem fungăo sedante acalmando o espirito; por outra parte controla o centro da visâo, localizado na regiâo occipital. Subcortex e Shen Men - Regula a atividade do cortex cerebral, sedando o espirito e acalmando a dor.

GINECOLOGIA M enstruaco es Irreg ulares A menstruaqâo e um ciclo de mutaqâo fisiologica que cumpre o utero, devido â interconexâo funcional entre a hipofise e o ovârio. Se tanto a hipofise, como o ovârio apresentam disfunqâo em seu ciclo de secreqâo hormonal, podem produzir-se mudangas nos periodos da menstruaţăo, o volume de sangue, coloragâo desta, etc., que recebe a denominagâo de menstruagâo irregular. As menstruaqoes irregulares săo produzidas por causas externas e internas. No caso das internas, podem-se denominar a sobreexcitagăo nervosa, a ingestăo excessiva de alimentos frios, picantes ou muito estimulantes, o padecimento de outras enfermidades cronicas que produzam debilidade corporal, etc. Entre as causas externas podemos denominar mudangas climatologicas como o frio, a umidade ou o calor. Na MTC, considera se que as disfungoes do rim, do figado e do baco guardam estreita relaqăo corn as menstruagoes irregulares. Assim temos que se o Qi do rim e abundante, os eanais Chong e Ren săo harmoniosos em sua funqăo e as menstruaqoes sâo normais, mas se hâ deficiencia do Qi do rim, se perde o equifibrio funcional entre ambos os eanais, provocando o desarranjo menstrual. As estagnagoes do Qi do figado, o calor do figado e o fogo do figado sâo processos patologicos deşte orgâo que provo­ cam a falha em sua funqâo de armazenar o sangue e a deficiencia de Qi do

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bago, impedindo que este possa conter o sangue dentro dos vasos sangtiineos, causas que conduzem âs mudangas no periodo da menstruagăo em sua coloragâo e em seu volume. Geralmente. pode-se observar que as m enstruagoes adiantadas guardam estreita relagâo com a estagnagăo do Qi do figado que se transform a em fogo, o que provoca calor no sangue; este processo morbido, muitas vezes, e causado por tensâo m ental e ingestăo de alim entos excessivam ente picantes. Por outro lado, as menstruagoes retardadas estâo mais diretam ente relacionadas com o acumulo de frio no interior, que se acum ula no utero e evita a normal circulagâo de sangue e energia, pela obstrugăo dos vasos Chong e Ren. Este fenomeno, com frequencia, e causado pela mâ nutrigăo, debilidade de bago e estomago, ingestăo excessiva de ali­ m entos frios e a exposigâo durante tem po prolongado ao frio e â umidade. No caso de m enstruagoes irregulares, tanto adiantando ou, atrasando, sem definigăo, entâo, sâo causadas pela estagna­ găo do figado e a deficiencia de Yin de rim. T ratam ento Utero. Endocrino. Ovârio. Hipofise. Rim. Figado. Bago.

Explicagăo dos pontos Utero - E o ponto da zona correspondente. Atraves do mesmo, regula-se a circulagăo do sangue e da energia no utero. favorecendo a nutrigăo deşte e a eliminagâo das estagnagoes e do frio. Endocrino. hipofise e ovărio - Atraves destes pontos, regulam-se as desordens endocrinas da hipofise e dos ovârios. Rim - Com este ponto tonificamos, o Qi de rim e harmonizamos a fungăo dos vasos Chong e Ren. Figado - Com este ponto, restabelecemos a fungăo de drenagem e dispersâo deşte orgăo, eliminando as estagnagoes, ativando a circula­ găo dos canais e colaterais. E importante a selegâo do mesmo no caso das menstruagoes adiantadas ou nas adiantadas e atrasadas. Bago - Atraves deşte ponto, tonifica-se o Qi do bago, fazendo com que o sangue se mantenha dentro dos vasos sanguineos; e muito im ­ portante seu uso nas menstruagoes atrasadas e abundantes.

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E xp erien cia C lin ica O uso de auriculoterapia nas menstruagoes irregulares oferece resultados notâveis, geralmente, depois de tres ciclos de tratamento, restabelece-se a normalidade do processo menstrual. Se depois de tres meses de tratamento a menstruagâo se normalizou, pode-se deter o mesmo. D is m e n o r r e ia Como dismenorreia, entende-se a molestia dolorosa que aparece na regiâo do hipogâstrio da mulher antes, durante ou depois da menstruagăo. Este fenomeno e mais freqiientemente visto no periodo de comego da menstruagâo e menos assiduo, no periodo tardio. A disme­ norreia pode estar acompanhada de outros sintomas como vomitos, diarreias, vertigens, molestias lombares, etc. Em casos mais graves pode aparecer. palidez facial corn sudagâo fria da cabega e a face eom mâos e pes frios. Na prâtica clinica, pode dividir-se em dismenorreia primăria e secundâria. A dismenorreia primăria e a que ocorre nas adolescentes e na mulher jovem. Usualmente, inicia-se dentro dos dois ou tres anos do primeiro periodo menstrual, urna vez estabelecida a ovulagăo e freqiientemente, diminui em torno dos 25 anos ou depois do nascimento do primeiro filho. Esta e provocada porque existe urna maior sensibilidade ou um excesso de produgăo de prostaglandina, hormonio que estimula as contragoes uterinas. Demonstrou-se tambem que a superexcitagâo psicologica, assim como os transtornos endocrinos e a estenose do colo do utero podem guardar relagăo corn este tipo de dismenorreia. A dismenorreia secundâria aparece como reflexo de um transtorno proprio do utero como a endometriose, da inflamagâo pelvica, do fibroma uterino, etc. Ambas as entidades acompanham-se, ademais, da sindrome premenstrual corn irritabilidade ou depressâo, edema pre-menstrual, sensagâo de distensâo, etc. Para a MTC, a dismenorreia tem as tres diferenciagoes seguintes: • Dismenorreia por acumulo de frio e umidade no utero que obstrui a circulagăo do sangue e da energia; freqiientemente e causada pela exposigăo da mulher, por tempo prolongado, ao frio e â umidade, assim como pela ingestăo de alimentos frios. • Dismenorreia pela estagnagăo de Qi do figado, que faz corn que a circulagâo do sangue e da energia nos vasos Ren e Chong seja anormal e guarda relagâo, em geral, corn a irritabilidade e a excitagâo nervosa.

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• Dismenorreia pela lesăo do Yin do fîgado e do rim, que provoca mâ nutrigăo do utero e desarmonia entre os vasos Ren e Chong. T rata m ento • Pontos principais: Utero. Endocrino. Ovârio. Hipofise. • Pontos secundârios: Shen Men. Hipogâstrio. Fîgado. Rim. Centro do concha cimba. Pelve. Subcortex. Simpâtico.

Explicagăo dos pontos Utero, hipogâstrio, centro da concha cimba e pelve - Săo os pontos da zona correspondente; atraves deles regula-se a atividade do Q ie do Xue no utero, aliviando a dor. Ovârio, hipofise e endâcrino - Atraves destes pontos, regula-se a atividade do sistema endocrino, especialmente do ovârio. R im - Atraves deşte ponto, tonifica-se o rim, nutrindo-se seu Yin, regulando-se assim a atividade dos vasos Ren e Chong. Este e selecionado, sobretudo, na dismenorreia primăria. Fîgado - O canal do fîgado, em sua trajetoria, penetra pelo hipogâstrio e nos orgăos genitais. Desta maneira, harmoniza a circulagăo do Qi e do Xue no utero e recupera sua fungăo de drenagem e dispersâo, eliminando-se as estagnagoes. Simpâtico - Libera os espasmos e acalma a dor. Subcortex - Regula a atividade do cortex cerebral, liberando as tensoes nervosas. E fundamental seu uso, nas dismenorreias primârias, onde se produzem sintomas tensionais antes da menstruagâo. Shen Men - Tem funqăo sedante e analgesica. E xp erien cia C linica De acordo corn a experiencia acumulada, pode-se observar que urna resposta satisfatoria so e conseguida a partir dos dois meses de

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tratamento. Em geral, deve manter-se a observagâo do caso por mais de tres meses, para determinar o resultado terapeutico.

A menorreia Como amenorreia, entende-se a ausencia de menstruagăo que pode ser primăria ou secundâria. A amenorreia primăria define-se como a ausencia do inicio da menstruagăo quando a paciente jâ alcangou os 16 anos. Sua causa principal e um atraso no inicio da puberdade, que pode ser natural ou provocado, corn menos freqiiencia, por desordens do sistema endocrino relacionados corn tumor da pituitâria, o hipotiroidismo, tumor ou hiperplasia suprarenal, etc. Em casos mais raros, a menstruagăo falha devido â ausencia congenita do utero ou da vagina ou pela imperfuragâo do himen que impede a saida do fluxo menstrual. A amenorreia secundâria consiste no cessamento temporal ou per­ manente da menstruagâo em urna mulher cujos periodos menstruais eram regulares. Sua causa mais comum e a gravidez. Os ciclos podem cessar, temporariamente, uma vez que a mulher haja deixado de tomar pilulas anticonceptivas. Como outras causas, entram os transtornos hormonais produzidos pela tensâo emocional, a depressăo, a anorexia nervosa ou as drogas e as desordens nos ovârios como o tumor e a policistose ovariana. A amenorreia ocorre, permanentemente, depois da menopausa ou da histerectomia. De acordo corn a MTC, esta patologia pode ser classificada por excesso ou por deficiencia. A amenorreia por deficiencia esta relacionada, em geral, corn desordens congenitas, corn a deficiencia do rim, mă nutrigăo por debilidade do bapo e do estomago, enfermidades prolongadas que lesionem o sangue e a energia, hemorragias, etc., Fatos que prejudicam a normal nutrigăo dos vasos Ren e Chong, aparecendo a amenorreia. A amenorreia por excesso deve-se, fundamentalmente, â estagnagâo do sangue e da energia, provocada por estagnagâo do Qi do figado ou â estagnagăo do Qi e do Xue, causada pela ingestâo de alimentos frios ou pela invasăo de frio exogeno, que leva â perda da funţăo de transporte e transformaqăo do bago e, portanto, ao acumulo de umidade e fleuma no interior que obstrui os vasos Ren e Chong. T ratam ento Utero. Ovârio. Hipofise.

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Rim. Endocrino. Fîgado. Bago.

Explicaqăo dos pontos Utero - E o ponto da zona correspondente, regula a circulaqâo do sangue e da energia dentro do utero. Ovărio, hipofise e endocrino - Regulam as desordens do sistema endocrino, especialmente a nivel do ovârio. Fîgado, rim e baco - Atraves destes pontos, nutre-se o sangue e o Qi. No caso da dismenorreia por deficiencia, devem ser selecionados os tres e no caso da dismenorreia por excesso, so se seleciona o ponto fîgado. E xp e rie n cia C linica Em 21 casos corn amenorreia tratados, dos quais 20 eram de tipo secundâria e uma, primăria, obtivemos o seguinte resultado: nove recuperarăm a menstruagăo apos o primeiro tratamento; nove voltaram a menstruar depois do segundo; duas responderam positivamente ao terceiro tratamento e o unico caso de dismenorreia primăria nâo reagiu, mesmo depois de concluidos 20 tratamentos. H e m o r r a g ia U t e r in a D i s f u n c io n a l Este transtorno pode produzir-se em jovens, em mulheres de plena atividade sexual e ate em meninas. No caso das meninas, descartada a regra da recem-nascida, a hemorragia genital pode ser sintoma de um tumor da granulosa, de um tumor hipofisârio, das supra-renais ou pineal. Tambem, pode ser causada por neoplasias malignas do aparelho genital feminino. No caso das jovens, enferm idades gerais como as cardiopatias podem provocar a metrorragia, ainda que na maioria dos casos sejam hemorragias funcionais puberais, pela persistencia do estim ulo estrogenico ou por fracasso uterino. No caso da mulher adulta, a metrorragia estă ligada, em geral, a polipos, fibromas, câncer de colo, tumores de ovârios, a anexite, endometriose, etc. De acordo corn os criterios da MTC, este transtorno se produz por uma lesâo dos vasos Ren e Chong, os quais năo podem fixar o Yuan Qi e controlar o sangue nos vasos. Na prătica clinica, divide-se em dois tipos: por deficiencia e por excesso. O tipo por deficiencia pode ser causado por debilidade no baqo, deficiencia de Yang do rim ou por

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deficiencia de Yin do rim. O tipo por excesso e originado por invasăo de calor exogeno ou pela ingestăo excessiva de comidas picantes que exacerbam o Yang produzindo calor que perturba os vasos Ren e Chong ou por o estagnagăo do Qi do fîgado que se transforma em fogo e perturba a capacidade deşte de armazenar o sangue. T ratam ento • Pontos principais Utero. Hipofise. Ovârio. Endocrino. Bago. Fîgado. Rim. • Pontos secundârios Diafragma. Supra-renal.

Explicacâo dos pontos Utero - E o ponto da zona correspondente. Endocrino, ovărio e hipofise - Regulam a atividade do sistema en­ docrino, especialmente, a fungăo do ovârio, promovendo a secregăo de estrogenos. Em geral, a secregăo de estrogenos diminui ate 50% abaixo do normal no caso da hemorragia uterina; se elevamos o nivel de estrogenos se detem a hemorragia. Fîgado, hago e rim - Esta enfermidade guarda relagăo corn a disfungăo destes tres orgăos. Por exemplo, se hâ urna superexcitagăo nervosa, se estagna o Qi do fîgado e este se transforma em calor; se hâ deficiencia de Qi do bago, este nâo pode controlar o sangue e por sua vez nâo consegue nutri-lo; se hâ deficiencia de Qi do rim se compromete o funcionamento normal dos vasos Ren e Chong. Supra renal e diafragma - Săo pontos corn fungâo hemostâtica. E xperien cia C linica E favorâvel o uso de agulhas filiformes durante a hemorragia ute­ rina, realizando nela um estimulo forte. Com freqiiencia, depois de 2 a 3 dias de tratamento o volume da hemorragia diminui. Em geral, o tempo de tratamento desta enfermidade e longo, chegando a ser de 2 a 3 meses. Em casos graves, pode-se colocar 0,1 cc de vitamina K nos pontos utero, ovârio, endocrino e bago. Urna vez detida a hemorragia, podese prosseguir com o metodo de colocagăo de sementes.

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C e r v ic it e A cervicite e a inflamagăo do colo uterino e e, usualmente, devida a uma infecpăo vaginal ou a uma enfermidade de transmissâo sexual como a infecqăo por gonorreia, clamidia ou por herpes. Tambem, pode ser secundâria, devida a traumatismos do colo durante o parto ou a manipulaqoes e operapâes no utero. Segundo sua evolupâo e manifestapoes clinicas, pode ser aguda ou cronica. A cervicite aguda geralmente transcorre assintomâtica, sendo descoberta por um exame do colo uterino buscado por outra razăo. Nestes casos pode haver o aparecimento de secrepâo. Na cervicite cronica, produz-se secrepâo vaginal abundante, sangramento vaginal depois do ato sexual ou entre os periodos menstruais, dor no baixo ventre e, em algumas ocasioes, desconforto, so durante o ato sexual. De acordo com a MTC, esta enfermidade pode ser causada primeiramente por deficiencia de Qi de bapo que favorece a retenpâo de umidade no interior, a qual ao estagnar-se, transforma-se em calor e descende afetando o Jiao inferior; outra causa pode ser a deficiencia de Qi do rim que faz diminuir o nivel de energia antipatogenica nos orgăos sexuais femininos, assim como, a invasăo de agentes infecciosos que conseguem instalar-se ao haver debilidade da energia antipatogenica. Ficando diferenciado nas tres sindromes seguintes: • Por deficiencia de rim. • Por deficiencia de baqo. • Por invasăo de agentes infecciosos. T rata m ento • Pontos principais Sangria no âpice. Colo do utero. Figado. Bapo Rim. SanJiao. Endocrino. Supra-renal. • Pontos secundârios Se distensâo em hipogâstrio - Centro da concha cimba e abdomen. Se debilidade lombar - Regiâo lombossacra.

Explicacâo dos pontos Colo do utero - E o ponto da zona correspondente, promove a circulapăo do Qi e do Xue a nivel local, favorecendo a reducâo da inllamapăo.

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Figado, rim, bago e San Jiao - Atraves destes pontos, elimina-se a umidade-calor e se restabelece o normal funcionamento dos vasos Dai, Ren e Chong. S a n g ria no ă p ice, e n d o c rin o e s u p ra -re n a l - T em fu n gă o antiinfecciosa e antiinflamatoria. E xp e rie n cia C lin ica Corn o tratamento da cervicite, corn auriculoterapia, obtem-se resultados favorâveis. Pode-se comprovar, na prâtica clinica, que corn o uso colocaqâo de sementes, apos um ciclo de tratamento, os sintomas inflamatorios diminuem consideravelmente, assim como a secreqăo. I n f l a m a c ă o P e l v ic a Esta enfermidade abrange os processos inflamatorios que se possam produzir no utero, trompas, ovârios ou tecidos adjacentes. Segundo seu curso e evoluqâo pode ser cronica ou aguda. A inflamaqâo pelvica aguda produz-se, em geral, por infecqoes adquiridas apos operaqoes dos genitais corn instrumentos năo esterilizados corretamente. A mâ higiene, durante a menstruaqâo, constitui a outra causa. Clinicamente, se manifesta corn um quadro de febre elevada, forte dor no hipogâstrio que pode acompanhar-se de polaciuria ou diflculdade para eliminar a urina; tambem aparece leucorreia abundante que chega a ser purulenta. Ao exame fisico podemos notar um aumento da temperatura local corn dor â pressâo, assim como um aumento dos leucocitos. A inflamagăo pelvica cronica, em geral, e a evoluqăo de processo agudo mal tratado, ainda que, em algumas ocasioes, haja inflamaqâo aguda que passa inadvertida, levando â cronicidade. Seu quadro clinico apresenta-se por dores sacrolombares e do hipogâstrio, os quais se agravam depois do cansaco e pode estar acompanhada de leucorreia abundante e menstruaqoes abundantes e regulares. Para a MTC, segue o mesmo criterio que no caso da cervicite. T ra ta m en to Sangria no âpice. Pelve. Endocrino. Supra-renal. Bago. Figado. Shen Men.

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Explicaqâo dos pontos Pelve - E o ponto da zona correspondente e tem fungâo antiinflamatoria e analgesica. Figado e bago - Ambos os pontos favorecem a eliminagăo da umidade e do calor do Jiao inferior. E n d o crin o , s u p ra re n a l e s a n g ria no ă p ic e - T em fu n gă o antiinfecciosa e antiinflamatoria. Shen Men - Tem fungâo analgesica. P r o l a p s o U t e r in o O prolapso uterino e a descida dos orgâos genitais internos perdendo sua normal localizagăo anatomica. Segundo a magnitude do mesmo, pode dividir-se em tres graus. • Grâu 1 - 0 utero descende ligeiramente abaixo de sua posigâo anatomica normal, mas o colo se mantem dentro da vagina. • Grâu 2 - 0 colo do utero e o corpo uterino descendem ate o introito vaginal chegando a ser parcialmente exposto ao esforgo fîsico. • Grâu 3 - 0 colo e o corpo uterino se prolapsam totalmente por fora da vagina. Esta enfermidade manifesta-se corn sensagăo de distensâo e agravamento dos sintomas apos o cansago; em alguns casos, depois do descanso, o orgâo prolapsado pode voltar a sua posigăo. Pode acompanhar-se de desconforto sacrolombar, difieuldade para a defecagăo e incontinencia urinâria e, em muitas ocasioes, de infecgoes e erosoes do colo uterino e da vagina. Para a MTC. esta enfermidade pode ser causada por esforgo excessivo durante o parto, a incorporagăo prematura ao trabalho durante o puerperio, causas que lesionam o Qi do Jiao medio, perdendo este sua faculdade de manter os orgâos em sua posigăo. Tambem, as multiplas gravidezes e a atividade sexual excessiva que lesionam o rim podem levar â perda da normalidade dos vasos Dai, Ren e Chong, favorecendo a descida do utero. De acordo corn a diferenciagâo tradicional, esta enfermidade pode ser classificada em: • Prolapso por deficiencia de bago. • Prolapso por deficiencia de rim. T ra ta m en to • Pontos principais: Colo do utero. Utero.

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Rim. Bago. Figado. Hipofise. Endocrino. • Pontos secundârios Centro da concha cimba. Abdomen.

Explicagăo dos pontos Colo do iitero e iitero - Săo os pontos da zona correspondente, os quais promovem a circulagăo do Qi na regiăo, evitando o prolapso. Rim, Jigado e ba g o- Estes tres pontos tonificam o Q ie fortalecem a atividade dos vasos Dai, Ren e Chong. E ndocrino e hipofise - F avorecem a reposigăo dos orgăos prolapsados.

DERMATOLOGIA P r u r id o Constitui um sintoma subjetivo muito frequente nas afecgoes dermatologicas, e se define como a sensagăo subjetiva que convida a cogar. Este sintoma e mais frequente em pessoas adultas ou da terceira idade e pode-se classificar em prurido em generalizado ou localizado. O prurido generalizado tem um carâter paroxistico e migratorio e pode ser produzido por contato corn a roupa ou pela ingestăo de alguma bebida ou comida. Na maioria dos casos, os sintomas se agudizam antes de dormir, o que favorece o aparecimento de insonia e transtornos do espirito. Por causa da coceira excessiva, o paciente pode chegar a lesionar a pele e, em casos graves, esta chega a infectar-se. No caso dos ancioes esta enfermidade e chamada de prurido senil. O prurido localizado, geralmente, e mais frequente no anus e nos testîculos no homem e nos orgăos genitais na mulher; urna causa ou estîmulo desencadeante sempre esta presente. De acordo corn os criterios da MTC, e denominada Yang Feng que e traduzido como prurido causado por vento. Recebe este nome pelas caracteristicas migratorias que tem o agente patogenico de vento e pode ser causado pela acumulo de vento-um idade na pele

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no ca so do p ru rid o g e n e ra liza d o ou, p ela u m id a d e -c a lo r no caso do p ru rid o local.

T ra ta m e n to Sangria no âpice. Sangria na zona correspondente. Pulmăo. Figado. Baqo. Endocrino. Diafragma. Shen Meri. Occipital. Alergia.

Explicaţăo dos pontos Sangria no ăpice, endocrino e alergia - Săo pontos com funqăo antialergica e sedante, razâo pela qual. săo adequados para acalmar o prurido. Sangria na zona correspondente - A sangria na zona correspon­ dente ativa a circulaqăo do sangue a nivel local, elimina a umidade, comunica os colaterais, sedando e acalmando o prurido. Pulmăo. figado e b a g o - A inda que o pulm ăo seja o orgăo que con ­ trola a pele, o figado e o baqo gu ardam tam bem estreita funqăo neste caso. O Su W en declara: "O Jîgado controla o vento e o bago gosta da secura”, m otivo pelo qual. com a utilizaqâo destes tres pontos, favorece-se a elim inaqăo do vento e a drenagem da um idade, nutrindo-se a pele e acalm ando-se o prurido. Shen Men e occipital - Tem funpăo sedante e acalmam o prurido. Diafragma - Entre as fungoes deşte ponto se encontra a de acal­ mar o prurido. E x p e rie n c ia C lin ica A aplicaqăo de cada um destes pontos descritos tem um efeito satisfatorio no tratamento do prurido. Nas enfermidades dermatologicas, a sangria no âpice e na zona correspondente săo manobras bâsicas que desempenham um im por­ tante papei na terapia. Assim por exemplo, se o prurido e no ânus deve-se realizar sangria no ponto ânus e se e nos genitais, realiza-se no ponto dos orgâos genitais externos. A sangria nestes pontos deve ser realizada em forma de picadas para o que se usa urna agulha filiforme, executando a manobra 20 vezes sobre o ponto.

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No caso da dermatite generalizada, a sangria se realizară no âpice, no ramo inferior do ponto pulmăo e no ponto alergia. O prurido e um sintoma que pode acompanhar diferentes patolo­ gias como o diabetes, a hepatite icterica, etc., fato pelo qual, em tais casos se adicionaram os pontos convenientes a cada patologia. No caso do prurido senil, adiciona-se o ponto coragâo. O resultado do tratamento do prurido com auriculoterapia e muito râpido, mas se o mesmo se interrompe, os sintomas regressam facilmente, motivo pelo qual precisa-se realizar de um a dois ciclos de tratamento. U r t ic â r ia A urticâria e um reagăo cutânea inflamatoria, que se caracteriza pela presenga de manchas que sâo precedidas e acompanhadas de prurido. A mesma pode ser produzida por multiplos fatores como os fârmacos, os alimentos, os alergenicos, as infecgoes, as picadas de insetos, as alteragoes imunitârias, as anormalidades geneticas, os agentes fisicos, substâncias penetrantes, etc., sendo as primeiras, as causas principais. Os alimentos que produzem estes transtornos com maior freqtiencia săo: mariscos, tomate, pescados, leite, ovo, chocolate e queijo, e entre os medicamentos: os antibioticos, sedantes, analgesicos, laxantes, etc. A urticâria e o resultado da vasodilatagăo dos vasos finos da pele. Clinicamente, caracteriza-se pela presenga de manchas, de cor rosada ou branco anemico, edematosas, pruriginosas, que aparecem e desaparecem, bruscamente e que variam de tamanho. Normalmente, tem forma anular e, âs vezes, apresentam zonas de tumefagâo e angioedema que afeta o tecido frouxo. As lesoes das urticârias tem carâter transitorio e duram menos de 12 a 24h. Freqiientemente, acompanha-se de prurido intenso e pode afetar qualquer parte do corpo. Na MTC, esta enfermidade e diferenciada em: urticâria causada pela invasâo de vento patogenico exogeno, o que por sua vez, pode estar combinado com calor ou com frio ou urticâria por acumulo de calor no intestino e no estomago. Alguns autores consideram que esta enfermidade tambem pode ser originada pela deficiencia de sangue e de energia, por estagnagâo de sangue ou por desarmonia entre os vasos Ren e Chong.

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T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice. Alergia. Supra-renal. Endocrino. Fîgado. Bago. Pulmăo. Shen Men. Diafragma. • Pontos secundârios Estomago. Intestino delgado. Intestino grosso. Occipital.

Explicagăo dos pontos Sangria no ăpice, endocrino, supra renal e alergia - Estes pontos tem fungăo antialergica e elevam a capacidade imunologica, detendo o prurido. Pulmăo, bago eJigado - Desde a antigiiidade, considerou-se, pelos cânones tradicionais, que o pulmăo controla a pele e os pelos e, segundo os estudos de embriologia atuais, concluiu-se que a nivel do desenvolvimento embriologico, os tecidos da pele e do pulmăo săo formados ao mesmo tempo, isto pode justificar esta antiga afirmagăo. Atraves do uso dos pontos fîgado e bago, podem-se eliminar as manchas jâ que estas favorecem a eliminagăo da umidade e das estagnagoes, dispersando tambem o calor. Shen Men e occipital - Estes pontos tem fungăo sedante e acalmam o prurido. Estomago, intestino delgado e intestino grosso - Tem a fungăo de dispersar o calor do estomago e dos intestinos, eliminando desta ma­ n d ra urna das causas da urticâria. E xp e rie n cia C lin ica No tratam ento corn auriculoterapia para esta enferm idade, podemos observar resultados evidentes na urticăria aguda, enquanto que, na cronica, por estar relacionada corn urna deficiencia im u­ nologica que favorece a reagăo antigeno-anticorpo a nivel celular, precisa-se de um tratam ento muito mais prolongado corn o objeti-

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vo de dessensibilizar o organism o e elevar a im unologia, chegando a ser o mesmo de ate 6 meses. D e r m a t it e d e C o n t a t o E causada por contato da pele com um agente que atua como sensibilizador alergico especîfico ou como irritante primârio. A dermatite de contato pode ser aguda, subaguda ou cronica. Na forma aguda ou subaguda predominam o eritema, o edema, a secregâo, a formaqâo de crostas e sobretudo a formagăo de vesicula, enquanto que na forma cronica predominam o eritema. a descamagăo e a liquenificaqâo. Os sintomas podem aparecer desele vârias horas ate vârios dias depois do contato e a zona lesionada da pele guarda estreita relacăo com a ârea onde se produziu o contato. O paciente se queixa de prurido e sensagăo dolorosa e queimante na ârea afetada. T ratam ento • Pontos principais Sangria no âpice. Sangria na zona correspondente. Diafragma. Pulmâo. Baqo. Supra-renal. Alergia. Endocrino. • Pontos secundârios Se dor severa - Shen Men e occipital.

Explicaţăo dos pontos Sangria na zona correspondente - Esta manipulapăo reprim e a reagăo antigeno-anticorpo, recuperando a norm alidade do metabolismo celular, ativa a circulapăo do sangue nos colaterais e detem o prurido. Supra-renal, endocrino, alergia e sangria no ăpice - Săo pontos com fungăo antialergica e detem o prurido. Pulmăo. bago.Jigado- Eliminam o vento, liberam a superficie dos agentes patogenicos, dispersam o calor, drenam a umidade, sedam e acalmam o prurido. Shen Men, occipital e d ia fragm a- Tem funqâo sedante, analgesica e acalmam o prurido.

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H

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erpes

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O herpes zoster e considerado como uma enfermidade aguda, corn uma distribuigâo unilateral, caracterizada pelo aparecimento de vesiculas agrupadas em uma placa inflamatoria e localizada no territorio de um nervo, usualmente nâo recidivante e de evolugâo quase ciclica. Acompanha-se de dor nevralgica ou de sensagâo pruriginosa. Um so virus denominado varicela-zoster e o agente causal da varicela e do herpes zoster. A varicela reflete uma infecgăo primăria, enquanto que o herpes zoster se desenvolve em individuos corn experiencia imunologica para o virus e se supoe que seja uma reativagâo de virus da varicela preexistente em estado latente. A erupgăo pode ser precedida por uma sensagăo de hiperestesia, prurido ou dor ou pelo contrârio, aparecer bruscamente. A dor permanece limitada ao local futuro da erupgăo ou se estende um pouco mais. A lesâo comega corn placas eritematosas ligeiramente elevadas, de superfîcie rugosa, ovais e em numero de 1 a 20, separadas por espago de pele sadia. Vârias horas apos ou no dia seguinte, aparecem vesiculas no centro da placa e mais tarde, em toda a superfîcie da mesma. Estas vesiculas săo tensas, peroladas e do tamanho da cabega de um alfinete. O dessecamento comega entre o quarto e o quinto dias e termina entre o oitavo e o decimo. Todas as placas năo apare­ cem ao mesmo tempo, motivo pelo qual as vesiculas do herpes zoster se encontram em distintos periodos evolutivos. A localizagăo e caracteristica: unilateral e radicular no territorio cutâneo correspondente a uma ou vârias raizes contiguas, a zonas mais frequentemente afetadas săo a intercostal, a cervical, o ramo oftâlmico do trigemeo a zona do gânglio geniculado, etc. As lesoes năo transbordam a linha media e săo obliquas para baixo e para frente. A dor varia em intensidade, pode ser superficial corn sensagăo de queimadura interna. De acordo corn os criterios da MTC, esta enfermidade pode ser originada pela invasăo do fogo e do vento nos canais Shao Yang e Jue Yin, acumulando-se o agente patogenico a nivel da pele ou por umidade e infecgâo que se retem nos canais Tai Yin e Yang Ming, conduzindo â mă nutrigăo da pele corn o aparecimento das vesiculas. Por isso, na diferenciagâo de sindromes se classificam em herpes zoster causado por vento-fogo ou por calor-umidade. T ratam ento • Pontos principais Sangria no âpice. Sangria na zona correspondente.

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Pulmâo. Figado. Vesicula biliar. Alergia. Endocrino. Supra-renal. • Pontos secundârios Se dor severa - Shen Men e occipital. Se transtornos do sono - Neurastenia, ârea e ponto.

Explicagăo dos pontos Sangria no ăpice e em zona correspondente - Esta manobra tem a fungâo de dispersar o calor, eliminar a infecgâo, ativar a circulagăo do sangue a nivel local, comunicando os colaterais e acalmando a dor. Alergia, endocrino e supra renal - Estes pontos tem fungâo antiinflamatoria e antiinfecciosa. Pulmăo, figado e vesicula biliar - O pulmâo controla a pele e os pelos, a vesicula biliar e o figado em seu trajeto, distribuem-se pela regiâo intercostal, a combinagăo destes tres pontos dispersa o fogo, elimina o calor da superficie, drena a umidade e acalma a dor. E xp erien cia C linica Os sintomas principais do herpes zoster sâo o aparecimento das vesfculas e a presenga de dores severas que podem produzir desconforto em todo o corpo e transtornos do sono, atraves do uso da auriculopuntura, detem-se o sintoma doloroso, consegue-se corn evi­ dente rapidez, ao usar tanto a implantagâo de agulhas como o metodo colocagăo de sementes, sobre o ponto da zona correspondente. Em 32 pacientes tratados corn metodo de colocagăo de sementes, observou-se o desaparecimento da dor espontânea e da dor ao contato corn a zona afetada, corn a recuperagâo do sono tranqiiilo em 8 pacientes depois do primeiro tratamento. Depois do segundo tratamento obtiveram-se iguais resultados, em 18 pacientes do grupo res­ tante. Apos o terceiro tratamento nos 32 pacientes havia desaparecido toda manifestagâo de dor sem a presenga de molestias ao contato da pele. Depois do quinto tratamento, as manifestagoes dermatologicas haviam desaparecido totalmente. Apos os resultados observados na prâtica clinica, podemos asseverar que o uso da auriculoterapia nesta enfermidade produz urna diminuigâo importante, em seu tempo de evolugâo. Em geral, a evolugăo do herpes zoster chega a ser de duas a tres semanas, nos 32 pacientes tratados com metodo de colocagâo de sementes, este tempo

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se reduziu a duas semanas, sem a presenga, em nenhum caso, de seqiielas nevrâlgicas. H abitualm ente, o tratam ento auricular se realiza corn um a freqiien cia de um tratam ento cada tres dias, cinco tratam entos com ple­ tam um ciclo, em geral, depois de um ciclo desaparece a maioria dos sintom as corn um a recuperaqăo total do paciente. A c n e J u v e n il Denomina-se acne juvenil â enfermidade cronica da pele, caracterizada por uma sindrome lesional polimorfa, produzida fundamentalmente pela interagăo de fatores hormonais e geneticos predisponentes, que atuam sobre o aparelho pilossebâceo. E uma dermatose tipica da puberdade, que pode ser observada em ate 80% dos adolescentes. Na maioria dos casos, transcorre sem grandes consequencias ainda que em algumas ocasioes provoca, por sua extensăo e profundidade, transtornos considerâveis da pele e seus anexos, deixando seqiielas importantes de ordem estetica. A acne caracteriza-se por uma sindrome cutânea polimorfa com ­ posta pelos seguintes elementos: cravo, pâpula, pustula, nodulos, quistos, abscessos e cicatrizes. O curso da afecgăo e cronico, apresenta periodos nas quais pode desaparecer totalmente a afecqăo, seguidos por periodos de grande atividade. Entre os principais mecanismos que o originam, encontram-se: • Fator constitucional ou genetico - Encontram-se tendencias familiares nas quais todos ou, a maioria dos membros padecem de acne, rebelde ao tratamento. • Desequilibrio hormonal - Este fator encontra seu respaldo. por caracterizar-se seu inicio na puberdade e desaparecer ao passar ă maioridade. Assim, se diz que a testosterona provoca hiperplasia das glândulas sebâceas, os estrogenios intervem no aparecimento da acne. Comprovou-se que a acne e mais freqiiente no sexo feminino e em muitas jovens ocorre uma exacerbaqăo dos sintomas na etapa pre-menstrual ou durante a menstruaqâo. • Fatores mecânicos - O uso de cosmeticos como cera, pos compactos etc., obstruem a desembocadura dos orificios foliculares, favorecendo a retenqăo sebâcea. O mesmo ocorre por manipulaqăo sistematica das lesoes da acne. • Fatores quimicos e alimenticios - Diversos medicamentos que contem iodetos ou brometos săo capazes de provocar acne, as­ sim como os salicilatos e barbitiiricos. • Fatores alimentares - Os alimentos que corn maior freqiiencia influem na evolugăo da acne săo: o chocolate. queijo e produtos

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lâcteos, mariscos, alimentos gordurosos, nozes e amendoas e algumas frutas citricas. • In fe c g o e s s e c u n d â r ia s - E s tim a -s e qu e g e rm e n s com o Corynebacterium acnes, Staphylococcus aureus e albuş săo responsâveis pela acne. • Fatores emocionais - Alguns autores declaram que a acne pode estar condicionada ou agravada pela alteragăo da atividade nervosa superior. De acordo corn a MTC, esta enfermidade e causada, principalmente, pelo acumulo de calor no pulmâo e estomago, o que provoca estagnagâo de sangue na parte superior do corpo e que afeta fundamentalmente â face, outra causa e a invasâo de vento-calor que provoca o acumulo do calor nos colaterais da face. Para a medicina chinesa, os fatores alimentares como a ingestâo de comidas picantes, gordurosas, etc., as quais levam ao acumu­ lo de calor no estomago corn o aparecimento de dispepsias e constipagâo conta entre as causas determinantes para a instalagăo da afecgâo. T ra ta m e n to • Pontos principais Sangria no âpice. Sangria na zona correspondente. Endocrino. Bago. Estomago. Su prarenal. Pulmăo. • Pontos secundârios Se calor intemo excessivo - Coragăo, intestino grosso e Shen Men.

Explicacâo dos pontos Sangria no âpice e na zona correspondente - Estes pontos disper­ sam o fogo e eliminam o calor. Pulmăo e bapo - A MTC considera que a deficiencia de Qi de pulmăo faz corn que este perca sua fungâo sobre a abertura e o fechamento dos poros, fator que favorece o acumulo de umidade nos tegumentos, por isso, atraves destes pontos, tonifica-se o Qi do pulmâo, elimina-se a umidade e dispersa-se o calor do bago e do estomago. Endocrino e supra renal - Estes pontos tem fungâo antiinfecciosa e regulam toda a atividade do sistema endocrino. Shen Men - Tem fungâo sedante e antiinflamatoria. Intestino grosso - No curso da acne juvenil, produz-se acumulo de fogo no canal Yang Ming, aparecendo, em geral, a constipagâo como

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um sintoma associado, o intestino grosso e o Fu acoplado ao pulmăo, motivo pelo qual com este ponto dispersa-se o calor e elimina se o togo. Coragăo - O coragăo controla o togo e o togo e a maxima expressăo do calor, desta maneira, atraves deşte ponto dispersamos o fogo e o calor. E xp erien cia C linica No caso da acne severa, precisa-se de um tempo longo de tratamento, que pode chegar a ser de um a tres meses, em geral, se com o tratamento com auriculoterapia năo se obtiveram resultados significativos deve-se combinar com terapia medicamentosa topica. L îq u e n P l a n o E uma enfermidade relativamente freqiiente na pele e nas mucosas. As lesoes săo de tipo papulosas de contornos poligonais e uma tintura violâcea, que âs vezes coalescem para formar grandes placas, geralmente, acompanham-se de grande pigmentagăo. As lesoes das membranas mucosas sâo de cor esbranquigada e persistem por anos depois que as lesoes da pele desapareceram. Quanto â etiologia, esta enfermidade estâ sujeita a grandes debates, mas poucos fatos concretizam, atualmente, se e uma enfermida­ de auto-imune, psicogenica ou genetica. Esta enfermidade mostra-se como uma pâpula tipica do tamanho de uma cabega de allînete ou pouco maior, de forma poligonal de superficie lisa e brilhante, pode existir presenga de estrias e pontos na superficie das pâpulas onde desenham uma rede, o crescimento das mesmas se efetua em alguns dias ou poucas semanas, em um curto periodo de tempo se agrupam e fornam placas de forma e extensâo variâvel, fazendo com que as pâpulas percam sua individualidade. Estas placas se cobrem de escamas fînas e aderentes que, em geral, ao envelhecer se tornam escuras. A erupgăo localiza se na face anterior dos punhos, dos antebragos e das pernas, na mucosa bucal e nos genitais, ainda que possa chegar a situar-se em qualquer parte da pele. De acordo com a MTC, esta enfermidade origina-se pela invasâo aos tegumentos, de vento-calor ou â estagnagăo de Qi do figado que provoca estagnagăo de sangue e de energia nos tegumentos. T rata m ento Sangria no âpice. Sangria na zona correspondente.

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Pulmâo. Figado. Bago. Endocrino. Supra-renal.

Explicagăo dos pontos Sangria no ăpice e na zona correspondente - Estes tem a fungăo de dispersar o calor local, acalmando os sintomas. Endocrino e supra-renal - Tem fungăo antiinfecciosa e antiinflamatoria, elevando a capacidade defensiva do corpo. F ig a d o - Dispersa as estagnagoes do sangue e a energia, eliminando o calor. Bago e pulmăo - Tonificam o Qi de pulmâo, dispersam o calor e drenam a umidade. E xp erien cia C linica Os resultados do tratamento desta enfermidade corn auriculoterapia guardam estreita relagâo corn o estado evolutivo, assim temos que se a enfermidade e de inicio recente ou de um periodo de evolugâo curto, os resultados serăo satisfatorios mas, se esta tem um periodo de evolugâo mais prolongado, os resultados serăo muito mais lentos e pouco evidentes. PSORÎASE E urna enfermidade inflamatoria cronica da pele que se caracteriza por apresentar lesoes papulosas e maculopapulosas recobertas por escamas estratilîcadas, corn tendencia a recidivas e â localizagâo quase sempre simetrica. Esta enfermidade e mais freqiiente em idades proximas â puberdade e â adolescencia, năo e contagiosa, pode apresentar antecedentes familiares e se ve com menos freqiiencia na raqa negra. As manchas da psoriase sâo geralmente redondas e ovais e seu tamanho varia desde a cabega de um alfinete ate grandes placas que eobrem toda a regiăo, com bordos bem delimitados e cobertos de escamas grossas e nacaradas. E notâvel a tendencia de que as lesoes aparegam distribuîdas sim etricam ente com m arcada preferencia nos cotovelos, nos joelhos, na regiăo sacra e no couro cabeludo, ainda que possa aparecer em qualquer regiăo do tegum ento. Cursa com urna evolugâo cronica com brotos de agudizagăo que variam de um enferm o a outro.

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Entre as causas que a MTC descreve nesta patologia, encontramse a combinagâo de agentes patogenicos exogenos de vento, umidade e calor, os quais obstruem a circulaqăo nos tegumentos. Quando a enfermidade evolui para a cronicidade, o sangue nâo e nutrido o que provoca deficiencia de sangue com movimento do vento interno do figado que se transforma em secura, isto leva â mâ nutrigăo dos canais e colaterais a nivel dos tegumentos que se manifesta com a queda das escamas, por isso, na diferenciagăo de sindrome esta enfermi­ dade e classificada em vento-umidade que se transforma em calor ou, deficiencia de sangue que se transforma em vento e secura, representando o primeiro os periodos de curta evolugâo da enfermidade e o segundo a enfermidade com evoluţăo mais prolongada. T rata m ento • Pontos principais Sangria em âpice. Sangria na zona correspondente. Pulmâo. Figado. Coraqăo. Shen Men. Occipital. Subcortex. • Pontos secundârios Se crise - Sangria em alergia e ramo inferior do pulmâo.

Explicaţăo dos pontos Sangria na zona correspondente - Provoca na regiăo afetada, urna ativaqăo da circulaqâo dos canais e colaterais, acalmando o prurido. Shen Men e occipital - Sedam o espirito e acalmam o prurido. Sangria no âpice - Tem fungăo antialergica, elimina o vento. dis­ persa o calor, refresca a sangue, seda o espirito e acalma o prurido. Subcortex- A ârea nervosa do subcortex regula a atividade do cor­ tex cerebral e a fungăo neurovegetativa ajudando a estabilizar a ativi­ dade espiritual do paciente. Figado. pulmâo e coragâo - O ponto figado elimina o vento interno, dispersa o calor e refresca o sangue; o ponto pulmâo favorece a nutrigâo da pele e elimina o vento-calor; o ponto coraqăo estabiliza a ativi­ dade espiritual e acalma o prurido. E xp erien cia C linica A neurodermatite mostra como um de seus sintomas principais, o prurido urgente, por isso um dos principios de tratamento fundamen-

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tais e acalmar o prurido. Pode-se observar, na prâtica clinica, que este efeito e logrado depois da sangria da zona correspondente, ainda que nâo seja convenienţe que a sangria chegue a ser excessivamente profunda, para que, depois, se possa efetuar na mesma a manipulaqăo de colocaqâo de sementes. Quando as lesoes abrangem grandes âreas e convenienţe realizar sangria no ponto alergia e no ponto pulmâo, tanto na face ventral como dorsal do pavilhăo auricular, com o objetivo de dispersar o calor, refrescar o sangue e acalmar o prurido. Caso o prurido seja severo que chega a danificar a pele, pelo fato de se coqar intensamente, deve-se sedar o paciente, e para isto, săo adicionados o ponto e/ou ârea de neurastenia, que favorece tambem que o paciente durma tranquilamente. D e r m a t it e S e b o r r e ic a E urna dermatose de carâter subjugado ou cronico, escassamente pruriginosa que se caracteriza clinicamente por lesoes eritematoescamosas. Esta dermatite se destaca por sua topografia, secura da lesăo, contornos definidos, associaqâo com pele gordura e vulnerabilidade aumentada a infecqoes secundârias por bacterias e cândidas. A dermatite seborreica comeqa quase invariavelmente por lesoes do couro cabeludo onde, freqiientemente, aparece limitada, ainda que com freqiiencia se estenda aos ouvidos, ao pescoqo e âs orelhas. A enfermidade tambem se localiza em outras partes do corpo, onde as g lân d u las seb â ceas săo a b u n d a n tes com o a regiâo estern al, interescapular, inguinoescrotal, axilar e umbilical. Na MTC, considera-se que esta enfermidade pode estar relacionada com a invasăo do vento e do calor exogeno que se estagna a nivel dos tegumentos, produzindo secura e mă nutrigâo ou pela invasăo de umidade-calor ao canal de estomago. T rata m ento • Pontos principais Sangria na zona correspondente. Pulmâo. Pâncreas. Intestino delgado. Simpâtico. Subcortex. • Pontos secundârios Se calor excessivo - Intestino grosso.

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Explicacăo dos pontos Sangria na zona correspondente - Atraves deşte ponto pode-se re­ gular a atividade metabolica das glândulas sebâceas da zona afetada, promovendo a capacidade defensiva da mesma e diminuindo a inflamaţâo. Simpătico - Regula as secreţoes glandulares, reprimindo a hipersecreţâo das glândulas sebâceas. S ubcortex- Regula o metabolismo das glândulas sebâceas. Figado, intestino delgado e pancreas - O figado e o pâncreas sâo pontos que regulam o metabolismo da insulina, a qual permite a passagem dos aminoâcidos, dos âcidos gordurosos e da glieose ao inte­ rior da celula, inibe a glicogenese e a cetogenese, aumenta a sinteses de glucogenio e inibe a glicogenolise hepâtica, tambem tem urna aţăo analogica (proteinogenese e lipogenese aumentada), pelo que diminui a proteolise e a lipolise. Ao existir um transtorno na sintese da mes­ ma, produz-se um aumento da formaţâo de glieose e urna diminuiţâo de sua utilizaţâo pelos musculos, o tecido adiposo e o tecido conectivo, especialmente, levando a um incremento da proteolise e a lipolise no intento de obter a energia necessâria para os processos biologicos atraves de fontes alheias â glieose. No intestino delgado encontramos a lipase que participa no metabolismo das gorduras que proveni da alimentaţăo, razăo pela qual, do exposto anteriormente, se compreende que atraves destes dos pontos, pode-se influir no metabolismo das gorduras e desta maneira controlar a atividade das glândulas sebâceas. Pulmăo e intestino grosso - Atraves destes pontos, regula-se a ati­ vidade das glândulas sebâceas e se dispersa o calor. E xp erien cia C linica O tratamento corn auriculoterapia na dermatite seborreica oferece notâveis resultados, em geral, depois de terceiro ou quinto tratamen­ to, observa-se uma diminuiţăo ou eliminaţâo dos sintomas. C loasm a Consiste em uma discromia da pele caracterizada por placas hiperpigmentadas localizadas na face. Esta enfermidade e muito mais freqiiente na mulher do que no homem, o que faz pensar que se origi­ ne a partir de algum transtorno endocrino. Este criterio toma ainda mais forţa, quando se observa que a enfermidade aparece com mais frequencia durante a gravidez ou depois que a mulher tomou, durante um tempo prolongado, anticonceptivos orais. As mudanţas de pig-

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mentagăo năo se limitam somente â face, estas podem ser observadas tambem na linha alba, nas areolas e nas mucosas. O fato de apresentar-se em homens e, ainda em mulheres virgens, sem transtornos nos ovârios nos faz pensar na presenga de outros transtornos glandulares, possivelmente, supra-renais e hipofisârios. Hâ autores que conferem grande valor â agăo dos raios solares ao estimar que os transtornos endocrinos modificam a pele fazendo-a mais sensivel â radiagâo solar. Clinicamente, esta afecgăo se caracteriza pelo aparecimento de manchas de cor parda, mais ou menos escura e que formam placas de tamanho variâvel irregulares mas de contomos bem defînidos, corn localizacăo, preferencialmente, em ambas bochechas, na regiăo frontal, no lâbio supe­ rior e na regiăo mentoniana, dando â face aspecto de mascara. Na MTC, considera-se que esta afecgâo e causada, principalmente, pela deficiencia de Qi do rim ou da estagnagăo de Qi do figado que se transforma em fogo que lesiona o Yin e o sangue, que por sua vez, conduz â deficiencia de sangue e energia na regiăo da face e, portanto, ao aparecimento da enfermidade. T ratam ento • Pontos principais Sangria na zona correspondente. Hipofise. Supra-renal. Endocrino. Rim. Figado. Bago. Pulmăo. • Pontos secundărios Se menstruagoes irregulares - Utero e ovârio. Se homem - Prostata.

Explicagăo dos pontos Sangria na zona correspondente - Esta manobra favorece a ativagăo do sangue e a comunicaqâo dos colaterais na regiăo afetada, eliminando os eritemas e as estagnagoes do sangue. Hipofise, supra-renal e endocrino - Regulam a atividade hipofisâria e endocrina, em sentido geral, controlando, desta maneira, o metabolismo dos melanocitos. Rim, figado e baqo - Atraves destes pontos, nutre-se o rim, recupera-se a fungăo de drenagem e dispersâo do figado, fazendo diminuir o

fogo e ativando a circulaqăo do sangue.

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E xp erien cia Clinica No tratamento desta enfermidade, corn auriculoterapia, observamos que depois do primeiro ciclo de tratamento produz-se uma mudanga de coloragăo da face aumentando o brilho desta, depois do segundo ciclo, as placas diminuem seu tamanho e sua coloragăo fica mais palida ate que desaparegam, de maneira paulatina. Em geral, esta afecgăo requer de 1 a 3 meses de tratamento, ainda que o tempo do mesmo dependa do tamanho das lesoes. Deve-se aconselhar o paciente que năo se exponha âs radiagoes solares de maneira continua, durante o tratamento. VlTILIGO E uma discromia adquirida, caracterizada por manchas despigmentadas, acromicas, rodeadas por um bordo hiperpigmentado, sem que exista nenhuma outra alteragâo que nâo seja a despigmentagăo. A mesma se produz por um deficit de melanină, produto de uma perturbagâo dos mecanismos reguladores da pigmentagăo, assinalandose ao hormonio melanoforo da hipofise e â agăo antagonica do siste­ ma supra-renossimpâtico, como responsâveis do transtorno cuja etiopatogenia e respaldada pelas seguintes tres teorias: • Teoria auto-imune - Estâ baseada na associagăo freqtiente do vitiligo, corn enfermidades auto-imunes, assim como, na descoberta de auto-anticorpos nos pacientes enfermos. • Teoria neurogenica - Declara-se que, a nivel das terminagoes n e rv o sa s da pele, lib e ra -s e um co m p o sto , que in ib e a melanogenese e tem um efeito toxico sobre os melanocitos. • Teoria da autodestruigăo do melanocito - Neste caso ocorre a autodestruigăo dos melanocitos por fatores nâo determinados. Tambem se considera que os transtornos tiroideos interveni na causa desta enfermidade, pelo fato desta glândula intervir na distribuigăo da melanină. Segundo os criterios da MTC. esta afecgăo produz-se pelo ataque de vento patogenico e por desarmonia entre sangue e energia. T ratam ento Sangria na zona correspondente. Sangria em pulmâo. Pulmâo. Figado. Bago. Rim.

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Endâcrino. Hipofise. S u praren al. Tâlamo. Alergia. Subcortex.

Explicacâo dos pontos Sangria na zona correspondente e no pulm ăo - Realiza-se com o objetivo de limitar o inicio da enfermidade, aumentando a circulaqăo de sangue e da energia, a nivel dos colaterais. Pulmăo, bago. Jlgado e r im - O pulmăo e um ponto de vital importância no tratamento da afecqoes de pele, no Su W en declara-se: “O pulm ăo se totaliza na pele e e o encarregado de nutrir os păios”; por outro lado, o pulmăo e a pele, embriologicamente, desenvolvem-se ao mesmo tempo. O baqo guarda um a estreita relaqâo com o pulmăo, segundo os criterios da MTC, o pulmăo pertence ao elemento metal e o baqo â terra, pelo ciclo gerador a terra nutre o metal, tonificando a măe se tonifica o filho, alem disso, o baqo e a base da energia adquirida, motivo pelo qual e o encarregado da nutriqăo do Wei Qi e do sangue. O rim e a base da energia congenita e arm azena a essencia vital. O figado arm azena o sangue, o sangue e a energia se beneficiam mutuamente, razăo pela qual tonificando o rim se nutre a essencia e tonificando o figado se nutre o sangue, restabelecendo deşte modo, a desarmonia entre sangue e energia. Endocrino, hipofise e tălamo - Săo os pontos mais importantes no tratamento das desordens do sistema endocrino, porque controlam o metabolismo dos melanocitos. Supra renal e alergia -Tem fungăo antiinfecciosa, antialergica e eliminam o vento-umidade, tambem elevam o nivel imunitârio. Subcortex-T ra ta n d o a ârea nervosa do subcortex, regula-se a fungâo do cortex cerebral e restabelecem-se os transtornos de origem nervosa. E x p e rie n c ia C lin ica Um tratamento tem de 5 a 6 dias de duragăo e um curso consta de 10 tratamentos. Com o tratam ento de au ricu loterapia podem -se obter resultados notâveis no vitiligo de curto periodo de evolugăo e com lesoes de pequeno tam anho, controlando-se, m ais facilm ente, o inicio da enferm idade.

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Auriculoterapia

Depois de um tratamento, na zona despigmentada, comeqa-se a notar mudanqas da coloraqăo do branco ao rosado, logo vâo aparecendo, paulatinamente, pequenos pontos de pigmentaqăo dentro da lesăo que văo aumentando progressivamente, de tamanho ate ficar normalizado o pigmento da pele dentro da zona. Em lesoes de longo periodo de evoluqăo e de grande tamanho nâo se obtem bons resultados. A l o p e c ia A r e a t a Esta enfermidade consiste na perda do cabelo em lugares definidos. Seu curso pode ser influenciado por fatores hormonais, focos de infecqăo, etc. Em geral, aparece subitamente, produzindo-se urna ou muitas placas simultaneamente, ainda que, em algumas ocasioes, seu comeqo seja gradual e logo vâ se estendendo. Pode afetar so ao couro cabeludo, em vârias placas ou em urna so que cubra a totalidade do mesmo, ou ao mesmo tempo pode atacar o pelo da barba, do bigode, das sobrancelhas, dos odios, das axilas e do pubis. As placas de alopecia areata săo de pele normal, sem pelo algum ou corn pelos muito finos e brancos. Algumas vezes a afecqâo evolui durante meses e posterior mente, as lesoes se cobrem espontaneamente de pelos e voltam â normalidade, em outros casos, as placas se mantem estacionârias e aumentam seu tamanho e numero, perdurando durante longos anos. Na etiopatogenia da alopecia areata foram definidos os seguintes fatores: • Imunologicos - Descreveu-se a associaqâo desta alopecia, corn o estado atopico (asma, eczema) em uns 18% dos casos. Tambem, se reportou a formaqâo de anticorpos contra a celula matriz do pelo. • Endocrino - Tambem se assinalou a possivel influencia destes fatores no desenvolvimento desta enfermidade. Um estudo realizado recentemente, durante a gravidez, parece assinalar que se faz comum a recuperaqăo da regiăo afetada durante a gestaqâo. • Psicologicos - Alguns autores dăo a este fator urna grande importância que a consideram como causa desencadeante do processo. • Outros - Podemos descrever os focos septicos, traumas da regiâo cefâlica, transtornos de refraqâo, etc. A MTC considera esta enfermidade causada, principalmente, pela deficiencia de sangue e a deficiencia de Yin do figado e rim, que por sua vez, podem ser provocadas por fatores emocionais, atividade se­ xual excessiva, entre outros que consumam a essencia do rim.

Patologias e Terapeutica

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T ratam ento • Pontos principais Zona correspondente. Rim. Pulmăo. Bago. Endocrino. Supra-renal. Subcortex Flgado. • Pontos secundârios Vesicula biliar. Bexiga. Intestino grosso.

Explicacâo dos pontos Zona correspondente - Reilete a regiăo afetada, assim caso esteja situada no vertex, selecionar-se-â este ponto, etc. A utilizacâo do pon­ to da zona correspondente ativa a circulagâo do sangue e da energia, desobstruindo os canais e colaterais, nutrindo o couro cabeludo e favorecendo o nascimento do cabelo. Rim, Jigado, bago e pulmăo - O nascimento do cabelo e seu crescimento depende da qualidade da essencia vital e do sangue, o rim armazena a essencia e o figado o sangue, se a funcăo de ambos e adequada, o pelo sera forte e com brilho, mas se a essencia do rim e debil e o sangue no figado insuficiente, o cabelo seră fraco e cairâ com facilidade. No N ei J ing se declara: “o rim controla a qualidade do cabe­ lo, o figado armazena o sangue e o cabelo e um broto do sangue”, do que foi dito anteriormente, compreende-se que a utilizagâo dos pon­ tos figado e rim e vital no tratamento desta enfermidade. Por outra parte, sabemos que o pulmăo mantem a nutrigâo dos tegumentos, a partir de sua correta fungâo de descendencia e dispersâo com o qual transporta as essencias obtidas do bago para nutrir os mesmos. A s­ sim temos que o bago e a fonte de desenvolvimento e nutrigăo da energia nutritiva, a energia defensiva e do sangue, de sua correta fungâo de transporte e transformagâo dependerâ a boa fungâo destas energias e o fortalecimento do Qi do pulmăo. Supra renal e endocrino - Como se explicou anteriormente, a me­ dicina moderna considera que a alopecia areata pode estar relacionada com enfermidades auto-imunes ou transtornos hormonais. Mediante a selegâo destes pontos se restabelecem os transtornos endocrinos e se eleva a capacidade imunologica.

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Auriculoterapia

Subcortex - A atividade espiritual do homem e considerada um fator desencadeante da referida patologia, por isso, atraves da ârea nervosa do subcortex regulamos a fungâo do cortex cerebral, favorecendo a atividade espiritual. Intestino grosso, vesîcula biliar e bexiga - Todos os canais Yang, em seu trajeto, reunem-se na cabega, com o estimulo destes pontos, fortalece-se a circulagăo do Qi em todas as âreas da cabega. E xp erien cia C linica No tratamento da alopecia areata, com auriculoterapia, a realizagăo de sangrias em forma de picada nos pontos da zona correspondente tem uma fungâo vital, pois, fortalecem a circulagăo do sangue e da energia a nivel da regiâo afetada. Logo apos realizar a sangria pela parte ventral do pavilhâo, realiza se o metodo colocagăo de sementes, por seu lado dorsal.

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indice Oţemissivo

A Acidentes cerebrais, 113 Acidez, Grupos que acalmam, 126 Acne, 96 juvenil, 78, 416 Acupuntura nos pontos auriculares, 42 Adenomas de hipofise, 74 Adstringentes, 154 Afecgoes da ârea do nariz, 78 da cavidade bucal e laringe, faringe, 96 da coluna lombar, 82 da glândula mamâria, 85 da musculatura paralombar, 84 da prostata, 102 da regiâo cervical, 82 dorsal, 82 das falanges, 89 dermatologicas, 96 do cotovelo, 90

Afec^des (conf.) do joelho, 88 do musculo gastrocnemio, 89 do ombro, 91 do pavilhăo auricular, 80 do punho, 90 do testfculo, 76 faciais, 70 ginecologicas, 74, 165 inflamatorias dos lâbios, 68 laringofaringeas, 79 oftalmologicas, 69 uretrais, 112 vertiginosas, 81 Afonia, 10, 79. 106 Agrupamento de pontos, 117 Agulhas filiformes, 222-224 Alergia, 65, 72 Algias, 16q da regiăo do hipogâstrio, 94 glutea, 86

As pâginas seguidas das letras J e q signifîcam, respectivamente, figuras e quadros.

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Auriculoterapia

Algias (corri.) dorsais, 82 musculares, 106 Alopecia, 106 a re a ta , 35, 426 Amenorreia, 74, 75, 93, 403 Ametropia, 69, 72, 73, 110 Amigdalite, 16q, 70. 79, 2 14, 2 18, 219, 381 Analgesicos, 240 Anestesia, 25, 67 Anexite, 93, 110, 211 Angiectasias, 165 Angina do peito, 83 Angiocolite, 199 Anorexia, 114 Ansiedade, 16q Anti -helix, 81 -reumâticos, 139 Antialergicos, 111, 138 Antiasmâticos, 240 Antibioticos, 240 Antidiarreicos, 133, 134 Antidiureticos, 132 Antiespasmodicos, 151, 240 Antiinfecciosos, 139 Antitrago, 50, 71 Antituberculosos, 240 Ânus, 111 Apendicite, 100, 219 Âpice da orelha, 110 Arritmias, 76 cardfacas, 164, 298 Arteriosclerose, 113 Articulagăo coxofemoral, 94 dos artelhos, 87 Artralgias, 163 Artrite, 69, 88, 208 reumatoide, 90, 343 Ascaridiase, 114 Âscaris, 105 Ascite, 162 Asma, 72, 87 bronquial, 78, 79, 91, 107, 116, 200, 290 Astigmatismo, 164, 215 Ataxia cerebelosa, 74 Atividade endocrina, 142 neurovegetativa, 141

Audigâo, 136 Auricular maior, 40 Auriculopuntura, 15, 39 Auriculotem poral, 40

Auriculoterapia, 25, 26, 261 Aversâo ao frio, 87 B

Bago, 107, 148 Balanites, 112 Bastâo de moxa, 246 Bexiga, 102 Biomoleculas, 43-45 Blefarite, 69 Bloqueio atrioventricular, 203 Bocio simples, 363 Bradicardia, 203 Bronquiectasia, 72, 107, 201 Bronquios, 107 Bronquite, 72. 76. 78, 79, 116, 164, 200. 219, 288 Bulbo raquidiano, 40 Bursite, 91

C Calâzio(s), 69, 110 Câlculos renais, 86 Caracteristicas semiologicas, 162, 163 Cârdia, 97 Cardiopatas, 37, 38 Cardiopatia(s), 76, 164 e arritmias. 106 isquemica, 202, 296 reumatica, 162, 203 Catecolamina, 45 Cefalalgia, 163 Cefaleia(s), 10, 80, 111, 114, 116, 204, 218, 309 do vertex, 16q frontal, 72 occipital, 73, 113 temporais, 72 Cerebro, Pontos fortalecedores, 146 Cervicalgia(s), 84, 113, 209, 341 Cervicite, 94, 162. 211, 219, 406 Cervicobraquialgias, 84 Ciatalgia(s), 86, 88, 89, 209, 218, 340 Cinco orgăos dos sentidos, 378 Z a n g e seis Fii, 63

Indice Remissivo

Circulagăo sanguinea, 130, 131 Cirrose hepatica, 197 Cistite, 35, 206, 368 Clarear a vista, 73 Cloasma, 422 Cloropromacina, 41 Coagulantes. 240 Coccigodinia, 83, 347 Colecistite, 1 14. 116, 198, 219, 286 Colecistolitîase(s), 86, 114, 116, 164, 199 Colica hepatica, 116 Colo do utero, 94 Colocagâo de sementes, 235 Comogâo cerebral, 311 Comportas, 46 Concha, 50 cava, 105 cimba, 101, 105 Conjuntivite(s), 69, 110, 219, 389 Constipa^âo, 76. 83, 94, 107, 196, 278 Convulsâo, 73, 76, 121 Correntes bioeletricas, 46 Cruz inferior do anti-helix, 85 superior do anti-helix, 87

D Debilidade do sangue, 7 vascular das extremidades, 87 Dermatite(s), 90, 100, 106, 111 atopica(s), 91, 116, 164 de contato, 413 neurogenicas, 71 seborreica, 165, 213, 421 Desordens da atividade neurovegetativa, 205, 318 intestinais, 196 Diabetes insfpido, 330 melito, 80. 109, 207 sacarino, 74

Diagnostico auricular. 157-161 e tratamento auricular Princfpios fisiologicos, 29, 33, 35,

39, 41, 43, 45 Diarreia(s), 35, 73, 76. 92, 107, 114, 164, 196, 280

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Disfagia, 97 Disfungâo(oes) da glândula tiroide, 109 renal, 35 sexual(is), 93, 207 Dismenorreia(s), 16q, 83, 92, 93, 105, 401 Dispepsia(s), 76, 107, 109, 114 Displasia(s), 85 mamâria, 352 Dispneia, 16c/, 36, 72, 73, 92, 122 Distensâo(oes), 149 abdominal(is), 76, 107, 108, 162 Disuria, 102 Diureticos, 132 Dolantina, 218 Dor(es), 73, 119, 170 abdominais, 105 articulares, 218 da coxa, 16c/ da espalda, 10 e do ombro, 84 da regiâo cervicobraquial, 90 do baixo ventre, 92 do brago, 16q do hipocondrio, 116 do pavilhăo auricular, 113 do ventre. 10 em geral, 88 fantasma, 325 lombares e do quadril, 88 periumbilicais, 105 pos-parto, 83 precordial, 36 suboccipital, 81 Dorso da orelha, 65, 113 do pavilhăo auricular, 14/ Duodenite, 98, 114, 195 Duodeno, 98

E Ectopias do colo, 94 Eczema(s), 96, 109, 112 Edema(s), 108, 109, 162 Eletroauriculopuntura, 234 Emplastros, 242, 244 Endometriose, 93 Endometrite, 93

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Auriculoterapia

Enfermidade(s) alergicas e infecciosas, 109 cerebrais, 74 cronicas, 35 de Addison e Cushing, 78 de carâter funcional, 220 de Raynaud, 76, 85, 351 dermatologicas, 164 do fîgado e da vesîcula, 76 do tecido colâgeno, 219 dolorosa(s), 92, 217, 218 endocrinometabolicas e do sistema urogenital, 219 infecto-contagiosas, 220 inflamatorias, 219 mais comuns, 193 oftalmologicas, 111 oncologicas, 218 por transtornos dos nervos craniais, 80 visuais, 16q Enterite, 83, 195, 219 Entorse(s), 87-90 e contusâo, 336 Enurese, 75, 80, 102. 373 Enxaqueca, 72. 80 Epicondilite, 90, 345 Epiglotite, 107 Epilepsia, 10, 74, 76, 322 Epistaxe(s), 78, 79, 395 Equipamento BKT, 36 Erisipela(s), 218, 360 Eructagoes, 98 Esofagite, 97, 285 Esofago, 97 Espasmo(s) do diafragma, 283 estomacais, 98 facial, 70, 316 gastrointestinais, 86 Espermatorreia, 16q, 35, 82, 372 Esplenomegalia, 199 Esporâo calcâneo, 87, 209 Espru tropical, 91 Esquizofrenia, 76 Esquizofrenicos, 41 Estados vertiginosos, 70 Esterilidade masculina, 76 Estimulagâo do cortex cerebral, 75 Estomago, 98 Etroacupuntura magnetica, 253

Exploragâo digital, 174, 175 eletrica, 159, 161, 176, 185. 188 Explorador(es) auriculares, 177 eletrico, 168 Extragoes dentârias, 164 Extratos naturais, 240

F Falta de concentragăo, 72 Faringite(s), 70, 79, 106, 214, 218 Febre, 76 Feridas, 217 Fibrilagâo auricular, 79 Fibroma uterino, 212 Figado, 103, 112, 147 Fisiologia dos canais e colaterais, 30 Influencia dos pontos, 25 Fissura anal, 210 lingual, 68 Flebites, 76 Fossa escafoide, 48, 89 superior do antitrago, 50, 76 triangular, 48. 91 Fraturas osseas, 217 Fungăo(oes) antagonicas, 127 antipiretica, 140 imunologica, 138 reguladora, 141 tonificadora, 144 Funiculite, 94

G Gastrite(s), 76, 86, 98, 109, 162, 193, 194, 219, 271 Gastroenterite, 275 Gengivite, 96, 107, 215 Gengivorragia, 96, 215, 393 Genitais internos, 93 Glândulas mamârias, 85 Glaucoma, 69, 398 Glomerulonefrite, 35, 102, 206 Glossite, 68, 96, 108 Grupos fortalecedores, 146

Indice Remissivo

H Helix, 48, 110, 112 Hemorragia(s) uterina(s), 110 disfuncional, 78, 93, 212, 404 funcional, 74 Hemorroides, 111, 210, 355 Hepatite(s), 93, 112, 197, 287 Hepatomegalia, 85, 198 Herpes zoster, 83, 84, 218, 414 17-hidroxicorticosterona, 45 5-hidroxitriptamina, 45 Hipercinesia, 74 Hiperidrose, 89 Hiperplasia das vertebras lombares, 208 do endometrio, 93 ossea, 82 prostâtica, 102, 210 Hipertensâo, 76, 87, 92, 111, 114, 128, 201, 202 arterial, 16q, 72, 292 Hipertermias, 111 Hipertiroidismo, 80. 85, 332 Hipoacusia, 7, 35, 69. 72, 80, 164, 379 Hipocondrio, 85 Hipofungăo(oes) do sistema endocrino, 75 sexual, 110 Hipotensăo, 114, 129, 295 Hipotiroidismo, 83 Histeria, 73, 308 Hormonios, 240 I

Impotencia, 35, 74-76, 112, 371 Incisura do intertrago, 50, 109 do supratrago, 80 superior do trago, 48 Incontinencia urinâria, 102 Inervagâo. 52 Infecgoes, 230 Infertilidade, 110 Inflamagăo(oes) da articulagăo, 87 da eadeia ganglionar, 94 das coanas nasais, 78 dos lâbios, 108

437

Inflamagăo(oes) [co n t.) fibroticas, 82 pelvica, 92. 211, 219, 407 vasculares, 218 Insonia, 16q, 34, 114 Insuficiencia arterial, 300 cerebrovascular, 74 Intestinos, 98, 99 Intumescimento, 87 Irioqueratites, 110

L Lactagâo. 149 Lâpis explorador. 168 Laringite(s), 107, 218 Laringofaringite, 96. 219, 382 Laringotraqueobronquite, 100, 107, 116 Laserpuntura, 254 Laxantes, 133 Letargia, 75 Leucorreia(s), 35. 92-94, 126, 162, 212 Linfadenite, 358 Lipotimia, 229, 230 Liquen plano, 418 Litiase renal. 105, 364 Lobulo da orelha, 50 Lombalgias, 82. 162 Luxa^oes, 89, 217

M Mâculas, 78 Magnetoterapia, 252, 253 Manipulagăo, Caracteristicas, 260 Mapa, 17f , 19/22/ 23/ auricular, 13/ 18/21/ 24/ Martelo de fior de ameixeira, 256 Massagem, 257-259 Mastite(s), 85, 218, 354 Medigâo da temperatura, 36 Melena(s), 74, 78 Meningite, 76 Menstruagâo(oes), 143 irregulares, 16q, 35, 74, 93, 109, 211, 399 Mente, 72

Mesopuntura, 239, 240 Metabolismo, 10 Metâmeros auriculares, 57/

438

Auricidoterapia

Metodo(s) de determinagăo diagnostica, 191 de exploragăo, 186, 187 de tratamento com brincos, 256 terapeuticos, 25 Metrorragia(s), 74, 78 Micoses, 87 Miofibrites do ombro, 164, 209 Miopia, 215, 390 Molestias no hipocondrio, 85 Monoaminoxidase, 45 Morfina, 218 Moxa, 8/ Moxibustâo, 245-247 Musculatura lombar, 342, 344 paralombar, 208 Musculos, 52 auriculares, 56/ gastrocnemios, 209

N Nanismo, 74 Nariz, Drenar, 136 Nâuseas, 76, 97, 98, 282 Nefrites, 109 Nervo(s) auriculares, 57/ cerebrais, 53 ciâtico, 86 espinais, 53 facial, 40 simpâticos, 54 Neuralgia(s), 113 do trigemeo, 68-70, 81, 205, 218, 314 intercostal(is), 83, 361 psicogenicas, 84 Neurastenia, 34, 35, 73, 74, 76, 92, 111, 116, 205, 304 Neurodermatite, 164, 213 Neurose(s), 76, 113, 116, 302 Nodulos da tiroide, 85 Noradrenalina, 45

O Obesidade, 75, 80, 83, 109 Obstrugâo nasal, 79, 114 Occipital menor, 40 Odontalgia(s), 67, 68, 384

Ondas sonoras, 47 Opressâo toracica, 10, 36, 97 Orgâos dos sentidos, 134, 214

genitais externos, 111 Orquite, 76, 219, 370 Ortopedia e traumatologia, 335 Osteocondrites, 83 Otalgia, 396

Otite(s), 70, 218 media, 219, 393 Ovârio, 110

P Palpa^âo, 159, 161, 168 Palpita<,*âo(6es), 106, 1 14 Pancreatite, 276 Pânico, 73, 76 Paralisia facial, 70, 73, 319 Parches medicinais, 244 Parestesias dos dedos, 90 Parotidite, 219 Pavilhâo auricular Anatomia, 47, 55 Arterias e veias, 55/ Canais, 2, 31/ Estruturas anatemicas, 50 Face anterior, 58/ posterior, 50, 59/ no diagnostico das enfermidades, 4 Nomenclatura anatomica, 48. 49/ 51 Novos pontos de estimulo, 16q Reagoes, 262 Zang Fu, 3 Perda da memoria, 72 do sentido, 106 do tonus constritor, 97 Periartrite, 90, 91, 338 Periodontite(s), 67, 68, 107, 391 Pesadelos, 34, 69, 114 Pielonefrite, 206, 366 Piosites, 219 Plastrăo apendicular, 100 Plenitude toracica, 97 Pneumonia, 219 Polaciuria, 102, 375 Polidipsia, 80 Polifagia, 80

Indice Remissivo

Ponto(s) auriculares, 12, 20, 25, 29, 37 Classificagăo, 62 Comportamento eletrico, 176 Defini^ăo, fungâo e diagnostico, 61, 63, 71 Distribuigăo, 60/, 65, 66 Fungoes, 10, 155q, 156 Localizagăo, fungăo e diagnostico, 67 Metodos, 221 Mudangas morfologicas, 163 Relagâo corn o sistema nervoso central, 40 Relagâo corn os Z a n g Fu, 34 Selegâo, 222 de alta condutibilidade, 178-181 do pavilhâo auricular, 30 dolorosos â pressăo, 158 especîficos, 64 Odontalgia, 67 para a beleza, 137 Pressăo arterial, 105 Processos inflamatorios, 218 Prolapso retal, 111, 357 uterino, 408 Prostata, 102 Prostatite(s), 76, 92, 102, 105, 210, 218, 369 Prurido(s), 71, 73, 92, 124, 164, 409 anal, 111 dermatologico, 213 genital, 112 Psicose, 313 Psoriase, 96, 165, 419 Pulmâo, 106 Pulpite(s), 68, 107 Pungoes, 217

Purpuras atopicas, 91

9 Queda nos nfveis de atengâo, 72 Queimaduras, 217 Queratite, 69, 219

R Radioisotopos, 251 Raiz do helix, 48, 95, 96

439

Rastreamento exploratorio, 171 Reagoes de alta condutibilidade, 183 Regurgitagoes âcidas, 98 Repressâo biologica, 46 Resfriado, 106 comum, 79, 200 Retengâo urinâria, 102, 376 Reto, 112 Reumatismo, 219 Rim, 101, 144 Rinite(s), 81, 106, 214, 386 alergica(s), 79, 387 atopica, 91 Ritmo cardiaco, 129, 130

S Sacrolombalgias, 82 Sangria no âpice da orelha, 250 Sedantes, 240 Selegăo dos pontos, 266 Sensagâo(oes) de opressăo toracica, 83 de peso e distensăo na cabega, 72 Sepse, 102 Serotonina, 45 Si'ndrome(s) de estagnaţăo, 72, 164 de mă absorgăo, 197 de Meniere, 81 de Raynaud, 89 Diferenciagăo, 161, 191 do tunel carpiano, 90 Sinusite(s), 79, 81, 106, 214 Sistema de canais e colaterais, 29 endocrino, 64 nervoso, 64 neurovegetativo, 42 sintetizado de sinais, 46 Solugo, 98, 283 Sonhos excessivos, 34, 69, 114 Sonîferos, 153 Sono, 69, 74 Sonolencia, 72 Sopro na orelha, Metodo, 11f Subluxagâo da articulagâo temporomandibular, 69 Supratrago, 48 Surdez, 10, 35, 80

440

Auriculoterapia

T Taquicardia, 114 paroxistica, 79, 203 Tecidos moles articulares, 207 Telangiectasias, 165 Tenossinovite, 90 Terapeutica auricular, 217, 225, 227, 231, 237, 259, 263, 265, 267, 269 Tergol, 389 Tinido(s), 7, 35, 70, 72, 80, 125, 164, 379 Tiroide, 85 Tonificadores do sangue, 145 Tonturas, 162 Torcicolo(s), 82, 217, 337 Torgoes, 217 Tosse, 73, 76, 92, 96, 107, 122 Trago, 48, 77 Transtorno(s) da fungâo sexual, 102 do sistema endocrino, 114 neurovegetativo, 76 do sono, 106 menstruais, 110 Traqueia, 107 Traqueite, 79, 96, 107 Tratamento auricular, 1, 3, 5, 7, 9, 11, 15 corn agulha, 232 Traumas, 84, 87, 88, 90 Tromboangiite obliterante, 34. 76, 85, 87, 348 Tromboflebite, 350

Tuberculo auricular, 48 Tuberculose, 65, 108, 201 Tumoragoes, 110 Tumores do parenquima, 85

u Ulcera(s) bucais, 68, 96, 108, 215, 383 duodenal(is), 98, 195 gâstricas, 76, 86, 98, 164 linguais, 68 peptica, 114. 194, 273 Uretra, 112 Uretrite(s), 35, 112 Urologia, 364 Urticâria, 91, 213, 41 1 Utero, 93 V

Varicocele, 94 Vascularizagâo, 50 Vasos linfâticos, 52 Vertigem(ns), 73, 74, 80, 92, 111, 116, 120, 162. 205, 378 Vesicula biliar, 104, 151 Vias urinârias, 207 Visâo, 135 Vitaminas, 240 Vitiligo, 424 Vomito(s), 10, 73, 76, 98, 125, 282 Z

Zona correspondente, Pontos, 63

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