25 DE ABRIL DE 1974
Trinta e cinco anos passados e temos a liberdade de ler este texto sem medo. Mas medo de quê? – perguntarão vocês muito admirados. Medo da censura! Este pequeno e inofensivo texto não poderia ser lido sem ir à “tesoura “, ou seja, era lido e relido pelos censores a mando do governo e da polícia política, a P.I.D.E. , para ver se encontravam algumas palavras disfarçadas a falarem mal do governo. Se as houvesse, eram logo riscadas e não podiam ser publicadas. Muitos homens e mulheres de todas as classes sociais foram presos e torturados nas prisões: era a soco, a pontapé, obrigavam à posição de estátua (não se podiam mexer durante horas a fio), passavam fome e sede, eram as feridas que não saravam, os longos e intermináveis interrogatórios privados do sono, os choques eléctricos … enfim, um sem número de torturas. Tortura, a palavra que hoje quase todos os jovens desconhecem. Felizmente! Porque 48 anos de ditadura foram muitos anos a abafar o país, a sufocá-lo de atraso em relação aos outros países da Europa. Mas, um dia, um grupo de militares armados com espingardas que não mataram, resolveu acabar com esta situação dolorosa: foi o dia 25 de Abril de 1974. O povo agradeceu ao Movimento das Forças Armadas com flores, belos
cravos vermelhos, o símbolo da LIBERDADE.
A professora: Ana Maria Pereira