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Pós-Graduação em Educação Módulo Básico

Mídia, Tecnologias e Aprendizagem Material Complementar

Leituras Complementares Os textos a seguir selecionados para leitura e desenvolvimento acadêmico retratam as produções de pesquisadores da área. A leitura e análise desses textos contribui para o seu conhecimento, além de subsidiar a realização das avaliações, já que as questões são elaboradas também a partir deles. Para acessar os sites a seguir basta posicionar a seta sobre o link em azul e clicar. CEMIN, A. B. Entre o cristal e a fumaça: afinal o que é imaginário? Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2009. DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2009. FERREIRA, H. M. C.; BASTOS OSWALD, M. L. M. Jovens e jogos eletrônicos: novas narrativas, novos leitores, novas competências de leitura. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009. FERREIRA, K. Z. Comunicação e educação: as estratégias discursivas do fazer científico na formação de um campo de saber. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009. FERREIRA, S. de L.; PRETTO, N. de L. As novas educações e os potenciais da TV e das redes digitais. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009. FREITAS, M. T. de A. Janela sobre a utopia: computador e internet a partir do olhar da abordagem histórico‑cultural. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009. GUTIERREZ, S. de S. A etnografia virtual na pesquisa de abordagem dialética em redes sociais on‑line. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009. LOUREIRO, R. Considerações sobre o cinema em Adorno e Benjamin. Disponível em: . Acesso em: 07 out. 2009. MEDEIROS, S. A. L. de. Cinema na escola com Walter Benjamin. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009. ZANOLLA, S. R. S. O videogame no crepúsculo da educação – a produção de sentido na interface com a comunicação. Disponível em:
Mídia, Tecnologias e Aprendizagem

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Afirmações 1 Sobre Indústria Cultural

A televisão permite aproximar-se da meta, que é ter de novo a totalidade do mundo sensível em uma imagem que alcança todos os órgãos, o sonho sem sonho; ao mesmo tempo, permite introduzir furtivamente na duplicata do mundo aquilo que se considera adequado ao real. Preenche-se a lacuna que ainda restava para a existência privada antes da Indústria Cultural, enquanto esta ainda não dominava a dimensão do visível em todos os seus pontos. Assim como mal podemos dar um passo fora do período de trabalho sem tropeçar em uma manifestação da Indústria Cultural, os seus veículos se articulam de tal forma que não há espaço entre elas para que qualquer reflexão possa tomar ar e perceber que o seu mundo não é o mundo (ADORNO apud COHN, 1978, p. 346-7). Com o conceito de Indústria Cultural, os teóricos da escola de Frankfurt desvendaram boa parte da dinâmica social do século XX e inauguraram uma linha de investigação e de crítica em torno dos meios de comunicação. A principal discussão que eles fazem é sobre o assédio da mídia sobre o tempo livre das pessoas, fazendo com que elas consumam cada vez mais os produtos – da mídia ou aqueles anunciados na mídia –, alimentando todo um aparato produtivo que explora de forma intensa o trabalho das pessoas. A sedução dos meios de comunicação sobre o desejo dos consumidores faz com que os mesmos acabem por imaginar que ao consumir os produtos anunciados estarão igualmente “assumindo” aquele mundo que é mostrado nas propagandas dos produtos. Essa dinâmica é que nos mantêm incapazes de analisar o real sentido do papel da mídia na sociedade. COHN, G. (Org.). Comunicação e Indústria Cultural. 4. ed. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1978. (Série Ciências Sociais, v. 39.) 2 Sobre sociedade

O espaço social – enquanto lócus de materialização das ações humanas, de atualização e efetivação dos processos, produtos, construções, instrumentos e como espaço objetivo e subjetivo – atua na formação do indivíduo, assim como este, em função do que realiza nesses espaços, o transforma. No entanto, esse processo não possui intencionalidade, a priori. O “todo” que percebemos no conceito de sociedade não diz respeito a uma condição de harmonia em si. Segundo Elias (1994), na sociedade atual, ainda que isoladamente exista uma garantia de liberdades individuais, há certo ordenamento desta sociedade, que não pode ser percebida diretamente pelos sentidos. Conforme Elias, “[...] cada pessoa nesse turbilhão faz parte de determinado lugar. [...] Cada um dos passantes, em algum lugar, em algum momento, tem uma função, uma propriedade ou trabalho específico, algum tipo de tarefa para os outros, ou uma função perdida, bens perdidos ou emprego perdido. [...] Cada qual é obrigado a usar certo tipo de traje; está preso a certo ritual no trato com os outros e a formas específicas de comportamento. [...] A ordem invisível dessa forma de vida em comum, que não pode ser diretamente percebida, oferece ao indivíduo uma gama mais ou menos restrita de funções e modos de comportamento possíveis” (1994, p. 21). E complementa: “[...] é a essa rede de funções que as pessoas desempenham umas em relação a outras, a ela e nada mais, que chamamos de ‘sociedade’” (ELIAS, 1994, p. 23). Ou seja, a liberdade percebida

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não pode ser considerada como liberdade real, dado que está circunscrita às formas como cada sociedade organiza e estabelece sua cultura. Com isso, se hoje a tônica da sociedade está nos processos de acirramento dos mecanismos de coerção, os quais não passam pela coerção bruta, mas sim agradável aos olhos, temos que pensar que isso traz marcas profundas no indivíduo e na sociedade. ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

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Estudo de Caso xx Francastel (1983, p. 45), teórico da arte e do cinema, afirma que “a imagem não é um conceito; ela prescreve uma das mais importantes formas de organização da sociedade”, ou seja, a imagem, além de atuar sobre o indivíduo, organiza e estrutura, em alguma medida, a vida social. São os clichês, o estereótipo, regulando as relações humanas. A contribuição desse autor nos ajuda a pensar no sentido que as imagens têm para nós, indivíduos que ontologicamente têm uma relação muito estreita com a imagem, seja aquela oriunda da criação plástica e da realidade interior, seja aquela veiculada em tecnologias e que vêm assumindo um papel central na formação do indivíduo, imagens que têm um discurso próprio. Essas imagens, em seus suportes, se as entendermos como produções humanas, passaram a fazer parte da nossa formação, ou seja, como afirma Benjamin (1980), interferem na estruturação do nosso aparelho perceptivo. Dessa forma, podemos pensar que nos constituímos psiquicamente como sujeitos e sociologicamente como cidadãos, sendo profundamente marcados pelas imagens veiculadas pelas mídias que intermedeiam a nossa relação com o espaço e com os grupos sociais nos/com os quais interagimos. A partir disso, como devemos nos posicionar frente às artes literárias, cênicas e outras? Elas são imprescindíveis para a formação, ou podem ser substituídas pelas imagens, ou seja, assistir uma peça de teatro tem igual valor ao vídeo de uma peça de teatro? BENJAMIN, W. 1980. A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução. In: ______ et al. Textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 3-28. (Coleção Os Pensadores.) FRANCASTEL, P. Imagem, visão e imaginação. São Paulo: Martins Fontes, 1983. (Coleção Arte e Comunicação.) xx O jornal que chega às nossas casas pela manhã, as revistas que lemos enquanto esperamos ser atendidos em algum estabelecimento, o cartaz de promoções de uma loja de roupas, o panfleto que recebemos na rua, sem dúvida, somos “bombardeados” diariamente por uma enorme quantidade de informações escritas, sonoras e visuais. Segundo Jésus Martín-Barbero (2001), estamos vivendo em um tempo de profundas transformações no nosso aparelho sensorial, em função do uso massivo e intenso das mídias audiovisuais de massa. Segundo esse autor, essas mídias têm causado um desordenamento cultural. Ele identifica três grandes argumentos para justificar: 1) por um lado porque convivemos com uma opulência em termos comunicacionais e, por outro, com uma debilidade de público para compreender todo esse processo; 2) com uma maior disponibilidade de informação, mas com um empobrecimento/deterioração da educação formal; e 3) com um aumento significativo de imagens por um lado, mas com um empobrecimento da experiência real por outro. Diante desses argumentos, como você analisa a sua experiência com os meios audiovisuais, em particular a televisão? Como você analisa os alunos com os quais vem convivendo nos últimos 5 anos? BARBERO, J. M. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.

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Casos de Reforço xx É comum professores afirmarem que as crianças não conseguem manter um volume de leitura capaz de transformá-los em ávidos leitores, com ampla capacidade de interpretação. Sabe-se, por outro lado, que boa parte das informações que recebemos no dia a dia vêm por meio de imagens. Esse fenômeno acontece não somente para os adultos, mas igualmente para as crianças e jovens. Essa “dificuldade” de leitura dos alunos, supostamente seria justificada pela qualidade do ensino que está sendo ministrado nas escolas ou, outra responsável, seria a própria televisão e, mais recentemente, também o computador. Nesse debate, o fato concreto é que cada vez mais a juventude, de modo geral, vem perdendo o gosto e o hábito de ler livros. No entanto, essa questão não deve ser analisada com esse grau de superficialidade e tampouco de forma negativa, como se nesse processo só estivessem acontecendo perdas. Antes, há que se deter para pensar em algumas coisas. Toda a sociedade não vem sofrendo mudanças na forma como acessa o conhecimento, como elabora o conhecimento e, ainda, na estrutura de relações sociais que as pessoas estabelecem entre si? Com isso, será que não poderíamos buscar formas alternativas de construção do conhecimento utilizando todo esse potencial que temos à nossa disposição: televisão, vídeos, filmes, internet etc.? Como você poderia explorar o conteúdo que ministra, utilizando somente imagens fotográficas? xx As novas mídias digitais têm propiciado aos usuários novas formas de jogar ou navegar nesses ambientes, pressupondo uma ação de quem opera o sistema. Essa dinâmica altera a forma como acessar a informação, como se relacionar com ela e propõe novas formas de entretenimento. A forma de interação com as mídias digitais demanda também um outro nível de envolvimento do sujeito, que deixa de ser “passivo” e se torna mais “ativo”. Mas o mais interessante nessa nova forma é a necessidade constante de “tomadas de decisões”. A interação com um sistema digital, internet, por exemplo, coloca o sujeito em constante processo de ter que tomar decisões: qual link acessar? Qual texto vale a pena? Qual imagem está melhor produzida? Entre tantos endereços encontrados numa pesquisa no Google, quais realmente expressam meu desejo ou minha necessidade de informação? Com isso, começamos a lidar com a questão do tempo. Não há tempo para ver tudo, ler tudo ou ouvir tudo. O que escolher? Essas questões surgem o tempo todo e, as crianças, sem mecanismos mais eficazes de compreensão e de discernimento, ficam cada vez mais fragilizadas diante do “universo digital”. Como podemos criar ou desenvolver em nossos alunos conhecimentos ou estratégias mais eficazes para lidar com o volume de informações a que são submetidos constantemente? O que é mais importante para as novas gerações: acrescentar conhecimentos organizados em textos estáticos ou ter instrumentos para buscar e construir o conhecimento quando necessitar? Discuta com os colegas e pense em quais alternativas a escola poderá se apoiar nesse novo contexto comunicacional.

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Vídeos Os vídeos selecionados retratam de forma audiovisual os conceitos abordados nesta disciplina. Para acessar os sites a seguir basta posicionar a seta sobre o link em azul e clicar. 1. Face da morte – televisão.

Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2009. 2. Nós na tela 1.

Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2009. 3. Entrevista com Wim Wenders.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 4. Piratas de Silicon Valley.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 5. Gafes no rádio.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 6. Evolución de la fotografia.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 7. Amigos... Uma História... Uma exposição de fotografias de amigos para amigos.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 8. Rede Tv! Combate à pedofilia e à pornografia infantil na internet – entrevista.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 9. Crimes pela internet – entrevista.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009. 10. Prometeus – a revolução da mídia.

Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2009.

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Temas Transversais Os temas transversais são importantes para ampliar e qualificar os conhecimentos adquiridos na disciplina porque permitem interagir com outras temáticas. Para acessar os sites a seguir basta posicionar a seta sobre o link em azul e clicar. xx Para entender o dinamismo da relação da mídia com a aprendizagem, é fundamental compreender que essa questão ultrapassa a dimensão educacional e estabelece relações com a sociologia, psicologia e demais áreas das ciências humanas. Estamos lidando com uma questão que, para a ação do professor, vai além das metodologias de ensino e dos conteúdos a serem tratados com os alunos. Estamos falando e lidando com questões culturais. Nesse sentido, um texto que traz uma abordagem interessante e foca nos comportamentos frente à mídia é “Violência na mídia ou violência na sociedade? A leitura da violência na mídia”, da revista Famecos, em que a questão dos valores e estilos são abordados do ponto de vista da mídia. TONDATO, M. P. Violência na mídia ou violência na sociedade? A leitura da violência na mídia. Famecos: mídia, cultura e tecnologia, v. 1, n. 32, 2007. Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2009. xx O fenômeno da cultura de massa é social e psíquico, portanto, imprime marcas profundas em nossa cultura. Por isso é importante ter uma abordagem mais ampla e transversal do tema mídia e educação, exatamente pela dimensão cultural que possui. Podemos afirmar que todo o sistema mídia, atualmente, “cria” práticas culturais em função de sua capacidade de persuasão, convencimento e entretenimento. Ela ensina divertindo. Mas não basta utilizar esses recursos se não forem tomados os devidos cuidados em relação à estética. No texto “A formação do professor e a educação estética” há uma série de reflexões em torno da questão da arte e da educação, questões que interagem com a discussão sobre mídia, uma vez que a própria mídia permite a produção artística. BRAGA, P. C. A formação do professor e a educação estética. Letra Magna, ano 3, n. 5, 2006. Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2009.

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Temas Emergentes Os temas emergentes indicam temas atuais que enriquecem os conhecimentos da disciplina, pois permitem identificar conceitos e fatos em evidência na sociedade. Para acessar os sites a seguir basta posicionar a seta sobre o link em azul e clicar. xx Uma das principais questões que tornam mais complexo o processo de aprendizagem na atualidade é quanto ao volume de informações que todos os dias recebemos dos meios de comunicação. Essas informações são, em geral, construídas de forma mais agradável do que aquelas trazidas pela escola, em que o processo está centrado no professor(a) e em livros que estão nas bibliotecas, ou, em situações ainda mais difíceis, o que dificulta o acesso. O texto “A educação como atividade comunicacional: interatividade e interdisciplinaridade” permite aprofundar mais sobre essas questões, com dados atuais e da realidade brasileira. MARTINS, J.; BIANCHETTI, L. A educação como atividade comunicacional: interatividade e interdisciplinaridade. Disponível em: <www.anped.org.br/reunioes/25/joseneimartinst16.rtf>. Acesso em: 28 out. 2009. xx No século passado, tornou‑se exigência para o ingresso na sociedade produtiva que o sujeito soubesse ler e escrever. Mais tarde, tornou‑se inevitável ampliar esse conceito de alfabetização, pois a sociedade exigia muito mais do sujeito. Foi necessário tratar do tema do letramento, ou seja, a capacidade de interpretar mensagens textuais. Já no século XXI, surge um novo desafio para a educação: o da alfabetização digital. Mas afinal, que tarefas novas cabem à escola nesse processo? É necessário incluir esses conteúdos na grade escolar? É possível aprofundar a compreensão sobre essa temática lendo o artigo “Sociedade da informação: democratizar o quê?”, em que essas questões são debatidas. PRETTO, N.; BONILLA, M. H. Sociedade da informação: democratizar o quê? Jornal do Brasil, 22 fev. 2001. Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2009.

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