Em ocasião do nascimento do filho do patrão, o trabalho dos camponeses é momentaneamente suspenso. O patrão presenteia os empregados com garrafas de champanhe. Um dos camponeses, cujo netinho também acabara de nascer, rejeita o “agrado”. “O meu neto nasceu primeiro! Aliás, é sempre assim: primeiro nascem os camponeses, depois vêm os patrões”. 21 – Metáfora visual camponeses afiavam as foices (bela cena) 29\30\31 – Olmo (filho do camponês) e Alfredo (filho do patrão\latifundiário), a fim de determinar qual dos dois era o mais corajoso e o menos covarde, iniciam uma disputa que envolvia tarefas como comer terra, fazer encenações constrangedoras e deitar no trilho do trem (desse desafio resulta o vencedor, já que o filho do patrão amarela quando percebe que o ruído dos vagões estava se aproximando). 52 – O patriarca assedia sexualmente uma camponesa mirim. Ordena que ela ordenhe uma vaca e depois o masturbe. O patrão lamenta sua impotência, tanto física quanto sexual. Depois de constatar sua falência, pede para que a garotinha ir embora. ...... Giovanni comunica aos camponeses que, em virtude de uma tempestade, a safra daquele mês ficou drasticamente aquém do esperado. Explica que, por conta da intempérie, o salário do grupo de trabalhadores seria composto da metade do valor habitualmente pago. Um dos camponeses protesta, “Quando a colheita é abundante, você não nos paga no dobro!” ... Olmo vai à guerra. Alfredo, filho de Giovanni, fica. A Primeira Guerra Mundial reduz o contingente de camponeses homens. Giovanni se vê forçado a investir em novos maquinários, graças aos quais o salário dos camponeses, que já era baixo, se torne ainda mais inexpressivo. ... Os camponeses, após serem inconformados da existência de uma ordem de despejo, mobilizamse e, unidos, conseguem inibir o avanço das tropas policiais. Olmo começa a namorar, desde que voltara da guerra, uma professora. ... Anita – Olmo Alfredo – Ada (ataques histéricos, simula estar cega) ... A casa dos camponeses que deveria ser desocupada é incendiada por fascistas. Nenhum deles sobrevive. ...
Carlos Kramer esgana um gato como se estivesse esganando um comunista. A oerformance é usada como ilustração pedagógica: a partir daquele momento, era assim que os Fascistas procederiam. ... A chegada da cocaína – Ottavio, Ada e Alfredo. Morre Giovanni, pai de Ottavio. Anitta, mulher de Olmo, morre ao dar à luz uma menina. ... Atilla, depois de abusar de Patrizio, termina o assassinando. Atilla acusa Olmo. Em seguida, é linchado pelos parentes do pequeno Patrizio. ... A personalidade de Alfredo se altera. A convivência com pessoas que compartilhavam de ideias fascistas se estreita. Ada se torna alcóolatra. ... Atilla e sua esposa assassinam a mulher que disputava com eles a hipoteca de uma casa. Manipulam a cena do crime a fim de se eximirem de suspeitas e tornar plausível a hipótese de que o autor do crime havia sido um comunista encarniçado. ... Attila anuncia, em frente a todos os camponeses, que Olmo seria vendido. Revoltados com a decisão autocrática de Attila, bombardeiam o cacique fascista com merda de cavalo. CENA ÉPICA, ANTOLÓGICA. Olmo foge. Atilla vandaliza a casa de Olmo. Alfredo demite Attila. Attila, enfurecido com a decisão do patrão, chacina todos os camponeses que haviam lhe bombardeado com merda de cavalo. CENA ANTOLÓGICA, PAREDÃO Fim da SGM. Atilla e Regina são escrachados. Ao final da execração, Attila é morto comum tiro na cabeça. Alfredo é conduzido a um julgamento popular liderado por OLMO. Camponeses se revezam pra relatar, cara a cara com Alfredo, todas as amarguras pelas quais passaram sob o jugo da família Belingheri. Todos os camponeses estão a postos para começar o espancamento do patrão, Olmo, porém contém os ânimos. Em seguida, declara que não há a necessidade de mata-lo. Argumenta que o “o patrão já não vive”, sugerindo que aquele que está sentado na cadeira, a partir daquele momento, não exerceria mais domínio sobre nenhum dos que ali estavam.
ALEGORIA: nunca faça concessões com o patronato. Uma vez parasita, sempre parasitas! Tropas republicanas chegam ao local em que o julgamento estava sendo realizado. Os representantes explicam que, uma vez que a guerra acabara, não havia por que existir combatentes. Pedem para que Olmo convença os seus comandados a entregarem as armas. O cosplayer de Olmo resiste, mas, ainda que contrariado, acaba cedendo. Olmo e Alfredo ficam frente a frente. Alfredo diz: “O patrão está vivo!”, indicando que o ciclo de dominados e dominadores cedo ou tarde voltará a ser estabelecido. Depois disso, Olmo e Alfredo se engalfinha. Um corte. Alfredo e Olmo, envelhecidos, continuam a se engalfinhar. Alfredo deita horizontalmente sobre a linha do trem; Alfredo aparece, em criança, deitado verticalmente na linha do trem. Fim!