Uso Correto De Ferramentas Manuais

  • November 2019
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Extratores ou Saca Polias É comum assistirmos em oficinas de manutenção montagens e desmontagens de polias, engrenagens, rolamentos e buchas usando como ferramentas martelos, talhadeiras e/ou chaves de fenda. Esse cenário desastroso assusta qualquer técnico, pois sabe-se as conseqüências que esta prática provoca. Esta ferramenta trabalha sempre tensionada (com pressão), portanto, deve-se evitar bater sobre ela, pois além de danificar a ferramenta, também pode causar um grave acidente. Buscando solucionar essa situação, a Gedore projetou e desenvolveu diversos modelos de extratores visando facilitar e proteger o trabalhador na operação de desmontagem de conjuntos de máquinas e equipamentos. Tipos de extratores: • Extratores com garras deslizantes – permite a inversão das garras para apoio externo ou interno. São eles: 8220, 1.06 e 1.07; • Extratores com garras fixas – são os modelos 8562, 8563, 8564, 8565, 1.20 e 1.22; • Extratores com garras articuladas – são os modelos 8566, 8567, 8568, 8569, 1.23 e 1.30; • Extratores para utilização específica – são eles: o Extração de porcas encravadas – modelo 1.26; o Extração de rolamentos e buchas – 1.29, 1.30 e 1.35; o Extração de cubo de roda – 1.60 e 1.61; o Extração de volantes automotivos – 1.67 e 1.68; o Extração de articulação esférica – 1.72, 1.73 e 1.74. Nota importante: visando o menor esforço e maior segurança do operador, a Gedore oferece duas opções de extratores hidráulicos. São eles: 1. Saca polia hidráulico com bomba – 8567H; 2. Fuso hidráulico HSP com três opções de bitola e capacidade oferecidas em conjunto ou adaptáveis aos seguintes extratores: 8220, 8220L, 8564, 8565, 8566 e 8567. Cuidados básicos para aumentar a vida útil dos Extratores ou SacaPolias: 1. Não improvisar o extrator para trabalhos não indicados; 2. Proteger a ferramenta periodicamente com óleo; 3. Armazenar em armários ou locais livres de poeira e umidade; 4. Não ultrapassar os limites de força especificado; 5. Evitar batidas, principalmente no fuso rosqueado; 6. Utilizar somente componentes originais na manutenção dos mesmos; 7. Sempre que possível, utilizar extratores de três garras para maior segurança

Chave de Fenda A chave de fenda é uma das ferramentas mais conhecidas no mercado. Quem nunca utilizou uma chave de fenda na vida? Como o próprio nome já diz, esta ferramenta foi desenvolvida especificamente para apertar ou desapertar parafusos que possuem fenda na cabeça. A Gedore procura atender as diversas necessidades dos usuários como praticidade e ergonomia, e para isso fabrica dois tipos de chaves de fenda. São elas: • Chave de fenda simples; • Chave de fenda cruzada (mais conhecida como chave Phillips); Normalmente, os usuários costumam utilizar a chave de fenda de maneira incorreta como, por exemplo, para fazer alavancas ou como talhadeira. Dessa forma, há uma diminuição da vida útil da ferramenta, além da possibilidade de que ocorram acidentes. Portanto, é necessário conscientizar os usuários sobre a função específica da chave de fenda e mostrar que, para cada tipo de atividade, existe uma ferramenta adequada. Antes de especificar a chave de fenda correta para cada aplicação, é necessário verificar algumas informações importantes: • Tipo da fenda; • Diâmetro do parafuso: no caso da chave de fenda simples, conforme normas Din 964, 963 e 8245. No chave de fenda cruzada ou Phillips, conforme normas Din 7983, 965, 966, 7985, 7995, 7996 e 7997, entre outras; • Espessura da fenda; • Comprimento da haste; • Comprimento total (comprimento do cabo e da haste). Cuidados básicos para aumentar a vida útil das chaves de fenda: 1. Utilizar a chave de fenda somente para apertar ou desapertar parafusos; 2. Não reaproveitar a ferramenta afiando-a no esmeril, pois isto pode provocar a perda de suas características técnicas como dureza e resistência, podendo ocasionar a quebra da chave ou um acidente com o usuário; 3. Guardar a chave de fenda em ambientes secos, como caixas de ferramentas, carrinhos e armários; 4. Sempre verificar se a ferramenta está em condições de uso, pois podem existir trincas no cabo ou o arredondamento das arestas na ponta da chave. Esse problema ocorre devido ao uso incorreto da ferramenta, provocado por impactos e/ou utilização em parafusos de diâmetro diferente do especificado para a chave. Caso isto ocorra, substituir a ferramenta por uma nova; 5. Aplicar periodicamente uma fina película de óleo lubrificante na chave para proteger sua superfície. Francisco Arruda Promotor Técnico da Gedore

Alicate Universal O Alicate Universal é o mais conhecido e popular entre os alicates fabricados no mercado. Os usuários associam seu nome - "universal" - à execução de qualquer tipo de tarefa, como utilizar como martelo , batendo-o em alguma peça; usar como chave para soltar parafusos; ou como pé-de-cabra para arrancar pregos. Todas estas maneiras de utilização do Alicate Universal são incorretas, pois podem causar acidentes pessoais ou danificar equipamentos. O Alicate Universal tem finalidades específicas de uso. São elas: • Cortar fios e arames: é possível cortar materiais como cobre, latão, bronze, alumínio, plástico, aço, aço temperado com diâmetro máximo de 2mm (tipo corda de piano) com a região do corte do alicate; • Segurar com firmeza superfícies de forma chata, cilíndrica, oval, quadrada, sextavada, oitavada ou poligonal através das suas mandíbulas planas e ovaladas; • Prensar terminais utilizando as partes internas do cabo (região retificada próxima da articulação do alicate); • Executar tarefas em linhas energizadas utilizando o alicate de cabo isolado para 1000V. Esta marcação deve estar obrigatoriamente gravada no cabo do alicate, conforme a norma NBR 9699. Cuidados básicos para aumentar a vida útil do alicate universal 1. Não utilizar o alicate para bater, soltar parafusos ou arrancar pregos; 2. Não segurar peças próximas da região que for soldada, pois este procedimento pode aquecer demasiadamente a mandíbula e danificar de forma irreversível o tratamento térmico aplicado no alicate; 3. Aplicar periodicamente uma fina película de óleo lubrificante nas partes metálicas do alicate para proteger sua superfície; 4. Evitar a queda do alicate, pois isto pode danificar sua isolação; 5. Guardar o alicate em ambientes secos e longe de objetos ou ferramentas pontiagudas e cortantes. Isto evitará qualquer perfuração na sua isolação. José Freires Supervisor Técnico

Alicate de corte O alicate de corte é uma ferramenta articulada que tem como função cortar arames e fios de cobre, alumínio e aço. Podem apresentar-se de formas diferentes, dependendo da necessidade do usuário. 1. Corte • Diagonal: possui a geometria do corte posicionada diagonalmente ao corpo do alicate. São os modelos 8310, 8316, 8301-1, 8301-1C, 8301-1E e 8301-7; • Central: possui a geometria do corte posicionada paralelamente ao corpo do alicate e centralizada. São os modelos 8331 e 8330; • Frontal: possui a geometria do corte posicionada perpendicularmente ao plano corpo do alicate. São os modelos 8367 e 8380. • É importante lembrar que cada tipo de alicate tem uma capacidade máxima de corte. Estas informações podem ser obtidas através de nosso telefone DDG: 0800 515181. • Alicates combinados: são ferramentas utilizadas para cortar, puxar, segurar e dobrar fios e objetos de montagem mecânica. Podem apresentarse de forma isolada ou não, como é o caso do alicate universal e o tipo telefone. Modelos 8280, 8132 e 8250. 2. Aplicações • Alicates de corte para linha eletrônica: são indicados para corte de estanho, cobre e alumínio macios. Utilizados para manutenção e montagem de componentes eletroeletrônicos. Isolamento não garantido para trabalhos em linhas energizadas; • Alicates de corte com isolamento elétrico: são indicados para cortes em áreas energizadas, pois seu cabo possui um isolamento para 1000V. Todos os alicates que têm isolamento elétrico possuem identificação específica no cabo. • Dentro da linha de alicates isolados eletricamente da Gedore, existem dois grupos: o Alicates com isolamento em PVC especial rígido (linha IOX): passam por ensaios conforme Norma NBR 9699; o Alicates com isolamento em material macio (linha VDE): passam por ensaios conforme Norma Européia EM 60900. Possuem como característica principal a maleabilidade do isolamento, tornando-se mais resistente a quedas de grandes alturas, além do isolamento duplo com cores diferentes para indicar a redução da espessura da camada de isolamento; • Alicates linha OX: todos os alicates comercializados com identificação “OX” possuem o cabo plastificado sem garantias de isolamento elétrico. Cuidados básicos para aumentar a vida útil dos alicates de corte: 1. Não expor os alicates a altas temperaturas, evitando assim o risco de alteração da dureza da região do corte; 2. Nunca utilizar martelo para auxiliar no corte de algum material, pois o alicate foi projetado apenas para uso manual; 3. Não cortar arames acima do especificado por norma;

4. Aplicar de forma periódica um óleo lubrificante nas parte metálicas do alicate para proteger sua superfície; 5. Guardar o alicate em local limpo e seco; 6. Não inclinar (virar) o alicate no momento do corte pois esse procedimento pode ocasionar o lascamento do corte; 7. Alicates com isolamento elétrico devem passar por uma revisão periódica no seu isolamento para evitar acidentes. Rodrigo Porto Promotor Técnico da Gedore

A importância de controlar o aperto aplicado em um parafuso O que é torque? De uma forma bem simplificada, torque é a resultante de uma força aplicada em um determinado braço de alavanca. Sua fórmula é: (T = F X L) sendo, T = torque, F = força e L = comprimento da alavanca. Onde se aplica o torque? Em parafusos e prisioneiros que fixam peças, componentes, conjuntos, etc. Que efeito produz o torque num parafuso? A aplicação de torque no parafuso produz uma tensão linear (esticamento) e, conseqüentemente, um alongamento do mesmo (deformação elástica). A elasticidade do material do parafuso faz com que esse pretenda voltar a sua forma original fixado, assim, o conjunto. A que tensão podemos sujeitar um parafuso? Vários fatores são levados em consideração na fabricação de um parafuso. São eles: • matéria prima (latão, alumínio, aço carbono, aço ligado, aço inoxidável, etc.); • tratamento térmico aplicado no parafuso. Exemplo: têmpera, revenimento; • tipo e passo da rosca; • acabamento superficial; • coeficiente de atrito. Todos estes fatores irão determinar a classificação de resistência a que pretence o parafuso, conforme normas internacionais. Veja abaixo o exemplo para um parafuso sextavado M10 conforme DIN 267. • Classes de Qualidade Conforme DIN 267 • Nominal • Sextavado Como determinar o tamanho do parafuso a ser utilizado? O tamanho do parafuso deve ser determinado pelo total de tensão necessária para fixar o conjunto de peças, dentro dos limites seguros de tensão para dado parafuso, conforme especificação do projeto. Porque devemos controlar o torque a ser aplicado num parafuso? O torque quando excessivo pode: • espanar os fios de rosca do parafuso;

• •

quebrar o parafuso; empenar um conjunto fixado por parafusos, impedindo seu funcionamento normal; • esmagar juntas ou gaxetas, provocando assim vazamento de gases e líquidos; • trincar o parafuso, fazendo-o falhar mais tarde, pondo em risco vidas humanas e patrimônio. O torque quando insuficiente pode: • fazer cair o parafuso devido a vibrações da máquina ou do equipamento; • alterar a vedação (junta), o que provoca o vazamento de gases e líquidos entre componentes de máquinas, etc; • comprometer o desempenho da máquina ou equipamento em função da falta de alinhamento e suporte dos seus componentes entre si; • causar acidentes e danos ao patrimônio Somente através de uma ferramenta denominada “torquímetro” é que conseguiremos aplicar o torque especificado. Todos os torquímetros da linha Gedore são construídos conforme prescrições rigorosas de usinagem e montagem. São fabricados com maquinário específico e mão-de-obra especializada que asseguram a qualidade Gedore. A escolha correta da ferramenta para aperto significa segurança, rapidez, facilidade e qualidade para seu trabalho. Cada torquímetro foi desenvolvido para uma diferente aplicação. O grupo Gedore apresenta os seguintes tipos de torquímetros: torquímetro de estalo com escala / sem escala; torquímetro de relógio; torquímetro de relógio com ponteiro de arraste; torquímetro de escape ou giro livre; torquímetro com cabeça intercambiável; torquímetro axial; torquímetro de vareta; torquímetro tipo “T”; torquímetro digital; torquímetro pneumático; torquímetros especiais para áreas médicas (esterelizáveis); torquímetros para tampas de embalagens; transdutores de torque estáticos e rotativos. José Freires Supervisor Técnico da Gedore.

Soquetes Gedore: a solução em problemas de aperto Os soquetes, também conhecidos na linguagem mecânica como “cachimbos” ou “pitos”, são fabricados na Gedore através de processos e equipamentos com alta tecnologia e com a utilização de aço adequado para ferramentas profissionais, gerando produtos de alta durabilidade. Os soquetes Gedore estão disponíveis nas bitolas de 4 até 120 mm, com encaixes quadrados de 1/4” até 2.1/2” , em vários modelos, com perfil sextavado e estriado. Ainda, existem os soquetes tipo torx com encaixe quadrado de 1/4" até 1/2" e as chaves soquetes (soquete com ponteira) nas formas fenda simples, cruzada, torx, multidentada e hexagonal. Para trabalhar com os soquetes, é necessário utilizar acessórios tais como

manivela, cabo T, junta universal, catraca e extensão. Também, são utilizados em ferramentas para medição de torque, como torquímetros. Na linha de soquetes Gedore existem dois grandes grupos. São eles: • • Soquetes de utilização manual; • • Soquetes de impacto, com alojamento para pino e anel de segurança, usados em máquinas de parafusar (pneumáticas e elétricas). Os soquetes têm finalidades específicas de uso para aperto e desaperto de porcas e parafusos, garantindo uma aplicação uniforme da força necessária, bem como sua distribuição nos pontos de contato entre ferramenta e peça. Dessa forma, não há concentração de tensões em um único ponto, proporcionando uma redução no esforço físico do usuário, melhor aproveitamento do trabalho realizado, principalmente em locais de difícil acesso. Cuidados básicos para aumentar a vida útil dos soquetes: • Utilizar o soquete de acordo com a força necessária de aperto ou desaperto, conforme o torque a ser aplicado, escolhendo o encaixe quadrado; • Utilizar somente acessórios adequados e recomendados, não adaptando (não emendando) extensões nem prolongadores ao soquete; • Não retrabalhar e nem usinar as dimensões externas do soquete a fim de facilitar e permitir encaixes, pois isto reduz a espessura das paredes do mesmo, fragilizando o soquete e retirando sua camada de proteção superficial contra corrosão. Régio Leal Técnico de Processos da Gedore

Cuidados com os Torquímetros Nos últimos anos, tem se difundido muito, em empresas de todo o Brasil, a necessidade da utilização de torquímetros para controle e aplicação de torque em elementos de fixação em todos os segmentos produtivos, principalmente em pontos sensíveis, onde o aperto inadequado pode causar danos ao equipamento ou ao produto final. Juntamente com a utilização, é muito importante cuidar deste equipamento. Um torquímetro que está sendo utilizado sem um mínimo de cuidados básicos passa a não ter o efeito desejado, ou seja, não irá garantir o aperto adequado ao elemento de fixação que se pretenda fixar. Os cuidados começam a partir do momento da aquisição do equipamento, com uma orientação adequada às pessoas que irão utilizá-lo. Torquímetro é um instrumento de aplicação e verificação de torque e deve ser tratado com o mesmo cuidado que dispensamos aos micrômetros e paquímetros, em relação à não derrubar o equipamento, guardá-lo em local adequado, longe de umidade ou junto com as demais ferramentas. Se o

equipamento for derrubado, deve-se avaliar se não ocorreu nenhuma avaria grave externa ou se nenhuma peça interna se soltou. A limpeza do torquímetro deve ser apenas externa. Não se deve colocar óleos ou graxas nos orifícios do torquímetro, pois isso pode modificar o torque aplicado. A limpeza interna é feita quando o torquímetro é enviado para calibração na fábrica ou em uma empresa qualificada a fazer este serviço em cada região do país. A Gedore recomenda fazer calibração nos torquímetros nos seguintes intervalos: • Torquímetros de verificação de torque: são os torquímetros que mostram em um visor, pode ser dial ou display, o valor do torque aplicado. Ex. torquímetro de relógio, vareta e digital - para essa família de torquímetros recomendamos efetuar calibração a cada 10.000 ciclos de trabalho. • Torquímetros de sinalização de torque: são os torquímetros que sinalizam através de um sinal acústico o torque aplicado. Ex. torquímetro de estalo, quebra e giro-livre - para essa família de torquímetros recomendamos efetuar calibração a cada 5.000 ciclos de trabalho. Os torquímetros também devem sofrer calibração nos seguintes casos: • A cada seis meses; • Após quedas ou choques violentos; • Após sobrecarga; • Após reparos • Quando ocorrer dúvida no resultado encontrado. Normalmente, empresas certificadas pela ISO já têm procedimento de quanto em quanto tempo seus torquímetros devem sofrer calibração. Este tempo pode variar de empresa em função da atividade e do grau de utilização do torquímetro. O importante é fazer a calibração, seja dentro dos padrões recomendados pela fábrica ou da periodicidade especificada pela empresa, porque este processo vai garantir uma vida útil muito mais longa ao torquímetro, e uma utilização com maior qualidade. Elias Alonso Promotor Técnico da Gedore

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