Trabalho Sobre Artemisia Gentiles Chi

A arte é porta voz da dor da mulher

Artemisia Gentileschi

Numa época em que a pintura era um mundo exclusivamente masculino, não por falta de talentos femininos, mas porque o acesso ao estudo e métier da pintura era reservado aos homens. Artemisia Gentileschi destacou-se neste mundo tornando-se o primeiro grande nome da pintura no feminino.

Artemisia Gentileschi nasceu em Roma em 1593. Era filha de um pintor talentoso Orazio Gentileschi, que dominava muito bem a técnica de claro/escuro, muito na linha de Caravaggio. Artemisia foi uma das maiores seguidoras de Caravaggio e uma grande personalidade. Artemisia recebeu os primeiros ensinamentos do seu pai, este, perante a impossibilidade desta frequentar a Academia. Era precocemente bem dotada, ce era uma mulher rara naquela época. Em 1610 Artemisia pintou seu primeiro trabalho datado e assinado: Susanna e o Elders. Seu Pai Orazio, em 1612 entrega-a com 19 anos ao seu amigo Agostinho De Tassi para lhe ensinar Artes. Tassi aproveitou-se da juventude e ingenuidade da jovem pintora e acabou por

seduzi-la e viola-la. Esta violação deu origem a um longo, humilhante e penoso processo judicial. Em julho de 1612 seu pai Orazio escreveu à Grande Duquesa da Toscana elogiando a mestria artística de Artemisia e requerendo o cumprimento da sentença de Tassi. Tassi acabou por ser condenado ao um exílio de Roma por um período de cinco anos. Este exílio acabou por durar apenas quatro meses, graça as suas influências. A obra de Artemisia vai refletir um desejo de vingança. Pintava mulheres em violentas cenas de vinganças conta homens, as pinturas exalam ameaças e terror. Grandemente considerada, foi aceita em 1616 como primeiro elemento feminino da Academia de Desenho. Artemisia trabalhava arduamente para sustentar a família, visto que o seu marido, que gostava muito do jogo, apenas

contribuía para acumulassem.

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Entre1630 foi morar em Nápoles onde assinou seu mais antigo trabalho The Annunciation (A Anunciação). Morou lá até sua morte em 1653, com exceção de uma temporada que passou na Inglaterra para dar assistência ao seu pai já idoso. Durante muito tempo à obra de Artemisa foi injustamente esquecida e por muitas vezes atribuídas ao seu pai. Hoje o seu reconhecimento é universal e consta que em suas obras contém, em muitos casos, um ponto de vista único, feminino e até feminista, extremamente avançado para sua época. Para mitigar sua situação difícil devido o relacionamento com Tassi, ao fim de 1612 ela casou com Florentino Pierantonio Stiattesi, Saiu de Roma e mudou-se para a capital Toscana.

No século XVI o mundo era dos homens. Então apareceu uma mulher que ousou desafiar as leis, a sociedade, as artes... E o mundo nunca mais foi o mesmo.

Numa sociedade em que as convenções sociais ditavam as regras, Artemísia Gentileschi lutou (como pôde) pelas suas ambições profissionais. Artemisia era bem dotada, vigorosa que, apesar do seu sofrimento físico e psicológico, ao longo de toda a sua vida, manteve sempre o discernimento para enfrentar tudo e todos. Artemísia, uma das poucas pintoras italianas conhecidas, soube ultrapassar os problemas que uma saia lhe colocava, para ir ao encontro de quem a podia ajudar. O seu caráter itinerante levou-a ao centro do Mundo.

Artemisia Gentileschi filha do pintor Orazio Gentileschi, nasceu em Roma em 1593. Influenciada desde cedo por seu pai, seguiu o ruma da pintura, por ser mulher passou muitas dificuldades, foi seguidora das técnicas de Caravaggio e uma grande personalidade. Em 1610 Artemisia pintou seu primeiro quadro: Susanna e Elders. Para aperfeiçoar seu dom da pintura seu pai em 1612, com apenas 19 anos entrega-a a um grande amigo seu Agostino Tassi, professor de Artes. Tassi aproveitou-se da ingenuidade e da juventude de Artemisia e acaba por seduzi-la e viola-la. Esta violação deu origem a um longo, humilhante e penoso processo judicial a qual Artemisia se viu exposta e é submetida a um teste humilhante para comprovar a perda da sua virgindade: ‘Sentei-me na ponta da mesa. Inexpressiva, a parteira mais velha gesticulou para que me deitasse e dobrasse os joelhos. Parecia que os ossos das pernas derretiam. A mais nova mergulhou os dedos em gordura animal rançoso e mal cheiroso, levantando-me em seguida a saia. ’ Tassi acabou por ser condenado a um exílio de Roma por um período de cinco anos. Como sempre, a justiça foi feita para os mais ricos, por ser uma pessoa muito influente na região, Agostino recorreu e respondeu o processo em liberdade. Não houve justiça, o estuprador ficou livre. Humilhada publicamente, a jovem pintora não foi aceita em nenhum convento e escola de artes. Para mitigar essa situação difícil, ao fim de 1612 Artemisia casa-se com o pintor florentino Pierantonio Stiattesi. Apintora trabalhou arduamente para sustentar a família, visto que o seu marido gostava muito de jogos apenas contribuía para que as dívidas se acumulassem. Anos depois, Artemisia separou-se do pintor. Independente, ganhava a vida vendendo suas telas, a cada instante, sua fama crescia e se espalhou por toda a Europa renascentista. França, Itália, Espanha, Inglaterra... A jovem pintora recebia encargos de reis, duques e condes. Com a morte de seu pai, foi viver em Nápoles e ali continuou pintando seus quadros, com as suas famosas figuras femininas e bíblicas, com o seu mesmo estilo agressivo e obscuro, além de patético, segundo os machistas da época. “Ainda bem que sou mulher… Se fosse homem, seria muito fácil ganhar a vida a pintar.” Artemisia Gentileschi morreu aos 60 anos em 1653. Foi a primeira mulher admitida na Academia de Artes de Florença, a primeira pintora reconhecida da História das Artes e do Barroco Italiano.