EDIO LUIZ PETROSKI
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE EQUAÇÕES GENERALIZADAS PARA A ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM ADULTOS
TESE DE DOUTORADO
Santa Maria, RS - Brasil 1995
P497d
Petroski, Edio Luiz Desenvolvimento e validação de equações generalizadas para a estimativa da denside corporal em adultos. / Edio Luiz Petroski. - Santa Maria, 1995. xvii, 124f. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Maria, 1995. 1. ANTROPOMETRIA. 2. CÁLCULO. 3. EQUAÇÕES. 4. DENSIDADE CORPORAL. 5. ADULTOS. I. Título.
CDU: 572.087:517-053.8 CDD: 573.6
Ficha catalográfica elaborada por Maristela Hartmann - CRB 10/737 Biblioteca Central - UFSM
ii
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE EQUAÇÕES GENERALIZADAS PARA A ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM ADULTOS
por
Edio Luiz Petroski
________________________
Tese Apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência do Movimento Humano da Universidade Federal de Santa Maria (RS), Como Requisito Parcial à Obtenção do Título de Doutor em Ciência do Movimento Humano
Santa Maria, RS, Brasil 1995
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO
A COMISSÃO EXAMINADORA, ABAIXO ASSINADA, APROVA A TESE
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE EQUAÇÕES GENERALIZADAS PARA A ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM ADULTOS
ELABORADA POR EDIO LUIZ PETROSKI
COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO: CINEANTROPOMETRIA
COMISSÃO EXAMINADORA: _________________________________________ Dr. Cândido Simões Pires-Neto Orientador _________________________________________ Dr. José Henrique Souza da Silva _________________________________________ Drª. Maria de Fátima da Silva Duarte _________________________________________ Dr. Markus Vinícius Nahas _________________________________________ Dr. Victor Keihan Rodrigues Matsudo
iv
Santa Maria, 30 de junho de 1995.
v
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a todos os que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste estudo e, em particular: Ao
Prof.
dedicação,
Dr.
Cândido
participação,
Simões
incentivo
e
Pires-Neto, seriedade
pela
com
que
conduziu a orientação deste estudo. Aos professores Drª. Maria de Fátima da Silva Duarte, Dr. Markus Vinícius Nahas e Dr. José Henrique Souza da Silva, pelas valiosas sugestões dadas no desenvolvimento do estudo. Ao banca
Dr.
Victor
examinadora,
Keihan pelo
Rodrigues
incentivo
Matsudo,
desde
o
membro estágio
da no
CELAFISCS. Aos
colegas
Nívia
Márcia
Velho
e
Ciro
Romélio
Rodriguez Añes, pela ajuda nos trabalhos realizados durante o curso e pela amizade. Aos Desportos
professores da
Metodologia
UFSC,
em
Desportiva,
do
Centro
especial que
de aos
tornaram
Educação do
Física
Departamento
possível
a
e de
minha
participação neste doutorado. Ao órgão que forneceu o suporte financeiro, Fundação de
Amparo
à
Pesquisa
no
Rio
Grande
do
Sul
(FAPERGS),
facilitando-me a realização do Curso de Pós-Graduação. E, finalmente, aos colegas da área de Cineantropometria, pelo carinho e atenção com que sempre me receberam.
vi
RESUMO
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE EQUAÇÕES PARA A ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM ADULTOS
Autor: Edio Luiz Petroski Orientador: Prof. Dr. Cândido Simões Pires-Neto.
Este estudo teve dois objetivos principais: Primeiro desenvolver
e
validar
equações
generalizadas
para
a
estimativa da densidade corporal (D) em mulheres e homens, entre
18
e
66
anos
de
idade,
usando
diversas
medidas
antropométricas e peso hidrostático; Segundo - verificar a validade de equações generalizadas e específicas de outros investigadores para a estimativa da densidade corporal na amostra
estudada.
Para
tanto,
participaram
do
estudo
672
sujeitos, sendo 281 mulheres, entre 18 e 51 anos ( x = 27,46 ± 7,58 anos),
e 391
homens,
( x = 30,17 ± 9,78 anos). A
entre
18
e
66 anos de idade
técnica de regressão múltipla,
Stepwise com a seleção Forward, foi usada no desenvolvimento equações para a estimativa da D na amostra de estudo. Para as análises de validação e validação cruzada, determinaram-se os seguintes cálculos: média e desvio padrão, coeficiente de correlação linear de Pearson, teste t pareado, erro constante (EC), erro total (ET) e erro padrão de estimativa (EPE). Foram propostas 16 equações generalizadas preditivas da D, para cada sexo. As correlações múltiplas ( R ) das equações
vii
para mulheres variaram de 0,827 à 0,864 com EPE de 0,0064 à 0,0070 g/ml; e para os homens de 0,871 à 0,896 com EPE de 0,0070 à 0,0076 g/ml. Para a validação das equações, foi utilizada
uma
correlações
(
amostra r
)
de
entre
68 a
mulheres
densidade
e
87
homens.
mensurada
(Dm)
As e
a
densidade estimada (De), através das equações desenvolvidas para as mulheres, ficaram entre 0,705 e 0,779; os ETs e EPEs médios encontrados foram iguais ou menores a 0,0074 e 0,0072 g/ml, respectivamente. Já, para os homens, as correlações ficaram entre 0,732 e 0,880. Os ETs e EPEs médios foram iguais
ou
menores
respectivamente. seguintes
Os
que
0,0085
resultados
conclusões:
1)
As
g/ml,
deste
para
estudo
equações
ambos,
sugerem
desenvolvidas
as são
válidas para a estimativa da D em mulheres e homens adultos, heterogêneos em termos de idade e composição corporal; 2) As equações que usam a soma e o quadrado da soma de quatro dobras
cutâneas
(subescapular,
tricipital,
supra-ilíaca
e
panturrilha medial), equação nº F9 para as mulheres e equação nº M7 para os homens, têm as vantagens de praticabilidade e simplicidade para estudo de grandes grupos populacionais; 3) Para as mulheres, as equações generalizadas (quadrática e logarítmica) de JACKSON et al (1980), que usam a soma de sete DCs e a equação específica de KATCH e McARDLE (1973), que utiliza a dobra cutânea subescapular e a circunferência da coxa, são as equações que possuem validade concorrente para estimativa da D em mulheres das regiões central do RS e litorânea
de
SC.
Já,
para
os
homens,
são
as
equações
generalizadas (nº 2 e 6), que usam a soma e o quadrado da
viii
soma de sete dobras cutâneas (DCs) e as circunferências do antebraço e do abdômen, e a de três DCs, de JACKSON e POLLOCK (1978), bem como as específicas (equações de nº 24 à 28) de GUEDES (1985) e a de SLOAN (1967). E, finalmente, foram as equações generalizadas, que se mostraram mais acuradas que as específicas, na estimativa de valores da D, na amostra do presente estudo. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO Tese de Doutorado Santa Maria, 30 de junho de 1995.
ix
ABSTRACT
DEVELOPMENT AND VALIDATION OF EQUATIONS TO ESTIMATE BODY DENSITY IN ADULTS
Author: Edio Luiz Petroski Adviser: Prof. Dr. Cândido Simões Pires-Neto
This study had two main objectives: a) to develop and validate generalized equations to estimate body density (D) in men and women between ages 18 and 66 years, from the central region of Rio Grande do Sul State, RS, and the coastal region of Santa Catarina State, SC, using anthropometric measurements and
hydrostatic
generalized
and
weighing; specific
b)
to
verify
equations
the
developed
validity by
of
other
investigators to estimate D in the above sample. From the total of 672 subjects who participated in the study, 281 were women between 18 and 51 years old ( x = 27,46 ± 7,58 years), and 391 were men between ages 18 and 66 years ( x = 30,17 ± 9,78 years). The Multiple Regression Stepwise technique was used to develop equations to estimate D for the sample of this study. The validity of the regression equations were evaluated on the basis of analysis of the differences and correlations between estimated and density determined values. To analyse the validation and cross-validation, the following computations were performed: means and standard deviation, the Pearson linear coefficient correlation, constant error
x
(CE), total error (TE), standard error of estimatate (SEE). Paired
t-test
was
used
to
compare
differences
between
estimated and measured means. Sixteen generalized predictive equations
of
D
were
proposed
for
each
sex.
The
Multiple
Correlations ( R ) of the equations for women varied from 0.827 to 0.864 with a SEE of 0.0064 to 0.0070 g/ml; and for men 0.871 to 0.896 with a SEE of 0.0070 to 0.0076 g/ml. To validate the equations, a sample of 68 women and 87 men were used.
The
correlations
(
r
)
between
the
measured
body
density (Dm) and the estimated body density (De) for the developed equations for women, ranged from 0.0705 to 0.779, the mean ET and SEE found were equal or smaller than 0.0074 and 0.0072 g/ml, respectively. The results of this study suport the following conclusions: 1) the developed equations are
valid
to
estimate
D
in
women
and
men
who
are
heterogeneous in terms of age and body composition; 2) the equations that use the sum and the square sum of the four skinfolds
(mm)
measures
(subscapular,
triceps,
suprailiac
oblique and calf), for women, equation No. F9, and for men, equation No. M7 have the advantage of practicability and simplicity for studies with large number of subjetcs; 3) for women, the generalized equations (quadratic and logarithmic) of JACKSON et al (1980) who uses the sum of seven skinfolds, and the specific of KATCH & McARDLE (1973) who uses the subescapular skinfold and the thigh girth, are the equations that have concurrent validity to estimate the body density in women form the central regions of RS and coastal region of SC. For men, the generalized equations (number 2 and 6) are
xi
those with the sum and the square sum of seven skinfolds and the forearm and waist girths, and equation No. 7 with use three skinfolds of JACKSON & POLLOCK (1978), as wel as the specific equations (No. 24 to 28) of GUEDES (1985) and the equation of SLOAN (1967). Finally, the generalized equations were more precise than the specific equations to estimate body density of subjects of this study.
FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA MARIA GRADUATION PROGRAM IN SCIENCE OF HUMAN MOVEMENT Doctoral Thesis Santa Maria, june 30, 1995.
xii
Í N D I C E Páginas LISTA
DE
ANEXOS
........................................
DE
SIGLAS
........................................
DE
TABELAS
.......................................
xiii LISTA xv LISTA xvii
Capítulo I.
O
PROBLEMA
E
SUA
IMPORTÂNCIA
....................
1 Introdução.......................................
1
Relevância
6
Objetivos
9
20 28
Investigadas............................
Definição
10
18
estudo..............................
Limitações.......................................
10
17
Estudo.............................
Delimitações.....................................
9
13
do
Questões
9
13
do
II.
REVISÃO
de DA
Pressupostos
Termos.............................. LITERATURA da
...........................
Densidade
Corporal...............
Conversão da Densidade Corporal em Percentual de gordura (%G).................................. Introdução ao Desenvolvimento de Equações Específícas e Generalizadas......................... Desenvolvimento de Equações Específicas para a Estimativa da Densidade Corporal.............. Desenvolvimento de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal.............. Validação de Equações para a Estimativa da Densi-
xiii
dade
34
Medidas Antropométricas mais Utilizadas em Equações Estimativas da Densidade corporal........
44 46
III.
METODOLÓGICOS
.....................
Estudo.................................
dos
sujeitos.............................
População.....................................
46
Amostra.......................................
47
Protocolo
48
de
mensuração..........................
Mensuração
48
Antropométrica.....................
Mensuração
55 59 60 IV.
do
Peso
Hidrostático...............
Composição
Corporal..............................
Fidedignidade
das
Análise
dos
RESULTADOS
E
Mensurações....................
Dados................................ DISCUSSÃO
..........................
Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres Adultas...........
63
Páginas Validação de Equações Generalizadas para Mulheres...........................................
66
Validação Cruzada de Equações para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres.............
69
Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens.....................
76
Validação
79
de
Equações
Generalizadas
para
Homens..
Validação Cruzada de Equações para a Estimativa da Densidade em Homens........................
81 91
do
Seleção
46
63
PROCEDIMENTOS Modelo
46
60
Corporal.................................
V.
SUMÁRIO,
CONCLUSÕES
E
RECOMENDAÇÕES
.............
xiv
91 95 96
Sumário.......................................... Conclusões....................................... Recomendações....................................
REFERÊNCIAS 97
BIBLIOGRÁFICAS...............................
ANEXOS................................................... 105
xv
LISTA DE ANEXOS Páginas I. 106 II. 107
Equações de KACTH & McARDLE (1973) para estimar a Densidade Corporal em Universitários de Ambos os Sexos.............................................. Equações de POLLOCK et al (1975) para Estimar a Densidade Corporal de Mulheres Jovens (n = 83) e de Meia-Idade (n = 60) ...............................
III. Equações de POLLOCK et al (1976) para Estimar a Densidade Corporal em Homens Jovens (n = 95) e de Meia-Idade (n = 84)................................ 108 IV. 109 V. 110 VI. 110
Equações de DURNIN & RAHMAN (1967) para Estimar a Densidade Corporal em Jovens e Adultos de Ambos os Sexos.............................................. Equações de GUEDES (1985) para Estimar a Densidade Corporal em Universitários de 17-27 anos (n = 110). Equações de GUEDES (1985) para Estimar a Densidade Corporal em Universitárias de 17-29 anos (n = 96)..
VII. Equações de DURNIN & WOMERSLEY (1974) para Estimar a Densidade Corporal em Adultos de Ambos os Sexos.. 111 VIII.Equações Generalizadas de JACKSON & POLLOCK (1978) para Estimar a Densidade Corporal em Homens de 18-61 Anos de Idade (n = 308)...................... 112 IX. 113 X. 114 XI. 115
Equações Generalizadas de JACKSON, POLLOCK & WARD (1980) para Estimar a Densidade Corporal em Mulheres Adultas de 18-55 Anos de Idade (n = 249)....... Equações generalizadas de POLLOCK, SCHMIDT & JACKSON (1980) para Estimar a Densidade Corporal em Sujeitos Adultos de Ambos os Sexos. ............... Equações de THORLAND et al (1984) para Estimar a Densidade em Atletas Jovens de Ambos os Sexos.....
xvi
XII. 116
Estudos de Validação Aplicados à Equação de SLOAN (1967)............................................
XIII. Equações de FORSYTH & SINNING (1973) para Estimar a Densidade Corporal em Atletas Jovens do Sexo Masculino......................................... 117 XIV. 118 XV. 119 XVI. 120
Fidedignidade das Mensurações Antropométricas e do Peso Submerso (n = 20)............................ Características Antropométricas das Amostras do Sexo Feminino .................................... Páginas Características Antropométricas das Amostras do Sexo Masculino....................................
XVII. Equações Estimativas da Densidade Corporal em Mulheres - Utilizadas na Análise de Validação Cruzada.............................................. 121 XVIII.Equações Estimativas da Densidade Corporal e/ou %G em Homens - Utilizadas na Análise de Validação Cruzada........................................... 122 XIX. 124
Informações Sobre a Equação de FAULKNER(1968).....
xvii
LISTA DE SIGLAS C(s) = circunferência (s) CAT = C do antebraço CBR = C do braço CAB = C do abdômen CCX = C da coxa CPM = C da perna D(g/ml) = densidade corporal Da = densidade da água De (g/ml) = densidade estimada Dm (g/ml) = densidade mensurada DO(s) = diâmetro(s) ósseo(s) DBE = DO
biestilóide
DBU = DO biepicondiliano do úmero DBF = DO biepicondiliano do fêmur DBM = DO bimaleolar DC(s) = dobra(s) cutânea(s) (1) SE = DC subescapular (2) TR = DC tricipital (3) BI = DC bicipital (4) AM = DC axilar-média (5) PT = DC peitoral (6) SI = DC supra-ilíaca (7) AB = DC abdominal (8) CX = DC coxa (9) PM = DC panturrilha medial ES = estatura EC(s) = erro(s) constante(s)
xviii
ET(s) = erro(s) total(ais) EPE(s) = erro(s) padrão (ões) de estimativa ID = idade em anos MC e/ou P = massa corporal e/ou peso corporal MCM = massa corporal magra MG = massa de gordura Pa = peso na água PH = pesagem hidrostática VR = volume residual %G = percentual de gordura
xix
LISTA DE TABELAS Páginas 01. Valores de Referência Humana da Densidade e Composição Corporal Elaborados a Partir da Análise Química de Cadáveres................................... 02. Dobras Cutâneas mais Utilizadas em 74 Equações para Estimar a Densidade Corporal em Jovens e Adultos.... 44 03. Características Descritivas das Amostras do Sexo Feminino ........................................... 64 04. Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres com Idade entre 18 e 51 Anos................................................ 65 05. Validação de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres Adultas (n = 68)............................................ 67 06. Validação Cruzada de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres Adultas............................................. 70 07. Validação Cruzada de Equações Específicas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres Adultas............................................. 73 08. Características Descritivas das Amostras do Sexo Masculino .......................................... 76 09. Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens com Idade entre 18 e 66 anos.. 78 10. Validação de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Adultos (n = 87). 80 11. Validação Cruzada de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Adultos.. 82 12. Validação Cruzada de Equações Específicas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Adultos.. 85
15
CAPÍTULO I
O PROBLEMA E SUA IMPORTÂNCIA
Introdução A análise da composição corporal é a quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano. O tamanho e a forma corporais são determinados basicamente pela carga genética
e
formam
a
base
sobre
a
qual
são
dispostos,
em
proporções variadas, os três maiores componentes estruturais do corpo humano: osso, músculo e gordura. Esses componentes são também as maiores causas da variação da massa corporal (MALINA, 1969). Embora o corpo seja constituído de numerosos elementos, os cientistas, para fins didáticos, sugeriram um modelo para o fracionamento do corpo em dois componentes: a massa de gordura (MG) e a massa corporal magra (MCM). A MG inclui o tecido adiposo e os lipídios essenciais às funções corporais que estão presentes nas membranas, tecidos nervosos e nos que envolvem
órgãos.
componentes
do
A
MCM
corpo
é
definida
excluindo
a
como
gordura
sendo
todos
(BROZEK,
os
GRANDE,
ANDERSON & KEYS, 1963). Como
a
mensuração
direta
desses
dois
componentes
é
derivada da análise química de cadáveres humanos, inúmeros métodos indiretos para determinar a composição corporal em
2
pessoas vivas foram desenvolvidos, utilizando o conceito de referência corporal derivado do método direto. Esses métodos indiretos podem ser realizados tanto em laboratório quanto em campo. Os métodos laboratoriais incluem: a
densitometria,
contagem
de
potássio-40,
impedância
bioelétrica, análise radiográfica, tomografia computadorizada, excreção imagens
de de
creatinina, ressonância
absorciometria magnética,
de
fótons
análise
de
duplos,
ativação
de
neutrons, condutibilidade elétrica total do corpo (BRONDIE, 1988, McARDLE, KATCH & KATCH, 1992). Embora válidos, utilização
esses
todos por
métodos
apresentam grandes
laboratoriais um
quadro
populações,
sejam
comum
pois
eles
aceitos
e
limita
a
que
requerem:
a)
muito tempo para uma única determinação, b) equipamento de alto custo, e, c) técnicos especializados, além de um complexo procedimento. Por essas razões, os métodos de campo para estimar a densidade corporal (D), o percentual de gordura (%G) e a massa corporal
magra
(MCM)
foram
desenvolvidos
e
largamente
utilizados. A técnica antropométrica usa mensurações de dobras cutâneas (DCs), circunferências (Cs) e diâmetros ósseos (DOs) em vários segmentos corporais. As vantagens do uso da técnica antropométrica
são:
1)
a
boa
relação
das
medidas
antropométricas com a D, obtida através dos métodos laboratoriais; 2) o uso de equipamentos de baixo custo financeiro e a necessidade de pequeno espaço físico; 3) a facilidade e rapidez na coleta de dados; e 4) a não invasividade do método.
3
A antropometria envolve o uso dessas medidas isoladas e/ou a combinação de algumas, em equação de regressão para estimar a D, tendo como critério os métodos laboratoriais. O método de pesagem hidrostática (PH) para a estimativa da D tem sido
o
critério
laboratorial
mais
utilizado
(JACKSON
&
POLLOCK, 1982). Observa-se, através da análise da literatura, o uso de diversas equações de regressão para o estudo da composição corporal
a
partir
da
estimativa
da
densidade
corporal
em
adultos (SLOAN, BURTH & BLYTH, 1962; DURNIN & RAHAMAN, 1967; SLOAN, 1967; WILMORE & BEHNKE, 1969a, 1970; FORSYTH & SINNING, 1973; KATCH & McARDLE, 1973; SHERBEENY, 1983). No entanto, se aplicadas todas as equações a uma mesma população,
podem
ser
observadas
divergências
nos
seus
resultados. Essas equações são específicas à população, ou seja,
quando
aplicadas
a
amostras
não
representativas
da
população podem causar consideráveis erros na estimativa da densidade corporal e, por conseguinte, no % de gordura (FLINT, DRINKWATER,
WEELLS
&
HORVATH,
1977;
KATCH
&
KATCH,
1980;
SINNING, 1980; LOHMAN, 1981). Assim, a densidade corporal de um sujeito poderá estar dentro
de
uma
faixa
de
normalidade,
se
usada
determinada
equação, e poderá ser considerada fora da normalidade, se utilizada outra, o que gerou muitos Qual equação utilizar?
questionamentos, como: 1)
2) Qual o melhor procedimento? 3) O
que fazer para amenizar o problema? Alguns fatores têm sido apontados para a especificidade dessas equações de regressão: a) o uso do modelo de regressão
4
utilizado
para
o
desenvolvimento
das
equações.
Diversos
pesquisadores têm mostrado que o relacionamento entre DC e D não é linear mas sim curvilinear (DURNIN & WOMERSLEY, 1974, CHIEN, PENG, CHEN, HUANG, CHANG & FANG, 1975; JACKSON, POLLOCK & WARD, 1980); b) a idade é um preditor independente da D, (DURNIN & WOMERSLEY, 1974; JACKSON & POLLOCK, 1978, JACKSON et al 1980, POLLOCK, LOUGHHRIDGE, COLEMAN, LINNERUP & JACKSON, 1975);
c)
o
tamanho
da
amostra
utilizada
para
o
desenvolvimento das equações tem sido de pouca amplitude em termos de composição corporal e idade. A maioria dos estudos usam pequenas amostras, geralmente entre 50 e 80 sujeitos. Em nosso meio, GUEDES (1985), procurando superar algumas dessas limitações, mensurou 110 homens e 96 mulheres em Santa Maria, RS, onde desenvolveu equações específicas para ambos os sexos. Embora GUEDES tenha utilizado duas amostras maiores que 80
sujeitos,
ainda
são
consideradas,
para
efeito
de
desenvolvimento de equações, como amostras pequenas. Segundo COOLEY & LOHNES (1971), as equações de regressão derivadas de amostras inferiores a 200 sujeitos precisam ser vistas com cautela. O estudo de GUEDES (1985) possibilitou um grande avanço no estudo da composição corporal no Brasil; no entanto, as equações desenvolvidas por ele apresentam ainda duas grandes limitações para o uso na população brasileira. Primeira - as equações
são
universitária; populações. necessitam
logarítmicas segunda
Segundo de
-
não
LOHMAN
validação
com
e
específicas
foram (1981), amostra
validadas todas
à
população
para as
pertencente
outras
equações à
mesma
5
população, além de validação com equações similares baseadas em resultados de diferentes estudos. No
entanto,
observa-se,
em
nosso
meio,
que
diversas
equações, eventualmente, são utilizadas para estimar a D em vários
segmentos
da
população
brasileira,
sem
qualquer
tentativa de validação (DURNIN & RAHAMAN, 1967; SLOAN, 1967; KATCH & McARDLE, 1973; DURNIN & WOMERSLEY 1974; JACKSON & POLLOCK, 1978; JACKSON et al 1980). A equação ostensivamente empregada pelos pesquisadores, para caracterizar o %G
em
amostras brasileiras, tem sido a de FAULKNER (1968), utilizada em escolares (DRISCHEL, DIOGO, HORTALE, GOMES, RANGEL & ROCHA, 1974; GUEDES, 1982; BRITO, MEIRELLES, & MARCHINNI, 1984); em adultos (ROCHA, FLEGNER, ANDRADE, ROQUE, 1972; MARTINS 1982; FERNANDES
&
BATALHA,
1983;
BRITO
et
al
1984;
PASSOS
&
ROMBALDI, 1992); e em atletas (De ROSE; MAGNI; GUIMARÃES & GAYA,
1974;
FIGUEIREDO
PEREIRA, &
RODRIGUEZ-AÑES, Observa-se,
MOURA
GUIMARÃES, 1991). também,
&
MARQUES,
1978;
1983;
FREITAS,
1985;
Isso que
para
mencionar
esta
MADUREIRA, GLANER
somente
equação
é
&
alguns. usada
indiscriminadamente para ambos os sexos, e ainda não considera a especificidade da equação que foi desenvolvida para sujeitos adultos jovens. Assim, a magnitude dos erros na utilização dessas equações, em amostras nacionais, é desconhecida. Pela notória ausência de uma equação precisa para a população brasileira, diversos pesquisadores, principalmente os do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS, 1986), e da área de Cinenatropometria da UFSM (PIRES-NETO, 1991), preferem utilizar a média
6
da soma de escores de dobras cutâneas para caracterizar a adiposidade em escolares, atletas e não atletas. O uso da soma de medidas de Dcs também é recomendada por
McARDLE, et al
(1992). Assim, o problema aparente é identificar quais equações estimativas da D devem ser utilizadas para caracterizar o %G da população brasileira adulta. Salienta-se, deste modo, a necessidade de um estudo que oriente
o
uso
de
equações
brasileiras,
bem
como,
desenvolvidas
no
Brasil,
que
estimativas supere
como:
para
as
a)
amostras
limitações
melhorar
o
das
controle
metodológico; b) usar modelo de regressão curvilinear; c) usar amostra grande e heterogênea em termos de idade e composição corporal; e d) validar equações oriundas de outras amostras para a população brasileira. Desta
forma,
desenvolver
e
validar
generalizadas para a determinação da D
equações
de homens e mulheres
de diferentes idades ajudaria na solução de problemas nos campos
da
Educação
Medicina,
Física
e
Fisiologia,
Nutrição,
Cineantropometria,
onde
Antropologia, o
estudo
da
composição corporal é muito importante.
Relevância do Estudo Durante pesquisadores específicas
as
últimas
foram
para
a
no
décadas,
sentido
estimativa
da
de D
as
estratégias
desenvolver com
dos
equações
aplicações
a
uma
população (BROZEK & KEYS, 1951; PASCALE, GROSSMAN, SLOAN &
7
FRANKEL,
1956;
NAGAMINE
&
YOUNG
SUZUKI,
&
BLONDIN,
1964;
KATCH
1962; &
SLOAN
MICHAEL,
et
al
1968;
1962;
KATCH
&
McARDLE, 1973; POLLOCK, HICKMAN, KENRICK, JACKSON, LINNERUD & DAWSON, 1976; GUEDES, 1985). Essas equações fornecem estimativas de valores da D para sujeitos representantes da população específica. Quanto mais específica for a equação, menor será a sua aplicação geral. Assim sendo, o uso indiscriminado das equações sem a devida validação pode causar consideráveis erros na estimativa da
D
e,
conseqüentemente,
na
determinação
da
composição
corporal (LOHMAN, 1981; SINNING, 1980; SINNING, DOLNY, LITTLE, CUNNINGHAM, RACANIELLO, SICONOLFI & SHOLES, 1985). Segundo GUEDES & SAMPEDRO (1985), existem evidências de que as equações de regressão, elaboradas para estimar a D em amostras de outras populações, são inconsistentes e falham quando
utilizadas
para
predizer
a
densidade
corporal
em
amostras de estudantes universitários brasileiros . Diante
desse
quadro
de
limitações,
torna-se
difícil
estabelecer a composição corporal para a população adulta no Brasil, evidenciando, desse modo, a necessidade premente do engajamento dos estudiosos da área na busca de soluções para uma predição da densidade corporal de brasileiros. É
sabido
que
um
percentual
de
gordura
dentro
da
normalidade - 12% a 15% para homens adultos e 22% a 25% para mulheres adultas (HEYWARD, 1991), é importante para todos os indivíduos, quer esteja relacionado à performance esportiva ou ao bem-estar. É, portanto, componente importante para a saúde de uma população.
8
Diversas pesquisas têm mostrado que o envelhecimento está associado a acentuadas alterações na composição corporal, com declínio na massa corporal magra na ordem de 10-20%, entre as idades de 25 e 65 anos (STEEN, 1988; KOHRT, WENDY, MALLEY, DALSKY & HOLLOSZY, 1992). Características marcantes têm sido o aumento significativo do %G e o descréscimo da MCM com o envelhecimento (ISHIDA, AYRES, GARZARELLA, de HOYOS, GRAVES & POLLOCK, 1994; WEISEL, GRIFFITHS, STILLMAN, SLAUHTER, CHRIST & BOILEAU, 1992). Existem, também, fortes evidências de que o acúmulo de gordura na região central do corpo, nessa faixa etária, está associado a um maior risco de doenças crônico degenerativas,
incluindo
hiperinsulinemia,
resistência
à
insulina, diabetes, hipertensão e arteriosclerose (DESPRÉS, MOORJANI, LUPIEN, TREMBLAY, NADEAU & BOUCHARD, 1990). A
recente
população
análise
brasileira
de
das
condições
adultos
e
nutricionais
idosos
realizada
da por
COITINHO, LEÃO, RECINE & SICHIERI (1991) indica que cerca de 27 milhões de brasileiros apresentam algum grau de excesso de peso, dos quais estima-se que 6,8 milhões sejam indivíduos obesos.
Os autores acreditam que o excesso de massa corporal
da população brasileira pode ser considerado como um grande problema de saúde coletiva no Brasil, pois nos últimos 15 anos, a população de obesos quase dobrou. Através da revisão de literatura, observa-se carência de informações a respeito de equações estimativas da densidade corporal
recomendadas
caracteriza
uma
enorme
para
amostras
lacuna
na
brasileiras, área
e
o
justifica
que um
empreendimento no sentido de desenvolver e validar equações
9
generalizadas
para
importante
estudo
no
a
determinação
desta
composição
corporal
da
variável em
tão
jovens
e
adultos.
Objetivos do Estudo Este estudo tem dois objetivos principais: Primeiro desenvolver e validar equações generalizadas, usando a idade e as
medidas
antropométricas
de
massa
e
estatura
corporais,
dobras cutâneas, circunferências e diâmetros para estimar a densidade corporal em sujeitos jovens e adultos de ambos os sexos; Segundo - verificar a validade de equações específicas e generalizadas, desenvolvidas por diferentes autores para a estimativa da densidade coporal na amostra estudada.
Questões Investigadas É possível desenvolver equações generalizadas, usando medidas antropométricas, para predizer a densidade corporal de homens e mulheres das regiões central do Rio Grande do Sul e litorânea de Santa Catarina, com grau de precisão de R > 0,80 e erro padrão de estimativa menor que 0,0090 g/ml ? As
equações
generalizadas
irão
predizer
a
densidade
corporal com maior precisão que as equações específicas ?
Delimitações Este estudo possui as seguintes delimitações: 1 - A população estudada foi delimitada em sujeitos adultos de ambos os sexos, na faixa etária entre 18 e 66 anos, das regiões central do RS e litorânea de SC;
10
2 - A amostra utilizada foi constituída por sujeitos
voluntá-
rios, sem aparentes problemas de saúde, formada predominantemente por sedentários e por praticantes de atividades físicas regulares realizadas nas ruas, em clubes e em academias, sem caráter competitivo e por atletas amadores de nível universitário ao municipal.
Limitações As seguintes limitações são assumidas neste estudo: 1 - A impossibilidade de se determinar diretamente o volume de ar residual; 2 - A suposição de que cada exalação de
ar
sujeito
realizou
a
máxima
no momento da pesagem submersa;
3 - O depoimento dos sujeitos que se encontravam gozando de perfeita saúde; 4 - A não inclusão de pessoas que não estavam adaptadas ao meio líquido; 5
-
A
impossibilidade
de
verificar
se
os
sujeitos
encontravam-se em jejum alimentar por quatro horas. 6 - A impossibilidade de controlar se os sujeitos realizavam o esvaziamento da bexiga e defecação antes
da mensuração da
pesagem hidrostática.
Definição de termos As seguintes definições de termos são utilizadas para este estudo:
11
Composição
corporal
-
Refere-se
à
divisão
do
corpo
humano em dois componentes: a massa de gordura (kg) e a massa corporal magra (kg). Densidade corporal - A densidade (D) é massa por unidade de volume do corpo.
D ( g / ml ) =
P [( P − Pa ) / Da] − (VR − 0,1)
Onde: D = Densidade corporal, em g/ml; P = Massa corporal em kg no ar; Pa = Peso na água em kg; Da = Densidade da água (corrigida pela temperatura); VR = Volume residual, em litros; 0,1 = Constante de gás gastrointestinal (100 ml). Diâmetro - É um segmento de reta que une dois pontos de um
perímetro
centro).
É
corporal mensurada
(passando com
de
um
paquímetro
lado
em
a
pontos
outro
pelo
anatômicos
particulares. Dobra cutânea - Consiste na dobra de duas camadas de pele e duas de tecido adiposo subcutâneo. É mensurada (mm) com instrumentos
especiais
(compasso
de
dobra,
adipômetro,
plicômetro) em pontos anatômicos particulares. Doenças hipocinéticas - Abrangem todos os transtornos corporais e mentais advindos dos baixos níveis de aptidão física. Massa
de
gordura
-
A
MG
compreende
toda
a
gordura
presente no corpo; é a soma da gordura estocada diretamente sob a pele mais a gordura essencial. Massa corporal magra - A massa corporal magra refere-se a uma fração da massa corporal que não é gordura, incluindo os ossos,
músculos,
pele,
água,
órgãos,
etc.
É
determinada
12
através da subtração da MG estimada da massa corporal total (kg). Assim, MCM(kg) = Peso corporal (kg) - MG (kg). Percentual
de
gordura
corporal
-
É
a
quantidade
de
gordura corporal relativa (%G) da massa corporal total. Será estimada através da equação de SIRI (1961): %G = (495/D) 450. Perímetro
-
É
uma
medida
em
volta
de
um
corpo
ou
segmento deste. Pesagem invasivo
para
princípio
de
hidrostática determinar
a
PH
é
um
densidade
método do
indireto
corpo
através
não do
Arquimedes, onde um corpo imerso em fluido
perde uma quantidade de peso equivalente ao peso de fluido deslocado. Técnica
antropométrica
-
O
termo
“técnica
antropométrica” refere-se ao procedimento de medidas corporais de
DC,
C,
DO
e
à
correspondente
estimativas da D e/ou %G.
utilização
em
equações
CAPÍTULO II
REVISÃO DA LITERATURA
Este
capítulo
apresenta
uma
revisão
de
literatura
dividida em seis seções. Na primeira seção são abordados os pressupostos da densidade corporal e a conversão da densidade em
percentual
aspectos
de
gerais
seqüência,
gordura. sobre
discorre-se
o
A
segunda
seção
desenvolvimento
sobre
o
refere-se
de
desenvolvimento
equações. de
aos Na
equações
específicas e generalizadas para a estimativa da densidade corporal. Na seção seguinte, procura-se analisar a validação dessas equações, que definem os limites de acuracidade das mesmas. Por último, são destacadas as medidas antropométricas mais utilizadas em equações estimativas da densidade corporal.
Pressupostos da Densidade Corporal O (1991),
modelo o
corpo
bioquímico humano
é
-
Segundo
composto
MALINA de
E
quatro
BOUCHARD elementos
primários: água, proteína, mineral e gordura, ou seja a: Massa corporal = água + proteína + mineral + gordura. A quantificação percentual da contribuição de cada um desses quatro componentes da massa corporal é derivada da análise química de cadáveres humanos. O método direto de medir a composição corporal é o “In vitro”, que literalmente significa “em solução”, e não é feito em organismos vivos. O
14
modelo
químico
reduz
a
massa
corporal
nos
componentes
químicos básicos para procedimentos laboratoriais. Os métodos indiretos de estudo da composição corporal são realizados em indivíduos vivos, portanto denominado de método “In vivo” (MALINA & BOUCHARD, 1991). BROZEK et al (1963) e SIRI (1961) classificaram o corpo humano em dois componentes: o de gordura e o magro. Ao aspecto
magro
do
corpo
denominou-se
massa
corporal
magra
(MCM) ou massa livre de gordura (MLG), e ao outro, massa de gordura (MG) ou peso de gordura (PG). Os
termos
MCM
e
MLG
muitas
vezes
são
usados
como
sinônimos. O termo MCM foi usado por BEHNKE et al,(1953) como “lean body mass” (LBM) e inclui os lipídios essenciais às funções corporais que estão presentes nas membranas, tecidos nervosos e envolvendo órgãos essenciais. Em contraste a MLG, KEYS e BROZEK (1953) propõem como “fat-free mass” (FFM), o que inclui todos os componentes do corpo excluindo a gordura. Assim, quando comparados, MCM e MLG, a densidade da MLG será levemente maior que a densidade da MCM, devido à inclusão da gordura essencial na MCM. Segundo BUSKIRK, 1987, MALINA & BOUCHARD, 1991), ambos os termos são ocasionalmente usados. Parece, no entanto, que MCM é mais apropriada. Segundo BROZEK et al (1963), a equação para o cálculo da densidade assume os seguintes valores para a densidade e composição relativa (Tabela 1):
15
Tabela 1 Valores de Referência Humana da Densidade e Composição Corporal Elaborados a Partir da Análise Química de Cadáveres. COMPONENTES DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
ADULTO JOVEM MC 65,3 kg
MCM
DENSIDADE
D = 1,064 g/ml
(%)
(g/ml)
Água
62,4
73,8
0,9937
Proteína
16,4
19,4
1,3400
Gordura
15,3
Mineral + Residual
0,9007
5,9
MCM
6,8
84,7
3,0400 1,1000
Adaptado de Brozek et al (1963) p. 123 e 124.
Assumindo que os componentes da MCM (água, proteína e mineral) têm densidades diferentes, distintas e estáveis, a densidade corporal total pode ser convertida em percentual de gordura (%G) usando a seguinte equação:
1 = G + A + P + M logo 1 G A P M D = Dg + Da + Dp + Dm Onde:
D = densidade corporal; G = gordura; A = água P = Proteína, e M = Mineral. Dg = densidade da gordura;
Da = densidade da água,
Dp = densidade da proteína;
Dm = densidade mineral.
16
D = _____________1_____________ 0,624 0,153 0,164 0,059 + + + 0,993 0,9007 1,3400 3,0400 D = 1,064 g/ml. Considerando a densidade da gordura como sendo zero, a densidade da MCM será calculada como 1,10 g/ml. Substituindose na fórmula as densidades e os percentuais para cada componente (Tabela 1), DMCM
=
teremos:
______________1_______________ 0,000 0,738 0,194 0,068 0,9007 + 0,9937 + 1,3400 + 3,0400
O modelo de dois componentes da referência corporal, elaborado empiricamente por BROZEK et al (1963), foi baseado em análise direta de três cadáveres masculinos, examinados por Mitchell et al (1945), Widdowson et al (1951) e Forbes et al (1953). No entanto, CLARYS, MARTIN e DRINKWATER (1984), MARTIN,
DRINKWATER,
CLARYS
E
ROSS
(1986)
questionam
a
validade dos pressupostos da constante densidade da massa livre de gordura, como sendo de 1,100 g/ml, devido à grande variação observada nos tecidos muscular (41,9-59,4%) e ósseo 16,3-25,7%,
a
embalsamados Entretanto, cadáveres
partir
da
não,
com
ou
CLARYS
et
dissecados
conseqüentemente,
a
al
dissecação idades (1984),
eram
entre
25 59
considerando
velhos,
generalização
de
cadáveres, e
94 que
concluem
destes
dados
anos. os
que
25
“...
para
a
população jovem e viva deve ser feita com alguma cautela” (p. 472).
17
Conversão da Densidade Corporal em Percentual de Gordura (%G) A pesagem hidrostática (PH) tem sido o método mais usado para determinar a densidade corporal. É baseada no princípio do deslocamento de água de Arquimedes. Segundo este princípio, quando um corpo é imergido em água, existe um deslocamento de água. O volume do peso de água deslocado será igual ao volume do corpo. Conhecendo-se a massa corporal e o volume corporal, pode-se estimar a densidade (D = MC / VC). As fórmulas para converter a D em %G são um pouco variadas. RATHBURN e PACE (1945), estudando a quantidade de gordura de porcos, determinaram que as densidades da gordura e da MCM seriam 0,918 e 1,10 g/ml, respectivamente. Sugeriram a seguinte fórmula para humanos: %G = (554,8 / D) - 504,4 (RATHBURN & PACE, 1945, p.675). KEYS & BROZEK (1953) criticaram os dados de RATHBURN & PACE
(1945)
sobre
a
derivação
da
densidade
específica
e
propuseram então a seguinte equação: %G = (420,1 / D) - 381,3 (KEYS & BROZEK, 1953, p.280). SIRI (1961), considerando que a MCM também deveria ser usada no desenvolvimento da fórmula, idealizou uma equação para estimar o %G baseado nas constantes de 1,10 g/ml para a MCM
e
0,9007
estabelecida:
g/ml
para
a
MG.
Sua
equação
ficou
assim
18
%G = (495 / D) - 450 (SIRI, 1961 p. 230). BROZEK et al,(1963) através da análise da composição química do corpo, analisaram cada componente e determinaram a densidade da gordura em 0,915, derivando, assim, a seguinte fórmula: %G = (457 / D) - 412,4 (BROZEK et al, 1963, p.137). BROZEK et al (1963) afirmam que esta fórmula é mais aplicável, especialmente em indivíduos que não têm constante flutuação do peso corporal. Estudo realizado por WILMORE & BEHNKE (1969b) relatou alta
e
significativa
correlação
(0,995-0,999)
entre
os
valores obtidos pelas diferentes fórmulas de SIRI (1961) e BROZEK et al (1963).
Introdução ao Desenvolvimento de Equações Específicas e Generalizadas Equações
específicas
-
São
equações
desenvolvidas
a
partir de populações homogêneas. Por exemplo, a construção de uma
equação
Educação
Física.
desenvolvidas idade,
que
Já
utilizando
composição
generalizadas
inclua
na as
somente
equações
grandes
corporal
geralmente
amostra
e
usam
generalizadas
amostras
aptidão o
estudantes
heterogêneas
física.
modelo
As
de
de são em
equações regressão
curvilinear e a idade como variável independente. A principal
19
vantagem é que uma equação generalizada poderá ser aplicada para diversas populações sem perder a acuracidade. O método antropométrico, embora não seja tão preciso, é, sem dúvida, o procedimento não invasivo mais usado para caracterizar
grupos.
basicamente,
as
O
método
mensurações
antropométrico de
dobras
inclui, cutâneas,
circunferências e diâmetros em vários segmentos corporais.
A
mensuração antropométrica tem sido extensivamente usada, pois não requer muito espaço, os equipamentos são acessíveis e as medidas podem ser fácil e rapidamente obtidas. Atualmente, existem centenas de equações para estimar a densidade corporal (D); em geral, são usadas de duas a cinco medidas
antropométricas.
No
começo
dos
anos
60,
os
pesquisadores publicaram diversas equações com a finalidade de estimar a densidade corporal usando dobras cutâneas. A partir da metade dos anos 60, inúmeros pesquisadores determinaram equações adicionais para homens e mulheres, incluindo, além de medidas como:
de
dobras
massa
corporais.
O
cutâneas,
corporal, objetivo
outras
idade, da
variáveis
diâmetros
pesquisa,
na
e
independentes
circunferências
época,
foi
o
de
desenvolver equações mais acuradas para a estimativa da D (JACKSON, 1984). A maior limitação dessas equações específicas é
a
impossibilidade
da
generalização:
elas
somente para grupos relativamente homogêneos.
são
acuradas
Já no final dos
anos 70, nova tendência emergiu no sentido de estabelecer
20
equações
generalizadas,
elaboradas
com
amostras
grandes,
variando largamente em termos de idade e aptidão física.
Desenvolvimento de Equações Específicas para a Estimativa da Densidade Corporal BROZEK
&
relacionamento corporal.
KEYS entre
(1951)
foram
DC
D
e
os
para
primeiros estudar
a
a
usar
o
composição
Nesse estudo, dispensaram especial atenção a
indivíduos de diferentes idades. Os autores trabalharam com dois grupos: um com 133 universitários, média de idade igual a 20,3 anos, e o outro formado por 122 homens de meia-idade (média = 49,2 anos). Foram mensuradas cinco dobras cutâneas (AB, PT, TR, CX e SE) e as circunferências do tórax e do abdômen. Com base nesses resultados, desenvolveram duas equações: uma usou três medidas de dobras cutâneas (AB, PT e TR) e mostrou alta correlação múltipla (R = 0,87, erro padrão = 0,0072 g/ml), para os adultos jovens. Já para os mais velhos, foi verificado um R = 0,74(erro = 0,00856 g/ml), quando quatro variáveis foram usadas (PT, TR, SE e massa corporal relativa). BROZEK & KEYS (1951) concluíram que o coeficiente de correlação
múltipla
parece
ser
maior,
com
menor
erro
em
adultos jovens que nos adultos de meia-idade. Os esforços de BROZEK & KEYS demonstraram e já evidenciaram, naquela época, que
o
uso
adicional
de
medidas
de
DCs
na
regressão
não
21
assegura maior precisão na predição e que há necessidade de diferentes equações para homens e mulheres e para diferentes grupos etários. Na
tentativa
de
desenvolver
equações
mais
precisas,
PASCALE et al (1956) mensuraram 10 DCs em 88 soldados com média de 21,1 anos de idade. Seus resultados mostraram que três DCs (PT, TR e AX) obtiveram maior correlação múltipla para a predição
da
densidade corporal R = 0,84, erro padrão
= 0,0066 g/ml. Seus resultados foram similares aos de BROZEK & KEYS (1951). SLOAN
et
universitárias,
al com
(1962) média
de
mensuraram idade
de
50
20,2
mulheres anos,
para
caracterizar valores de D e também verificar quais as medidas de DCs e circunferências corporais ou combinação das mesmas poderia melhor predizer a D. A análise dos resultados indicou que a variável que melhor se relacionou com D foi a DC suprailíaca (r = -0,71), seguida da tricipital (r = -0,68). A correlação múltipla entre essas duas dobras cutâneas e D foi R = 0,74. Não foi observado aumento da correlação com a inclusão de
circunferências
corporais.
SLOAN
et
al
desenvolveram
a
seguinte fórmula para estimar a D: D = 1,0764 - 0,00081 (SI) - 0,00088(TR) Para esta equação, o erro padrão estimado foi de +0,0082 g/ml. Os autores observaram também baixa correlação entre peso e
estatura
corporal
com
a
D.
Esses
achados
demonstram
a
22
inadequada
determinação
da
gordura
corporal,
com
base
em
valores de peso e estatura corporais. YUHASZ (1962) desenvolveu uma equação para estimar o %G em
homens,
sendo
canadenses.
118
jovens
Mensurou,
no
e
lado
116
adultos,
direito
do
sedentários,
corpo,
as
DCs
localizadas nas regiões SI, TR, PT e CX e, no lado esquerdo, as DCs SE e AB. Usando a soma destas seis dobras cutâneas, obteve R = 0,736 e 0,665; EPE = 2,878 e 4,51 (%G), para jovens e adultos, respectivamente. As equações desenvolvidas foram: Jovens,
%G = 3,641 + 0,0970(PT + TR + SE + SI + AB + CX)
Adultos, %G = 4,975 + 0,1066(PT + TR + SE + SI + AB + CX) Com
o
intuito
de
caracterizar
e
comparar
o
%G
de
universitários masculinos, com média de 20 anos de idade, FAULKNER
(1968)
relatou
os
resultados
não
publicados
da
Universidade de Michigan, de 14% de gordura para não atletas (nº = 158) e 10% de gordura para nadadores (n = 22), estimados através da seguinte equação: %G = 5,783 + 0,153(TR + SE + SI + AB). Neste
estudo,
FAULKNER
(1968)
não
cita
o
autor
da
equação acima, bem como o coeficiente de correlação e o erro padrão
de
estimativa.
Todavia,
a
mesma
foi
derivada
da
combinação de diferentes equações desenvolvidas para o sexo masculino por YUHASZ (1962). SLOAN (1967) mensurou 50 jovens brancos, universitários, com idade entre 18 e 26 anos. Foram mensuradas sete dobras cutâneas, nos seguintes locais: CX, AB, SI, PT, SE, TR e coxa
23
posterior.
No
mensurações em
entanto, dois
sua
locais,
equação
CX e SE
utilizou
e
somente
obteve a correlação
múltipla de R = 0,845 entre D e gordura corporal total. Foi estabelecida a equação abaixo para predição da D. D = 1,1043 - 0,001327(CX) - 0,001310 (SE). Segundo
SLOAN
(1967),
a
acuracidade
da
predição
não
aumentou significativamente pela inclusão de todas as dobras cutâneas mensuradas (R = 0,861). SLOAN sugeriu que 16% de gordura (média mais um desvio padrão do grupo estudado) pode ser
considerado
provisoriamente
como
o
limite
superior
desejável para homens. Com o objetivo de desenvolver equações para a predição da
D
em
adolescentes
e
adultos,
DURNIN
&
RAHAMAN
(1967)
mensuraram 105 adultos jovens e 86 adolescentes ingleses. A amostra foi subdividida em quatro grupos, sendo dois de cada sexo.
As
equações
para
a
estimativa
da
densidade
foram
elaboradas a partir do logaritmo da soma (mm) de quatro dobras cutâneas (BI, TR, SE, SI). Os coeficientes de correlação de suas equações para a soma das quatro DCs e D foram R= 0,835, 0,778, 0,760 e 0,778 para homens e mulheres, adultos e jovens, respectivamente (Anexo IV). Os
autores
concluem
que
existe
a
necessidade
de
diferentes equações para ambos os sexos e grupos etários. Daí a importância de usar diferentes equações para adolescentes e adultos.
24
Outro reportado
estudo
por
bastante
WILMORE
&
popular
BEHNKE
para
(1970),
estimar que
a
D
mensuraram
foi as
dobras cutâneas SE, TR e CX em universitárias e obtiveram a correlação
de
r
=
0,70,
usando
a
PH
com
critério
de
determinação da gordura corporal. A equação foi a seguinte: D= 1,06234 - 0,00068(SE) - 0,00039(TR) - 0,00025(CX). Outros autores, KATCH & MICHAEL (1968), determinaram a D de 64 mulheres universitárias, incluindo também valores de circunferências
como
variáveis
independentes.
A
maior
correlação múltipla entre gordura e D foi encontrada quando usaram as dobras cutâneas do TR e SE e as circunferências em polegadas do glúteo (X1) e braço (X2) (R = 0,70). A equação desenvolvida foi a seguinte: D= 1,12569 - 0,001835(TR) - 0,002779(SE) + 0,005419(X1) - 0,0007167(X2). As mulheres jovens foram comparadas com outras jovens de diferentes
regiões
geográficas.
diferenças
significativas
atribuíram
essas
nos
diferenças
a
Os
resultados %G.
indicaram
valores
de
Os
fatores
climáticos,
autores variação
sazonal, bem como a fatores genéticos e culturais. Alguns anos depois, KATCH & McARDLE (1973) analisaram qual a melhor combinação de medidas antropométricas (DC, C e DO) para estimar a D em universitários de ambos os sexos. Usaram uma amostra de
53 homens, com média de 19,3 anos de
idade e 69 mulheres, com média de 30,3 anos de idade. Para o sexo masculino, a maior correlação múltipla com a D foi obtida
25
quando usadas as DCs do TR e SE e as circunferências do abdômen e antebraço (R = 0,89; erro padrão de 0,0066 g/ml). Para as mulheres, a equação usando as dobras cutâneas SE e SI, a
circunferência
da
coxa
e
o
diâmetro
do
úmero
foi
a
combinação que obteve a melhor correlação múltipla (R= 0,84) e o menor erro padrão (0,0086 g/ml). As equações propostas pelos autores encontram-se no Anexo I. KATCH
&
McARDLE
(1973)
concluem
que
as
equações
de
regressão que somente utilizam medidas de circunferências são tão acuradas para a predição da D quanto as de DCs, e poderiam ser usadas para predizer a D. WILMORE & BEHNKE (1969a) também avaliaram a predição da D e MCM em uma amostra de 133 universitários, analisando 54 medidas antropométricas. A análise de regressão indicou que a D pode ser estimada com cinco medidas antropométricas (DC AB, DO biiliocristal, e
as Cs do pescoço, peitoral e abdominal)
com R = 0,867, erro
padrão de estimativa de +0,0064 g/ml.
Observaram também que a inclusão de C e DO tende a aumentar a acuracidade da equação. Buscando propor equações preditivas da D para mulheres jovens e de meia-idade, POLLOCK et al (1975) consideraram duas questões:
Primeira
-
usar
um
grande
número
de
variáveis
(particularmente aquelas relacionadas com a gordura localizada nas regiões do quadril e dos seios) aumenta a estimativa da D em mulheres? Segunda - a mesma equação poderia ser usada para dois grupos etários?
26
Foram envolvidas neste estudo 83 mulheres jovens com média de idade de 20,0 anos (18-22 anos) e 60 mulheres entre 35 e 50 anos, média de idade de 44,0 anos. As quatro melhores combinações para a predição da D incluíram as dobras cutâneas da
coxa
e
supra-ilíaca,
o
diâmetro
ósseo
do
fêmur
e
a
circunferência do punho (R = 0,83) para as mulheres jovens. Já para as mais velhas foram incluídas, além do tamanho das mamas, as medidas de dobras cutâneas supra-ilíaca e coxa e circunferência do punho (R = 0,89). Os resultados mostraram que as melhores predições foram encontradas quando combinadas as medidas de dobras cutâneas, circunferências e diâmetros; o tamanho dos seios foi somente importante para o grupo de meiaidade. POLLOCK et al concluem que, para uma melhor predição da D
em
mulheres
jovens
e
de
meia-idade,
são
necessárias
diferentes equações de regressão. As equações desenvolvidas são mostradas no Anexo II. Em outro estudo com objetivos similares, usando amostra masculina,
POLLOCK
et
al
(1976)
também
confirmaram
a
necessidade de diferentes equações para adultos jovens e de meia-idade. A predição mais acurada da D para os adultos jovens utilizou mensurações de duas dobras cutâneas, quatro circunferências
e
dois
diâmetros
(R=
0,88,
erro
padrão
=
0,0069 g/ml); já para os de meia-idade foram usadas as duas medidas de dobras cutâneas, três circunferências (R= 0,84, erro padrão = 0,0074 g/ml). foram
No entanto, estes resultados
conflitantes com os observados em mulheres por POLLOCK
27
et al (1975), pois a maior precisão da D foi observada em mulheres de meia-idade. As equações sugeridas neste estudo encontram-se no Anexo III. GUEDES (1985), utilizando o relacionamento entre dobras cutâneas
e
D,
desenvolveu
equações
logarítmicas
para
universitários. Participaram do estudo 206 estudantes da UFSM, RS, sendo 110 homens e 96 mulheres, em sua maioria estudantes de Educação Física. Foram determinadas as medidas de dobras cutâneas em oito locais (SE, TR, BI, AX, SI, AB, CX e PM). Oito equações de regressão para cada sexo foram estabelecidas (Anexo V). Os parâmetros de validação das equações propostas para homens oscilaram de r = 0,871 a 0,947 (erro padrão 0,60 a 0,70), para as mulheres de r = 0,99 a 0,939 (erro padrão 0,63 a 0,75). Para maior rapidez na determinação dos valores, GUEDES sugere o emprego das equações que utilizam o logaritmo da soma de três DCs, AB, TR, SI e SI, CX, SE, para homens e mulheres, respectivamente.
O
autor
sugere
que
sejam
desenvolvidos
estudos no sentido de confirmar a validação de suas equações para universitários e outros segmentos da população, propondo ajustes quando necessários. Pode-se concluir a partir desses estudos que: 1)
A
maioria
das
equações
de
regressão
encontradas
na
literatura com a finalidade de estimar densidade corporal são específicas. A
máxima capacidade preditiva é obtida
28
somente quando essas equações são aplicadas a populações similares àquelas de que foram derivadas; 2) As correlações entre as medidas de densidade corporal (critério) e
densidade corporal predita raramente ultrapassam
a r = 0,87; 3) A acuracidade das equações lineares aumenta com a inclusão de medidas de C e DO, e através da seleção de grupos homogêneos em termos de idade e composição corporal. 4) O acréscimo de um maior número de medidas nas equações não garante, necessariamente, maior
acuracidade
na
predição
da D. 5) As pesquisas enfatizaram a necessidade de serem usadas equações diferentes por sexo, grupos etários e níveis de aptidão física.
Desenvolvimento de Equações Generalizadas Para a Estimativa da Densidade Corporal Os fundamentos das equações generalizadas para estimar a D encontram-se basicamente em três relatos de pesquisa: DURNIN & WOMERSLEY (1974), JACKSON & POLLOCK (1978) e JACKSON et al (1980). DURNIN
&
WOMERSLEY
(1974)
procuraram
examinar
o
relacionamento entre DC e D em indivíduos de diferentes idades e,
ainda,
estimada,
determinar utilizando
a
acuracidade medidas
de
como
a
antropométricas
D
pode
de
ser
dobras
29
cutâneas. Participaram do estudo 209 homens e 272 mulheres, de 16 a 72 anos de idade. Ao analisarem o somatório das dobras cutâneas (BI, TR, SI e SE), DURNIN & WOMERSLEY (1974) concluíram que a relação entre DC e D é curvilinear. Assim sendo, eles desenvolveram as equações em função da idade, usando valores da soma de quatro dobras
cutâneas
convertidas
em
valores
logarítmicos
(Anexo
VII). DURNIN & WOMERSLEY, analisando os padrões de regressão dos valores de DCs em diferentes grupos etários, observaram uma
constante
tendência
de
diminuição
dos
valores
das
intercepções com o aumento da idade cronológica, enquanto que as inclinações não mostraram nenhuma variação significativa. Para esses pesquisadores, fica aparente que a idade e o sexo exercem influência nas posições dessas linhas de regressão. De
acordo
com
suas
conclusões,
quatro
fatores
podem
interferir para essas mudanças: a) a influência do envelhecimento nas diferentes proporções de gordura corporal situadas subcutaneamente e internamente; b) a maior compressibilidade da dobra cutânea com o avanço da idade cronológica; c) a alteração da densidade da massa corporal livre de gordura; d) o maior índice de obesidade encontrado em pessoas mais idosas. Os
estudos
de
DURNIN
&
WOMERSLEY
(1974)
foram
os
primeiros a considerar a abordagem generalizada com publicação de equações para cinco grupos etários, com inclinação comum, adaptadas
em
função
do
envelhecimento.
Os
novos
estudos
30
inovaram, incluindo a idade como uma variável independente, eliminando
assim
a
necessidade
de
diferentes
equações
ajustadas à idade. Nesse sentido, JACKSON & POLLOCK (1978) desenvolveram oito equações de regressão para estimar a densidade corporal em homens adultos, usando as formas quadrática e logarítmica dos somatórios de sete e três dobras cutâneas, em combinação com idade,
circunferência da cintura e antebraço.
A amostra total foi constituída de 403 homens, entre 18 e 61 anos de idade. Desse total, a amostra foi randomicamente dividida em dois grupos: o primeiro foi formado por 308 homens e usado segundo, equações.
para desenvolver as equações generalizadas, e o formado As
por
equações
95
homens
e
usado
desenvolvidas
para
validar
encontram-se
no
as
Anexo
VIII. O menor valor da correlação múltipla divulgada foi R = 0,88 (erro padrão de estimativa = 0,0083 g/ml). Quando as equações
foram
validadas,
coeficientes de correlação.
todas
obtiveram
similares
JACKSON & POLLOCK concluíram que
as equações desenvolvidas, por serem generalizadas, possuem validade e fornecem estimativa precisa da densidade corporal em
homens
com
diferentes
idades
e
quantidades
de
gordura
corporal. JACKSON
&
POLLOCK
(1978)
ilustram
graficamente
a
distribuição da densidade corporal e da soma de sete dobras cutâneas com as linhas de regressões quadráticas e lineares
31
para
homens
com
idade
entre
18
e
61
anos.
Os
autores
apresentam um diagrama de dispersão que mostra similaridades para
os
modelos
divergências linear,
ou
de
médias
significativas seja,
o
populacionais, a
modelo
partir linear
da
mas
média
tende
a
apresentam no
modelo
subestimar
a
densidade corporal em indivíduos magros e superestimá-la em obesos,
comparados
aos
sujeitos
normais.
Exemplo:
as
diferenças no %G entre o modelo quadrático e o linear para a soma da espessura de sete dobras cutâneas de 40 e 250 mm foi da
ordem
extremos,
1,3
e
2,9%,
enquanto
a
respecti-vamente,
diferença
foi
para
somente
de
os
valores
0,5%
para
valores de 150 mm. Para
mulheres,
as
equações
de
regressão
de
aplicabilidade geral foram desenvolvidas por JACKSON et al (1980). Participaram do experimento 331 mulheres
entre 18 e
55 anos de idade. A amostra apresenta variáveis com grande amplitude,
que
oscilou
consideravelmente
em
estrutura
corporal, composição corporal e hábitos de atividade física. O total da amostra foi randomicamente dividido em dois grupos: o primeiro,
com
desenvolvimento
249 das
mulheres, equações;
o
foi
utilizado
segundo
grupo
para foi
o
o de
validação, com 82 mulheres. As equações são mostradas no Anexo IX. As intercorrelações entre os somatórios de 3, 4 e 7 dobras
cutâneas
múltiplas
para
foram a
altas
densidade
(r
>
0,966).
corporal
As
mensurada
correlações e
estimada
32
variou de 0,838 a 0,867. O erro padrão de 3,6 a 4,0%. Os resultados do estudo da validação foram similares, ficando levemente abaixo do valor predito. Os
autores
desenvolvidas
concluem
são
válidas
que com
as
equações
generalizadas
grau
definido
de
precisão,
quando aplicadas a amostras de mulheres adultas, com diferente faixa
etária
e
composição
corporal.
No
entanto,
a
interpretação dos resultados para mulheres acima de 40 anos deve ser realizada com atenção e cautela. A
especificidade
das
equações
de
regressão,
segundo
JACKSON et al (1980) pode ser atribuída a três fatores: a) à relação curvilinea entre densidade corporal e dobras cutâneas; b)
à
significativa
contribuição
da
idade
na
estimação
da
densidade corporal; e, c) finalmente, ao pequeno tamanho das amostras
utilizadas
nas
equações
específicas,
normalmente
inferiores a 75 sujeitos. Segundo JACKSON & POLLOCK (1982), o uso da idade no componente quadrático, na equação generalizada, não aumenta substancialmente
a
correlação
sobre
o
modelo
linear.
A
vantagem das equações generalizadas sobre as equações lineares é que elas minimizam os erros de predição que ocorrem nos extremos da distribuição da D. Com
o
propósito
de
facilitar
a
estimativa
da
D
em
adultos de ambos os sexos, POLLOCK, SCHMIDT & JACKSON (1980) descreveram
mais
quatro
equações
com
características
generalizadas, sendo duas para cada sexo, não publicadas nos
33
dois estudos anteriores. Essas equações adicionais utilizam a soma de três diferentes DCs, TR, SI, CX e TR, SI, AB para homens adultos, e TR, AB, CX e PT, TR, SE, para as mulheres adultas (Anexo X). LOHMAN (1981) combinou os resultados de Sinning (1974), utilizando 30 universitários lutadores; de Sloan (1967), 50 universitários, Nicholas
e
(1971),
de
Boileau,
oito
homens
Buskirk, obesos,
Horstman, e
Mendez
estabeleceu
&
uma
equação preditiva da densidade corporal. LOHMAN observou um relacionamento
curvilinear
entre
a
soma
de
três
dobras
cutâneas (TR, SE e AB) e densidade. A equação desenvolvida foi a seguinte: D = 1,0982 - 0,000815(TR+SE+AB) + 0,0000084(TR+SE+AB)2. O coeficiente de correlação entre os valores preditos e o critério foi R = 0,92 e erro padrão de 0,0071 g/ml. LOHMAN, concluiu que sua equação é eficiente para estimar valores de D, mas recomenda que seja validada. THORLAND,
JOHNSON,
THARP,
HOUSH
&
CISAR
(1984a)
observaram, em um estudo anterior realizado por THORLAND et al (1984b), a existência de erros elevados na estimativa da D de atletas oriundas
jovens, de
quando
outros
determinada
grupos
da
através
população
e,
de
equações
percebendo
a
ausência de técnica antropométrica para estimar a D em atletas de diferentes esportes, realizaram um estudo com a finalidade de estabelecer equações generalizadas. Utilizaram uma amostra de
atletas
treinados,
141
homens
e
133
mulheres,
e
34
desenvolveram duas equações quadráticas para ambos os sexos, utilizando a soma de três e sete dobras cutâneas (ver Anexo XI). A
amostra
masculina
revelou
altos
coeficientes
de
validade R= 0,81 e 0,82 e erro padrão de estimativa = 0,0055 e 0,0056 g/ml, para a soma de três e sete DCs, tendo como critério a D, determinada através da PH. Na amostra feminina, os resultados foram idênticos para as duas equações, R = 0,82, erro
padrão
de
estimativa
de
0,0060
g/ml.
A
validação
confirmou esses achados, podendo ser utilizada para estimar a D em atletas jovens. A partir desses estudos, pode-se
concluir que:
1) As equações generalizadas superam as lineares na estimativa da D, porque aquelas minimizam substancialmente os erros de predição que ocorrem nos extremos das equações lineares. 2) A acuracidade do %G estimado por variáveis antropométricas através de equações generalizadas oscila entre 3,5 e 3,9%. 3) As equações generalizadas podem estimar a D em homens e mulheres de idades e aptidão física diferentes, sem perder a acuracidade. 4) Existe a necessidade de testar a validade das equações desenvolvidas por JACKSON & POLLOCK (1978) e JACKSON et al (1980)
para
outros
segmentos
populaçionais,
recomendado por LOHMAN (1981) e JACKSON (1984).
conforme
35
Validação de Equações para a Estimativa da Densidade Corporal Validação de Equações específicas - A validade de uma equação refere-se ao grau de precisão com que ela estima a D ou o %G da população. A validação cruzada é a forma utilizada para definir os limites de generalização da equação. O primeiro estudo de validação foi realizado por DAMON & GOLDMAN (1964) e envolveu 10 equações. As equações de BROZEK & KEYS (1951) e de PASCALE et al (1956) estavam entre elas. A amostra de
DAMON e GOLDMAN foi formada por 13 atletas jovens
(média de idade igual a 21,7 anos). Os resultados indicaram uma
grande
concluíram
variedade que
da
aquelas
estimativa
equações
do
%G.
validadas
Os
eram
autores equações
específicas e não deveriam ser usadas em outras populações. Em outro estudo de validação realizado por WILMORE e BEHNKE (1969a), foram analisadas as equações desenvolvidas por Cowgill (1957), Hechter (1959), Sloan (1967), Wilmore e Behnke (1968) e Yuhasz (1962). Os autores utilizaram uma amostra de 133
universitários,
resultados mostraram
com
indicaram redução
do
média
que
de
todas
coeficiente
22 as de
anos
de
equações
idade.
Os
analisadas
correlação.
Estes
resultados estão de acordo com o estudo de DAMON & GOLDMAN (1964). WILMORE & BEHNKE concluíram que as equações analisadas são específicas à população que originou a equação. WILMORE, GIRANDOLA & MOODY (1970) realizaram um estudo para
validar
as
equações
desenvolvidas
por
Brozek
e
Keys
36
(1951),
Pascale et al (1956), Sloan (1967) e Wilmore e Behnke
(1969). Foi utilizada uma amostra de 55 homens com idade média de 33,2 anos. Os resultados mostraram, com exceção da equação de Pascale et al, o mesmo coeficiente de correlação entre a D real e a predita, obtida no estudo original (r = 0,85); as demais reduziram os coeficientes de correlação de 0,87 para 0,82, de 0,84 para 0,76 e de 0,84 para 0,76, para as equações propostas
por
Brozek
e
Keys,
Sloan
e
Wilmore
e
Behnke,
respectivamente. Já FORSYTH & SINNING (1973) conduziram um estudo para determinar se as equações de regressão derivadas de populações não
atletas
composição
poderiam
corporal
produzir
em
atletas,
válidas e
se
estimativas
existia
equação
da de
regressão adequada para predizer a D de não atletas derivada de amostra formada por atletas. Eles usaram 50 atletas, sendo 17 de beisebol, 15 de atletismo, 11 de futebol americano e 7 de tênis. As equações elaboradas neste estudo são mostradas no Anexo XIII. Quando as equações de Sloan (1967) e Pascale et al (1956) foram usadas na predição da D dos atletas, as correlações reais e preditas foram 0,74 e 0,76, respectivamente, o que mostra que houve uma redução
significativa
em
relação
às
obtidas
nos
estudos
originais (Sloan, R = 0,84; Pascale et al, R = 0,85). Segundo
FORSYTH
&
SINNING,
a
similaridade
entre
os
coeficientes de correlação da equação de Sloan no presente estudo e no realizado por WILMORE & BEHNKE (1969a), de 0,74 e
37
0,731, respectivamente, sugere a aplicabilidade da equação a universitários atletas e não atletas. Semelhantes
conclusões
foram
encontradas
por
LOHMAN
(1981), quando verificou a validade de diversas equações. Ele divulgou a correlação de 0,80 (erro padrão de estimativa = 0,0063
g/ml)
quando
usou
a
equação
de
SLOAN
(1967)
para
predizer a densidade corporal em 61 estudantes universitários. Segundo LOHMAN (1981), a equação de Sloan (1967) parece ser uma alternativa válida para estimar a densidade corporal para
diferentes
amostras
de
universitários
atletas
e
não
atletas. De acordo com suas análises, a equação de Sloan produz
menor
atletas
mais
variabilidade magros
que
na em
estimativa amostras
da
não
D
predita
magras,
como
em a
estudada por Wilmore e Behnke (1969). A média para a D predita versus
a
(1973),
média
Wilmore
mensurada et
al
nos
(1970)
estudos e
de
Lohman
Katch
(1981),
&
McArdle
foi
muito
próxima, com limite máximo de 0,004 unidades de densidade (Anexo XII). LEWIS, HASKELL, KLEIN, HALPERN & WOOD (1975) realizaram um estudo de validação das equações desenvolvidas por Forsyth e Sinning (1977), Pascale et al (1956) e Sloan (1967) para predição
da
D.
Mediram
45
homens
com
prática
regular
da
atividade física, com média de idade de 47 anos. Os autores observaram uma grande redução do coeficiente de correlação em todas as equações analisadas. A equação de Forsyth e Sinning reduziu de 0,90 para 0,63; de 0,85 para 0,71 usando a equação
38
de Pascale et al; e de 0,84 para 0,49 usando a equação de Sloan.
LEWIS
preditivas
et
al
atingem
(1975) a
concluíram
máxima
que
acuracidade
essas
equações
somente
quando
aplicadas em amostras similares àquelas em que as equações foram derivadas. No Brasil, GUEDES & SAMPEDRO (1985) desenvolveram um estudo com o objetivo de verificar a precisão de algumas equações preditivas da D em universitários da região central do Rio Grande do Sul. Utilizaram 160 universitários, sendo 80 de cada sexo. Para o estudo de validação foram incluídas 12 equações: de Nagamine & Suzuki (1964); Durnin & Rahaman (1967); Sloan (1967); Wilmore e Behnke (1969, 1970); Kacth & McArdle (1973); Durnin & Womersley (1974); Sloan et al (1962) e Pollock et al (1977). Os autores concluíram que essas equações oriundas de outras populações para a predição da densidade corporal em universitários
produzem
vieses
bastante
acentuados,
quando
comparadas a valores de densidade corporal estimados a partir da técnica de pesagem hidrostática em universitários gaúchos. Este fato enfatiza que o uso, na população brasileira, de equações
oriundas
de
procedência
alienígena
torna-se
inadequado para a avaliação da densidade corporal. Validação
de
Equações
Generalizadas
-
THORLAND,
JOHNSON,
THARP, FAGOT & HAMMER (1984b) procuraram testar a validade de várias
equações
antropométricas
para
a
predição
da
D
em
39
atletas adolescentes. Para tanto, mensuraram 141 atletas do sexo masculino, com média de 17,4 anos de idade, e 133 do sexo feminino, com média igual a 16,5 anos de idade. A validação foi realizada com 17 equações selecionadas para o sexo masculino e 15 para o feminino. Para as atletas, as equações generalizadas de Jackson et al (1978) e Pollock et al (1980) demonstraram erros constantes equivalentes a ≤3,0% de gordura. Das 17 equações validadas para o masculino, somente oito equações apresentaram erro total <0,0076 g/ml, o que corresponde, aproximadamente a <3,0% de gordura na amostra. Dessas
oito
equações,
duas
são
lineares,
a
de
Forsyth
&
Sinning (1973) e a de Sloan (1967). Enquanto os modelos lineares e quadráticos demonstraram aceitável validade para a estimação dos valores de D para o masculino, somente os quadráticos mostraram similares níveis de acuracidade para as mulheres.
Os resultados deste estudo
sugerem o uso das equações quadráticas de Jackson et al (1980) e
de
Pollock
et
al
(1980)
para
estimar
a
D
em
mulheres
atletas; as de Jackson et al (1978), Pollock et al (1980) e Lohman (1981) e as lineares de Forsyth & Sinning (1973) para a estimativa da D em homens atletas. Com o propósito de validar equações generalizadas para mulheres
atletas,
SINNING
&
WILSON
(1984)
avaliaram
as
equações de Durnin & Womersley (1974) e de Jackson et al (1980). Para tanto mensuraram 79 mulheres atletas, com idade média de 19,83 anos (17,8-22,5 anos).
40
O
percentual
de
gordura
médio
estimado
a
partir
da
equação da densidade de Jackson et al (1980), utilizando o somatório das dobras cutâneas TR, AB, SI e CX, foi o mesmo do valor determinado através da pesagem hidrostática (20,1%), e mostrou correlação de 0,795, com erro padrão de estimativa de + 3,23. A análise de regressão evidenciou acurada aceitabilidade sobre a amplitude de valores entre 10,3 e 34% . As correlações encontradas nas equações de Jackson et al (0,795 e 0,806 com a soma de quatro e três dobras cutâneas, respectivamente) foram menores
que
no
estudo
original,
em
uma
subamostra
mais
heterogênea em termos de idade e gordura corporal. As equações de Durnin & Womersley e de Wilmore & Behnke superestimaram o % G de 3,9 a 4,4 % e não foram aceitas. A equação de Sloan et al estimou o percentual de gordura médio de
20,8
%,
não
diferindo
significativamente
do
verdadeiro
valor, obtendo correlação de 0,779 (erro padrão 3,37%; erro total 3,47%). No entanto, a análise de regressão mostrou que essa equação linear superestima a gordura nos sujeitos magros e a subestima nos gordos, não sendo assim recomendada para estes sujeitos. Os autores concluem que as equações generalizadas de Jackson et al (1980) com a soma de três e quatro dobras cutâneas podem ser recomendadas para estimar a D em mulheres atletas.
41
SINNING, SICONOLFI
DOLNY,
LITTLE,
CUNNINGHAM,
RACANIELLO,
& SHOLES (1985), com objetivos similares ao estudo
anterior, analisaram a validade das equações generalizadas de Jackson & Pollock (1978), Durnin & Womersley (1974) e de Lohman (1981), para estimar a D em atletas masculinos. Os autores concluíram que três equações de Jackson e Pollock (1987) são adequadas para a estimativa da D em homens atletas. Recentemente, McKEOWN, WOMACK, HOLIDAY, BRYARS, HANLEY, & BALLARD (1993) tiveram como objetivo validar duas equações generalizadas de Jackson et al (1980), em mulheres com mais de 45 anos. Participaram do estudo de validação 138 mulheres (média
de
idade
54,8+7,9
anos,
entre
45-76
anos).
Os
resultados indicaram que as equações que utilizam o somatório de
3
e
7
DCs
superestimam
a
D
em
0,015
e
0,014
g/ml
e
subestimam o %G em 6,4 e 6,06%, respectivamente. Segundo os autores,
existe
a
necessidade
de
desenvolver
equações
apropriadas para estimar a D em mulheres com mais de 45 anos de idade. Esses achados coincidem com as recomendações de JACKSON et
al
(1980),
pois
sugerem
cautela
na
interpretação
dos
resultados obtidos pelas suas equações para mulheres com mais de 40 anos de idade. THOMPSON,
SNEAD,
SEIP,
DOWLING,
HASKVITZ,
&
WELTMAN
(1990) investigaram a validade de equações generalizadas para predizer o %G em um grupo homogêneo de mulheres atletas. Participaram do estudo 41 corredoras treinadas, com média de
42
27,8 anos de idade. Utilizaram as equações generalizadas de Jackson et al (1980), com sete DCs, e a de circunferência de Tran & Weltman (1989). Embora
nas duas equações o erro padrão
tenha sido relativamente baixo (< 5%), a equação de Jackson et al
subestima
superestima
o
o
%G,
%G
enquanto
das
atletas.
que
a
Quando
de
Tran
usaram
&
a
Weltman
média
dos
percentuais de gordura obtidos pelas duas equações, não foram encontradas diferenças significativas entre D e %G, e o erro padrão baixou para <3% de %G. Os autores concluíram que, combinando equações antropométricas de DCs e C, os resultados são superiores à utilização isolada, para estimar a composição corporal em atletas corredoras. Observa-se assim que, embora a aplicação das equações generalizadas
seja
reconhecida,
estas
não
dispensam
a
validação para amostras específicas. HOUSH,
JOHNSON,
KENNEY,
MCDOWEL,
HUGHES,
CISAR
&
THORLAND (1989), com o objetivo de determinar a validade de 23 equações antropométricas para estimar a composição corporal e o
peso
mínimo
de
lutadores
adolescentes,
sujeitos com idade média 16,42 anos.
mensuraram
409
A análise de validação
indicou que a equação quadrática de dobras cutâneas, adaptada e sugerida por Lohman (1981), resultou em ser a mais acurada para estimar a D. O erro total, erro constante, erro padrão de estimativa e r foram: 0,007, 0,0003, 0,0076 e 0,65 g/ml, respectivamente.
O
resultado
desta
investigação
rejeitou
a
equação de Tchen & Tipton (1973) para estimar o peso mínimo em
43
lutadores, pois a equação por eles desenvolvida resultava em altos valores de erro, não sendo recomendada para uso prático. Embora
não
existam
motivos
para
serem
usadas
outras
equações para estimar o peso mínimo de lutadores, HOUSH et al (1989) recomendam, alternativamente, a utilização das equações quadráticas de Thorland et al (1984) e Jackson et al (1978) e as lineares de Katch & McArdle (1973), Forsyth & Sinning (1973)
e
Behnke
&
Wilmore
(1974),
por
terem
aceitável
validade. A partir desses prévios estudos, pode-se inferir que: 1) Antes de utilizar uma equação para a estimativa da D ou %G, deve-se analisar se a mesma é compatível com a amostra a ser utilizada; 2) A seleção de equações deve ser feita com cautela, pois uma equação poderá ser válida para uma população e não ser para outra, particularmente para as lineares; 3) A equação de Sloan (1967) parece fornecer uma adequada esti-mativa da densidade corporal para estudantes universitários, atletas e não atletas. 4) A partir da metade da década de 80, a tendência com PH tem sido em validar as equações de JACKSON & POLLOCK (1987) e as
de
JACKSON
et
al
(1980)
em
diferentes
amostras
de
atletas e não atletas, e sugerir equações generalizadas para estimar a D e %G através da técnica antropométrica de circunferências;
44
5) Existe necessidade de uma equação precisa para estimar a D em mulheres com mais de 40 anos de idade; 6) Não foi, ainda, estabelecida validação de equações para amostras brasileiras.
Medidas Antropométricas mais Utilizadas em Equações Estimativas da Densidade Corporal Com o objetivo de orientar a coleta de dados, realizouse
um
levantamento
das
DCs
utilizadas
em
74
equações
reportadas na literatura para caracterizar a D em jovens e adultos de ambos os sexos. Como pode ser verificado na Tabela 2, as dobras cutâneas mais utilizadas em 42 equações preditivas da D para o sexo masculino foram: TR, SE e AB, seguidas de PT, SI e CX; e em 32 equações para o sexo feminino, nitidamente se destacam as dobras
cutâneas
na
CX,
SI,
e
TR,
seguidas
da
SE,
e
na
seqüência AB e AM.
Tabela 2 Dobras Cutâneas mais Utilizadas em 74 Equações para Estimar DC
a Densidade Corporal em Jovens e Adultos*. MASCULINO % FEMININO
%
Abdominal
24
15,5
15
8,5
Axilar média
12
7,7
9
5,1
9
5,8
9
5,1
17
11,0
38
21,6
Bicipital Coxa
45
Joelho
1
0,6
-
-
Panturrilha
4
2,6
2
1,2
Peitoral
19
12,3
6
3,4
Subescapular
25
16,1
24
13,6
Supra-ilíaca
18
11,6
37
21,0
Tricipital
26
16,8
36
20,5
* Foram consultadas 42 equações para o sexo masculino e 32 para o sexo feminino. As
equações
preditivas
da
D,
através
da
técnica
antropométrica de C, ou C + DC, ou C + DC + DO, apresentam entre elas uma larga variedade de medidas. Foram encontradas, além
da
inclusão
do
peso
e
estatura
corporais,
as
circunferências do braço, antebraço, abdômen, tórax, quadril, glúteo,
coxa
e
punho
e
os
diâmetros
ósseos
biacromial,
bitrocanteriano, biepicondiliano do úmero e biepicondiliano do fêmur.
CAPÍTULO III
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Modelo do Estudo Este
estudo
caracteriza-se
como
descritivo
do
tipo
correlacional, pois tem como objetivo desenvolver e validar equações generalizadas para a estimativa da densidade corporal em mulheres e homens de 18 a 66 anos de idade.
Seleção dos Sujeitos População - A população deste estudo abrange sujeitos adultos, das regiões central do Rio Grande do Sul e litorânea de Santa Catarina. A escolha dos locais da amostra deveu-se ao entendimento de que: a) a cidade de Santa Maria, RS, situada no centro do Estado, apresenta um dos maiores contingentes militares do Brasil, reunindo grande número de familiares de todas as regiões do país; bem como, a UFSM congrega estudantes da maioria das cidades do RS e, em número menor, dos estados de SC, PR, MS e SP; b) a cidade de Florianópolis, SC, situada no
litoral,
além
de
seus
residentes,
é
constituída
principalmente por catarinenses de outras regiões, bem como por pessoas oriundas dos estados do RS, PR e SP. Assim sendo, as
pessoas
residentes
nestas
regiões
são
representativas da população dessas regiões do Brasil.
bastante
47
Amostra - A amostra foi constituída por 672 sujeitos, sendo dividida em dois grupos amostrais: um formado por 281 mulheres e outro por 391 homens. Com o objetivo de desenvolver equações
generalizadas,
randomicamente validação,
os
subdivididos
por
sexo,
de
dois em
grupos
amostras
modo
que
o
de
amostrais
foram
regressão
número
de
e
de
sujeitos
selecionados para comporem a amostra de validação fosse de, aproximadamente, 30% da amostra de Regressão. Amostra de regressão homens,
foi
utilizada
para
Formada por 213 mulheres e 304 o
desenvolvimento
das
equações
generalizadas, para cada sexo. Amostra de validação - Formada por 68 mulheres e 87 homens, foi utilizada para validar as equações femininas e masculinas, respectivamente. A
seleção
intencional. voluntários
da
amostra
Acidental, e
foi
porque
intencional,
de
maneira
foram
pela
acidental
mensurados
necessidade
de
e
sujeitos estarem
adaptados ao meio líquido, o que é exigido pela técnica da pesagem hidrostática. O estabelecimento do tamanho da amostra de regressão foi feito segundo COOLEY & LOHNES (1971), que recomendam amostras não
inferiores
equações.
a
200
sujeitos
para
o
desenvolvimento
de
48
Protocolo de Mensuração Todos
os
voluntários
e
sujeitos
que
declararam
participaram
que
não
do
estudo
sofriam
de
foram
doenças
respiratórias e circulatórias e estavam gozando de boa saúde. Procedimentos: Os sujeitos foram mensurados descalços, usando calção ou maiô apropriados para a prática de natação. As mensurações foram feitas em duas estações: Mensurações
antropométricas:
Para
o
estudo,
foram
determinados, além da idade, os valores de massa e estatura corporais, quatro
nove
dobras
diâmetros,
de
cutâneas, acordo
com
cinco os
circunferências
procedimentos
e
e na
seqüência descrita a seguir: Massa corporal - O avaliado posicionou-se em pé, no centro da plataforma da balança, procurando não se movimentar. O
cursor
equilíbrio;
da a
escala massa
foi foi
movido
manualmente
registrada
em
até
quilogramas,
haver com
precisão de 100 gramas. Utilizou-se uma balança ARJA, com capacidade para 150 kg e divisões de 1/10 de kg. Estatura Corporal - É a distância compreendida entre a planta dos pés e o ponto mais alto da cabeça (vértex). O sujeito ficou descalço ou usando meias finas. A postura padrão recomenda ângulo reto com o estadiômetro, procurando colocar em contato com o aparelho de medida os calcanhares, a cintura pélvica, a cintura escapular e a região occipital. A cabeça ficou orientada no plano de Frankfurt. A medida registrada em
49
0,10
cm,
estando
o
indivíduo
em
apnéia,
após
inspiração
profunda. Dobras Cutâneas A
mensuração
das
nove
dobras
cutâneas
seguiu
os
procedimentos de HARRISON, BUSKIRK, CARTER, JOHNSTON, LOHMAN, POLLOCK, ROCHE
& WILMORE (1991). Foi utilizado um adipômetro
LANGE, com escala de 0,1 cm e pressão constante em todas as aberturas
de
10
g/mm²,
fabricado
por
Cambridge
Scientific
Industries, Inc. Cambridge, Maryland, USA. As medidas de DCs utilizadas nas equações propostas neste estudo também podem ser mensuradas com o adipômetro CESCORF fabricado em Porto Alegre,
Brasil.
Recentemente,
PETROSKI,
VELHO
e
PIRES-NETO
(1993, 1994) verificaram a validade do adipômetro CESCORF na mensuração de DCs e concluíram que o mesmo pode ser utilizado em estudos de campo e apresenta validade similar ao adipômetro Lange.
As
medidas
sujeitos
e
repetidas
foram três
realizadas vezes
no
lado
sucessivas
direito
em
cada
dos
local
(FRANÇA & VÍVOLO, 1984). Foi utilizada a média como valor da medida ou dois valores coincidentes. Dobra
Cutânea
Subescapular
(SE)
-
Foi
mensurada
imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula. O ponto foi determinado através de apalpação do ângulo inferior da escápula, com os dedos indicador e médio. Em sujeitos obesos, foi
pedido
que
movimentassem
os
braços
para
facilitar
a
localização do ponto anatômico. O adipômetro foi colocado no
50
sentido natural da dobra, obliquamente para baixo e lateralmente ao eixo longitudinal do corpo, em um ângulo de + 45°. Dobra Cutânea Tricipital (TR) foi
determinado
através
da
medida
O local da mensuração da
distância
entre
a
projeção lateral do processo acromial da escápula e a borda inferior do olécrano da ulna, pelo uso de uma fita métrica, estando o cotovelo flexionado a 90°. O ponto médio foi marcado na parte lateral do braço. A dobra foi mensurada na linha média do bordo posterior do braço, sobre o músculo tríceps, no ponto médio entre a projeção lateral do processo acromial da escápula e a margem inferior do olécrano. Dobra Cutânea Bicipital (BI) - Foi realizada no eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, ao nível da linha utilizada para a mensuração da dobra cutânea do tríceps e da circunferência
do
braço.
O
sujeito
permaneceu
na
posição
ereta, com os membros superiores relaxados ao lado do corpo e com a palma da mão dirigida anteriormente. Dobra
Cutânea
Supra-ilíaca
(SI)
-
Foi
mensurada
imediatamente acima da crista-ilíaca superior, na linha imaginária horizontal que passa pela cicatriz umbilical, estando o sujeito na posição ereta. A dobra foi pinçada obliquamente. Dobra Cutânea Peitoral (PT) - No sexo masculino, foi medida no sentido oblíquo ao eixo logitudinal do corpo, no ponto médio entre a axila e o mamilo. No sexo feminino, foi
51
mensurada também no sentido oblíquo a 4 cm da axila, estando os braços livres ao longo do corpo. Dobra
Cutânea
Axilar
Média
(AM)
-
Foi
mensurada
na
altura da linha imaginária horizontal que passaria na altura do apên-dice xifóide. A dobra cutânea foi pinçada obliquamente (*), tendo como ponto de reparo a orientação dos espaços intercostais. Dobra Cutânea Abdominal (AB) - Foi mensurada estando o indivíduo
na
posição
ortostática.
A
dobra
foi
determinada
paralelamente ao eixo longitudinal do corpo (vertical) (*), a 3 cm da cicatriz umbilical e a 1 cm no sentido inferior. A Dobra Cutânea da Coxa (CX) - Foi mensurada no ponto médio entre a dobra inguinal, no ponto mais inferior da crista ilíaca anterior, e a borda proximal da patela. A dobra cutânea da CX é vertical, sendo mensurada com o sujeito sentado em uma cadeira, sem contração muscular, com os pés apoiados no solo. A Dobra Cutânea da Panturrilha (PM) - A medida foi realizada no local de maior circunferência da panturrilha. O sujeito ficou sentado com os pés apoiados no solo, estando perna
e
joelho
em
ângulo
de
90°.
O
mensurador
colocau
o
polegar esquerdo na borda medial da tíbia e com o indicador definiu o tecido celular subcutâneo do músculo adjacente. A dobra foi mensurada no sentido longitudinal do segmento. (*) Segundo a padronização de HARRISON et al (1991), as DCs AM e AB são mensuradas no plano horizontal. Optou-se pelas
52
modificações, AM (oblíqua) e AB (vertical) por serem os procedimentos mais utilizados no Brasil. Circunferências Corporais A
mensuração
das
cinco
circunferências
seguiu
os
procedimentos de CALLAWAY, CHUMLEA, BOUCHARD, HIMES, LOHMAN, MARTIN,
MITCHELL,
MUELLER,
ROCHE
&
SEEFELDT
(1991).
Foi
utilizada uma fita métrica MABIS, de fabricação japonesa, com precisão de 0,1 cm. O mensurador exerceu uma pressão firme com a fita sobre os seguimentos corporais, mas não comprimiu os tecidos moles. As medidas foram repetidas três vezes em cada local. Foi considerada a média como valor da medida ou dois valores coincidentes. Circunferência do Antebraço (CAT) - Para a mensuração da circunferência ortostática,
do com
antebraço, o
braço
o
sujeito
direito
ficou
na
posição
estendido
e
elevado
lateralmente ao corpo. A fita métrica foi colocada em volta do antebraço,
na
parte
proximal,
onde
a
maior
circunferência
deveria ser encontrada. Circunferência do Braço (CBR) - O indivíduo ficou na posição ortostática. A medida foi efetuada no ponto médio, entre a projeção lateral do processo acromial da escápula e a margem inferior da ulna, por uma fita métrica, estando o cotovelo flexionado a 90°. O ponto médio foi marcado na parte lateral do braço, ponto onde foi posicionada a fita, estando o braço estendido em abdução.
53
Circunferência do Abdômen (CAB) - O sujeito ficou estar de pé, com o abdômen relaxado, os braços descontraídos ao lado do corpo. O avaliador colocou-se à frente do sujeito. A fita métrica foi colocada horizontalmente em volta do abdômen do sujeito,
dois
centímetros
acima
da
cicatriz
umbilical.
Um
avaliador auxiliar foi necessário para verificar a colocação da fita no plano horizontal. Circunferência da Coxa (CCX) - É a maior circunferência da coxa mensurada imediatamente abaixo da prega ou dobra do glúteo, estando a fita paralela ao solo. O indivíduo usou roupas que permitiram fácil visualização dos pontos de reparo. A
medida
foi
realizada
estando
o
indivíduo
em
pé,
com
afastamento lateral dos pés em torno de 10 cm, e o peso do corpo distribuído igualmente em ambas as pernas. Circunferência
da
Perna
(CPM)
-
Mede
a
maior
circunferência da perna. A medida foi realizada estando o sujeito em pé, com ligeiro afastamento das pernas, estando o peso do corpo distribuído igualmente em ambas as pernas. A fita foi colocada em volta da perna direita e movida para cima e para baixo, com intuito de encontrar a máxima circunferência no plano perpendicular ao eixo longitudinal da perna.
Diâmetros Ósseos A
mensuração
dos
diâmetros
ósseos
seguiu
os
procedimentos de WILMORE, FRISANCHO, GORDON, HIMES, MARTIN,
54
MARTORELL & SEEFELD (1991). Utilizou-se um paquímetro SOMET, com precisão de 0,1 cm. O mensurador exerceu uma pressão firme com o paquímetro sobre os locais medidos para diminuir a influência dos tecidos moles. As medidas foram realizadas no lado direito dos sujeitos e repetidas três vezes em cada local. É considerada a média para o resultado final, ou dois valores coincidentes. Diâmetro Biestilóide (DBE) - É a distância entre as apófises estilóides do rádio e da ulna.
O avaliador localizou
as bordas medial do estilóide ulnar e lateral do estilóide do rádio para a mensuração do diâmetro. A borda mais lateral do estilóide da ulna foi localizada com o dedo médio ou com o indicador da mão esquerda e do rádio com o polegar. Diâmetro Biepicondiliano do Úmero (DBU) - Esta medida é a distância entre as bordas externas dos epicôndilos medial e lateral
do
úmero.
O
indivíduo
ficou
em
pé.
O
braço,
posicionado horizontalmente, com cotovelo e ombro em flexão próxima a 90°. O examinador ficou de pé, em frente do avaliado e apalpou os epicôndilos medial e lateral do úmero, com os dedos
indicador
e
polegar
da
mão
esquerda.
As
hastes
do
paquímetro foram colocadas em ângulo próximo a 45°. Diâmetro Biepicondiliano do Fêmur (DBF) - Esta medida é a distância entre a borda medial e lateral dos côndilos do fêmur. Estes pontos são conhecidos como os epicôndilos medial e lateral. O sujeito sentou-se com flexão do joelho próximo a 90°. O ponto aparente mais lateral do côndilo femural foi
55
apalpado com os dedos indicador e/ou médio da mão esquerda, enquanto os correspondentes dedos da mão direita apalparam o ponto aparente mais medial do côndilo femural. As hastes do paquímetro foram colocadas + 45° para baixo. Diâmetro
Bimaleolar
(DBM)
-
É
a
distância
entre
os
maléolos medial e lateral no plano horizontal do pé. O sujeito foi mensurado quando sentado com os pés apoiados no chão. As hastes
do
paquímetro
foram
colocadas
perpendicularmente
ao
eixo longitudinal em ângulo aproximado a 45°.
Mensuração do Peso Hidrostático Materiais utilizados - O equipamento desenvolvido para a pesagem hidrostática consta de uma caixa pintada de branco, de formato quadrado, 130 X 130 cm, com 140 cm de altura, sem fundo, construída
em madeira com 2,5 cm de espessura.
Uma balança Filizola, com capacidade para 6 kg e com divisão de 5 g, foi fixada sobre uma prancha com 30 cm de largura e 5 cm de espessura, suspensa a 190 cm de altura, apoiada por dois suportes fixos na posição central, em dois lados opostos da caixa. No local do prato da balança foi adaptada uma base em alumínio
com
50
cm
de
comprimento,
em
cujas
extremidades
estava fixada uma corrente para a sustentação do trapézio utilizado pelos sujeitos no momento da pesagem submersa. O trapézio era tubular, em PVC, cano 40, com dimensão de 50 cm.
56
Um cinto de mergulhador com 1,8 kg foi colocado em volta da
cintura
para
garantir
a
submersão
e
facilitar
a
estabilização dos sujeitos durante as pesagens. O peso do cinto foi subtraído do peso submerso. Peso submerso - Para a mensuração do peso hidrostático foi utilizada uma balança Filizola, com capacidade para 6 kg, e diviões de 5 gramas. A pesagem submersa na posição grupada seguiu
a
descrição
de
PETROSKI
&
PIRES-NETO
(1992).
O
indivíduo posicionou-se com os braços cruzados e elevados à frente
(como
relação
ao
esquerdo,
referência), tronco,
próximo
formando
tocando
ao
a
cotovelo
um
mão e
ângulo direita
de
±
no
antebraço
vice-versa.
Em
90°
em
seguida,
submergiu o corpo até ficar suspenso no trapézio pelos braços, apoiando lentamente o peso do corpo, seguido da elevação dos joelhos em direção ao peito, quando então as mãos seguraram os joelhos, assumindo a posição grupada, conforme Figura 1. Esta posição assumida pelo corpo é similar à posição de medusa, realizada como educativo para a adaptação ao meio líquido, na natação. Optou-se pela pesagem na posição grupada e não pela tradicional sentada, por duas razões destacadas nos estudos de PETROSKI & PIRES-NETO (1993); PETROSKI, PIRES-NETO, VELHO & RODRIGUEZ-AÑES mensurados
(1993).
pelos
sentiram
melhor
posição
grupada;
dois e
Primeira
-
os
procedimentos
ficaram segunda
mais -
a
sujeitos
manifestaram
seguros pesagem
que
quando na
foram
que
se
pesados
na
posição
grupada
57
possibilita uma expiração máxima e com menor esforço durante a pesagem submersa.
58
Figura 1. Pesagem Hidrostática na Posição Grupada
59
Antes de efetuar a pesagem, foi permitida a prática da expiração submersa. O registro da pesagem foi realizado após o máximo
esforço
submerso.
A
expiratório, respiração
aproximadamente
5-10
estando foi
segundos,
o
sujeito
mantida para
a
totalmente
bloqueada
por
estabilização
da
balança, quando a leitura da pesagem foi, então, registrada. Após
cada
testagem,
aguardou-se
o
restabelecimento
da
respiração, tendo sido o mesmo procedimento repetido por 7-10 vezes. Os movimentos excessivos na escala durante a pesagem foram
controlados
leituras
com
pelos
precisão
estimulados
a
avaliadores,
de
fazerem
±
25
o
gramas.
expirações
que
permitiu
fazer
Os
sujeitos
foram
máximas
no
momento
da
mensuração. A média das últimas três leituras foram a usada como valor da pesagem hidrostática (KATCH, MICHAEL & HORVATH, 1967;
KATCH,
1968).
Quando
os
valores
das
três
últimas
pesagens divergiram em mais de 100 g, tentativas adicionais foram realizadas, e ficam registrados todos os valores obtidos nas pesagens e a temperatura da água, após a última pesagem. A técnica de pesagem seguiu os procedimentos descritos por KATCH et al (1967) e as recomendações de HEYWARD (1991). Os sujeitos foram convidados a esvaziarem a bexiga e defecarem antes
que
as
mensurações
fossem
realizadas.
Todas
as
mensurações foram realizadas estando os sujeitos usando roupas de banho, tendo sido negligenciado o peso das mesmas.
60
Composição corporal Cálculo da Densidade Corporal (D) - Partindo da fórmula convencional
peso/volume,
a
D
foi
determinada
através
da
seguinte equação:
D ( g / ml ) =
P [( P − Pa ) / Da] − (VR − 0,1)
Onde: D = Densidade corporal, P = Peso corporal em kg, Pa = Peso na água em kg, Da = Densidade da água, VR = Volume residual em litros. 0,1 = Constante de gás gastrointestinal (100 ml). Volume Residual (VR) - O VR foi estimado através das equações de GOLDMAN & BECKLAKE (1959), que consideram a idade, estatura e sexo: Mulheres:VR
=
0,009(idade,
anos)
+
0,032(estatura,
cm)
-
3,900. Homens:
VR = 0,017(idade, anos) + 0,027(estatura, cm) -
3,477. Percentual
de
Gordura
(%G)
através da equação de Siri (1961):
-
O
%G
foi
determinado
%G = (495 / D ) - 450.
Massa Corporal Magra (MCM, kg) -
A MCM foi estimada
subtraindo a MG da massa corporal: MCM = MC - MG.
61
Massa
de
Gordura
multiplicando a de
massa
(MG,
corporal
kg)
-
pela
A
MG
fração
foi
do
obtida
percentual
gordura. MG = MC(%G/100). Fidedignidade das mensurações Um estudo piloto foi realizado antes do início da coleta
de dados, do qual participaram 20 sujeitos, nove mulheres e onze homens, entre 17 e 40 anos de idade. Os sujeitos foram mensurados duas vezes, com intervalo entre as medidas de 2 a 14 dias. A correlação linear de Pearson foi usada para determinar a fidedignidade destas mensurações e o teste t para amostras dependentes para comparar as médias das duas mensurações. Os coeficientes oscilaram entre 0,96 e 0,99,(p < 0,001). Não foram
observadas
diferenças
estatisticamente
significativas
entre as médias obtidas no pré e pós-teste. (Anexo XIV).
Análise dos dados Procedimentos
gerais
-
A
estatística
descritiva
correlacional foi usada para determinar, por sexo, a relação entre a densidade corporal (D) determinada através da pesagem hidrostática
e
medidas
antropométricas
(massa,
estatura,
dobras cutâneas, circunferências e diâmetros ósseos). A idade cronológica foi também incluída por ser importante fator na predição das alterações da D com o envelhecimento (JACKSON et al 1978; DURNIN & WOMERSLEY, 1974; ISRAEL, HOUMARD, O'BRIEN, McCAMMON, ZAMORA & EATON 1989).
62
Regressão - A técnica de regressão múltipla Stepwise com a seleção Forward, foi utilizada para estabelecer a equação para a D (PEDHAZUR, 1983). A variável dependente (critério) foi
a
D
determinada
hidrostaticamente.
As
variáveis
independentes (preditores) foram: a idade, massa e estatura corporais,
as
medidas
de
dobras
cutâneas,
circunferências,
diâmetros e somatórios de diferentes combinações de dobras cutâneas, selecionadas de acordo com a literatura e conforme sugerida pelos dados. A análise de regressão foi realizada em cinco etapas: Primeira - utilizou-se a ID, Cs, DOs e DCs isoladas; Segunda - utilizou-se a ID, Cs e diferentes somatórios de DCs; Terceira
-
utilizou-se
a
ID,
Cs
e
o
Log10 dos
diferentes
somatórios de DCs; Quarta
-
incluiu-se
o
termo
quadrático
aos
diferentes
somatórios de DCs; Quinta - acrescentaram-se, na etapa anterior, as variáveis massa e estatura corporais. Esta etapa foi somente realizada para o sexo feminino. A seleção dos modelos elaborados foi realizada segundo os seguintes critérios: a) significância parcial das variáveis; b) maior coeficiente de determinação (R2) c) estatística Cp, menor erro quadrado (Mallows, 1964); d) praticibilidade do modelo.
63
Validação
das
desenvolvidas
foi
amostra,
sexo,
por
equações realizada oriunda
-
A
validação
através da
da
mesma
das
equações
aplicação população
a
uma
que
foi
randomicamente selecionada (Amostra de validação) e que não participou do desenvolvimento dos modelos. Validação Cruzada - "Cross-validation". Para a análise da validação cruzada foram utilizadas equações generalizadas e específicas de outras amostras. Para tanto, foram determinados os mesmos cálculos utilizados para a validação das equações. O
estudo
de
validação
cruzada
foi
delimitado
em
30
equações para estimar a D em mulheres e 41 equações para homens. As equações são listadas nos Anexos XVII e XVIII para feminino e masculino, respectivamente. As análises de validação e de validação cruzada foram realizadas
através
da
determinação
dos
seguintes
cálculos:
coeficiente de correlação linear de Pearson, teste t, erro constante (EC), erro total (ET) e erro padrão de estimativa (EPE), conforme as sugestões de LOHMAN (1992). Onde: EC = diferença média entre a densidade mensurada (Dm) e a ET =
estimada (De). Assim EC = Dm - De;
∑( y
EPE = s
− y 2 ) / n ; Onde: y1 é a De e y2 a Dm. 2
1
1− R2 .
64
Os cálculos foram realizados em um pacote estatístico SAS,
1989,
(Statistical
Analysis
Processamento de Dados da UFSM.
System),
Centro
de
CAPÍTULO
IV
RESULTADOS E DISCUSSÃO Os
resultados
da
análise
desta
investigação
são
apresentados e discutidos separadamente, por sexo, em três seções, na seguinte ordem: A primeira seção refere-se às equações
generalizadas
densidade;
em
propostas
seguida,
são
para
analisados
a os
predição
da
resultados
da
validação dessas equações e, na última seção, aborda-se a análise de Validação cruzada de equações oriundas de outras populações.
Equações
Generalizadas
para
a
Estimativa
da
Densidade Corporal em Mulheres Adultas O primeiro objetivo deste estudo foi propor e validar equações generalizadas para a estimativa da D, usando medidas antropométricas em mulheres e homens adultos, das regiões central do Rio Grande do Sul e litorânea de Santa Catarina, com grau de acuracidade de R > 0,80 e EPE de < 0,0090 g/ml. Com
a
generalizadas,
finalidade para
a
de
propor
estimativa
da
e
validar
D
em
equações
mulheres,
foi
utilizada uma amostra de 281 sujeitos, cujas características de composição corporal, idade, estatura e massa corporal, são mostradas na Tabela 3.
66
Tabela 3 Características Descritivas das Amostras do Sexo Feminino REGRESSÃO (n = 213)
VALIDAÇÃO (n = 68)
x
s
Variação
x
s
Variação
Idade (anos)
27,46
7,58
18-51
27,18
6,01
18-43
Massa (kg)
57,66
7,14
43,80-87,40
55,95
6,84
42,10-72,60
Estatura (cm)
161,99
6,35
143,00-177,10
160,71
6,32
146,50-180,90
1,046386
0,0101
1,0223-1,0656
Densidade (g/ml)
1,046276
0,0127 1,0181-1,0734
%G
23,18
5,77
11,11-36,18
23,10
4,58
14,52-34,19
MCM (kg)
44,06
4,26
34,90-58,08
42,88
4,60
32,01-56,56
MG (kg)
13,60
4,71
5,60-31,50
13,07
3,74
6,11-23,49
Para o desenvolvimento das equações, foram incluídas 213 mulheres apresentando heterogeneidade em idade (18 - 51 anos) e gordura corporal (11,11 - 36,18 %G). As características antropométricas de dobras cutâneas, circunferências e diâmetros das amostras de regressão e de validação são apresentadas no Anexo XV. As
equações
desenvolvidas
para
a
estimativa
da
densidade corporal em mulheres adultas são apresentadas na Tabela 4. São relatados, para cada equação, o coeficiente de correlação
múltipla
(R)
e
de
determinação
(R2)
e
o
erro
padrão da estimativa (EPE) da D. Os modelos de regressão quadrática, para a predição da D, usam as variáveis de massa corporal e estatura, idade e a soma de nove, sete, cinco, quatro e três dobras cutâneas.
Eq
Tabela 4 Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres com Idade entre 18 e 51 anos. Variáveis Regressão R
R2
EPE
Nove dobras cutâneas
F1 F2 F3
DC2, ID, MC, ES D = 1,03987298 - 0,00031853(X9) + 0,00000047(X9)2 - 0,00025486(ID) - 0,00047358(MC) + 0,00046897(ES). Log10 DC, ID D = 1,21630958 - 0,07522765 Log10(X9) - 0,00032901(ID). Log10 DC, ID, C D = 1,22219652 - 0,06681170 Log10(X9) - 0,00035407(ID) - 0,00041834(CCX). Sete dobras Cutâneas
0,861 0,834 0,840
0,742 0,0065 0,695 0,0070 0,706 0,0069
F4 F5 F6
DC2, ID, MC, ES D = 1,03992377 - 0,00036083(X7) + 0,00000058(X7)2 - 0,00027099(ID) - 0,00046621(MC) + 0,00047136(ES). Log10 DC, ID D = 1,20670046 - 0,07395778 Log10(Y7) - 0,0003086(ID). Log10 DC, ID,C D = 1,21527404 - 0,06432107 Log10(Y7) - 0,00033650(ID) - 0,00049553(CCX). Cinco dobras cutâneas
0,863 0,827 0,836
0,744 0,0064 0,684 0,0072 0,699 0,0070
F7 F8
DC2, ID, MC, ES D = 1.03091919 - 0,00048584(X5) + 0,00000131(X5)2 - 0,00026016(ID) - 0,00056484(MC) + 0,00053716(ES). Log10 DC, ID,C D = 1,20263859 - 0,05941591 Log10 (X5) - 0,00037947(ID) - 0,00058310(CCX). Quatro dobras cutâneas
0,854 0,830
0,729 0,0066 0,688 0,0071
F9 F10 F11 F12
DC2, ID, MC, ES DC2, ID, MC, ES Log10 DC, ID Log10 DC, ID,C
0,848 0,864 0,829 0,839
0,719 0,746 0,688 0,704
D = 1,02902361 - 0,00067159(X4) + 0,00000242(X4)2 - 0,00026073(ID) - 0,00056009(MC) + 0,00054649(ES). D = 1,03465850 - 0 00063129(Y4) + 0,00000187(Y4)2 - 0,00031165(ID) - 0,00048890(MC) + 0,00051345(ES). D = 1,19547130 - 0,07513507 Log10(Y4) - 0,00041072(ID). D = 1,19762048 - 0,06503676 Log10(Y4) - 0,00032730(ID) - 0,00033622(CAB). Três dobras cutâneas
0,0068 0,0064 0,0071 0,0069
DC2, ID, MC, ES D = 1,04127059 - 0,00087756(X3) + 0,00000380(X3)2 - 0,00025821(ID) - 0,00059076(MC) + 0,00051050(ES). 0,862 0,743 0,0065 2 2 DC , ID, MC, ES D = 1,04279001 - 0,00086587(Y3) + 0,00000378(Y3 ) - 0,00028831(ID) - 0,00053501(MC) + 0,00047533(ES). 0,862 0,743 0,0065 Log10 DC, ID D = 1,18187115 - 0,07320426 Log10(Y3) - 0,00037317(ID). 0,832 0,693 0,0071 Log10 DC, ID,C D = 1,18483723 - 0,06461929 Log10(Y3) - 0,00030703(ID) - 0,00028509(CAB). 0,838 0,703 0,0069 Onde: ID = Idade (anos); MC = massa corporal (kg); ES = estatura corporal (cm); CAB = circunferência do abdômen (cm); CCX = circunferência da coxa (cm); DC = dobra cutânea (mm); X9 = ∑9DC, SE, TR, BI, PT, AM, SI, AB, CX e PM; X7 = ∑7DC, SE, TR, AM, SI, AB, CX e PM; Y7 = ∑7DC, SE, TR, AM, PT, SI, AB e CX; X5 = ∑5DC, SE, TR, SI, AB e PM; X4 = ∑4DC, SE, TR, SI e PM; Y4 = ∑4DC, AM, SI, CX e PM; X3 = ∑3DC, SE, SI e CX; Y3 = ∑3DC, AM, SI e CX;
F13 F14 F15 F16
68
A análise dos resultados da Tabela 4 mostra que as equações
generalizadas
propostas
para
o
sexo
feminino
apresentam correlações múltiplas maiores que as esperadas (R > 0,80) no projeto. As correlações múltiplas variam de 0,827, para a equação F5 (logarítmica), a 0,864 para a equação F10 (quadrática), sendo que a primeira utiliza o somatório de sete DCs, e a segunda, de quatro. Observa-se que os modelos quadráticos apresentam correlações múltiplas mais altas (R de 0,848 a 0,864) que os modelos logarítmicos (R de 0,827 a 0,840). As correlações múltiplas encontradas neste estudo são similares aos valores relatados (R de 0,838 a 0,867) por JACKSON et al (1980), quando estes desenvolveram equações generalizadas para a estimativa da D em mulheres adultas. Os
EPEs
encontrados
(Tabela
4)
nas
equações
quadráticas (EPE de 0,0064 a 0,0068 g/ml) são menores que os mostrados pelas logarítmicas (EPE de 0,0069 a 0,0072 g/ml). Estes
resultados
são
mais
elevados
que
os
relatados
por
THORLAND et al (1984a) em atletas, e mais baixos que os de JACKSON et al (1980), para população geral.
Validação de Equações Generalizadas para Mulheres Um aspecto importante no desenvolvimento de equações para a estimativa da densidade refere-se à validação das equações população.
em
uma Os
amostra
resultados
mostrados na Tabela 5.
independente, da
análise
oriunda de
da
validação
mesma são
69
Tabela 5 Validação de Equações Generalizadas para a Estimativa Densidade Corporal em Mulheres (n = 68). Eq
Variáveis
x
±
s
rª
t
EC
ET
EPE
Densidade mensurada (Dm) 1,046386 ± 0,010 Soma de Nove dobras cutâneas F1
DC2, ID, MC, ES 1,046141 ± 0,0093
0,773
-0,308 -0,00025
0,0065
0,0065
F2
Log 10 DC, ID
1,045786 ± 0,0091
0,718
-0,682 -0,00060
0,0072
0,0071
F3
Log 10 DC, ID, C 1,046366 ± 0,0095
0,729
-0,022 -0,00002
0,0072
0,0070
Soma de Sete dobras cutâneas F4
DC2, ID, MC, ES 1,046192 ± 0,0092
0,778
-0,246 -0,00019
0,0064
0,0064
F5
Log 10 , DC, ID
1,045645 ± 0,0089
0,710
-0,835 -0,00074
0,0073
0,0072
F6
Log10 , DC, ID,C
1,046349 ± 0,0094
0,723
-0,041 -0,00004
0,0072
0,0070
Soma de Cinco dobras cutâneas 2
F7
DC , ID, MC, ES 1,045973 ± 0,0091
0,771
0,519
0,00041
0,0066
0,0065
F8
Log10, DC, ID, C 1,046233 ± 0,0094
0,731
0,174
0,00015
0,0072
0,0070
Soma de Quatro dobras cutâneas 2
F9
DC , ID, MC, ES 1,046280 ± 0,0093
0,768
0,132
0,00011
0,0066
0,0065
F10
DC2, ID, MC, ES 1,046628 ± 0,0093
0,782
0,310
0,00024
0,0064
0,0063
F11
Log10, DC, ID
1,046320 ± 0,0092
0,722
-0,074 -0,00007
0,0072
0,0070
F12
Log10, DC, ID, C 1,046526 ± 0,0092
0,718
0,158
0,00014
0,0073
0,0071
Soma de Três dobras cutâneas 2
F13
DC , ID, MC, ES
1,04688 ± 0,0093
0,752
0,595
0,00049
0,0068
0,0067
F14
DC2, ID, MC, ES 1,046642 ± 0,0093
0,766
0,317
0,00026
0,0066
0,0065
F15
Log10 , DC, ID
1,046208 ± 0,0093
0,712
-0,198 -0,00018
0,0073
0,0071
F16
Log10 , DC, ID,C
1,046396 ± 0,0093
0,705
0,011
0,0074
0,0072
0,00001
rª Significante a nível de p < 0,0001; * Os resultados da Dm e De diferem estatisticamente a nível de p < 0,05; EC = Erro constante; EPE = s 1 − R 2 ; ET = Onde: y1 é a densidade predita e y2 a densidade mensurada.
∑( y
− y2 ) / n ; 2
1
70
As correlações lineares
( r ) entre a D determinada
no laboratório através da PH e os valores preditos através das equações antropométricas ficaram entre 0,705 e 0,782. Estes valores são menores que os encontrados por JACKSON et al
(1980),
POLLOCK
et
al
(1980),
quando
desenvolveram
equações generalizadas para mulheres. Outro aspecto de validação de equações utilizado neste estudo foi a comparação de médias, realizada através do teste t
para
amostras
dependentes,
a
qual
indicou
ausência
de
diferenças estatisticamente significativas (P > 0,05) entre as diferenças médias da Dm e De, o que revela outra evidência de validação das equações para uso na população adulta em geral. A menor diferença média encontrada (EC) foi de 0,00001 g/ml, para a equação logarítmica F16, que usa o log10 da soma de três DC (AM, SI e CX), idade e a CAB. A maior diferença média
encontrada
foi
de
-0,00074
g/ml,
em
uma
equação
logarítmica, F5, que usa o log10 da soma de sete DC (SE, TR, AM, PT, SI, AB e CX). Finalmente,
os
baixos
ETs
e
EPEs
(Tabela
5)
encontrados na estimativa da D pelas equações quadráticas e logarítmicas, propostas neste estudo, credenciam o uso destas equações para a estimativa da D na população adulta geral.
71
Validação Cruzada de Equações para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres O validade
segundo de
objetivo
equações
deste
estudo
generalizadas
e
foi
verificar
específicas
a
para
a
estimativa da densidade na amostra feminina. Este objetivo é particularmente importante devido à escassez ou inexistência de equações validadas para uso na população brasileira. Desta forma, a escolha de uma adequada equação torna-se difícil, haja vista que uma equação desenvolvida para uma população pode não ser válida para outra. A acuracidade das equações desenvolvidas por outros investigadores,
para
a
estimativa
da
D
em
mulheres,
foi
analisada através da correlação linear de Pearson, teste t pareado, padrão
diferenças de
médias
estimativa
(EC),
(EPE).
Os
erro
total
resultados
(ET) das
e
erro
equações
generalizadas são mostrados na Tabela 6. Somente
as
equações
de
nº
1
e
2
generalizadas
de
JACKSON et al (1980), que usam a soma de sete DCs, não apresentam diferenças estatísticas significativas (p > 0,05) entre as médias da Dm e De. A análise dos dados através do EC indica amostra.
que Os
estas
equações
subestimam
levemente
a
D
na
ECs das equações generalizadas oscilaram entre
-0,01153 e 0,00284 g/ml, respectivamente.
Tabela 6 Validação Cruzada de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres Adultas. Eq
Fonte / ano
n
Modelo
D Mensurada x
±
s
D Estimada x
±
rª
t
EC
ET
EPE
s
1
JP&W (80) 213
Quadr
1,04627 ± 0,0127
1,04614 ± 0,0120
0,830
0,271*
-0,00014
0,0073
0,0072
2
JP&W (80) 213
LogN
1,04627 ± 0,0127
1,04575 ± 0,0121
0,820
1,036*
-0,00053
0,0075
0,0074
3
JP&W (80) 213
Quadr
1,04627 ± 0,0127
1,04339 ± 0,0118
0,812
5,552
-0,00288
0,0076
0,0075
4
JP&W (80) 213
LogN
1,04627 ± 0,0127
1,04343 ± 0,0100
0,802
5,404
-0,00285
0,0077
0,0076
5
JP&W (80) 213
Quadr
1,04627 ± 0,0127
1,04303 ± 0,0116
0,804
6,148
-0,00324
0,0077
0,0076
6
JP&W (80) 213
LogN
1,04627 ± 0,0127
1,04316 ± 0,0112
0,796
5,915
-0,00316
0,0078
0,0077
7
PS&J (80)
213
Quadr
1,04627 ± 0,0127
1,04445 ± 0,0118
0,793
3,344
-0,00182
0,0080
0,0078
8
T et al (84)
213
Quadr
1,04627 ± 0,0127
1,04011 ± 0,0158
0,823
9,958
-0,00616
0,0090
0,0073
9
T et al (84)
213
Quadr
1,04627 ± 0,0127
1,04911 ± 0,0150
0,782
-4,387
0,00284
0,0094
0,0087
10
D&W (74)
213
Log10
1,04627 ± 0,0127
1,03473 ± 0,0110
0,779
20.755
-0,01153
0,0081
0,0081
* Os resultados da Dm e De não diferem estatisticamente (p > 0,05). rª Significante a nível de p < 0,0001, EC = Erro constante; EPE = s
1− R
2
; ET =
∑( y
− y 2 ) / n ; Onde: y1 é a densidade predita e y2 a densidade mensurada. 2
1
73
Prosseguindo equações
para
a
análise
mulheres
de
observa-se,
validação na
Tabela
cruzada 6,
das
que
os
desvios padrões da Dm são próximos aos da De (s Dm = 0,0127 g/ml vs s De = 0,0120 e 0,0121 g/ml, para as equações 1 e 2, respectivamente), indicando que a amostra fica representada em toda sua amplitude. As correlações entre a Dm e De encontradas na análise de
Validação
cruzada
das
equações
generalizadas
foram
de
magnitude alta 0,83 (equação 1) e 0,82 (equação 2). Estas correlações são levemente mais altas que as divulgadas por JACKSON et al (1980), quando validaram as mesmas equações em uma amostra de calibração composta por 82 mulheres, cujos valores
de
r
foram:
0,803
e
0,799,
equações
1
e
2,
respectivamente. Outro critério utilizado para a Validação cruzada foi a análise do ET e EPE. Através destes resultados (Tabela 6), pôde-se observar que o ET e o EPE das equações 1 e 2 de JACKSON et al (1980) foram bastante próximos: equação 1 (ET 0,0073 g/ml ou 3,29 %G; EPE 0,0072 g/ml ou 3,22 %G), equação 2 (ET 0,0075 g/ml ou 3,36 %G; EPE 0,0074 g/ml ou 3,29 %G). No presente estudo, o ET encontrado nas equações 1 e 2 foi de 3,29 e 3,36 %G, respectivamente. Estes valores são menores que os encontrados por JACKSON et al (1980), quando validaram as equações, 3,9 (equação 1) e 4,01 %G (equação 2). Tendo
em
vista
os
critérios
analisados,
pode-se
inferir que as equações generalizadas de nº 1 e 2 de JACKSON et al (1980) apresentam validade concorrente para estimar
74
valores
de
D
em
mulheres
brasileiras,
considerando
a
população de abrangência do presente estudo. A
Tabela
validação
7
cruzada
apresenta de
os
equações
resultados
referentes
específicas
à
à
população.
Somente as equações lineares (equações 24 e 26; Tabela 7) de KATCH
e
McARDLE
apresentaram
(1973),
diferenças
e
a
de
SLOAN
estatísticas
et
al
(1962)
significativas
não
(p
>
0,05) entre as médias das Dm e De. As correlações lineares entre Dm e De apresentadas pelas equações de KATCH e McARDLE (1973) ficaram entre 0,652 (equação
24)
e
0,687
(equação
26),
sendo
as
mais
baixas
evidenciadas neste estudo. Como os resultados do ET e do EPE da equação nº 24 de KATCH e McARDLE (1973) foram altos (0,0093 g/ml e 0,0091 g/ml, respectivamente, Tabela 7), a análise sugere que estes valores não atendem os critérios de validação. Todavia, pela equação nº 24, utilizar somente as CBR, CAB, CAT e CCX, estes erros poderiam ser aceitos para muitas aplicações práticas, haja vista que não utilizam equipamentos sofisticados. Desta forma
torna-se
eventualmente possuidores
um
procedimento
utilizado de
por
adipômetro.
acessível,
professores Embora
as
e
podendo
ser
técnicos
não
equações
que
usam
somente medidas de circunferências possam ser menos acuradas na predição da densidade que aquelas de DCs, ou aquelas que combinam DCs e cirunferências, as vantagens de usar somente circunferências são as facilidades na obtenção dos valores e o menor erro de medidas.
Eq 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Tabela 7 Validação Cruzada de Equações e Específicas para a Estimativa da Densidade Corporal em Mulheres Adultas. Fonte / ano n Modelo D Mensurada D Estimada rª t EC ET x ± s x ± s D&W (74) 30 Log10 1,05002 ± 0,0111 1,04084 ± 0,0080 0,814 7,685 -0,00918 0,0065 D&W (74) 105 Log10 1,04895 ± 0,0125 1,03552 ± 0,0107 0,777 17,256 -0,01343 0,0079 D&W (74) 58 Log10 1,04313 ± 0,0119 1,03342 ± 0,0107 0,737 -8,886 -0,00971 0,0083 D&W (74) 19 Log10 1,03600 ± 0,0109 1,02456 ± 0,0094 0,806 7,698 -0,01144 0,0065 D&R (67) 145 Log10 1,04885 ± 0,0121 1,03701 ± 0,0103 0,773 18,334 -0,01182 0,0078 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04602 ± 0,0083 0,670 -4,057 0,00318 0,0091 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04514 ± 0,0074 0,738 5,589 -0,00405 0,0084 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04550 ± 0,0081 0,773 6,128 -0,00416 0,0079 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04556 ± 0,0084 0,783 5,461 -0,00363 0,0077 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04559 ± 0,0086 0,788 5,486 -0,00359 0,0076 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04567 ± 0,0088 0,787 5,375 -0,00352 0,0075 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04440 ± 0,0087 0,797 7,457 -0,00479 0,0073 GUE (85) 135 Log10 1,04919 ± 0,0125 1,04467 ± 0,0090 0,807 7,201 -0,00451 0,0093 K&M (73) 120 Linear 1,04837 ± 0,0119 1,04736 ± 0,0097 0,652 1,192* -0,00101 0,0093 K&M (73) 120 Linear 1,04837 ± 0,0119 1,04652 ± 0,0087 0,659 2,242 -0,00185 0,0090 K&M (73) 120 Linear 1,04837 ± 0,0119 1,04692 ± 0,0098 0,687 1,798* -0,00145 0,0088 P et al (75) 75 Linear 1,04836 ± 0,0117 1,03982 ± 0,0098 0,767 9,811 0,00854 0,0075 P et al (75) 77 Linear 1,04138 ± 0,0120 1,03900 ± 0,0111 0,839 3,139 -0,00237 0,0066 P et al (75) 75 Linear 1,04836 ± 0,0117 1,05432 ± 0,0089 0,748 8,968 0,00804 0,0078 S et al (62) 102 Linear 1,04804 ± 0,0117 1,04909 ± 0,0080 0,742 -1,359* 0,00106 0,0079
* Os resultados da Dm e De não diferem estatisticamente (p > 0,05). rª Significante a nível de p < 0,0001, EC = Erro constante; EPE = s ET =
∑( y
− y 2 ) / n ; Onde: y1 é a densidade predita e y2 a densidade mensurada. 2
1
EPE 0,0066 0,0080 0,0082 0,0066 0,0077 0,0091 0,0083 0,0078 0,0076 0,0076 0,0076 0,0074 0,0073 0,0091 0,0090 0,0087 0,0078 0,0066 0,0078 0,0079 1− R
2
;
76
Já a equação linear nº 26, de KACTH e McARDLE (1973), que usa a DC SE e a CCX, mostrou aceitável ET (0,0088 g/ml ou 3,9 %G) e EPE (0,0087 g/ml), e pode ser considerada como possuidora de validade concorrente para a estimativa da D em mulheres entre 18 e 27 anos de idade. A equação 30 de SLOAN et al (1962), que utiliza o modelo linear com as DC TR e SI, evidenciou correlação entre a
Dm
e
De
0,742.
SINNING
e
WILSON
(1984),
utilizando
a
equação de Sloan et al (1962), em uma amostra de mulheres atletas,
também
não
encontraram
diferenças
estatísticas
significativas entre as médias das Dm e De. Os valores de r, EPE
e
ET
Todavia,
o
foram:
0,779,
3,37
desvio
padrão,
no
e
3,47%,
estudo
de
respectivamente. SINNING
e
WILSON
(1984), foi mais condensado (s Dm = 0,013 e s De = 0,008 g/ml) que no presente (s Dm = 0,0117 g/ml; s De = 0,008 g/ml). Este comportamento do desvio padrão resulta em erros, para sujeitos com valores de D extremamente altos ou baixos. Ou seja, a equação superestima a gordura dos sujeitos magros e subestima a dos sujeitos obesos. No entanto, esta equação apresentou valores iguais para ET e EPE (0,0079 ou 3,5 %G). Embora a equação de SLOAN et al (1962) não tenha atendido a todos
os
critérios
de
validação,
a
mesma
poderá
ser
uma
alternativa aceitável para a estimativa da D em mulheres na faixa etária de 18 a 27 anos de idade. As demais equações de JACKSON et al (1980), POLLOCK et al (1980), THORLAND et al (1984a), DURNIN e RAHAMAN (1967), DURNIN e WOMERSLEY (1974), GUEDES (1985) e POLLOCK et al
77
(1975) não atenderam os critérios de validação sugeridos por LOHMAN
(1981).
Elas
evidenciaram
EC
muito
grandes,
com
diferenças estatísticas significativas (p < 0,05), portanto não devem ser utilizadas em nosso meio, para a estimativa da D em mulheres. Na análise de validação cruzada, um aspecto curioso que
causou
surpresa
foi
a
não
validação
das
equações
logarítmicas de GUEDES (1985), uma vez que as mesmas foram desenvolvidas com uma amostra do
RS.
GUEDES
(1985)
de mulheres da região central
utilizou
estudantes
da
UFSM,
o
que
teoricamente pertenceriam à mesma população. Todas as suas equações, equação
sistematicamente, 16,
que
analisadas
superestimou.
através
estatisticamente
subestimaram
do
As
teste
médias
t
significativas
(p
a
D, das
indicaram <
exceto
0,05).
Dm
e
a De
diferenças Observou-se,
também, que todas as estimativas apresentaram desvio padrão menor GUEDES
que
o
mensurado.
(1985)
população,
sugere
portanto,
Assim, que
não
a
análise
das
equações
elas
são
específicas
devem
ser
utilizadas
de
daquela para
a
estimativa da D de outros grupos. A partir das análises deste tópico, pode-se responder à segunda questão investigada: as equações generalizadas são mais acuradas na estimativa da D em mulheres, na amostra, que as
equações
apresentam
específicas,
correlações
menores ET e EPE.
haja
mais
vista
elevadas
que
as
entre
generalizadas a
Dm
e
De,
e
78
Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Com
a
finalidade
de
propor
e
validar
equações
generalizadas para a estimativa da D em homens, foi utilizada uma amostra de 391 sujeitos, cujas características de massa e estatura corporais, idade e composição corporal são mostradas na Tabela 8. As características antropométricas de dobras cutâneas,
circunferências
e
diâmetros
das
amostras
de
regressão e de validação são apresentadas no Anexo XVI.
TABELA 8. Características Descritivas das Amostras do Sexo Masculino REGRESSÃO (n = 304)
VALIDAÇÃO (n = 87)
x
s
Variação
x
s
Variação
Idade (anos)
30,17
9,78
18-66
30,68
9,11
18-56
Massa (kg)
73,61
9,74
49,30-114,10
73,63
8,82
52,90-104,20
174,57
6,81
163,20-199,20
173,95
5,99
162,00-187,30
1,0244-1,0946
1,062822
0,0153
1,0245-1,0924
Estatura (cm) Densidade (g/ml)
1,062131 0,0155
%G
16,14
6,86
2,20-33,16
15,83
6,72
3,11-33,12
MCM (kg)
61,37
6,77
41,12-87,01
61,64
6,14
45,06-79,12
MG (kg)
12,24
6,35
1,56-32,17
11,99
6,03
2,13-33,77
Para o desenvolvimento das equações, foram incluídos 304 homens apresentando heterogeneidade em idade (18 - 66 anos) e gordura corporal (2,20 - 33,16%). Esta heterogeneida-
79
de é uma característica importante para o desenvolvimento de equações generalizadas. Estão presentes na Tabela 9 as equações propostas para a estimativa da D corporal em homens adultos. São relatados, para cada equação, o coeficiente de correlação múltipla (R) e de determinação (R2) e o erro padrão de estimativa (EPE) da densidade. Os modelos de regressão foram formados combinando os somatórios de nove, sete, seis, quatro, três e duas dobras cutâneas e idade. Foram incluídas também, em alguns modelos as circunferências do antebraço e do abdômen. A indicou
análise que
os
das R
correlações
foram
múltiplas
similares,
ficando
dos
modelos
entre
0,871
(equação M11) e 0,896 (equação M16), com EPE entre 0,0076 e 0,0070 g/ml, maior e menor, respectivamente. Estes resultados respondem
à
possibilidade
questão de
investigada,
desenvolver
ou
equações
seja,
sobre
generalizadas
a
para
homens das regiões central do RS e litorânea de SC, com grau de acuracidade As
de R > 0,80 e EPE menor que 0,0090 g/ml.
correlações
múltiplas
encontradas
nas
equações
desenvolvidas, no presente estudo, são próximas às relatadas por JACKSON e POLLOCK (1978), R = 0,888 - 0,917, obtidas em uma amostra heterogênea em termos de idade (18 - 61 anos) e gordura corporal (1 - 33%). Continuando a análise através da Tabela 9, observa-se que, a exemplo da R, os EPEs também foram bastante similares entre as 16 equações, variando entre
0,0070 e
0,0076 g/ml.
Tabela 9 Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens com Idade entre 18 e 66 anos. Eq.
Variáveis
Regressão
R
R2
EPE
Nove Dobras Cutâneas M1 M2
DC2, ID D = 1,10194032 - 0,00031836(X9) + 0,00000029(X9)2 - 0,00029542(ID). 2 DC , ID, C D = 1,08516305 - 0,00028465(X9) + 0,00000026(X9)2 - 0,00021018(ID) + 0,00173856(CAT) - 0,00043254(CAB). Sete Dobras Cutâneas
0,887 0,894
0,786 0,800
0,0072 0,0070
M3 M4
DC2, ID D = 1,10038145 - 0,00035804(X7) + 0,00000036(X7)2 - 0,00025154(ID). 2 DC , ID, C D = 1,08566598 - 0,00032750(X7) + 0,00000036(X7)2 - 0,00017521(ID) + 0,00161816(CAT) - 0,00041043(CAB). Seis Dobras Cutâneas
0,880 0,892
0,780 0,795
0,0073 0,0071
M5 M6
DC2, ID D = 1,09995680 - 0,00055475(X6) + 0,00000107(X6 )2 - 0,00023367(ID). 2 DC , ID, C D = 1,08555470 - 0,00050212(X6) + 0,00000104(X6)2 - 0,00015217(ID) + 0,00169842(CAT) - 0,00044620(CAB). Quatro Dobras Cutâneas
0,881 0,889
0,776 0,790
0,0074 0,0071
M7 M8 M9 M10
DC2, ID DC2, ID, C DC2, ID DC2, ID, C
D = 1,10726863 - 0,00081201(X4) + 0,00000212(X4)2 - 0,00041761(ID). D = 1,09255357 - 0,00067980(X4) + 0,00000182(X4)2 - 0,00027287(ID) + 0,00204435(CAT) - 0,00060405(CAB). D = 1,10539106 - 0,00089839(Z4) + 0,00000278(Z4)2 - 0,00035250(ID). D = 1,09158117 - 0,00077719(Z4) + 0,00000257(Z4)2 - 0,00022634(ID) + 0,00195027(CAT) - 0,00057011(CAB). Três Dobras Cutâneas
0,875 0,889 0,874 0,887
0,765 0,791 0,764 0,786
0,0075 0,0071 0,0075 0,0072
M11 M12 M13 M14
DC2, ID DC2, ID, C DC2, ID DC2, ID, C
D = 1,10491700 - 0,00099061(X3) + 0,00000327(X3)2 - 0,00034527(ID). D = 1,09360757 - 0,00086876(X3) + 0,00000327(X3)2 - 0,00021422(ID) + 0,00191721(CAT) - 0,00059091(CAB). D = 1,10404686 - 0,00111938(Z3) + 0,00000391(Z3)2 - 0,00027884(ID). D = 1,08974189 - 0,00098446(Z3) + 0,00000376(Z3)2 - 0,00017218(ID) + 0,00191020(CAT) - 0,00054056(CAB). Duas Dobras Cutâneas
0,871 0,884 0,873 0,885
0,759 0,781 0,763 0,783
0,0076 0,0072 0,0075 0,0072
M15 DC2, ID D = 1,10098229 - 0,00145899(X2) + 0,00000701(X2)2 - 0,00032770(ID). 0,885 0,784 0,0072 2 0,803 0,0070 M16 DC , ID, C D = 1,08843264 - 0,00130623(X2) + 0,00000710(X2)2 - 0,00021414(ID) + 0,00182587(CAT) - 0,00052569(CAB). 0,896 Onde: DC = dobras cutâneas (mm); ID = idade (anos); CAT = circunferência do antebraço (cm); CAB = circunferência do abdômen (cm); X9 = ∑9DC SE, TR, BI, AM, PT, SI, AB, CX e PM; X7 = ∑7DC SE, TR, PT, AM, SI, AB e CX; X6 = ∑6DC SE, TR, BI, PT, AM e SI; X4 = ∑D4C, SE, TR, SI e PM; Z4 = ∑4DC SE, TR, BI e SI; X3 = ∑3DC, SE, TR e SI; Z3 = ∑3DC SE, TR e PT; X2 = ∑2DC TR e AM.
81
Todavia,
os
EPE
são
maiores
que
os
relatados
por
THORLAND et al (1984a), FORSYTH e SINNING (1973), que usaram amostras
mais
homogêneas;
são
similares
às
relatadas
por
JACKSON & POLLOCK (1978) para a população em geral; e, iguais ou menores que os divulgados por outros pesquisadores (KATCH & McARDLE, 1973; POLLOCK
et al; 1976; WILMORE & BEHNKE,
1969a), que usaram amostras mais homogêneas.
Validação de Equações Generalizadas para Homens Outra importante preocupação deste estudo refere-se à validade das equações desenvolvidas para a estimativa da D em uma amostra de calibração, independente, oriunda da mesma população. Os resultados sobre a validação das equações são mostrados na Tabela 10. A densidade mensurada através da PH na amostra de validação foi 1,06282 ± 0,0153 g/ml. Os valores estimados pelos 16 modelos foram bastante próximos aos estabelecidos no laboratório.
O EC ficou de -0,0005 à 0,00041 g/ml. O menor
EPE (0,0069 g/ml) foi da equação M2, que utilizou a soma de nove DC, ID e as circunferências do antebraço e abdômen, enquanto que o maior (0,0085 g/ml) foi o modelo (M13) que usou o ∑3DC e ID como variáveis independentes. As correlações lineares ( r ) entre a D determinada no laboratório perímetros
(PH) e
e
idade,
os
valores
foram
muito
preditos próximas
através às
de
DC,
correlações
múltiplas (R). A análise revelou coeficientes de validade de magnitude alta (r de 0,832 a 0,880). Esses valores de r são
82
menores que os divulgados por JACKSON e POLLOCK (1987), para a população em geral usando amostras heterogêneas em termos de idade e gordura corporal. No entanto, similares às (0,87
e
0,86)
relatadas
por
THORLAND
et
al
(1984a),
r em
amostra mais homogênea. Tabela 10 Validação das Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Adultos (n = 87) Eq. nº
Variáveis
x
±
s
rª
t
EC
ET
EPE
Densidade Mensurada (Dm) 1,06282 ± 0,0153 M1
∑9DC, ID
1,06271 ± 0,014
0,877
-0,148
-0,0001
0,0073
0,0070
M2
∑9DC, ID, C
1,06263 ± 0,014
0,880
-0,244
-0,0002
0,0072
0,0069
M3
∑7DC, ID
1,06250 ± 0,014
0,870
-0,397
-0,0003
0,0075
0,0078
M4
∑7DC, ID, C
1,06251 ± 0,014
0,873
-0,386
-0,0003
0,0074
0,0072
M5
∑6DC, ID
1,06235 ± 0,013
0,853
-0,546
-0,0005
0,0079
0,0076
M6
∑6DC, ID, C
1,06240 ± 0,013
0,858
-0,497
-0,0004
0,0078
0,0074
M7
∑4DC, ID
1,06285 ± 0,014
0,861
-0,036
-0,0001
0,0078
0,0078
M8
∑4DC, ID, C
1,06282 ± 0,014
0,871
0,006
0,00001
0,0075
0,0075
M9
∑4DC, ID
1,06248 ± 0,013
0,847
-0,388
-0,0003
0,0081
0,0082
M10
∑4DC, ID, C
1,06249 ± 0,014
0,858
-0,390
-0,0003
0,0078
0,0079
M11
∑3DC,ID
1,06244 ± 0,013
0,839
0,424
0,0004
0,0083
0,0084
M12
∑3DC,ID,C
1,06245 ± 0,014
0,853
0,432
0,0004
0,0080
0,0080
M13
∑3DC,ID
1,06242 ± 0,014
0,832
-0,436
-0,0004
0,0085
0,0085
M14
∑3DC,ID,C
1,06244 ± 0,014
0,844
-0,431
-0,0004
0,0082
0,0082
M15
∑2DC, ID
1,06286 ± 0,014
0,838
0,042
0,0001
0,0084
0,0084
M16
∑2DC, ID, C
1,06285 ± 0,014
0,846
0,028
0,0001
0,0082
0,0082
rª Significante a nível 0,0001; * Os resultados da Dm e De diferem estatisticamente a nível de p < 0,05; EC = Erro constante; EPE = s 1 − R 2 ; ET = Onde: y1 é a densidade predita e y2 a densidade mensurada.
Prosseguindo através
do
teste
a
análise t
de
(Tabela
∑( y
− y2 ) / n . 2
1
validação 10),
das
observa-se
equações grande
83
similaridade entre as médias da Dm e De. A menor diferença média encontrada foi 0,0001 g/ml e a maior -0,0005 g/ml. Nenhuma
das
diferenças
entre
as
médias
apresentaram
diferenças estatísticas significativas (p > 0,05). A análise dos desvios padrões obtidos pelas médias das Dm e De (Tabela 10) também foi similar, sugerindo que as equações propostas são eficientes na cobertura de toda a distribuição
das
características
do
grupo,
sendo
os
resultados obtidos equivalentes aos da PH. Finalmente, os baixos valores dos ET e EPE encontrados consubstanciam a validade da utilização das equações para a estimativa da D em homens. Estas análises indicam que as equações
generalizadas,
propostas
neste
estudo,
estimam
acuradamente a D em amostras heterogêneas em idade e gordura corporal,
o
que
credencia
o
uso
destas
equações
para
a
estimativa da densidade na população masculina adulta geral.
Validação Cruzada de Equações para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Os
resultados
da
Validação
cruzada
das
equações
generalizadas para a estimativa da densidade corporal são mostrados na Tabela 11. São apresentados também os resultados médios
da
estimativa
da
D,
os
escores
correlações lineares, e os ECs, ETs e EPEs.
do
teste
t,
as
Tabela 11 Validação Cruzada de Equações Generalizadas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Adultos. EQ
Fonte / ano
n
Modelo
D Mensurada
x
D Estimada
x
s
rª
t
EC
ET
EPE
s
1
J&P (78)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06739 ± 0,0154
0,884
-12,33
0,00526
0,00745
0,0073
2
J&P (78)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06238 ± 0,0129
0,884
-0,61*
0,00025
0,00729
0,0073
3
J&P (78)
304
LogN
1,06213 ± 0,0155
1,06676 ± 0,0161
0,871
-9,99
0,00463
0,00808
0,0077
4
J&P (78)
304
LogN
1,06213 ± 0,0155
1,06681 ± 0,0162
0,852
-9,39
0,00468
0,00868
0,0082
5
J&P (78)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06729 ± 0,0154
0,872
-11,51
0,00517
0,00783
0,0076
6
J&P (78)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06189 ± 0,0130
0,872
0,53*
-0,00023
0,00763
0,0076
7
J&P (78)
304
LogN
1,06213 ± 0,0155
1,06255 ± 0,0127
0,874
-0,97*
0,00042
0,00759
0,0075
8
J&P (78)
304
LogN
1,06213 ± 0,0155
1,06614 ± 0,0125
0,856
8,64
0,00400
0,00808
0,0081
9
PS&J (80)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06721 ± 0,0144
0,873
-11,61
0,00507
0,00810
0,0076
10
LOH (81)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06333 ± 0,0143
0,855
-2,60
0,00121
0,00812
0,0081
11
T et al (84)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06328 ± 0,0193
0,862
2,03
0,00115
0,00986
0,0079
12
T et al (84)
304
Quadr
1,06213 ± 0,0155
1,06599 ± 0,0181
0,864
-7,39
0,00385
0,00909
0,0078
13
D&W (74)
304
Log10
1,06213 ± 0,0155
1,05795 ± 0,0146
0,841
8,52
-0,00418
0,00855
0,0084
* Os resultados da Dm e De não diferem estatisticamente p > 0,05; rª Significante a nível de p < 0,0001;
∑(
y1 − y 2 EC = Erro constante; EPE = s 1 − R 2 ; ET = Onde: y1 é a densidade predita e y2 a densidade mensurada.
)
2
/n ;
85
Comparando os resultados médios da De e Dm através do teste t, observa-se que as equações de números 2, 6 e 7, de JACKSON
e
POLLOCK
(1978),
não
apresentam
diferenças
estatísticas significativas, o que indica uma forte evidência de validação destas equações para uso na população adulta geral. A análise dos desvios padrões da densidade estimada destas três equações mostra que eles são menores que o desvio padrão
da
amostra
densidade
não
está
mensurada,
completamente
indicando
que
representada.
o
total
Segundo
da
este
ponto de vista, as equações nº 2 e 6 de JACKSON e POLLOCK (1978) são mais representativas que a equação 7. As estudo
correlações
são
de
entre
magnitude
a
alta,
Dm
e
0,884
De
encontradas
(equação
2),
neste 0,872
(equação 6) e 0,874 (equação 7); todavia, são menores que as correlações encontradas por JACKSON e POLLOCK (1978), quando validaram suas equações em uma amostra de 95 sujeitos, cujas correlações foram: 0,915, 0,920 e 0,913, respectivamente. No entanto, os ETs (0,0073, 0,0076 e 0,0076 g/ml) para as mesmas equações na amostra do presente estudo são similares aos ETs (0,0077, 0,0076 e 0,0078 g/ml) obtidos quando da validação da equações (equações 2, 6 e 7, respectivamente) de JACKSON e POLLOCK (1978). Considerando os critérios acima analisados, pode-se sugerir que as três equações 2, 6 e 7 apresentam validade concorrente para a estimativa de valores de D em sujeitos
86
brasileiros, considerando a abrangência de generalização do estudo. As demais equações generalizadas de JACKSON e POLLOCK (1978),
POLLOCK
et
al
(1980),
LOHMAN
(1981)
e
DURNIN
e
WOMERSLEY (1974) atenderam todos os critérios de validação, exceto
para
estatísticas
a
estimativa
da
significativas
D,
(p
<
apresentando 0,05).
Já
diferenças
as
equações
generalizadas de THORLAND et al (1984a), além de apresentar diferenças
significativas
entre
as
médias
das
Dm
e
De,
evidenciam também valores de ETs muito elevados. Desta forma, estas equações são inadequadas para a utilização em nosso meio. Os
resultados
da
análise
de
validação
cruzada
das
equações específicas (Tabela 12) indicam que médias da De através das cinco equações de GUEDES (1985), de nº 24, 25, 26, 27 e 28, da equação 37 de POLLOCK et al (1976), de SLOAN (1967) e de FAULKNER (1968), são similares às médias da Dm. As correlações entre a Dm e De obtidas pelas referidas equações de GUEDES (1985), variaram de 0,77 (equação 24) a 0,841 (equação 28); embora sejam altas, foram menores que as encontradas no estudo original que variaram de 0,871 a 0,921, respectivamente. Os ETs, no entanto, variaram entre 0,0064 (equação
25)
e
sensivelmente
no
0,0070 presente
g/ml
(equação
estudo,
0,0085 g/ml, respectivamente.
24)
ficando
e
entre
aumentaram 0,0079
e
Tabela 12 Validação Cruzada de Equações Específicas para a Estimativa da Densidade Corporal em Homens Adultos. EQ
Fonte / ano
D Mensurada D Estimada rª t EC ET s s x x 1,07114 ± 0,0102 1,06697 ± 0,0094 0,666 2,58 -0,00416 0,00805 14 D&W (74) 25 Log10 15 D&W (74) 139 Log10 1,06787 ± 0,0134 1,06533 ± 0,0119 0,864 4,41 -0,00254 0,00679 1,05645 ± 0,0160 1,05255 ± 0,0114 0,843 3,98 -0,00389 0,00882 16 D&W (74) 81 Log10 1,05334 ± 0,0135 1,04605 ± 0,0121 0,745 5,42 -0.00726 0,00928 17 D&W (74) 48 Log10 1,04953 ± 0,0138 1,03936 ± 0,0109 0,871 4,92 -0,01016 0,00684 18 D&W (74) 11 Log10 1,06587 ± 0,0147 1,06224 ± 0,0124 0,847 6,81 -0,00362 0,00783 19 D&R (67) 216 Log10 20 F&S (73) 75 Linear 1,07018 ± 0,0112 1,06609 ± 0,0145 0,784 3,92 -0,00408 0,00901 21 F&S (73) 75 Linear 1,07018 ± 0,0112 1,06458 ± 0,0155 0,804 5,23 -0,00559 0,00927 22 F&S (73) 75 Linear 1,07018 ± 0,0112 1,06479 ± 0,0154 0,803 5,06 -0,00538 0,00921 23 F&S (73) 75 Linear 1,07018 ± 0,0112 1,06339 ± 0,0163 0,819 6,21 -0,00679 0,00946 1,06862 ± 0,0128 1,06825 ± 0,0124 0,777 0,52* -0,00036 0,00845 24 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06857 ± 0,0133 0,817 0,06* -0,00004 0,00792 25 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06856 ± 0,0142 0,820 0,09* -0,00006 0,00822 26 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06878 ± 0,0148 0,832 -0,24* 0,00016 0,00825 27 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06905 ± 0,0151 0,841 -0,64* 0,00044 0,00817 28 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06714 ± 0,0150 0,838 2,18 -0,00147 0,00820 29 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06687 ± 0,0149 0,835 2,57 -0,00175 0,00822 30 GUE (85) 146 Log10 1,06862 ± 0,0128 1,06718 ± 0,0152 0,836 2,08 -0,00144 0,00836 31 GUE (85) 146 Log10 32 K&M (73) 116 Linear 1,06946 ± 0,0121 1,07138 ± 0,105 0,828 -3,05 0,00192 0,00685 33 K&M (73) 116 Linear 1,06946 ± 0,0121 1,07109 ± 0,0100 0,824 -2,57 0,00163 0,00701 34 K&M (73) 116 Linear 1,06946 ± 0,0121 1,06924 ± 0,0094 0,690 4,69 -0,00121 0,00883 35 P et al (76) 89 Linear 1,07068 ± 0,0158 1,07541 ± 0,0086 0,749 -5,81 0,00473 0,00767 36 P et al (76) 89 Linear 1,07068 ± 0,0158 1,07546 ± 0,0083 0,748 -5,86 0,00778 0,00769 37 P et al (76) 54 Linear 1,05289 ± 0,0134 1,05419 ± 0,0096 0,740 -1,06* 0,00129 0,00902 38 S LO(67) 136 Linear 1,06922 ± 0,0121 1,07023 ± 0,0123 0,742 -1,35* 0,00101 0,00875 39 Y UH(62) 121 Linear 17,56 ± 7,12 11,87 ± 2,94 0,81 12,44 -5,68 5,03 40 Y UH(62) 128 Linear 11,21 ± 3,57 0,82 6,19 -1,72 3,13 12,93 ± 5,30 41 FAL (68) 128 Linear 12,93 ± 5,30 13,15 ± 3,43 0,82 0,82* -0,23 3,16 * Os resultados da Dm e De não diferem estatisticamente (p > 0,05). rª Significante a nível de p < 0,0001; EC = Erro constante; EPE = s
1− R
2
n
; ET =
Modelo
∑( y
− y 2 ) / n ; Onde: y1 é a densidade predita e y2 a densidade mensurada. 2
1
EPE 0,0078 0,0068 0,0086 0,0092 0,0071 0,0079 0,0074 0,0071 0,0071 0,0068 0,0081 0,0074 0,0074 0,0072 0,0070 0,0070 0,0071 0,0071 0,0068 0,0069 0,0088 0,0077 0,0077 0,0091 0,0081 4,15 3,05 3,04
88
A redução nos coeficientes de correlação e o aumento do ET, no presente estudo, é devido à maior homogeneidade da amostra utilizada por GUEDES (1985). A partir da análise desses critérios, pode-se inferir que as cinco equações (equações 24, 25, 26, 27, 28) mostramse válidas para a estimativa da D em homens entre 18 e 27 anos de idade, na população de abrangência deste estudo. Entre
os
modelos
lineares,
somente
as
médias
das
equações (equações 37, 38 e 41) de POLLOCK et al (1976), SLOAN
(1967),
mostraram
e
de
diferenças
FAULKNER
(1968),
significativas
respectivamente,
(p
>
0,05)
entre
não os
valores estimados e os obtidos no laboratório (PH). Como o relacionamento entre D e %G é inversamente proporcional,
a
equação
37
de
POLLOCK
et
al
(1976)
superestimou a D e subestimou o %G mais que a de SLOAN (1967), enquanto a de FAULKNER (1968) superestimou o %G. Os EC para as respectivas equações foram 0,00129 g/ml ou 0,62 %G, 0,00101 g/ml ou 0,44 %G e 0,23 %G. A análise da equação linear (equação 37) de POLLOCK et al (1976) indicou aceitáveis e idênticos valores para ET e EPE (0,00902 e 0,0091 g/ml, respectivamente). Observa-se que o ET para esta equação foi menor que o EPE, o que indica que esta equação foi um forte estimador da D na amostra. No entanto, a magnitude do desvio padrão da De foi menor (s Dm = 0,0134 g/ml vs s De = 0,0096 g/ml), o que provoca erros nos valores extremos da distribuição. Considerando que os outros parâmetros
de
validação
cruzada
foram
atendidos
e,
89
principalmente, uso
na
devido à escassez de equações validadas para
população
brasileira
quanto
à
estimativa
da
D
em
idades mais avançadas, a equação 37 de POLLOCK et al (1976) pode, assim, ser considerada como uma alternativa aceitável para a estimativa da D em homens na faixa etária compreendida entre 40 e 50 anos. A análise da equação de SLOAN (1967), que usa as DCs da CX e SE (Tabela 12), resultou em um desvio padrão estimado similar à distribuição do desvio padrão mensurado (s Dm = 0,0121 g/ml vs s De = 0,0123 g/ml) e aceitáveis ET e EPE (0,00875
g/ml
ou
3,82
%G
e
±
0,0081
g/ml
ou
3,6
%G,
respectivamente. A correlação entre a Dm e De foi 0,742. Resultados similares também foram encontrados por FORSYTH e SINNING (1973), em uma amostra de atletas, r = 0,74; WILMORE e BEHNKE (1969a) utilizaram uma amostra de universitários não atletas, encontrando correlação de 0,73, e SHERBEENY (1983) obteve
r
de
0,75
em
universitários.
Estes
resultados
confirmam as observações de LOHMAN (1981), quando diz que a equação de SLOAN é uma alternativa válida para a estimativa de D para diferentes amostras de universitários atletas e não atletas.
Baseando-se
nas
constatações
do
presente
estudo,
pode-se acrescentar às observações de LOHMAN que a equação de SLOAN (1967) possui validade concorrente também para sujeitos universitários
e
não
universitários
brasileiros,
na
faixa
etária de 18 a 26 anos. Os resultados desta investigação indicam que a equação de FAULKNER (1968) atende a vários critérios de Validação
90
cruzada: como baixos valores de ET (3,16 %G) e EPE (3,04 %G), e EC não significativo (0,23 %G). No entanto, sua equação diminuiu substancialmente o valor do desvio padrão
do %G
estimado (s %G mensurado = 5,30% vs s %G estimado = 3,43%), o que pode resultar em erros para os sujeitos com valores de %G extremamente
altos
critérios
validação
de
ou
baixos.
Todavia,
sugeridos
por
todos
LOHMAN
os
demais
(1981)
foram
atendidos. Desta forma, a equação de FAULKNER (1968) pode ser considerada como uma altenativa aceitável para a estimativa de valores de %G em homens adultos, residentes nas regiões central do RS e litorânea de SC, na faixa etária compreendida entre 18 e 25 anos Em
um
tentativa
de
(1968)
em
estudo
anterior,
validação
jovens
da
GUEDES
equação
pertencentes
à
(1986)
proposta população
realizou por
uma
FAULKNER
brasileira
e
encontrou uma correlação de 0,898, de magnitude maior que a encontrada no presente estudo, entre o %G mensurado e o %G estimado. Encontrou também um ET de 3,5 %G, valor aceitável para a Validação cruzada de equações. No entanto, a análise do teste
t
mostrou
diferenças
significativas entre as
médias (p < 0,05) mensurada e estimada. Neste último aspecto, os
resultados
de
GUEDES
(1986)
são
divergentes
dos
encontrados no presente estudo. Um outro aspecto que diverge das observações de GUEDES (1986) é quanto à aceitação do limite do ET. Em seu estudo de validação cruzada, GUEDES considerou o ET de 3,5 %G como um valor
exageradamente
elevado
e
extremamente
preocupante.
91
Entretanto, observa-se aqui uma interpretação equivocada do erro
padrão,
pois
3,5
%G
é
um
valor
aceitável
e
não
preocupante em estudos de Validação cruzada. Só para ilustrar o problema, a validação das equações de JACKSON et al (1980), em uma amostra de calibração formada por 82 mulheres, mostrou erro
padrão
entre
3,7
e
4,0
%G.
POLLOCK
et
al
(1980)
esclarecem que erro padrão de 3,5 a 3,9 %G, na estimativa do %G através da técnica antropométrica de DC, não é considerado extremamente
alto,
porque
muitas
técnicas
laboratoriais,
incluindo aí a PH, apresentam erro padrão em torno de 2,7%. Um aspecto curioso veiculado sobre a equação conhecida como de FAULKNER (1968), a mais utilizada no Brasil, por alguns pesquisadores e também nos países vizinhos, é que esta equação seria específica para nadadores e que a mesma teria sido adaptada de uma equação de YUHASZ (1962). Na originou
tentativa a
de
de
descobrir
FAULKNER,
qual
procurou-se
equação a
de
YUHASZ
referência
citada
"Physiology of swimming and diving" (1968). Através da leitura dessa
fonte
não
foi
possível
concluir
que
a
equação
de
FAULKNER tenha sido adaptada de YUHASZ e nem que a mesma seja específica
para
nadadores.
Na
tentativa
de
solucionar
a
dúvida, em comunicação pessoal com o Dr. FAULKNER, em novembro de 1994, via Internet (Anexo
XIX),
ele
informou
que
a
equação citada na referida fonte bibliográfica era uma equação geral e não específica para nadadores. Assim, a preocupação não foi solucionada; no entanto, a informação obtida divergiu do que se conhecia na literatura nacional sobre o tema.
92
As equações logarítmicas de DURNIN e WOMERSLEY (1974) e as lineares de FORSYTH e SINNING (1973), sistematicamente, subestimaram a D e as lineares de YUHASZ (1962) o %G, enquanto as equações de KACTH e McARDLE (1973) e as equações 35 e 36 de POLLOCK et al (1976), sistematicamente, superestimaram a D e apresentaram diferenças estatísticas significativas (p < 0,05) entre os valores médios Desta
forma,
estas
mensurados e estimados (D e %G).
equações
não
são
recomendadas
para
caracterizar a D ou o %G em sujeitos brasileiros, considerando a abrangência da amostra do presente estudo. Finalmente, generalizadas
e
uma
análise
específicas
comparativa que
das
apresentam
equações validade
concorrente para a estimativa da D em homens sugere que as equações generalizadas foram mais acuradas que as específicas, pelos maiores valores de correlação e menores ou iguais ETs e EPEs.
CAPÍTULO V
SUMÁRIO, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Sumário Este estudo teve dois objetivos principais: Primeiro desenvolver e validar equações generalizadas para da densidade corporal em mulheres e homens,
estimativa
entre 18 e 66
anos de idade, da região central do Rio Grande do Sul e litorânea de Santa Catarina, usando medidas antropométricas e peso hidrostático; Segundo - verificar a validade de equações generalizadas e específicas para a estimativa da densidade corporal na amostra estudada. Para tanto, participaram do estudo 672 sujeitos, sendo 281 mulheres entre 18 e 51 anos ( x = 27,46 ± 7,58 anos), e 391 homens, entre 18 e 66 anos de idade ( x = 30,17 ± 9,78 anos). Todos os sujeitos submeteram-se, voluntariamente, à mensuração de 20 medidas antropométricas, incluindo a massa e estatura
corporais,
circunferências
e
quatro
nove
dobras
diâmetros
cutâneas,
ósseos;
e
de
cinco 7
a
10
pesagens submersas. A técnica de regressão múltipla Stepwise com a seleção Forward foi usada para o desenvolvimento das equações para a estimativa da D na amostra. Para a análise de validação e validação
cruzada,
determinaram-se
os
seguintes
cálculos:
94
média e desvio padrão, coeficiente de correlação linear de Pearson, teste t pareado, erro constante, erro total e erro padrão de estimativa. Os
principais
resultados
encontrados
foram:
a)
as
mulheres apresentaram as seguintes características (média e desvio
padrão)
antropométricas
e
de
composição
corporal:
massa corporal, 57,66 ± 7,58 kg; estatura, 161,9 ± 4,26 cm; D, 1,046276 ± 0,012 g/ml; %G, 23,18 ± 5,77 %; massa corporal magra, 44,06 ± 4,26 kg e massa de gordura, 13,60 ± 4,71 kg. b) os homens, massa corporal, 73,61 ± 9,74 kg; estatura, 174,57 ± 6,81 cm; D, 1,062131 ± 0,0156 g/ml; %G, 16,14 ± 6,86 %; massa corporal magra, 61,37 ± 6,77 kg e massa de gordura, 12,24 ± 6,35 kg. Foram propostas 16 equações para a estimativa da D para ambos os sexos. Utilizou-se nas equações para mulheres a idade e o somatório de nove, sete, cinco, quatro e três dobras cutâneas. Nas equações quadráticas utilizou-se também a massa corporal e estatura. As circunferências da coxa e do abdômen foram incluídas em alguns modelos logarítmicos. As correlações múltiplas ( R ) dos modelos quadráticos variaram de 0,848 a 0,864; os EPEs de 0,0064 a 0,0068 g/ml. Já, as logarítmicas, os R ficaram entre 0,827 e 0,840 e os EPEs, entre 0,0069 e 0,0072 g/ml. Para os homens, os modelos foram formados combinando a idade, o
somatório e o somatório ao quadrado de nove, sete,
95
seis, quatro, três e duas dobras cutâneas. As circunferências do abdômen e do antebraço foram incluídas em alguns modelos. As correlações múltiplas dos 16 modelos variaram de 0,871 a 0,896; os EPEs de 0,0070 a 0,0076 g/ml. As equações desenvolvidas para as mulheres e homens foram validadas em amostras diferentes, oriundas da mesma população,
constituídas
respectivamente.
As
por
68
correlações
e
87
lineares
sujeitos,
entre
a
D
determinada hidrostaticamente e a estimada através dos 16 modelos, para mulheres variaram de 0,705 a 0,779, os EPEs ficaram
entre
0,0063
e
0,0071
g/ml.
Para
os
homens,
as
correlações lineares variaram de 0,832 a 0,880 e os EPEs de 0,0069 a 0,0085 g/ml. A análise de validação cruzada de equações preditivas da
D
em
mulheres
generalizadas logarítmica
de de
indicou
JACKSON sete
et
DCs,
que: al mais
1)
(1980), idade,
As a
duas
equações
quadrática
mostram
e
a
validade
concorrente para a estimativa da densidade na amostra do presente estudo. Os coeficientes lineares de correlação entre a Dm e De foram 0,830 e 0,820, e os EPEs 0,0072 e 0,0074 g/ml, respectivamente. 2) As equações específicas (equação 26) de KACTH e McARDLE (1973), que usa a DC SE e a CCX, ), e de SLOAN et al (1962), que usa as DCs SI e TR, foram as melhores equações específicas para predizer a D neste estudo. O coeficiente de correlação entre a Dm e De foi 0,687, o ET 0,0088 g/ml e o EPE 0,0087 g/ml.
96
A
análise
de
validação
cruzada
de
equações
desenvolvidas por outros investigadores para a estimativa da D em homens sugere que: 1) as melhores equações generalizadas para a estimativa da D em homens brasileiros, de acordo com a amostra do presente estudo, foram as equações nº 2, 6 e 7 de JACKSON et al (1978). São incluídas nestas equações a idade, as circunferências do antebraço e do abdômen,
a soma e o
quadrado da soma de sete e três DCs, para as equações 2 e 6, respectivamente, e a equação nº 7 que utiliza o logN da soma de
sete
DCs.
Os
coeficientes
de
correlação,
entre
a
D
mensurada e estimada, foram 0,884, 0,872 e 0,874 e os EPEs, 0,0073,
0,0076
e
0,0075
g/ml,
equações
2,
6
e
7,
respectivamente. 2) As equações específicas à população de nº 24, 25, 26, 27, e 28 de GUEDES (1985) e a equação de SLOAN (1967) foram as melhores equações desenvolvidas por outros investigadores
para
a
predição
da
D
na
amostra
do
sexo
masculino no presente estudo. Os coeficientes de correlação, entre a densidade mensurada e estimada, da equação de SLOAN (1967) foram 0,742 e o EPE 0,0081 g/ml. Já os coeficientes de correlações das equações de GUEDES (1985) ficaram entre 0,777 e 0,841, enquanto os EPE ficaram entre 0,0070 e 0,0081 g/ml. 3) A equação nº 37 de POLLOCK e al (1976), que usa as DCs (PT e SI), e a equação de FAULKNER (1968) não atendem todos os critérios utilizados para a análise de validação cruzada e não
foram
amostra.
aceitas
para
a
estimativa
de
valores
de
D
na
97
De acordo com os resultados acima, pode-se responder à segunda questão investigada: as equações generalizadas tendem a ser mais precisas na estimativa da D em mulheres e homens que as equações específicas, haja vista que as generalizadas apresentaram as maiores correlações entre Dm e De e menores ETs e EPEs.
Conclusões As seguintes conclusões resultaram deste estudo: -
As
mulheres
densidade
e
caracterizam-se %G
em
torno
respectivamente.
Já
os
por
de
apresentar
1,046276
homens
g/ml
apresentam
valores e
de
23,18%,
densidade
de
1,062131 g/ml e %G de 16,14%; - As equações desenvolvidas neste estudo são válidas para a estimativa da D em mulheres e homens adultos, heterogêneos em termos de idade e composição corporal; - As equações que usam a soma de quatro dobras cutâneas (SE, TR, SI e PM), para as mulheres, equação nº F9, e para os homens, equação nº M7, têm as vantagens de praticabilidade e simplicidade para estudo de grandes grupos de sujeitos; - Para as mulheres, as equações generalizadas (quadrática e logarítmica) de JACKSON et al (1980), que usam a soma de sete DC, e a específica de KATCH e McARDLE (1973), que utiliza
a
DC
investigadores
SE
e
que
a
CCX,
possuem
são
as
validade
equações
de
concorrente
outros para
estimativa da D em mulheres das regiões central do RS e litorânea de SC. Já, para os homens, as mais válidas são as
98
equações generalizadas (nº 2 e 6), que usam a soma de sete DCs, as CAT e CAB, a equação 7 de três DCs, de JACKSON et al (1978), e as específicas (equações de nº 24 a 28), de GUEDES (1985) e a de SLOAN (1967). - As equações generalizadas mostraram-se mais acuradas que as específicas,
na estimativa
de valores de D, na amostra do
presente estudo.
Recomendações Para a realização de novos estudos, recomenda-se que as equações aqui propostas sejam validadas para outros grupos populacionais.
99
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107
A N E X O S
108
ANEXO I Equações de KACTH & McARDLE (1973) para Estimar Densidade Corporal em universitários de ambos os sexos Equações de regressão R EPE Homens (n=53) DC, C
D = 1,10986 - 0,00083(X1) - 0,00087(X2) - 0,00098(X3) + 0,00210(X4)
0,89 0,0066
DC
D = 1,09665 - 0,00103(X1) - 0,00056(X2) - 0,00054(X8)
0,86 0,0072
C
D = 1,12691 - 0,00357(X9) - 0,00127(X3) + 0,00524(X4)
0,86 0,0072
Mulheres (n=69) DC,DO D = 1,09246 - 0,00049(X2) - 0,00075(X5) + 0,00710(X6) C -0,00121(X7)
0,84 0,0086
DC
D = 1,08347 + 0,00060(X1) - 0,00151(X2) - 0,00097(X10)
0,77 0,0100
C
D = 1,14465 - 0,00150(X9) - 0,00105(X3) + 0,00448(X4) -0,00168(X7)
0,80 0,0094
DC,C D = 1,14389 -0,00114(X2) -0,00149(X7) 0,78 0,0098 D = densidade corporal (g/ml); DC = dobra cutânea (mm); C = cir-cunferência (cm); DO = diâmetro ósseo (cm); X1 = DC, tríceps; X2 = DC, sub-escapular; X3 = C, abdominal; X4 = C, antebraço; X5 = DC, supra-ilíaca; X6 = DO, úmero; X7 = C, coxa; X8 = DC, abdominal; X9 = C, braço estendido; X10 = DC, coxa; EPE = erro padrão de estimativa.
109
ANEXO II Equações de POLLOCK et al (1975) para Estimar a Densidade Corporal de Mulheres Jovens (n=83) e de Meia-Idade (n = 60). Medidas Antropométricas
Equação de Regressão
R
EPE
MULHERES JOVENS (Idade média = 20 anos) DC
D = 1,0852 - 0,0008(X2) - 0,0011(X3).
0,775 0,0091
DC, DO
D= 1,1295 - 0,0007(X2) - 0,0008(X3) - 0,0059(X9)
0,806 0,0085
DC, DO, C
D = 1,0863 - 0,0008(X2) - 0,0007(X3) - 0,0010(X5) + 0,0048(X7) + 0,0025(X8) - 0,0087(X9).
0,843 0,0079
DC, DO, C
D = 1,0836 - 0,0007(X2) - 0,0007(X3) + 0,0048(X7) - 0,0088(X9).
0,826 0,0082
MULHERES DE MEIA IDADE (Idade media = 44 anos) S, C
D = 1,1283 - 0,0011(X6) - 0,0039(X10).
0,863 0,0075
DC
D = 1,0754 - 0,0012(X1) - 0,0007(X3).
0,856 0,0076
DC, C, S
D = 1,0990 - 0,0006(X2) - 0,0006(X6) - 0,0036(X10)
0,879 0,0071
DC, S, C
D = 1,1023 - 0,0005(X2) - 0,0003(X3) + 0,0005(X6) - 0,0033(X10).
0,889 0,0069
DC, S, DO, C D = 1,0885 - 0,0003(X1) -0,0003(X2) - 0,0004(X3) 0,908 0,0065 - 0,0007(X4) - 0,0004(X6) + 0,0026(X8) - 0,0024(X10). DC = dobra cutânea (mm), DO = diametro (cm), C = circunferência (cm), S = tamanho dos seios, X1 = DC, axilar; X2 = DC, supra-ilíaca; X3 = DC, coxa; X4 = C, peitoral media; X5 = C, peitoral baixa; X6 = C, abdominal; X7 = C, pulso; X8 = D, peitoral; X9 = D, fêmur; X10 = S. EPE = erro padrão de estimativa.
110
ANEXO III Equações de POLLOCK et al (1976) para Estimar a Densidade Corporal de Homens Jovens (n=95) e de Meia-Idade (n=84). Medidas Antropométricas
Equação de Regressão
R
EPE
HOMENS JOVENS (média de idade = 20 anos) DC
D= 1,09478 - 0,00103(X1) - 0,00085(X7)
0,81
0,0082
DC
D= 1,09716 - 0,00065(X1) - 0,00055(X4) - 0,00080(X7)
0,82
0,0080
DC, DO, H
D= 1,12476 - 0,00109(X1) - 0,00087(X7) + 0,00133(X20) - 0,00046(X26)
0,85
0,0075
DC, DO, H
D= 1,12916 - 0,00060(X1) - 0,00072(X4) - 0,00080(X7) + 0,00144(X20) - 0,00050(X26)
0,86
0,0072
DC, DO, H
D= 1,10940 - 0,00026(X8) + 0,001623(X20) - 0,00044(H)
0,87
0,0070
DC, C, DO
D= 1,05599 - 0,00068(X3) - 0,00043(X5) - 0,00049(X11) + 0,00144(X14) - 0,00274(X15) + 0,00553(X18) + 0,00133(X20) - 0,00203(X23)
0,88
0,0069
HOMENS DE MEIA IDADE (média de idade = 44 anos) DC
D = 1,07660 - 0,00098(X1) - 0,00053(X2)
0,78 0,0082
DC, C
D = 1,12172 - 0,00112(X1) - 0,00056(X12)
0,78 0,0082
DC, C
D = 1,10973 - 0,00104(X1) - 0,00112(X12) + 0,00220(X17) 0,81 0,0077
DC, C
D = 1,10185 - 0,00072(X1) - 0,00046(X2) - 0,00100(X12) + 0,00227(X17)
0,83 0,0075
DC, DO, C
D = 1,10080 - 0,00067(X1) - 0,00050(X2) - 0,00046(X10) - 0,00072(X12) + 0,00236(X16)
0,84 0,0074
DC= dobra cutânea(mm); DO= diâmetro ósseo (cm); C= circunferências (cm); H= estatura (cm); X1= DC, PT; X2= DC, AM; X3= DC, TR; X4= DC, SE; X5= DC, AB; X7= DC, CX; X8= S 7DC; X10= C, abdominal; X11= C, cintura; X12= C, glútea; X14= C, panturrilha; X15= C, tornozelo; X16= C, braço; X17 = C, antebraço; X18= C, pulso; X20= DO, biacromial; X22= DO, biiliocristal; X23= DO, bitrocanteriano.
111
ANEXO IV Equações de DURNIN & RAHMAN (1967) para Estimar a Densidade Corporal em Jovens e Adultos de Ambos os Sexos. Sujeitos
nº
Idade
Homens
60
22,7
Mulheres
45
Equações de Regressão
EPE
R
D = 1,1610 - 0,0632(Log10 ∑4DC)
0,0069
0,835
21,7
D = 1,1581 - 0,0720(Log10 ∑4DC)
0,0096
0,778
Moços
48
14,7
D = 1,1533 - 0,0643(Log10 ∑4DC)
0,0083
0,760
Moças
38
14,9
D = 1,1369 - 0,0598(Log10 ∑4DC)
0,0081
0,778
Log10 ∑4DC = BI+TR+SE+SI; EPE = erro padrão de estimativa.
112
ANEXO V Equações de GUEDES (1985) para Estimar a Densidade Corporal em Universitátios de 17-27 anos (n= 110). EQUAÇÃO DE REGRESSÃO
R
D = 1,13060 - 0,05437 Log10(X1) D = 1,15929 - 0,06550 Log10(X2) D = 1,17136 - 0,06706 Log10(X3) D = 1,18282 - 0,07030 Log10(X4) D = 1,20436 - 0,07848 Log10(X5) D = 1,21546 - 0,08119 Log10(X6) D = 1,22098 - 0,08214 Log10(X7) D = 1,22627 - 0,08384 Log10(X8)
EPE
0,864 0,880 0,894 0,894 0,894 0,899 0,904 0,901
0,0064 0,0061 0,0057 0,0057 0,0057 0,0056 0,0055 0,0055
Onde: X = dobras cutâneas; X1 = AB; X2 = AB + TR; X3 = AB + TR + SI; X4 = AB + TR + SI + AM; X5 = AB + TR + SI + AM + SE; X6 = AB + TR + SI + AM + SE + CX; X7 = AB + TR + SI + AM + SE + CX + PM; X8 = AB + TR + SI + AM + SE + CX + PM + BI. EPE = erro padrão de estimativa.
ANEXO VI Equações de GUEDES (1985) para Estimar a Densidade Corporal em Universitárias de 17-29 (n = 96) EQUAÇÃO DE REGRESSÃO
R
EPE
D = 1,12922 - 0,06601 Log10(X1) D = 1,14812 - 0,06401 Log10(X2) D = 1,16650 - 0,07063 Log10(X3) D = 1,18452 - 0,07508 Log10(X4) D = 1,18588 - 0,07417 Log10(X5) D = 1,19665 - 0,07634 Log10(X6) D = 1,19748 - 0,07419 Log10(X7) D = 1,19863 - 0,07343 Log10(X8)
0,751 0,831 0,853 0,859 0,860 0,856 0,857 0,856
0,0067 0,0056 0,0053 0,0052 0,0052 0,0052 0,0052 0,0052
Onde: X = dobras cutâneas; X1 = TR; X2 = SI + CX; X3 = SI + CX + SE; X4 = SI + CX + SE + TR; X5 = SI + CX + SE + TR + BI; X6 = SI + CX + SE + TR + BI + PM; X7 = SI + CX + SE + TR + BI + PM + AB; X8 = AB + TR + SI + AM + SE + CX + PM + BI. EPE = erro padrão de estimativa.
113
ANEXO VII Equações de DURNIN & WOMERSLEY (1974) para Estimar a Densidade Corporal em Adultos de Ambos os Sexos. Idade Sujeitos
Equações de Regressão
EPE
MASCULINO 17-19
24
D = 1,1620 - 0,0630(X1)
0,0073
20-29
92
D = 1,1631 - 0,0632(X1)
0,0084
30-39
34
D = 1,1422 - 0,0544(X1)
0,0087
40-49
35
D = 1,1620 - 0,0700(X1)
0,0082
50-72
24
D = 1,1715 - 0,0779(X1)
0,0092
17-72
209
D = 1,1765 - 0,0744(X1)
0,0103
FEMININO 16-19
29
D = 1,1549 - 0,0678(X1)
0,0089
20-29
100
D = 1,1599 - 0,0717(X1)
0,0109
30-39
58
D = 1,1423 - 0,0632(X1)
0,0125
40-49
48
D = 1,1333 - 0,0612(X1)
0,0107
50-68
37
D = 1,1339 - 0,0645(X1)
0,0082
16-68
272
D = 1,1567 - 0,0717(X1)
0,0116
Onde: X1 = Log10(TR + BI + SE + SI); EPE= erro padrão de estimativa.
114
ANEXO VIII Equações Generalizadas de JACKSON & POLLOCK (1978) para Estimar da Densidade Corporal em Homens de 18-61 Anos de Idade (n=308). Variáveis Antropométricas Equações de Regressões R EPE SOMATÓRIO DE SETE DOBRAS CUTÂNEAS S, S2, I
D = 1,11200000 - 0,00043499 (X1) + 0,00000055(X1)2 - 0,00028826(X3)
0,902
0,0078
S, S2, I
D = 1,10100000 - 0,00041150(X1) + 0,00000069(X1)2 - 0,00022631(X3) - 0,0059239(X4) + 0,0190632(X5)
0,916
0,0073
LogN S, I
D = 1,21394 - 0,03101(LogN X1) - 0,00029(X3)
0,893
0,0082
LogN S,I,C
D = 1,17615 - 0,02394(LogN X1) - 0,00022(X3) - 0,0070(X4) + 0,02120(X5)
0,917
0,0073
SOMATÓRIO DE TRÊS DOBRAS CUTÂNEAS S, S2, I
D = 1,1093800 - 0,0008267 (X3) + 0,0000016(X2)2 - 0,0002574(X3)
0,905
0,0077
S, S2 , I, C
D = 1,0990750 - 0,0008209(X2) + 0,0000026(X2)2 - 0,0002017(X3) - 0,005675(X4) + 0,018586(X5)
0,918
0,0072
LogN, S, I
D = 1,18860 - 0,03049(LogN X2) - 0,00027(X3)
0,888
0,0083
LogN, S, I, C D = 1,15737 - 0,02288(LogN X2) - 0,00019(X3) - 0,0075(X4) + 0,0223(X5)
0,915
0,0073
Onde: S = Somatório de dobras cutâneas (mm); C = Circunferências (cm); X1 = S, peitoral, axilar, tricipital, subescapular, abdominal, supra-ilíaca e coxa; X2 = soma das dobras cutânea: peitoral, abdominal e coxa; X3 = idade em anos; X4 = C, cintura; X5 = C, do antebraço. EPE= erro padrão de estimativa; DC2 = somatório de dobras cutâneas elevado ao quadrado; I = idade em anos.
115
ANEXO IX Equações Generalizadas de JACKSON, POLLOCK & WARD (1980) para Estimar a Densidade Corporal de Mulheres Adultas de 18-55 anos de Idade (n = 249). Variáveis Equações de Regressões R EPE Antropométricas SOMATÓRIO DE SETE DOBRAS CUTÂNEAS DC, DC2, I
D = 1,0970 - 0,00046971(X1) + 0,00000056(X1)2 - 0,00012828(X4) 0,852
0,0083
LogN, DC, I
D = 1,23173 - 0,03841(LogN X1) - 0,00015(X4).
0,0084
2
DC, DC , C
0,850
2
D = 1,1470 - 0,00042359(X1) + 0,00000061(X1) - 0,00065200(X5) 0,865
0,0088
LogN, DC, C D = 1,25475 - 0,03100(LogN X1) - 0,00068(X5)
0,864
0,0080
DC, DC2 ,C, I D = 1,1470 - 0,00042930(X1) + 0,00000065(X1)2
0,867
0,0079
- 0,00009975(X4) - 0,00062415(X5) Log DC,I,C
D= 1,25186 - 0,03048(LogN X1) - 0,00011(X4) - 0,00064(X5)
0,867
0,0079
0,849
0,0084
0,845
0,0085
DC, DC , C
D = 1,1443913 - 0,0006523(X2) + 0,0000014(X2) - 0,0006053(X5) 0,861
0,0081
LogN, DC, C
D = 1,24374 - 0,03162(LogN X2) - 0,00066(X5).
SOMATÓRIO DE QUATRO DOBRAS CUTÂNES 2
DC, DC , I
D = 1,0960950 - 0,0006952(X2) + 0,0000011(X2)2 - 0,0000714(X4).
Log DC, I 2
2
DC, DC , C, I
D = 1,21993 - 0,03936(LogN X2) - 0,00011(X4) 2
0,859 0,0081 2
D = 1,1454464 - 0,0006558(X2) + 0,0000015(X2)
0,862 0,0081
- 0,0000604(X4) - 0,0005981(X5). LogN, DC, I, C D = 1,241721 - 0,031069(log X2) - 0,000077(X4) - 0,000635(X5)
0,861 0,0081
SOMATÓRIO DE TRÊS DOBRAS CUTÂNEAS 2
DC, DC , I
D = 1,0994921 - 0,0009929(X3) + 0,0000023(X2)2 - 0,0001392(X4) 0,842
LogN, DC, I
D = 1,21389 - 0,04057(Log X3) - 0,00016(X4)
0,838 0,0087
DC, DC2, C
D = 1,1466399 - 0,0009300(X3) + 0,0000028(X2)2
0,851 0,0084
0,008
- 0,0006171(X5). LogN, DC, C DC, DC2, C, I
D = 1,23824 - 0,03248(LogN X3) - 0,00067(X5) D = 1,1470292 - 0,0009376(X3) + 0,0000030(X3)2
0,849 0,0084 0,854 0,0083
- 0,0001156(X4) - 0,0005839(X5). LogN, DC, I, C D = 1,23530 - 0,03192(LogN X3) - 0,00013(X4)
0,853 0,0083
- 0,00062(X5)
Onde: DC = dobra cutânea (mm); X1 = ∑DC, PT, AX, TR, SE, AB, SI, CX; X2 = ∑DC, TR, AB, SI, CX; X3 = ∑DC, TR, CX, SI; X4 = Idade (anos); C = circunferência (cm); X5 = C, glútea; I = idade (anos); LogN DC = logaritmo do ∑DC; EPE = erro padrão de estimativa.
116
ANEXO X Equações Generalizadas de POLLOCK, SCHMIDT & JACKSON (1980) para Estimar a Densidade Corporal em Adultos de Ambos os Sexos. Equações de Regressões
R
EPE
%G
Mulheres Adultas D = 1,0994921 - 0,0009929(X1) + 0,0000023(X1)2 - 0,0001392(I)
0,84
0,009
3,9
D = 1,0902369 - 0,0009379(X2) + 0,0000026(X2)2 - 0,0001087(I)
0,84
0,009
3,9
D = 1,1093800 - 0,0008267(X3) + 0,0000016(X3)2 - 0,0002574(I)
0,91
0,008
3,4
D = 1,1125025 - 0,0013125(X4) + 0,0000055(X4)2 - 0,0002440(I)
0,89
0,008
3,6
Homens Adultos
I = idade em anos; X1 = TR + SI + CX; X2 = TR + SI + AB; X3 = PT + AB + CX; X4 = PT + TR + SE; EPE = erro padrão de estimativa.
117
ANEXO XI Equações de THORLAND et al (1984a) para Estimar a Densidade Corporal em Atletas Jovens de Ambos os Sexos. Equações de regressão
R
EPE
Masculino (n= 141) D = 1,1091 - 0,00052(X1) + 0,00000032(X1)2
0,82
0,0055
D = 1,1136 - 0,00154(X2) + 0,00000516(X2)2
0,81
0,0056
D = 1,1046 - 0,00059(X1) + 0,00000060(X1)2
0,82
0,0060
D = 1,0987 - 0,00122(X3) + 0,00000263(X3)2
0,82
0,0060
Feminino (n= 133)
X1 = Soma de sete dobras cutâneas, TR, SE, AM, SI, AB, CX e PM. X2 = Soma de três dobras cutâneas, TR, SE e AM. X3 = Soma de três dobras cutâneas, TR, SE e SI. EPE = erro padrão de estimativa.
118
ANEXO XII Estudos de Validação Aplicados a Equação de Sloan (1967)* Estudo original Katch & Sloan McArdle (1967) (1973)
Wilmore & Behnke (1969)
Wilmore et. al. (1970)
Lohman (1981)
Forsyth & Sinning (1973)
Nº
50(a)
53(a)
133(a)
55(b)
61(a)
50(c)
Idade
18-26
19,3
22,0
33,2
d
19-22
Dif. média s.d predito
d d
0,000 0,013
0,0003 0,018
0,004 0,011
0,004 0,011
0,001 0,0079
s.d atual
d
0,014
0,013
0,013
0,010
0,0102
0,84
0,81
0,73
0,70
0,80
0,74
0,0067
0,0082
0,0085
0,0081
0,0061
0,0076
errof 0,0067 0,0082 0,0085 0,0090 * Equação de Sloan: D = 1,1043 - 0,001327(x1) - 0,001310(x2). Onde: x1 = DC coxa(mm), x2 = DC subescapular(mm). a = Estudantes universitários. b = Homens de meia idade. c = Atletas. d = Valores não reportados. EPE = erro padrão de estimativa f = Erro constante.
0,0070
0,0077
r EPE
119
ANEXO XIII Equações de FORSYTH & SINNING (1973) para Estimar a Densidade Corporal em Atletas do Sexo Masculino. Equações de Regressão
R
EPE
D = 1,03523 - 0,00156(SE) + 0,00207(X1) - 0,00140(AB)
0,87
0,005
D = 1,02967 - 0,00131(SE) + 0,00196(X1) - 0,00126(AB) - 0,00096(TR) + 0,00260(X2) - 0,00114(X3)
0,90
0,005
D = 1,10300 - 0,00168(SE) - 0,00127(AB)
0,82
0,006
D = 1,10647 - 0,00162(SE) - 0,00144(AB) - 0,00077(TR) + 0,00071(PT)
0,84
0,006
D = 1,02415 - 0,00169(SE) + 0,00444(H) - 0,00130(AB)
0,86
0,005
D = 1,03316 - 0,00164(SE) + 0,00410(H) - 0,00144(AB) - 0,00069(TR) + 0,00062(PT)
0,87
0,005
H = Estatura (dm); X1 = Diâmetro bitrocanteriano (cm); X2= Diâmetro do fêmur (direito + esquerdo, cm); X3 =Diâmetro biiliaco (cm).
120
ANEXO XIV Fidedignidade das Mensurações Antropométricas e do Peso Submerso (n=20). Variáveis
teste x s
Peso (kg)
65,85 9,99
65,98
9,86
0,998
-0,97 0,34
2,53 0,99
2,55
1,04
0,993
-1,18 0,25
Peso submerso (kg)
reteste x s
r
t
p
DOBRAS CUTÂNEAS (mm) Subescapular
12,00 4,77
11,98
4,84
0,980
0,12 0,91
Tricipital
14,77 8,01
14,50
8,00
0,984
0,87 0,40
Bicipital
5,00 2,61
5,05
2,89
0,963
-0,25 0,80
Peitoral
7,86 4,18
7,60
3,74
0,968
1,02 0,32
Axilar média
9,08 5,10
9,52
5,08
0,960
-1,39 0,18
Supra-ilíaca
10,76 5,91
10,89
6,24
0,973
-0,40 0,70
Addominal
17,37 8,95
17,26
9,28
0,982
0,27 0,79
Coxa
22,12 11,78
21,85 11,85
0,988
0,67 0,51
Panturrilha
11,78 6,41
12,12
0,966
-0,90 0,38
6,76
CIRCUNFERÊNCIAS (cm) Antebraço
25,32 2,09
25,34
2,05
0,987
-0,34 0,74
Braço Relaxado
26,69 2,09
26,68
2,07
0,969
0,09 0,93
Abdominal
74,67 6,55
74,39
6,14
0,990
1,28 0,22
Coxa
57,12 4,72
57,14
4,37
0,979
-0,14 0,89
Panturrilha
36,21 2,58
36,27
2,56
0,977
-0,52 0,61
DIÂMETROS (cm) Bimaleolar
7,00 0,60
6,92 0,63
0,970
2,23 0,04
Fêmur
9,60 0,66
9,67 0,69
0,981
-2,46 0,02
Biestilóide
5,49 0,52
5,47 0,50
0,988
1,34 0,20
Úmero
6,63 0,65
6,61 0,63
0,985
0,98 0,34
121
ANEXO XV Características Antropométricas das Amostras do Sexo Feminino REGRESSÃO (n = 213) x
s
Variação
VALIDAÇÃO (n = 68) x
s
Variação
.UTÂNEAS (mm) Subescapular
13,34
5,54
5,00-35,00
13,45
5,47
6,00-37,00
Tricipital
19,53
5,52
5,00-38,00
19,72
5,35
11,00-33,00
Bicipital
7,74
3,45
2,00-19,00
7,69
3,23
3,50-18,00
Peitoral
9,74
4,37
2,00-25,00
9,80
4,06
3,50-19,00
Axilar média
10,83
5,84
3,00-27,00
11,23
5,61
4,00-33,00
Supra-ilíaca
12,80
6,57
3,00-31,00
13,43
6,49
5,00-36,00
Abdominal
22,59
8,00
6,00-45,00
23,75
6,52
12,00-42,00
Coxa
30,45
7,62
13,00-52,00
29,13
7,27
10,50-46,00
Panturrilha
17,53
6,20
4,00-35,00
17,27
5,70
7,50-33,50
CIRCUNFERÊNCIAS (cm) Antebraço
22,98
1,26
20,00-26,70
22,69
1,25
20,00-25,50
Braço
24,68
2,07
20,30-32,0
24,55
1,96
21,00-30,00
Abdômen
68,34
6,48
51,50-94,50
67,68
5,36
57,50-86,50
Coxa
55,48
4,11
47,50-66,50
54,27
3,91
46,50-63,00
Perna
34,53
2,20
29,70-43,00
34,14
2,05
29,50-39,50
DIÂMETROS (cm) Biestilóide
5,07
0,29
4,40-6,40
4,99
0,30
4,50-5,90
Biepicondiliano
6,09
0,31
5,10-6,80
6,00
0,37
4,95-6,95
Bicondiliano
9,16
0,49
7,96-10,60
9,00
0,49
7,80-10,15
Bimaleolar
6,35
0,33
5,40-7,50
6,23
0,38
5,45-7,10
122
ANEXO XVI Características Antropométricas das Amostras do Sexo Masculino REGRESSÃO (n = 304) x
s
Variação
VALIDAÇÃO (n = 87) x
s
Variação
Dobra cutânea (mm) Subescapular
13,16
5,42
2,00-30,00
13,31
5,31
6,00-34,50
Tricipital
11,21
5,17
2,50-28,00
10,47
5,32
4,00-27,00
Bicipital
4,76
2,96
1,50-20,50
4,67
3,23
1,50-20,00
Peitoral
10,67
6,48
2,50-33,00
10,79
6,75
2,50-31,50
Axilar média
11,83
7,43
3,00-37,50
11,89
7,79
3,00-36,00
Supra-ilíaca
14,23
8,59
3,00-44,00
14,10
8,44
3,00-39,50
Abdominal
20,89
11,02
4,00-52,00
21,34
11,44
5,00-45,00
Coxa
15,07
7,10
3,00-38,00
13,69
7,32
4,50-41,00
8,36
4,50
2,00-38,00
7,45
4,03
3,00-25,50
Panturrilha
Circunferência (cm) Antebraço
26,48
1,46
23,20-31,50
26,54
1,49
22,70-30,50
Braço
27,88
2,32
20,50-34,70
28,11
2,18
23,70-30,50
Abdômen
81,43
8,15
59,00-107,50
81,57
7,53
65,50-107,00
Coxa
56,36
4,17
45,00-66,00
56,25
4,09
44,50-67,00
Perna
37,05
2,48
29,00-44,50
37,12
2,49
30,50-44,50
Diâmetros (cm) Biestilóide
5,78
0,33
5,15-7,10
5,81
0,32
5,20-7,20
Biepicondiliano
6,98
0,37
5,75-7,90
6,98
0,36
5,45-7,85
Bicondiliano
9,97
0,52
8,25-11,75
9,97
0,40
9,00-11,20
Bimaleolar
7,18
0,37
6,00-8,20
7,14
0,34
6,00-7,90
123 ANEXO XVII
Equações Estimativas da Densidade Corporal em Mulheres Utilizadas na Análise de Validação Cruzada EQUAÇÕES ESTIMATIVAS DA DENSIDADE CORPORAL
IDADE
R
EPE
18-55
0,852
0,0083
18-55 18-55 18-55 18-55 18-55
0,850 0,849 0,845 0,842 0,838
0,0084 0,0084 0,0085 0,0086 0,0087
7 D= 1,0902369 - 0,0009379(∑X2,6,7) + 0,0000026(∑X2,6,7)2 - 0,0001087(ID)
18-55
0,84
0,009
THORLAND et al (1984a) THO(84)
ATLE 0,82 0,82
0,0060 0,0060
JACKSON et al (1980) JP&W(80) 1 D= 1,0970 - 0,0004671(∑X1,2,4,5,6,7,8) + 0,00000056(∑X1,2,4,5,6,7,8)2 - 0,00012828(ID) 2 D= 1,23173 - 0,03841 LgN(∑X1,2,4,5,6,7,8) - 0,00015(ID) 3 D= 1,0960950 - 0,0006952(∑X2,6,7,8) + 0,0000011(∑X2,6,7,8)2 - 0,0000714(ID) 4 D= 1,21993 - 0,03936 LgN(∑X2,6,7,8) - 0,00011(ID) 5 D= 1,0994921 - 0,0009929(∑X2,6,8) + 0,0000023(∑X2,6,8)2 - 0,0001392(ID) 6 D= 1,21389 - 0,04057 LgN(∑X2,6,8) - 0,00016(ID) POLLOCK et al (1980) PS&J(80)
8 D= 1,1046 - 0,00059(∑X1,2,5,6,7,8,9 ) + 0,00000060(∑X1,2,5,6,7,8,9 ) 9 D= 1,0987 - 0,00122(∑X1,2,6) + 0,00000263(∑X1,2,6)2
2
11-19 11-19
DURNIN & WOMERSLEY (1974) D&W(74) 10 11 12 13 14
D= 1,1567 - 0,0717 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1549 - 0,0678 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1559 - 0,0717 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1423 - 0,0632 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1333 - 0,0612 Log10(∑X1,2,3,6)
16-68 16-19 20-29 30-39 40-49
0,0116 0,0089 0,0109 0,0125 0,0107
DURNIN & RAHMAN (1967) D&R(67) 15 D= 1,1581 - 0,0720 Log10(∑X1,2,3,6)
18-30
0,778
0,0096
18-29 18-29 18-29 18-29 18-29 18-29 18-29 18-29
0,751 0,831 0,853 0,860 0,860 0,856 0,857 0,856
0,0067 0,0056 0,0053 0,0052 0,0052 0,0052 0,0052 0,0052
18-27
0,80
0,0094
18-27 18-27
0,77 0,78
0,0100 0,0098
18-22 30-50 18-22
0,775 0,856 0,806
0,0091 0,0076 0,0085
GUEDES (1985) GUE(85) 16 17 18 19 20 21 22 23
D= 1,12922 - 0,06601 Log10(X2) D= 1,14812 - 0,06401 Log10(∑X6,8) D= 1,16650 - 0,07063 Log10(∑X1,6,8) D= 1,18452 - 0,07508 Log10(∑X1,2,6,8) D= 1,18588 - 0,07417 Log10(∑X1,2,3,6,8) D= 1,19665 - 0,07634 Log10(∑X1,2,3,6,8,9) D= 1,19748 - 0,07419 Log10(∑X1,2,3,6,7,8,9) D= 1,19863 - 0,07343 Log10(∑X1,2,3,5,6,7,8,9)
KACTH & McARDLE (1973) K&M(73) 24 D= 1,14465 - 0,00150(CBR) - 0,00105(CAB) + 0,00448(CAT) - 0,00168(CCX) 25 D= 1,08347 + 0,00060(X2) - 0,00151(X1)- 0,00097(X8) 26 D= 1,14389 - 0,00114(X1) - 0,00149(CCX) POLLOCK et al (1975) P et al (75) 27 D= 1,0852 - 0,0008(X1) - 0,0011(X8) 28 D= 1,0754 - 0,0012(X5) - 0,0007(X8) 29 D= 1,1295 - 0,0007(X6) - 0,0008(X8) - 0,0059(FE) SLOAN et al (1962) SLO(62)
124 30 D= 1,0764 -0,00081(X6) - 0,00088(X2)
18-27
0,71
0,0082
ANEXO XVIII
Equações Estimativas da Densidade Corporal e/ou %G em Homens Utilizadas na Análise de Validação Cruzada EQUAÇÕES ESTIMATIVAS DA DENSIDADE CORPORAL E %G JACKSON & POLLOCK (1978) J&P(78) 01 D= 1.1120 - 0.00043499(∑X1,2,4,5,6,7,8) + 0,00000055(∑X1,2,4,5,6,7,8)2 - 0,00028826(ID) 02 D= 1,1010 - 0,00041150 (∑X1,2,4,5,6,7,8) + 0,00000069(∑X1,2,4,5,6,7,8)2 - 0,000059239(CAB) + 0,000190632(CAT) 03 D= 1,21394 - 0,03101 LgN(∑X1,2,4,5,6,7,8) - 0,00029(ID) 04 D= 1,18860 - 0,03049 LgN(∑X4,7,8) - 0,00027(ID) 05 D= 1,109380 - 0,0008267(∑X4,7,8) + 0,0000016(∑X4,7,8)2 - 0,0002574(ID) 06 D= 1,0990750 - 0,0008209(∑X4,7,8) + 0,0000026(∑X4,7,8)2 - 0,0002017(ID) - 0,00005675(CAB) + 0,00018586(CAT) 07 D= 1,17615 - 0,02394 LgN(∑X1,2,4,5,6,7,8) - 0,00022(ID) - 0,000070(CAB) + 0,0002120(CAT) 08 D= 1,15737 - 0,02288 LgN(∑X4,7,8) - 0,00019(ID) - 0,000075(CAB) + 0,000223(CAT)
IDADE
R
EP
18-61
0,902
0,0078
18-61
0,916
0,0073
18-61 18-61 18-61 18-61
0,893 0,888 0,905 0,918
0,0082 0,0083 0,0077 0,0072
18-61
0,917
0,0073
18-61
0,915
0,0073
18-61
0,89
0,008
0,92
0,0071
0,82 0,81
0,0055 0,0056
POLLOCK, SCHMIDT & JACKSON (1980) PS&J(80) 09 D= 1,1125025 - 0,0013125(∑X1,2,4) + 0,0000055(∑X1,2,4)2 - 0,0002440(ID) LOHMAN (1981) LOH(81) 10 D= 1,0982 - 0,000815(∑X1,2,7) + 0,00000084(∑X1,2,7)2 THORLAND et al (1984a) THO(84) 11 D= 1,1091 - 0,00052(∑X1,2,5,6,7,8,9) + 0,00000032(∑X1,2,5,6,7,8,9) 12 D= 1,1136 - 0,00154(∑X1,2,5) + 0,00000516(∑X1,2,5)2
ATLE 2
14-19 14-19
DURNIN & WOMERSLEY (1974) D&W(74) 13 14 15 16 17 18
D= 1,1765 - 0,0744 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1620 - 0,0630 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1631 - 0,0632 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1422 - 0,0544 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1620 - 0,0700 Log10(∑X1,2,3,6) D= 1,1715 - 0,0779 Log10(∑X1,2,3,6)
DURNIN & RAHMAN (1967) R&R(67) 19 D= 1,1610 - 0,0632 Log10(∑X1,2,3,6)
17-72 17-19 20-29 30-39 40-49 50 >
0,0103 0,0073 0,0084 0,0087 0,0082 0,0092
18-34
0,835
0,0069
19-22 19-22 19-22 19-22
0,82 0,84 0,86 0,87
0,006 0,006 0,005 0,005
FORSYTH & SINNING (1973) F&S(73) 20 21 22 23
D= 1,10300 - 0,00168(X1) - 0,00127(X7) D= 1,10647 - 0,00162(X1) - 0,00144(X7) - 0,00077(X2) + 0,00071(X4) D= 1,02415 - 0,00169(X1) + 0,00444(ES/10) - 0,00130(X7) D= 1,03316 - 0,00164(X1) + 0,00410(ES/10) - 0,00144(X7) - 0,00069(X2) + 0,00062(X4)
125
Continuação da ANEXO XVIII... EQUAÇÕES ESTIMATIVAS DA DENSIDADE CORPORAL E %G
IDADE
R
EP
17-27 17-27 17-27 17-27 17-27 17-27 17-27 17-27
0,864 0,880 0,894 0,894 0,894 0,899 0,904 0,901
0,0064 0,0061 0,0057 0,0057 0,0057 0,0056 0,0055 0,0055
18-24 18-24 18-24
0,86 0,89 0,86
0,0072 0,0066 0,0072
18-22 18-22 40-50
0,81 0,82 0,78
0,0082 0,0080 0,0082
18-26
0,84
0,0067
18-25
0,76
2,89
26-40
0,73
4,3
GUEDES (1985) GUE(85) 24 25 26 27 28 29 30 31
D= 1,13060 - 0,05437 Log10(X7) D= 1,15929 - 0,06550 Log10(∑X2,7,) D= 1,17136 - 0,06706 Log10(∑X2,6,7,) D= 1,18282 - 0,07030 Log10(∑X2,5,6,7,) D= 1,20436 - 0,07848 Log10(∑X1,2,5,6,7) D= 1,21546 - 0,08119 Log10(∑X1,2,5,6,7,8) D= 1,22098 - 0,08214 Log10(∑X1,2,5,6,7,8,9) D= 1,22627 - 0,08384 Log10(∑X1,2,3,5,6,7,8,9)
KACTH & McARDLE (1973) K&M(73) 32 D= 1,09665 - 0,00103(X2) - 0,00056(X1) - 0,00054(X7) 33 D= 1,10986 - 0,00083(X2) - 0,00087(X1) - 0,00098(CAB) + 0,00210(CAT) 34 D= 1,12691 - 0,00357(CBR) - 0,00127(CAB) + 0,00524(CAT) POLLOCK et al (1976) P et al (76) 35 D= 1,09478 - 0,00103(X4) - 0,00085(X8) 36 D= 1,09716 - 0,00065(X4) - 0,00055(X1) - 0,00080(X8) 37 D= 1,07660 - 0,00098(X4) - 0,00053(X5) SLOAN (1967) SLO(67) 38 D= 1,1043 - 0,001327(X8) - 0,001310(X1) YUHASZ (1962) YUH(62) 39 %G = 3,1654 + 0,0156(X4) + 0,0894(X2) - 0,0240(X1) + 0,00148(X6) + 0,2552(X7) + 0,2122(X8) 40 %G = 4,3806 + 0,2773(X4) + 0,1096(X2) + 0,1866(X1) - 0,2259(X6) + 0,1738(X7) + 0,1694(X8) FAULKNER (1968) FAU(68) 41 %G = 5,783 + 0,153(∑X1,2,6,7) Obs: Valores de Circunferências em cm.
18-25
126
ANEXO XIX Informações Sobre a Equação de FAULKNER (1968) From: John.A.Faulkner@um .cc.umich.edu. Date: Tue, 25 Oct 94 13:35:28 EDT To: PIRESNET%
[email protected] Subject: same Dear Mr. Pires-Neto: I have not done research on body composition for some 25 years. The equation to which you refer was a general equation not specifically designed for swimmers. There were a number that we in the literature at that time, but I cannot give you a name much less a reference. People that are currently doing work on body composition - Victor Katch are at University of Michigan, or Jack Wilmore, Departament of Kinesiology, University of Texas, Austin, Texas, 77092 might knou. Sorry that I could not be of more assistance. Good luck, Sincerely, John Faukner.