Terapia Da Alegria

Terapia da Alegria Brincadeiras, arte e muita música quebram a rotina hospitalar e fortalecem as crianças internadas. Especialistas em besteirologia, os Doutores da Alegria transformam soro em caipirinha e maca em carro de corrida para divertir as crianças hospitalizadas. Terapia implantada em 1991, por Wellington Nogueira, o Dr. Zinho. "Os bebês também conversam". Para eles, a equipe do Dr. Zinho reservam tratamentos suaves e relaxantes como música e bolhas de sabão. Com música vai! Uérique de Maceno Garcia foi o primeiro brasileiro a ganhar uma canção personalizada da Songs of Love, entidade sem fins lucrativo, criada nos Estados Unidos por iniciativa do brasileiro John Beltzer. Motivado pela perda de um irmão gêmeo e pelo sonho de ambos de triunfar como músicos, John criou o projeto há dois anos e já fez a alegria de mais de 500 crianças americanas que, como Uérique, sofrem de doenças crônicas. "A música faz a criança se sentir especial, despertando-a para o fato de que sua doença é apenas uma circunstância", esclarece a psicólogo Lotty Lianza, representante da Songs of Love no Brasil. A entidade possui um esquema de distribuição de questionários nos hospitais, por meio dos quais os pais contam as preferências da criança, como comida, amigos e brincadeiras. Os dados chegam a uma rede de compositores e cantores voluntários, que preparam a canção. "Ela nunca fala de doença nem de morte e, no máximo em 30 dias, o homenageado recebe a gravação", explica Lotty. A canção feita para Uérique fala de jogos de xadrez, uma de suas paixões. Segundo sua mãe, ela funcionou como uma injeção de ânimo para o garoto. "Ele estava muito deprimido, parecia que não sairia mais do hospital", recorda Margarida Rodrigues Gomes. "A música o ajudou muito, ele ficou maravilhado e o resto da internação foi bem menos sofrida". No dia de seu aniversário, comemorado logo após a saída do hospital, Uérique tocou sua canção favorita para os amigos. "Até hoje, quando a escuto, ela me faz bem", garante o menino. Revista Crescer, maio/98, pág.52. Por Solange Barreira. Fonte: http://www.indomus.com.br/musicaliza/artigos_e_textos.htm