Terapeutica Em Periodontia

  • June 2020
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¥ ³Doenças periodontais infecciosas são afecções que acometem os tecidos de sustentação dos dentes, podendo apresentar-se clinicamente de diferentes formas, desde aquelas que não deixam seqüelas até as mais agressivas, indutoras de danos irreversíveis´. (Cassiano Rosing)

¥ }   que compromete os tecidos marginais do periodonto. ¥ m   ˜ que acarreta perda das estruturas de suporte.

¥ Æstudo de Loe, Theilade e Jensen (1965) 8                          

            

          

¥ Æm 1973, Lindhe, Hamp e Loe acúmulo de placa por períodos prolongados propaga a bactéria para o ambiente subgengival ± continuidade do processo inflamatório ± dano tecidual ± perda de inserção do tecido conjuntivo (Periodontite).

¥ Ý importante caracterizar as placas supra e subgengivais pois irá influenciar na abordagem terapêutica. ‡ A primeira apresenta diversidade bacteriana pequena; bactérias anaeróbias facultativas, cocos e bacilos Gram-positivos ± dieta. ‡ A segunda é mais patogênica, com maior diversidade, bactérias anaeróbias estritas Gramnegativas, espirilos,espiroquetas ± metabolismo centrado em proteínas ± ecossistema do sulco gengival. ¥ Loesche, 1976 ± somente algumas realmente patogênicas, com potencial de causar danos teciduais.

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¥ Doenças periodontais ± consideradas como um processo saúde/doenças periodontal. ¥ Processo dinâmico, comprometendo períodos com maior ou menor atividade de doença Dependente do hospedeiro. ¥ Poucas gengivites evoluirão para uma periodontite.

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¥ }      não relacionada com a placa bacteriana ± relacionada com vírus herpes simples ± não suscetível a anti-bacterianos. ¥ m   bactérias mais patogênicas; localização mais difícil juntamente com medidas mecânicas ± pode-se lançar mão de anti-sépticos e antibióticos para controle químico-biológico ; inflamação dos tecidos conjuntivos.

¥ A base para o tratamento das doenças periodontais consiste do debridamento mecânico do biofilme dental, o controle da placa e a eliminação de fatores de risco. ‡ ANTI-SÝPTICOS /ANTIBIOTICOS como coadjuvantes. ‡ ©                      ‡                 ‡          ‡        

¥ Antibioticoterapia com cautela (Æ ÆITOS ADVÆRSOS). ¥ Não deve ser tratamento único, no manejo terapêutico, pois não interfere com elementos envolvidos no processo de perda ligamentar e aumenta resistência bacteriana. ‡ Obs˜ fármacos que inibem o metabolismo das cicloxigenases nas células do hospedeiro, reduzem atividade de metaloproteinases ou inativam células de reabsorção óssea.

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¥ Abscessos do periodonto ¥ Com base na localização divididos em˜ ‡ Gengivais; „   ‡ Periodontais;      ‡ Pericoronários (pericoronarites)

¥ Tratamento˜ ‡ Descontaminação local Drenagem da coleção purulenta. ‡ Instrumentação periodontal com ou sem acesso cirúrgico. ‡ Meticuloso controle do biofilme dental.

¥ Avaliar a necessidade de antibioticoterapia, indicada somente se constatada˜ ‡ Disseminação local ou ‡ Manifestações sistêmicas do processo infeccioso ± dificuldade de abrir a boca, linfadenite e febre

¥ Sedação consciente Midazolam(7,5 ou 15mg), por via oral, concomitantemente ao antimicrobiano. ¥ Anti-sepsia intrabucal 15mL de digluconato de clorexidina a 0,2% por 1 min. ¥ Anti-sepsia extrabucal digluconato de clorexidina a 0,2%. ¥ Anestesia local Lidocaína 2% associada a epinefrina(1˜100.000) Prilocaina 3% com felipressina.

¥ Protocolo farmacológico complementar a drenagem cirúrgica˜ ¥ "     !"  ! !!  !!    ! !!  !!   ! !  !!   "  #" $% &    ' #(% )*             +  #(%    #,-- %

¥ Medicação pós-operatório Amoxicilina 500mg, a cada 8h. Azitromicina 500mg, a cada 24h ou Clindamicina 300 mg, a cada 8h. ¥ Inicialmente com duração de 3 dias, com 72h reavaliar quadro. ¥ Para controle da DOR˜ ma dose de dipirona Sódica 500mg ou paracetamol 750mg logo apos a intervenção. Doses de manutenção, dor persistente, no intervalo de 4h para dipirona e de 6h para paracetamol, por 24h.

¥ Tratamento endodôntico convencional, com medicação como coadjuvante.

¥ }   .   /  #}./%  0   .   /  #0./% ¥ GN e uma doença infecciosa aguda e de curta duração. ‡ Caracterizada pela ulceração e necrose das margens gengivais e destruição das papilas interdentais. ‡ 0     e 1       ‡ 2       '   "    #"34% 5                  

¥ GN se diferencia das outras gengivites por˜ ‡ Necrose papilar e ulceração nas pontas das papilas interdentais(podendo inverter o contorno gengival); ‡ ormação de pseudomembrana de cor amareloacinzentada; ‡ Tendência ao sangramento gengival espontâneo ‡ Dor gengival intensa(repuxamento) ‡ Mal estar ‡ ebre(pouco comum) ‡ Linfadenite ‡ Hálito fétido.

¥ PN ± Periodontite lcerativa Necrosante ‡ Afeta 2% a 8% dos HIV positivos ‡ Destruição rápida e generalizada do periodonto de inserção e osso alveolar; ‡ Seqüestros ósseos; ‡ Dor severa; ‡ Sangramento espontâneo; ‡ Necrose de tecido mole; ‡ Destruição do ligamento periodontal; ‡ Normalmente envolve perda de elementos dentários.

¥ Tratamento˜ ¥ GN e PN são semelhantes. ¥ HIV positivos não respondem convencional.

ao

tratamento

¥ Tratamento˜ ¥ Anestesia local infiltrativa submucosa ¥ Remoção de placa e calculo, com instrumentação supra e subgengival. ¥ Irrigar com solução fisiológica(cloreto de sódio 0,9%), para remoção de coágulos e detritos.

¥ Tratamento˜ ¥ Prescrever bochechos com 15mL de uma solução de digluconato de clorexidina a 0,12%, a cada 12h, por uma semana. ¥ Orientação quanto a higiene oral. ¥ Para alivio da dor,dipirona sódica 500mg ou paracetamol 750mg, no intervalo de 4h e 6h respectivamente, por 24h

Agendar consulta de retorno apos 24 ou 48h. ‡ Metronidazol 250mg, a cada 8hr, ou 400mg, a cada 12hrs pelo período de 3 a 5 dias. ¥ Planejar tratamento definitivo.

¥ Características microbiológicas do nicho ecológico. ¥ COMPLÆMÆNTAR ‡ ANTI-SÝPTICOS˜

¥ Å    ‡ Inibe formação de placas ‡ Æficaz no manejo de gengivites e microbiota cariogênica ‡ Altera aderência e modifica a parede celular das bactéria ± lise ‡ Atinge bactérias Gram-positivas, negativas e leveduras ‡ Alta substantividade (permanecer ativa na cavidade bucal); ‡ Não prescrever por período prolongado

¥ 3   6    ‡ a base de cobre, estanho, zinco e prata ± efeitos clínicos semelhantes a clorexidina; porém com maior efeitos adversos ‡ Pouco se sabe sobre sua utilização continuada. ¥      ± adjuvantes ± óleos essenciais e triclosam ‡ Listerine (bochecho) ± contém mentol, timol, eucaliptol e metilsalicilato. ‡ Triclosam ± redução de placa em torno de 25 a 30% - dentifrícios ± pouca substantividade).

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‡ Ideal Identificar microorganismos causadores da doença e analisar sua sensibilidade ao antimicrobianos de escolha. ‡ Normalmente antibioticoterapia presuntiva.

¥ Preferem-se antibióticos que atinjam altas concentrações no fluido crevicular gengival. ‡ Destacam-se penicilinas, tetraciclinas e metronidazol.

¥ Penicilinas ‡ Atuam sobre microorganismos da placa supra gengival. ‡ Æficácia igual das medidas mecânicas. ‡ Betalactamases no ambiente subgengival (periodontites) a inibem. ‡ Resistência primaria do  7    

¥ Penicilinas ‡ São utilizadas para quimioprofilaxia de endocardite bacteriana Amoxicilina ‡ Acessos periodontais com envolvimento sistêmico penicilina V ou amoxicilina. ‡ Periodontites refratarias/recorrentes amoxicilina a acido clavulânico. ‡ Obs˜ Clindamicina e Æritomicina para alérgicos.

¥ Tetraciclinas ‡ Quelante com íons cálcio; ‡ Atuar eficazmente contra o  7     ‡ Concentra-se de 2 a 10x mais no fluido crevicular gengival que no plasma; ‡ Impregnar a superfície radicular. ‡ Inibe atividade colagenolitica (inclusive durante o processo de reabsorção óssea) ‡ Obs˜ contra-indicados pra crianças e gestantes.

¥ Tetraciclinas ‡ Tratamento das periodontites de estabelecimento precoce na adolescência e nos adultos jovens; ‡ Doxiciclina e minociclina. ‡ Æm caso de periodontite recorrente; doxiciclina em baixas doses e por longos períodos de tempo(terapia supressiva).

¥ Metronidazol ‡ Gengivite ou Periodontite lcerativa Necrosante (GN e PN), primeira escolha, por destruir as fusobactérias e espiroquetas. ‡ Agente alternativo no tratamento de abscessos periodontais.

¥ Cefalotina ou Cefazolina ‡ Quimioprofilaxia de infecções pós-operatórias em procedimentos que envolvam técnicas regenerativas. ‡ Diversos outros antimicrobianos são estudados, resultados pobres.

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¥ Mais prevalente; ¥ Acima de 30 anos; ¥ Variabilidade microbiana.

¥ Raspagem e alisamento radicular, combinada ou não com cirurgia são à base da terapia periodontal (ANDRADÆ, 2002). ¥ O uso sistêmico de antibiótico na DPC ainda é um dilema.  Indicado somente quando certos patógenos escapam da ação da instrumentação mecânica.  Somente 4 a 8% dos pacientes responde mal a terapia convencional.

¥ Os antibióticos devem ser considerados como adjuntos dos procedimentos de ordem local; ¥ O uso de drogas potentes pressupõe um diagnóstico clínico adequado˜  Debridamento mecânico;  Análise microbiológica quando indicado.

1. A terapia periodontal inicial deve incluir debridamento mecânico, seguido por cirurgia de acesso; 2. Prescrição de antibióticos baseado na necessidade de futuros tratamentos, nos achados dos testes microbiológicos, no estado sistêmico atual e na medicação de uso continuo do paciente; 3. Avaliação da resposta clínica 1 a 3 meses após o tratamento mecânico; 4. Verificar a eliminação dos ³patógenos-alvo¶¶ 5. Após a resolução da infecção periodontal, o paciente deve ser inserido num programa de manutenção individual.

¥ A grande maioria das vezes esta associada a      7     (Aa);  Tratamento beneficiado pelo uso sistêmico de antibióticos. ¥ O tratamento mais indicado consiste no debridamento mecânico e uso de associação de amoxicilina e metronidazol.  A associação provoca um aumento da taxa de recaptação e sinergismo.

¥ Antibióticos˜ Amoxicilina 375 ou 500mg + Metronidazol 250mg ± 8 em 8h - 7 dias.

¥ Pacientes Alérgicos˜ Doxiciclina 100mg ± 1 drágea ± dose única diária de 14 a 21 dias.

¥ O uso indiscriminado de antibióticos não deve ser estimulado; ¥ Deve ser limitado a pacientes que tenham uma perda continua de suporte periodontal; ¥ Não existe um protocolo padrão com relação ao uso de antibióticos no tratamento dessa doença.

¥ Antibióticos˜ Metronidazol ± 500mg a cada 8h por 8 dias; Clindamicina ± 300mg a cada 8h por 8 dias; Doxiciclina ± 100 a 200mg a cada 24h por 21 dias; Ciprofloxacina ± 500mg a cada 12h por 8 dias; Azitromicina ± 500mg a cada 24h por 4 a 7 dias; ¥ Associações˜ Metronidazol + Amoxicilina ± 250mg ± 8 em 8h - 8 dias Metronidazol + Ciprofloxacina ± 500mg ± 12 em 12h - 8 dias

¥ Dor leve no pós-operatório˜ Gengivectomias Localizadas; Aumento da Coroa Clinica; Cunha Distal;

¥ Pré - Operatório˜ Cálculos grosseiros e placa dental; Raspagem; Jato de bicarbonato de sódio; Pedra-pomes e taça de borracha.

¥ Benzodiazepínicos˜ Midazolam 15mg ± 1h antes do atendimento

Diazepam 5 a 10mg ± 1h antes do atendimento.

¥ Anti-sepsia Intrabucal˜ Digluconato de clorexidina 0,2% ± Bochechar 15ml - 1min

¥ Anti-sepsia Æxtrabucal˜ Digluconato de clorexidina 2%

¥ Anestesia Local˜ Lidocaína 2% + epinefrina 1˜100.000 Mepivacaina 2% + epinefrina 1˜100.000 Articaina 4% + epinefrina 1˜100.000 ¥ Contra Indicação a Æpinefrina Prilocaina 3% + felipressina

¥ Pós-Operatório˜ Dipirona Sódica 500mg ± 4 em 4h ± durante 24h

Paracetamol 750mg ± 6 em 6h ± durante 24h

¥ Maior grau de traumatismo tecidual˜ Cirurgias de Acesso Cirurgias Plásticas Cirurgias Regenerativas ¥ Dor e edema com maior intensidade

¥ Medicação Pré-Operatória Dexametasona ou Betametasona 4mg ±

dose única ± 60min antes do procedimento

¥ Benzodiazepínicos˜ Midazolam 7,5 a 15mg ±

1h antes do atendimento Diazepam 5 a 10mg

±

1h antes do atendimento.

¥ Anti-sepsia Intrabucal˜ Digluconato de clorexidina 0,2% ± Bochechar 15ml - 1min

¥ Anti-sepsia Æxtrabucal˜ Digluconato de clorexidina 2%

¥ Anestesia Local˜ Lidocaína 2% + epinefrina 1˜100.000 Mepivacaina 2% + epinefrina 1˜100.000 Articaina 4% + epinefrina 1˜100.000 ¥ Intervenções Prolongadas˜ Bupivacaína 0,5% + epinefrina 1˜200.000 ¥ Contra Indicação a Æpinefrina Prilocaina 3% + felipressina

¥ Pós-Operatório˜ Dipirona Sódica 500mg ± 4 em 4h ± durante 24h

Paracetamol 750mg ± 6 em 6h ± durante 24h

¥ 6annmacher, L., erreira, M. B. C.     Å       Rio de Janeiro˜ Æditora Guanabara Koogan, 1995. ¥ Seabra, .R.G.; Melo Seabra, B.G.; Gomes Seabra, Æ. ~            Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 3 (1)˜ 11 -16, jan/abr., 2004. ¥ Marques MS, Almeida AP, Lopes MG. ~   ~    Å         Rev. Portuguesa de Æstomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, Volume 46, N°1, 2005. ¥ Andrade,Æ.D.;          São Paulo, Artes Médicas, 1998.

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