¥ ³Doenças periodontais infecciosas são afecções que acometem os tecidos de sustentação dos dentes, podendo apresentar-se clinicamente de diferentes formas, desde aquelas que não deixam seqüelas até as mais agressivas, indutoras de danos irreversíveis´. (Cassiano Rosing)
¥ } que compromete os tecidos marginais do periodonto. ¥ m que acarreta perda das estruturas de suporte.
¥ Æstudo de Loe, Theilade e Jensen (1965) 8
¥ Æm 1973, Lindhe, Hamp e Loe acúmulo de placa por períodos prolongados propaga a bactéria para o ambiente subgengival ± continuidade do processo inflamatório ± dano tecidual ± perda de inserção do tecido conjuntivo (Periodontite).
¥ Ý importante caracterizar as placas supra e subgengivais pois irá influenciar na abordagem terapêutica. A primeira apresenta diversidade bacteriana pequena; bactérias anaeróbias facultativas, cocos e bacilos Gram-positivos ± dieta. A segunda é mais patogênica, com maior diversidade, bactérias anaeróbias estritas Gramnegativas, espirilos,espiroquetas ± metabolismo centrado em proteínas ± ecossistema do sulco gengival. ¥ Loesche, 1976 ± somente algumas realmente patogênicas, com potencial de causar danos teciduais.
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¥ Doenças periodontais ± consideradas como um processo saúde/doenças periodontal. ¥ Processo dinâmico, comprometendo períodos com maior ou menor atividade de doença Dependente do hospedeiro. ¥ Poucas gengivites evoluirão para uma periodontite.
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¥ } não relacionada com a placa bacteriana ± relacionada com vírus herpes simples ± não suscetível a anti-bacterianos. ¥ m bactérias mais patogênicas; localização mais difícil juntamente com medidas mecânicas ± pode-se lançar mão de anti-sépticos e antibióticos para controle químico-biológico ; inflamação dos tecidos conjuntivos.
¥ A base para o tratamento das doenças periodontais consiste do debridamento mecânico do biofilme dental, o controle da placa e a eliminação de fatores de risco. ANTI-SÝPTICOS /ANTIBIOTICOS como coadjuvantes. ©
¥ Antibioticoterapia com cautela (Æ ÆITOS ADVÆRSOS). ¥ Não deve ser tratamento único, no manejo terapêutico, pois não interfere com elementos envolvidos no processo de perda ligamentar e aumenta resistência bacteriana. Obs fármacos que inibem o metabolismo das cicloxigenases nas células do hospedeiro, reduzem atividade de metaloproteinases ou inativam células de reabsorção óssea.
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¥ Abscessos do periodonto ¥ Com base na localização divididos em Gengivais; Periodontais; Pericoronários (pericoronarites)
¥ Tratamento Descontaminação local Drenagem da coleção purulenta. Instrumentação periodontal com ou sem acesso cirúrgico. Meticuloso controle do biofilme dental.
¥ Avaliar a necessidade de antibioticoterapia, indicada somente se constatada Disseminação local ou Manifestações sistêmicas do processo infeccioso ± dificuldade de abrir a boca, linfadenite e febre
¥ Sedação consciente Midazolam(7,5 ou 15mg), por via oral, concomitantemente ao antimicrobiano. ¥ Anti-sepsia intrabucal 15mL de digluconato de clorexidina a 0,2% por 1 min. ¥ Anti-sepsia extrabucal digluconato de clorexidina a 0,2%. ¥ Anestesia local Lidocaína 2% associada a epinefrina(1100.000) Prilocaina 3% com felipressina.
¥ Protocolo farmacológico complementar a drenagem cirúrgica ¥ " !" ! !! !! ! !! !! ! ! !! " #" $% & ' #(% )* + #(% #,-- %
¥ Medicação pós-operatório Amoxicilina 500mg, a cada 8h. Azitromicina 500mg, a cada 24h ou Clindamicina 300 mg, a cada 8h. ¥ Inicialmente com duração de 3 dias, com 72h reavaliar quadro. ¥ Para controle da DOR ma dose de dipirona Sódica 500mg ou paracetamol 750mg logo apos a intervenção. Doses de manutenção, dor persistente, no intervalo de 4h para dipirona e de 6h para paracetamol, por 24h.
¥ Tratamento endodôntico convencional, com medicação como coadjuvante.
¥ } . / #}./% 0 . / #0./% ¥ GN e uma doença infecciosa aguda e de curta duração. Caracterizada pela ulceração e necrose das margens gengivais e destruição das papilas interdentais. 0 e 1 2 ' " #"34% 5
¥ GN se diferencia das outras gengivites por Necrose papilar e ulceração nas pontas das papilas interdentais(podendo inverter o contorno gengival); ormação de pseudomembrana de cor amareloacinzentada; Tendência ao sangramento gengival espontâneo Dor gengival intensa(repuxamento) Mal estar ebre(pouco comum) Linfadenite Hálito fétido.
¥ PN ± Periodontite lcerativa Necrosante Afeta 2% a 8% dos HIV positivos Destruição rápida e generalizada do periodonto de inserção e osso alveolar; Seqüestros ósseos; Dor severa; Sangramento espontâneo; Necrose de tecido mole; Destruição do ligamento periodontal; Normalmente envolve perda de elementos dentários.
¥ Tratamento ¥ GN e PN são semelhantes. ¥ HIV positivos não respondem convencional.
ao
tratamento
¥ Tratamento ¥ Anestesia local infiltrativa submucosa ¥ Remoção de placa e calculo, com instrumentação supra e subgengival. ¥ Irrigar com solução fisiológica(cloreto de sódio 0,9%), para remoção de coágulos e detritos.
¥ Tratamento ¥ Prescrever bochechos com 15mL de uma solução de digluconato de clorexidina a 0,12%, a cada 12h, por uma semana. ¥ Orientação quanto a higiene oral. ¥ Para alivio da dor,dipirona sódica 500mg ou paracetamol 750mg, no intervalo de 4h e 6h respectivamente, por 24h
Agendar consulta de retorno apos 24 ou 48h. Metronidazol 250mg, a cada 8hr, ou 400mg, a cada 12hrs pelo período de 3 a 5 dias. ¥ Planejar tratamento definitivo.
¥ Características microbiológicas do nicho ecológico. ¥ COMPLÆMÆNTAR ANTI-SÝPTICOS
¥ Å Inibe formação de placas Æficaz no manejo de gengivites e microbiota cariogênica Altera aderência e modifica a parede celular das bactéria ± lise Atinge bactérias Gram-positivas, negativas e leveduras Alta substantividade (permanecer ativa na cavidade bucal); Não prescrever por período prolongado
¥ 3 6 a base de cobre, estanho, zinco e prata ± efeitos clínicos semelhantes a clorexidina; porém com maior efeitos adversos Pouco se sabe sobre sua utilização continuada. ¥ ± adjuvantes ± óleos essenciais e triclosam Listerine (bochecho) ± contém mentol, timol, eucaliptol e metilsalicilato. Triclosam ± redução de placa em torno de 25 a 30% - dentifrícios ± pouca substantividade).
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Ideal Identificar microorganismos causadores da doença e analisar sua sensibilidade ao antimicrobianos de escolha. Normalmente antibioticoterapia presuntiva.
¥ Preferem-se antibióticos que atinjam altas concentrações no fluido crevicular gengival. Destacam-se penicilinas, tetraciclinas e metronidazol.
¥ Penicilinas Atuam sobre microorganismos da placa supra gengival. Æficácia igual das medidas mecânicas. Betalactamases no ambiente subgengival (periodontites) a inibem. Resistência primaria do 7
¥ Penicilinas São utilizadas para quimioprofilaxia de endocardite bacteriana Amoxicilina Acessos periodontais com envolvimento sistêmico penicilina V ou amoxicilina. Periodontites refratarias/recorrentes amoxicilina a acido clavulânico. Obs Clindamicina e Æritomicina para alérgicos.
¥ Tetraciclinas Quelante com íons cálcio; Atuar eficazmente contra o 7 Concentra-se de 2 a 10x mais no fluido crevicular gengival que no plasma; Impregnar a superfície radicular. Inibe atividade colagenolitica (inclusive durante o processo de reabsorção óssea) Obs contra-indicados pra crianças e gestantes.
¥ Tetraciclinas Tratamento das periodontites de estabelecimento precoce na adolescência e nos adultos jovens; Doxiciclina e minociclina. Æm caso de periodontite recorrente; doxiciclina em baixas doses e por longos períodos de tempo(terapia supressiva).
¥ Metronidazol Gengivite ou Periodontite lcerativa Necrosante (GN e PN), primeira escolha, por destruir as fusobactérias e espiroquetas. Agente alternativo no tratamento de abscessos periodontais.
¥ Cefalotina ou Cefazolina Quimioprofilaxia de infecções pós-operatórias em procedimentos que envolvam técnicas regenerativas. Diversos outros antimicrobianos são estudados, resultados pobres.
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¥ Mais prevalente; ¥ Acima de 30 anos; ¥ Variabilidade microbiana.
¥ Raspagem e alisamento radicular, combinada ou não com cirurgia são à base da terapia periodontal (ANDRADÆ, 2002). ¥ O uso sistêmico de antibiótico na DPC ainda é um dilema. Indicado somente quando certos patógenos escapam da ação da instrumentação mecânica. Somente 4 a 8% dos pacientes responde mal a terapia convencional.
¥ Os antibióticos devem ser considerados como adjuntos dos procedimentos de ordem local; ¥ O uso de drogas potentes pressupõe um diagnóstico clínico adequado Debridamento mecânico; Análise microbiológica quando indicado.
1. A terapia periodontal inicial deve incluir debridamento mecânico, seguido por cirurgia de acesso; 2. Prescrição de antibióticos baseado na necessidade de futuros tratamentos, nos achados dos testes microbiológicos, no estado sistêmico atual e na medicação de uso continuo do paciente; 3. Avaliação da resposta clínica 1 a 3 meses após o tratamento mecânico; 4. Verificar a eliminação dos ³patógenos-alvo¶¶ 5. Após a resolução da infecção periodontal, o paciente deve ser inserido num programa de manutenção individual.
¥ A grande maioria das vezes esta associada a 7 (Aa); Tratamento beneficiado pelo uso sistêmico de antibióticos. ¥ O tratamento mais indicado consiste no debridamento mecânico e uso de associação de amoxicilina e metronidazol. A associação provoca um aumento da taxa de recaptação e sinergismo.
¥ Antibióticos Amoxicilina 375 ou 500mg + Metronidazol 250mg ± 8 em 8h - 7 dias.
¥ Pacientes Alérgicos Doxiciclina 100mg ± 1 drágea ± dose única diária de 14 a 21 dias.
¥ O uso indiscriminado de antibióticos não deve ser estimulado; ¥ Deve ser limitado a pacientes que tenham uma perda continua de suporte periodontal; ¥ Não existe um protocolo padrão com relação ao uso de antibióticos no tratamento dessa doença.
¥ Antibióticos Metronidazol ± 500mg a cada 8h por 8 dias; Clindamicina ± 300mg a cada 8h por 8 dias; Doxiciclina ± 100 a 200mg a cada 24h por 21 dias; Ciprofloxacina ± 500mg a cada 12h por 8 dias; Azitromicina ± 500mg a cada 24h por 4 a 7 dias; ¥ Associações Metronidazol + Amoxicilina ± 250mg ± 8 em 8h - 8 dias Metronidazol + Ciprofloxacina ± 500mg ± 12 em 12h - 8 dias
¥ Dor leve no pós-operatório Gengivectomias Localizadas; Aumento da Coroa Clinica; Cunha Distal;
¥ Pré - Operatório Cálculos grosseiros e placa dental; Raspagem; Jato de bicarbonato de sódio; Pedra-pomes e taça de borracha.
¥ Benzodiazepínicos Midazolam 15mg ± 1h antes do atendimento
Diazepam 5 a 10mg ± 1h antes do atendimento.
¥ Anti-sepsia Intrabucal Digluconato de clorexidina 0,2% ± Bochechar 15ml - 1min
¥ Anti-sepsia Æxtrabucal Digluconato de clorexidina 2%
¥ Anestesia Local Lidocaína 2% + epinefrina 1100.000 Mepivacaina 2% + epinefrina 1100.000 Articaina 4% + epinefrina 1100.000 ¥ Contra Indicação a Æpinefrina Prilocaina 3% + felipressina
¥ Pós-Operatório Dipirona Sódica 500mg ± 4 em 4h ± durante 24h
Paracetamol 750mg ± 6 em 6h ± durante 24h
¥ Maior grau de traumatismo tecidual Cirurgias de Acesso Cirurgias Plásticas Cirurgias Regenerativas ¥ Dor e edema com maior intensidade
¥ Medicação Pré-Operatória Dexametasona ou Betametasona 4mg ±
dose única ± 60min antes do procedimento
¥ Benzodiazepínicos Midazolam 7,5 a 15mg ±
1h antes do atendimento Diazepam 5 a 10mg
±
1h antes do atendimento.
¥ Anti-sepsia Intrabucal Digluconato de clorexidina 0,2% ± Bochechar 15ml - 1min
¥ Anti-sepsia Æxtrabucal Digluconato de clorexidina 2%
¥ Anestesia Local Lidocaína 2% + epinefrina 1100.000 Mepivacaina 2% + epinefrina 1100.000 Articaina 4% + epinefrina 1100.000 ¥ Intervenções Prolongadas Bupivacaína 0,5% + epinefrina 1200.000 ¥ Contra Indicação a Æpinefrina Prilocaina 3% + felipressina
¥ Pós-Operatório Dipirona Sódica 500mg ± 4 em 4h ± durante 24h
Paracetamol 750mg ± 6 em 6h ± durante 24h
¥ 6annmacher, L., erreira, M. B. C. Å Rio de Janeiro Æditora Guanabara Koogan, 1995. ¥ Seabra, .R.G.; Melo Seabra, B.G.; Gomes Seabra, Æ. ~ Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 3 (1) 11 -16, jan/abr., 2004. ¥ Marques MS, Almeida AP, Lopes MG. ~ ~ Å Rev. Portuguesa de Æstomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, Volume 46, N°1, 2005. ¥ Andrade,Æ.D.; São Paulo, Artes Médicas, 1998.