Tempos Moderno E Trabalho - Apoio

  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Tempos Moderno E Trabalho - Apoio as PDF for free.

More details

  • Words: 1,746
  • Pages: 3
TEMPOS MODERNOS http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=181 Título do Filme: Tempos Modernos (Modern Times, Eua 1936) Direção: Charles Chaplin Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental Duração reduzida para sala de aula: 57min.

Sinopse Este é o primeiro filme, em que Chaplin utiliza o som, mas mantendo características do cinema mudo. Focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a Grande Depressão atingiu toda sociedade norteamericana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome. A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin. O filme focaliza a vida na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas". Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. CHAPLIN E O MODELO TAYLORISTA - FORDISTA 1. A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Criando enormes concentrações urbanas. 2. As primeiras fases da revolução industrial foram marcadas por excessos, descritos na literatura por romancistas como Charles Dickens. Homens, mulheres e crianças eram confinados em fábricas, minas e oficinas durante jornadas de trabalho de até 12 e 14 horas, em deploráveis condições sanitárias e de trabalho. 3. Tendo um cortiço como moradia, os operários ficavam submetidos a jornadas de trabalho enormes, que chegavam até a 80 horas por semana. O salário era medíocre (em torno de 2.5 vezes o nível de substência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam, recebendo um salário ainda menor. 4. A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. 5. Segundo os socialistas, o salário, medido a partir do que é necessário para que o trabalhador sobreviva (deve ser notado de que não existe definição exata para qual seja o "nível minímo de subsistência"), cresceu à medida que os trabalhadores pressionam os seus patrões para tal, ou seja, se o salário e as condições de vida melhoraram com o tempo, foi graças a organização e movimentos organizados pelos trabalhadores. Movimentos 6. Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas. 7. A greve foi estabelecida em lei como instrumento de reivindicação, liderada pelos sindicatos das categorias. 8. Karl Marx e o trabalho 9. Segundo Marx, o lucro não se realiza por meio da troca de mercadorias, que se trocam geralmente por seu valor, mas sim em sua produção. Os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência. Nascia assim o conceito da mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção. Não é essa, porém, para Marx, a característica essencial do sistema capitalista, mas precisamente a apropriação privada dessa mais-valia. A partir dessas considerações, Marx elaborou sua crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os limites da pura economia e se converteu numa reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a história.

1

Quadro 1: Modelos de Produção - Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica TAYLORISMO FORDISMO PÓS-FORDISMO - Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos. - Racionalização da produção. - Controle do tempo. - Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.

- Produção e consumo em massa. - Extrema especialização do trabalho. - Rígida padronização da produção. - Linha de montagem.

- Estratégias de produção e consumo em escala planetária. - Valorização da pesquisa científica. - Desenvolvimento de novas tecnologias. - Flexibilização dos contratos de trabalho.

Taylor e a Qualidade Total http://www.abtg.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=204&Itemid=47 1. Entre o final do século passado e o começo deste, um engenheiro americano chamado Taylor desenvolveu a "organização científica do trabalho". Seu objetivo era elevar ao máximo a produtividade das fábricas. Os seus métodos provocaram mudanças significativas nos processos industriais. 2. Embora algumas dessas idéias ainda possam ser válidas, os programas de Qualidade Total que estão sendo implantados hoje rompem radicalmente com seus princípios centrais. 3. Para Taylor as tarefas dos operários deveriam ser simplificadas ao máximo, de modo que o seu grau de dificuldade fosse o mínimo possível. O fluxo de produção deveria ser dividido e subdividido até que cada trabalhador só realizasse uma ínfima parte do processo como um todo. 4. Esse método foi, posteriormente, levado às últimas conseqüências por Henry Ford. Ford criou as linhas de montagem na sua fábrica de automóveis. 5. Quais as vantagens alegadas para esse tipo organização do trabalho? Em primeiro lugar era extremamente mais fácil treinar operários em tarefas muito simples do que em tarefas complexas. Um trabalhador especializado numa pequena operação podia adquirir habilidade suficiente para faze-la muito rapidamente. 6. Outro princípio do taylorismo era que os operários não deveriam perder tempo pensando sobre o que faziam. Planejar, controlar e introduzir melhorias nos processos era responsabilidade de uma equipe de engenheiros. 7. Aos operários cabia somente usar as mãos, nunca os cérebros. 8. Na época de Taylor essas propostas talvez fizessem sentido. Com o tempo o taylorismo mostrou as sua falhas. Talvez a mais grave seja o fato de que esse método tratava o trabalhador como se fosse máquina. Na verdade ele tinha até menos status que as próprias máquinas já que tinha que adaptar o seu ritmo de trabalho ao dos equipamentos. 9. Nesse tratamento desumano combinava-se com a dificuldade do trabalhador em identificar-se com o produto do seu esforço. Um homem que simplesmente fixava pára-lamas não via o automóvel pronto como obra sua. Ele não era nem ao menos capaz de entender o funcionamento do carro. A única coisa que ele sabia era fixar pára-lamas. Como resultado o operário não sentia orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho. Pessoas que não se orgulham do que fazem, que não vêem importância na sua atividade, dificilmente produzem com qualidade. 10. Outra desvantagem que os empresários hoje percebem é que um enorme potencial estava sendo desperdiçado ao se impedir que os operários opinassem sobre o modo como o trabalho era feito. Mesmo pessoas com pouca cultura escolar tem bom senso suficiente para enxergar problemas simples - que muitas vezes passam desapercebidos aos olhos dos engenheiros - e propor soluções para eles. 11. A parte triste dessa história é que muitas empresas e administradores não perceberam que os tempos mudaram e que novas formas de organização do trabalho se impõem. A implantação da Qualidade Total exige transformações radicais no modo de pensar dos líderes. No entanto, não devemos descartar os aspectos positivos do taylorismo - por exemplo, a própria idéia de que a atividade produtiva deve ser objeto de estudo metódico e racional. Manoel Manteigas de Oliveira é diretor das Escolas SENAI Theobaldo De Nigris e Felício Lanzara e diretor de Tecnologia da ABTG. CENAS DO FILME TEMPOS MODERNOS: Cenário: Uma fábrica com grandes máquinas. Operários sujos, mal cuidados.

2

Cena 1: Carlitos na fábrica Cada grupo de operários executam somente uma mesma tarefa. Carlitos torce roscas. Cena 2: Aumentando a produtividade O presidente manda aumentar a velocidade da máquina, para que os operários produzam mais em menos tempo. O operário Carlitos (Chaplin) vai adquirindo tiques, pelos movimentos repetitivos executados em uma única tarefa. Cena 3: Carlitos troca de turno Carlitos vai ao banheiro descansar. O presidente aparece em uma grande tela, exigindo que volte ao trabalho. Cena 4: A máquina alimentadora Empresários oferecem ao presidente da fábrica uma máquina que alimenta automaticamente o operário enquanto ele trabalha. Carlitos é obrigado a ser cobaia para exibição da eficácia da máquina. Cena 5: Mecanização do operário Carlitos vai se robotizando. Entra em crise. Cai na máquina e se torna parte dela. Cena 6: Alienação de Carlitos É levado ao hospício. Ao sair está desempregado. Ele está sozinho. Cenário: Ruas lotadas de desempregados Cena 7: Manifestações de rua contra o desemprego. Operários desempregados se mobilizam pedindo emprego. Carlitos é confundido com os participantes do movimento e é preso como líder. Cena 8: Moça pobre rouba frutas no cais para o pai desempregado e seus irmãos. Cena 9: O pai da moça é morto em manifestação de rua. Seus irmãos são levados para o orfanato. Ela foge. Cenário: Prisão Cena 10: Um traficante coloca droga no sal durante a refeição. Carlitos, coloca sal na comida e acidentalmente se droga. Fica fora da cela e acaba salvando policiais de uma rebelião de presos e começa a ter tratamento diferenciado. Cena 11: Carlitos é solto, mas quer ficar na cadeia por temer o desemprego. Não tem para onde ir. Com carta de apresentação vai procurar trabalho. Cenário: Moça rouba bisnaga na rua Cena 12: Carlitos a salva dos policiais. Ele faz tudo para ser preso e acaba conseguindo, mas encontra a moça na viatura. Ambos fogem. Cenário: Sonho de moradia, fartura e vida familiar Cena 13: Carlitos e a moça sonham com uma vida melhor e mais digna Cenário: Loja de Departamentos Cena 14: Carlitos consegue emprego em loja e aproveita para alimentar a moça e lhe deixa dormir no setor de cama e mesa. Á noite ele se depara com ex-colegas da fábrica assaltando a loja. De manhã é pego dormindo e é despedido e preso. Cenário: A casa – sonho realizado Cena 15: A moça lhe espera na saída da cadeia e lhe leva para uma casa que conseguiu. sonho da moradia. De manhã tomam o café da manhã e lêem jornal.

Ali procuram realizar o

Cenário: A fábrica reabre Cena 16: Carlitos volta a trabalhar como operário, na função de ajudante de mecânico. Cenário: O restaurante Cena 17: A moça consegue trabalho em restaurante como bailarina e consegue emprego de garçom e cantor para Carlitos. Mas as autoridades do orfanato estão procurando-a e ambos acabam fugindo. Cenário: A estrada da vida Cena 18: A moça está cansada de lutar pela vida, mas Carlitos um sonhador, mantém a esperança. Moça: - Para que tentar? Carlitos: - Erga-se! Não desista! Vamos conseguir!

Fim... para um novo começo! Dramaturgia do Teatro do Oprimido ( TO ): Opressor: aquele que oprime Oprimido: aquele que é oprimido e busca estratégias para confrontar o opressor

3

Related Documents