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  • Pages: 304
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES



I

;

REVI'STAS UNIVERSITARIAS Projetos Inacabados

por Ida Regina Chitto Stumpf

Orientação: Profa. Ora. Jeanne Marie M. Freitas Departamento de Jornalismo e Editoração Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, como requisito parcial para a obtenção do Título de Doutor

São Paulo 1994

em

1

2

3

'

t

I

REVISTAS UNIVERSITÁRIAS Projetos Inacabados

Ida Regina Chitto Stumpf

Banca Examinadora:

Presidente: Membros:

São Paulo,

Iiiii iiiili"" I

em

1

1111

de

de 1994.

I

i ii i i 11111 i1111 i 1111 i111111111 i 111111111 i 111111111 i 111111111 i 1111 i1111 i 1111 i 1111 i1111 i 1111 i1111 i 1111 i111111111 i11111 i li i i i i i i i i ii i i i i i I ii i i i i i i i111 i i i 1111 i 1111 i 1111 i 1111 i1111 i 1111 2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Ao Antonio, ao Alexandre e ao Guilherme.

2

jllllllllllilflllljiiilllliijiiiijiiiijiiiijlllljlllljlllljlllljillijiiiljiiiijiillliliijiillllliijiilillliijiiilllliijiillllliijiiillliiijiiiillllljllllllllljllllllllljllllllllljllllllllljlllllliii em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

I

AGRADECIMENTOS Aos editores das revistas universitárias, pela simpatia com que me acolheram; Ao· corpo administrativo das revistas e bibliotecários das universidades estudadas, pela maneira prestativa com que me forneceram as informações complementares, necessárias à realização deste trabalho; Ao co-orientador inglês, Professor Arthur Jack Meadows, pelo direcionamento que deu a este estudo; De modo especial, agradeço a minha orientadora, Profa. Dra. Jeanne Maria Machado de Freitas, pela ajuda, estímulo e orientação que deu a este trabalho; ~s

minhas irmãs Walderes e Marisa pela revisão.

I

SUMÁRIO LISTA DE TABELAS

p.

7

RESUMO

p.

8

ABSTRACT

p.

9

APRESENTAÇAO

p. 10

1

p. 14

INTRODUÇAO

1.1

O Problema

p. 14

1.2

O Modelo

p. 24

1.3

Hipóteses e Objetivos do Estudo

p. 32

1.4

Definição Operacional das Variáveis e Termos

p. 34

2

p. 40

REVISAO DA LITERATURA

2.1

A Ciência e os Canais de Comunicação Científica

p. 40

2.2

Periódicos ou Revi~tas Técnico-Científicas

p. 49

2.2.1

Definição e Tipologia

p. 49

2.2.2

Funções

p. 53

2.2.3

História

p. 55

2.2.4

Proliferação e Controle

p. 63

2.3

p. 68

Produção das Revistas Técnico-científicas

2.3.1

p. 69

Participantes e Atividades

2.3.1.1

Publicadores

p. 69

2.3.1.2

Editores

p. 71

2.3.1.3

Comissão Editorial

p. 76

2.3.1.4

Árbitros

p. 77

2.3.2

p. 82

Fluxo Editorial

2.3.2.1

Pré-Impressão

p. 83

2.3.2.2

Impressão

p. 88

4

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

2.3.2.3

Distribuição

p. 89

2.3.2.4

Barreiras

p. 91

2.4

3

Revistas Brasileiras

p. 94

METODOLOGIA

p.115

3.1

A Fonte

p.115

3.2

Corpus de Pesquisa

p.117

3.3

Instrumento de Coleta de Dados

p.122

Tratamento ,_e Apresentaçi;i,q dos Dac;ios

p.124

·3 · 4

4

p.126

DESCRIÇAO E ANALISE DOS RESULTADOS

4.1

Instituições Universitárias e Políticas Editoriais

p.126

4.2

Caracterização das Revistas Universitárias

p.160

4.3

Caracterização das Revistas Estudadas

p.170

4.4

Sistema de Produção das . Revistas Universitárias

p.179

Unidades . Universitárias Publicadoras

p.179

4.4.2

Estrutura Editorial e

p.185

4.4.3

Editores

4.4.4

Árbitros e

4.4.5

Atividades do Fluxo Editorial

p.203

4.4.6

Tempo de Produção

p.216

4.4.7

Pagamento das Revistas

p.220

4.4.8

Distribuição

p.225

· 4.4.1

Comissões Editoriais

p.191 p.197

Avaliação

5

RETOMANDO O MODELO

p. 241

6

REVISTAS UNIVERSITÁRIAS: PROJETOS INACABADOS

p.263 p.273

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

ANEXOS

p.284

A

FORMULARIO PARA ENTREVISTA COM OS EDITORES

p.285

B

RELAÇAO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS

p.295

c

RELAÇAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICADORAS

p.301

6

LISTA DE TABELAS TABELA

1 DOCENTES DAS UNIVERSIDADES ESTUDADAS, POR TITU~~

TABELA TABELA

p.l53

2 DOCENTES DAS UNIVERSIDADES ESTUDADAS, POR REGIME DE TRABALHO

p.l56

3 ALUNOS DE GRADUAÇÃO E POS-GRADUAÇÂO UNIVERSIDADES ESTUDADAS

p.l58

~· ~

4 DATA DE

. SURGIMENTO

DAS REVISTAS

DAS

UNIVERSITÁRIAS

5 TÍTULOS PUBLICADOS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.l63

TABELA

6 ASSUNTO DAS REVISTAS UNIVÉRSITARIAS, POR DE UNIVERSIDADES

p.l64

7 PERIODICIDADE DAS REVISTAS TIPOS DE UNIVERSIDADES

TIPOS

UNIVERSITARIAS, POR p.l67

TABELA

8 INDEXAÇÃO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS

p.l68

TABELA

.9 ORIGINAIS RECEBIDOS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.l99

TABELA 10 PERCENTUAL DE TRABALHOS QUE EXIGEM ÇÕES, POR TIPOS DE NIVERSIDADES TABELA 11 PERCENTUAL DE TRABALHOS DE UNIVERSIDADES

REFORMULAp.201

REJEITADOS, POR

TIPOS p.202

TABELA 12 TIRAGEM DAS REVISTAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.227

TABELA 13 DOAÇÕES NACIONAIS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.229

TABELA 14 DOAÇÕES AO EXTERIOR, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.231

TABELA 15 PERMUTAS NACIONAIS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.232

TABELA 16 PERMUTAS COM O EXTERIOR, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.234

TABELA 17 ASSINATURAS PAGAS NACIONAIS, POR VERSIDADES

p.235

TIPOS DE

UNI-

TABELA 18 ASSINATURAS PAGAS POR PESSOAS/ENTIDADES ESTRANGEIRAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.236

TABELA 19 VENDAS AVULSAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES

p.237

7

1

p.l61

TABELA

TABELA

em

UNI-

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

RESUMO

A

pesquisa

publicadas

descreve

pelas

participantes

o sistema de

universidades

e

das

funções

produção

das

brasileiras que

através

desempenham,

identificar barreiras que interferem no processo. referencial

publicados

apresentado por King.

dos

procurando

Utiliza

o modelo de transferência de informação

documentos

revistas

como

através

Constitui-se

de num

estudo descritivo que utiliza para coleta de dados uma entrevista com

editores de 54 revistas publicadas por

USP,

UNICAMP,

PUC/CAMP, existe

UNB,

UFRJ,

UFPR,

PUC/RS e UNISINOS.

potencial

para

e

atividades que

os

geração

árbitros

e

UFRGS,

URG,

utilização

PUC/SP,

universidades

do

conhecimento

Descreve os editores, a comissão

em termos

realizam.

universidades:

Constata que nestas

Veiculado através das revistas. editorial

UFSC,

doze

de

características

e

de

Constata a falta de equipes editoriais

qualificadas, de endogenia do processo de avaliação dos originais e

de

circulação restrita

confiabilidade os

que

comprometem

a

qualidade,

e a divulgação do conhecimento veiculado.

problemas que interferem na regularidade das

de

universitárias

e

nos

procedimentos

adotados

editoras e gráficas das instituições de ensino superior.

8

na

programas

apoio, na falta de política e de infra-estrutura interna

unidades

Situa

publicações

falta de artigos, no atraso na liberação de verbas dos

a

das pelas

ABSTRACT

The study has published and

described the production system for

by Brazilian universities.

By using the

participants

functions they carried out, the research have

.identify

barriers

investigation through

that

has

used

published

-descriptive,

in

interfere

in

King's Model

of

documents

which

as

the

attempted process.

information

reference~

data was colleted

The

by

UNICAMP,

PUC/CAMP, these

UNB,

PUC/RS

use

editorial theirs

UFPR,

UFSC,

and UNISINOS . . It was

universities,

making

UFRJ,

there

boards

interviewing

the

editorial

staffs,

originals,

and

reliability

universities: URG,

for

and activities.

endogeny

in

the

journals.

The lack process

dissemination

of

the

in and

Editors, terms

of

of

qualified

of

restricted circulation compromise

and

PUC/SP,

generating

and referees have been described in

characteristics

transfer

demonstrated : that,

of knowledge published in these

The

is

UFRGS,

is a potential

to

study

editors of fifty-four journals published by twelve USP,

journals

evaluating the

information

quality, published.

Problems interfering the publications' regularity can pe found in the

lack

money,

the

of

articles, .d elays by support university

entities' lack of

groups internal

in

releasing policy

infrastructure, and in procedures adopted by those university Presses and printers.

9

and

APRESENTAÇAO

A

universidade

se

constitui em

espaço

institucional

pesquisa científica, função esta diretamente ligada à de ger~r . conhe~~mentos e formar pesqu~sadores . então,

capacidade

. se,~ pesquipa

é,

inerente à sua função, a divulgação, como etapa final

do

Processo de criação do conhecimento científico, também faz de

suas atribuições.

diversos

meios

universitárias

estudo

parte

As instituições universitárias dispõem

para

o desempenho dessa

constituem-se

como

mantidas por aquelas instituições O

da

pretende

um

função.

As

desses meios.

de

revistas Criadas e

divulgam o saber produzido.

descrever o

sistema

de

produção

das

revistas universitárias brasileiras, ve~ificando de que forma ele está

I

estruturado,

interferem Esse como

procurando

identificar

barreiras

trabalho está embasado em nossa vivência

na

e

como docente da área

Universidade

Federal

do

Rio

de

profissional

Documentação Grande

Significou, no âmbito do conhecimento pessoal, um

do

na

instituição

universitária.

Esta

e

Sul.

aprofundamento

no processo de comunicação da ciência, que sempre permeou atividades

que

na publicação regular e confiável desses periódicos.

bibliotecária

Informação

e

nossas

experiência

anterior, aliada a uma revisão extensa da literatura, nos levou a supor

que

existam

impedimentos

10

para

que

o

conhecimento

transferido regular.

através das revistas universitárias siga Há,

de

nossa

parte,

uma

suposição

de

seu

fluxo

que

estas

barreiras estejam localizadas tanto no nível das v árias políticas de divulgação das universidades, como no nível de ação do sistema organizativo

do

tentativa

comprovação e argumentação

de

processo

editorial

dessas foi

revistas.

Nossa

construída

nesse

sentido. s~s~ema

, O

de

produção

re~istas

das

unive~~itária~

brasileiras não tem sido alvo de estudos metódicos assim,

uma lacuna nessa área, fundamental para a

saber.

Podemos

verificar

que,

até

o

permanecendo, divulgação

momento,

os

do

poucos

trabalhos existentes sobre as revistas nacionais foram feitos

em

áreas específicas do conhecimento ou foram referentes à qualidade dos

periódicos

adequados concedem

aos uma

citando-os

apoiados

nacionais.

a que se

destinaram,

importância

relativa

aos

interferências regularidade

programas

propósitos

sem

I

por

a

preocupação

políticas

e

de

esses

estudos

publicadores,

apenas

analisar

estruturais

Embora

que

o

conjunto

incidem

das publicações e afetam a finalidade que

de

sobre

a

deveriam

cumprir. A descrição tem por referência um modelo de transferência de informações

científicas

divulgação

de

Technical

Information

1

2

a s ua pertinência.

3

produção

documentos Transfer

Model) .

4

5

6

7

Esse

para descrever

Para a finalidade deste

e

publicados

científicas e técnicas americanas, revelando, de

11

em

de

já havia sido utilizado anteriormente

revistas modo,

técnicas, centrado na

conhecimentos através

(Scientific and modelo

e

as

algum

trabalho,

no

entanto,

ele

que

interessa,

nos

foi

utilizado

apenas

como

particularmente, é

referência, pois

descrever

o

produção das revistas que se concentra nas etapas de reprodução Um

e

principais

problemas

que

de

composição,

enfrentamos

do trabalho diz respeito à abrangência

instituições

para

nacional

universitárias, problema este que incide

amostra

que,

instituições

mesmo

a

amplitude

desempenham

que

desenvolvimento

sem

educacional

consideradas: centro-oeste, sudeste e sul. universidades,

de

incluiu

importante

e científico do país,

os I

estabelecer

desejável,

papel

um

das

t

Desta maneira, tivemos que

a

sobre

t

critéri~~ - de amostragem.

uma

fluxo

distribuição.

dos

realização

o

nas

no

regiões

Foram escolhidas doze

natureza pública e privada, nas

quais

foram

entrevistados editores de 54 revistas, no período abrangido entre 0

segundo semestre de 1992 e início de 1993.

escolhidas

foram:

URG, PUC/SP, as

obtidas

junto

universidades

USP, UNICAMP, UNB, UFRJ, UFPR,

PUC/CAMP, PUC/RS E UNISINOS.

universidades

As

UFSC,

UFRGS,

As informações

e suas políticas de apoio

às

a documentos e entrevistas com os

revistas

sobre foram

diretores

das

editàras universitárias. Cumpre-nos

ressaltar

que

um

grande

auxílio

desenvolvimento do trabalho nos foi oferecido pela do

o

co-orientação

Professor Arthur Jack Meadows, da Loughborough University

of

Technology - Inglaterra, durante o período que lá estivemos,

com

bolsa

Sua

de

estudos

experiência

no

"sanduiche"

patrocinada

trato das publicações

12

em

para

1

2

3

4

5

6

7

pelo

científicas,

CNPq.

comprovadas

pelos

inúmeros

estudos

que já

realizou

sobre

contribuiu para o direcionamento desta pesquisa.

13

em

1

2

3

4

5

6

7

este

assunto,

1

INTRODUÇÃO

1.1

O

Problema

Fundamentando-nos

nos

estudos que se

dispõem

a

refletir

sobre a questão da ci~ncia e da .prpqução do, conhecimento que é pertinente, podemos afirmar que o saber décadas,

a

principal

indispensável serviço. para

força

se tornou, nas últimas

de · produção

e

um

componente

na elaboração de qualquer produto ou prestação

O conhecimento científico é o que mais tem

o

desenvolvimento

humanidade,

lhe

econômico

e a

qualidade

de

colaborado

de

vida

constituindo-se, por isso mesmo, no principal

da

ponto

de diferenciação entr~ países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na5 próximas acentuará

décadas,

ainda

se

mais

não

for

compartilhada,

estas diferenças entre

a

países

ciência ricos

e

pobres. processo

O

através

de

criação do

saber

ocorram,

No

entanto, para que este avanço

lógico),

(formalismo

organização, numa A

conversão

Conhecimento

3

ou

esta

outra

linguagem que lhe é passível

realizado

depende,

por

isso mesmo,

da

saber

renovação uma

forma

modalidade de

dos resultados da investigação

14

2

e

saber precisa ser registrado, ~dquirindo

o

descritiva

1

é

da investigação científica, que avança e renova o

existente.

em

científico

de

transmissão. científica

comunicação

em

dessas

observações

e experiências a outros pesquisadores - seus

pares,

ou à comunidade científica específica, como diz KUHN (1970) . mesma

forma,

pesquisador processos fazem

para estabelecer as bases da qual vai precisa

conhecer

o

que

de obtenção e divulgação das

parte

de

um

processo mais

avançar,

conhecido.

é



informações

amplo

que

Da o

Estes

científicas

se

denomina

de

~

COMUNICAÇÃO DA CIÊNCIA. Comunicar Pela

a ciência

investigação

AGUIAR (1981),

~

transferir

científica.

um

fluxo

de

pessoas,

transmitir

conheçimentos

É permitir que

idéias

e um receptor, através de um canal. reunem

Q~

éntre

uma fonte

segundo geradora

Ao conjunto de processos que

atividades e canais, com o

objetivo

denominamos

conhecimentos,

esses

ocorra,

gerados

comum

de

sistema

de

funciona

esse

transferência de informação científica. · Hoje sistema,



se tem algum conhecimento de

sabendo-se

· básicas

dos

que

ele

apresenta de

gerais

sistemas

como tanto

características

comunicação

quanto

Particularidades que lhe são próprias. Como

sistema

um

geral

de

comunicação

ele

pode

ser

representado por um modelo composto por três elementos básicos:

o

emissor,

objetivo Entre

as

o canal que transmite a mensagem e

desta transferência é a veiculação de

o

o

receptor.

uma

particularidades, a mais característica é

informação. a

de

que,

nesse sistema, o emissor e o receptor são os próprios

cientistas

~e

invertendo

ora

produzem

constantemente

seus

ora

utilizam

papéis,

1

2

3

conhecimento,

num modelo

15

em

o

circular,

contínuo

e

J

regenerativo.

E

os

canais

são os

meios

produzido pelos cientistas,

conhecimento

por

onde

passa

constituindo-se

tanto

I

informação para novas descobertas. dessa forma, GARVEY

apresentar-se

(1979)

considera

o (

sistema de comunicação da ciência como um sistema fechado no qual a informação é criada ·e processada e então retorna para estimular ?utras

pesquisas

palavras,

processa.r

e

diz o autor,

informações.

novas



t

"a maior parte dos meios

de

Em



para produzir informações para eles mesmos" Nos sido

de

uma

Porém,

emissor, ou

que

procura

ciência

têm

evidenciar

sua

podemos caracterizar as

atividades

de

da ciência de várias formas, podendo

centrá-las

no

especificidade . . comunicação

preocupação

cientistas

(p.29).

últimos anos, os canais de comunicação da

objeto

no caso o cientista produtor de conhecimento, no

veículo

canal

utilizado para transferir esse conhecimento,

receptor, no caso os mesmos cientistas e pesquisadores, da

outras

comunicação

científica são produzidos e usados exclusivamente por

ou

informação.

tratamos

aqui, as publicações são as formas mais adequadas

tornar conhecido é

devido,

registros sua

pela

os resultados da investigação científica.

principalmente, às propriedades

de

publicados e de alcance geográfico que distribuição.

É

através

das

16

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

permanência podem

publicações

conhecimento se torna passível de ser utilizado

em

no

usuários

Entre os canais de comunicação da ciência, problema do

pela

qual para Isto dos

atingir que

/

de 1

produto para disseminar o fruto de seu trabalho, quanto fonte

Por

o

o

comunidade

científica, os

servindo, ao mesmo tempo, para registrar e

resultados

descobertas.

da

pesquisa,

Concebidas

impulsionando

novas

divulgar idéias

desta forma, as publicaçoes

são

e

tanto

insumo básico quanto produto final da atividade científica. os

Entre

vários

tipos

de

publicaçoes,

as

revistas

científicas, pelas suas características de síntese de conteúdo de

facilidade

veículo

de

produção

u~ilizado

mais

representam,

de

e

distribuição,

constituem-se

para qiyulgar o,saber

produzido.

e no

Elas e

de

converte

em

produto científico, indicando que o processo chegou a um grau

de

legitimação

alguma forma, um processo de finalização

da

ciência.

É quando a

pesquisa

se

maturidade que permite expressá-lo. /

/

Para se constituirem veículos eficientes de transferência

informação,

os

periódicos

ou

revistas

de

científicas . precisam

ser produzidos de forma a preservar os padrões estabelecidos pela ciência.

Para isso, pessoas se reunem desempenhando determinadas

atividades,

numa

determinada ordem - o

fluxo

editorial.

fluxo nem sempre é regular, podendo surgir problemas em uma

das

etapas

de produção que impedem

a

Este

qualquer

divulgação

rápida,

regular e precisa do conhecimento. A

faz

rapidez

disposição

da

com que as descobertas

sejam

comunidade científica no menor

espaço

de

possível, possibilitando a circulação do conhecimento e para

embasar

progresso

e

novas pesquisas. propicia

descobertas.

assegurada

a

move

o das

A regularidade com que uma revista é publicada

faz

17

BJ

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

1

LIOTECA

14

1

tempo

paternidade

•cuJda de de 8iblrot economla

1

servindo

A rapidez na publicação

que seja

à

colocadas

15

C

.

omun1ca ç •

/

com

que

a

ciência seja

conhecimentos, comunidade

além

constantemente

de

atualizada

dar credibilidade ao

de usuários.

com

veículo

junto

à

faz

com

que a revista se torne um canal confiável quanto ao conteúdo

dos

que

trabalhos

A precisão do saber divulgado

novos

publica.

confiabilidade

Um

periódico



adquire

quando houver certeza de que os trabalhos

esta passam

por um rigoroso processo de avaliação antes de serem publicados. produto

Como.

,d a

problemática

geral

conhecimento

científico.

conceitual reflexões que

que

ciência,

qS,

revistÇis

envolve a criação e

se a

inserem

transmissão

Desta forma, o quadro

referencial

de sua produção inclui-se num conjunto mais amplo sobre

a

Ciência e se localiza no

campo

de

é ainda bastante precário e que é designado por

na do e de

estudos

Comunicação

da Ciência. Na impossibilidade de estudar todo o conjunto brasileiro revistas

científicas,

universidades.

escolhemos

Justificamos

aquelas

publicadas

a escolha porque

as

universitárias são, por finalidade, essencialmente com

pelas

instituições comprometidas

a geração e divulgação do conhecimento. No Brasil, historicamente, o ensino foi a função

das

de

primordial

universidades e das instituições de ensino superior que

lhe

deram origem.

Hoje, apesar de não ser homogênea, 90% da pesquisa

produzida

país é realizada nas universidades.

no

instituições

particulares,

profissional,

estão

mais

dedicando

voltadas

parte de seus

pesquisa.

18

para

Até mesmo a

recursos

as

formação para

a

A

produção de conhecimento nas universidades brasileiras

realizada

através

da

pesquisa

básica

e

aplicada,

é do

desenvolvimento de tecnologia, juntamente com a análise e crítica das

questoes políticas, éticas e sociais, num processo

contínuo

que cada vez mais envolve docentes e alunos, e que

abrange todas

as

conjunto

ciências, desde as Ciências Exatas até o vasto

das

Ciências Sociais e Humanas. O resultado desta criação é divulgado tantp através do ensino, seminários, por

meio

dos

disGu~sões

e palestras, como

diversos tipos de publicações, onde se incluem os

livros, revistas, anais de congressos e outras formas O

conjunto

de produtos gerados pela

universidades constituem

atividade

sua produção científica

impressas.

científica

nas

e servem

para

avaliar o desempenho da instituição nesta área. Com o sentido de divulgar de forma sistemática os resultados da

criação

de conhecimento, algumas

universidades

próprias revistas, passando a instituição com isto a

criam

suas

desempenhar

um importante papel no sistema de comunicação da ciência.

o

estudo

das revistas

problemática

que

instituições

de

não

universitárias

se desvincula das

origem,

podendo vir a

apresenta

toda

uma

de

suas

dificuldades significar,

de

alguma

forma, uma contribuição, no sentido de esclarecer certos aspectos relevantes da própria universidade, principalmente neste em

que,

no Brasil, essa instituição está

sendo

momento

questionada

e

avaliada.

A quanto

literatura

estrangeira apresenta

específicos

sobre

a produção das

tanto

estudos

revistas

gerais

técnicas

e

19

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

científicas.

Entre

os

estudos gerais, KING

e

outros

(1981)

observam que, na literatura americana e inglesa, são escassas

as

pesquisas sobre a produção das revistas como um sistema completo. Entre

os

mais

outros (1978)

significativos, citam o e

o

que

eles

de

MACHLUP;

LESSON

e

próprios realizaram, apresentando

porém como ressalva o direcionamento desses estudos voltados, em grande parte, para a economia das publicações científicas. ,op

espec~ficos,

geradores

de

~ originais;

aos

revistas;

encontramos

a~eles

conhecimentos; aspectos

ao

técnicos

auto~es,

referente9 ,aos processo

de

relativos

Entre

à

como

avaliação

dos

produção

das

ou mesmo ao papel das revistas em determinadas

áreas,

conforme mostra a bibliografia deste trabalho. No

Brasil,

o

assunto é

mais

problemático,

investigações sobre a produção de revistas foram

realizadas

e

uma

vez

que

científicas ainda não

a literatura nacional

sobre

o

assunto

é

bastante restrita, quer se refira às revistas como integrantes de um

sistema

proposto

por

problema. na

pesquisa, quer vise

80, visando o atingimento de

aspectos

está

(1982)

sendo

isolados

objetivos

do

pontuais

específicas, como os estudos sobre os periódicos

~iomédica,

por

esta

como

As investigações existentes começaram a se desenvolver

década

áreas

de transferência de conhecimento,

realizados por POBLACION e outros (1980),

e por COSTA (1989); da área de

YAHN

(1983);

Informação,

da

apresentado

área

de

1\·.gricultura,

Biblioteconomia

por MIRANDA (1981), ou

e

da por

em área

LEMOS

apresentado Ciência

ainda

sobre

da o

apoio à publicação de revistas científicas e técnicas pelo CNPq Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 20

realizado

por

OLIVEIRA (1989) e pela FINEP

Financiadora

Estudos e Projetos, realizado por VALÉRIO (1991).

Estes

de

estudos

são objeto de análise no desenvolvimento da pesquisa. Algumas ações visando a melhoria na produção dos científicos

e

técnicos

já foram empreendidas

em

periódicos nosso

país.

Entre elas citamos: - A criação da Associação Brasileira de Editores Científicos

.

- ABEC - em 1983; - a

realização

dos

Encontros

Brasileiros

de

Editores

Científicos: o Primeiro, realizado em São Lourenço, MG, em o

realizado

o

Terceiro,

em Ribeirão Preto, SP, em 1988, e o Quarto,

realizado

Segundo,

realizado

em São Paulo, SP, em

1985;

1984;

em Caxambu, MG, em 1992\; -: a

realização

Seminário

de

Brasília,

DF,

Educação,

Campinas,

de eventos

Publicações

em

áreas

Periódicas

na

específicas, Area

em 1983; 2. Encontro de Revistas SP, em 1986; Seminário Democratização

do

Educação,

Brasileiras

de

Publicações

em

Ciências

Sociais

Janeiro,

RJ, em 1986; 1. Encontro Iberoamericano de Revistas

Comunicação,

e

de

da

como:

Conhecimento,

Rio

São Paulo, SP, 1986, 2. Encontro Iberoamericano

de de de

Revistas de Comunicação, Florianópolis, se, em 1989, entre outros; a

criação

revistas,

programas

de

fomento

a

publicação

como: o Projeto de Estímulo à Editoração

Intelectual Superior

de

do

- PROED, criado em 1981, pela Secretaria Ministério de Educação - MEC/SESU;

o

Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da

do

Trabalho de

Ensino

Programa

de

Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior - PADCT/CAPES 21

de

que

apoia a publicação de algumas revistas; do INEP -

Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Pedagógicos, na área de Educação; os programas do CNPq e Apoio

da

FINEP, hoje integrados no Programa de

a Revistas Científicas; os programas estaduais,

fundaçoes

desenvolvidos

como o da FAPESP - Fundação

de

Amparo FAPERJ

Pesquisa

do

Estado de São Paulo - criado em 1985, da

Fundação

de

Amparo

implantaqo,

_ 1~87,

e~

a Pesquisa do Estado

do

entre outros; e qs

pelas

Rio

de

programas

a

Janeiro,

Çi~

alguma.s

universidades como a USP - Universidade de São Paulo -, da UFPR Universidade Federal do Paraná -, da UFSC - Universidade

Federal

de Santa Catarina - já implantados, e o da UFRGS, em implantação. As revistas universitárias foram debatidas por especialistas da

área,

na

Primeira

Universitárias, respectivamente.

e

realizadas Na

na

Segunda

em

segunda,

Oficina

Londrina, da

qual

em

de

Revistas

1989

1990,

e

participamos,

pudemos

observar que a grande maioria das revistas ali representadas fruto

da

dedicação

pessoal de seus

editores

que

lutam

são pela

sobrevivência de suas publicações. Grande parte das ações acima citadas, já foram descritas por OLIVEIRA (1989), em sua dissertação de mestrado. estudo,

Por isso, neste

serão objeto de descrição e análise apenas as açoes

que

apoiam a publicação das revistas universitárias estudadas. Se

podemos

dizer

que



é

significativo

o

número

programas para a publicação de revistas brasileiras, o mesmo podemos Talvez

dizer isto

do número de estudos, se

conforme

descrito

de não

acima.

explique pelo próprio fenômeno de publicação de 22

revistas

regulares

que é relativamente novo em

nossa

cultura.

Por isso, a massa crítica para análise só agora começa a adquirir volume,

o

estudos

dessa

tendo

que, de certa forma, também justifica a

em

natureza.

vista

importância

que

Assim, esta pesquisa

a carência de trabalhos, como

ausência se

de

desenvolve

apontamos,

e

a

possui um trabalho investigativo da produção de

revistas. ' ' Além de uma contribuição para as universidades, o estudo visa

mostrar

para

a

comunidade

revistas

universitárias

processo

e

objetiva,

barreiras ainda,

que trabalha

com

a

produção

das

fases

críticas

no

a

existência

de

que

interferem

nessas etapas.

servir

para

que

os

editores

e

O estudo todos

os

participantes envolvidos no processo editorial repensem seu papel dentro

de um modelo global de transferência de

conhecimento,

a

fim de que eles mesmos não se constituam em empecilhos para que o fluxo ocorra com maior rapidez e confiabilidade. Nos

fundamentos

acima

apresentados,

propomos

o

seguinte

objetivo para o estudo: Verificar de que forma está estruturado o sistema de produção das

revistas universitárias brasileiras, procurando

barreiras

nesse

processo que comprometam

conhecimento.

23

a

identificar

transferência

de

1.2

O

Modelo

O

modelo

direção

descrito

para

produção

revistas universitárias.

transferência

de

oferecendo-se

por

torrto

outros

(1981)

verificar de que forma se estrutura o

das

proposto.

por KING e

Nele

como

base

são reunindos

a

sistema

de

Este modelo representa a

informação através de isso

forneceu

documentos

para

publicados,

descrever

participantes

e

o

sistema

atividades

em

do prob.lel\la. centra],. que é a geração de conhecimento, sepqo

intitulado,

pelos

seus

autores,

"Scientific

Technical

&

Information Transfer Model". O

modelo

essenciais

representa

para

produtores

e

uma espiral que

inclui

completar a transferência de usuários

do

conhecimento.

dez

funções

informação

entre

funções

foram

As

escolhidas pelo autor porque são generalizáveis para

representar

o processo de transferência de conhecimento através de documentos publicados.

Além

participantes

e

quantificáveis permitindo, dificultam próprio

disso,

funções e

a

se

representação

presta

qualitativos

para

à

conjunta

utilização

interpretar

de o

impedem que o conhecimento seja

processo,

científicas

que

o

transferido.

autor utilizou este modelo para descrever o

revistas

fatores

também, identificar a localização de obstáculos ou

de

e técnicas americano, assim

sistema como

é

de aqui

apresentado:

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

·The Generation of Knowledge

Scientific and technicaf information transfer model.

O Modelo de KING - como vamos denominar de agora em diante pode

ser

lido

de duas maneiras: através

dos

participantes

e

através das funções. Os

participantes

são

identificados como:

cientistas e tecnólogos,

no

papel de autores, que geram

o conhecimento científico e técnico. Cabe a eles a sistematização dos resultados de seus trabalhos a serem divulgados; publicadores

que

são as

instituições

responsáveis pela publicação e desempenham e distribuição do produto bibliotecas resumos

que



e/ou

as

e/ou

pessoas

funções de edição

impresso;

serviços bibliográficos de índices

adquirem, armazenam e organizam as revistas

e

e seu

conteúdo, propiciando também o acesso físico a elas; cientistas

e

tecnólogos, agora como usuários, concluem

o processo assimilando o conhecimento e utilizando as informações como insumo para novos trabalhos.

o

também

modelo

desempenhadas.

pode

ser

interpretado

pelas

funções

As dez funções apresentadas pelo autor podem

ser

assim entendidas: Função 1 - Geração de pesquisa e informação: a espiral com

a

função

pesquisa é

que resulta na geração

desempenhada

por

cientistas

de

conhecimento.

e

tecnólogos.

inicia Esta Sem

resultados de pesquisa para relatar há pouca necessidade de meios de comunicação;

26

Função da

Elaboração dos originais

2

pesquisa

se

convertem em

agora

papel

manuscritos de

resultados

pelos

autores.

cientistas

e

Esses

trabalhos

são encaminhados aos editores das revistas para serem

submetidos

tecnólogos,

no

os

a uma avaliação formal; Função 3 - Registro (edição dos trabalhos) - os entendidos recebem

aqui

os

avaliação

como

as entidades

manuscritos, pelos

pares

que

através

encaminham esses e os submetem a

publicadores, dos

editores

originais

um

para

processo

uma

editorial

de normalização e revisão linguística, tornando-os prontos para a impressão.

São geralmente auxiliados por uma comissão

editorial

e/ou árbitros que colaboram na análise, aprovação ou rejeição dos textos.

A reunião das funções 3, 4 e 5 se referem à produção das

revistas; Função através

de

4

Reprodução

equipamentos

os

trabalhos

de duplicação,

são

estando

reproduzidos a

fortemente relacionada com o desempenho desta funç~o. editor

que

se responsabiliza por este

trabalho,

tecnologia É ainda

zelando

o

pela

qualidade de apresentação da publicação; Função 5 -

Distribuição

distribuição são realizadas e resultam

também

pelo

a

confiabilidade

para

aqueles

Dois aspectos podem ser relacionados a esta

produção no

a

publicador/editor,

na transferência do documento impresso

que desejam obtê-lo. atividade:

as atividades relacionadas com

regular,

veículo

para

que

resulta

registrar

o

numa

maior

conhecimento

científico, e a promoção, para que o produto se torne conhecido; 27

Aquisição e Armazenagem ; Função 7 - Organização e

Função 6 Controle:

conjunto

o

Bibliográficas. pelas

e

provendo

científicas

e

é

denominado

bibliográficos

classificam, um

arquivo

indexam

tornando o conteúdo

dos

realizadas

secundários

que

armazenam

os

e

permanente

Funçoes

das

descobertas

documentos

disponível.

das pessoas individualmente adquirirem livros,

relatórios, de

serviços

catalogam,

documentos,

Apesar

funçoes

As atividades delas decorrentes são

bibliotecas

adquirem,

dessas

revistas,

etc ... são essas instituiçoes que reunem o

documentos

para dar

conta do avanço

da

conjunto

ciência

em

áreas

específicas; Função Físico:

8

- Identificação e Localização ; Função 9

Acesso

estas funçoes também são realizadas pelas bibliotecas

e

bibliográficos a fim de que os usuários saibam onde

os

serviços documentos

possam

ser

propiciado

através

do

Algumas

encontrados. empréstimo

ou

revistas oferecem separatas

recompensa, exemplar

O

acesso

é

geralmente

reprodução

de

artigos.

aos autores, como forma

possibilitando assim que ele envie a seus

do

artigo

que

publicou,

propiciando

pares

com

isso

de um uma

utilização mais direta, sem a intermediação das bibliotecas; Função

Assimilação pelo usuário

10

os

cientistas

e

tecnólogos lêem os artigos, assimilam seu conteúdo, alterando com isto

seu

estado

de conhecimento e

concluíndo

o

processo

de

transferência de informação. LANCASTER (1977) utilizou anteriormente um modelo

semelhante

28

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

para explicar a transferência de informação científica através de documentos publicados. Nele o autor identifica sete etapas: 1 - Uso

através

2 - Elaboração

da pesquisa e aplicação; do

texto, como papel do autor;

3 - Impressão e distribuição, como papel

do publicador;

4 - Aquisição e armazenamento, como papel das bibliotecas;

s -

Organização e controle, como papel das bibliotecas e dos serviÇos de índices,

resumos e bibliografia;

6 - Disseminação e apresentação, como papel das

bibliotecas

e centros de informação; 7 - Assimilação, como papel do

usuário.

Citamos

para

apresentando

esse

modelo

pequenas

apenas

divergências de

mostrar funções,

que,

mesmo

basicamente

transferência de informações através de documentos publicados processa da mesma forma. apenas

por

A adoção pelo Modelo de KING foi

considerá-lo

mais completo, e por



ter

a se

feita servido

anteriormente para o estudo das revistas científicas. Julgamos, dessa forma, que o Modelo de KING é uma

vez

que contempla todas as etapas necessárias

generalizável, para

que

o

conhecimento realize o percurso que vai desde a sua geração até a disponibilidad~

para o usuário.

salienta,

o

modelo

sistema,

permitindo

Além disso, como o próprio autor

facilita um entendimento identificar

nos

da

estrutura

participantes

e

do nas

atividades as fraquezas ou barreiras no processo de transferência do

conhecimento, que possam comprometer sua

de

suas propriedades é poder desdobrar cada participante e 29

finalidade.

Outra cada

núcleo

de funções em tantos elementos e atividades quantas forem

necessárias para o objetivo do trabalho que se pretende realizar. No

entanto,

é

um modelo complexo, o

abordagem completa numa só pesquisa.

que

impossibilita

Por esta razão, um

a

recorte

se impõe para que possa ser feito um aprofundamento em algumas de suas etapas. ao

A escolha recaiu sobre as funções que dizem repeito

registro, reprodução

e distribuição, porque, conforme já foi

citado ant'erio:r:lnent'e, é nestas etapas que é feita a avaii'ação dos' trabalhos

e

sua

formalização através

da

produção

editorial,

o conhecimento confiável e passível de ser distribuido e

tornando utilizado

por um grande público.

fundamental

Constitui-se, assim, na

para o estabelecimento do processo de

de informação,

o

que

etapa

transferência

parece justificar a escolha.

Com isso, de ~corda com o modelo, entre os participantes processo

estarão contemplados os publicadores que, no

caso

do das

revistas científicas e técnicas, se desdobram em vários elementos: as

instituições

editores,

responsáveis pela publicação das

auxiliados

pelas comissões editoriais e

revistas, os

os

árbitros

(referees) . Estes participantes realizam atividades específicas e se estruturam para formar o sistema de produção das revistas. Contudo,

pa.ra

distribuição das podem

ser

objeto

descrever

revistas,

ignoradas.

de abordagem.

inter-relacionam para

Por

as

etapas

isso, de

alguma

2

3

4

forma

elas

serão

Mesmo porque, as interfaces do sistema

se

que as publicações completem seu ciclo de

30

1

e

produção

as demais atividades do processo não

transferência do conhecimento registrado.

em

de

preciso porém considerar que, para o estudo

É

universitárias adaptações, lhe

~e

brasileiras

o

Modelo

de

KING

das

revistas

exige

algumas

porque os participantes e as atividades são

atribuídas

caracterizadas

de

uma

por

forma qu e se diferencia

escolhemos para orientar nosso estudo. de

apresentação,

revistas

a~elas

forma

conjunta,

do

ou

funções

podem

ser

mode lo

que

Por isso, é conveniente a dos

participantes

e

das

I

atividades

gerais

fazem parte das

relacionados

distribuição, ad~iriu

que

etapas

de

maneira peculiar

à

produção o

~e

e

sistema

no universo brasileiro.

Assim, podemos distinguir: As por

universidades e suas unidades de ensino

serem

revistas

as

e

se

periódicos política

instituições

responsáveis

constituirem no contexto

acontece.

pela onde

a

e

pesquisa

publicação

das

produção

dos

A elas caberia o estabelecimento

de

uma

para a divulgação do conhecimento por elas gerado

e

o

apoio necessário para que as revistas possam ser publicadas; Os editores por manterem um controle sobre a qualidade do conhecimento revistas.

a

divulgado,

publicando

e

distribuindo

as

O desmembramento deste partipante inclui as comissões

editoriais, divisão ao

ser

e~ipe

os árbitros (referees), e toda

de suas funções inclui as atividades

estabelecimento

avaliação

dos

do plano editorial, ao

manuscritos,

dizem

fluxo

impressão,

à

~e

editorial.

respeito

editorial,

promoção

à

A

à

e

à

distribuição.

31

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

15

16

17

18

19

A

utilização deste modelo também orientou os

objetivos

do

estudo e a elaboração do instrumento de coleta de informaçoes.

1.3

Hipóteses e Objetivos da Pesquisa

Tendo em vista o objetivo central proposto por este - verificar reyi,stas ,

de que

forma se estrutura o sistema de produção das

un~ve;rsitárias,

procurando

ident~ficar barreir,a~

processo - algumas suposiçoes surgem para nortear o falta

de

uma

conhecimento de

KING

neles

trabalho

teoria já estabelecida para

a

nesse.

estudo.

transfer'ê ncia

e para a produção das revistas, voltamos ao

que reune participantes e funçoes, possíveis

barreiras

que

impedem

tentando ou

Na de

Modelo

localizar

dificultam

essa

transferência. As

hipóteses foram, então, estabelecidas com base

utilizado,

na

literatura

que

por

vezes

no

apresenta

modelo algumas

indicaçoes, na própria experiência do pesquisador com o trato

da

produção dos periódicos técnico-científicos e em sua participação em eventos que tratam do assunto. Supondo

que se

a

transferência de

dá de

informação

científica

técnica

não

fatores

que impedem a conclusão do processo, podemos

e

forma regular, pois é submetida a vários propor

as

seguintes hipóteses: A política editorial estabelecida

pelas

universidades

interfere na publicação regular de suas revistas;

32

em

1

2

4

5

6

7

8

9

10

12

13

14

15

17

18

As funções desempenhadas pelos participantes do de produção das revistas

universitárias

sistema

interferem

na

publicação regular das revistas; O

sistema

de avaliação

dos

originais

interfere

na

confiabilidade das revistas universitárias.

Para submeter essas hipóteses à demonstração, um

grupo

estabelecemos

de objetivos específicos que a pesquisa visa atingir.

Esses obj~tivos - r~ferem-se às instituições unive~sitárias que, em tese,

disporiam

geração

de

um potencial de

recursos

humanos

para

de conhecimentos a demandar divulgação e utilização. situação

primeira

quantitativo

e

a

ser

estudada

qualitativo

do

assim,

é,

corpo

docente

a A

potencial

o

e discente

das

universidades. Os objetivos da pesquisa são: Identificar

a

existência

das universidades, das editoras

de uma política

unidades

editorial

universitárias e

universitárias orientadas para a

das

produção

de

suas revistas;

Identificar e

dos

e

analisar os

programas das universidades

órgãos que oferecem apoio às revistas quanto aos

critérios adotados para credenciamento e auxílio;

Analisar

a

estrutura

selecionadas,

em

revistas

das

relação

à

universitárias

composição

da

editorial e suas respectivas funções; 33

em

1

2

3

4

6

7

8

9

10

11

12

14

equipe

Analisar o sistema de avaliação dos trabalhos submetidos à publicação;

Verificar de

que

forma

se

apresenta

a

distribuição

dirigida e a propagação das revistas;

Verificar

se existe adequação das funções desempenhadas

pela ·- equipe

editorial

para

detectar

.

barreiras

na

produção das revistas universitárias.

1.4

Definição Operacional das Variáveis e dos Termos

Julgamos conveniente apresentar uma definição operacional das variáveis e dos termos constantes dos objetivos da pesquisa, a respectiva conotação que assumem no presente trabalho,

com

visando

melhorar a compreensão do texto: Revistas universitárias:

Consideramos

sob

pelas

produzidos

universitárias,

este

título

universidades,

que

registram e

as

publicações

através

de

disseminam

resultantes de pesquisa, de reflexão e análise. regulares

intervalos

e

numeradas

periódicas

suas

unidades

artigos

assinados

São publicadas a

progressivamente.

Neste

trabalho, elas foram caracterizadas pela periodicidade, pela data inicial, público

assuntos

que publicam, objetivos que

alvo, idioma dos artigos e dos resumos no

registro Publicações

ISSN

Número

Internacional

1

2

3

que

alcançar, apresentam,

Normalizado

para

Seriadas - e sua indexação por serviços nacionais 34

em

visam

4

5

6

8

e

internacionais. Política

Neste

editorial

trabalho, as políticas editoriais ou de divulgação

produção

científica, como

Primeiro,

a

podem

ser

intervenção

entendidas dos

Estado,

sob

resulta

uma avaliação e controle. com

'ele

níveis.

administrativos de

Segundo, não desvinculado não

manter

.

uma

relação

universidades, para o atingimento do fim

do onde

situamos as diretrizes e açoes implementadas

dependência, próprias

dois

a forma de diretrizes e apoio financeiro,

apesar 'de

primeiro,

órgãos

em

da

do de

pelas

proposto,

ou

seja, a transmissão regular do conhecimento. As políticas podem ser explícitas, isto

é, estarem contidas

em planos e programas específicos, que estabelecem critérios para a

obtenção

de apoio financeiro.

Também podem

ser

constituindo-se em auxílios informais e eventuais. de

tais

políticas

pode

ser

verificada

implícitas,

A

existência

através da análise de

documentos oficiais, da destinação orçamentária e de planos

e/ou

programas

Além

disso, em

específicos de apoio à publicação das revistas.

a verificação da experiência das unidades

pós-graduação

e

pesquisa, bem como o tipo

universitárias de

auxílio

que

destinam para a infra-estrutura das revistas que publicam auxilia. a compreender as políticas que são implementadas;

Publicação regular das revistas:

Corresponde ao cumprimento da periodicidade No

revista.

caso dessa regularidade não

estar

intencional

da

ocorrendo,

as

35

em

1

3

4

6

7

8

9

10

11

12

13

14

causas

podem

ser identificadas através da

opinião

do

podendo estar situadas em qualquer dos participantes do ou

editor, processo

nas funçoes que desempenham; Funções Para

dos

participantes:

a produção das revistas universitárias identificamos os

seguintes participantes: editores, comissão editorial e árbitros, além

de

toda

auxiliares

a

equipe

editorial

auxiliar,

composta

pelos

administrativos e pelos auxiliares especializados

normalização,

lingüística,

caracterizado

abaixo.

desempenhadas

por

revistas.

revisão e impressão,

As funçoes

esses

conforme

correspondem

participantes

Na pesquisa, estas atividades

para

às

a

em será

atividades

produção

das

correspondem ao próprio

fluxo editorial e se agrupam da seguinte forma: Atividades administrativas avaliação de

são

pré-publicação:

de

controle

dos

as

originais

atividades

submetidos,

(escolha dos árbitros e avaliação propriamente

preparo

do original para

lingüística,

preparo

impressão

dita) ,

(normalização,

de resumo em português e

outras

de

revisão línguas,

marcação de texto e/ou datilografia) ; Atividades de impressão: são as atividades de programação visual, realizadas

impressão/duplicação

e

montagem

dos

fascículos,

pelas gráficas universitárias ou comerciais

e

podem

ser examinadas através da identificação de quem as executa e que instituição

as financia, bem como da tecnologia

utilizada

sua execução

36

em

1

2

3

4

6

7

8

9

10

11

12

13

14

para

Atividades de

feita

a

promoção,

(tiragem), controle formas

distribuição:

a

quantidade

incluem de

a

maneira como

fascículos

produzidos

ao tipo de assinaturas (pagas, doação e permuta), das assinaturas, postos de vendas, destino das

de

subsídio

e alcance geográfico

que

é

ao

sobras,

atingem;

Sistema de avaliação dos originais: ~

o conjunto de pessoa~'e de prcicessos necessários

avaliação dos originais.

para

a

Neste trabalho, consideramos a forma de

seleção dos árbitros (referees), do número de pessoas que avaliam cada trabalho, sua procedência, bem como o anonimato dos

autores

e avaliadores, além da taxa de rejeição dos manuscritos;

Confiabilidade:

Significa precisão do saber divulgado pelas revistas.

Isto

só pode existir se houver certeza que os trabalhos passam por rigoroso

processo

de

avaliação

antes

de

serem

um

publicados;

Programas de apoio às revistas :

Consideramos documentos,

como

tanto os do

os

programas

CNPq/FINEP

consubstanciados da

e

USP,

como

identificados através de entrevista com os diretores de universitárias. credenciamento

Neles analisamos os critérios

das revistas e as modificações que sofreram

para

F

2

3

4

editoras para

37

1

aqueles

utilizados

serem incluídas no programa;

em

em

6

7

8

9

10

11

CLI.

d

12

o

13

14

Estrutura das revistas universitárias: Corresponde

reunião

à

de

participantes

e

funçoes,

estruturados

com o objetivo comum de produzir as revistas.

participantes

são:

os editores, como elementos fundamentais do responsáveis

diretos

experiência,

pela revista,

treinamento

desempenho da função, recompensap,que grau

acadêmico

processo

e

quanto

à

caracterizam-se

específico e tempo rec~bem,

que possuem e atividades

dedicado forma de

que

Os

para

o

seleção,

desenvolvem

para

coordenação e controle da publicação; a comissão editorial, correspondendo ao grupo de que

assessoram

quanto

o editor na tomada de

decisoes,

pessoas

caracteriza-se

ao número de membros, sua procedência, forma e

critérios

de seleção, além das atividades de assessoramento ao editor; os árbitros, que são os avaliadores dos trabalhos, de

serem

publicados, caracterizando-se quanto

ao

seu

antes número,

procedência e critérios utilizados para sua escolha;

Barreiras: São

interferências ou empecilhos, de ordem operacional,

dificultam

a produção da revista.

participantes

do

processo

desempenham.

As

barreiras

críticos

do

periodicidade

processo regular

Podem estar

editorial são

editorial

ou

também que

localizadas

nas

funções

consideradas

interferem,

quanto na qualidade de

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

que pontos na

apresentação

das

38

1

nos

tanto

revistas;

em

que

13

14

Distribuição

dirigida:

Corresponde,

neste

revista

trabalho, ao número

dedicados às seguintes formas de

de

exemplares

distribuição:

da

doação,

permuta e assinaturas pagas, no Brasil e no exterior; Propagação da Revista:

Diz

respeito

à distribuição geográfica da

Revista.

Este

dado pode ser verificado através do número de exemplares enviados para

a

América

Continentes.

Latina,

América

do

Norte,

Europa

e

outros

2

REVISAO

2.1

DA

LITERATURA

A Ciência e os Canais de Comun icação Ci en tífica

Na época atual, o conhecimento científico tornou-se fator de PrQduç~o

pré~requisito p~ra

e

o

desenvolv~~ento

.e c,onômico.

Em

razão disso, a atividade científica passou a ser fundamental para a sociedade e de interesse particular para o Estado. As

descobertas científicas são importantes para o

da população porque a solução e atendimento de suas

conjunto

necessidades

pressupõem melhoria no seu nível de vida; e para o Estado porque, como

administrador dos recursos, pode exercer cont.role

conteúdo e o financiamento da ciência.

sobre

Dessa forma, em lugar

o de

um desenvolvimento autônomo, a ciência é hoje afetada por fatores externos que interferem no seu desenvolvimento. Essas

interferências

externalistas sociedade apeiam

que

dão

são

explicadas

peso ao contexto

no desenvolvimento da ciência. estas

e

pelas às

influências

Entre os

teorias, BÕHME (1977) identifica

concepções

autores

dois

da que

tipos

de

fatore~ externos que atuam sobre o desenvolvimento científico: os sociais e os cognitivos. Os fatores sociais são os que se relacionam às situações que as estruturas de poder atuam como mecanismos seletivos a

ciência.

Dessa

forma,

as

organizações

que

se

em

sobre

criam,

os

critérios

e

processo

as normas que se estabelecem nas várias

científico

desde a escolha

de

etapas

do

até

sua

problemas

divulgação - são afetadas por decisoes que facilitam ou impedem o desenvolvimento · Os

de determinadas áreas do conhecimento.

fatores de ordem cognitiva se r e f e r em

externas

do

que

é

aceito internamente como

às

d e terminaço e s

conteúdo

para

a

ciência. São estabelecidos pelos próprios cientistas que atuando

.

'

como árbitros ou como membros dos órgãos de fomento selecionam as áreas da ciência a serem desenvolvidas. Para isso, são utilizados critérios

de relevância, justificados através do atendimento

necessidades

sociais e econômicas, e critérios de

às

legitimidade,

indicando quem está autorizado a pesquisar o que. Entre teoria

os teóricos externalistas, KUHN (1970)

elaborou

para explicar o desenvolvimento científico

uma

identificando

diferentes etapas deste processo: A

fase

recolhem

cientistas

buscam

conhecimento, fundamentos,

fatos

e

experiências

explicaçoes

e

que

os

uma

área

do

generalizações

para

os e

Nesta etapa, os cientistas

estão

a toda sorte de interferências externas porque o

grupo

de pesquisadores ainda não está organizado. fim

de

em

determinam critérios para a seleção de problemas

instrumentos para sua solução. sujeitos

caracteriza a etapa

pré-paradigmática

quando

os pesquisadores alcançam

universalmente

reconhecido,

um

tornando-se

Esta etapa chega resultado

ao

científico

modelo

para

12

14

a

etapa

posterior.

41

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

13

15

16

17

18

19

fase

A

cientistas

paradigmática firmam

sua

trabalha

prática

o

modelo

cotidiana.

no

qual

os

Eles se ocupam com

problemas que tenham soluçao através dessas teorias modelos. que se denomina disciplinária"

de "ciência normal" para

que

oferece

determinado campo da

uma

"matriz

e

direciona

ciência

a s influê ncias externa s que re f orçam seu desenvolvimento . o

etapa,

ou

dogma, I

Nesta

pesquisador iniciante recebe o paradigma

modelo

como

seja, regras segundo as quais ele pode

planejar

seu

I

.

I

trabalho

Num

científico.

representa

o

É

sentido

sociológico,

um compromisso grupal compartilhado

o

paradigma

pela

comunidade

científica. No momlto em que este paradigma exaure inicia

investigações,

a

fase

Nesta

paradigmática.

que o

etapa,

a função de guiar

autor

também

denomina

chamada

de

de

pós-

"ciência

revolucionária", o modelo parece se esgotar na sua capacidade gerar problemas e encontrar soluções.

as

de

Esta instabilidade gera um

alto grau de insegurança entre os pesquisadores que ficam a mercê das

decisões externas para guiá-los novamente na busca de Esses

modelos.

fatores indutores da crise

são

novos

geralmente

de

ordem econômica e social, por isto mesmo externos a ela. teoria

A

externos

que

Kuhn

de

propicia

direcionam

a

o conteúdo

compreensão da

ciência,

dos

introduzindo

também a dimensão sociológica para o desenvolvimento Na

sua

social

perspectiva, porque

científica

ou

tem a

a validação de uma teoria como

base

a

é

reorganização

formação de novas

comunidades

compartilhar valores, teorias e modelos próprios. 42

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

fatores

científico. um

da que

fenômeno comunidade passam

a

Nesta

dimensão,

a comunicação surge

corno

fator

inerente

à própria ciência, fazendo parte de sua natureza e de sua prática.

De

sua

natureza, porque a investigação científica para

comunicada

ser

aceita

ou

rejeitada

precisa

pela

ser

comunidade

científica. De sua prá tica, p o rqu e a comunic a ç ã o e s t á no â mago do método

científico

que, para ser seguido, exige a

consulta

aos

trabalhos anteriores e conclui com a divulgação dos resultados. segundo

Divulgar,

ROSA

necessário

para

particular

de urna determinada pessoa.

dos

tornar

METTEL

resultados

da

público

o

investigação

(1992)

é

um

conhecimento

operante

individual

Constitui-se na descrição

científica,

pesquisador para seu grupo de referência.

elaborada

de conteúdo e habilidade comunicativa. mensagens

científico

que

pelo

profissional

o

cientista

domínio

É através da comunicação

recebe

trabalho realizado e

entre

pelo

Exige, corno bem coloca

MARQUES DE MELO (1987), competência científica, ou seja,

dessas

e

o

o

devido

conseq~ente

seus pares, corno forma de

crédito prestígio

retribuição

pelo

esforço dispendido. LYOTARD científico

(1989)

esses

além nas

especulações

suas relações entre o emissor (ou

e

destinatário mensagem) .

vai

sobre

o

saber

destinador) ,

o

(ou receptor) e o referente (aquilo de que trata

a

Segundo ele, na

elementos,

comunicação

pressupõe-se,

em

que se estabelece entre

primeiro

lugar,

destinador emita um conceito científico verdadeiro.

Isto

que

o

ocorre

porque o conteúdo da mensagem científica pode ser posto a prova e a verificação.

O

destinatário é quem vai dar validade ao que 43

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

o

emissor

diz.

Por isso ele deve reunir potencialmente as

qualidades

do

enunciados

e

emissor lhe

seu par -

conferir

para

poder

legitimidade.

Este

mesmas

validar jogo

que

estabelece entre os participantes do discurso da ciência, comprovam de

que,

na

divulgação

competência científica, tanto do emissor quanto

d~vulgação

se

apenas

científica, existe a necessidade

para a avaliação e a legitimação do saber.

a

seus

. ci~~tífica ~direcionada

do

receptor

Por esta mesma razão,

para o próprio

grupo

.de

referência, ou seja aqueles que dominam a terminologia própria na qual a mensagem é ' expressa. MEADOWS processo

(1974)

vital

cientistas

e

para

ZIMAN (1981) vêem a a

interagem

ciência, pois é

elaborando,

divulgação

como

um

que

os

difundindo

o

através

criticando

e

dela

conhecimento por eles produzido. A

divulgação

aqueles

de conhecimento entre aqueles que

que utilizam o saber sempre existiu.

conhecimento evoluindo

era

transmitido

para a utilização de

principalmente formas

produzem

e

Na Antiguidade,

o

na

escritas,

forma

especialmente

com o desenvolvimento do método científico, a partir dos XVI

e

oral,

séculos

XVII.

Os estudos teóricos de MIKHAILOV (1984), de GARVEY (1979)

e

de MEADOWS (1974), apenas para citar alguns, dividem os canais de comunicação formal.

científica

em dois grandes grupos: o informal

MIKHAILOV(1984)

apresenta

um

esquema

geral

e

o de

comunicação da ciência que mostra com clareza estes dois grupos:

44

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

Esquema Geral de Comunicação da Ciência

PROCESSO INFORMAL

Criadores de -----------------------------> Usuários de Contatos p e ssoais inf ormação informação científica científica <----------------------------I

I

I 1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

-l-

~--.--.-------.------------~

I

I.

1------->

Sistema de literatura técnica e científica

.

----------->1

I

I I

I

Atividades bibliográficas/ bibliotecas e informação científica

I

I

_______ I

PROCESSO FORMAL

No contato

domínio

informal

interpessoal

entre os

contatos

palestras,

estão incluídas

pesquisadores, cartas,

telefônicos,

institucionais e reuniões científicas. canais

não

descobertas

permite

todas

Porém,

como

uma

parte

significativa

veiculado e a instantaneidade

das da

meios que têm

da

atualização comunicação.

Contudo, pela informalidade com que geralmente se apresentam,

os

canais

Em

informais

contrapartida,

são

restritos a uma

propiciam

uma

maior

45

em

inter-

comprovação

como principais vantagens a rapidez de circulação, a conhecimento

de

conversas,

visitas

informação científica é transmitida através desses

do

formas

A natureza efêmera destes

que sejam utilizados para

científicas.

as

1

2

3

4

5

6

7

8

pequena

audiência.

interação

entre

os

pesquisadores, resultando que pessoas que se dedicam a uma área da atividade científica criem vínculos através de informaço~s.

periódicos e da troca de invisíveis". de

encontros

São os chamados

"colégios

De acordo com SCHWARTZMAN (1981), estas comunidades dão

especialistas

consistência

e continuidade às tradiçoes

as quais a a tivida de ci e ntíf i c a

nã o

pode

ci e ntíficas,

sem

desenvolver.

Hoje, com o advento dos computadores, estes

têm

mesma

facilitada

a

troca de

informações

através

dos

se

grupos correios

eletrônicos. No entanto, é no domínio formal, que inclui todas as

formas

de literatura, onde vamos encontrar as características que tornam confiável o conhecimento científico: ter passado por um

processo

de avaliação e estar registrado numa forma permanente que permite a

divulgação a uma grande audiência.

comunicada

por

duradoura

e

consulta

e

a

informação

elementos formais pode ser armazenada mais

facilmente

recuperação,

conhecimento

Além disso,

submetida

tornando

aos

forma

processos

publicamente

veiculado através desses canais.

de

É

de

disponível neste

o

domínio

formal que se localiza a produção das revistas científicas. Ainda com base no esquema anteriormente apresentado,

podemos

afirmar que, na prática científica, o uso dos canais se

alternam

durante o desenvolvimento de uma pesquisa, mas que há sempre uma formalização concordam

progressiva

com

esta

no

processo.

idéia e dizem que

KING no

e

outros

domínio

(1981)

informal

a

informação é muitas vezes preliminar e não totalmente

merecedora

de

coloquial,

crédito.

Atribuem a "forma resumida,

usualmente

freqüentemente incompleta, algumas vezes vaga, muitas vezes

oral

46

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

e

direcionada

a

uma pequena audiência"

(p.3)

entre

as

suas

características, salientando que essas formas iniciais e de fluxo direto

entre

emissor e receptor contribuem apenas

preliminarmente apresentado

a

e

qualidade

submetido

do trabalho.

à avaliação

para

Quando

formal

o

pelos

julgar

estudo pares,

manuscritos vão sendo formatados e reformatados, tornando o de relato cada vez mais apurado. Depois disso, continua o fC?rma~

"a publicação

é os

tipo autor,

é feita, gef9-lmente I;la forma de um artigo de

revista, agora apresentado a uma audiência maior." No de

fluxo de transferência de informação científica, a

publicação

do trabalho é tão importante para a

etapa

ciência

que

GARVEY ; GRIFFITH (1971) a consideram o ponto crucial do processo de

pesquisa,

ati~idade.

não

é

pois é através dela que o cientista Antes de ser publicado, o

legitima

conhecimento

científico

utilizado, daí todo o esforço dos cientistas

conhecido seu trabalho

através

da

publicação

em

indispensável

para

a

ciência,

pois

tornar

(VESSURI,1989).

SCHWARTZMAN (1984, p.25) vê a publicação como um produto e

sua

"é através

natural

dela que o

pesquisador comunica o resultado de seus trabalhos, estabelece prioridade

de

suas

descobertas e

contribuições, e

firma

a sua

reputação" . os

periódicos

fornecem

um

pesquisa,

mais

mecanismo

pois

disponível

científicos, reunindo

para

é

formal

para

através deles que

1

expor o

os

3

4

resultados

conhecimento

de três séculos os periódicos ou revistas

2

selecionados,

um público maior. Desde que foram

47

em

artigos

5

6

7

8

se

da torna

criados,

científicas

há têm

sido os veículos mais importantes para a comunicação e divulgação da ciência.

Representam, como diz KING e outros (1981) o coração

da comunicação científica. As

revistas

científicas

essencial

componente concordância

no

na

que

se

são,

por

organização constitui

a

isso

da

mesmo,

ciência,

"ciência

um

buscando

aceitável", ou

simplesmente permitindo reconhecimento para o cientista, como diz MEADOWS (1979) . Se depois de publicados os periódicos ainda forem objeto representação

bibliográfica através de

publicação

de

secundária,

cresce o número potencial de usuários que podem ter acesso ao seu conteúdo.

Nesta

elaboradas

em

etapa

de

disseminação,

as

mensagens

linguagem documentária e dirigidas

a

são

receptores

selecionados, já familiarizados com a terminologia especializada. Sua

finalidade

científicas,

é a armazenagem constituindo-se

e recuperação

num

daa

componente

informações

importante

na

organização da ciência. MEADOWS

(1979)

considera

que

os

problemas

com

as

publicações científicas começaram no fim do século passado, com a proliferação

dos

periódicos

científicos e técnicos, ocasionado

pela própria explosão de informação. de

controle

sobre

as

revistas

Como conseqüência, a para

possível

falta

consulta

e

recuperação passou a ser um obstáculo no fluxo do conhecimento.

48

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

2.2

Periódicos ou Revistas Técnico-científicas

2.2.1

Definição e Tipologia

A complexidade do estudo das revistas científicas começa pela própria definição do que sejam estas publicaçóes. periódicas,

publicaçóes

periódicos,

Palavras

publicaçóes

seriadas

revistas,

se apresentam na literatura tanto como sinônimos

gênero

espécie.

e

Para esclarecê-las, se t

t

conceituações

pelas

incursão

como e

como

faz

necessário

uma

das

entidades

de

I

emanadas

normalização e pela literatura nacional e estrangeira dedicada ao assunto. MACHLUP;

LESSON

"serials"

publicações

as

publicações

editadas

em

partes

sucessivas,

indicação numérica ou cronológica e com a

continuar

Exemplificam

indefinidamente".

incluem

periódicos,

científicas,

jornais,

anuários,

etc., apresentando-os

seriadas,

apresentando

como

como

que

os de

anais

.r-"'

publicações

intenção

dizendo

Assim, os periódicos se constituem em~ das

exemplo.

o

termo

apresentando

das

estudarem

como a categoria maior, tendo definido como "um para

sociedades

de

ou

abrangente

seriados

(1978), depois

seriadas

consideram

problema,

de

e outros

divisão

e

categorias

característica

particular a periodicidade. Outras Associação oficial como

características, no entanto, se juntam a esta, Brasileira de Normas Técnicas

de normalização no Brasil, define

ABNT - (1978), publicação

"fascículos, números ou partes editados a

fixados,

a

órgão

periódica

intervalos

por tempo indeterminado, com a colaboração de

e

pré-

diversas

49

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

pessoas,

sob

direção

a

sucessivamente, definido". pode-se

de

uma

ou

em

conjunto

tratando de assuntos diversos, segundo um

Este conceito, emanado

de

um

publicaçóes

intervalos

feitas

regulares;

em

com

escritos

necessidade

por autores

plano

publicaçóes

partes;

editadas

intenção

indefinidamente sendo publicada; -

ou

órgão de normalização,

identificar algumas características para as

periódicas:

artigos

várias,

de

em

continuar

formadas por contribuiçóes ou

e,assuntos

div~~sos;

-, prevê

a

de uma direção (a ser exercida por um editor) ;

e

têm um plano definido, indicando a necessidade "de um planejamento prévio. LESSON

MACHLUP;

e

outros

(1978,

não

p.6)

tão

são

específicos quanto a ABNT para definir as publicaçóes periódicas, mas

além

de

considerá-las como um dos vários tipos de publica-

çóes seriadas, acrescentam do

apenas que devem ser publicadas mais

que uma vez por ano e serem constituídas por

definem

eles

periódicos:

as

publicações

"uma

ou

periódicas

publicação seriada,

intervalos regulares, por um período

artigos.

Assim

simplesmente

usualmente

publicada

indefinido, cada

em

fascículo

contendo artigos separados". Desta composição

por

periódicos, periódicos leitores não

são

forma,

periodicidade,

artigos as características

para em

a

esses

dois

autores.

a

perpetuidade mais

Indo além,

marcantes

eles

grandes grupos, de acordo

com

são

os

"magazines",

em

a dos

dividem

os

o

tipo

de

gerais

e

a que se destinam: os dedicados aos leitores

especializados,

e

inglês,

os

e

50

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

dedicados

aos

leitores

especialistas em

determinada

área

ou

interessados no tratamento intelectualizado de um assunto, são os "journals". pois

Na língua inglesa esta diferenciação torna-se

o nível de cientificidade é o critério de distinção

fácil aceito

por todos os usuários para diferenciar "magazines" de "journals". Isto

significa

publicaçoes enquanto

que os

consideram

os

"magazines"

apresentam

"journals"

são

contribuiçoes

são,

por

entendidos não

Com

I

outros

que acrescentar o termo "scholarly"

redundância

publicaçoes

O

isto, MACHLUP; LESSON e

como

científicas,

definição,

O

científicas.

seria

que

(1978,

aos

p.7)

"journals"

e desperdício de palavras "já c:Iue

o

adjetivo modificador poderia implicar em haver também

uso

de

"journals"

nao científicos". Em

português,

"ma gaz1nes" · Podem

na

falta

de

termos

apropriados,

são conhecidos sempre por revistas e

os

O

dos termos "periódicos científicos"

é

científicas" Utilizam.

ou

técnico.

utilizando esta forma de expressão como



estudantes,

os

pesquisadores,

entre

científicas"

outros,

o

cientistas,

utilizam

grupo

termo

muitas

a

que

os

"periódicos um

termo

professores

denominação

"revistas"

vezes pelo

51

3

revistas

e

"revistas

para designar esse tipo de publicação.

segundo

qualificar

"

diferenciado pelo tipo de profissionais

Os bibliotecários preferem a denominação

científicos",

2

por

científicos.

uso

Esse

os

"journals"

ser denominados tanto por revistas científicas quanto

Periódicos

em

mais

4

5

6

7

8

nem

adjetivo

se

preocupa

em

"científicas",

considerando

que

publicaçoes

são

o

próprio contexto usadas

adjetivação,

porém,

diferenciá-las

das

dispensa

torna-se

acadêmico esta

ame ricana

e

1984;

brasileira produzida por 1987;

VESSURI, por

produzida

publicação.

NEIRA,

1975)

bibliotecários persiste

cie'ntíficos"

quando

revistas "de divulgação".

"revistas científicas" é usual na

para

se

ci e nti s t a s

referir

se

literatura

A

quer

ao

latino-

( SCHWARTZMAN na

terminologia

a

estas

Assim, a forma de

enquanto

1

que

qualificação.

necessária

expressao

em

I

literatura "periódicos

mesmo

tipo

(OLIVEIRA, 1989; COSTA, 1989a, b; BRAGA;

de

OBERHOFER,

1982) grupo

Um

Informação publicaçoes

em

de

pesquisadores

Ciência

periódicas

e em

do

Instituto

Brasileiro

de

IBICT

dividiu

as

Tecnologia três

categorias:

as

científicas,

as técnicas e as de divulgação, assim especificados: " - Científicos- quando dedicam mais de 50% de seu conteúdo a

artigos assinados, resultantes de atividades de pesquisa. Esses artigos são identificados através de descriçoes internas denominadas "Método", "Metodologia", "Resultados", "Conclusões, etc.; - Técnicos - quando

dedicam mais de 50% de seu conteúdo a artigos assinados, emitindo opiniões, pontos de vista, etc. de especialistas sobre determinado assunto, isto é, artigos assinados mas não resultantes de atividades pesquisa; quando dedicam mais de 50% de seu conteúdo . a notícias curtas, informes, etc., isto é, matéria não assinada." (BRAGA; OBERHOFER, 1982, p.27)

- Divulgação -

prática,

Na

e

especialmente

propostas

pelos

pesquisadores

periódicos

científicos

dos

no

do

Brasil,

IBICT,

técnicos,

as

categorias

diferenciando

são

difíceis

os

de

serem

15

16

52

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

17

aceitas

porque as revistas brasileiras, em sua

apresentam aplicada

tanto

artigos

que são fruto da

grande

pesquisa

maioria, básica

e

ou do desenvolvimento tecnológico, quanto da análise

e

crítica das questoes políticas, éticas e sociais. Por esta razão, a

denominação

de revistas

ou

periódicos

técnico-científicos

torna-se

mais

isto,

divisão dos periódicos ou revistas pode

a

adequada para denominar essas

apenas duas categorias, técnico-científicos

publicaçoes. ser

Com

feita

em

e de divulgação,

de

acordo càm" o nivel de seu conteúdo. Pelas alguns

consideraçoes

fatores

que auxiliam a

até

em

última

editadas

em

fascículos

e

aqui,

dis~inguir

que,

científicas publicaçoes

feitas

análise,

pode-se

as

revistas as

depreénder técnico-

definem.

numerados

São

progressiva

ou

cronológicamente, com as seguintes características; um título comum; publicadas a intervalos regulares; intenção de continuidade infinita; artigos

assinados

e avaliados

resultantes

da

pesquisa

científica e de toda atividade de investigação; um plano definido; a responsabilidade de um editor.

2.2.2

Funções

Concebendo

desse

modo as revistas científicas

e

aceitamos a postulação de KING e outros (1981) que lhes

técnicas, atribuem

53

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

três

funçóes

SCHWARTZMAN

principais,

confirmadas

por

LAMBERT

(1985)

e

(1984), entre outros:

- são o arquivo da ciência, porque registram permanentemente as

descobertas científicas.

Periodicamente,

a

constantemente

fim

de

que

abastecida

Periodicidade

regular

caracterizar

Por isso mesmo elas sao

uma

é

com um

revista

a as

dos

porque

memória

da

publicadas

ciência

seja

novas

contribuiçóes.

elementos

fundamentais

serve

para

A para

identificar

um

impresso como publicação estável; são Porque Para

é

os veículos de divulgação e comunicação através deles que o conhecimento se

a sociedade.

os

torna

Os resultados da ciência se

através das revistas.

do

disponível

tornam

públicos

Elas servem para que os cientistas

novos conhecimentos a seu grupo de referência e que

uma

divulgação

plena

para uso da

comunidade.

que

formate

conhecimento dentro de um modelo aceito

Além

a revista passe por um

processo

levem

realizem

Para

necessário o

saber,

isso,

editorial pelo

é que

grupo.

disso, este processo deve ser rápido, para que o saber

não

se desatualize; são os meios para conferir prestígio e reconhecimento aos autores, antes Pelo

uma

vez que os trabalhos são

de serem publicados. trabalho

esforço

Por

pelos

Receber o devido crédito

realizado e o conseqüente pretígio

dispendido,

Ciência.

avaliados

são formas de retribuição

pelo

utilizadas

pela

Pode provar a paternidade de uma nova idéia ou invento.

em

2

3

4

5

6

7

8

científico

pessoal

outro lado, é através da publicação que

54

pares,

o

autor

2.2.3

História

Desde

XVII,

as

revistas

científicas passaram a desempenhar importante papel

no

Processo

de comunicação da ciência.

do

que

sistema

começaram a ser publicadas, no

século

Surgiram como uma

particular e privado de comunicação

que

evolução era

feito

através de cartas entre os investigadores, e das atas ou memórias . das reuniões cjentífica~. A correspondência pessoal foi o primeiro meio utilizado pelos cientistas

para

cartas

eram

enviadas pelos homens de ciência a seus amigos para relatar

suas

descobertas

a transmissão de suas idéias.

As

mais recentes e circulavam entre pequenos grupos

interessados

as examinavam e discutiam

que

criticamente.

Sua

divulgação era então direcionada, uma vez que seus autores nunca

as enviavam para aqueles que podiam refutar

ou rejeitar seus experimentos. Para

a

divulgação

suas

quase teorias

Por serem muito pessoais,

de novas idéias e

limitadas

a

um

de

lentas pequeno

circulo de pessoas, essas " dissertaçoes epistolares" como

foram

chamadas

ideal

por MC KIE (1979), não se constituiram no método

Para a comunicação do fato científico e das teorias. As

ou

atas

descobertas

memórias eram

que

consistiam

relatadas

transcriçoes

em

durante

reunioes

as

sociedade, e depois impressas na forma resumida fonte

de

consulta e referência aos membros

As

cartas

Utilizados

e

pelos

as

atas

eram

participantes

os

de

uma

para servirem de

dessas

veículos

sociedades.

de

"colégios

dos

das

divulgação invisíveis"

55

I~ iiii em

I'''

1

iIiiffjllll iImrm rrmrrm 2

3

4

ITfiTI'.'I~I,''l"'T 'T'T"T'T'T'" ' i"T'T"T"l' T"T"T"nTTTT"TTTTT"TTTTTTTTTTTTT T -rT'T "1-rT'T "1CT T '"CT T '"CT T '"T"T"T'T'T"T"T"T'T'T"!"!"' "l"'"!"!"' "l"'"!"!"' "l"'"'r"!"!'l"!' r"!"!'l"!' r"!"!'l"!'.,.,.,.,.,. ,.,.,.,.,. ,.,.,.,.,."T"T"T"T"T"T"T"T"T"T T T ~ 5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

(invisible

colleges) .

Estes

grupos

assim

chamados

se diferenciarem dos "colégios universitários oficiais" university

colleges)

serviram de base

sociedades

e academias científicas.

Seus

para

a

de

encontros (alguns

experimentos

de

pesquisa, avaliavam os resultados

sobre

temas

conclusões cópias

filosóficos

desses

científicos.

como cartas ou atas a

pesquisas

análogas.

participantes dos colégios se se

dispersavam

estruturadas

e

ou

se

tornava muito

como

realizavam e

discutiam

relatos

amigos

Quando

transformavam

visíveis,

participavam

onde

Os

das

e

as

muitas vezes registrados .e

~ncontros,eram

distribuídas

desenvolvendo

e

secretos),

(oficial

criação

membros

regularmente

para

as

que

o

estavam

número

grande, os

em

e

de

membros

organizações

academias

as

mais

sociedades

científicas. As

formas anteriores de divulgação de experimentos

isolados

apenas influenciaram o surgimento das revistas que, com o assumiram

o

papel

investigações.

O

de

serem

os

principais

surgimento das revistas

tempo,

divulgadores

das

significou

que

não

esses

dois tipos de registros acima mencionados, as cartas e

as

atas,

deixassem de existir.

de

papel

entre

os

correspondência

Houve, isto sim, uma

diversos canais de

divulgação

tomou apenas um caráter

definição da

ciência:

de comunicação

pessoal

entre os cientistas e as atas, também conhecidas por memórias anais,

passaram

a se constituir num documento de

a

registro

ou dos

trabalhos apresentados nas reuniões científicas e profissionais.

o

periódico científico, que caracterizou uma nova

56

forma

de

comunicação, era constituido de artigos mais breves e específicos que as cartas e as atas, uma vez que possuia poucas páginas resumido

era

eliminava

todo

qualquer

processo conotação

de

investigação.

pessoal na

Além

forma

de

onde disso,

exposição.

(MEADOWS, 1974; KRONICK, 1976; LAMBERT, 1985) O

processo

registro

e

definitivo

comunição da ciência só foi

passado, , quando

r~v~stas

as

novo

concluído

aQquiriram

substituir os livros.

inclusive, eram

de mudança para o

veículo no

de

século

credibilidade

para,

Os artigos, até aquela

época,

considerados como formas provisórias de comunicação,

sendo

sempre a forma monográfica de livros impressos a preferida para o registro ou

definitivo da ciência.

A visão de que cada

observação

experimento forma uma unidade por si mesmo, só começou

a ter

aceitação no século XVIII. ~

O

para de

declínio

do livro, como meio mais importante

e

completo

a publicação da pesquisa original, foi devido a dois pressão

que

começaram

pesquisadores:

o

custo

produção.

de

sua

a

ocorrer

na

reclamo pela prioridade das Essas

pressões

tipos de

comunidade descobertas

estavam

e

o

intimamente

ligadas, pois se a primeira foi causada pela demora na publicação das

monografias, que comprometia a prioridade, a segunda foi

conseqüência oneravam

da

extensão desses trabalhos, que

a impressão.

Os

cientistas

dificultavam

primeiramente

Assim, os resultados logo apareciam, ficando

a prioridade

de

descoberta e o custo não era

tão

e

resolveram

esses dois problemas através da publicação de suas pesquisas partes.

em

em

assegurada elevado,

se

comparado com a publicação de um livro muito volumoso. 57 l=aculdade de Ble ll oteconom ia • ComuAiceç• B I B L IOTECA

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Essa

forma de publicação, assim dividida, não

completo divisao de

a

comunidade

científica

dos assuntos em partes.

devido,

satisfez

principalmente,

Dai para legitirnizar a

pequenas contribuiçoes de vários autores e de sua

r e gular

em f as cículo s , foi ap e nas um passo .

ocorrer,

definitivamente,

no

a

reunião

publicação

Mas isto só ve io

século XIX,

adquiriram suas características atuais.

por

quando

as

a

revistas

(MEADOWS, 1974)

As primeiras duas revistas surgiram no ano de 1665, com

dois

meses de diferença de início de publicação entre urna e outra.

O

periódico francês Journal des Sçavans começou a ser publicado

em

Paris, semanalmente, a partir de 6 de janeiro daquele ano, e o

primeiro

a

disseminando

regulares

relatos de experimentos e

ana~omia

química, Dava

prover informações

e

metereologia

sobre

observaçoes

(ZUCKERMAN;

sobre

um

dos ramos da ciência

ciência,

em

física,

MERTON,

ênfase, porém, à apresentação de livros que

publicados

a

1971) .

estavam

porque

foi

seu

sendo

editor,

Dennis de Sallo, resumia todos os livros que lia e supunha que que

interessava

Incluía corno

ele, poderia interessar

apresentava necrológico de cientistas

outras

pessoas.

mesmo

a

ano,

revista

pelas

editados.

teve

sua

autoridades

material ofensivo à Inquisição. 1792,

famosos

publicação

francesas,

bem

(ZUCKERMAN;

Depois do décimo terceiro número, em 30 de

temporariamente

até

a

também decisões legais e teológicas em suas seções,

MERTON, 1971) . do

a

o

março

suspensa

por

publicar

Volta a ser publicado em 1666, e

entre impressões e interrupções,

111

volumes

Com a Revolução Francesa sua publicação foi

foram

novamente

58

li llllllllllllllllll lllilllll-mrrrrrrrmIfi IIIIITrrpnrrn IIIIITrrrrrT]Tnlll lrrrrrnrmTIT1TfiTr1TII rrllll rirrrrrmnrmTrilTfl llllllllll ll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

suspensa, sendo reativada em 1816. O

Philosophical

começou

Transactions

da Royal

Society

of London,

a ser publicado em 6 de março de 1665 e é considerado

protótipo das revistas científicas.

Começou como uma

o

iniciativa

pessoal de Henry Oldenburg, um dos dois secretários da Sociedade, para divulgar, de maneira mais ampla, as originais dos membros da instituição.

e

observaçó~s

pesquisas

Tendo obtido uma cópia

Journal . des Sçav,a ns, os membroq pa Royal, Society discutiram conteúdo

e

Concluiram seção

a

possibilidade de publicar

um

trabalho

realizados

experimentos periodicidade A subscrição

dando mais ênfase

e a teológica,

mensal

aos

cientistas.

pelos

foi taxada em

dez libras, mas

também

autorizada

tendo

sua publicação em

a

cópias.

1200

aceitavam o

pagamento de oito, e mesmo de seis libras, para casos Mesmo

a

relatos de

Adotaram

e logo alcançaram a soma de

seu

similar.

que era necessário algo mais científico, excluindo

legal

do

1665,

especiais. a

Sociedade

só assumiu seu financiamento total e a responsabilidade editorial em 1750.

o

Journal

des

Sçavans

e

o

Philosophical

Transactions

contribuiram como modelos distintos para a literatura científica: o primeiro influenciou o desenvolvimento das revistas dedicadas à ciência segundo

geral, sem comprometimento com uma área específica, e se

tornou

modelo

das

publicações

das

o

sociedades

científicas, que apareceram em grande número na Europa, durante o século XVIII. Os

periódicos científicos se espalharam por toda

a

Europa,

59

I rm 1 l ll1 1111lllTllm ll11111111111 111f111111 nlllllllll lllllll r~l l nlll-n1llll l llllll rrlllllllllllllll ~ iillllllllillllllllllllllllillilll rmrrn-1 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

quase

sempre

academias

como

veículos

científicas.

periódicos

de

Ainda

divulgação no

século

porém,

sociedades

e

surgiram

os

específicos

do

XVIII,

científicos especializados em campos

conhecimento, como a Física e a Química. ocorria,

das

Esta especialização não

de uma forma generalizada, pois

os

periódicos

continuavam a ser, predominantement e , n a o especializados . No

século XIX, a produção das revistas

significativamente,

em

pesquisadores

pesquisas.

e

de

função

científicas

do , aumento, Neste

do

século,

cresceu de

número

o

crescimento

permaneceu acentuado, devido ao fato das revistas passarem a também, por editores comerciais, pelo Estado

ser

e

por

De acordo com ZIMAN (1979), o formato geral das revistas

tem

publicadas,

universidades.

inalterado

permanecido (1974 )

durante

três

séculos,

apresenta algumas características que periódicos

primeiros

seus

de

MEADOWS

mas

diferenciavam

sucessores.

essas

Entre

características, podem ser citadas a · prática de publicar o trabalho qual

em

muitos

várias revistas e o uso do latim como a artigos

científicos eram

escritos.

os

mesmo

língua

na

A prática

da

impressão simultânea pode ser justificada pela necessidade de ser obtida uma divulgação mais ampla, uma vez que a distribuição e as assinaturas

dos

primeiros periódicos eram em

número

Publicando o mesmo trabalho em várias revistas, o autor o

número de leitores de seu artigo.

Desta forma,

reduzido. ampliava

os periódicos

não contavam apenas com trabalhos inéditos, como hoje é

exigido,

mas incluíam também reimpressões e até mesmo traduções.

Quanto à

língua, apesar da tendência das revistas de publicarem os artigos 60

Jl rTrTTT1l Jll rrlw rmll 1111JI rnjnll JIIII rn l lllTil mIJI 11íll rllf1liliiiiJIIIII IIII JnlTITII rrrrrn-11 ~I II I IIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIII I IIII J IIIIIIIIIJII I I em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

no

vernáculo

do

especialmente

lugar de origem, o latim

nas

publicaçoes

dos

também

países

era

nórdicos,

aceito, onde

as

por

um

línguas nativas não eram de conhecimento comum na Europa. A

tendência

grande

de

público

publicar numa língua

conhecida

cont inua a t é hoje , com o uso do

id i oma

ingl ês .

Neste idioma são publicadas revistas que pretendem ter divulgação mesmo

internacional,

produzidas

em

menos

países

desen~olvidos.

Se

até

recentemente

o

formato

das

revistas

permaneceu

inalterado, nas últimas décadas, com o avanço da tecnologia, está situação começou a mudar. em

substituição

obtenção

Na década de 60, o uso das microformas

às cópias em papel, surgiu como

opção

para

a

e

da

das revistas, barateando o custo das assinaturas além

remessa, alternativa

de

não

particulares

diminuir

o

muito

bem

foi

nem

pelos

espaço

de

aceita,

usuários das

armazenamento. nem

por

A

assinantes

bibliotecas,

sendo

hoje

utilizada apenas como uma· forma de obtenção de volumes antigos. O

uso

do

computador teve mais sucesso.

diante, os avanços da editoração eletrônica

Dos

anos

permit~ram

em

70

melhorar a

qualidade e aumentar a rapidez na editoração das revistas.

Entre

as tentativas de informatizar todo o processo editorial, as

mais

significativas apresentadas pela literatura são dos projetos EPC, nos

desenvolvido

Estados

Unidos,

e

BLEND,

na

Inglaterra.

(LAMBERT, 1985) O

conceito

de EPCs - Centros de Processamento

Editorial

61

IrrrrrmrnlT] IIIIIITrnilll l lll rn l llll iTm11111111 mrn IIIIIIIIIIII IIITIITITJlTI~lll l l ll l llllllllllllii l iiii l llllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

rrrnnr ll llllll lliillllllllli l 16

17

18

19

iniciou

nos

anos

Foundation.

70,

sob os

auspícios

da

Constitui-se num empreendimento

publicadores,

National

Science

cooperativo

com a finalidade de oferecer suporte

entre

automatizado

para todas as etapas envolvidas na produção das revistas, visando o barateamento dos custos.

Essas etapas vão desde a submissão do

trabalho pelo autor e a avaliação pelos pares, até a e

impressão

administração

das

revistas.

editoração,

As

dificuldades

encontradas para a viabilização desses centros foram referentes à compatibili~ação

autores se

dos equipamentos e processadores ·de textos

e dos árbitros.

dos

Hoje, grande parte desses problemas

encontram solucionados e quase todas as

revistas



americanas

se encontram totalmente automatizadas.

o

projeto

Network

BLEND

Development

universidades mais

na

- Birmingham

and

Loughborough

- foi desenvolvido na década de

dessas cidades, na tentativa de avançar

produção das revistas.

automati~ zar

Além de

Eletronic 80,

pelas

um

pouco

todas

as

etapas do processo, o projeto financiado pela British Library

se

constituiu

numa alternativa de substituição total da

impressa

pela

armazenagem

do

viabilização

artigos

e,

As dificuldades encontradas

para

eletrônica

seu acesso.

conseqüentemente,

foram

programa

publicação

dos

referentes,

à

também,

compatibilização dos equipamentos e programas, apresentando ainda como

limitação

os

altos custos envolvidos.

Como

não

obteve

aceitação total dos participantes, a avaliação final concluiu que as

revistas

em papel, tal como se apresentam

hoje,

ainda

vão

existir por algum tempo.

62

11lfrrl IITI r1nITITííí!l l iTIIIIIIII rj n1111 íírj IrrrrmlTIII'TITIWfllTIIlTnTrlfmllllTnTIIIIII!IIIIII Ill llllllllll ]lllli11111111111111111111111111111 r1 em

1

2

3

4

5

6

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8

9

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14

15

16

17

18

19

2.2.4

Proliferação e Controle

Depois

de sua criação, no século XVII, o número de

técnico-científicas cresceu de forma exponencial.

revistas

A contagem

do

número dessas publicações é sempre feita por estimativas, uma vez que

se torna difícil e até mesmo impossível, pelo número,

pela

distribuição geográfica e pela falta de mecanismos eficientes c~ntf~le,

que,

sape~

o número exato de

revistas

de

téc~iço-cient~ficas

em nível mundial, circularam no passado e circulam hoje

no

mundo. Um

dos

trabalhos mais importantes nesse sentido

foi

o

de

SOLLA PRICE (1975) que utilizou o fator aleatório 10 para estimar o

aumento do número de periódicos a cada meio século.

O

autor

partiu do ano , 1750, quando havia em torno de 10 revistas técnicocientíficas cálculos,

sendo o

publicadas no mundo.

Em 1800,

segundo

número aumentaria para 100, em 1850 para

1900 já seriam 10.000 e em 1950 seriam 100.000.

seus

1000,

Em 1960,

em

quando

elaborou a estimativa, já seriam em torno de 163.840 títulos, e a partir daí, com o progresso verificado na área científica, a taxa dobraria a cada 10 ou 15 anos. MACHLUP; encontrada seriadas

LESSON

(1978)

consideram

por Solla Price era referente a todas existentes,

científicos

e

estimativas

do

Serials

e outros

e

não

apenas Os

técnicos.

referente

autores

citam

que

~s

taxa

publicações

aos

periódicos

também

número de publicações seriadas como a

Bibliography que encontrou a quantia de

a

85.000

outras

da

Bower títulos

63

IIT1Trrrnmrl ri rTI~mJllTIII ri IrllllTJlll l rrnlllTfTTITITj IJlllTII rrmmll llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll lllll lliillllllllliiliilllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

publicados

sendo

(International títulos

mundo,

Standard

em

Serial

1975,

Number)

e

do

que

ISSN

Index

registava

70.000

de publicaçóes seriadas, na mesma data.

justificando em

no

Esses

ainda a quantia encontrada por Solla Price,

seu trabalho que aquela estimativa se referia às

fundadas KING

e

e

o

~e

nao necessariamente

outros

primeiras

autores,

às

publicaçoes

(1981) concordam com

esta

histórico

dos

publicaçóes

sobreviventes.

colocação

estimativas dos periódicos existentes,

.. crescimento . .

diziam

e

sobre

as

acrescentam

periódicos

técnicos

e

científicos nao é conhecido exatamente. Além

do

confiáveis, das

número de títulos das fontes existentes existe uma grande dependência ao tipo e ao

publicações que elas incluem.

definição

serem

conceito

Isto é ainda confirmado

trabalho de GOTTSCHALK; DESMOND (1963) a

nao

~e

pelo

tendo trabalhado

específica para publicações seriadas,

com

limitando

a

estimativa à cobertura de assuntos científicos e técnicos, chegou ao

número de 35.300 títulos em 1961.

Como pode

ser

observado,

este número difere significativamente dos trabalhos anteriormente citados. Além das estimativas do

montante de títulos serem falhas,

taxa anual de crescimento também varia.

De acordo com o trabalho

de SOLLA PRICE (1975) a taxa anual de crescimento seria em de 5%, bastante diferente. da de KING e outros (1981} que em

of

Science, citada pelos próprios autores,

torno

giraria

torno de 2,7%, para o período de 1960 a 1975, ou da

Academy

a

National

que

indica

para o mesmo período um aumento anual na ordem de 2,5%.

64

rTJ1TTnTITITrTTTTjT1Trf1111JI nTr11l 1J1111 rrnl llT1lTr11J111111lT!f1 li fi nl Jlllll ll rr11 íllTr11 em

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11

12

13

14

15

16

17

18

19

Tanto KING e outros (1981) quanto SINGLETON (1981) consideram a

British

de

Library

Lending

Division

denominada

atualmente

National Lending Library for Science and Technology - como

fonte hoje

mais

confiável sobre a extensão da

existente, por

"coletar elas

ser

um

dos

literatura

objetivos

dessa

periódica instituição

todas as publicaçoes seriadas, em nível mundial, e

prover

uma

base mais ou menos

estável

a

para

com

estimativas

estatísticas" (SINGLETON, 1981, p.116). O fato de ser este um

de

seus objetivos 'não assegura que ele seja alcançado plenamente.' Os autores ·que consideram este setor da British Library a

melhor

fonte

diferenciada. número

ao

Division, KING

e

utilizam

seus

dados,

no

entanto,

de

forma

Os dados apresentados por SINGLETON (1981) de

publicações

seriadas

recebidas

como

quanto Lending

pela

em 1978, indicam 50.000 títulos, enquanto os dados outros

(1981) indicam

54.700.

O

de

arredondamento

possivelmente ocorreu, é tão significativo que correponde a

que mais

da metade do número total de publicações seriadas publicadas

nos

Estados

apontado

por

Além das dificuldades em estimar o número de periódicos,

que

Unidos, em 1978 (8.915 títulos), conforme

KING e outros (1981) .

é

sempre crescente, ZIMAN (1981) preocupou-se em apontar

do crescimento das este

crescimento

das

mudança.

não

Isto

conhecimento. peso

publ~caçoes

áreas Diz

é

e suas consequências. Diz ele

homogêneo

nas

diversas

é devido, principalmente, à

científicas

razões

e técnicas

que

também o autor, que o volume de

que do

áreas

importância

estão

sempre

literatura

e em

numa

determinada área - em geral e não apenas de revistas - pode levar 65

l~lTfllll ll-rrm1l~Til iiTIIl-rmnrrl r n rr1 1 rTrfT1lTill lll lll llllllllllllll l rlllllll llllllllllllll llllllllllll rl llllllllllllllllllllllllllllllllllllllll em

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11

12

13

14

15

16

17

18

19

50

anos

para

ocorrer

dobrar, enquanto em outra

esta

duplicação

em cada 10 ou 15 anos. " Proliferação de literatura

é, contudo, um sinal de doença ou de saúde na ciência. " A • ser uma consequenc1a natural do progresso científico"

que

pode não

Ela

pode

(p.369).

vale para a literatura científica vale também para o

O

número

de revistas. ZIMAN no

(1981) apresenta, ainda, um outro problema que

crescimento de

número

do

de

número

trabalhos

numa

revistàs.

qiz ele

que

determinada

área

aumenta

influi

quando

o

muito,

a tendência é criar revistas mais especializadas ou as existentes se

subdividirem.

Do ponto de vista do leitor, isto

seria

uma

vantagem, já que a quantidade de literatura que ele pode

comprar

e

ou

ler

é

limitada.

subdivisão

Esses

aumentariam,

procedimentos

de

criação

de

no entanto, cada vez mais a

número

fazer estimativas

é

de

títulos. Tão

difícil

quanto

mundiais

indicar

estimativas nacionais confiáveis, sendo que a dificuldade é

mais

acentuada na razão inversa do desenvolvimento do país. Nos Estados Unidos, onde os dados de ciência e tecnologia são de

grande

importância para o governo, as

número de publicações é mais confiável.

O

informctções

sobre

o

país é apontado como o

maior produtor de revistas técnico-científicas (4.417 títulos) de

outros

títulos), boletins

tipos

de

periódicos

técnico-científicos

incluindo-se nesta categoria os boletins informativos (newsletters) e periódicos

e

(4.468

(bulletins), industriais

e

comerciais (industrial trade periodicals) . (KING e outros, 1981) 66

rrrrrmrr11l íflrrnrmll ll rrrmlllTITrrl llll 1111Trfllll 1J IIII IIIIII I1-nrnwl ~ 111111 11 riiiiii iiiii iiiii iiii iiiii iJIII IIIIIIIIIIIII iillllll lllll lllll llll em

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15

16

17

18

19

A

Inglaterra

publicaçoes apontadas

segundo

(1981),

SINGLETON

por

em

vem

seriadas aqui

tendo

em

porque

lugar,

conforme

produzido

1978.

8.329

As datas,

estimativas

mais

apontado

é

1978

títulos

de

1981,

são

e

recentes

não

foram

encontradas. No

Brasil, a primeira tentativa de controle dos

publicaçoes

periódicas foi feita pelo Instituto

Bibliografia Periódicos

e

Brasileiros

publicação incluiu Outra

edição

incluindo

1087

apenas

tecnológica,

incluiu de

a

periódicos

como

a

título

1956.

em

2927 __títulos

e

mesmo

nova

da

A

agora

científica

denominou-se agora

de Informação em Ciência

título,

edição,

área

Ciência e Tecnologia, já

Brasileiro

recebeu

publicada

Em 1977, urna

Periódicos

publicada e

e

pelo

Tecnologia

Em 1987, uma atualização foi feita,

IBICT - sucessor do IBBD. e

teve

de

títulos, de todas as áreas da cultura.

periódicos.

limitando-se

Instituto

Cultura,

Brasileiro

foi publicada em 1968, ainda com o

2049

Brasileiros

de

e

IBBD

Documentação

títulos de

denominação

de

Guia

Seriadas

Publicações

de

Brasileiras, ampliando o tipo de publicações incluídas.

Porém, é

de se estranhar que, mesmo com tal simplificação, tenha diminuído o

número de títulos que apresenta, pois referencia Esta

títulos.

obra indica

qu~

"arrola

apenas

publicaçoes

principalmente periódicos de interes~ para as áreas e

tecnológicas" sem definir o que seja este tipo

(IBICT,

1987,

informa

que

consideram

Apresentação, p.S). Também na a obra inclui "apenas aquelas

1577

seriadas, científicas

de

sua

publicação

apresentação,

publicações

como correntes, mesmo que não estejam sendo

que

se

editadas

67

1l1Tr11rmlllTllllTITJTnT[TIIIJIIII[IIIIJlllll lliiJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIII em

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15

16

17

18

19

da

dentro

periodicidade

estabelecida".

Mais

adiante,

o

apresentador acrescenta: "0 guia não se limita apenas a arrolar os periódicos primários de cunho estritamente científico, embora, por outro lado, não pretenda incluir publicações de caráter meramente noticioso ou de interesse passageiro. Além das publicações seriadas primárias, aqui tamb ém se acham registradas publicações secundárias, como bibliografias, índices e publicações de resumos". indicando

..

portanto

publicações Pelas Brasil, de

que,

. seriadas

além

dos

.

periódicos

científicos

de natureza secundária são também incluídas.

informações

aqui apresentadas,

verifica-se

fazer estimativas e controle das publicações

cunho

as

técnico e científico é ainda mais difícil

que,

no

periódicas do

que

em

âmbito internacional.

2.3

Produção das Revistas Técnico-científicas

No Modelo de KING, apresentado anteriormente neste trabalho, o sistema de produção das revistas técnico-científicas é por

participantes e atividades, que se estruturam para Os

publicações.

as

(publicadores, descritos

de

participantes

formado produzir

significativos

mais

editores, comissões editoriais e árbitros) forma conjunta com as atividades

que

serão

realizam

e

posteriormente o produto por eles publicado - as revistas - serão descritas pelas características que apresentam.

68

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17

18

19

Participantes

2.3.1

e

Atividades

Publicadores

2.3.1.1

KING

e

marcantes

outros (1981) observam que dos

periódicos

uma das

científicos e

técnicos

variedade de tipos de publicadores envolvidos. entende

as

reprodução

características é

Por

t

seus diretores.

grande

publicadores

instituiçoes responsáveis pelas funçoes e distribuição das revistas, sendo

a

de

edição,

representada

por

I

Classifica os publicadores em 4 grupos:

Sociedades

e

Associaçoes, incluindo



as

sociedades

científicas e as associaçoes profissionais ou comerciais; Publicadores comerciais, que inclui todas as empresas realizam

a publicação de revistas unicamente para a obtenção

que de

lucro; Instituiçoes educacionais, incluindo as

universidades

e

e outras instituições de ensino; Outras

instituições

ou

publicadores,

onde

inclui

as

agências governamentais, corporações, organizações não lucrativas e outras não determinadas. A classificação acima não é a única existente na MACHLUP; LESSON e outros (1978, p.l9) apresentaram um

tipo

também

classificação em

Publicadores que

não

4 grupos:

religiosas,

agrupando

Associaçoes ou

os

Sociedades

Comerciais, Editoras Universitárias e

visam

organizações

semelhante,

de

lucro.

Nesta

última

categoria

pesquisa, fundações, organizações

outros

departamentos

69

universitários

literatura. anteriormente publicadores

Profissionais, Publicadores incluiram políticas que

não

as e as

Editoras Universitárias. Independente

da

classificação

adotada, o

universidades,

tanto

suas

ou departamentos, são

unidades

fato

é

através de suas editoras como publicadoras

que

as

através

de

de

revistas

técnico-científicas. JEANNERET possibilidades percebido

(1961)

considera

de

universidade publicar

mais

.

facilmente

da

propósitos

uma

por

pesquisa

responsabilidades

das

na

que

os

aqueles própria

universidades

propósitos o

que

que

produz

compreendem

universidade. com

a

as

e

é

os as

Se

pesquisa

não são

perfeitamente entendidas por seu público, a responsabilidade

por

publicar os resultados dessas pesquisas é ainda menos provável de ser entendida. O público alvo das publicações universitárias é,

a

própria comunidade universitária, formada

por

normalmente,

pesquisadores,

docentes e alunos, que se abastecem de novos conhecimentos para a e

pesquisa

ao

ensino.

Isto

não

significa, porém,

fiquem restritas apenas à universidade

publicações mas

o

conjunto

de

universidades de

um

país,

que

as

publicadora, ou

mesmo

do

exterior. Embora canadenses, funções

das

pesquisa, A

JEANNERET (1961) refira-se

apenas

podemos

observações,

generalizar

suas

às universidades

universidades são as mesmas para todos

ensino

pesquisa

-porque os

as

países:

e extensão. pode

ser

entendida como

toda

a

criação

de

70

~ 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 em

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17

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19

conhecimento

e estende-se até os limites da divulgação do expressos,

produ z ido,

como

diz BUFREM (1991)

através

saber de

uma

política editorial compromissada com os objetivos universitários. A

necessidade

de começar uma revista parece

ser

persistente

nas unidades universitárias, especialmente

que

a

sentem

necessidade de expressao ou

mesmo

um

apelo

naquelas

de

adicionar

prestígio (HARMAN, 1961). PAGE e outros (1987) acrescentam que as ra z ões

típicas

entusiasmo

e

referentes a

para o

g~po

um

desejo

de

registrar

seus trabalhos e

Qu alquer

publica+. uma

pode

circular

são

o

informaçoes

atividades~

que seja a razão para criar uma revista,

representar uma responsabilidade não

e

revista

contínua

ser estimada na sua totalidade.

da

ela

irá

universidade, que

Por

isso,

corno

diz

(1961), é necessário que sejam estabelecidos critérios que

HARMAN

subsidiem

as

prioridades

das

instituições

universitárias

na

publicação de revistas.

Editores

2.3.1. 2

editor é a pessoa responsável pela publicação

O

perante

a

instituição publicadora, em termos

conteúdo e de programação visual.

de

da

revista

qualidade

de

Como diz PAGE e outros (1987,

p.13) "o termo 'editor' é usado em editoração para indicar muitas tarefas diferentes".

Consideram que na publicação de uma revista

há pelo menos 4 tipos de editores,salientando, porém, que vezes

uma

editoriais.



pessoa

é

responsável

por

todas

as

muitas tarefas

Os 4 tipos - sem tradução específica em português

71

ji~l iiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiilijiiiijiiiijliiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiilijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiijiiiljiiiijiii em

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19

são aqui descritos com as atividades específicas que realizam: editor

comercial (publisher's

editor):

responsável

por

desenvolver as revistas como produto comercializável; editor científico: os editores das seu

cont e údo

revistas

preocupados

com

o

assessorados

por

editores regionais, de tópicos

específicas,

intelectual,

pode ndo ou

de

ser seçoes

particulares ; (scientific editor); editor redator (redactor nos Estados Unidos) :

responsável

pela apresentação gráfica e visual da revista· e pela impressão; editor editor) :

administrativo

cuida

podem

editor

do produto depois de impresso e Os

administrativas. tarefas

(managing

ser

próprios feitas

autores

por outros

ou

production

das

atividades que

reconhecem editores

ou

estas

mesmo

por

científica,

nas

funcionários administrativos. Uma áreas

pesquisa de

americana sobre

comunicação

Ciências Sociais e Humanidades (SCHOLARLY,

1979),

tratar dos cientistas desempenhando a função de editor,

ao

salienta

que editorí'é um termo que cobre um grande número de ocupações que exigem

diferentes

habilidades"

(p.Sl).

A

pesquisa

também

identificou os 4 tipos de editores acima descritos. Reunidas ou divididas entre várias pessoas, as atividades editor editor, porém,

são específicas e variadas. as que

atividades devem ser um

confie

no

Se a revista tem mais de divididas,

trabalho

do

sendo

outro,

e

do um

assegurado, haja

que

possibilidade de encontros sistemáticos e comunicação entre eles, 72

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18

19

mesmo que pertençam a instituições diferentes. PAGE e outros (1987) indicam as atividades desempenhadas um

ou

vários

revista,

editores:

formulação da

política

por

editorial

da

estabelecimento da lista de interessados em adquirir decisão

revista,

sobre

o

cont e údo

editorial,

escolha

a dos

árbitros, decisão sobre que trabalhos publicar, acompanhamento do fluxo

editorial

e estabelecimento de rotinas

de

t

trabalhos Além

registro I

submetidos

I

e comunicação com os autores

e

disso, cabe ao editor assegurar que o material

impressor

esteja

consistente, sem

claro,

organizado, tornando a leitura fácil. os

incluídos apresentação

aspectos

normalização

uniforme e visual do texto. feita . por

ser

poderá

de

profissionais

árbitros. enviado

ambigliidades

Neste

sentido,

e

deste

ao bem

estão

bibliográfica Parte

dos

I

aí de

e

trabalho como

especializados

bibliotecários, programadores visuais e revisores, entre

outros,

mas a coordenação de todo trabalho é feita pelo editor. A

pesquisa

acrescentou

realizada nos Estados Unidos

1979)

(SCHOLARLY,

que, em pequenas organizações, o editor

generalista

ainda sobrevive, fazendo um pouco de todas as tarefas editoriais, acrescidas ainda de

tarefas administrativas ou mesmo específicas

de outras áreas como a promoção do periódico. revistas

pequenas

declararam

ser

Os editores dessas

responsáveis

também

solicitação de manuscritos, pelo exame preliminar dos seleção

dos

árbitros,

manutenção

da

é acrescentado

trabalhos,

corresponàência

autores e todas as atividades anteriores à impressão.

pela

com

Isto

os tudo

às atividades rotineiras de ensino e pesquisa, já

73

11 íi iTrírpillf11111 rr1í1 IT~lllll i iT!Trrrrmlliiiiiiiiiiiiii i i iiTi lli ll illlllil ll ITrll iiii iiiii iiTII IIIII IIIII Iiilllllll llllllllll llllllllll llll em

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18

19

que grande parte deles são também professores universitários. O'CONNOR

(1978), tratando das responsabilidades

editoriais,

considera que o editor deve ter autonomia em suas tarefas, mas ao mesmo

tempo

deve

observar as

tradições

existentes

na

"Autonomia permite ou estimula os editores a publicarem de sucesso. editor

um

interesse

ativo por

qa revista, pela política

definir

e

redefinir

e . cob~rtura editor~a~,

recrutar os membros da comissão editorial ou o grupo de (p.128).

regulares"

revistas

Com os olhos mais no sucesso do que nos problemas, o

torna

opjetivo~

área.

Esse autor destaca que urna

das

e

os por

árbitros principais

responsabilidades do editor em relação aos autores e aos leitores é publicar os trabalhos o mais rapidamente possível. Preocupandose

com

os leitores, o autor recomenda também os

escrevam

editoriais

da

revista,

que

orientando

os

editores aos

quanto

objetivos a que o periódico se propõe, sua política editorial que façam uma apreciação dos artigos que estão sendo Desta

forma,

ou

publicados.

diz ele, é mais provável que os leitores

dêem

um

sobre

o

retorno sobre a aceitação que a revista está tendo. ALTBACH papel

salienta que são poucos os estudos

(1985)

dos editores na literatura sobre

comunicação

científica,

embora sejam eles as pessoas mais importantes para decidir o será

Considera

publicado.

tendências provável

da

que se eles estiverem

cientes

área da revista, e altamente motivados,

que o periódico tenha sucesso e sobreviva.

que

é

das muito

Apesar

de

reconhecer que é difícil generalizar, afirma que grande parte dos editores

dos

países

respeitabilidade

na

desenvolvidos área

são

e desejosos

cientistas

de

alguma

dedicar

seu

tempo,

de

74

1111 1111 11111 11111111 rfTnTITII nIrrrrl rrr~TIIII rrrrrrfTTITill 111TírrrrrmT1llTf1Tillllll llll lil llll lllllll ll lT11TfiTTTllllTJl ITrlllll lllll llllllll illlllllllll li llllllll llll em

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19

energia

e

disciplina nessa tarefa.

remuneração

Muitos

deles

não

pelo trabalho realizado e dividem seu tempo entre

ensino, a administração e

a editoração da

revista.

de

vivência

no

Geralmente o

editoriais meio

ao

menos

razoável

conhecimento

árbitros

de

acadêmico com editores

lE7vam

o

ou

5

sobre

anos

membros

trabalhos, de

além

outras

parq

o

editores,

compensam esta falta pela experiência anterior como comissóes

o

Segundo

autor, raramente possuem treinamento formal para serem mas

recebem

da

revistas. um

desenvol v~ r.

editoração.

Em países em desenvolvimento, o autor reconhece que a ·função de

editor

é ainda mais difícil e complicada, uma

existe

tradição em pesquisa e publicação e a

falha,

tanto em pessoal quanto em tecnologia.

que

as

Completa

das revistas é muito grande e torna difícil independência

alcançar

editorial.

que

ao

é

dizendo

manter

o

editor carência

Acrescenta-se a

trabalhos publicáveis, especialmente no

não

infra-estrutura

pressóes das universidades desses países para

controle

de

vez

ambiente

acadêmico,

onde raramente existe pressão para publicar ou onde a

recompensa

de prestigio é maior para quem publica no exterior. No dos

Brasil, COSTA (1989a) considera que a falta de preparação

editores para a editoração ocasiona atitutes improvisadas

artesanais, prejudicando M.B. (1978), país

não

os

a publicação das revistas.

Para CUNHA,

poucos divulgadores científicos que

foram

preparados

para o

desempenho

e

existem

da

função

no que

I

I

( exercem, recomendando que haja uma preocupação maior dos cursos universitários em relação a sua formação. l 75

mnnr lll lllll lliilllllllllii liillllll

iiiiTJ-nTmlTil iiiTn-lll r mIJIIIIII rrflTmllllllll lill rn-r mTIII ~lll l l il l iiiiiiiiiiiiii J IIIIIIIIII n em

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14

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16

17

18

19

Comissão Editorial

2.3.1.3

O

processo editorial pode ser organizado de

muitas

formas,

mas quase todas elas incluem um grupo de pessoas que assessoram o editor na tomada de decisoes.

Trata-se da comissão editorial.

Essa comissão atua em dois tipos de atividades: as atividades relativas

à avaliação dos trabalhos e as relativas

editorial como um todo.

ao

processo

A maior parte dos estudos se referem

ao

primeiro grupo de atividades, mas poucos se destinam' a explicitar' ' contribuição dessa comissão em tipos de tarefas

a

tomada

de

decisoes

sobre a política editorial

referentes e

ao

à

processo

editorial como um todo. Para como

GORDON

árbitros

(1983), os membros dessa comissão dos

trabalhos,

ou

podem

podem

auxiliar

atuar

o editor na

seleção dos árbitros e na seleção de que trabalhos publicar.

Na

organização de algumas revistas, os membros da comissão editorial servem como editores de seções especializadas, sendo este tipo de arranjo mais adequado para revistas que cobrem extensas áreas conhecimento.

do

Com isso, o editor não precisa saber detalhes e se

manter atualizado em todos os assuntos abordados pela revista,

e

nem quais as pessoas mais significativas em cada uma dessas áreas para servirem de árbitros. com

Trabalhar

uma

comissão

editorial

apresenta

pontos

positivos no processo de editoração, como os abordados acima, mas também

pode trazer certas dificuldades.

Entre as

GORDON

(1983) observa que, num grupo, nem todas

desvantagens, as

pessoas são

igualmente responsáveis, trabalham no mesmo ritmo, ou possuem

os

76

11~ n~llll 11111111111111TIIIIIII1lfiTmT1111 n 11 írTí!ffi11 nli f~llTfl fTT!rTTTlT 111111111 ml!lllllllllllllllllllllllllllllllllillliiliillllliilii l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

mesmos Isto do

tipos

de critérios para tomar .as

decisóes

editoriais.

pode gerar conflitos que aumentariam ainda mais o editor.

Esse autor apresenta algumas

minimizar

o

recomendaçóes, utilizar

a

a

comissão

próprios

escolha

9S, ~embros

da

podem apenas

apresentaria

para avaliação,

tarefa de apreciação dos

cuidadosamente

que

cabendo as decisóes finais todas para

formulários

comissão

A

problema:

sugestóes

trabalho

o

editor;

q1.1ando

trabalhos;

e

cabe

à

selecionar

qa comissão editorial.

comissão editorial é tão

importante

para

a

qualidade de uma revista que os estudos preocupados em avaliar os periódicos este de

brasileiros

item.

atribuem

os

mais

altos

Uma revista recebe pontuação 5 - o mais alto

pontuação- para BRAGA; OBERHOFER

para

pontos

(1982), quando a

editorial é formada por especialistas de comprovada

número comissão

competência,

mais 3 pontos se a comissão é interinstitucional. Entre sugere

os critérios de escolha dessa comissão, GORDON

que

sejam selecionadas pessoas que já tenham

atuação

boa

árbitros,

como

concenciosas e justas, quer devolvendo prontamente os Esses

terão mais possibilidades de dar boas

comprovado avaliaçóes

elaborando

quer

(1983)

trabalhos.

contribuições

como

membros da comissão editorial.

2.3.1.4

Os que "o

Árbitros

árbitros, numa conceituação simples, são aquelas

opinam sobre um trabalho, antes dele

ser

pessoas São

publicado.

eixo em torno do qual gira tudo o que se refere

a

ciência",

77

TiTTi 11111111111111111 jll l~llll l111111111111 1lf11111 1ll llTn il l llllllll ííííFííl rílf~lTillTííífTITmrrrrnmrrm 1111111111111111111 i 11111111111111111111111111111 1 em

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2

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7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

segundo

ZIMAN (1979, p.124).

Em outro trabalho, o autor

define

os

árbitros como sendo "os peritos anônimos encarregados de

os

artigos

aceitação

apresentados para serem publicados, ou

avaliadores

rejeição" do

discutido

na

área

controvérsias represeptam

que

da

produzido

comunicação

encarregados

Seu

sido

científica,

de

papel

a de

intensamente tanto

que

da? novas idéias.

ce~spres

filtros que removem as contribuições os

tem

apresenta como pelo perigo

como

recomendando

(ZIMAN, 1981, p. 118).

conhecimento

ler

os

árbitros agem

cpmo

indesejáveis, mas são

eles

avaliar

quem

Eles

pelas

deve

receber

as

recompensas

baseadas no desempenho da atividade científica.

Na

prática,

a

situação

condição

humana

também

é complicada pois

pela

sua

permitindo

que

trabalhos não tão valiosos sejam publicados, enquanto outros

que

os avaliadores cometem

sabe-se erros,

que

poderiam representar uma inovação são rejeitados.

O processo

é,

portanto, passível de subjetividade. Muitas mas

críticas

nenhuma

ciência

já foram feitas ao processo

sugeriu

mantém

sua

de

sua extinção, pois é através

avaliação, dele

que

qualidade.

A vantagem em não usar a apreciação seria a rapidez com o

processo de publicação poderia ser realizado, mas traria

Apesar

de

apresentar deficiências,

é

através

processo de avaliação que o artigo aceito para publicação

que como

desvantagem o risco de decisões mais erradas do que o sistema apresenta.

a

já do

recebe

o "imprimatur" de autenticidade científica, fornecida pelo editor e pelos árbitros que forem consultados.

(ZIMAN, 1979)

78

r

lTfiiTI1llllTIImrnrrr llllll lllTi 111111111111111~111111lTI n-nllTIIl iiTII mlfiTflTrrl rn-rnrrrlTííílrrmrrll fT'TI1IIIIIIIIillllillllllllllllll nliillllllllillllllllllllllll l em

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7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Contudo, julgam

autores

mais

críticos,

corno

O'CONNOR

que o sistema de avaliação pelos pares, corno

não tem uma prova assegurada de sua eficácia. as

fraquezas

Até

do sistema ainda não haviam sido

(1978)'

é

chamado,

recentemente,

examinadas

e

o

próprio sistema não havia sido submetido a urna avaliação. As críticas mais comuns destacam a demora que tal causa

publicação,

à

seguidas do

elitisrno,

avaliação

conservadorismo

e

também da possibilidade de'plágio. O'CONNOR

(1978),

explicando

essas

árbitros

são

escolhidos por sua

assunto,

mas

isto pode acarretar a

teorias mais

críticas, diz

especialidade

em

aceitação

de

e procedimentos que fecham as portas para

inovadoras na área.

que

determinado determinadas

contribuições

Para o autor, porém, o plágio,

das críticas mais severas feitas aos árbitros.

é

uma

Eles são acusados

de prolongar a avaliação, enquanto incorporam em sua pesquisa em

suas publicações os resultados ou métodos dos

avaliam.

Para

rapidez

trabalhos

que isto não ocorra, o editor deve

da avaliação.

os

ou que

insistir

Este mesmo autor sugere quP. o prazo

na

deva

variar em torno de duas a três semanas. Em visto

muitos

de

manuscritos

simplesmente como um sistema de aceitação ou

trabalhos. ele

casos, o sistema de avaliação

rejeição

é de

Todavia, o processo de apreciação é mais do que isto:

visa

educar os autores, sugerindo correções na forma

apresentação

das

contribuições submetidas.

As

críticas

e

na

devem

auxiliá-los, sobretudo, para a elaboração ou redação dos próximos trabalhos que desejam publicar. 79

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

A Além

avaliação disso,

remuneração

criteriosa demanda tempo

não

traz

reconhecimento

para

seus

participantes.

para

ser

público Mas

e

realizada.

muito

muitos

menos

cientistas

consideram a tarefa como parte de suas obrigaçoes com a

ciência.

Alguns

consideram

enquanto

outros

a

vêem

carreira,

ou

informação mesmo

sua

indicação como

honraria,

como um trabalho potencialmente

mesmo

mais

educativo,



que

eles

atualizada na sua área de

útil

para

terão

sua

acesso

conhecimento,

à

antes

dela ser publicada. Uma

forma

publicar

a

de recompensar os árbitros pelo

lista

dos

avaliadores

fascículo (O'CONNOR, 1978). a

uma

pequena

frágeis

que

seu

colaboraram

MEADOWS (1974) acha

sistema

de

avaliação,

em

que

recompensa recebida pelos árbitros é do

esforço

um

é

cada

a falta ou dos

acrescentando

pontos que

o

reconhecimento do editor é um retorno insuficiente e só é válido para

o

cientista em início de carreira.

cientista

O tempo gasto

por

para analisar um trabalho, é tempo que ele perde

um para

sua própria pesquisa, com a agravante que esse tempo dispendido é utilizado para ajudar um competidor potencial. A escolha dos árbitros é outro ponto a ser considerado.

Deve

obedecer a critérios, não recaindo apenas no editor, que divide a tarefa

com

a

comissão editorial.

Entre os

critérios

escolha dos árbitros deve pesar o seu conhecimento e

sua

isto.

representatividade na área (LINDSEY, 1978). A

estipulados

justiça e

nos comentários,

o

cumprimento

as críticas construtivas também

são

a

especializado Mas dos

não



prazos

importantes

para o desempenho das funções de avaliação (GORDON, 1983). 80

para

Se

o

editor de

contar com a comissão editorial para realizar o deve ser assegurado que todas as

avaliação,

Pela

revista

estejam

representadas.

Mas,

áreas

no

esta representatividade, pode lançar mão

externos

desde

que

seja assegurado

que

os

cobertas

caso

conseguir I

trabalho

de

de

não

árbitros

critérios

acima

estejam presentes.

os · árbitros

geralmente fazem seus

comentários

de

maneira

COnfidencial , e suas críticas SÓ estão disponíveis para O e

o

o

autor.

anonimato deve ser facultado

ao

editor

avaliador

para

evitar constrangimentos e para protegê-lo da reação dos autores, quando se tratar de trabalhos rejeitados. do

do trabalho a ser avaliado e a

au t or

instituição

de

origem devem ser

Da mesma forma, o nome identificação

omitidos.

Este

de

sua

procedimento

.evita influenciar a decisão do árbitro na apreciação do trabalho. GORDON

( 19 8 3 )

anônimos: ficam

apresenta 3 razões para os árbitros

se

manterem

- porque eles preferem se manter assim; - porque

mais

livres para expressar suas críticas; -

e

eles

porque

editor

pode perder o controle do que é sua competência, uma

que

identificação

a

permite que a comunicação

entre

o vez

autor

e

avaliador possa ser feita sem a sua interferência. O~

árbitros conferem legitimidade e autoridade

selecionando apenas

as

contribuições.

Na prática,

é

revista,

à

impossível

bons trabalhos sejam submetidos a uma revista,

e

que

também

que, mesmo recomendados, todos sejam aceitos para publicação.

Se

a

de

taxa de aceitação for alta, pode significar que o

avaliação é permissivo.

sistema

Mas, por outro lado, pode indicar que

a

81

[I

em

1

2

3

li i Ii i i i Ii i ll[llTrírr 111 i i i i Ii llllT1 11Irllljll11f111Trrmrr~llT~ 1111 i 111[11111 i i 1111 i i i Irrrrm 4

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9

10

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14

15

16

17

18

19

ma i or seus

p arte dos autores "teve cuidado suficiente na trabalhos,

devem

aprovar"

feitura

de modo a satisfazer os padróes que (ZIMAN, 1979, p.128).

problema por outro ângulo

os

LINDSEY (1978)

de

juízes

aborda

o

e compara a taxa de aceitação com a de

publicação para determinar aquilo que denomina "poder editorial". Isto

significa

que

n em todo s

os

artigos

r e c omenda dos

p e los

árbitros são aceitos para publicação, e que este poder de decisão cabe a o editor. I

I

A

pesquisa nas

científica (SCHORLARLY

áreas

de

Ciências

sobre

Sociais

a

comunicação Humanidades

e

e aceitos pelas revistas americanas.

também

submetido

nos Estados Unidos

1979) revelou ser variável o número de

I

submetidos sugerem

feita

que

o

número de

apreciação

à

vezes

antes de ser

que

manuscritos

Os um

publicado

resultados

manuscrito também

varia,

·justificando a opinião de ZIMAN (1979 , p, 126) : "a rejeição por

uma revista não impede a publicação do trabalho por

indicando ser

feita outra",

que uma vez escrito, o trabalho terá grande chance

publicado

por uma ou outra revista.

Mas este

dado

é



de os

autores poderiam revelar, e eles nem sempre o fazem.

Fluxo Editorial

2.3. 2

O pelo

çonjunto de etapas pelas quais passa o trabalho autor

fascículo Este

até de

fluxo

sua

distribuição

como

artigo

uma revista impressa, é chamado

integrante

Fluxo

recursos

do

Editorial.

é formado por etapas que se sucedem e que

maior ou menor rapidez e de acordo com os

produzido

vão,

com

disponíveis,

produzir uma revista como um bem de consumo industrializado. 82

lllllllllllllllllllllllllllllllllilliilllllliliilllllllllllllllliliilllllllllllllllllllllllllllliilllllilliilllllliliilllllillllllllllillllllllilliililllilllillllllllllllllllllllllllllillllllm em

1

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16

17

18

19

KING essa

e outros (1981) dividem os procedimentos necessários

produção

quantas

foram

impressão e

2.3.2.1 N~

necessárias.

Estas

em

etapas

tantas

são:

tarefas

pré-impressão,

distribuição.

Pré-impressão:

I



de

etapa,

procedimentos São

em três etapas, subdivididas

a

pré-impressão , estão

comp~e~ndidos

de registro, avaliação e preparo para

· geralmente

realizados

numa

determinada

I

os

publicação.

seqüência,

com

pequenas alterações entre o fluxo de uma revista e outra, que não chegam a alterar significativamente o produto do trabalho. O

registro do original recebido do autor

anotação fichas

dos

dados

identificadores num

feito

livro,

através

da

computador

ou

especiais, garante o recebimento, permite o controle e

inventário da revista.

o

Este trabalho é geralmente executado pela

secretaria da revista que verifica, também, se o número de cópias recebidas está de acordo com o exigido para a avaliação.

Convém,

nesta fase, avisar o autor do recebimento da matéria. A

seguir, o editor toma contato com o

preliminarmente regras

o original.

trabalho,

Se verificar a não

observância

básicas exigidas nas instruções aos autores,

pode retornar para se adequar às normas da revista. a

examinando

observância

a estas normas só será

examinada

o

às

trabalho

Muitas vezes pela

comissão

editorial ou os árbitros. A

escolha

dos

árbitros a que o 83

trabalho

será

submetido

poderá

ser

feita

pelo

Deverá

ser feita pelo editor se já existir um grupo

pré-determinadas para áreas cobertas democrática,

pela

editor

ou

pela

comissão

examinar os trabalhos em revista.

Caso

de

pessoas

cada assunto das

contrário, uma escolha mais

onde são manifestadas diferentes

ser mais adequada.

editorial.

opinioes,

parece

Se assim não ocorre, a comissão editorial tem

restringida uma de suas funçoes mais importantes, qual seja, a da ~scolha

~~bitros.,

dos

originais

podem

aguardarem

a

trabal~o#

os

avaliadores,

ou

Desta forma, nesta etapa do

seguir

diretamente

para

os

reunião da comissão editorial para a

escolha

dos

referente

aos

função

dos

pareceristas e só então seguir para a avaliação. A

etapa de avaliação já foi descrita no ítem

árbitros.

Convém

acrescentar

que

a

principal

árbitros é aconselhar o editor, e não decidir por ele 1978) .

É

indicar

que

trabalhos

em

originais,

de boa qualidade, atualizados e se são

suficiente

clareza

a

manuscrito

se

os

e detalhamento para que os

argumentação

procedimentos

revista,

adequados

publicados

seguir

uma determinada

são

do autor e concordar

(O'CONNOR, para

trabalhos

são

escritos

com

leitores ou

e decidir se ele corresponde

requeridos pela revista.

possam

discordar

adotados. O árbitro deve opinar sobre o

submetido

serem

aos

dos

valor

do

padrões

Para isto, ele não pode ser bondoso

ou

tolerante, mas deve dar garantias de que o trabalho merece crédito. A quantidade de árbitros varia de revista para revista, sendo o

mais

comum a inclusão de dois avaliadores.

84

É

preciso

notar

que,

quanto maior o número de pessoas envolvidas no processo

avaliação,

menor a probabilidade do editor atingir seus

de

prazos.

No

caso de haver discordância de opinião, é solicitado o parecer

de

uma

terceira

procedimentos avaliador, podem

pessoa

são

para

eliminar

divergências.

importantes porque, consultando

mais

o editor se defende contra problemas que

criar

quando

seu trabalho

é

rejeitado.

Esses de

os

um

autores

(GORDON,

1983;

O'CONNOR, 1978) Depois

de

avaliados, os originais retornam ao

caso de serem indicadas reformulaçoes, os autores

que

trabalho são,

deverão

satisfazer

publicado.

as

editor.

No

voltam

aos

trabalhos

exigências

para

Essas etapas de avaliação

e

ter

seu

reformulação

em geral, muito demoradas, acrescidas ainda da

dificuldade

de que muitos autores não reenviam seus trabalhos. Uma

vez aprovados, os trabalhos são submetidos

comissão

editorial

publicados política ordem

em

chegada

consideração

a

escolha

cada fascículo.

editorial

de

para

dos

novamente

Essas decisões

fazem

seletiva,

da

critério

de

levando

em

atualidade

se

sempre

que alguns trabalhos podem perder a

serão

parte

adotada, podendo ser seguido o ou de escolha

que

artigos

à

não forem publicados imediatamente. A seguir, os trabalhos começam então a ser formatados, o significa

preparar

tecnicamente o manuscrito

para

publicação.

Nesta fase, os aspectos de normalização e de vernáculo não ser descuidados.

que

podem

(KOTAIT, 1981)

Uma das características mais marcantes das revistas técnico85

em

1

2

3

4

5

6

c·lent.if' ~cas

e

Padro Ulzaç" . ao. atend.lmento aumentam

que

lhes confere um

valor

Nesta área a criatividade

de

qualidade,

é

a

conta muito pouco e

o

as normas nacionais ou internacionais

o

do periódico.

prestígio

No

estabelecidas

Brasil,

Associação

a

Bras.l 1 elra . de Normas Técnicas é a entidade que padroniza a apre âmbito sentaçao dos artigos e das publicaçóes e, em in te Standartization rnacional International a ISO Otga . ' Ulzat'~on. UNESCO ta~~m se preocupa com a padronização das

·

PUblicações científicas apresent açao de artigos.

sobre

normas

ditou



e

a

Os a autores, de um modo geral, recebem instruções de como Ptesentar os originais. Infelizmente, como dizem PAGE e outros (,1987) fazendo' eles nem sempre seguem as instruçoes recomendadas,

com que o editor devolva o trabalho ou aumente ainda mais suas

lllab o autor que não seguir ou incorporar as regras da ciência

oraça.o l.ent .. l.fica

C'

un·l.v-ersa·

~s

ll
No

' ou seja,

l.fer holllo enças ,

em

que

LINDSEY

de

dizer

são

regras

Isto

todas

abreviar,

as

revistas

sejam

referenciar, citar,

iguais, etc. . .

mas são

as mais

Assim, como os autores são

lstas em áreas específicas, os padrões que incorporam são

'-lOs

~97 )

A..

essas

"as mesmas aplicadas a todos" (p.l3).

~s 9eneas Por áreas do conhecimento. Pecial·

~&li~

(1978)

na

comunidade

de seus trabalhos não pode fazer parte da

Signif'~ca

d'

9

1

ativid ades, normalizando o documento.

Para

quase todas as revistas na sua

área·

(BROADBENT,

necess~dade . ~ de serem mantidos padrões de comun1caçao

visa,

86

lllllT~llr I111 i li i ill ll l l ITfllli 1i i IIJIIIIJIIIIJIIIIJIIII J TIIIJIIIIJIIIIJIIIIJIIIIJII ~ IIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIII IIIIJIIIIJ 1

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1

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3

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19

Ptinc· lpalmente, 4 objetivos: a rapidez na editoração científica.

MACEDO (1992)

lembra

que uma

das

Bras·

lleira

de

normalização a

c·l.entif' l

conteúdo

causas

do retardamento

Biblioteconomia

e

na

produção

Documentação

é

da a

Revista falta

de

dos originais;

(1979)

c as '

em

que

mostrou

descrita

Uma e x periência

compreensão do leitor.

das

estrutura

a

por

publicaçoes

t ermos, d e apresentaçqo .. . ma1s .apura d a,

seu

tem

assimilado de forma mais rápida pelos seus leitores;

de

a · possibilidade de localização ' das fontes citadas. A rede ca""u . •ll nl.caça" o que se estabelece através da literatura, é uma das maiores contribuições para o avanço da ciência. Para isso, as font es Utilizadas por um autor precisam conter os itens que Pe-r-· ... lllltam · sua identificação para posterior localização;

a

Possibilidade de citação do

documento.

próprio

Cada

deve conter todas as informações necessárias para que Possa ser referenciado, i permitindo com isto sua citação e ncte:x:aç"ao i Pelos serviços de índices e resumos nacionais e nter naciona· Neste sentido, a apresentação do resumo no (s) ict, l.S. l.otna(s)

totna Pars

mais utilizado(s) pela ciência - geralmente o inglês

Possível

sua distribuição e uso além

das

fronteiras

do

Outro ~tapa aspecto que deve merecer a atenção do editor, nesta do t b . ..... . ~d· ra alho editorial, é a revisão l1ngu1st1ca. A equipe l.tor· l.al deve contar com profissionais capacitados a executar

~ste

trabalh 0 l.gas ' quanto

ct:tt'

publicação dos

tanto para correção da língua de

I

do idioma em que são publicados os

resumos

que

87

~11111111111111111111111111 ~ em

1

2

3

1111111111111111111 111111111111111111111111111111 111111111111111 1111111111111111111111111111111

4

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15

16

17

18

19

importante e que não deve ser esquecido pelo editor é o da Ela

deve

ser

objeto de estudo e reconhecida

instantaneamente

significativamente os custos. Com

as

tarefas

profissionalismo, impressão

e

cuidadosa

atrativa,

ser

aumentar

(PAGE e outros, 1987)

indicadas sendo executadas

um

para

sem

com

pode-se prever que as etapas de

demandem

exec4ção.

escolha

capa.

tempo bastante

PAGE e outros (1987)

cuidado

e

preparação

e

significativo

pr~vêem

~~

que se

para

tarefas

sua forem

realizadas de forma rápida, o trabalho de produção de uma revista pode

ser

feito

em dez semanas.

Distribuição

2.3.2.3

As revistas técnico-científicas, até se firmarem no geralmente por

apresentam problemas financeiros.

sociedades

anuidades revista impressão

é

tem

subsidiadas

e instituições científicas que através

pagam não

Mesmo

mercado,

de

grande parte do trabalho, a manutenção um problema fácil de

resolver.

Os

aumentado muito nos últimos anos e a

suas

de

uma

custos

de

inflação

especialmente nos países de Terceiro Mundo, dificultam com que

a

revista

a

mantenha

credibilidade melhorar

as

sua

periodicidade

regular

e

com

isso

dos leitores. Os publicadores e os editores condições financeiras dos periódicos

podem

aumentando

o

número de assinaturas, cortando os custos, obtendo subsídios , ou combinando

todas

estas alternativas (SCHOLARLY,

1979;

PAGE

e

outros, 1987) . O mercado das revistas técnico-científicas é pequeno e especializado.

Quanto

mais

especializado 89

o

periódico,

muito mais

o

número de pessoas e instituições que se interessam eu conteúdo deterrn. . Já se a revista é de caráter mais geral, numa lnacta área d o conhecimento, os assinantes individuais se desint eressam de adquirir pois muitos artigos não serão de seu interesse que Particular. Isto, acrescido da proliferação de títulos tem Sid 0 tem d. cada vez maior, e dos orçamentos das bibliotecas que lntinu·d di . l o, fazem da sua sobrevivência um problema para os l:'l.gent es da revista. Pelo

I

8

I

Para

~ontr·b . aumentar as assinaturas, uma campanha de promoção pode l Ulr ~cu

rsos

de Utn

folh

'

mas

· os pu b l1cadores e

· e d 1tores

· prec1sam

eficientes em suas campanhas promocionais.

· ut1lizar

A produção

sobr e

eto de propaganda incluindo as informações necessárias os as o suntos que a revista cobre, as formas de assinatura e Pre,.. 0 .,. ' en 1· Pot . v ado por mala direta às instituições · e pessoas enci alment e~ e interessadas, pode ajudar. Além disso, a presença e,entos Collh na área de especialização da revista, a tornam ec ida Mas uma boa promoção não é suficiente para que tev-· a l.sta ~. alcance sucesso. o mais importante cont1nua . ~~a1· sendo a ldacte dos artigos que publica. tJrn

9rande

~%licact t~oca

de

~toceq· o~as

r:~

\4e ~

ltnento

Problema para os editores são as permutas. PUblicações

são '

as

bibliotecas

beneficiadas aumentando

das

instituições acervos.

Este

no entanto, pode trazer como consequência a

perda

\rerbas

seus

Através

Além disso, 'nst· Para subsidiar novos números. as l.tuições suas Permutadas também podem ter problemas para manter Publ· lcações regulares e a troca não se efetivar a contento.

90

16

17

18

19

O

corte

agravamento

de custos não é fácil de ser feito, já

que

com

da situação financeira ano a ano, geralmente não

mais muito o que cortar.

o há

Uma das primeiras áreas atingidas pelos

cortes é a de promoção, o que pode significar diminuir ainda mais o

número de assinaturas.

para

b a r atear

os

investimento

c ustos

inicial

que

Outra solução é melhorar a de produç ão , nem

sempre

mas as

isto

tecnologia exigiria

instituiçóes

um

estão

dispostas a fazer. Obter os

subsídios de outras instituiçóes é uma alternativa que

. e d 1tores

todos

os

v" .. po d em 1 açar mao.

Mas obtê-los não

planos de financiamento em ciência e

é

fácil, · pois

tecnologia,

incluem programas de apoio à publicaçóes, tem critérios

que

próprios

e bastante rígidos para inclusão dos periódicos.

Barreiras

2.3.2.4

Uma

das condições para que uma revista seja

veículo de

considerada

confiável de comunicação do conhecimento é a

um

manutenção

sua periodicidade e a rapidez com que publica os trabalhos

a

ela submetidos. A

frequência

levando

ZIMAN

com que uma revista é editada

(1979,

p.18) a afirmar

que

é

fundamental,

"para

manter

leitores e suas assinaturas, as revistas precisam ser regularmente". fator

de

da revista, e mesmo

adequada à publicação regular forma

decisiva,

publicadas

SCHWARTZMAN (1984) também vê na regularidade

qualidade

para

e

associa

previsível.

a inclusão do

91

a

seus

um

divulgação

Isto contribui, de

periódico

nas

fontes

de

indexação internacionais e para a manutenção das assinaturas

das

bibliotecas e de assinantes individuais. MEADOWS

(1974),

ao

ocupar-se desta

questão,

examinou

razões que justificam ser a rapidez uma das condições para a comunicação científica. cientistas

dos

prioridade,

a

necessidade

essenciais

Enumerando as causas da

para publicar, ele destaca: de

a

reputação

e

as

urgência

competição

pela

pressão

das

a

instituiçóe~ ,para qu~ os pesquisadores publiquem,

~specialmente,,

no

das

meio

universitário.

técnico-científicas, que

atender

reputação

Do

lado

dos

editores

a premência não é menor pois além de

a essas demandas não podem

que

revistas

descuidar

sua

só é obtida se publicarem veículos

terem · própria

confiáveis

e

regulares. No rapidez

entanto, e

mantenham

editorial,

o

originais deve

para

revistas

a freqüência

trabalho

do

que as

sejam

publicadas

estabelecida

compreendido

entre

o

em

sem

interrupçóes.

Mesmo

que

plano

recebimento

autor até a publicação e distribuição

ocorrer

seu

da

com

dos

revista

a

periodicidade

planejada não seja tão freqüente, a diversidade e

especificidade

das tarefas envolvidas na editoração podem atrasar a

publicação.

As causas deste atraso podem estar localizadas em qualquer do

processo,

atividades

e depender tanto de seus

componentes

etapa

quanto

das

editor

a

que eles realizam.

O'CONNOR

(1978)

responsabilidade

coloca

pelo

atraso

acertadamente

no

na

de

publicação

dizendo que é seu dever publicar os trabalhos o ma~s

uma

revista,

rapidamente

92

liiill~(iiiijllllllllljllllllllljllllllllljllllllliljllllllllljllllllliljiillllllljllllllliljllllllllljllllllllljllllllllljllllllllljilllllllljllllllllljllllllllljlillllllljllllllllljllllllllljlll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

possível situa

para se distinguir dos seus competidores.

no

processo

isso

por

sugerindo

cuidadosamente. os

autores

que

causa

árbitros

os

da

sejam

demora,

Além disso, acrescenta que o atraso pode

reorganização

nos

procedimentos

lev ar

manter

d o trabalho , o que só aumentaria o retardo .

uma

autor

escolhidos

a querer fazer modificaçóes no texto para

atualiz açã o também,

de avaliação a principal

Este

a

Sugere,

editoriais,

especialmente um acerto com a gráfica, para

melhorar

e acelerar

a

uso

tecnologia

etapa

de

impressão.

Nesta

etapa,

desempenha uma função primordial.

o

da

(PAGE e outros, 1987)

A demora na publicação tem conseqüências mais graves em áreas onde o conhecimento se desatualiza com mais facilidade e progride mais

rapidamente.

ciências

LINDSEY (1978) verificou que, nas

sociais e do comportamento, o processo de

áreas

avaliação

de é

mais demorado e o artigo provavelmente demora até 2 anos para ser publicado.



em

outras áreas como a física,

os

artigos

são

avaliados, aceitos e publicados rapidamente, possibilitando que o novo

conhecimento

pesquisadores.

seja utilizado com mais

Para

Lindsey,

a

questão

rapidez da

outros

periodicidade

importante

porque

prioridade

das descobertas, e se o processo de julgamento

pares

uma das funções das revistas

por

é

ocasiona o atraso da publicação, interfere no

assegurar

é a

pelos

cumprimento

desta função e com isto no prestígio do autor. A

pesquisa

humanidades

americana

na

área

de

(SCHOLARLY, 1979), já citada,

ciências

sociais

também constatou

e que

nestas áreas a rapidez não é tão importante como em outros campos do conhecime nto, localizando a demora na revisão pelos pares e na 93

etapa

de

dos

autores,

sugere que os editores mantenham uma maior comunicação,

avisando

logo

produção.

Para não perder a

confiança

que o manuscrito seja recebido, quando for aceito e a

data

provável da publicação. No

Bras il,

observaçóes permitem

a

es ca ssez de pesqu i sas

na

área

não

permit e

generalizáveis. Dispomos de alguns estudos

uma

visão precária e que talvez

registrem

que a

nos

própria

I

precariedade do campo editorial. uso

de

Assim, COSTA (1989b) atribui ao

tecnologia mais avançada uma das maneiras

para

superar

algumas das dificuldades na demora do processo editorial. (1992),

analisando

Revista

Brasileira de Biblioteconomia e Documentação,

os

as causas de retardamento na

seguintes fatores:

falhas no

envio regular

publicação

financiador (FINEP - Financiadora de Estudos e

falta

de

(Federação

publicador

Bibliotecários), automação

colocada

de

Brasileira

especialmente parte

disposição

à

do

de

falta

processo;

de

pelo

Projetos); pelo

órgão

Associações

de para

equipamentos

dificuldades

operacional, incluindo aí a falta de normalização dos

da

apresenta

de verbas

órgão

infra-estrutura

MACEDO

de

ordem

originais,

demora dos árbitros na avaliação dos trabalhos, e dos editores de seção

na

apresentação

de

matéria

de

sua

as

competência;

mudanças nos textos, quando na etapa de revisão; e dificuldades na fase de distribuição e comercialização da revista.

2.3

Revistas Brasileiras No

Brasil,

o surgimento das instituições de pesquisa

94

e

de

ensino

superior foram tardios.

Conseqüentemente, a

publicação

de revistas científicas, para registrar e divulgar o conhecimento produzido

nessas

recente.

Não

rasteiem

o

instituiçóes



estudos

surgimento

cientí f ico s naciona i s .

e

também se deu

apurados nem o

apenas

guias

desaparecimento

em

época

confiáveis dos

que

periódicos

Entre os trabalhos que abordam o assunto ,

apresentar as seguintes indicaçóes:

podemos

POBLACION

e

outros

(1980J citam .que

a

primeira

revista

brasileira, na área médica, foi publicada em 1827, por iniciativa do

médico

Sigaud.

francês, radicado no Brasil, A

publicação

intitulou-se

José

Francisco

Propagador

das

Xavier Ciências

Médicas ou Anais de Medicina, Cirurgia e Phar.macia, tendo

apenas

um

período. também, curto

ano, com tão somente dois Pela

a

data

fascículos

de publicação, presume-se

publicados ter

primeira revista científica publicada

período

de

duração parece

ter

durado

sido

no

acompanhado

no

esta,

Brasil. muitas

O das

revistas que se seguiram. OLIVEIRA (1989) avança um pouco mais na recuperação histórica das

revistas científicas brasileiras.

Proclamação diversas

da áreas

instituiçóes revistas,

República, do

alguns

conhecimento,

Diz a autora que,

títulos

foram

quase

todos

em

estas

(1839-1850), hoje publicada com o título de Revista do

Instituto

Histórico

Instituto

Arqueológico, Arquivos

de História

a

Geografia

Geográfico

Trimestral

Entre

a

e

e

Revista

criados ligados

de pesquisa e sociedades científicas.

cita:

até

Brasileiro;

Revista

do

Histórico e Geográfico de Pernambuco (1865-

do Museu Nacional (187695

) ; Boletim da Sociedade

);

de

Geografia

do Rio de Janeiro (1885-1945), atualmente

Sociedade

Brasileira

(1895-1938;

de Geografia; Revista

Nova Série 1947-

observado,

é

do

Museu

e

de periódicos que se mantém sendo

desapareceram,

da

Paulista

) . Esta relação, como pode

nessa época,

ser

publicados

hoje, mesmo com algumas modificaçoes no título. surgiram

Revista

até

As revistas que

são

em

grande

parte

desconhecidas. A mesma autora nacionais

com

República.

Ao

comparamos

com

continua a recuperação histórica das revistas

uma

relação

de

periódicos

surgidos

selecionarmos aqueles que se

mantém

a data de fundação das instituições

após

a

correntes, de

origem,

chegando às seguintes constatações: As

Memórias

publicação

do Instituto Oswaldo

Cruz,

iniciaram

em 1909, oito anos depois de fundado o

sua

Instituto

do

mesmo nome, mas permancem com esta denominação até hoje; A

Revista da Sociedade Brasileira

de

Ciências

(1916),

surgiu apenas um ano depois de fundada a Sociedade Brasileira Ciências. Academia,

Com a

a

mudança

revista

passou

de a

denominação

da

chamar-se

Anais

Sociedade

de para

Academia

da

Brasileira de Ciências, em 1929, mantendo este título até agora; as

Memórias

do

Instituto

Butantan

começaram

a

ser

publicadas em 1918, quase 20 anos depois da fundação do Instituto (1889), mas assim se mantém; A REM; Revista da Escola de Minas de Ouro Preto, a

ser

publicada em 1936, enquanto que a Escola foi 96

começou

fundada

em

1887; As dificuldades para seguir a proliferação e a sobrevivência das

revistas brasileiras são muito grandes.

POBLACION e

outros

(1980), estudando este assunto na área médica, descobriu que

dos

2.099

136

muitos

(1980)

182 7

e

1978 ,

desses títulos não desapareceram,

den~minação, em publicadoras.

O

entre

COSTA (1989a), estudando a mesma

sobreviveram. que

e di tados

tí t ulos

função

da

alteração

de

apenas

área, descobriu mas

nome

mudaram das

sua

entidades

desaparecimento das revistas, segundo POBLACION e

outros

se dá por uma seleção natural das melhores. LEMOS

(1982)

acrescenta,

ainda,

que a tendência de proliferação

de

títulos

segue uma característica comum dos países subdesenvolvidos,

qual

seja, de elevada taxa de natalidade, associada a altos índices de mortalidade. ROSA revistas

(1992) também refere-se ao tempo curto de brasileiras

e, especificamente em relação

duração

à

área

das de

Psicologia,

diz que os periódicos não duram mais de dois anos, , comprovar, porem, sua afirmação. Já para a área médica,

sem

a idade crítica parece ser a dos seis anos.

Segundo POBLACION

e

outros (1980), se as revistas conseguirem ultrapassar esta idade, sobrevivem. Os ainda

motivos das altas taxas de desaparecimento permanecem

suposições: originais

obscuros, mas ROSA

(1992)

das

revistas

apresenta

algumas

a falta de infra-estrutura para captação de

artigos

que corre spondam ao perfil editorial das 97

revistas;

a

evasão

dos

recursos

artigos melhores para as revistas

escassos

e

dispersos

para

estrangeiras;

custear

a

editoração

impressão; a formação deficiente do corpo editorial e na

execução

de tarefas; as dificuldades com a

os e

amadorismo

distribuição;

a

falta de padronização que dificulta a indexação das revistas; e a baixa qualidade gráfica. estudos

Alguns realizados

sobre

as

revistas

nacionais

e comprovam as falhas acima apontadas.

observações seguintes

normalização

e

indexação,

foram

Agrupamos

que interessam ao desenvolvimento deste assuntos:



estudo

as nos

regularidade,

distribuição, organização editorial e autores. falhas na normalização foram abordadas por

As

outros(1979), MARTINS (1984)

POBLACION

e

e COSTA (1989b).

o estudo de POBLACION e outros (1979), referente às revistas na área médica, ressalta que a normalização deve atingir todas as etapas

do

processo

de transfêrencia

e

produção

do

geração

conhecimento,

de

informação,

passando

pela

desde

produção

editorial, até a fase de recuperação de informação e produção documentos secundários, como os índices e bibliografias. títulos

uma

das

normas

específicas

de

de

Dos 136

analisados pelas autoras, 35 não seguem nenhuma norma

apenas

131

a

apresentação

e de

documentos. MARTINS (1984) preocupou-se especificamente com o assunto ao analisar ciência

224

títulos

de periódicos brasileiros,

e tecnologia.

A

autora concluiu que 92,9%

98

em

1

2

3

4

5

6

7

nas áreas dos

de

títulos

estudados

apresentam-se

editores

de

mal

periódicos

normalizados, científicos,

e

observa

no

país,

conscientizaram ainda da importância do emprego da Considera

que

tornando-os acessar

isto

pouco

vai

afetar

os

serviços

que

os

não

se

normalização.

de

recuperação,

eficientes quanto ao tempo para

localizar

os documentos, além de haver uma perda significativa

e de

informação quando a padronização não está presente. (198~Ç)

COSTA causas

da

baixa

apontq a falta de normalização como .uma visibilidade

das

revistas

instrumentos bibliográficos internacionais. padronização em

conta

(1978)

brasileiras

indexação.

apontam,

além

periodicidade,

o

especialização

das

Na área da

da

modo

saúde,

normalização,

como

os

nos

Contudo, a falta

não é o único aspecto das revistas a serem

na

das

a

PIEGAS;

levados POBLACION

regularidade

originais

são

revistas e sua duração, como

de

e

a

avaliados,

a

os

principais

critérios utilizados pelos serviços bibliográficos para a escolha das revistas a serem indexadas.

à

Quanto LANGENEGGER medicina

falta de

(1978)

quando

revistas

DOBEREINER;

atribuem como prováveis causas, na

veterinária:

instituição,

regularidade das

o nome da revista ligado esta

sofre mudança

de

ao

área

de

nome

da

denominação;

a

criação de revistas sem previsão de obtenção de matéria prima,

o

que significa falta de trabalhos para publicar; - a publicação de artigos editorial

em

revistas insuficientemente especializadas;

pouco experimentado e falta de

assessoria

corpo científica

correspondente aos propósitos da instituição; - a deficiência

de

recursos

de

financeiros

para a edição das revistas; - a 99

falta

estímulo

aos

pesquisadores

científicos,

como

para

maior

produção

parte da própria pesquisa.

de

O

artigos

trabalho

dos

autores, porém, não apresenta comprovação. A

distribuição (1981)

MIRANDA periódicos destaca

das revistas foi uma

que,

tecendo

alguns

das

preocupaçoes

comentárics

da área de Biblioteconomia e Ciência

que

reduzido,

o

número

não

garantindo ainda,

Acrescenta,

de

que

assinantes o pagamento a

e

distribuição

os

sobre

da

Informação,

compradores

dos

de

custos

muito

é

editoriais.

dessas

revistas

é

problemática, seja pela inexistência de distribuidores comerciais interessados

na

dispersão

pequeno interesse do público

e

venda

de títulos com

menor

circulação,

consumidor,

pela

ou

pela

inexistência de infra-estrutura nas instituições mantenedoras que a

garantam

o

venda

mesmo

organização

produto.

autor, acima editorial

editoriais homenagem

do

citado,

referindo-se

das revistas, salienta que

dos periódicos dessas áreas, funcionam a

autoridades

seletivo

das

raramente

é

reconhecidas do

contribuições. dedicado

à

Conclui

tarefa que

que lhe

que o

à

as

falta

de

comissões

mais como uma

como corpo

compete,

um

filtro

editorial recaindo

trabalho a um pequeno grupo - não raro a uma só pessoa - que Esta

tudo.

{1989b), é Os

pessoa

entender

de

faz COSTA

geralmente despreparado para o exercício da função.

autores das revistas brasileiras foram pouco

até o momento. diz

seria o editor que, no

o

estudados,

OLIVEIRA (1989), manifestando-se sobre o assunto,

que os autore s nacionais preferem publicar seus 100

artigos

em

revistas

estrangeiras

publicaçóes conferem. nacional

pelo

prestígio

e

projeção

que

estas

Como consequência, a comunidade científica

vê-se desprovida da informação sobre os resultados

das

pesquisas locais, além de não contribuir para o fortalecimento

e

a qualidade do periódico brasileiro. NEVES; nas

MELO (1980) avaliando as contribuiçóes dos

revistas

assunto

de Biblioteconomia e Documentação,

identificando

os

autores

mais

significativas

vinculação

do

deste trabalho,

corpo

de

autores

focalizaram

produtivos

interrelacionamento entre os colaboradores. mais

e

o o

Entre as observaçóes

destaca-se

uma

instituição

à

autores

acentuada

publicadora,

mostrando uma grande endogenia nestas áreas. falhas

Para que as revistas brasileiras superem algumas das apresentadas, política

os

capaz

autores

apontam para

a

de

necessidade

de enfrentar os problemas do

descontrole

uma da

e

qualidade editorial. SCHWARTZMAN esta

política,

criação

de

nacional,

(1984)

manifestando-se

considera

especificamente

que deve ser incentivado

vários tipos de revistas, tanto voltadas editadas

em

português,

quanto

voltadas

comunidade científica internacional, em inglês. que

as

capazes

revistas de

capacitados.

o

atrair Esta

nacionais devem a

colaboração

qualidade

deve

observância aos seguintes aspectos:

101

buscar de ser

apoio ao

à

leitor para

a

Salienta, ainda,

níveis

nossos

sobre

de

qualidade

cientistas

alcançada

através

mais da

a) qualidade do corpo editorial e integridade do de avaliação dos artigos submetidos;

processo

b) padronização aceita internacionalmente e periodicidade regular, possibilitando sua indexação em fontes internacionais; c) emprego de processos gráficos modernos para correta, rápida e eficaz ;

apre s entaçã o

d) facilidade de r e lacionamen to ent r e os editores e os l e itore s p a r a que a revi sta p ossa manter interesse e prestígio junto a sua comunidade. Na

área

específica da Psicologia, GOMES

(1992)

considera

premente' a necessidade 'de desenvolver uma política nacional a publicação de periódicos neste ramo da ciência. diz

que

para

Justificando,

o amadorismo, a falta de organização, de indexação e de estão

regularidade

comprometendo

seriamente

o

esforço

de

financiar pesquisas e avaliar programas de pós-graduação, uma vez que

através

da publicação se comprova o bom

uso

dos

recursos

alocados nesses programas. Outro ponto observado pelos autores nacionais, que interfere na

qualidade

das

revistas, é a falta

de

com a publicação

comprometimento

instituições

mantenedoras

de

suas

Referindo-se

a isto, COSTA (1989b) observa que o amadorismo

das

revistas. que

permeia a publicação das revistas nacionais é decorrente da falta de apoio institucional e de recursos financeiros, salientando que a

pedra

de

incipiente Também as

toque fundamental das revistas institucionalização GOMES (1992),

sociedades

no

brasileiras

é

sua

país.

referindo-se

científicas, no Brasil, se

ao assunto, salienta que mantém

distantes

da

produção científica, fazendo com que as publicações não encontrem ali

um terreno apropriado para se desenvolverem e os 102

periódicos

que

editam

sejam bastante irregulares.

universitários, superior

o

autor

encontram

escoadouro

Quanto

considera que as

nas

revistas

para sua produção.

aos

periódicos

unidades

de

institucionais

ensino

um

grande

Contudo, essas revistas

carecem

de

um sistema editorial criterioso e de procedimentos

adequados

de

distribuiç ã o.

grande

benefício

outras

revistas

dessas

revistas

Na verdade , para o a u tor , o parece

ser

a

permuta

com

, congêneres. Até a decada de 70, o Brasil carecia de uma política para publicação

de suas revistas, decorrente da própria falta de

política científica e tecnológica para o país. apoio

às

publicações

diferentes

era feito

instituiçÕes.

elaborado s

os

tecnologia,

que

planos

de

forma

uma

Até essa data,

orientaram

desenvolvimento

o

assistemática e por

Contudo, nessa época, começaram a de

a

da

ciência

a ação do governo para

centralizaram o financiamento da pesquisa em órgãos

o

ser

e

da

setor

e

como o

CNPq

e FINEP. Nos

vários

planos

e programas que orientaram

governo brasileiro, nesse período, TARAPANOFF (1992)

a

ação

identifica,

às vezes explícita, outras vezes implicitamente, uma política informação destas

em ciência e tecnologia para apoio e

áreas.

contemplar

o

Esta

política,

para

ser

setor de publicações, uma vez

as

deveria atividades

científicas e tecnológicas consistem, essencialmente, na de

novos

conhecimentos.

Para

estarem

de

desenvolvimento

efetiva, que

do

geração

disponíveis,

estes

conhecimentos precisam s e r registrados e divulgadoR em canais que

103

jil ~iijillllllllllllljlll llllii]iillllllllllllllllljillllllli]iilllllil]iilllllllllllllllil]iilllllll]iilllllli]iililllil]iiillllllllllllllli]iiillllii]llilllliijllillllli]iiillllil]iiillllli]~ em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

possibilitem

sua preservação, controle, recuperaçAo e acesso,

o

que significa serem publicados. A

formulação

forma

dessa política, no entanto,

sistemática

programas

e

continuada.

Entre

não

os

ocorreu

vários

de

planos

para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia,

e de

1969 at é a go ra , a p e n as a Ação Programada em Informação em Ciência e

Tecnologia,

formulada para orientar a ação do

governo

entre

1980 a 1985, COf\templou um it,ern signif.icativo para a produção documentos

primários.

Referindo-se especificamente às

como canais de divulgação dos· conhecimentos gerados, o reconhece

que

os periódicos nacionais, mantidos

de

revistas documento

por sociedades

científicas ou instituições de ensino superior, ainda carecem padrões

mínimos de qualidade editorial e gráfica.

Como

de

razoes

para isso, aponta a falta de recursos humanos qualificados para o trabalho de editoração, acompanhado de baixos salários para atua

no

campo, como também a inexistência de manuais

quem

e

normas

nacionais que abranjam todos os aspectos da editoração de

livros

e periódicos. A

persistência

de

periodicidade irregular bem

como

realmente

a

foram

o

como

a

descontinuidade

também ressaltadas no

carência de conselhos

avaliem

publicação.

problemas

mérito

dos

editoriais trabalhos

e

documento,

competentes apresentados

que para

Com estas deficiências, assinalam os formuladores da

crítica, muitos trabalhos - talvez os melhores de nossa

produção

científica - sejam enviados para o exterior. Em d e corrê ncia das ori e ntações emanadas da

Ação

Programada

104

jii-lijiiiillliijiiiijiiiij lii ij\]\\jliiljiiiijiiiijiiiijliiijiiiijiillllliijiilillliijililllliijiil\llliijiillllliijiilillliijliilj\iiljiiilllliijiiilllliijiiiij\\iijiiilllliijiiilllliijiliijifl em

1

2

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5

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1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

(BRASIL. III Plano Tecnológico, FINEP

Básico

1980),

de

Desenvolvimento

Científico

os órgãos de fomento à pesquisa

e

CNPq

e

- passaram a desenvolver programas específicos de apoio

à

publicação

de revistas técnico-científicas nacionais,

tal

como

aqui é descrito: At é

19 8 0,

o CNPq c onced ia apo io f inanceiro

revistas científicas nacionais. I

um

prqgrama

I

concessão

destinado

sist~~aticctme~te

colaborar

critérios

representativas

em

de

qualidade

com

suas áreas de

assegurando sua publicação regular. subsidiar

a

revistas

e

que

fossem

conhecimento.

Era

intenção

desse órgão tornar viáveis aquelas publicações de boa

a

às

A partir dessa data, estabeleceu

de auxílios financeiros para a publicação de

atendessem

que

a

esporádico

qualidade,

A partir daí, o CNPq

a publicação de diferentes

revistas

nos

passou diversos

campos do saber. A pelo

FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos -

foi

governo , em 1969, com a finalidade de fomentar

criada

técnica

e

financeiramente estudos, pesquisas, projetos e programas nas mais diversas áreas do conhecimento.

Um desses programas é o Programa

Setorial de Publicações em Ciência e Tecnologia, criado em Este

programa

surgiu que

científica,

à



ocorria

os

auxílios

anteriormente

à

de

divulgação forma

O programa teve como uma de suas ações

sistematizada. financeiro

para ordenar

publicação de

periódicos

científicos

1983.

o

não apoio

nacionais.

(VALERIO, 1991) Por apresentarem objetivos comuns compatíveis, os

105

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

programas

do CNPq e da FINEP se associaram, buscando fortalecer a nacional de revistas de forma conjunta. feita,

e

a FINEP passou a apoiar as

produção

Contudo, uma divisão foi revistas



consagradas,

ficando o CNPq livre para apoiar revistas novas ou que ainda tivessem atingido um grau de excelência, mas estavam para tal.

no

não

caminho

O programa c onjunto p assou a den omina r -se Progr ama

de

Apoio a Revistas Científicas.

A

meta

desse

brasileira

de

conhecimento. mérito

pelo

separação órgão.

prestígio Os

é apoiar,

P~tO

internacional

men~s,

em

uma

cada

pedidos de auxílio s·ã o apreciados

Comitê

dos

o

progra~a

Editorial

processos

e só depois

disso

que serão atendidos por

revista área

do

quanto

ao

é um

feita ou

Programa cobre, em princípio, de 50 a 70% das

a

outro

despesas

gráficas. As revistas apoiadas por esse programa do CNPq e da FINEP já foram

avaliadas,

VALERIO

(1991)

trabalhos

respectivamente , por OLIVEIRA em

suas

dissertações

tiveram

por

finalidade

dessas

qualitativos

revistas,

de

(1989)

mestrado.

verificar

avaliando

tanto

os os

e Os

por dois

padrões aspectos

extrínsecos (relativos à forma) , quanto intrínsecos (relativos ao conteúdo) .

Concluíram que o programa tem permitido a

manutenção

da regularidade de algumas r e vistas e a sobrevivência da maioria; o cumprimento das exigências tem contribuído para o aprimoramento da forma e do conteúdo dos periódicos nacionais. Na auxílio

década para

de 80 o governo criou também a publicação das revistas

106

outr~s

brasileiras,

formas

de

entre

as

quais

destacamos

o PROED e o programa da CAPES de

Melhoria

do

Ensino de Ciências e de Matemática. O

PROED

Projeto de Estímulo à

Editoração

de

Trabalho

Intelectual das Instituiçóe s de Ensino Superior - foi criado p e l a Secretaria de Ensino Superior - SeSu - do Ministério de Educação, em

1981.

Na

publicação

prá tic a , este programa sempre

de

livros-textos,

mas

deu

apoiou,

prioridade

de

à

não

forma

regular, q.lguns pe:çiódicos nacionais. O

Projeto

Matemática,

para

criado

Melhoria em

1983

do

Ensino

pela

CAPES

de

Ciências

e

de

Coordenação

de

Aperfeiçoamento de Pesssoal de Ensino Superior - e incorporado ao PADCT

Programa

Tecnológico

de

em

Apoio

ao

Desenvolvimento

1984, financia algumas

Científico

e

através

do

revistas

Subprograma de Educação para a Ciência, desde que sejam dirigidas ao ensino de Ciências e/ou Matemática de 1° ou 2° graus. A partir da segunda metada da década de 80, as Fundaç6es Amparo Rio

à Pesquisa dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais

Grande do Sul, iniciaram estudos referentes à adoção de

política

específica de financiamento à publicação

científicas, baseada em critérios seletivos.

e uma

revistas

(OLIVEIRA, 1989)

São Paulo,. a FAPESP - Fundação de Amparo à

Em

das

de

Pesquisa

do

Estado de São Paulo, que já vinha concedendo auxílio financeiro à publicação de periódicos desde a década de 70, criou, em 1985, um programa

específico

programa

atende

para

orientar

sua

ação

o Estado de

prioritariamente

nessa São

área. Paulo,

amplia seu raio de ação para todo território nacional, nos 107

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

o mas

casos

em

que haja algum vínculo das revistas com entidades

Surgiu da necessidade da instituição e

colaborar

de

paulistas. forma direta

regular com a publicação de revistas científicas. É

executado

por uma Coordenadoria de Publicaçóes, cuja funç ã o v em s e ndo a julgar

os pedidos recebidos, com vistas a concessão de um

financeiro int e gral ou parcial.

de

apoio

(KRZYZANOWSKI e outros , 1992)

A partir de 1987, para operacionalizar suas atividades, essa t

I

Coordenadoria científicas

I

decidiu estabelecer um núcleo básico correntes,

de

para subsidiar suas decisóes

revistas de

melhor

selecionar as que venham merecer a prioridade de apoio financeiro da FAPESP. outros

O projeto foi elaborado e executado por KZYZANOWSKI e

{1992),

utilizando

como

metodologia

a

opinião

especialistas nas diversas áreas do conhecimento. uma

listagem

Aquelas

Dele

de revistas nacionais, por níveis

relevantes

foram ainda

subdivididos

de em

de

resultou

relevância. prioritárias,

importantes e de importância relativa. Dos 1843 títulos correntes brasileiros relevantes como

pesquisados, apenas 372 {16,79%) foram pelos

especialistas, destes 118 foram

prioritários,

134 como importantes e 120

considerados classificados

com

importância

relativa. Para

a análise das revistas, o grupo utilizou os

seguintes

critérios para orientar os avaliadores: a)

qualidade da publicação, incluindo neste indicador a qualidade dos artigos {nível científico,originalidade, atualidade e identificação com a temática da revista) e qualidade do corpo editorial;

b)

natureza do órgão publicador, ou seja, ser editada por órgãos idôneos ligados à pesquisa, ensino ou sociedade científica; 108

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

c)

abrangência, incluindo ai a cobertura e o alcance de distribuição da revista, ambos em âmbito institucional, estadual, nacional, ou internacional;

d)

indexaçáo;

e)

tradição e importância na área, e sua regularida de.

Para

orientar

nacionais,

a

avaliação

da

qua lidade

outras metodologias e critérios já

dos

per i ódicos

foram

utilizados

anteriormente. YAHN {1983), por exemplo, em

Agricultura

modelo

avaliou os periódicos brasileiros

através de um sistema de

elaborado

por BRAGA; OLBERHOFER

pontos.

Utilizou

{1982),

avaliando

o os

seguintes aspectos: qualidade do conteúdo, frequência de citação, de

fator

impacto

e

qualidade

da

revista

como

canal

de

comunicação. critérios

Os

utilizados

apresentam alguma variação.

para

avaliação

das

revistas

LITTO {1989) em trabalho encomendado

pelo CNPq, no início dos anos 80, e não publicado, relacionou

os

indicadores

as

que,

segundo

científicas

revistas qualidade.

seu

entendimento,

brasileiras

a

uma

podem

levar

classificação

de

Estes indicadores são:

a)

emprego de um sistema de árbitros que filtrem os submetidos;

artigos

b)

velocidade de publicação, para que o conhecimento não desatualize;

c)

frequência e regularidade de publicação, para que as revistas se tornem instrumentos úteis aos autores e leitores. O autor indica a periodicidade semestral como mínima para categorizar uma publicação como periódico;

d)

apresentação estrangeira,

se

de resumos em português e em língua para permitir a indexação dos artigos por

serviços nacionais e internacional; e)

tiragem e circulação amplos, podendo a redução indicar mau funcionamento administrativo (mercado insuficiente, ou mesmo falha na promoção e distribuição) ;

f)

estatística de artigos aceitos verificar a demanda e a filtragem;

g)

relevância e qualidade, como critérios subjetivos, mas qu e pode m s e r obtidos a tra v és d a opini ão de con sul to r es de agê nci a s ci e ntí f ica s ou de amostragem ent re pesquisadores ativos;

h)

presença nos serviços bibliográficos de literatura secundária para verificar a visibilida~e da revista, , , a 'divulgaçã~ de seu conteúdo, sendo crucial para sua sobrevivência;

i)

capacidade administrativa e de produção gráfica, incluindo ai a manutenção de um fluxo de correspondência com os autores e assinantes, a tecnologia utilizada na impressão e a promoção utilizada para divulgação.

Esses momento

critérios,

como

nacionais,

base

mas

em

sua

de nenhum

totalidade, estudo

e

rejeitados,

não

avaliativo

encontram-se presentes em

alguns

para

serviram até o das

revistas

programas

de

apoio. De abservar

acordo

com

o que foi

apresentado

até

aqui,

podemos

que, nos aspectos de estabelecimento de políticas e

de

realização de estudos, as revistas brasileiras já começaram a ser

uma

preocupação

dos

governos

e

dos

complementar estas ações, os editores se reuniram

em associação

e fundaram, em 1985, a ABEC - Associação Brasileira dos Científicos

Para

pesquisadores.

- que objetiva desenvolver e aprimorar a

Editores publicação

de periódicos técnico-científicos, além de visar o aperfeiçomento da comunicação e da divulgação de informações de interesse os

editores,

problemas

mantendo

o intercâmbio de

idéias,

e a defesa dos interesses comuns (ABEC, 110

o

entre

debate

1985) .

de Para

alcançar estes objetivos, uma das ações desta Associação tem sido a realização dos Encontros de Editores de Revistas Científicas. O Gerais

Primeiro e o Segundo Encontros foram realizados em

Minas

e

Deste

ultimo,

São

Paulo, em 1984

resultou

a

criação

e

1985,

da

ABEC.

respectivamente. Mais

dois

encontros

ocorreram até agora, em São Paulo e Minas Gerais, em 1988 e 1992, patrocinados sempre pelo CNPq e FINEP. resultados

Os conclusões

e

desses

eventos,

recomendações,

expressos

mostram

a

através

preocupação

de dessa

Associação na manutenção da qualidade das revistas nacionais, todas

as

etapas de seu processo de produção. (ENCONTRO,

recomendações

1984; 1985; 1988;

Analisando 1992)

em

essas

agrupamos

e

destacamos as que dizem respeito aos seguintes ítens:

Agências Financiadoras:

Nos

vários

encontros,

foi

divulgação

científica

e

global

ciência

tecnologia

de

e

ressaltada

tecnológica fazer do

a

importância

parte

país.

Em

da

da

política

conseqüência,

consideram que o financiamento da divulgação deveria constar

dos

orçamentos e programas das agências de fomento e das instituições que

se

dedicam à pesquisa.

Outro

aspecto

recomendado

nesses

encontros, é de que as agências que oferecem apoio às publicações sejam

pontuais na liberação de suas verbas, a fim de permitir

a

manutenção da periodicidade regular das revistas;

Editor:

111

jil - iijlllllllllllllljl lllllli ijiillllllljiillllliijiillllllllllllllliijiillllllilllllllliijiillllli\jiillllliijiillllliijiillllllij\illllliijiillllliijilllllliij\\llllliijiillllliijiillllllllift em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

O

aspecto mais enfatizado, neste particular, diz repeito

necessidade

de

profissionalização de toda a

a fim de evitar o amadorismo. seja

um

especialista

revista,

para

desejável quer

área

de

conhecimento

garantir sua integridade

pesquisador, árbitro, disso,

editoriais: profissionalização garantissem

uma

atuar

editorial,

Além de recomendarem que o

científica,

ou participante

dizem

as

editor

coberta

pela

consideram

que ele tenha uma experiência anterior em

como

possa

na

equipe

publicação,

de

comissões

. recomendações,

poderia ser alcançada através de

cursos

formação básica específica, para que

com mais propriedade e coordenar todo

à

o

a que

editor

processo

de

produção da revista;

Árbitros: Os alcance

encontros ressaltam, a importância dos árbitros da

editores

qualidade científica das revistas.

maior

procedimentos Indicam

a

atenção na escolha dos a

serem observados na

necessidade

~Recomendam

avaliadores, elaboração

e

de

o aos

sugerem

pareceres.

de apreciações rigorosas, mas

de maneira clara e precisa.

para

Além disso, recomendam aos

expressas editores

evitar a tomada de decisão de aceitação ou rejeição dos trabalhos baseadas em apenas um parecer.

Autores: As

revistas

devem

ser

reconhecidas

como

instrumentos

importantes que espelhem a produção científica nacional. 112

Assim,

os

pesquisadores

brasileiros devem ser conscientizados

de

sua

responsabilidade

na publicação dos resultados de

nessas revistas .

Para isso, no processo de avaliação da produção

científica dada

igual

revist a s fato em

de

seus trabalhos

pesquisadores, professores e técnicos,

importância à divulgação de

d eve

se r

suas

contribuiçóes

em

n a cionais d e bom nív el e em revistas

estrangeiras .

O

das universidades valorizarem mais os trabalhos revistas

estrang~iras~ canali~q

os

mel~ores

publica dos

trabalhos para

o

exterior; Fluxo Editorial:

Neste aspecto, os vários encontros enfatizaram a necessidade de um fluxo mais rápido para agilizar a publicação das Para

isso, sugerem a formação de uma equipe

editorial

formada por especialistas nas várias áreas, como revisores, qualidade falta

editores,

etc.

bibliotecários, assegurem

a

forma

integrada.

A

trabalho

artesanal

e

e se constitui num obstáculo para o atingimento

de

apresentação e trabalhem de

desses

amadorístico

técnica,

que

de

diagramadores,

revistas.

profissionais

torna

o

padrão de qualidade total das publicações, além de

sobrecarregar

o editor com tarefas para as quais não está preparado. Nesse

a

importância

do

constantemente

ressaltado.

O

fluxo,

normalização internacionais

é

ou

ainda,

nacionais deve ser obedecido

trabalho uso para

de

normas

assegurar

padrões editoriais mínimos que favoreçam a indexação. Para que ABNT

Associação

necessidades

Brasileira de Normas Técnicas

editoriais

das revistas 113

de

atenda

técnico-científicas,

a as foi

também

sugerida

a participação de editores

na

elaboração

das

normas específicas para o setor. O grande desejo das revistas científicas brasileiras é serem intern~cionais.

indexadas por serviços de índices e resumos chegar

a

isto,

os editores

estão

conscientes

que

Para

precisam,

principalmente, apresentar trabalhos de boa qualidade científica, acompanhados

de

regular

publicaçoes.

das

dificuldades grandes.

resumos

em inglês, e Mesmo

manter

ass'im,

a

periodicidade

cons'ideram

para alcançar a indexação internacional

No

último

encontro realizado em

1992,

que são

os

as muito

editores

sugeriram a criação e/ou fortalecimento de serviços nacionais que esgotem a literatura brasileira especializada nas diversas áreas.

Distribuição:

o

exame

das

recomendações dos encontros

editores

sabem

serem

revistas

brasileiras.

profissionalismo

no

falhas a promoção e Por isso, além de tratamento

a

revelou

que

distribuição

sugerir

desses assuntos,

agilidade eles

os das e

propõem

maior incentivo à permuta e a busca de novos públicos e mercados.

114

em

1

2

3

4

5

6

7

3

METODOLOGIA

3.1

A Fonte Este estudo caracteriza-se como

descritivo

de acordo com os objetivos ,a que se

pro~ôs.

aspectos

das

do

brasileiras

sistema

de produção

interpretativo,

Procuramos descrever

revistas

universitárias

e identificar problemas ou ·barreiras que

dificultam

este processo. A sua realização dessas essa

revistas.

exigiu,

primeiramente,

a

identificação

Três fontes se apresentaram como

identificação:

a Base de Dados

do

opções

Catálogo

para

Coletivo

Nacional de Publicações Seriadas (CCN), os Sumários de Periódicos Correntes

Brasileiros

Brasileiras, Brasileiro recaiu

todos

e

eles

o

Guia

de

produzidos

Publicações

pelo

IBICT

Instituto

de Informação Científica e Tecnológica.

sobre

Seriadas

o Guia de Publicações Seriadas

A

escolha

Brasileiras

pelas

seguintes limitações apresentadas pelas outras fontes: Para consultar a Base de Dados do CCN

seria

necessário,

em primeiro lugar, saber quais as universidades publicadoras e/ou o

título das publicações periódicas a serem consultadas. Como

que

buscávamos

era

exatamente

saber

quais

as

o

universidades

publicadoras e suas publicações, o sistema de recuperação impediu o uso

da

Base para a finalidade proposta.

Além

disso,

ela

recupera periódicos correntes e não correntes, o que dificulta

a

115

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

identificação

para o estabelecimento de critérios

quantitativos

com significação; os

Sumários de Periódicos

Correntes

Brasileiros

foram

publicados de 1986 a 1989, em fascículos que reproduziam apenas o sumário

não

de cada número das revistas enviadas ao IBICT.

apresentarem

periódicos,

dados

completos

de

Além

de

identificação

sua publicação sempre foi dependente do

dos

recebimento

I

dos

fascículos

para

serem

produzidos, o

que

limitou

a

sua

confiabilidade. fonte

A

escolhida

universitárias

foi,

Brasileiras", "publicações

para

então,

identificação

o

"Guia

de

Este

principalmente periódicos

na Base de Dados do CCN" (IBICT, 1987, p.S). publicada

atualizados

de

de

conter dados

somente

identificação das revistas brasileiras.

arrola

interesse registradas

É, também, a

que contém reunidos os dados mais

(apesar

Seriadas

guia

para as áreas científica e tecnológica, que se acham

fonte

revistas

Publicações

publicado pelo IBICT, em 1987. seriadas,

das

única

completos

até

1987)

e

para

Estes dadas são: título,

publicador, local de publicação, indicação de volume, fascículo e data

de

início

de publicação, notas sobre variações do título,

continuações, fusões

e

outras

publicaç~es,

relações com outras

periodicidade, indicação de indexação, número de registro no ISSN International O procedimento Guia,

adotado para a identificação

consistiu,

Editores,

Standardization Serial Nurnber -

primeiramente,

na

e

das

utilização

o

assunto.

revistas, da

a partir da qual foram identificadas as

Lista

no de

universidades

116

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

publicadoras e, posteriormente, as revistas.

Como a fonte arrola

todo

técnico-cientifico,

tipo de publicaçóes seriadas de

cunho

alguns critérios tiveram que ser adotados para identificar apenas os

primários,

periódicos

eliminamos

Inicialmente

aqueles

cujos

técnico-científicos, ' monografias,

etc.

as

é,

documentos

publicaçóes

títulos

indicavam

como

boletins

coleçóes,

não

'

as

revistas: e

irregular, conseguimos

indicação

divisao formar

em

de

volumes

ensaios,

informes, relatórios,

para

identificar

periodicidade, e

mesmo Com

fascículos.

o universo da pesquisa

que

bem

periódicos

informativos,

séries, memórias,

como

resumo,

serem

Utilizamos ainda os seguintes critérios

apenas

originais.

secundárias,

catálogos, índices e publicaçóes de

bibliografias, como

isto

que isso,

compreendeu

50

universidades e 275 revistas por elas publicadas (Anexos B e C) .

3.2

Corpus de Pesquisa

A fonte, quando certas

imprecisões,

universidades

confrontada com a situação real, apresentou especialmente relativas à não

publicadoras

inclusão

e/ou de títulos de revistas

relação.

Apesar da fragilidade, o Guia se constituiu

fonte

informaçóes sobre as publicações

de

interessavam O atingimento também,

uma

e

que foram objeto de análise dos objetivos específicos da

consulta

periódicas no

de

na

sua

numa

boa

que

nos

seu

conjunto.

pesquisa

exigiria,

a todas as universidades

e

a

todos

os

editores das revistas por elas publicadas o que tornaria o estudo inviável devido a dificuldades procedentes de várias ordens, como por

exemplo o volume de dados que se imporia ao 117

trabalho.

Além

disso,

considerando

nacional,

que

se

trata de

um

trabalho

a dispersao geográfica das universidades

de

âmbito

praticamente

impede um estudo exaustivo. Pensamos, estabelecer

então, numa primeira aproximação do problema,

como

universidade,

critério fixando

o

número

de

publicaçóes

espectro

um

que

na

publicaçóes.

~ritério també~ não no~ foi conveniente por~e questão

restrição

da dispersao geográfica. se

optássemos

por

um

cada

compreenderia

universidades com um número maior, médio e menor de Este

de

em

Incidiríamos critério

recairíamos nesta

mesma

especificamente

histórico: publicações mais antigas e publicaçóes mais recentes. Tendo em vista essas dificuldades, optamos pela constituição de um corpus de pesquisa, procedimento que, apesar de ser próprio do

campo

da

propósitos problemas

linguística,

verificou-se

deste trabalho. que

critérios

de

um

na

organização

corpus

estatísticos

para

A opção pareceu-nos resolver

surgiram

estabelecimento

satisfatório

não

se

instituídos

do

para

alguns

estudo,

refere

os

pois

o

estritamente

a

aquilo

se

que

convencionou chamar de "amostra". formação

A

de

características

que,

representatividade, então,

um

corpus

deve

conforme

conter

GREIMAS

determinadas ~1966)

homogeineidade e exaustividade.

constituir

um

corpus

capaz

de

são:

1

Procurando,

preencher

tais

características, fixamos os seguintes critérios:

118

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

1 - Tipos de universidades:

Tal

critério



conta

das

perspectivas

geográficas

e

históricas conjuntamente, bem como da inserção institucional universidades. estaduais)

A inclusão de universidades públicas (federais particulares

e

representatividade critério

contemplam

necessária

suficientemente

é

universidades

para

corpus

o

ser

significativo.

abrangente,

abrange universidades publicações

a

Este

incluindo

revistas quanto instituições que não a possuem.

tanto de

mais,

E

que publicam quantidades diferenciadas de

periódicas

contribuindo,

e

com

que possuem uma política de apoio a publicação

..

suas

das

e que surgiram em

distintos

desta forma, para satisfazer a

momentos,

representatividade

exigida; 2 - Conveniência:

critério

Tal

deslocamento optamos

se

justifica

pelas

dificuldades

do pesquisador para a coleta de dados.

pela

inclusão de universidades de apenas

Por três

brasileiras, a saber, centro-oeste, sudeste e sul. Este mostrou-se

satisfatório

repetitivas revistas

as

atingido casos

informações

universitárias

publicação.

Com

um

quando

isso,

começaram

sobre

o

a

ser

modelo

e os impedimentos

de

que

pudemos verificar

que

Desta

maneira,

a

isso, regiões

critério

por

demais

produção

das

dificultam

sua

o

modelo

grau de saturamento que indicava ser

suficientes.

de

o

havia

número

de de

característica

exaustividade do corpus estava cumprida. O como

em

1

2

critério de conveniência permitiu

a

excluir

Universidade Federal de Minas Gerais

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

e

13

universidades a

14

Universidade

15

16

17

18

19

Federal Fluminense que, sabemos, têm uma história de participação

na pesquisa

brasileira

publicaçóes.

e

apresentam

um

número

Esse critério exclui também a UNESP-

razoável

Universidade

Estadual Paulista "Júlio Mesquita Filho" que apresenta um significativo

de

publicaçóes,

mas

produzidas

de

por

número

unidades

dispersas geograficamente, o que dificultaria a coleta de dados. A

homogeneidade, terceira característica que deve conter ,



l

'



corpus,

não se situou no nível de sua constituição,

escolha

dos

isso,

procedimentos de obtenção

das

mas

no

informações.

a coleta de dados se deu, principalmente, através

entrevista

o

estruturada, aplicada aos editores

das

da Para

de

urna

revistas

universitárias. Com

base

nos

critérios

Tipos

de

Unj. vers idades

e

Conveniência, o corpus da pesquisa ficou assim constituído: Universidades Públicas Estaduais: USP: Boletim Revista Revista Revista Revista Revista Revista Revista Revista

do Instituto Oceanográfico de Antropologia de Comunicaçóes e Artes da Faculdade de Educação da Faculdade de Farmácia e Bioquímica de História de Odontologia de Saúde Pública Paulista de Educação Física

UNICAMP: * Cadernos de Estudos Linguisticos Cadernos de História e Filosofia da Ciência * Cadernos IG * Pro-Posições * Remate de Males

120

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19



Universidades Públicas Federais: UNB:

Boletim de Arquitetura e Urbanismo Psicologia: Teoria e Pesquisa UFRJ: Jornal Brasileiro de Psiquiatria Revista Brasileira de Neurologia Revista Brasileira de Filosofia UFPR:

*

Acta Biológica Paranaense Educar Revista 4~ Economi~ Revista do Setor Agrário

UFSC:

* Biotemas

*

Caderno Catarinense de Ensino de Física Geosul Perspectiva

UFRGS: Arquivos da Faculdade de Veterinária * Cadernos de Farmácia Psicologia: Reflexão e Crítica * Revista do IFCH Revista Gaúcha de Enfermagem URG:

Artexto Atlântica Momento Sinergia Vitalle Universidades Particulares:

PUC/SP: * Delta: Documentação em Linguística Teórica e Aplicada Disturbios da Comunicação * Face: Revista de Semiótica e Comunicação PUC/CAMP: * Letras Notícia Bibliográfica e Histórica Reflexão * Revista de Nutrição 121

liiil~ illij iiiTI IIIIjlllllllllllllllllll i llll lll lljllll l llllllllllllllll l l l l llll llll l lllljllll l lllllllllllllllllllllllllllll l lllllllll l lllllllllllllllllllllllljllll l lllllllll l llllllllllllllll\ 1 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

PUC/RS: Comunicaçóes do Museu de Ciências Educação Estudos Ibero Americanos Letras de Hoje * Odonto Ciência * Teocomunicação Veritas UNISINOS: Acta Biológica Leopoldensia Acta Geológica Leopoldensia Estudos Jurídicos

.

(*} Títulos que não constam da Fonte 3.3

Instrumento de Coleta de Dados

o

método

de

entrevista,

recomendado

para

pesquisas

descritivas e adequado aos objetivos do estudo foi o procedimento que

utilizamos para a coleta de dados. Este método

permite

uma

interação salutar entre pesquisador e informantes, possibilitando a

obtenção

de

informaçóes

sobre

atividades

sujeito, no caso os editores, e oferecendo na obtenção dos dados necessários. o processo

particulares

maior

flexibilidade

Este procedimento

a um nível de maior profundidade,

do

pôde

conduzindo auxiliar

a

conhecer as razões de certas respostas (VAN DALLEN; MEYER, 1971} .

O da

instrumento, validado por um especialista em

Pesquisa,

editoriais,

por

foi

um

editor

pré-testado

e

três

com

cinco

membros

entrevista Para seções,

de

editores

universitárias que não fizeram parte do corpus.

Metodologia comissões de

revistas

O formulário

da

encontra-se no Anexo A desta tese. maior

clareza,

obedecendo

o

a entrevista critério

de

foi

dividida

reunião

em

sete

assuntos

de

122

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

relacionados .

As

Unidade

e

Universidade Organizacional;

seçóes são: 1 - Dados sobre a Universitária;

2

Estrutura

3

Editor; 5 - Processo de

4

Revista;

Avaliação;

6

Produção da Revista; 7 - Promoção e Distribuição. Inicialmente, solicitamos aos editores, responsáveis diretos pelas revistas, que falassem livremente sobre elas. maior

Depois,

com

objetividade e uniformidade, foram feitas as perguntas (Anexo

formulário

A).

Na fala

entrevistado

descontraia,

instrumento.

Apesar

fechadas,

as

entrevistado

ao mesmo

já respondia a

de

resposta

contribuiram

não

apenas

perguntas foram

para

que

abertas

o

o do

apresentadas

que

rapidamente.

do

perguntas

e ao

pesquisador

anotasse

as

respostas

incluídas

no

formulário são resultado de um trabalho

junto

mais

tempo

várias

do formulário conter

opçóes e

. inicial,

As

alternativas de

campo

a editores de revistas técnico-científicas, da consulta

à

bibliografia e da experiência do pesquisador. O momento da entrevista foi muito cordial e se estendeu mais

tempo do que o previsto (uma hora).

era

Segundo

a primeira vez que conversavam de uma forma

sobre

o

assunto

colaboradores.

com

outra pessoa que

não

os

fato de "sua" revista ter sido

O

editores,

tão seus

por

abrangente pares

e/ou

escolhida



predispunha o entrevistado a falar e a responder sobre o assunto. A política das universidades com relação a suas revistas foi complementada

por uma entrevista não estruturada, realizada

com

os

das

dos

diretores

editoras universitárias e

pela

análise

documentos onde esta política está explícita. 123

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Os dados sobre as doze universidades estudadas foram obtidos através

de pesquisa documental feita nos relatórios, anuários

folhetos

doados

ao pesquisador pelas instituiçoes

visitadas

e e

relacionados na bibliografia deste trabalho. Complementando, selecionadas

da

identificação.

f~cilidad~

podemos listagem

As

dizer

que

obtida

as

atravé s

dos editores não serem encontrados,

esgotou

sem

satisfatório

da

que

acordo

procedemos sua

o pesquisador

de

fo n te

nas ' universidade~.

pelo título seguinte da listagem (Anexo B) . se

da

entrevistas se realizaram de

de localização do editor

foram

revistas

com No

a

caso

substituição

Muitas vezes a lista

tivesse

produção das revistas numa

obtido dada

um

quadro

universidade.

Através das bibliotecas, foram então localizadas outras revistas, editadas pela mesma universidade, que não constavam da

listagem.

Estes casos estão assinalados com asterisco (*) na relação acima, e mostram

nitidamente

uma das imprecisões da fonte, que é a não

inclusão de todas as revistas universitárias.

3.4

Tratamento e Apresentação dos Dados

Os

dados

t ratados

coletados

através

nas

entrevistas

foram

de freqüências e percentuais.

tabulados Para

os

e

dados

sobre o tempo de produção dos periódicos foram também estimadas a média e a moda . Devido revistas

ã diversidade de casos relativa ao baixo

pesquisadas em cada universidade, os cruzamentos

reduzidos.

Os poucos realizados foram relativos ãs 124

lrrprl nTIITilll ljllll lll l em

1

2

número

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

de

foram

informações

sobre

trabalhos

recebidos,

reformulados

e

rejeitados

e

à

distribuição das revistas e estabelecidos em relação aos tipos de (públicas

universidades

estaduais, federais e particulares).

Os cruzamentos por tipos de universidades foram apresentados através

de tabelas com freqüências e percentuais para os

horizontais.

No

percentuais meno~

interior

das tabelas

apresentados

os

Para

dados

estabelecidos

sobre

agrupamentos

a

a

por

distribuição números

dirigida

foram

de

exemplares,

para

apresentação e interpretação do

resultados.

Pela

quanto à tiragem e ao

diferenciados

tipo

de

permutas, assinaturas pagas e vendas avulsas),

também

âmbito geográfico (nacional e estrangeiro) .

Utilizamos

a apresentação através de tabelas para os

como

dados

referentes aos corpos docente e discente das universidades, as

informações

apresentadas recebidos,

relativas

às

fonte,

para

pela

275

os

revistas dados

os

reformulados e aceitos, bem como para

resultados

para

universitárias sobre

sobre a distribuição dos periódicos estudados.

que

distribuição

(doações, ao

e

a~á~ise.

grande diferença de informações obtidas, os extratos tiveram ser

os

apenas para os casos mais significativos de maior

freqüência, para seryir melhor à

facilitar

foram

totais

os

originais resultados

Nos demais casos,

foram apresentados de uma forma

descritiva

para

apresentação

dos

integrá-los melhor ao texto. Outras dados

informações

foram

incluídas

sobre o tratamento e próximo

à

análise

para

a

orientar

interpretação. 125

lllllllllllllllllilllllllilllllllillllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

4 DESCRIÇAO E ANALISE DOS RESULTADOS

4.1

Instituições Universitárias e Políticas Editoriais

universidade

A

heterogên~q

brasileira

ins~ituições

de

se

constitui

que inclui as

num

conjunto

univers~dades

públicas

federais, estaduais e

municipais e as universidades particulares

ou privadas.

istituições

legislação

Essas

e funções únicas, e

são

centralizadas

se expandiram

por

úma

aceleradamente

a

partir da segunda metade deste século. Após

a

apresentação suscinta da

universidade

brasileira,

baseada em grande parte nos textos de CUNHA (1980), OLIVEN (1992) e

FRANCO

MOROSINI

especificamente desenvolvida,

as

(1991),

passaremos

universidades

onde

a

descrever

mais

a

pesquisa

foi

abordando aspectos quantitativos do corpo

I

docente

em relação ao regime de trabalho e titulação, e do corpo discente de graduação e pós-graduação.

o potencial

instituicional

Isto foi feito visando das

universidades

demonstrar

estudadas

respeito a autoria de artigos científicos, bem como de

com

possíveis

usuários desses trabalhos.

o

início da institucionalização da Universidade começou

século

no

passado, quando da instalação da Família Real Para

Brasil.

mudança,

foram

atender criados

as

necessidades

cursos

que

portuguesa

decorrentes

formaram

os

no

dessa

burocratas

126

em

1

2

3

4

5

6

11

12

13

14

15

16

17

18

19

I

necessários

ao Estado, e os profissionais necessários as

especializações de uma sociedade mais moderna. a Academia

Militar,

Politécnica,

e as Faculdades

de

várias

Foi então criada

Medicina,

todas com orientação profissional

e

Direito

e

independentes

uma das outras. A

transformação

universidades, criad.a



desses

por

faculdades

a

primeira

do Rio de Janeiro.

insti'tuidas

decretos

isoladas

profissional

de

faculdades

isoladas

veio a ocorrer a partir de 1920,

ofic.i,almente

Universidade

cursos e

.universidade

pré-existentes,

seus

quando

vínculos

conservando

cursos de origem

e

foi

brasileira.,

As universidades criadas

que estabeleciam

em

a

não

a

foram

entre

as

orientação

incentivando

o

desenvolvimento da pesquisa. A inovar

criação o

objetivo

da Universidade de São Paulo,

modelo a

ser

em

organizacional e introduzir perseguido pela

Filosofia

pesquisa

instituição.

integração

como

Centralizou

pesquisa.

Os objetivos de pesquisa foram atingidos, mas o modelo teve

faculdades

mais tradicionais.

As

ser modificado devido

universidades

continuaram

a

seguir

que o

foram modelo

administrativas de faculdades já

ensino

a

básico

na

de

estrutural

entre

tentou

Faculdade

que

a

a

1934,

resistência

das

diante,

criadas,

dai

por

inicial

de

centralização

existentes.

Algumas tentativas

de regionalização apareceram, mas a federalização unificou ~is

e

ainda

o modelo, a partir dos anos cinqüenta. A partir dessa data, a tentativa de superação da dependência 127

econômica

fez com que se criassem condiçóes para a promoção

pesquisa

nas

praticamente

universidades

para a formação da

até

aquela

elite

época

dirigente.

A

promoção

da

ciência e da tecnologia no país, atuando mediante a concessão

de

recursos para a pesquisa e colaborando para o estabelecimento

de

criação

voltadas

brasileiras,

da

do CNPq, em 1951, foi um dos marcos para a

uma política de pesquisa e desenvolvimento, que só se efetivou na década de 70. A

Universidade

proposta de

inovadora

de

Brasília,

em

1960,

surgiu

que concebe a universidade

como

como

um

uma

espaço

produção e disseminação do conhecimento científico, junto

ao

preparo de profissionais que o avanço industrial estava a exigir.

A proposta

previa,

ainda,

científica,

além

uma estrutura

liberava

universidade dos entraves

a

administrativos

de

do

autonomia

governo.

didática,

jurídica

técnica

de

fundação

burocráticos

Embora o

e

projeto

dos

tenha

que

órgãos sofrido

retaliações do governo militar, serviu de base para as tentativas de reforma de outras universidades brasileiras. Nessa de

época, a demanda cada vez maior por vagas nos

graduação, e a necessidade de recursos

para

desenvolvimento da pesquisa trouxeram como

criação

de

graduação 1968,

2

3

privadas

larga escala.

estabeleceu

docente

1

universidades em

pesquisa.

em

humanos

e

A reforma do

4

5

adoção

6

7

8

do regime

9

10

11

conseqüência

ensino

por lei a indissolubilidade

da

qualificados

a implementação da

Para que isso pudesse ocorrer, através

cursos

a

de

12

pós-

superior,

entre

a

em

ensino

e

profissionalização tempo

13

14

integral,

15

16

da

17

18

19

valorização de titulação e da produção científica, se tornou

urna

exigência. Essas

determinações foram implantadas nas décadas de

70

e

80, que se caracterizaram também pela ampliação das universidades privadas.

Agora,

dados

do

Ministério

da Educação (BRASIL. MEC, 1992), o país conta com

95

universidades, muniçipais

no início da década de 90, segundo

das quais 36 públicas federais, 16

e

40, .privada::;.

A matrícula de

estaduais,

graduação

em

3

to.do

sistema de ensino superior chega a 1.540.080 alunos, ai incluídas as universidades De

e as faculdades isoladas.

acordo com os dados do Ministério da

Educação

(BRASIL.

MEC, 1992), o corpo docente atual das universidades brasileiras é de

88.814 professores, mas só 16.255 (18 %) deles são

?Rep~esentam 34~

doutores.

do -efetivo no setor público estadual e 17% ,do efetivo d

universidades federais.

As universidades

particul~res

contam com

menor número, situando o percentual de doutores na faixa dos 7%. Quanto ao regime de trabalho, 40% dos docentes trabalham regime

parcial

horas.

Em

de 20 horas semanais ou regime

dedicação

pesquisa

e

exclusiva para as

extensão

encontram-se

especial

atividades dos

60%

em

de

de

40

ensino,

professores

das

instituições de ensino superior do país. A

situação

pesquisa.

acima também se reflete no

desenvolvimento

Além da pequena tradição, as atividades se

da

concentram

em sua maioria no setor público e em instituições que desenvolvem programas

de

Outra

pós-graduação.

característica

da

científica das universidades atuais é sua grande dependência

área aos

129

llTnll n111111 rillllllllllilllll mfTTTTlllll llilllllllll riTFIIIIIIIIIIIIIIIIIiillllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllilllllllll lll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

recursos

provenientes das agências externas e não Com

universidades. desenvolvimento os

comitês

provenientes

isso,

as

decisóes

das

sobre

próprias os

seu

ficam alheias ao ambiente universitário. dessas

agências

sejam

formados

Embora

por

membros

dos quadros das instituiçóes de ensino superior,

autonomia das universidades de decidir sobre seus interesses

a não

é respeitada. Convém

ressaltar

que

..

o número

.

potencial

de

se

autores

constitui numa estimativa limitada ao âmbito institucional apenas das

universidades estudadas.

maior,

Este número

é

significativamente

se levarmos em consideração que pesquisadores

instituições revistas

de

outras

universitárias e de pesquisa podem se utilizar

institucionais dessas universidades para divulgar

trabal~os.

Da mesma forma, a estimativa de usuários é

aos usuários das universidades estudadas.

das seus

limitada pote~

Estes números são

cialmente maiores, tendo em vista que a distribuição das revistas não se restringe apenas a essas universidades. Apresentamos os dados das instituições de ensino superior em termos globais, porque a interdisciplinariedade da ciência permite

que

publiquem

pesquisadores provenientes de

em diferentes revistas.

quantitativas

áreas

atual

diferenciadas

As informações

históricas

foram retiradas dos relatórios, anuários e

publicações emanadas das universidades e citadas na

outras

bibliografia

deste trabalho, procurando sempre os dados mais atualizados.

Na

falta desses documentos, foram utilizados dados do Ministério

da

Educação

(BRASIL.

MEC,

1992) e do

Conselho

de

Reitores

130

em

1

e

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

das

Universidades Brasileiras (CRUB, 1992). Apresentamos,

também,

as políticas e/ou

programas

mesmas universidades em relação as revistas por elas Os

dados

para

entrevistas

isso

com

foram

obtidos

através

os diretores das editoras

de

dessas

publicadas. documentos

universitárias

e

e/ou

pessoas responsáveis pelo assunto nas universidades. A

ordem

natureza

das

de apresentação escolhida

foi,

instituições universitárias,

públicas federais e privadas.

primeiramente,

públicas

a

estaduais,

Dentro desta ordenação, a

escolha

norte-sul orientou a apresentação.

Universidade de São Paulo

A

Universidade

entidade

pública

de

São Paulo foi

estadual, em

fundada

constituindo-se termos

de

em hoje

como

1934,

maior

na

universidade

brasileira

matrículas e número

professores.

Em termos globais, é considerada o maior centro

de. de

excelência universitária do país. A

USP

alunos,

tem uma matrícula de graduação em torno

distribuídos entre mais de 200 cursos

ou

de

38.318

habilitações.

Em nível de pós-graduação stricto senpu, a Universidade conta com 16.071

O

alunos, distribuídos em nível de mestrado e doutorado

número de cursos de pós-graduação é de 236

cursos de mestrado

e

192 de doutorado. corpo

O

docente da Universidade de São Paulo

chega

a

um

131

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

total

de

5.344

dedicados

4.~908.,

dos quais

ou

seja

g.

92

o

à pesquisa e com dedicação exclusiva às atividades

Universidade. encontram

De

assim

(22 %) mestres A

professores,

acordo

com a titulação,

os

distribuidos: 3.818 (71 %) de

da

professores doutores,

se

1.166

e 360 (7 %) de graduados ou especialistas.

USP desenvolve um programa de apoio à publicação de

suas

revistas, desde 1986, intitulado Programa de Apoio às Publicaçóes Cientificas e Periódicas da USP.

Para execução do Programa,

designada uma Comissão de Credenciamento, responsável pelo e

avaliação das revistas a serem subsidiadas.

assessorada

pelo SIBI - Sistema Integrado de

Esta

foi exame

Comissão

é

cuja

Bibliotecas,

participação objetiva racionalizar gastos, garantir a

divulgação

e

principais

normalizar

técnicamente

as

publicações.

As

atribuições da Comissão de Credenciamento são: - Observar a política editorial proposta pela revista; - julgar os pedidos de auxílio, para verificar se seguem

os

critérios estabelecidos; - julgar o valor e a forma de auxílio solicitado; - gerenciar a verba do Programa; - elaborar o plano anual e os relatórios. O

Programa

Unidades

visa complementar a

credencimento subsidiar

títulos

orçamentária

de Ensino e Pesquisa, com vistas à publicação

periódicos científicos.

apenas

dotação

apenas

A política deste programa é de aos

periódicos

revista

credenciados

em cada

área,

podem ser os já 132

evitando

seus

conceder evitando

científicos,

outros tipos de publicações, como também

uma

de

de

auxiliar

duplicações.

estabelecidos

das

ou

Os

novos,

desde que atendidas as especificações anteriores. Entre

os

critérios

para

credenciamento

dos

periódicos,

são observados os seguintes ítens: Autoridade:

Em sua estrutura, os periódicos devem contar com um

editor,

uma comissão de publicação e um conselho editorial . de

comissão

A

.

publicação

deve

ser

por

formada

docentes/pesquisadores estáveis, e tem como atribuições: Definir

a estrutura das publicações

e

2lassificar

os

trabalhos aprovados; elaborar normas editoriais e instruções aos autores; distribuir os trabalhos recebidos para avaliação; supervisionar a normalização.

o de

conselho editorial deve ser constituído de

comprovada competência, especializados nas

pesquisadores

áreas

pela revista e de variada origem institucional.

abrangidas

Sua atribuição é

julgar o mérito dos trabalhos. Qualidade de Conteúdo:

Para

esta

avaliação,

Comissão

a

de

Credenciamento

poderá utilizar assessoria externa; Normalização:

A

revista

deverá utilizar as normas da ABNT,

relativas

apresentação de artigos (NB-61/NBR-6022) e de periódicos NBR-6022) ;

133

à

(NB- 62 I

Periodicidade: regularidade

A

e

freqüência

serão

utilizadas

como

instituiçoes

será

indicadores do grau de disseminação da revista; Colaboração Externa: A

colaboração

de

autores

de

outras

considerada como prestígio da revista em sua especialidade; •

I

Indexação: A

indexação · da revista por serviços de índices

nacionais

e

~alidade,

estrangeiros uma

vez

que

será considerada estes

serviços

como de

e

resumos

indicador

disseminação

de são

bastante seletivos; Penetração: . Neste

aspecto

será

considerada

a

tiragem

constante

da

revista, o fornecimento de separatas e a distribuição através

de

permuta, venda e doação; O Programa prevê, ainda, um fluxograma de operacionalização, onde estão especificadas as atribuições da Unidade Publicadora

da

revista,

Reitoria da Universidade. de

com

acordo

produzir

a

o

da Comissão

de

Credenciamento

As etapas do fluxo são

serviço de impressão

revista,

Universitária

tendo como opções a

Unidade ou comercial.

134

a

ser

e

da

diferenciadas, utilizado

Gráfica

da

USP,

para da

Periodicidade:

regularidade

A

e

freqüência

serão

utilizadas

como

instituiçóes

será

indicadores do grau de disseminação da revista; Colaboração Externa:

A

colaboração

de

autores

de

outras

considerada como prestígio da revista em sua especialidade;

Indexação:

A

indexação

nacionais

e

qualidade,

da revista por serviços de índices

estrangeiros uma

vez

que

será considerada estes

serviços

como de

e

resumos

indicador

disseminação

de são

bastante seletivos; Penetração:

Neste

aspecto

será

considerada

a

tiragem

constante

da

revista, o fornecimento de separatas e a distribuição através

de

permuta, venda e doação; O Programa prevê, ainda, um fluxograma de operacionalização, onde estão especificadas as atribuições da Unidade Publicadora

da

revista,

Reitoria da Universidade. de

acordo

produzir

com a

o

da Comissão

de

revista,

Credenciamento

As etapas do fluxo são

serviço de impressão tendo como opções a

Unidade ou comercial.

134

Universitária

a

ser

e

da

diferenciadas, utilizado

Gráfica

da

USP,

para da

Universidade Estadual de Campinas

A

UNICAMP

se

constitui

numa

universidade

Governo do Estado de São Paulo, fundada em 1966. na

cidade

de Campinas, a 90 km da Capital do

mantida

pelo

Esta localizada Estado,

onde

se

situa um dos polos metalúrgicos e industriais mais importantes do país. A Universidade oferece 30 cursos de graduação, e em nível de

.

pós-graduação

são Neles

doutorado.

desenvolvidos 75 áreas de mestrado e estão inscritos 7.103

alunos

de

56

de

graduação,

2.816 de mestrado e 1.635 de doutorado.

o

corpo docente da UNICAMP é 2.046 professores,

1.752

(86

tempo

parcial. (30

622

dos

quais

%) atuando em tempo integral e apenas 294 (14 Destes professores 1.190 são doutores

são mestres.

%)

Os que

obtiveram



%)

em

(58%)

e

graduação

não

ultrapassam 210 (10 %) e os que chegaram ao grau de especialistas são apenas 24 (1 %) . A UNICAMP possui uma Editora que publica apenas livros. nove

revistas

editadas

pelas

unidades

Isto significa que nem a Editora, nem qualquer

política ou programa de apoio à

periódicos.

135

em

1

2

universitárias

com recursos provenientes delas mesmas, ou com

externo. possui

publicadas

3

4

5

a

As são

auxílio

Universidade publicação

de

Universidade de Brasília

A

UNB

federal,

foi

instituída em 1962

como

universidade

pública

e neste mesmo ano iniciou suas atividades nas áreas

ensino,

pesquisa

faculdades

e extensão.

Está hoje

estruturada

e oito institutos, subdivididos em 50

em

de

cinco

departamentos.

Oferece 40 cursos de graduação. O corpo discente da UNB é formado por uma população de 9.677 I

alunos

)

regulares de graduação e 1.578 de

pós-graduação

stricto

sensu. O

corpo docente da Universidade de Brasília é

formado

1.191 professores, dos quais 504 (42 %) são doutores, 432

são

mestres, 43 {4 %) são especialistas e 212 {18 %)

Quanto

ao regime de trabalho, a população docente

seguinte

distribuição:

985

(83

trabalham

%)

por

(36

%)

graduados. apresenta

em

a

dedicação

exclusiva, 190 {16 %) em regime parcial de 20 horas e 16 { 1%) em regime especial de 12 horas semanais de trabalho. A Editora da UNB possui uma grande produção de livros, o que permite sua manutenção com recursos próprios. fornece de

A Universidade

a infra-estrutura física e os funcionários.

verbas

nenhuma

para

atender a demanda,

política

com

a

Editora

r e speito a publicação

Pela

não

de



falta

desenvolve

suas

revistas

científicas. Dentro deste quadro, a única exceção é a revista HUMANIDADES ~e

se constitui numa revista de difusão da ciência.

i nteresse

de

uma

população

maior

de

leitores,

a

Por ser

de

verba

de

136

~.....,'T'T'T'T'1rT'T'T 'T'T T'T1"1'TT'1"T'I"T'T'n-rrrlrf[fTTT]TTTT~IT[fffi!l 111lllll 1llllllllllllllllll l lllll l llll11111lllll11111 l llllllllllllll11111 l llllllllllllllllllllllllllllllllll11111 l llll l 111 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

assinaturas disso,

a

supre as necessidades financeiras da revista. revista vende espaços publicitários

que

Além

complementam

seus recursos. A Editora distribuição gastos

da

de

Universidade de Brasília

tem

uma

livros que comercializa as edições e

com publicação.

Esta rede é formada por duas

rede

de

repõe

os

livrarias,

sendo uma no campus e outra no Setor Comercial Sul da cidade, que vendem os livros .editados pela .UNB. dos

editores,

a

Além disso, por

rede comercializa as

revistas

solicitação

editadas

pela

Universidade. A UNB

não

conta

com

uma

gráfica

própria,

contratando

serviços para todos o trabalho de impressão.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

A UFRJ, fundada em 1920 com o nome de Universidade do Rio de Janeiro é a mais antiga universidade oficializada do país. resultado ~icina

da e

reunião da

da Escola Politécnica,

Faculdade de Direito,

veio,

da

Tendo

Faculdade

posteriormente,

incorporar a Escola de Belas Artes e a Escola de Música, além outras t~o.

de a de

que foram sendo criadas e acrescentadas com o decorrer do Muitos desses cursos datam do século passado, quando

da

lantaçâo do ensino superior no Brasil. Em 1937 transformou-se na Universidade do Brasil, e a ~

parti~

1965 transformou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro,

com a cinco

atual estrutura administrativo-acadêmica centros

universitários

que 137

congregam

o

constituída

de

conjunto

das

unidades universitárias (institutos, escolas e faculdades) . da

partir

A

segunda

metade

do

século,

inicia

a

lnstitucionalização da pesquisa, com a conseqüente implantação de lnstitutos de pesquisa, docência em regime de

tempo

formação de equipes altamente' especializadas e o

integral, a

estabelecimento

de convênios nacionais e internacionais .

.A UFRJ é a maior universidade federal do pais, oferecendo 45 cursos de graduação, com 104 habilitações, 86 cursos de e 55 de doutorado. sensu",

em

1991

mestrado

Relativamente a cursos de pós-graduação "lato a

Universidade

ofereceu

46

cursos

de

especialização. O número de alunos de graduação é de ap.r oximadamente

tem

como

possuir o mais elevado percentual de alunos

nesse

vel, entre as universidades federais, com 29 t do total.

Esta

triculados. ~acterística

Em

pós-graduação,

a

Universidade

23.000

devida a uma matrícula total de 6.677 alunos, dos as 5.045 em nível de mestrado e 1.632 em doutorado. O corpo

docente está estimado em

3.484

1.994 (57 %) trabalham em regime de (25

325

(38 %) são doutores, sendo os demais

dos

exclusiva, %)

Quanto à qualificação, 1.098 (32 %) são

em

20

mestres

especialistas

ou

A Universidade possui uma Editora que é assessorada por

um

Editorial

interdisciplinar 138

1

dedicação

%) em regime de 40 horas semanais e 637 (18

as semanais.

em

professores,

2

3

e

interinstitucional

que

decide

o quê e quando publicar.

Não possui nenhuma

programa para a publicaçoes de seus periódicos. é

de

A razão

que não conta com infra-estrutura editorial e

permitam

com

que

as

revistas

sejam

alegada

verbas

publicadas

regulares para manter sua periodicidade. se

política ou

que

nos

prazos

Por isso, cada

unidade

encarrega de resolver a questão de acordo com os

recursos

e

possibilidades que possui.

Universidade Federal do Paraná

A Universidade Federal do Paraná se constituiu na

primeira

tentativa concreta de criação de uma universidade no Brasil. fundada em 1912, como entidade de caráter particular, do

Universidade ensino

Paraná.

restringiu

a

Em 1915, uma

autonomia

das

reforma

escolas

Foi

intitulada nacional

de

superiores

e

reoficializou o ensino, regulando as condições de equiparação dos institutos Por

não

particulares

ou mantidos pelo Estado

aos

existir no país outra universidade a qual

oficiais.

pudesse

ser

equiparada, seu reconhecimento não pode ser oficializado. Em 1918, a Universidade do Paraná foi então dividida em três Faculdades

isoladas:

Medicina.

A partir de 1922 deu-se a luta pela sua

~e

a

de

Direito, a de

só foi efetivada em 1946.

sendo

a

partir

de então

Engenharia

e

a

de

restauração,

Em 1950 ocorreu sua federalização,

denominada

Universidade

Federal

do

Paraná. Hoje, oferece

a

UFPR

está dividida em nove setores

de

ensino

40 cursos de graduação, 24 cursos de mestrado e nove

e de

139

1111111111T1Trrr~rrn 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111' 111 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

O

doutorado.

corpo

discente

é

formado

por

15.531

alunos

matriculados em cursos de graduação, 803 em programas de mestrado e doutorado, e 887 em cursos de especialização. O dos

corpo docente da UFPR é composto por

quais

semanais, regime

463 404

(27 %) (23 %)

1.728

professores,

trabalham em regime parcial em

r e gime de

4 0 ho r as e

de

20

861

(5 0 %)

Quanto à titulação, os

de dedicação exclusiva.

horas

docentes

a seguinte distribuição: 20 % são doutores, 36 %

apresentam

em

são

mestres, 26 % especialistas e 18 % são graduados. O parte

Projeto Editorial da Universidade Federal do

básico

propiciar

professores, áreas

à

referente

do

publicação de revistas, a

tem

divulgação dos trabalhos

Paraná,

como

de

objetivo

pesquisa

e manter atualizados os conhecimentos nas

saber.

O Projeto visa, também, unificar

na

dos

diversas

os

diversos

esforços de publicação dos 17 periódicos científicos da UFPR, sob a

responsabilidade

características

editorial

editoriais

da

Editora,

e gráficas das

e

estabelecer

as Entre

publicações.

essas características citamos: Comissões Editoriais: Devem pela

ser constituidas de professores das áreas

revista,

que serão responsáveis pela seleção de

i ndicação de pesquisadores convidados a publicar. estabelece,

abrangidas textos

Esta

também, quem deve receber a revista como

e

comissão doação

ou

permuta; Consultores:

140

il TilTfTIIIIIII rlllll lll i illlllliil lllllllllllllilll ll llll i lllllllllllllllllllllll lll lll llllllllllllllllllllllllli il llll llll llllllllllllllllllllllli ll ll ll lll lll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

As revistas devem contar com um conselho de consultores hoc" para avaliação, preferencialmente formado por

"ad

especialistas

de fora da Universidade; Autores:

convidados

Serão professores

da

a

publicar

nas

revistas

UFPR e pesquisadores de outras

os

todos

instituiçóes,

a

juizo das comissóes editoriais de cada revista; I

Linguagem:

Caberá

Editora da UFPR a revisão

à

lingüística

do

texto

cabendo-lhe também sugerir mudanças que visem melhor legibilidade e normatização; Normatização:

A

Divisão

normalizará

de

Revisão e Normatização da

as notas e referências

Editora

bibliograficas

da

UFPR

apresentadas

pelos autores; Laudas:

A

extensão

dos

artigos é livre, mas

o

número

médio

de

páginas dos fascículos deve ser de 150 páginas; Periodicidade

A periodicidade das revistas deverá ser anual; Padrão Gráfico:

Este

padrão

características

será

o

mesmo para

específicas

de

todas

capa

as

que

revistas, identifiquem

com

e

i ndividualizem cada revista;

141

~~tTITITfiillllllllllllllilllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Tiragem: A

tiragem

será

de 1000 exemplares

e

cada

autor

deverá

receber 5 separatas; Promoção: feita

Será

através

de

folhetos,

cartazes,

catálogos,

imprensa, doações e cortesia; Distribuição: I

I

se'rá

As

avulsas. pela

feita

através

de

assinaturas,

permutas

e

vendas

assinaturas serão feitas pela Editora,

a

permuta

Biblioteca Central e as vendas avulsas através da

da

e

distribuidoras

UFPR,

livrarias

livraria

comerciais

das

e

participantes do PIDL (Programa Inter-institucional do Livro) ; Custos: O Setor universitário de onde provém a revista deverá

pagar

o papel (mais ou menos 15% do custo total), ficando o restante a cargo da Editora.

Universidade Federal de Santa Catarina A



UFSC foi fundada em 1960, na cidade de

dentro

do

Educação.

A

sistema

federativo

mantido

Florianópolis-se, Ministério .. da

pelo

Universidade oferece 37 cursos e habilitações

nível de graduação, além de desenvolver 22 programas de

em

mestrado

e sete de doutorado. A

população

estudantil de graduação é da ordem

de

12.290

142

IJmrrnl lllllliilllllillillllliilTfTITTIIIIIII i llllllllllllllllil lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

alunos,

enquanto que o número de estudantes de pós-graduação

em

programas de mestrado chega a 1.507 alunos e de doutorado 243. Quanto ao corpo docente, os dados apontam para um efetivo de 1.639

professores,

parcial, 111 (7

~)

dos

quais 213 (13

em

~)

regime

regime de tempo integral e dedicação exclusiva às

da

Universidade. so~~

O número de horas dedicadas à

o total , de 385.960 horas anuais.

~)

(9

de graduados, 350 (21

mestres e 390 (24 A

UFSC

~)

De açordo com

756

revistas,

visam definir

uma

Editora

política

que

se

responsabiliza

com

as

critérios

estabelecer

criação

novos

para a

e

diretrizes

Entre

as

que Essas

continuidade

composição

responsabilidades e

periódicos.

pela

Para editá-las, foi

principais

assegurar a regularidade

editoriais, de

~)

(46

norteiam o programa, aprovada pelo Conselho Universitário. diretrizes

a

distribuição:

especialistas,

Publicação de onze revistas da Universidade. uma

pelos

doutores.

~)

possui

estabelecida

~)

atividades

pesquisa

qualificação, o corpo docente apresenta a seguinte 143

tempo

em regime de 40 horas semanais e 1.312 (80

em

docentes

de

dos

das

conselhos

critérios preocupações

para

a

desta

política, destacam-se: - Atingir o público alvo através de assinaturas, permuta

ou

30~

da

distribuição tiragem

As

gratuita.

assinaturas devem

atingir

e as doações devem ser feitas para entidades com quem

a

UFSC deseje manter intercâmbio; - Estabelecer o número médio de páginas dos fJcículos em 150 páginas e uma tiragem mínima de 500 exemplares;

143

~llTrTflllllll rilllllillillllllllllllllllllllllillllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Equacionar com

impressão assinaturas

os

custos,

recursos

sendo que

provenientes

a

da

Editora venda

assume

de

a

livros,

e venda de números avulsos das revistas, feitas

nos

postos de venda da Universidade e livrarias comerciais; - Manter a qualidade científica, indicando que cada deve

contar

elementos externos

com um cons elho e ditori a l próprio ,

da à

UFSC

e um corpo

Universidade,

de

árbitros,

selecionados por

revista

intergr ado

por

preferencialmente sua

competência

e

relevância na área coberta pela revista. Além

disso,

as diretrizes incluem

determinações

a

serem

seguidas para a criação de periódicos novos, recomendando que ela só deve ser feita em áreas onde exista uma lacuna reconhecida editorial

mercado restrições anual),

quanto

ao

brasileiro.

Estabelece,

à periodicidade (que deve

também, ser

formato padronizado (que é fixadopela

no

algumas

semestral Editora

ou para

melhor aproveitamento do papel), à inclusão de propaganda (que só Pode

ser

de

outras revistas) , às reimpressões

(que



podem

ocorrer quando a Comissão Editorial da revista der garantia dessa necessidade) e à distribuição de separatas (em número de 20

para

Cada autor, ou de três exemplares completos).

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

A ~legre,

UFRGS

foi

criada em 1934, como

Universidade

de

integrando as dive rsas unidades de ensino superior

Porto pré-

144

íí~lllll llrrrrr'll lllfniTí11TTJllTf1 111111111111111111111111!11illllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

existentes

na

autônomo. com

cidade e que até então

mantinham-se

em

caráter

Transformou-se em Universidade do Rio Grande em

subordinação

ao

entre

compreendido

Estado 1950

a

e

foi

federalizada

1952,

passando

no

1947,

período

denominar-se

a

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Hoje,

a

UFRGS

oferece

habilitaçóes ou ênfases. cursos de . mestrado e 25

42 cursos

de

graduação,

com

Em nível de pós-graduação, conta com 47 ,p~ogramas , de

doutorado.

Seu corpo discente de graduação é formado por uma de

81

15.883 alunos matriculados, e em

pós-graduação

população

encontram-se

inscritos 2.481 alunos. Os ~ais

docentes totalizam um efetivo de 2.330 professores, 499 (21 %) são graduados, 459 (20 %) possuem

especialistas, Relativamente

dos

titulação de

814 (35 %) de mestres e 568 (24 %) são

doutores.

ao regime de trabalho, 660 (29 %) atuam em

regime

de 20 horas semanais, 243 (10 %) em regime de 40 horas, 209 (9 %) em

regimes

especiais

e 1.218 (52 %)

em

regime

de

dedicação

exclusiva. A

UFRGS

livros havia

possui uma Editora que desde 1971

vem

publicando

nas mais diversas áreas do conhecimento.

Até

1992,

qualquer política ou programa deste ou de outro

Universidade voltado à publicação dos periódicos.

setor

não da

Até essa data,

as unidades se responsabilizavam pela publicação das revistas que criavam.

Um auxílio não sistemático era por vezes obtido

junto

a uma das pró-reitorias, sem se constituir num apoio continuado.

145

IITITTfl llllllllliillllll i Ii lllllll lllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllilllllllil lll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

entanto, no final daquele ano e início de 1993, à

No da

coleta

criação reunia

de

dados da pesquisa, já

estava

sendo

do "Programa de Apoio à Editoraçao de os

esforços

Graduação, Sistema

de de

das Pró-Reitorias

Pesquisa Bibliotecas

de

da

Universidade.

estudada

PeL-iódicos",

Graduaçao,

e de Extensao, além

época

da

a que

de

Pós-

Editora

e

do este

Subsidiando

programa, foi realizado um levantamento dos periódicos publicados pela UFRGS, sendo identificados 48 títulos, sendo 34 correntes

e

14 não correntes . Deixamos de apresentar maiores detalhes do Programa naquele

momento,

ele não havia atingindo nenhuma

porque,

das

revistas

à

Fundação

pesquisadas.

Universidade do Rio Grande

A

Universidade

do

Rio

Grande,

pertencente

Universidade do Rio Grande, é uma instituição federal, localizada na

cidade do

fundada

em

ecosistema

mesmo nome,

a 320 krn de Porto Alegre -

1969, com uma vocação

institucional

RS.

Foi

definida

pelo

costeiro, uma vez que a cidade abriga um

dos

portos

mais importantes do país. A Universidade oferece regularmente 25 cursos de graduação e

um curso de pós-graduação "stricto sensu", em nível de mestrado e doutorado, em Oceanografia Biológica. A FURG conta com um corpo discente formado por uma população de cerca de 8.000 alunos de graduação e 30 de pós-graduação .

146

ilTITr[Tillllll rlllllllliilllllllillllllllllllllilllllllll i lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllll em

1

2

3

4

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6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

O corpo docente é de 534 professores, dos quais 37 (7 %) são doutores, (26

139

graduados.

%)

trabalham de

(26 %) mestres, 219 (41 %)

40

Quanto ao regime de trabalho,

403

e

139

(75

%)

em regime de dedicação exclusiva, 88 (17 %) em

horas semanais e 43

horas.

especialistas

(8 %) dos docentes em

regime

regime

de

20

Em 1991, o Comitê Científico da FURG aprovou 182 projetos

de pesquisa, nas várias áreas do conhecime nto.

.

'

A Universidade do Rio Grande conta com uma Editora que edita e

imprime

livros

todo o material publicado os

até

são

trabalho

de

unidades

que

Universidade,

necessários

impressos

impressas pela Editora, que editoração.

próximos anos

desde

atividades

às

Além disso, as seis revistas produzidas

administrativas. unidades

pela

A verba para

realiza

tal

é

a promoção das revistas.

também

todo

proveniente

destinam recursos para este fim. A é a editoração eletrônica.

pelas

meta

das

para

os

Não há preocupação com

A distribuição é feita pelas

unidades,

e a permuta e doação pela Biblioteca Central.

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

A

PUC/SP,

federal

no

fundação

fundada

mesmo

São

em

ano, é

1946

de

e

reconhecida

natureza

Paulo e incluída na

privada,

categoria

das

pelo

governo

mantida

pela

universidades

comunitárias, nos termos da Constituição. Universidade

A

Universitários

que

está oferecem

estruturada 22

cursos

em de

cinco

graduação

Centros com

32

147

llTflTITTllrrrnT1Tf lT]lTIT!rlrlllllllllllllllllllllliillllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

habilitaçoes

ou ênfases.

Em nível de pós-graduação, oferece

21

cursos de mestrado e doze de doutorado. Possui

cerca Em

graduação.

de 12.091 alunos matriculados nível

de

inscritos em mestrado e

formado por 1.492 professores, dos

(30 %.) em tempo integral. são

de

encontram-se

quais

trabalhando em regime parcial de atividades

(70 %)

docentes

2.352

cursos

320 em doutorado.

O corpo docente é 1.047

pós-graduação,

em

e

'

Quanto à titulação, 751 (50 %)

445

desses

apenas graduados, 383 (26 %) mestres e 358 (24

%)

doutores. A

Universidade

Publica

os

livros

Periódicos, a

com uma editora - a

editados

pela

EDIPUC

Universidade.

PUC/SP não tem qualquer política

desenvolvimento. Procurar

conta

que

ou

programa

Em razão disto, as unidades publicadoras

recursos

e

realizar todo o trabalho

aos

Quanto

editorial

em

devem e

de

distribuição de suas revistas.

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

PUC/CAMP é uma universidade privada, fundada em

A

1941,

e

reconhecida a partir de 15 de junho de 1955 pelo Conselho Federal de

Educação.

está

É mantida pela Sociedade Campineira de Educação

e

localizada numa das cidades mais desenvolvidas econômica

e

~lturalmente

A

do Estado de São Paulo.

Universidade está estruturada em 20 unidades

onde são desenvolvidos 39 cursos de graduação.

Em

acadêmicas, pós-graduação

148

ífiTTTjlllljlllllllllTfTrlfiTTD lllllilij illlllllljllllllllljllllllllli em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

possui cinco cursos de mestrado e desenvolveu, em 1992, 21 cursos de especialização. O

potencial

estudantes graduação O

discente

matriculados 11

professores,

docente dos

são

cerca

de

208

em

de

um

efetivo

de

quais 100 (8 %) trabalham em regime

.em

tempo

. parcial.

370

pós-

Quanto à

(29

%)

são

mestres,

471

1.274

de

tempo

qualificação

professores apresentam a seguinte distribuição: doutores,

19.763



constitui-se

integral e 1.174 (92 %) estes

em

em cursos de graduação e

stricto sensu 11

corpo

está estimado

89 (7

(37

%) são

%)

especialistas e 344 (27 %) possuem apenas a graduação. A oito

u~a

PUC/CAMP não possui Editora, mas

Gráfica que

revistas e o material impresso necessário ao desempenho

suas funçoes administrativas. distribuição permutas

e

das revistas. é

doaçoes

deste

atribuição

de

A Universidade paga a impressão A venda e controle das

feita

pelo

Serviço

de

Divulgação e Intercâmbio do Sistema de Bibliotecas e É

imprime

Serviço,

também,

a

e

assinaturas, Publicação, Informação.

padronização

dos

periódicos.

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul A PUC/RS data de 1948 , como instituição de ensino de

direito privado, mantida pela Sociedade Civil da

superior

Congregação

dos Irmãos Maristas da Província de Porto Alegre, constituindo-se

na maior universidade privada do Rio Grande do Sul, com sede

na

149

ilT1TTTIIIIIII11i11111111

em

1

2

3

4

5

6

qmrp

i

111111111111111111111111 11111111i1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111llllllllllllll

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

cidade de Porto Alegre. Esta nível

Universidade conta com 19.642 alunos

de

graduação

distribuem

matriculados

e 889 em pós-graduação.

entre 52 cursos de graduação, 40

Esses de

alunos

em se

especialização,

dez programas de mestrado e cinco de doutorado. Em

relação

PUC/RS

professores, assim distribuidos quanto à

1.885

(22 %) com com

ao seu potencial docente, a

doutorado.

116 (6 %) com doutorado,

Quanto

em

com

titulação:

415

graduação, 936 (50 %) com especialização, 418 (22

mestrado,

atuam

conta

tempo

ao

livre-docência

regime de trabalho, apenas

integral e os demais, 1739

(92

e

146 %) ,

%) pós-

(8

em

%)

tempo

parcial. atuação

Dessa científica ~

docente,

resultou

a

seguinte

da Universidade, em 1991, relativamente à

produção publicação

livros e artigos de revista: Livros publicados no Brasil: 52 Livros publicados no exterior: 2 Artigos publicados em revistas nacionais: 207 Artigos publicados em revistas estrangeiras: 33 A

ligado

PUC/RS

à

Editora,

possui uma Editora - a EDIPUC - que

Pró-Reitoria entre

de Pesquisa e

um

Pós-Graduação.

outras atribuições, publicar

técnico-científicas

é

as

editadas pela Universidade.

órgão

à

Cabe

nove

revistas

Para

tanto,

o

órgão possui orçamento próprio que assegura verba para manter os O

Periódicos. revistas

é

o

principal

objetivo visado

intercâmbio, mas a Editora

pela

publicação

centraliza

também

de o

controle de assinaturas que contribuem para o orçamento.

150

~-~Tl llllllllllllllTI1flT1TITTTjll llllllllllllllilllllillllillllllllllllllllllllllllilllliilllllllllllllllllllllliiililiillliilllllllllllllllllllliiiiillliilill em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

A

tiragem

revista,

mas

é

decidida

pelo

conselho

editorial

existe uma orientação que o número

de

de

cada

exemplares

deve atender a demanda em assinaturas, permutas, doaçoes,

vendas

avulsas

9~

e

assegurar uma reserva técnica em torno de 3 a As

exemplares.

compras

avulsas podem ser

feitas

na

de

própria

editora e/ou por correio. editoração de textos é eletrônica, sendo que a meta

A I

os

para

t

)

próximos anos é de que os editores das revistas já enviem

os

textos prontos e revisados em disquetes. A PUC/RS possui também uma gráfica que imprime as livros

e

revistas

todo

material

são

impressas

periodicidade regular.

administrativo na

ordem

da

que

revistas,

Universidade. permita

As a

manter

Os atrasos são excepcionais.

Não há grande preocupação com a promoção das revistas, sendo que

a única forma de divulgar os títulos é através das

próprias

revistas editadas pela PUC/RS.

Universidade do Vale do Rio dos Sinos

A

Unisinos

é

uma

universidade

de

natureza

sediada

em

Vieira,

nome civil da Ordem dos Padres Jesuítas da Província

Brasil

São Leopoldo - RS e mantida pela

particular,

Meridional.

Constitui-se na maior

Sociedade

universidade

Antonio do

mantida

pela Companhia de Jesus no Brasil. Em nessa

1953,

a Ordem iniciou a criação mas

cidade,



foi

de

credenciada

cursos

superiores como

oficialmente

151

Tfr1TIT11111lll 11111i i i Ii i i i Ii i i i Ii i i lllllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllll'll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

universidade

em

1969,

tendo

seu

funcionamento

administrativo

começado

definitivo

foi obtido em 1983, através da



em março de

1970.

Seu

acadêmico

e

reconhecimento

Portaria

453

do

Ministério da Educação. A

Unisinos oferece 27 cursos de graduação e dois

graduação, em nível de mestrado. especialização.

de

pós-

Em 1991, realizou 20 cursos

A matrícula de graduação está estimada em

de

torno

)

de 18.258 alunos.

o

corpo docente é de 786 professores, dos quais 104 (14

trabalha

em regime de 40 horas ou mais.

ainda

possibilidade

A Universidade

%)

oferece

de

trabalho

diferenciados a seus professores, sendo que 104 (14 %)

trabalham

a

entre

de

trabalho

em

regimes

24 e 39 horas semanais, 204 (26 %) dedicam entre 12

a

20

horas semanais à Universidade e 374 (48 %) até 10 horas semanais. Quanto a qualificação, os professores apresentam a distribuição: (17

48

(4

%) são doutores

ou

seguinte

livre-docentes,

%) são mestres, 308 (46 %) especialistas

e 265 (33

165 são

%)

apenas graduados. A Universidade está dividida em cinco centros e cada um tem, no

mínimo uma revista cuja finalidade é publicar

os

resultados

das pesquisas desenvolvidas e as dissertações dos cursos de

pós-

graduação. A

UNISINOS

assume

centralizando

técnico-científicas, editorial,

a publicação

de na

promocional e de distribuição.

suas

revistas

nove

Editora

toda

Os editores

parte recolhem

152

"ITjTlTIIlTilTTTITIIIIIilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll i 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

os

artigos,

providenciam sua avaliação e enviam

datilografados

e

revisados

os

para a Editora que,



textos

por

sua

vez,

finaliza o processamento editorial e a duplicação.

Para na

forma

resumir de

o

tabelas

que foi até os

dados

agora

exposto,

referentes

ao

I

apresentamos potencial

)

de I

professores e alunos das universidades estudadas com a respectiva análise.

TABELA 1

DOCENTES DAS UNIVERSIDADES ESTUDADAS, POR TITULAÇÃO 1991-1992 Uni verSidades

Drs

usp

3.818 1.190 504 1.325 345 390 568 37 358 89 116 48

UNICAMP

UNB UFRJ UFPR UFSC UFRGS URG PUC/SP PUC/CAMP PUC/RS UNI SINOS TOTAL

Especs n %

Mtrs g.. o

n

g.. o

n

( 71%) 1.166 (22%) (58%) 622 ( 30%) ( 42%) 432 ( 3 6%) ( 38%) 1.098 (32%) (20%) 623 (36%) (24%) 756 ( 46%) (24%) 814 ( 35%) ( 7%) 139 ( 26%) (24%) 383 (26%) ( 7%) 370 ( 29%) ( 6%) 418 (22%) ( 4%) 165 (17%)

24 43 449 350 459 219 471 936 308

Grads n %

Total (100%)

360 ( 7%) 1%) 210 ( 10%) 4%) 212 ( 18%) 1.061 (JO%) (26%) 311 ( 18%) ( 21%) 143 ( 9%) (26%) 499 (34%) (42%) 139 ( 26%) 751 (50%) (3 7%) 344 ( 27%) (50%) 415 ( 22%) ( 46%) 265 ( 33%)

5.344 2.046 1.191 3.484 1.728 1.639 2.330 534 1.492 1.274 1.885 786

6.986 (29%)

7.969 (34%)

23.733

TOTAL 16.255 (18%) 23.655 ( 27%) BRASIL

48.904 (56%)

88.814

8.778 (3 7%)

Fontes: Anuários, Relatórios, Folhetos e outros

153

lTJITIITfllTIIII!jll ll lillljllllllllljl em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

A

Tabela 1 apresenta a titulação dos professores Conforme

pode

ser

nas

doze

observado,

nas

universidades

estudadas.

universidades

públicas estaduais - USP e UNICAMP - o

doutores

é

o

triplo (USP) e o dobro

(UNICAMP)

do

número

de

número

de

Os graduados são 10 % ou menos nas duas universidades.

mestres. Nas

instituiçoes

homogênea.

públicas

federais,

a

situação

não

é

Enquanto que na UNB e na UFRJ o número de doutores

.

'

é

maior do que o de mestres, nas demais - UFPR, UFSC, UFRGS e URG -

a

número de mestres ultrapassa o de doutores.

Nas três

universidades

da Região Sul - UFRP, UFSC e UFRGS - o

especialistas

é semelhante

número

reduzido

de

se

universidade

ao de doutores.

doutores aproxima

da

URG,

das

Vale

de

número

de

ressaltar

apenas

últimas

três

maiores

o Esta

7%.

universidades

particulares analisadas, em termos de titulação docente. Nas

universidades

homogênea.

particulares, a situação

também

não

é

Enquanto a PUC/SP apresenta um número de doutores

e

mestres semelhante (24% e 26 %, respectivamente), as demais um número reduzido de professores com esta titulação. maiores percentuaus se situam na classificação de Comparando-se tipos,

têm

Nelas,

os

especialistas.

a titulação dessas universidades com as de

percebe-se uma tendência de menor qualificação

outros

do

corpo

docente. Em

termos

globais,

a

titulação

do

corpo

docente

das

Universidades estudadas equipara-se, apresentando alguma vantagem Para os doutores que chegam a 37 % .

Os mestres representam 29 %

da total e os graduados e especialistas 34 %. 154

nmrrrrrrrmrlllll11ii"TTTTIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII i illllli em

1

2

3

4

1

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Comparando-se universidades doutores.

com os totais brasileiros, a maior parte

estudadas

está bem acima da média

em

número g..

Enquanto os dados nacionais apontam para 18

universidades

estão

acima

da

média,

sendo

que

das

o

as

de oito

I

públicas

estaduais chegam a triplicar este valor. Outro doutores

d a do int e r essant e d e r essalt ar é de que o doz~ . univers~dades

nas

núme ro

estudadas é da ordem

de

de , 8.718,

correspondendo a metade do total brasileiro que é de 16.255. Os

dados

apresentados

indicam,

portanto,

um

potencial

significativo de docentes titulados nessas universidades, aptos a gerar

conhecimentos

através da pesquisa.

Conseqüentemente,

efetivo de doutores e mestres são possíveis autores de científicos que

a

origem

para serem divulgados através das

trabalhos

revistas.

única pesquisa realizada por eles tenha sido a suas dissertações ou a suas teses, a

a

Mesmo que

conversão

através

das

revistas universitárias,

ao

deu

desses

trabalhos em artigos já somaria um valor representativo para divulgação

o

longo

dar do

tempo.

155

r~llWJll llllllil rTi n lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllil l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

TABELA 2

DOCENTES DAS UNIVERSIDADES ESTUDADAS, POR REGIME DE TRABALHO 1991-1992

Tempo Integral e/ou Dedic.Exclusiva g... n o

Universidades USP UNICAMP UNB UFRJ UFPR UFSC UFRGS URG PUC/SP PUC/CAMP PUC/RS UNI SINOS

Tempo Parcial

Total

g...

n

(100%-)

o

4.908 1.752 985 1.994 861 1.312 1.218 403 445 100 146 104

(92%-) ( 86%) ( 83%) (57%) (50%-) (80%-) ,(52%) ( 75%) (30%) ( 8%) ( 8%) (14%-)

436 294 206 1.490 867 324 )..112 131 1.047 1.174 1.739 682

8%-) ( 14%) (~. 7%) (43%-) (50%-) (20%-) (48%-) (25%-) (70%-) (92%-) ( 92%) (86%-)

5.344 2.046 1.191 3.484 1.728 1.639 2.330 534 1.492 1.274 1.885 786

TOTAL

14.280

(60%)

9.502

(40%-)

23.733

TOTAL BRASIL

53.688

(60%-)

35.126

(40%-)

88.814

(

Fontes: Anuários, Relatórios, Folhetos A de

Tabela

trabalho

2

apresenta a distribuição

docente

por

nas universidades estudadas.

Observa-se que as instituições públicas estaduais se

na

manutenção

universidade,

regime

com

de

professores

percentuais

dedicados

de

destacam-

integralmente

92 %- na USP e

de

86

%-

à na

UNICAMP, em relação ao total de seus professores. Entre universidades públicas federais, a UNB, . a UFSC e a URG possuem

mais

de 75% de seu quadro com

atividades da universidade.

dedicação

exclusiva

A UFRJ, a UFPR e a UFRGS situam

às seu

percentual na faixa de 50 %-, indicando com isso que mantém apenas metade de seu corpo docente em tempo integral.

156

~l n111111111T] rn 11 rmTrTIT!IIlTII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIiilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

universidades

Nas

particulares,

novamente

PUC/SP

a

ri'

~resenta

um co-portamento diferenciado, contratando 30 % de seus

docentes em tempo integral.

As demais universidades particulares

têm um número reduzido de professores dedicados exclusivamente

à

instituição. Em

termos

brasileiros,

em foco

mantém

seus

acima

da

apenas

cinco

das

universidades

quadros com professores em tempo

média . nacional - USP.,. UNICAMP, UNB, UFSC e

particulares

percentual é

este

significativamente

integral URG.

Nas

inferior

à

média brasileira. Comparando-se estes dados com a tabela anterior, ~e

percebe-se

os percentuais de doutores e mestres somados praticamente

i~alam ~e,

ao

número de docentes em tempo integral.

após

Passarem

obterem se

a

aproveitamento

titulação,

dedicar

a tendência

totalmente

às

dos

Isto docente

se

indica é

de Seu

instituições.

possivelmente seja em pesquisa, o que comprova

o

Potencial elevado de autores para as revistas científicas.

157

TfíííífTTIT]llliTITrT!lTfTP-nlfl-nmTFil nIrf!IT1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIiilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

TABELA 3

ALUNOS DE GRADUAÇÃO E POS-GRADUAÇÂO DAS UNIVERSIDADES ESTUDADAS 1991-1992 Universidades

Pós-Graduação M e· D

Graduação 38.318 ( 71%) 6.166 (58%) 9.667 (86%) 23.000 (77%) 15.531 ( 90%) 12.290 (87%) 15.8 83 ( 86% ) 8.000 ( 99%) 12.091 ( 82%) 19.763 ( 99%) 19.642 (96%) 18.258(100%)

USP UNICAMP UNB UFRJ UFPR UFSC UFRGS URG PUC/SP PUC/CAMP PUC/RS UNI SINOS

16.071 4.451 1.578 6.677 1.690 1.750 2.491 30 2,.672 208 889

198.609 ( 84%)

TOTAL

Total (100%)

( 29%) ( 42%) (14%) ( 23%) (10%) (13%) (1 4%) ( 1%) (18%) ( 1%) ( 4%)

38.507 (16%)

54.389 10.617 11.245 29.677 17.221 14.040 18.374 8.030 14.763 19.971 20.531 18.258 237.116

Fontes: Anuários, Relatórios, Folhetos A Tabela 3 apresenta o corpo discente das doze universidades

pesquisadas,

em

graduação,

este

doutorado.

termos

de número de alunos de graduação e pós-

incluíndo

apenas

cursos

de

mestrado

e

cursos

de

É oportuno salientar que a matrícula dos

especialização

não foi obtida por se constituírem em cursos

não

sistemáticos e regulares. Em alto

quase

indicando

Universidade

~ trícula

que

uma

brasileira

universidades

sendo

percebe-se

índice de matrícula na graduação em comparação ao

graduação,

nas

todas as universidades estudadas,

predominância

para a formação

públicas

estaduais,

de

pós-

significativa

na

Porém,

profissional. é

um

representativa

a

percentuais,

em

de pós - graduação) a UNICAMP supera a USP em 13 pontos

relação ao seu efetivo total de alunos. Entre as públicas federais, a situação é semelhante na

UNB,

158

l~lTflTITTllT1TjTíííl rm [TTnrrrm nlllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

UFPR,

UFSC

e UFRGS, apresentado um percentual de

pós-graduação situação

"stricto sensu"

em

de

afirmado. porém

dos

10 a 14 %.

de Esta

é diferenciada na UFRJ por apresentar um percentual

pós-graduação em torno dos 23%. preparo

torno

matrícula

Isto confirma sua vocação para o

docentes pesquisadores, conforme A

foi

anteriormente

URG também se diferencia das demais de

num sentido opo s t o .

de

seu

tipo,

Es t a i nsti tu ição ap r esenta um

, não sigpificativo de alunos eJU pós-graduaçãq ,(1%).

número

Isto se

deve

ao fato de possuir apenas um curso de mestrado e doutorado,

além

de apresentar baixa qualificação de docentes. Entre

as universidades particulares, a PUC/SP se

de maneira diferenciada, seus

alunos

apresenta

por apresentar um percentual de 18%

matriculados

pós-graduaçáo.

em

de

outras

As

universidades particulares apresentam uma vocação para a formação profissional, com uma matrícula de graduação sempre acima dos 96%. Pelos dados apresentados, podemos supor que o potencial para a

utilização

chegando

das revistas no ensino é

bastante

significativo,

a soma de 237.116 leitores, levando-se em

consideração

apenas as universidades estudadas. Além

disso,

o alto número de pós-graduandos, em

38.507 . matrículas, t eses

se

parec e indicar que, se suas

torno

dissertações

converterem em artigos científicos, para

os

divulgados.

parte

dos

Resta apenas saber se

orientadores

haverá

e

próximos

anos não haverá problemas em relação ao número de trabalhos serem

de

estímulo

para por

e dos editores das revistas científicas

institucionais para que isto s e ja concretizado. 159

rllTI rr[TfTTfllTífl rrmrmrrmrrrrrrrrm-rrllllllllliillllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllll111 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

4.2

Caracterização das Revistas Universitárias As revistas universitárias são apresentadas no seu conjunto,

em

à data de surgimento, número de

relação

pelas

universidades,

área

a

que

se

títulos

referem,

publicados

periodicidade,

registro no ISSN, publicação em parceria com editoras e indexação,,

qe

Publicações

Seriadas

analisados

comerciais

acordq com os dados obtidos junto ao ,

estão

Brasileiras

(IBICT,1987).

relacionados no Anexo B deste

Guia

Os

de

títulos

trabalho

e

as

universidades publicadoras no Anexo C, de acordo com seu tipo. Sempre que possível, os dados foram distribuídos através dos tipos

de universidades, visando uma

interpretação

diferenciada

dos dados obtidos.

Data de criação das revistas: O

conjunto

de

275

títulos

das

revistas

universitárias

brasileiras apresentam a distribuição contida na Tabela 4, quanto à data

de surgimento.

resultados registrados serem

obtidos 56

Na primeira coluna são

pela

data

declarada.

títulos que indicavam nas

apresentados

Do

foram

total,

Notas

os

Bibliográficas

continuaçóes de revistas criadas anteriormente,

ou

seja,

não se constituíam em títulos novos.

Para se chegar a data de surgimento do título original,

foi

então consultada a Base de Dados do Catálogo Coletivo Nacional de Periódicos

do

IBICT, obtendo-se os resultados

apresentados

na

segunda coluna. 160

IIIITTfll llllll llllTTfllTfrrTTflTrrrniTillllllilllllllll i lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

TABELA 4 DATA DE SURGIMENTO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS 1987 No títulos novos e continuaçóes

Período

N°tÍtulos originais

1900-1929 1930-1939 1940-1949 1950-1959 1960-1969 1970-1979 1980-f-986

1 3 3 8 13 30 83 134

%) %) %) %) %) %) %) %)

2 ( 0,7 %) 3 ( 1,1 %) 9 ( 3,2 %) 12 ( 4,3 %) 15 ( 5,6 %) 35 (12,7 %) 86 (31 3 %) 113 ( 411 1, 1;-)

TOTAL

275(100,0 %)

275(100,0 %)

Antes 1900

Fonte~

0,4 1,1 1,1 ( 2,9 ( 4,7 (10,9 ( 3 ot 2 ( 481 7 ( ( (

1

Guia de Publicaçóes Seriadas Brasileiras

Comparando crescimento

a

primeira e a segunda

contínuo

do

número de

coluna,

revistas

universidades

brasileiras.

referentes

datas anteriores à criação das

a

observamos

publicadas

Convém ressaltar

que

os

um

pelas títulos

universidades,

ou

seja, antes de 1920, pertencem a revistas publicadas por unidades ~e

deram origem às universidades. Vale

dizer

que os dados são referentes

permanecem sendo publicadas

surgiu

durante

revistas

que

ao menos até 1986, data da coleta de

dados para a elaboração do Guia. revistas

às

Sabemos que um grande número de

esse período, mas

não

aparecem

na

l istagem por terem encerrado sua publicação. otfervarmos

Se percebemos

que

universidades revistas

a

a

primeira

partir

da

data

coluna, de

separadamente,

criação

da

e em todos os períodos subseqüentes,

duplicou ou quase triplicou.

primeira

o volume

Na década de

40,

de

porém,

embora tenha aumentado, o número de revistas não cresceu como nos 161

em

1

2

3

llllTflTI11TTITjlTIIIIIIIjllll

~ 111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111' 111

4

7

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

outros

períodos .

sentidos por Em

A causa provável foram os

quase

termos

todas

as

instituições sociais.

passando

de

foi a que maior 30

para

83

número

títulos,

de ou

incremento de 19,3 % sobre o total de revistas hoje Com

base

da guerra,

de progressão quantitativa, a década de

relação à década anterior, apresentou,

efeitos

nestes dados, podemos supor que

a

70,

em

revistas seja,

um

existentes.

implementação

da

reforma universitária e a criação significativa de 'cursos de pós'-' graduação, nesse período, tiveram como conseqüência um aumento na produção

científica

nacional.

Em

decorrência

disso,

novas

revistas surgiram para dar divulgação aos trabalhos produzidos. A

década

Publicada

em 1987.

permanecido 230

de 80 não está completa devido à fonte Se o aumento do número de

ter

periódicos

sido tiver

constante, possivelmente o número tenha alcançado

revistas

significaria

ao

completar

período.

o

que quase dois terços das

Esta

revistas

a

suposição

universitárias

hoje existentes surgiram na década passada. Porém,

se deslocarmos nosso foco de atenção para a

segunda

coluna, veremos que 21 revistas surgidas nos anos 80 tiveram criação

em

constituem

décadas em

novas

anteriores. revistas,

reativados com novos títulos.

Isto e

sim

significa que

que

sua

não

se

foram

periódicos

Nas demais décadas a situação

não

muda muito, valendo as interpretações que delas já foram feitas.

Títulos por Universidades:

Quanto ao número de títulos que publicam, a fonte

apresenta

162

11TrfllT1111111 rlliiiiiiiiTITIT] IIIIIIIIIIIIIIIIillllllll 1llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

a seguinte distribuição para as universidades, de acordo

com

o

seu tipo: TABELA 5 TITULOS PUBLICADOS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADE 1987 No títulos

1 2 - 5 6 - 10 11 - 15 16 ou +

I

N° universidades Públ.Est. Públ.Fed. Partic. n 8 n 29 n 13 5

3 3

I

TOTAL 15 ( 3 o 1~ (30 15 (30 3 ( 6

7 4 2

8

13 3 2

TOTAL

2

13

29

8

%) %) %) %) 4 %)

I

(

50 (100 %)

Fonte: Guia de Publicações Seriadas Brasileiras Os

dados mostram que as 50 instituições de ensino

brasileiras

relacionadas pela fonte

deste documento É idêntico

titules

o

superior

e apresentadas no

Anexo

C

publicam, em geral, poucos títulos de revistas . número de universidades que

correntes

(15

universidades,

publicam

ou seja

30

um

a em

%

dez cada

agrupamento) . Ao

relacionarmos

universidades, instituições ~is),

veremos com

que

são

públicas

natureza

estaduais

públicas

entre 11 e 15 títulos e entre 6 e 10).

instituições

a

particulares

publicam

apenas

(16

federais, Mais da um

das duas

as

maior número de periódicos publicados

seguidas . de três universidades

PUblicam das

o número de títulos com

ou que

metade

título

~e

revi.sta.

163

lll11111111111Tj1Trr1rmlWjlllllll lllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Assunto:

Em revistas prevista

relação

à

área de conhecimento

universitárias na

apresentados

Tabela

a

que

pertencem,

brasileiras apresentam A

6.

divisão

a

obedeceu

as

distribuição aos

assuntos

no Guia de Publicações Seriadas Brasileiras, e

foi

relacionada com os tipos de universidades conforme apresentado

a

seguir: ' TABELA 6

ASSUNTO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADE 1987 Universidades Públ.Fed. Part. Públ.Est. n 8 n 29 n 13

Assunto

Conhecimento 11 Ciências Exatas 2 Geociências 4 C.Biológicas 7 C.Saúde 14 Agricultura 6 Meio Ambiente e Recursos Naturais o C.Sociais 18 Engenharia 1 Tecnologia o Linguística, Arte e Religião 5 Desenvolvimento o Multidisciplinar 5 TOTAL

15 2 7 13 29 21

73

Totais n %

3

(10,5 1,4 4,7 ( 8,0 (17,8 (10,2

29 4 13 22 49 28

o

2 2 6 1

( (

%) %) %) %) %) %)

o

o

o

47 4 3

8 1 1

73 6 4

(

18 2 7

5 5

28 2 17

(10,2 %) ( 0,7 %) ( 6,2 %)

168

34

o

(

0,0 %)

( 261 5 %) ( 2,4 %)

1,4 %)

275 (100,0 %)

Fonte: Guia de Publicações Seriadas Brasileiras De acordo com os totais apresentados na Tabela 6, a área que apresenta maior número de revistas universitárias é a de Ciências Sociais, das

com 73 títulos e um percentual de 26,5 % sobre o

revistas.

Nesta

área

estão

incluídos

os

total

periódicos

de

História, Arqueologia, Geografia Humana e Regional, Antropologia, 164

TííírmrrnlTfllTIIIIIIII

em

1

2

3

4

5

6

nli m1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1 7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Sociologia,

Direito,

Economia. só

Psicologia, Ciência Política,

Educação

Pelo grande número de assuntos que inclui, esta

poderia

apresentar

um

significativo

número

de

e

área

títulos

relacionados. A com

seguir, encontramos os periódicos de Ciências

49

estão

títulos, representando

17,8% do

incluídas as revistas de Medicina,

e

Fonoaudiologia conhecimento,

as

Odontologia. universidades

' '

total.

em

Farmácia, do

divulgar

os

resultados de pesquisa e criam revistas institucionais em ~is

representativo

que permite uma

comunicação

área

campo

neste

preocupam

Saúde,

Nesta

Enfermagem,

Também

se

da

mais

número intensa

entre os pesquisadores. Da mesma forma, na área denominada Conhecimento é

publicado

um número significativo de periódicos, com 29 títulos,

indicando

um percentual de representação sobre o total na ordem de 10,5%. Nesta

área

Ciência

estão incluídas as revistas de

Filosofia, Em

da Informação, Comunicação e Administração.

semelhante,

com

Agricultura

e

indicam

um

28

títulos (10,2 %) encontramos

de Linguística, Arte e Religião. interesse

relativamente

Ciência,

as

número

áreas

Estes

números das

significativo

universidades em manter revistas institucionais que

de

possibilitem

um intercâmbio de idéias entre os pesquisadores da área agrícola, bem como entre os estudiosos de arte e cultura. Resta Ciências

observar

que, nas áreas de

Engenharia,

Tecnologia,

Exatas, e Desenvolvimento é insignificante o número

títulos

de revistas universitárias, com um percentual de

de

apenas

165

ilTfTITillllllliiiiiiiiTJTrllTITillllllllllllllllllllllillllllll i illllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

2,4 %, 1,4 %, 1,4% e 0,7% , respectivamente.

De

certo

esta situação pode ser explicada pelo fato de que, nestas os

resultados

científicos, e/ou

de pesquisa nem sempre se

convertem

em

e sim em outros tipos de documentos, como

normas, por exemplo.

Além disso, são áreas que

modo, áreas, artigos

patentes apresentam

como resultados produtos tecnológicos concretizados mais na forma de objetos do que em descriçóes na literatura. Por outro lado, apesar de se constituirem em áreas de grande importância

para o desenvolvimento industrial, esta escassez

de

revistas pode significar que, ou o país está investindo pouco

em

pesquisa

tecnológica,

ou

ainda

não

resultados

obteve

significativos para os investimentos que realizou .

. Periodicidade:

As

275

revistas

Publicações

Seriadas

distribuição

quanto

universitárias relacionadas Brasileiras

apresentam

à periodicidade, em relação

no

Guia

de

seguinte

a

aos

tipos

de

universidade:

166

lll lll""fl llllllllilllllliilllllllilllllllllllllllilllllllllilllllliliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllll r1111 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

TABELA 7 PERIODICIDADE DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADE 1987 No títulos

Tipo de Universidade Publ.Est. Publ.Fed. Partic. n 29 n 8 n 13

Periodicidade

Mensal Bimestral Trimestral Quadrirnestral Semestral Anual ~r.regul ar . Não indica TOTAL

1 3 9 3 15 23 8 11

3 7 15 9 73 22 27 12

73

168

g..

n

1

7

5 10 33 15 96 49 37 30

34

275

o

9 3 8 4 2

o

1,8 3,6 (12 1 o ( 5,5 (34 1 9 (17,8 ( L3 I 5 (10,9 ( (

%) %) %) %) %) %) %) %)

(100,0%)

Fonte: Guia de Publicações Seriadas Brasileiras Conforme pode ser observado na Tabela 7, é representativo de

número

revistas universitárias brasileiras que

apresenta

percentuais

incidência, (13,5 %) . dessas

são

que

das

publicações,

enquadradas publicação

se seguem,

em

revistas anuais

Isto posto,

a

·.

periodicidade semestral (34,9 %) . Os

o

ordem

decrescente

%)

(17,8

e

de

irregulares

podemos dizer que um número significativo com periodicidade anual, nem

poderiam

ser

corno revistas, tal a extensão de tempo que separa de

irregulares

seus

fascículos.

Isto

se

refere,

também,

porque não obedecem uma das características

a às

básicas

dos periódicos que é a ter periodicidade regular. Além revistas

disso,

não

foi identificada a

Elas

(10,9 %) .



foram

periodicidade

incluídas

na

de

relação

30

por

apresentarem em seu título o termo Revista e/ou porque se dividem em volumes e fascículos numerados, que caracterizam este tipo

de

167

ll l rrrrmr"IT]Trn ITITTJ111TíllTITIIIIIIIIIIIIIIIIIII rm llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

documento. Cabe

ressaltar,

112, O %) apresentam

(S,s

também,

que

as

revistas

maior incidência dos que

Não encontramos

trimestrais

as

quadrimestrais tal,

urna

~ez que descaracteriza a afirmativa que poderia ser feita de

que

~anto

são

%) .

urna explicação lógica para

mais freqüente a publicação, menor número de títulos

encontrados com aquela periodicidade.

Indexação:

As

notas

~blicaçóes índices

sobre

cada revista

apresentadas

pelo

Guia

de

Seriadas, indicam quais os serviços bibliográficos de

e resumos indexam cada revista.

A

distribuição

obtida

está contida na Tabela 8: TABELA 8

INDEXAÇÃO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS 1987 N° de bibliografias ou índices

N° de revistas ( 3,6 %) ( 3,3 %) ( 1,1 %)

10 9

1

2 - 4 5 - 7 8 ou mais Não indexadas

3 2

( 0,7 %)

251

(91,3 %)

TOTAL

275 (100,

o

%)

Fonte: Guia de Publicaçóes Seriadas Brasileiras Conforme pode ser obervado na Tabela acima, é muito reduzido

o

número

de

revistas

universitárias

indexadas

bibl·lográficos

nacionais ou estrangeiros.

te"istas ,

títulos (91,3 %), não recebe

tt

251

atamento

que

permita a representação e

por

serviços

A grande maioria qualquer

forma

disseminação

de

das de seu

168

lljiTInmTilTíTfiTTIIIT11IIIIIIIIIII1111111111 1111111111 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

conteúdo. ~anto

Sabendo-se que esses serviços são bastante escolha dos periódicos que incluem, este

à

indicar

uma

falta

de qualidade que

permita

seletivos

dado

sua

parece

seleção

por

bibliografias especializadas, índices e resumos. Registro no ISSN:

Um

dos

Publicaçóes I

I

dados apresentados sobre cada revista, no Seriadas

Brasileiras, é seu número de

Guia

de

registro

no

I

Instituto (IBICT) . este

Brasileiro

de

Informação

em

Ciência

Procuramos identificar quantos dos 275 títulos

registro

e

encontramos

que 263

editores

cumprir as formalidades necessárias à

no

demonstra

ou

inscritos.

em

Isto

deles,

escontram-se

revista

Tecnologia

e

uma

International Standard Serial

possuem

seja,

preocupação

Number,

%

96

dos

inclusão

da

contando,

a

partir de então, com um número de identificação.

Parceria com Editoras Comerciais:

relação

Em

universidades como

número

títulos

de

em parceria com editoras

resultado As

ao

que

apenas

oito

comerciais,

títulos

(2,9

revistas publicadas nesta modalidade

universitário deixando

do

trabalho de editoração e

encontramos

%) .

liberam de

o

editor

comercialização,

a seu cargo apenas a parte científica

artigos que serão publicados.

pelas

publicados

de

escolha

Para que as editoras aceitem

parceria,

as revistas precisam ter qualidade de conteúdo que

torne

produto comercializável.

um

Neste

sentido,

parece

dos esta as que

poucas revistas universitárias possuem esta caracterísitca. 169

i~ll1TjTITlTJ1TilTIT1TrfTTil ilTíffiTIIIIIIIilllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

4.3

Caracterização das Revistas Estudadas

o

corpus

de

pesquisa

constituiu-se

universitárias

publicadas

por doze

Comparando-se

numericamente

estes

de

54

universidades 54

revistas

brasileiras.

periódicos

com

os

275

relacionados pela fonte, atingimos um percentual de 20% do total, permitindo

que

se utilize os resultados da

pesquisa

corno

uma

amostra significativa para o conhecimento do universo em foco. Convém

lembrar que quinze revistas pesquisadas não

relacionadas no Guia indicadas

para

publicação,

d~

estavam

Publicações Seriadas Brasileiras e

substituir

foram

os periódicos que haviam cessado sua

ou cujo editor não se encontrava na sede

quando

da

coleta dos dados . inteção

A

universitárias ali

é,

primeiramente,

caracterizar

que publicam as revistas, em

realizada

e

da

infra-estrutura

que

unidades

as

termos de oferecem

pesquisa para

as

Publicações, contextualizando o ambiente gerador das revistas. Entre

os

pesquisadas,

dados

escolhidos para

representar

as

escolhemos como mais significativos a data

revistas inicial

de publicação, os objetivos, a periodicidade, o público-alvo e as características intrínsecas das revistas. Os dados coletados estão organizados através de distribuição de

freqüência e percentuais.

São apresentando os totais

quando

as respostas permitiram apenas uma opção de escolha. Assim, as 54 revistas que constituíram o corpus de apresentam

a

seguinte

distribuição quanto a

data

pesquisa

inicial

de

170

~lll1fíííífrTTlliiiT(l 1Trlmnrm-rm 11111111 rrrrllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

publicação: Antes de 1960: 1961 - 1970: 1971 - 1980: 1981 Total: Podemos

( 9,3%) ( 12,9%) ( 27,8%) ( 50,0%) (100,0%)

5 7

15 27 54

perceber

que metade

das

revistas

universitárias

iniciaram sua publicação na década passada, decrescendo em número conforme se distanciam no tempo. Comparando-se

esses dados com os apresentados na

deste trabalho, podemos observar que se assemelham.

Tabela

4

Se reunirmos

os períodos anteriores a 1960, constatamos que 10,2 % dos títulos de revistas surgiram naquela época.

ao

percentual

Esses números se

9,3 %, obtido para o

de

mesmo

assemelham

período

com

as

revistas estudadas. Na

década

de

60, a fonte apresenta o surgimento de

10,9%

de títulos, igualmente semelhante aos apresentados pelas revistas estudadas que se situa em 12,9 %. Os

dados

referentes Seriadas

Publicações Publicações

foram

à década de 70,

Brasileiras,

segundo

mostram

iniciadas nesse período.

Guia

de das

30,2%

que Este

o

percentual

é

semelhante ao de 27,8 % obtido nas revistas estudadas. Estas

comparações

configuram

Pesquisa aos objetivos do estudo. ~ior

percentual

de

revistas

a

adequação

do

corpus

Ao mesmo tempo, indicam que universitárias

começou

Publicado na década passada, constituindo-se pois, em sua ~ioria,

a

de o ser

grande

de revistas recentes.

171

lTmFrrmrrmrn n-rrrmll~ IIIIIIIIIIIIIITIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII'IIIIII I em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

o

surgimento

anteriormente editores

das

citados,

revistas

universitárias

nos

deu-se das mais variadas

períodos

formas.

Seis

das revistas mais antigas não souberam dizer como

surgiram, pois

sua

atuação

nas

unidades

elas

universitárias

foi

posterior à data de criação da revista. Os

editores que souberam resumir as razoes do

aparecimento

das revistas (88,8%) informaram que elas surgiram por iniciativa: Da Da Do Da De De Da

Universidade: 3 ( 5,5%) Direção ou Chefia da Unidade: 6 (11,1%) Curso de Graduação: 12 (22, 2%) Pós-Graduação: 10 (18,6%) um grupo de pesquisadores: 6 (11,1%) um professor: 7 (12,9%) fusão de Unidades e suas revistas: 4 ( 7,4%)

Dos

dados acima apresentados, é interessante ressaltar

algumas

revistas surgiram por iniciativa pessoal da

Chefia

que

Direção

ou

da Unidade (11,1%) e outras por iniciativa pessoal de

um

professor

( 12, 9%) .

permanecem

como

surgimento

deu-se

Neste

último

editores.

caso,

Assim, em

quatro

24%

deles

das

de forma individual e não

ainda

revistas,

resultante

de

seu um

projeto coletivo da instituição. Outro

aspecto

originadas

dos

a

cursos

observar de

é

que

o

número

graduação (22,2%)

de

revistas

é semelhante

ao

daquelas que surgiram nos de pós-graduação (18,6%), mostrando que a criação

das revistas universitárias não depende

ensino ao qual estão vinculadas. se

desenvolve

Universitária

através

da

Sabendo-se que a

pesquisa,

parece

do

grau

de

pós-graduação

que

esta

não é determinante para o surgimento das

função revistas

172

em

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

que as universidades produzem. Entre

os

periódicos

dados coletados sobre as razoes

universitários,

número

motivos

que originou a revista.

a

visão

de

criação

três editores (5,5%) citaram

pequeno

que

de

de

veículos de divulgação na área

que um

o dos

Esta constatação parece indicar

não é um

mercado

foi

dos

dos

motivos

que

leva

os

professores universitários a criarem as revistas institucionais. I

Quando

foram 43

revistas, principal docente

solicitados a

editores

(79,6%)

expressar

os

objetivos

revelaram

que

a

finalidade

do periódico que coordenam é a publicação da da

unidade.

No entanto, 46,3% deles

das

produção

indicaram

que as

revistam visam, também, divulgar a produção dos centros nacionais e

internacionais ligados à sua área de

mesmo

casos,

o

atuação.

periódico é visto corno um veículo que

Nesses

serve

tanto

à

instituição, divulgando a produção local, corno de intercâmbio

de

idéias entre os pesquisadores de um mesmo ramo da ciência. Ressaltamos objetivos

que foram poucos os editores que citaram outros

para as revistas universitárias.

Entre

eles,

apenas

dois incluem como finalidade do periódico servir como instrumento de formação e atualização profissional, numa visão mais educativa das

publicações; e apenas um expressou que a

revista

contribui

como insumo para novas pesquisas, numa visão do veículo integrado ao processo de comunicação e construção da ciência. Quanto

à periodicidade, as revistas estudadas apresentam

a

seguinte distribuição:

173

11111 1111lllrrrr1lT['1TrTf'llll 111f

em

1

2

3

1

4

5

6

7

1111111 111111111 111111111 111111111 11iillillllllllllll 111111111 111111111 111111111 111111111 111111111 111111111 1111111 1 1

1

1

1

8

9

10

11

12

1

1

1

1

1

1

1

13

14

15

16

17

18

19

o

Mensal Bimestral Trimestral Quadrimestral Semestral Anual Irregular Total:

à

4 4 7

27 10 2

54

à fonte de identificação das revistas, os

Semelhante referentes

0,0%) 7,4%) 7,4%) 12,9%) 50,0%) 18,6%) ( 3,7%) (100,0%)

periodicidade

Preponderantemente,

mostram

que

ela

é

dados

constituída,

por revistas semestrais e anuais.

Enquanto

I

no

Guia a periodicidade semestral atingiu 34,9 %,

estudadas

este percentual atinge 50,0%.

apresentou

semelhante

freqüência

A

nas

nas

revistas

periodicidade

duas

fontes

de

anual dados,

situando-se em 17,8% no Guia de Publicações Seriadas

Brasileiras

e em 18,6 %nas revistas estudadas.

confirmadas

Com isso, ficam

as periodicidades semestral e anual como as mais

representativas

das revistas universitárias brasileiras. Quando revistas,

questionados se houve mudanças na periodicidade 25 editores (46,3%) disseram que sim.

As causas dessa

alteração para intervalos maiores de publicação variam, sendo ~is

comuns

PUblicação.

foi

a

a

falta

de

verbas

e

de

editores

diminuição do número de artigos enviados

as para

infra-estrutura

Outra causa importante para oito

das

(14,8%) autores.

pelos

Com isso, de trimestral ou quadrimestral, as revistas tornaram-se semestrais ou anuais. Dois

casos merecem destaque: a Revista de Saúde Pública

da

Usp e o Jornal Brasileiro de Psiquiatria da UFRJ, que

aumentaram

sua

e

bimestral,

de

trabalhos

periodicidade

respectivamente,

de

semestral para

devido

ao

aumento

trimestral do

número

174

f111TTlllllTrflT111111 r1111 1lllllliillllllllllll lllllllilllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

recebidos. O público para o qual as revistas universitárias se destinam predominantemente, acadêmico.

é,

das

entrevistas

Os resultados obtidos

apresentaram a seguinte distribuição

através quanto

à

clientela: Aluno s d e graduação: Alunos de pós-graduação: Prof~ssores de,1° e 2°graus: Professores universitários: Pesquisadores: Profissionais: Por

não

professores

serem

excludentes, os

universitários,

pesquisadores

(64 , 8%) (79' 6%) 8 (14,8%) 44 (81,5%) 41 (75, 9%) 26 (48, 1%) 35 43

os

resultados

alunos de

revelaram

pós-graduação

constituem-se no público para o qual

as

que

e

os

revistas

universitárias são dirigidas. interessante notar que apenas duas revistas

É

entre

profissional

atualização

verificado anteriormente.

seus

incluíram

a

conforme

objetivos,

No entanto, quase metade delas (48,1%)

consideram a clientela de profissionais na sua destinação. Os

aspectos

revistas

intrínsecos analisados

para

universitárias foram os referentes à o

periódicos:

idioma

em

que

são

caracterizar apresentação

aceitos

os

as dos

artigos,

a

aceitos

os

apresentação de resumos e das normas utilizadas. Os

resultados

quanto

ao idioma

em

que

são

t rabalhos para publicar apresentam a seguinte distribuição:

175

~~rrrrrrTlllT1llTnTITnllWIIIITTll lllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

54 (100,0%) 34 (62, 9%) 27 (50 O%) 14 (25, 9%)

Português: Espanhol: Inglês: Outras:

I

As revistas estudadas aceitam, em sua totalidade, artigos em português, como era de se esperar. aceitar

Algumas fazem restriçóes para

trabalhos em outras línguas.

aceito

por

inglês.

62,9%

delas e 50,0%

No entanto, o

recebem

espanhol

é

também

em

trabalhos

Contribuiçóes em outras línguas como francês,

italiano,

alemão,' ~te. sã~ aceitas por 25, 9% das revistas. AS respostas obtidas apresentam uma intenção dos editores em receber

artigos em outras línguas que não português, o

que

não

significa que isto realmente ocorra. A apresentação de resumos teve a seguinte distribuição: 12 22,2%) Não publicam: 4 7,4%) Só em português: 30 55,5%) Em português e inglês: Em português e outras línguas: 8 ( 14,9%) 54 (100,0%) Total: De

acordo com os dados acima apresentados, verificamos

22,2%

dos periódicos não publicam

deste

número

indicam

não

o resumo dos artigos.

atingir a quarta

parte

das

que

Apesar

revistas,

que alguns periódicos universitários não seguem uma

eles das

normas mais importantes de apresentação dos trabalhos científicos o

que

resumo

representação por Porém,

o

sintetiza

seu

conteúdo

e

permite

sua

serviços bibliográficos.

dado mais significativo indica

que

30

revistas

(55,5%) apresentam o resumo em português e inglês, e 8 (14,9%) em

176

r

lll1111111 111111111 111111111 lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll em

1

2

3

4

1

5

1

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Português

na

e

Procedimentos, leitura

ou

Periódico 1

~exação

língua

além

do

num

artigo.

de auxiliarem ao leitor a dedicir

espectro

geográfico mais

a

Estes sobre

distribuição

amplo,

bem

a

do sua

como

por serviços de índices e resumos internacionais. apresentou

Não são indexadas: 1 índice: 2 índices: 3 índices: 4 índices: Total: Observamos

ai

apresentação

não do artigo no todo, permitem

A indexação

nao são

de

I

os

seguintes resultados:

55,5%) 30 20,:1%) ,11 141 9%) 8 5,5%) 3 2 ( 3,7%) 54 (100,0%)

que mais da metade das

revistas

indexadas por serviços bibliográficos.

universitárias Este

número

é

llda maior se tivermos em conta que 18,6% delas consideraram sua

tep

tesentação

~Otno

tep

.

no

indexação.

Sumários de Periódicos Contudo,

Correntes

apesar de não

se

Brasileiros

constituir

numa

tesentação detalhada, a apresentação da revista nesta obra foi

~onsiderada por ser uma das poucas que apresentam o conteúdo dos ~et

I

l.ódicos. Um

~~ta

dos

critérios utilizados pelos

seviços

bibliográficos

I

lndexar uma revista é que ela atenda os padrões da

-e ase

sentido,

os resultados mostram

a

seguinte

ciência.

distribuição

C!uanto ao uso de normas de apresentação: 3 ( 5,5%) Não são normalizadas·: 25 ( 46,3%) Normas da ABNT: 17 ( 31,5%) Normas próprias: Normas internacionais: 9 ( 16,7%) 54 (100,0%) Total:

Os

dados acima revelam que são poucas as revistas 177

que

não

seguem para

algum padrão científico {5,5%).

As

razões

apresentadas

assim proceder foram, principalmente, a falta de tempo

dos

editores e a não necessidade de precisao bibliográfica. Contudo, e 31,5%

25

editores (46,3%) utilizam as normas

disseram

segundo

eles,

utilizar

normas

são baseadas na ABNT.

próprias

da

ABNT,

(31,5%).

Os editores

Estas,

que

utilizam

normas próprias e os que dizem utilizar normas internacionais •

apresentação seguem

{16,7%) - sendo este conceito bastante

vago,

normas americanas - apresentaram como razões para

dos padrões brasileiros

uso

nacionais disso,

e

de

I

a falta de praticidade

o não atendimento das necessidades da

das

pois o

não

normas Além

área. dos

padrões

Em relação ao tipo de artigos e informações que as

revistas

consideram

as

normas

brasileiras

fora

internacionais.

contém, as respostas

dos

editores

Artigos originais: 54 Artigos técnicos: 28 Revisões: 21 Ensaios: 18 Traduções: 18 Resenhas de livros: 17 Lista de teses e dissertações: 7 Entrevistas: 4 De disse

as seguintes:

{100,0%) { 51,8%) { 38,8%) ( 33,3%) { 33,3%) { 31,5%) { 12,9%) { 7,4%)

acordo com resultados acima, a totalidade

dos

editores

divulgar artigos originais, frutos de pesquisa e reflexão.

Revistas publicadas em áreas desta natureza das

foram

também

técnicas, publicam

artigos

em 51,8% dos casos; as revisões aparecem em 38,8%

revistas e os ensaios e traduções colaboram

igualmente

com

33,3% dos artigos.

178

f 11lllllllliilii rrliililllillllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

As resenhas de livros são publicadas em 31,5% dos periódicos, as

listas de teses e dissertaçóes

7,4%

deles.

em 12,9% e as entrevistas

Estas revistas mostram serem veículos que

em

englobam

algumas

características d o s bol e tin s i n forma tivo s , p oi s a l ém

artigos

incluem informaçóes complementares sobre a área

de

em

que

Os editores indicaram que em 37 unidades universitárias

que

são publicadas.

t

4.4

I

O Sistema de Produção das Revistas Universitárias

4.4.1

As Unidades Universitárias Publicadoras

Publicam

revistas

Pesquisa.

Isto pode ser comprovado, segundo eles, pelo número de

Professores do

que

(68,5%)



uma

tradição

consolidada

envolvidos em atividades científicas,

sempre

em

maior

70% do total de docentes, pelas linhas estruturadas

Pesquisa,

pelo número de trabalhos publicados, pelos

de

cursos

de

Pós-graduação

que oferecem e pelo financiamento que recebem

das

entidades

fomento

ser

de

para

que

as

investigações

possam

realizadas. Nas unidades que revelaram possuir uma pesquisa

incipiente,

os aspectos citados estão presentes em menor número.

Isto ocorre

em 16 unidades universitárias (29,6%) e apenas um editor declarou que, na sua unidade, os docentes não se envolvem com pesquisa . .. Para

financiar

PUblicam

revistas

fomento,

como

as investigações, 42 (77,7%) são favorecidas por

unidades

que

entidades

nacionais

de

o CNPq, FINEP, CAPES, INEP e pelas

Fundaçóes

de

179

Tfml JllllJllll Jllll Jil ll lll llJlll iJ llllJllll JllllJllll J em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Amparo à Pesquisa dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e

Rio

Grande

são

do

Sul .

Algumas

unidades

universitárias

(9,2%)

também beneficiadas por convênios com entidades internacionais ou universidades estrangeiras. geralmente local,

externos

à universidade, elas

colaboram

pesquisa oferecendo

pessoal e assumindo os custos de manutenção desta

estrutura.

É mínimo o número de unidades publicadoras

F~cebem n~nhum

Os

tipo de auxílio para

dados

publicadoras

coletados

desenvol~e~

mostraram também

infraque

algumas

mostrando,

mais

que

uma vez,

revistas com a pós-graduação.

programas

de

doutorado

( 44, 4%) .

cinco

unidades

a

"lato"

desvinculação

As demais desenvolvem

especialização (61,1%), de mestrado (44,4%) Estes dados podem

não

pesquiqa (5,3%).

(9,2%) não oferecem cursos de pós-graduação

ou "stricto sensu", de

Sendo os financiamentos da

ser

e

de

significativos,

na

medida em que a massa crítica para gerar conhecimentos está sendo renovada

em grande parte das unidades,

Pesquisadores

e,

...

consequentemente,

com a formação de

de

novos

autores

novos para

a

produção de trabalhos científicos. Em

geral,

graduação

os alunos dos cursos de graduação e/ou

podem

colaborar com a revista,

artigos

Apenas duas revistas (3,7%) não

aceitam

serem publicados.

este

tipo de colaboração e 24 (44,4%) só aceitam de

colaborações

Os

pós-graduação. que

ressalvam

trabalhos

o

editores

critério

que

para

a qualidade dos trabalhos.

é

pós-

encaminhando

para

discentes

de

Na

trabalhos

dos estes

aceitam aceitar

estas

prática,

acham

difícil que trabalhos de alunos tenham mérito para serem aceitos.

180

lllllllllllllllllllllllllmlniiiiiiiii i1Tnr rriTTllTJT!l lll lllllllllllll llll lllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

O usual, segundo eles, é os alunos aparecerem como dos

trabalhos

de

professores, desde

que

colaboradores

tenham

efetivamente

participado de sua elaboração e/ou da pesquisa que o gerou. Os

trabalhos

subme tidos

à

a preciação

das

encaminhados espontaneamente em 41,1% dos casos.

revistas Em 28

são

revistas

(51,8%), os editores não só aceitam as contribuições voluntárias,

como

solicitam

e encomendam artigos para s e us col e gas

ou

para

especialistas na área de conhecimento da revista. Além de

de bons artigos para publicar, os. editores

outros

recursos para produzirem as

recursos,

(42,6%}

revistas.

os editores informaram que 23 unidades oferecem

administração

uma

das

sala

especial

publicações.

Entre

esses

universitárias

para

Nas demais, a

necessitam

centralizar sala

reune os trabalhos dos autores, arquivos, material e

do

a

editor

equipamento

administrativo, junto com o material de ensino e pesquisa de seus responsáveis. Algumas unidades, como o Setor de Educação da e o

Instituto de Estudos Linguísticos da

UNICAMP,

UFSC

possuem

um

núcleo de publicações onde, numa mesma estrutura são concentradas a seção

administrativa,

conjunto

de

a editorial e

a

de

distribuição

publicações editadas, facilitando

o

do

gerenciamento

00~.

Quanto

aos recurso humanos com que contam para

administrativas, t rabalham

é

significativo

sozinhos.

Os

dados

o

número

indicam

que

de

as

tarefas

editores

quatorze

~e

revistas

(25,9%) não contam com funcionários exclusivos e em 18 (33,3%} os

funcionários

que

colaboram

com

o

editor

na

administração,

181

em

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Controle de movimentação dos originais, datilografia, contato com a gráfica,

etc...

são compartilhados com

atuando na revista quando necessário.

outros

setores,



Em 22 revistas (40,7%)

os

funcionários são próprios, sendo que em treze delas (24,1%)

atua

um (1) auxiliar administrativo.

não

A

utilização de estagiários para atuarem junto às

é

fato comum.

estagiários

Aqueles editores que solicitam

revistas

e

contratam

destinam a eles tarefas administrativas, de

revisão.

de

provas datilográficas e de distribuição, colocando os

em

contato com os 'originais, com as avaliações e com todo

editorial

(12,9%)

das

revistas.

utilizam

Os dados

indicaram

este tipo de recurso.

que

alunos fluxo

sete

Consideramos

delas

que

esta

Constatação pode significar um prejuízo, tanto para o editor, que Poderia se valer dos estagiários para diminuir suas tarefas totineiras, como para os próprios alunos, que poderiam

mais

sentir-se

~tivado e melhor preparados para atuar no contexto da ciência.

Quando questionados sobre o

tipo de recurso necessário para

~elhorar a infra-estrutura das revistas,

os editores apresentaram

as seguintes respostas: Local:

Dos

31

editores

tevistas, apenas importante disseram

que não possuem sala

nove (16,6%) consideram

própria

mesmo

adequadamente

sem

sala

suas

que este recurso seria

para melhorar suas condições de trabalho. que

para

Os

publicar

conseguem

própria

demais

os periódicos.

182

IIIIJIIIII IIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJ111 f11 rffnTIIII!jii iiiiiiT]lTfTfiTllTIIIIIIIIIJ IIIIIIIIIjllllilllljlll lillllillllllllljllllllll llllllllllljllllllllljllllilllllllllllllljllllilllllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Verbas:

Os

recursos financeiros foram considerados por 21

(38 , 8%-)

como

te"~istas.

solucionar

os

problemas

Com maiores verbas, eles poderiam publicar

melhor

Cotn

prioritários para

editores

qualidade

gráfica

seus

P.eriódicos,

das

em dia

e

contratando

Sel:'\"iços externos especializados.

Equipamentos:

.

' ' ' equipamentos foram citados por 19 editores (35,2%)

Os

como

tec Ursos necessários para agilizar os trabalhos administrativos e. . St!ficos. o computador e seus periféricos (impressora a "laser", •a canners", etc.), bem como programas adequados para a editoração de t extos são os indicados para facilitar o trabalho dos editores Q

~elhorar a qualidade da impressão: Vale notar que algumas editoras universitárias exigem que os

'tt'l.gos Q/ou 8lo

sejam encaminhados para publicação em disquetes

já com a arte final.

Desta forma,

equipamentos

(UFPR)

I

adequados

Uma necessidade para melhorar a editoração.

Pessoal Administrativo: Os

tatatn

recursos humanos para realizar citados

~ttantes

por

tarefas

administrativas

17 entrevistados (31,5%) como

um

dos

a serem supridos para melhorar a infra-estrutura

t~istas.

mais

das

o pessoal necessário poderia ser constituído fte

~ti lógrafos e/ou agentes administrativos que liberariam o editor ~8

tarefas

\ta

'

ou

rotineiras.

apenas,

com

Com isto, eles

poderiam

o controle gerencial

e

preocupar-se

com

o

aspecto

científico da revista. Os

editores consideram que uma pessoa já

Para auxiliá-los.

seria

suficiente

Aqueles que utilizam pessoal compartilhado com

outros setores gostariam de contar com funcionários próprios atendessem

exclusivamente as tarefas exigidas para a

q ue

publicação

das revistas.

Pessoal

Especializa~o:

Mais grave do que a falta de funcionários administrativos a falta · de pessoal especializado para citado

por

20

especialização

editores

{37,0%).

a

editoração,

Indagados

conforme qual

a

assim

se

sobre

editorial mais necessária, os editores

é

manifestaram: Diagramação e arte final: 14 {25,9%) Revisão linguística e tipográfica: 13 {24,1%) Normalização: 4 { 7,4%) Verificamos que o maior número deles {25,9%) sentem falta de Pessoal as

especializado para a programação visual, o que

revistas

veículos

mais

qualificados

para

a

comunicação

Científica. Três {5,5%) editores acham que um jornalista suprir

esta

Periódico

falta,

dando

um

aspecto

mais

tornaria

poderia

profissional

e coordenando todos os procedimentos de

ao

apresentação,

inclusive de revisão tipográfica. Na mesma proporção, a necessidade de revisores

linguísticos

- tanto para os textos em português quanto para textos e

resumos

em outras línguas - são sentidos por 13 editores {24,1%). Pessoas

poderiam

realizar

também a

revisão

Essas

tipográfica,

com

184

lllTflTTTTllllTrrm11m~mp rTTlll lllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

textos mais precisos e sem os erros datilográficos que interferem na

comunicação textual.

editoras Para

Quatro editores (7,4%) indicam

universitárias

realizar

poderiam ter pessoal

mais

o tra b a lho d e r e visão, liberando os

que

as

qualificado e ditores

de

Providências nesse sentido. A falta de p e ssoal quali f ic a do p ara reali za r a

normal iz a ç ão

foi apontada por quatro editores (7,4%) como uma necessidade para melhorar a infra-estrutura d~s revistas. Convém faltar

ressaltar

neste

PUblicadas.

que 13 editores (24,1%)

sentido

para

de

as

revistas

O reconhecimento de que não

recursos humanos e materiais tenham

que

declararam

melhor

sejam

se local~za na falta de

os empecilhos para que as

revistas

mais qualidade, já indica que, ao menos para esse

periódicos,

destinam

as universidades e

recursos

publicações.

as

unidades

em número e qualidade

Metade

desses

nada

universitárias

suficiente

editores

número

(sete)

para

suas

pertencem

a

universidades particulares cujas editoras assumem integralmente a publicação

de

suas revistas, liberando os

editores

de

grande

parte do trabalho editorial.

4.4.2

Estrutura Editorial e as Comissões Editoriais

A estrutura editorial adotada pelas revistas é bastante diversificada.

universitárias

Porém, todas elas incluem a figura

185

ITIPllTJTIITIIII !jllll lll l r]TrT~Tffill lllll i l ij i lll ll li ll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

do

ed·ltor e de uma ou mais comissões que o assessoram

~Cisões.

na tomada

A diferença entre as revistas está em ser(em) esta(s)

c~issão(ões) de ordem decisória editorial ou apenas Consultiva para a avaliação dos trabalhos.

~e marca

a

diferença

de organização

Pettnanentes ou eventuais ( 11 ad hoc 11 ) A

de

· ~~istas estudadas: Editor + Editor + Editor + Editor+ Outra:

I

Comissão comissão Comissão Conselho

característica

dos

é

ordem

árbitros

serem



editorial assume a

estrutura

Outra

de

seguinte

organização

nas

I

Editorial: 14 (25,9%) Editorial ·+ Conselho Consultivo: 21 (38,9%) Editorial +Arbitres ad hoc: 7 (12,9%) Consultivo e/ou Arbitres ad hoc: 9 (16,7%) 3 ( 5,5%)

De acordo com os dados apresentados, podemos confirmar que a Otga . n1zação adotada pelas revistas é bastante diferenciada. A

~ia comum é a que inclui um c~Belho consultivo (38,8%). 6 o

~o •eja

em

a comissão editorial auxilia o editor na

Sões administrativas e científicas; e um conselho dá parecer nos trabalhos submetidos. permanente,

um

Neste tipo de organização, o editor

dirigente do processo e representa a revista

inet.Q Qncias; ~ecl.'

editor, uma comissão editorial e

todas

as

tomada

de

consultivo

Caso este conselho não para

cada

ou artigo, teremos um novo modelo que se apresenta em

sete

outra

mas formado por pessoas escolhidas

forma organizativa é a que apresenta

uma comissão editorial (25,9%). assessorar os

o

trabalhos,

editor na recaindo

186

um

Nesta estrutura, cabe à

política nela

apenas

um

editorial trabalho

e duplo

ainda de

assesoramento e julgamento. Semelhante adotada "ad

anterior,

à

em 16,7% dos

casos, é a estrutura

de um editor e um conselho consultivo

hoc".

e/ou

avaliadores

Neste tipo de organização, cabe ao editor tomar todas

as decisoes políticas e administrativas da revista, só utilizando Pessoas fixas (conselho consultivo) ou eventuais (avaliadores "ad hoc")

para

serem

' selecionados.

revista

auxiliá-lo

e

a

na aceitação ou rejeição dos trabalhos a

o

dirige

editor é o

de acordo

"dono"

quase

suas

próprias

com

da

absoluto

concepçoes

editoriais. Foram

identificados,

ainda,

previstas

situaçoes não

Como: Direção

(constituída de duas ou três pessoas) + Conselho

Editorial

+ Comissão de Divulgação.

Como

comissão

uma

árbitros,

e

um

atividades de

editorial, grupo

os

Neste caso, a direção membros

específico

do

atua como

conselho apenas

encarrega-se

promoção e divulgação da revistas, para

das

conseguir

novos assinantes; Editor Conselho

~e

Aqui,

Editorial.

editorial; Preocupa

+ Editaria Executiva +

os

assistentes

a

Assistentes

editaria

como uma

atua

comissão

com a apresentação da revista; e o

Editores

como técnica

conselho

+

comissão que

se

editorial

desempenha a função de árbitros. Citamos

decisoes

também

políticas

o

caso em que



dois

e científicas, auxiliados 187

editores por

um

tomando conselho

consultivo que atua no julgamento dos originais. o editor

E o caso em que

é auxiliado por editores associados que,

na

verdade,

desempenham o papel de uma comissão editorial. Independente conforme citada Pessoas

que

da denominaç ã o adotada, a comis s ão neste

trabalho,

assessoram

Pessoas Pode

é constituída por um grupo

o editor nas diretrizes

decisóes referentes às revistas.

e ditorial,

e

de

tomadas

de

Por es ta razão, é composta

que possam reunir-se regularmente com o

.editor.

por .Isto

ser constatado a partir dos resultados da pesquisa, onde

a

composição da comissão editorial está assim distribuída: Professores da Unidade: 48 (88,8%) Professores e Funcionários da Universidade: 16 (29,6%) Especialistas brasileiros: 6 (11,1%) Especialistas estrangeiros: 2 ( 3,7%) Como

as

respostas

não eram

excludentes,

as

editoriais das revistas apresentam uma composição Predominantemente são constituídas

por

comissões

diversificada.

professores

da

própria

unidade universitária que publica a revista (88,8%) ou da própria Universidade

(29, 6%).

Cinco

dessas

incluem

comissões

bibliotecários na sua composição, indicando um reconhecimento

do

Preparo desses profissionais na elaboração de documentos técnicocientíficos. Aqueles

editores

que indicaram a

participação

de

outros

Professores ou especialistas brasileiros (11,1%), ou estrangeiros

(3,7%) na composição da comissão, revelaram que a atuação Pessoas Para

dessas

é apenas pro forma e a inclusão de seus nomes foi

dar

maior

Muitas

credibilidade à revista.

feita

vezes

essas

188

1llTnfiT~llTjll rrrmrnmllll llllllll rrTfl lllllllllllllllllllllllll rl llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

pessoas são chamadas para dar parecer nos trabalhos submetidos, justificando sua indicação. O

número

também

bastante

de pessoas que compoem diversificado.

pessoas, excetuando o editor.

a

comissão

editorial

Este número vai de duas até

é 16

A composição mais comum encontrada

foi a que inclui cinco membros (25,9%).

Em

ordem decrescente de

casos, encontramos a composição de três membros (16,6%) e de seis membros (12,9%).

As demqiS se distribuem em

percentuais menores.

de 10%. A

escolha dos membros para compor a comissão editorial

não

ocorre de forma homogênea nas revistas estudadas, dividindo-se em dois

grandes grupos: as escolhas por eleição e as

escolhas

por

indicação. Eleição do Departamento: 4 ( 7,4%) 2 ( 3, 7%) Eleição da Congregação: Indicação do Diretor ou Chefe: 10 (18,6%) Indicação do Departamento: 21 (38, 8%) Indicação da Congregação: 3 ( 5,5%) Indicação do Editor: 7 (12,9%) 5 ( 9, 3%) Indicação da Comissão Editorial: Indicação da Comissão de Pós-Graduação: 2 ( .3,8%) Na escolha por eleição (11,1%), quem elege é o

departamento

ou a congregação da unidade, enquanto nas escolhas por

indicação

(88,9%) a situação é mais diversificada.

ressaltar

Vale

que

a

indicação

do

da

departamento,

congregação, da comissão editorial e da comissão de pós-graduação Pode

não

exigir uma votação formal, mas pressupõe

Para ser feita.

um

consenso

Com isso, as únicas indicações que podem revelar

um caráter mais pessoal ou talvez mais autoritário seriam aquelas realizadas

pelo editor (12,9%) e pelo diretor ou

chefe

(18,6),

189

em

1

2

3

4

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

constituindo, porém, a minoria dos casos. O

tempo

igualmente maior

que

a comissão editorial permanece

variado

parte

deles

na

função

entre os periódicos estudados, sendo não

tem um

tempo

claramente

é

que

a

definido.

A

entrevista com os editores apresentou os seguintes resultados: 1 ano: 2 anos: 3 anos: 4 anos: Vari4vel: Total:

3 1 5

29 54

Observamos freqüência

( 5,5%) ( 29,7%) ( 1,8%) ( 9,2%) ( ~3,, 8%) (100,0%)

16

que

mais

o

tempo

de

dois

anos

apresentou

alta- depois do tempo variável - com

a

29,7%

Porque corresponde ao tempo de duração das chefias departamentais. Mesmo que os resultados não sejam idênticos aos obtidos quanto

à

forma de seleção das comissões editoriais, as informações mostram

uma

têndencia

dessas

Correspondente

existe

em 53,8% dos casos.

comissão, nem por

~danças

São

período

o

o tempo de permanência das comissões editoriais

disputa

Talvez

permanecerem

ao das chefias.

Contudo, ~ariável

comissões

entre

Estes dados parecem indicar que não

os professores para

pertencerem

normas rígidas de permanência

esta

razão, 37 (68,5%)

a

editores

periódicas na sua composição.

diversas,

serem

a

esta

seguidas.

disseram

ocorrer

As razões dessas mudanças

como: falta de tempo ou de

interesse

de

~embros,

problemas pessoais, aposentadorias, viagens de

~danças

na

situação funcional, como também aquelas

alguns estudo,

que

foram

tealizadas por falta de desempenho adequado de alguns membros ~smo

é

ou

para modificar a estrutura editorial das revistas.

190

lllljlllll IIJIIIIIIIIIJIIIIillllj11lTfiT1rrrmpTifTTITillTI lfiTI em

1

2

3

4

5

6

FTfl lllllilll l llllllllllllllllllllllllllllilllliiiiiJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIIIIIIJIIIIilllljllllllllljll

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Os

critérios

comissão

utilizados

editorial

para a

puderam

ser

escolha

agrupados

dos

membros

de

forma

da não

excludente: Experiência em publicar: Capacitação/Titulação: Disponibilidade/Interesse: Cargo de origem:

27 20 20 9

(50 I O%) (37,0 %-) (37,0%-) (16,6%-)

Assim, o critério mais utilizado para selecionar os das

comissóes

experiência pessoas

que

em

editoriais publicar.

das

r e vistas

membros

universitárias

Em , 5,0, O% dos casos,

os

pesquisam e costumam submeter seus

é

a

membros

trabalhos

são para

PUblicação. Em casos ,

seguida, são

os

critérios mais utilizados,

igualmente

interesse pela revista. preferir

trabalhar

com

em

a titulação e a disponibilidade

e/ou

pessoas

mais

capacitadas,

sendo

uma

os como

das comissões editoriais, uma vez que já se submeteram a

bancas

I como

o

Quanto à titulação, os editores disseram

doutores aqueles que apresentam melhores condições de atuar membros

dos

37,0%-

examinadoras

mais qualificadas e entendem

fase conclusiva da pesquisa. boa

a

Contudo, precisam

dose de vontade e interesse

para que

a

publicação

acrescentar revista

seja

PUblicada.

4.4. 3

Editores

Os editores das revistas universitárias foram pelo

pesquisador em seu local de trabalho.

as sumido

a

função,

e precisaram

do

entrevistados

Alguns tinham

auxílio

de

recém

funcionários

administrativos e/ou de outros professores para responder algumas

191

em

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

~est6es

do instrumento. Os dados abaixo mostram há quanto

tempo

os editores exercem esta função: Menos de 1 ano: De 1 a 3 anos: De 4 a 6 anos: De 7 a 9 anos: De 10 a 12 anos: 13 anos ou mais: Total: da

Além I

pouca

experiência, demonstrada

pelo

tempo

no

I

exercício ano~

17 31,5%) 17 31,5%) 9,3%) 5 5 91 3%) 11,1%) 6 4 ( 7,3%) 54 (100,0%)

da

função

- uma vez que 63,0%

têm

menos

de

três

de prática -, 51 editores (94,4%) indicaram não ter recebido

t reinamento t iveram

específico para isto.

algum

preparo,

foi

Os únicos três

em

seus

cursos

editores

que

graduação

de

(jornalismo e biblioteconomia), ou em disciplina opcional de pósgraduação, em curso realizado no exterior. Algumas experiências anteriores contribuiram para o dos editores das revistas universitárias. Membro Membro Editor Outras A

preparo

São elas:

da Comissão Editorial da própria Revista: 16 (29,6%) de Comissão Editorial de outra Revista: 24 (44,4%) de outras publicações: 6 (11,1%) experiências: 5 ( 9,5%)

participação

anterior

dos

editores

na

publicação

da

própria revista (29,6%) ou de outra revista (44,4%), parece ser a maneira arte

mais usual de adquirir algum preparo ou

e na técnica de publicar um periódico.

e~periências

experiência

Alguns

como jornalistas ou como autores,

na

citaram

as

entre as práticas

vivenciadas que contribuíram para sua formação.

Estas

práticas,

permitiram exe rcitar a comunicação de idéias para, agora, poderem a~aliar

com

mais

propriedade

a

qualidade

dos

trabalhos

e

192

1l lli1J llliiiii1 Jllll n11r nTllTI1l JIIIIIIIII JIIIIIIIII JIIT 1

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

transformá-los em publicações. Se mesmo

falta preparo específico para a atividade não

se

exercício

pode dizer da qualificação dos

da

docência

e da pesquisa.

O

editorial,

editores

grau

o

para

acadêmico

o dos

editores apresentou os seguintes resultados: 1,8%) 7,5%)

Graduação: Especialização: Mestrado: Doutorado: Pós-doutorado: Total:

4 12 25 12

( 22,2%)

54

(100,0%)

ObserVamos

grande

qualificada

que

para

conjuntamente,

1

a

68,5%

22,2%)

46,3%)

parte

pesquisa já

e

dos a

é

editores docência,

atingiram o grau

de

altamente que,

sendo

doutor

e/ou



constituída

de

participaram de programas de pós-doutorado. Além !

disso,

grande

parte dos editores

é

Professores que atingiram um alto grau na carreira docente,

como

Pode ser observado nos resultados abaixo: Professor Professor Professor Professor Total: Com os dos

Auxiliar: 1 1,8%) Assistente: 11 20,4%) Adjunto ou Assitente Doutor: 16 29,7%) Titular: 25 ( 46,3%) 54 (100,0%)

resultados obtidos, podemos dizer que quase a metade

editores

já atingiram o grau

(46,3%)

máximo

da

carreira

docente, sendo professores e pesquisadores com larga experiência. Três

deles

informaram

já serem aposentados,

mas

continuam

a

desempenhar a atividade editorial por insistência de seus colegas. Merece Professor

destaque

o

fato

de que

e

universitário

sim

um

um dos

dos

editores

não

é da

bibliotecários

193

em

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

instituição. tegimento, parte

Pela é

atividade

de

chefia

que

exerce,

o editor administrativo, respondendo

gráfica

da

revista.

Há,

no

entanto,

e

por

também

pela

um

professor

responsável pela parte científica. Além grau

na

de altamente qualificados e já teram atingido um carreira

destaque

nas

exercem

docente, os editores são

suas unidades.

também

Constatamos que 29

alto

pessoas

deles

de

(53,7%)

outra chefia, coordenação de setores, ou mesmo

direção.

Além disso, dois são pró-reitores da universidade. Pelos fatos apresentados, o tempo que os editores dedicam revista

não

Publicação, de

pode

ser

muito.

No

entanto,

na

fase

de

quando os trabalhos com a revista aumentam, o

dedicação

também é maior, conforme os

números

à

prétempo

abaixo,

que

indicam as horas semanais que os editores dedicam à revista: Fase normal: 1 a 3 horas: 4 a 6 horas: 7 a 9 horas: ou mais horas:

De De De 10

33 (61,1%) 13 (24,0%) 2 ( 3,7%) 4 ( 7,4%)

Fase de pré-publicação: 1 a 3 horas: 4 a 6 horas: 7 a 9 horas: ou mais horas:

De De De 10 Na

para

fase normal de recebimento e movimentação

os

dedicação ~e

(16,6%) (18,5%) (20,4%) (37,0%)

9 10 11 20

de

trabalhos

árbitros e de preparo técnico dos artigos, o

tempo A

é menor para um grande número de editores.

se aproxima a fase de impressão, incluíndo ai a

de

medida

revisão

de

194

lTrjllll llliili lll jillTII iil ll lllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

prova

e programação visual, os editores, em sua maioria,

ocupam

mais tempo nos trabalhos da revista, chegando a dispender

metade

de seu horário de trabalho na universidade. Independente

da

denominação que recebem

Coordenador

da

Científico,

Coordenador

editor

é

Comissão Editorial, Editor

exercida

ou

Presidente

Responsável,

Diretor d a Revi sta -

gratuitamente

em

98,1%

a

dos

ou

Editor

fun ç ã o

casos.

de Isto

significa que àpenas um edito'r recebe gratificação financeira por coordenar certas

a publicação de uma revista

formas de recompensa motivam · os editores

nesta função.

Percebemos um

que

nas próprias

reconhecimento dos

permanecerem

3 ( 5,5%)

21 (38, 8%) 23 (42,6%) 28 (51, 8%) 30 (55,5%)

instituições

universitárias,

colegas e das chefias

realizado

pelos

originais

datilografados em produtos impressos

Pessoal

a

Contudo,

São elas:

Prestígio: Melhor conhecimento do assunto: Reconhecimento fora da Instituição: Satisfação pessoal: Reconhecimento pela Instituição:



universitária.

editores, em 55,5% dos

pelo

casos.

trabalho

Transformar traz

os

satisfação

para metade deles (51,8%) e, numa proporção próxima,

editores

consideram

que

o

exercício

desta

função

os

os

torna

conhecidos e reconhecidos por seus pares externos. Outra

forma dos editores se sentirem recompensados, é a

tomarem conhecimento do conteúdo dos trabalhos antes deles Esta

PUblicados. Originais

é

atualização

reconhecida

como

através uma

do

acesso

retribuição

serem

prévio

pelo

de

aos

esforço

di spendido por 38,8% deles. 195

!IIIIIIJIIIII IIII f111111111 JII ill illi Ji lllJllll Jll ll rn ITIIII lJll liJI IIIIIIII JIIIIIII rJ ITr em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Para a escolha dos editores, os procedimentos de seleção não são

uniformes, podendo ser colocados em dois

pessoal ou coletiva e por reconhecimento. são

geralmente

grupos:

indicação

As indicaçóes pessoais

feitas pelo diretor, chefe

de

departamento

ou

coordenador de pós-graduação e ocorreram em quinze casos (27,7%); e as escolhas coletivas através d e e l e iç ã o ou conse n s o dos órgã o s colegiados (62, 9%) . ~e

das

unidades universitárias ocorreram t



t

em

32

casos

'

Por reconhecimento foram considerados aqueles

editores

criaram a revista e permanecem na função por mérito (7,4%).

Árbitros e

4.4.4

Os

Avaliação

editores revelaram que todas as revistas

universitárias

utilizam a avaliação dos originais como procedimento para decidir sobre

a

validade de publicação dos

trabalhos

submetidos.

aspectos que diferenciam esta avaliação dizem respeito ao de

árbitros

realizar

o

utilizados, aos tipos de julgamento

pessoas

e aos critérios para

Os

número

utilizadas a

escolha

para dessas

pessoas. O

número

de avaliadores para cada

trabalho

apresentou

a

seguinte distribuição: 13 24,1%) 34 63,0%) 7 ( 12,9%) 54 (100,0%)

1 árbitro: 2 árbitros: 3 árbitros: Total:

utilização de dois árbitros é o procedimento

A entre

as revistas universitárias.

mais

No caso do julgamento

usual de

um

avaliador ser positivo e outro negativo, os editores utilizam uma

196

ll lJ IIIIIIIII JIII IJI IITIIIIIIII IIJIIIIIIIII JIIIIIIIII Jrr em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

terceira Por

pessoa ou sua própria opinião para desempatar.

isso,

das

12, 9%

revistas

estipulam

o

número

Talvez de

três

a"aliadores . Salientamos

~ avaliador,

ainda

que

das revistas utilizam

24,1%

limitando com isso os argumentos para

o

apenas parecer

final. Quando

~~itros,

questionados

os editores

sobre

as

aprese~taram

pessoas

utilizadas

como

segv~ntes in~ormações,

as

não

6ltcludentes : Editor: Comissão Editorial: Professores da Instituição: Professores da Universidade: Especialistas Brasileiros: Especialistas Estrangeiros:

14 32 28 12 23 11

(25;9%) (59~2%)

(51, 8%) (22,2%) (42,6%) (20,4%)

Verificamos que os tipos de pessoas utilizadas para oa

Originais

'Ptesentou

~tofessores ~'ta

são

diversificados,

unanimidade. da

julgamento

A

instituição

constatando-se

que

comissão editorial (51,8%)

dos trabalhos.

avaliar nenhum

(59, 2%)

e

os

são os tipos mais procurados

Esta constatação

mostra

certa

11 ' dog en1a · na ava 1 1açao, · .. · d 1can · d o uma t end"enc1a · d o JU · 1 gamen t o nao .. 1n

Ultrapassar as fronteiras da universidade. A

~itor ~to f

~8

endogenia

realiza a avaliação dos trabalhos em

essores . da

Soas

se confirma quando verificamos

próximas

própria é

universidade em

mais fácil para

~'liação, acelerando a ~e ser exercida junto

também

o

dos casos, e os

22,2%.

controlar

produção da revista aos

25,9%

que

pela

A escolha o

de

processo ..de cobrança

que

árbitros.

Os critérios para a escolha dos árbitros não são homogêneos, 197

mas

apresentaram

anteriormente

maior uniformidade do que

apresentadas,

as

características

conforme pode ser

observado

pelas

informações a seguir: Especialização na área: Experiência e Titulação: Atualização: Cargo que ocupam: É

seus

48

(88,8%)

30 (55,5%) 4 ( 7,4%) 2 ( 3,7%)

a especialização na área de conteúdo da re·v·ista

artigos é a razão principal de escolha dos

dos casos) . PUblicar

. freqüência,

Segue-se, em ordem de e/ou

percentuais,

a

titulação

dos

e/ou

árbiros

a

(88,8%

experiência

avaliadores.

Com

em

baixos

foram citados a atualização do árbitro (7,4%)

cargo que ocupam (3,7%)

de

- geralmente membros da Comissão de

e

o

Pós-

Graduação. Para

que os árbitros realizem a avaliação,

instruções sobre o quê revistas

( 42, 6%) .

e

avaliar

como

para

são

fornecidas

os árbitros de 23

Nos demais casos (57,4%), o Editor

deixa

a

critério dos avaliadores os itens de apreciação. As

instruções

referentes conteúdo

ao

conteúdo

estão

adequação

à

aos

avaliadores, e à

incluídos política

apresentação

ítens da

quando

relativos

revista,

dos a

precisão

existem,

são

trabalhos.

No

sua

qualidade,

de

linguagem,

originalidade e/ou ineditismo, oportunidade do título em ao

conteúdo

apresentação inclusão

do

é

trabalho,

entre

outros.

No

avaliada a disposição das seções

relação

referente do

artigo,

à a

de resumo em português e outras línguas, as referências

bibliográficas,

as

tabelas

e gráficos, enfim,

formatação dos trabalhos. 198

toda

parte

de

Para que a avaliação se processe com maior isenção por parte dos avaliadores, é necessário que o nome do autor seja do

nesta

trabalho

conseqüentemente,

fase,

para

evitar

identificação

interferências nas suas opinióes.

O

também deve estar seguro que seu nome será mantido no para

possa

que

interferências

realizar

externas.

uma

avaliação

suprimido

árbitro

anonimato,

isenta

sem

e

Porém, nas revistas universitárias,

.

anonimato do .autor só é preservado em 21 capos (38,8%), .

e,

o

. ~nquanto,

o dos árbitros é preservado em 72,2%. Para completar a análise sobre a avaliação dos originais das revistas universitárias, coletamos também dados sobre o número de trabalhos oportuno

recebidos,

reformulados e

rejeitados.

Consideramos

cruzar estas informações com os tipos de

universidades

para verificar as tendências existentes.

o

número

agrupados

de

por

originais

categorias

recebidos

numéricas e

pelas

revistas

resultaram

na

foram seguinte

tabela: TABELA 9

ORIGINAIS RECEBIDOS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No Revistas Univ. Fed.

No

Originais

10 21 41 61

Univ. Est.

- 20 - 40 - 60 ou +

Univ. Part.

15 (62,5%) 5 2 2

2 7 (53,8%) 3 1

24

13

Total

8 (47, O%) 6 2 1

46.3%) 33,3%) 13,0%) 7,4%)

25 18 7 4

17

%

54 (100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores

199

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

A

Tabela

9

mostra que é pequeno

o

número

de

recebidos anualmente pelas revistas universitárias, em

sua

maioria

trabalhos. seja,

o número de

entre

de

10

trabalhos

20

e

recebidos,

revistas que os recebem.

analisado por tipos de universidades,

observa-se

tendência acima referida para as revistas pertencentes

universidades No

intervalo

medida que aumenta o número

Quando mesma

num

situando-se,

A distribuição apresenta uma concentração inversa, ou

na

diminui

(46, 3%),

originais

públicas federais (62,5%) e particulares

entanto, pode ser constatado que nas

estaduais ~ior

a

universidades

de

revistas (53,8%) concentra

o

às

(47,0%). públic'as

situação é diversa das demais, na medida em

número

a

que

o

recebimento

de

originais no intervalo de 21 a 40 trabalhos. Os resultados alcançados nos permitem dizer que, em geral, é reduzido

o

número

de trabalhos

submetidos

à

apreciação

das

revistas universitárias. Os

dados

mostram,

que

nem

todos

os

aceitos

tal

se apresentam, exigindo uma reformulação por parte dos seus

autores.

Para

completa,

alguns trabalhos

solicitando

avaliadores

nova

foram

os árbitros exigem reformulação apreciação.

para

outros, item,

os

parte,

Neste estudo, os diferentes aspectos

contemplados porque os editores

específicos

Para

solicitam apenas modificação de algum

parágafo ou nova estrutura. não

ainda,

submetidos à apreciação dos árbitros são

originais como

coletados

cada situação, sendo

não

possuíam

considerado

e

dados

incluído

neste item qualquer tipo de reformulação ou modificação.

200

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Os

três agrupamentos, apresentados na tabela a

percentuais situados

de

entre

trabalhos O

aceitos

que

e 50%, foram feitos com

exigem base

seguir,

de

reformulação, nas

respostas

obtidas. TABELA 10

PERCENTUAL DE TRABALHOS QUE EXIGEM REFORMULAÇOES, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No revistas

Percentual de aceitação c/ reformulação

Uni v. Fed.

, Univ. Est. 4 3 6 (46,1%)

15 - 30 50

Univ. Part.

9 12 (50, O%) 3 24

13

.

Total

7 (41, 1%) 5 5 17

~

o

' '

20 20 14

3 7, O%) 3 7, O%) 25,9%)

54

(100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores Os ~e

totais mostram que é idêntico o número de revistas

exigem

reformulações

entre zero e

quinze

trabalhos submetidos e entre 16 e 30%; e um revistas

por

quarto

tem maior grau de exigência, situando

as

(20)

cento

dos

(25,9%)

das

reformulação

entre 31 a 50% dos trabalhos encaminhados. Quanto

à

tipologia das universidades,

obseLvamos

que

as

revistas pertencentes às universidades públicas estaduais, são as ~e

exigem maior número de trabalhos a serem reformulados (46,2%),

e as

revistas das

universidades particulares que

são

as

que

exigem menor percentual de trabalhos a serem reformulados(41,1%). A seguir, os editores foram indagados sobre o percentual trabalhos submetidos e rejeitados. Incluíram, de forma os

de

conjunta,

que foram rejeitados numa primeira e numa segunda vez,

mesmo

201

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

após sofrerem reformulações. TABELA 11

PERCENTUAL DE TRABALHOS REJEITADOS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No revistas

Percentual de rejeição

Uni v. Fed.

Uni v. Est.

o-

Univ. Part.

Total

5 13 (54,1%) 10 (58, 8%) 7 (53,8%) 10 6 1 1 1

15 16 - 30 31 . ou

13

TOTAL

24

% 51, 9%) 42' 6%) 5,6%)

28 23 3

17

54 (100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores Pelos resultados obtidos, observa-se que metade das revistas rejeita

(51,9%)

SUbmetidos, faixa

de

e

entre

entre

16 a 30 %.

rejeita mais de 31 % dos

que

cento

dos

trabalhos

que praticamente a outra metade (42,6%)

rejeição

revistas

zero e quinze por

É

pequeno trabalhos

o

situa número

submetidos

a de

à

apreciação - apenas três. periódicos

Os

apresentam

um

universidades

públicas

estaduais

maior número de rejeição de trabalhos,

percentual situada As

das

na

faixa

entre 16 e 30 %.

observações feitas indicam que o processo

de

avaliação

dos trabalhos apresenta uma tendência de maior rigor nas revistas PUblicadas

pelas universidades

Com

públicas estaduais.

elas acabam por publicar um número menor de trabalhos em ao conjunto de originais submetidos, porém, com

isso, relação

melhor qualidade.

202

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

4.4.5

Atividades do Fluxo Editorial

As

atividades

revistas

que

compóem

universitárias

processo

originam

Participantes nas seguintes editores,

o

o

quadro demonstrativo

atividades

do

fluxo

atribu~çóes

para

são citadas as

com

a

seus

de

tarefas

principais

indicação

suas

de

entre 09 participantes.

atribuiçóes diferenciada, não

(57,4%)

editorial,

das

comissão editorial,

funcionários administrativos e técnicos Em

forma

produção

agrupamento

especificaçóes:

especiais.

As

de

possuem

da comissão editorial uma um

vez que mais da regimento

foram

expressas

metade

próprio

das

que

de

revistas

defina

estas

ati v idades. Para analisar as atribuições

dessa

comissão,

apresentamos

as atividades que obtiveram maior freqüência, seguindo a ordem de fluxo: Estabelecimento da política editorial: Análise prévia dos trabalhos: Escolha dos árbitros: Avaliação dos trabalhos: Decisão dos trabalhos a serem publicados: A

24

37

tarefa mais comum realizada pela comissão

revistas

universitárias

é

tomar

avaliação,

com base no parecer dos

freqüência

de

68,5%

dos casos,

a

árbitros.

editorial

percentual

de

predominância

de

atribuiçóes de caráter mais científico do que técnico. dos

esta comissão também avalia os

casos,

Parecer

das

a

final O

uma

(68,5%)

sobre

decisão

denota

(44,4%)

21 (38, 8%) 25 (46,3%) 21 (38, 8%)

Em

originais,

sobre sua aceitação, o que caracteriza a

38,8%

emitindo

realização

de

tarefas mais científicas do que administrativas. 203

llllJll llJll lT]l ll lJllllJllll Jllll JITII lrrrJllll lJllllJllll JllllJlll rrrr em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Sobre o estabelecimento da política editorial, as tarefas da comissão

foram expressas pelos editores de forma

Citamos:

elaboração

assuntos

para

busca

do

plano anual

da

diversificada.

revista;

números temáticos ou para

sugestão

artigos

de

encomendados;

de apoio financeiro; apresentação de sugestões ao

editor;

análise de casos críticos; exame da avaliação dos árbitros, entre outras. Por dentro

vezes,

esta comissão realiza trabalhos

não

previstos

suas

funções, más que são realizados

por

falta

de

pessoal especializado. recolher

trabalhos;

padronizar

Foram citados os seguintes: encaminhar os trabalhos para

trabalhos;

datilografia;

de

solicitar os

fazer a revisão linguística;

e

árbitros; conferir

a

fazer a revisão de prova; realizar a promoção e

a

distribuição. Parte dessas atividades poderiam ser feitas por funcionários administrativos falta

de

e/ou profissionais especializados.

recursos

para

sua

contratação,

essas

Porém,

por

tarefas

são

executadas pelos membros da comissão editorial. As

atividades

desempenhadas pelos

editores

das

revistas

universitárias também foram citadas de maneira diferenciada pelos entrevistados.

Enquanto

desceram

alguns

a

trabalho, outros se expressaram de forma mais

minúcias geral.

de

Por

agrupamos as atividades seguindo a ordenação do fluxo

seu isso,

editorial,

com as freqüências e percentuais alcançados:

204

em

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Solicitar artigos/ encomendar trabalhos: Receber e ler os originais previamente: Escolher os árbitros: Distribuir para os árbitros: Avaliar os originais: Decidir que trabalhos publicar: Decidir a ordem dos artigos no fascículos: Supervisionar os trabalhos administrativos: Realizar trabalhos administrativos: Preparar tecnicamente os originais: Fazer a revisão linguística: Escrever os editoriais: Tratar com a editora/gráfica: Fazer a revisão de prova: Acompanhar os trabalhos de impressão: Coordenar /realizar a promoção:. , Coordenar a propaganda: Realizar a distribuição: Controlar as assinaturas: Negociar verbas: atividades

As

realizadas

pelos

editores

universitárias são muitas e diferenciadas. ~e

(24,1%) (72 f 2%) (53 f 7%) (25, 9%) (25, 9%) (44,4%) (22,2%) (83,3%) (22 f 2%) (24,1%) (22 f 2%) (11, 1%) (87, O%) (37,0%) (44,4%) (12,9%) ( 3,7%) ( 5,5%) ( 9,3%) (27 f 8%)

revistas

das

É interessante

notar

nenhuma das tarefas foi citada unanimemente por todos

eles.

Isto

talvez

entrevista 1

13 39 29 14 14 24 12 45 12 13 12 6 47 20 24 7 2 3 5 15

pelo foram

fato

de que as respostas

baseadas

a

na lembrança dos

esta

etapa

editores,

possivelmente recordaram apenas as tarefas que exigem

e

da eles

mais tempo

ou mais esforço para realizar. Observamos alguns

editores

técnicas revisão editores as

que

além dos trabalhos de

realizam

específicas linguística

trabalhos

dentro (22,2%)

da e

geral,

administrativos e mesmo de

atividade de

coordenação

prova

editorial,

como Sendo

(37,0%).

altamente titulados e graduados, torna-se oneroso

universidades

pagar professores para

realizar

a os

para

tarefas

que

realiza

os

outras pessoas poderiam executar a menor custo. Os trabalhos

editores

foram

questionados

sobre

quem

técnicos de normalização, revisão lingüística,

versão

205

r rrrrrm llllljii llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllljlllllllllllllllllllllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

dos

resumos

para outro(s) idioma(s) e

a

revisão

tipográfica,

resultando na apreciação a seguir. A

atividade

comunicação de

de

norma l ização visa

da ciência.

manter

os

Embora os padroes devam ser de

todos os participantes do processo editorial e

devam

ser

apresentados

uniformização

geral

revistas

As

dentro

de

pelas

. leitores.

universitárias

os

d e t erminadas

deve ser mantida

melhor compreensão dos

padroes

domínio originais

n ormas,

revistas,

estudadas

de

não

uma

visando

apresentaram

uniformidade no tipo de participante utilizado para realizar esta padronização. informaçoes

Mesmo

as

deveriam

respostas não

sendo

excludentes,

ser referentes à uniformização

as

geral

dos

artigos e da revista como um todo , uma vez que os originais devem seguir

as

instruções e normas de cada revista.

Os

resultados

apresentaram a seguintes distribuição: Autor: Editor: Editora: Biblioteca: Seis

6 13 21 22

revistas

apresentados

pelos

uniformização

geral

(11 , 1%) (24,1%) (38, 8%)

(40,7%) (11,1%) publicam os trabalhos tal autores,

não

dos artigos.

se

Utilizam

os

biblioteca confiando Padrões

bibliotecários central

que

preocupando

Em 22

da biblioteca

revistas

da

unidade,

da universidade para realizar

esses

esta

são a

com

Em treze casos (21,1%),

editor quem faz este trabalho.

Próprio

como

é

o

(40,7%) ou

da

tarefa,

profissionais coloquem a revista dentro de

nacionais e/ou internacionais aceitáveis. 206

lll r~l li!lli lJI IIIIIIII J IIIIIIII

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

As

editoras

colaboram com a padronizaçao

de

revistas

21

(38,8%).

O editor deixa por conta deste setor universitário

comercial

a escolha dos critérios para orientar

geral do periódico.

a

ou

apresentaçao

Quando indagados quem realiza este

trabalho

na editora, os respondentes nem sempre souberam dizer, mas

acham

o trabalho competente e nao têm queixas a apresentar. Os

diretores

das

editoras universitárias

que

assumem

o

I

trabalho editorial e foram contactados (UFPR, UFSC, PUC/RS,

URG,

UNISINOS), disseram contar com pessoal preparado para realizar

o

trabalho

de

normalizaçao geral.

é

na

de

linguística

área

funcionários

A formação

(em dois

casos),

dessas e

nos

administrativos, com formaçao em nível

pessoas demais de

sao

segundo

9rau, mas com vivência e prática editorial. Entre

as

revistas

54

História

estudadas, apenas num

Cadernos

de

e Filosofia da

Ciência,

UNICAMP,

o trabalho de normalização é pago.

caso,

o

publicado

do pela

Para realizá-lo são

contratados bibliotecários ou alunos do Curso de Pós-graduação em Letras

daquela Universidade.

A

revisão

execução.

lingüística apresentou maior

dispersão

na

sua

Os resultados apresentaram a seguinte distribuição, em

Ordem crescente de freqüência: Revisor Especializado: 3 51 5%) 4 7,4%) Editora: 5 ( 9,2%) Comissao Editorial: 13 (24,1%) Editor: 17 (31,5%) Arbitras: 17 (31,5%) Autor:

207

llillliiiTmi] 111111 rilllllllliTITTifiillllllllllllllilllllllllilllllilliilllllllllll rlllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

De

acordo

próprios ~is

com

as respostas obtidas,

que

autores e os árbitros (31,5%) são os participantes

se responsabilizam pela revisão

editores,

onde

verificamos

lingüística.

que

Segundo

muitas vezes os árbitros avaliam, corrigem ou

modificar

os

o texto, e os trabalhos voltam para

os

indicam

os

autores

procederam as modificações. interessante notar que em treze revistas ( 24,1%)

É edi~ores

são

quem fazem essa revisão e em cinco. (9, 2%) é a

editorial,

havendo

Participantes.

com

isso um acréscimo

nas

comissão ,

tarefas

Esses resultados mostram a falta de

os

desses

uma

equipe

editorial multidisciplinar, ficando um trabalho excessivo a cargo de poucas pessoas. Nos apenas

casos em que são utilizados revisores especializados três

-, eles se constituem de professores

de

português

efou alunos dos cursos de Letras que, espontânea e gratuitamente,

Colaboram com a revista.

O único caso em que o trabalho é

pago,

é novamente o do Cadernos de História e Filosofia da Ciência.

Nos

periódicos

que

apresentam o resumo

em

outra

especialmente em inglês (30,5%), a versão

(70,4%),

é

língua

realizada

Pelos seguintes participantes: Pessoal Especializado: 2 ( 3,7%) 5 ( 9,2%) Comissão Editorial: 10 (18,6%) Editor: 26 (48, 2%) Autor: O 26

autor, al é m de elaborar o artigo, é também reponsável

casos

(48,2%) pela apresentação do resumo em

outra

~ando não há que m corrija esse trabalho dos autores,

em

língua.

os editores

208

T]llll"fTlTITITTTf1T1l llll lí111!11 11JIIIIJIIII JII II JI II IJIT em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

confiam que a versão tenha sido bem elaborada. Às vezes,

é

o

editor (18,6% dos casos)

dos

casos) quem realiza a

editorial

(9,2%

Novamente

aqui, o preparo intelectual destes

e/ou a versão

comissão do

resumo.

participantes,

em

sua maioria doutores, faz com que realizem tarefas que excedem suas

atribuiçoes no proc e sso e ditorial.

A f al t a d e

urna

a

e quip e

Profissional completa sobrecarrega principalmente o editor. I

I

Entre ta·refa

os

que

trabalhos editoriais, a revisão de

exige preparo técnico, habilidade

concentração. editoração

Relativamente

a quem realiza

prova

é

uma

de

observação

e

este

trabalho

na

das revistas universitárias, obtivemos

as

seguintes

respostas: Biblioteca: 2 3,7%) Autor: 3 5' 5%) Pessoal Especializado: 4 ( 7,4%) Comissão Editorial 13 (24,1%) Editora: 15 (27' 8%) 20 (37, O%) Editor: Os

resultados

encontram-se

bastante

dispersos

entre

participantes

do processo editorial.

'significativo

de respostas, algumas revistas (5,5t') utilizam

Mesmo sem obter um

Próprios

autores

para realizar

editores

fizeram

a ressalva de que eram

locais.

Quando os autores são externos à unidade,

a

tarefa.

número

casos,

Nestes

referentes

a os

os

os os

autores editores

assumem a revisão. É significativo o número de revistas que utilizam o

~ditor

(37,0%)

ou

ainda a comissão editorial

(24,1%)

próprio para

a

209

1rrpr1rrnn lTrT"fTITTIITIrrrrrrltllllltlllllill llllllllllllllllllllll ll llllli em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

verificação digitados,

dos os

erros de prova. trabalhos

Depois

retornam a

de

esses

datilografados participantes

ou para

correção. A

biblioteca, os autores e o pessoal especializado realizam

essa tarefa em número reduzido de casos. Convém demorado

ressaltar

que

minucioso,

e

o traba lho de

mas

quando

revisão

realizado

de

com

prova

é

competência

I

acrescenta

uma

importante qualidade ao

trabalho

editorial

da

revista, qual seja o de precisão. Uma vez preparados tecnicamente, os trabalhos estão para

impressão,

sendo

enviados para a

As

gráfica.

prontos revistas

universitárias são impressas pelos seguintes tipos de gráficas: Gráfica da Universidade: . 32 59,2%) Gráfica Comercial: 16 29,7%) Gráfica da Unidade: 6 ( 11,1%) Total: . 54 (100,0%) São

as

editoras,

as

dos

(59,2%

gráficas universitárias, vinculadas maiores reponsáveis pela casos).

geralmente

impressão

As gráficas comerciais são

das

às

revistas

escolhidas

por

29, 7% editores. Algumas unidades possuem seus próprios equipamentos gráficos montados

(11,1%),

controle

no

~alidade

trazendo

processo

gráfica

de

como

benefício

impressão,

e visual.

porém

maior nem

Comparativamente à

rapidez sempre

e

maior

estrutura

das

gráficas universitárias, os equipamentos pertencentes às unidades Possuem recursos menos sofisticados para uma apresentação mais

atrativa.

A única exceção é a Revista de

visual

Comunicações

e

210

~lTfTITTllllTJTrn 1 rmrnrr1mlllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Artes

da USP, cujo equipamento permite uma impressao

de

melhor

qualidade. A

tecnologia

retarda

o

processo

trabalhos

dos

prova

na fase de

gráfico.

impressão

Quando

a

acelera

ou

recebe

os

forma

para

à editora ou à gráfica, as revisóes linguística

o

são feitas no próprio disquete. I

específicos

revista

autores em disquetes ou utiliza esta

encaminhá-los de

utilizada

I

uso

de

programas

I

ou de processadores de texto adequados

permite

sua

compatibilização posterior pela editora/gráfica para produzir ~trizes

e

do fotolito, ou realizar a própria

as

dando

duplicação,

uma aparência uniforme às revistas. As as

revistas que não possuem recursos de informática ou

editoras/gráficas

automatizados,

não

estão

encaminham

aparelhadas

os

com

equipamentos

tal

trabalhos

que

como

foram

datilografados pelos autores ou redatilografados por funcionários administrativos, necessitando com isso nova revisão de prova. A técnica de reprodução utilizada em 45 casos (83,3%) é a de impressão

"off

set"

que

permite

alta

Encontramos um caso de uso de equipamento

e

três

em

que

o

equipamento

gráfica.

qualidade eletrostático

utilizado

é

(xerox) de

impressora

computador. Alguns Utilizado

editores pela

não souberam responder

gráfica

para

a

impressão

sobre da

o

processo

revista.

informações que puderam ser complementadas através da com os diretores de editoras foram aqui incluídas.

As

entrevista

Mesmo

assim,

211

lllTÍíííí~lll"jTI ~Ilill !lllillllllll l illlllllllllllllllllllllllllliillillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

em

quatro casos (7,4%) a técnica utilizada para

reprodução

não

Pode ser identificada. A automação é utilizada na administração das revistas em 21 casos

As revistas que possuem

(38, 8%) .

(microcomputadores, facilitam editor.

os

impressoras,

etc.) e

revistas (27,8%)

Padronizada

para

os

adequados,

administrativos

está em fase de implantação

em

(1~,1%)

o serviço

e

está

Nestes identificamos os

automatizados:

árbitros

tal

do

e em seis. çasos



seviços

para

e

funcionando com toda sua potencialidade. seguintes

programas

trabalhos dos funcionários

O sistema automatizado

. ~inze

equipamento

correspondência correspondência

autores;

Padronizada para convocação de reuniões da comissão editorial; formulários

para

revistas; endereços

dos

trabalhos;

da

regimento

normas de apresentação de trabalhos; - listagem de

: assinaturas; da

avaliação

revista;

assinantes,

permutas e doações;

controle

- serviços estatísticos que permitem - planos e relatórios.

A

de

automação

de

gerenciamento permite

uma

Utilização ampla e facilitadora da administração da revista. Após editorial

a fase de impressão, uma etapa importante no é a distribuição.

Esta etapa é realizada

atividades executadas por diferentes participantes. as

atividades

de

promoção, distribuição

processo

através

de

Ressaltamos

propriamente

dita

e

controle das assinaturas, de acordo com quem as realizam. A

promoção é uma atividade que visa divulgar a

seu público alvo ou potencial. atividade

revista

Nas revistas universitárias

é exercida pelos seguintes participantes

do

ao esta

processo

212

lll rq1111111 1Tj1"1nlllrnTIIT!IlllTIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIiillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

editorial: Não realiza promoção: Editora: Editor: Comissão Editorial: Vários: Total: Entre nenhuma

as

o

( ( ( (

18, 6%) 29,6%) 22,2%) 22,2%)

4

(

7,4%)

54 (100,0%)

54 revistas estudadas, dez (18,6%)

forma de promoção.

(29,6%),

10 16 12 12

não

realizam

Entre as que realizam, é a

editor (22,2%) e a comissão editorial

principalmente promo~em as revistas.

editora quem

(22,2%)

I

as

Embora não excludentes,

respostas indicaram que a divulgação das revistas é realizada por vários participantes em apenas 7,4% dos casos. Outra

atividade

ser exercida nesta

etapa

é o controle das assinaturas pagas.

editorial ser

a

minucioso e requer tanto um trabalho

financeiro.

As

conhecimento

e

O

do

processo

controle

administrativo

tarefas devem ser realizadas

com

cuidado pois influem na opinião

deve quanto

competência,

dos

assinantes

sobre a revista e na manutenção das assinaturas. Nas

revistas universitárias estudadas, observamos não

(44,4%)

possuem assinaturas pagas e entre as

que

que

24

utilizam

esta forma de distribuição, o controle é exercido pelos seguintes Participantes: Não possuem assinaturas pagas: Setor administrativo da revista: Editora: Editor/Comissão Editorial: Biblioteca: Total:

24 11 10 6 3 54

( 44,4%) ( 20,4%) ( 18,5%) ( 11,1%) ( 5,6%) (100,0%)

O setor administrativo das revistas controla as

assinaturas

213

lllllTrj llllll lllTITI rrrn flllTIIIIII nlllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

em

o

20,4% dos casos e a editora em 18,5% deles.

editor e/ou

a

comissão editorial, embora em menor escala, controlam o pagamento das assinaturas em 11,1% das revistas. Quando

a

editora

desobrigam-se da tarefa. da

revista

também

realiza

envolvidos,

novas , a,ssinatu:r;as

toma

conta

do

trabalho,

os

editores

Nos casos em que o setor administrativo

o controle das assinaturas, os editores são cabendo a eles tanto

o

desenvolvimento diretriz~9

como a determinação de

de

para

,seu

comprende

o

controle. distribuição

A

endereçamento, cheguem

propriamente

empacotamento

aos destinatários.

seguintes

participantes

do

dita

e postagem para Essas tarefas são processo

que

as

revistas

realizadas

editorial

das

pelos

revistas

universitárias : Setor administrativo da revista: 18 ( 33,3%) Editora: 12 ( 22,2%) Biblioteca: 10 ( 18,5%) Secretaria da Unidade: 9 ( 16,7%) Editor: 5 ( 9,3%) Total: 54 (100,0%) O

setor administrativo das revistas realiza o

distribuição e

22,2%

unidade

trabalho

de

em 33,3% dos casos, enquanto a editora colabora

em

a biblioteca em 18,5% das revistas.

A

faz



a

distribuição

quando

não

secretaria

funcionários

administrativos para fazê-lo (16,7%) e o próprio editor nesta

da

colabora

tarefa em 9,3% dos periódicos para que a revista chegue

a

seu destino o mais rápido possível. A seguir, apresentamos a distribuição das principais tarefas 214

1lTrrrffiTí~llll"lllilllllllil ll liililllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

do

fluxo

editorial

entre os participantes, de

acordo

com

os

percentuais de realização alcançados nas 54 revistas estudadas.

QUADRO

DA

DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS ENTRE PROCESSO EDITORIAL

os

PARTICIPANTES

DO

Unidade em % At ivi dades

Part i cipan t es 2 3 4

1 ~olicita

trabalhos

5,5

24,1

Analisa trab.previamente 38,8

72,2

Escolhe árbitros

46,3

53,7

Avalia trabalhos

59,2

25,9 100,0

Decide avaliação

68,5

44,4

Normaliza revista

5,5

22,2

11,1

Revisa português

9,2

22,2

31,5 31,5

Verte resumo

9,2

18,6

48,2

Revisa prova

24,1

37,0

5,5

I

I

*

5

40,7

29,6

7,4

5,5

3,7

27,8

7,4

59,2

40,8

7,4

22,2

11,1

9,3

18,5

22,2

50,0

11,1

18,5

26,0

11,1

n

* Legenda: 1 2 3 4

1,8

22,2

Distribui Controla assinaturas

38,8

3,7

Imprime Realiza promoção

7

6

= Comissão = Editor = Arbitras = Autor

Editorial

5 6 7

de

editor.

atividades são os membros da comissão editorial Al é m das a tivida d e s específicas de sua competência

215

IIIIIIII JII I1l iii1 Jiiiiiiiii JIIII Illl ll em

1

2

3

4

5

6

7

54

= Biblioteca = Editora universitária = Outros

Conforme os resultados, os participantes que realizam número

=

maior e

o que

seriam

aquelas as

editorial, gerenciamento

relacionadas

ao

de

científica

da

natureza revista,

estabelecimento

eles

e

realizam

da

as

política ao

inerentes

outras

de

natureza

técnica de editoração para que a revista possa ser publicada. Das

atividades iniciais até a avaliação dos

trabalhos

editore s e a comi ssão editor i a l qu e executam as

os

partir

dai,

as

atividades são

realizadas

de

tarefas .

forma

indicando . ?- falta ,d e uma equipe

diversificada,,

são A

bastante

editorial

para

executar trabalhos técnicos de normalização, revisão lingüística, versão do resumo e revisão de prova. Após ~anto

impressão,

novamente as

tarefas

se

diversificam

à execução pelos participantes, mostrando que também nesta

fase não !

a



um grupo específico

para

realizar

atividades

de

promoção, distribuição e controle das assinaturas.

4. 4 • 6

Tempo de Produção

Cada

etapa de produção das revistas tem um tempo

realizada. sobre

o

Quando número

i nclusive

por

pronunciamento

médio de semanas utilizado

muitos

produção,

solicitado o

deles

disseram

ser

em

dos cada

ser

editores etapa

de

calcular,

impossível

variar de fascículo. para fascículo.

para

Com isso,

a

entrevista ficou prejudicada em 46,3% dos casos. Entre PUblicam

os 29 editores que responderam, selecionamos revistas

es tabelecemos

o

semestrais

- por serem as mais

18

que

comuns

e

núme ro mínimo e máximo de semanas utilizados em

216

i1TfiT1 ~-nrrrn 111111 r111 r lllliiTmTffilTíffiTIIIIIIIIIIIIIIII i illlllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

cada

etapa,

freqüência

indicando também a média de tempo e a

moda

(maior

encontrada) . Este procedimento objetivou verificar

o

tempo médio para a produção das revistas semestrais e identificar as etapas mais demorada do processo editorial. O

trabalho

de produção das revistas se dividide

em

seis

fases, distribuída s conforme se segue : Fase 1: Recebimento Período que vai do recebimento do trabalho do autor até envio

para

o(s)

árbitro(s), consistindo

no

registro

seu

e exame

prévio dos trabalhos: Tempo mínimo: 1 semana Tempo máximo: 8 semanas Média: 4,5 semanas Moda: 4 semanas ( 6 casos ou 33,3%) Fase 2: Avaliação Período

referente ao tempo médio utilizado

pelos

árbitros

para avaliar os trabalhos: Tempo mínimo: 2 semanas Tempo máximo: 12 semanas Média: 4,9 semanas Moda: 4 semanas (8 casos ou 44,4%) Fase 3: Preparação Técnica Tempo Preparo

compreendido

dos

para a reformulação, quando

originais para impressão, . incluíndo

houver,

e

normalização,

revisão linguística, digitação/redatilografia, etc.: Tempo mínimo: 1 semana Tempo máximo: 12 semanas Média: 3,8 semanas Moda: 4 semanas {11 casos ou 61,1%)

217

nlllTríffilllllTrrm1mTnrr11 rmnlllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllil'iil em

1

2

3

4

5

1

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Fase 4: Tempo

Revisão de Prova utilizado

para

revisar a digitação

interna

ou

as

imprimir

o

provas enviadas pela editora/gráfica: Tempo mínimo: 1 semana Tempo máximo: 8 semanas Média: 3,5 semanas Moda: 2 semanas (7 casos ou Fase 5:

Impressão utilizado

Tempo

44,4~)

pela

editora/gráfica

para

I

I

fascículo da revista, a capa e a montagem: Tempo mínimo: 1 semana Tempo máximo: 12 semanas Média: 5,1 semanas Moda: 4 semanas (8 casos ou

44,4~)

Fase 6: Distribuição Período utilizado para postagem Tempo mínimo: 1 semana Tempo máximo: 12 semanas Média: 3,6 semanas Moda: 4 semanas {7 casos ou Conforme

e distribuição da revista:

38,8~)

a

pode ser verificado, os tempos dedicados

fase variam entre urna e doze semanas, exceto na etapa de de prova que varia entre uma e oito semanas. (Moda)

localizou-se

excetuando-se

em

novamente

quatro semanas

A maior

para

todas

a fase de revisão de prova

cada

revisão

freqüência as

fases,

que

obteve

es te valor no período de duas semanas. Foi tempo

a média de tempo obtida em cada fase que diferenciou

gasto pelas revistas em cada etapa do processo

o

editorial.

De acordo com os dados obtidos, é a fase de impressão a etapa que ~i s

demora para ser realizada, com urna média de 5,1 semanas.

A

218

TrrrriTillTlllTIIIIIIIIiillllllillillll nllllllllllllllilllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

fase

mais rápida revelou ser a revisão de prova,

realizada

num

tempo médio de 3,5 semanas. De

acordo com esses resultados, podemos dizer que

utilizado pelas revistas em cada uma d a s e t a pas é

o

tempo

diversificado.

Contudo, foi possível estabelecer um tempo médio para cada baseado

nas

etapa,

fr e qüênci as ob tidas .

Com base nos t empos

fase,

de

cada

podemos supor que uma revista semestral leva em torno semanas para ser proquzida, ou sejp , exige em torno de

25,4

meses

e

uma

envolvidas Mesmo na

semana de trabalho.

pelo

trabalho

a

isso,

editorial du'r ante

sem dedicar à revista Universidade,

Com

os

e

a

seis

editores

todo

o

são

semestre.

toda sua carga horária de

preocupação

de

trabalho pela

responsabilidade

PUblicação ocupam boa parte do seu tempo. Nas revistas com periodicidade maior, como as quadrimestrais e as

trimestrais,

o

trabalho

precisa

ser

acelerado.

Nos

periódicos anuais o trabalho pode ser desenvolvido em maior tempo. Além

de demorado,

o processo de produção está atrasado

em

31 revistas. As causas variam, mas o processo gráfico corresponde

a 27,8% dos casos de atraso, a falta de verba a 18,6%, a falta de artigos

a 12,9% e a demora no processo de avaliação a

casos.

Quando

características

retomamos comuns

as

entrevistas

problemas

etapa de impressão, observamos que isto acontece em grande dos

periódicos

falta

de

editados pelas editoras universitárias e

artigos

é

mais

acentuada

nas

dos

verificar

para

às revistas em atraso por

5,5%

unidades

na

parte que

que

a não

desenvolvem pós -graduação "stricto sensu" .

219

llvrrrrnrl~lTrfTITTlllTirrrn Irmrrmrll llTil lllllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

rm lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll 10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

4.4.7

Pagamento das Revistas Um dos problemas básicos a serem solucionados pelos editores

para

que

as revistas institucionais possam ser publicadas

o

é

pagamento de seus custos. As

Universidades, mesmo sendo os órgãos

sempre

possuem

surgem

nas suas unidades.

limitado

publicadores,

condições para financiar todas as

para

revistas

Estas, por sua vez, têm

atender necessidades básicas e

a

nem

o

que

orçamento

publicação

da

revista nem sempre se inclui entre as mais importantes.

o

problema

é

universitárias grande

que

por

a impressão

de

verba

de

para

pagamento

tão sério e a ansiedade para vezes

revistas

das publicar

é

tão

os professores da unidade chegam a pagar

seu próprio bolso, como aconteceu

com

um

dos

fascículos da revista Educar da UFPR. resolver

Para

o

criam

universidades

das

problema

programas

publicações,

internos

de

apoio,

critérios para que os periódicos sejam contemplados. ~e

não

se

adequam

a

esses critérios se

vêem

programa, precisando utilizar verbas próprias ou

algumas impondo

As revistas excluídas

do

p~ovenientes

de

outras fontes para serem editadas regularmente. As prioridades das universidades com o ensino fazem com .que se

verbas

as

tornem

cada vez

mais

escassas para

As revistas passam a

ser

suprir

vistas

divulgação

científica.

empecilhos

e não como parte relacionada ao alcance da função

a

como de

220

nllllTíffillllllTrlll l m~r nrnmrm llllllllllliillllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

pesquisa pelas instituiçoes de ensino superior. Entre UFPR,

as

UFSC,

doze universidades estudadas, sete delas URG,

possuem

um

programa implementado de apoio à publicação de suas revistas.

No

entanto,

do

nem

PUC/CAMP,

todas

as

PUC/RS E

revistas

UNISINOS

USP,

pesquisadas

fazem

parte

As r a zo e s e ncontradas diz em respeito à não

programa.

adequ a ç ão

dos periódicos aos critérios estabelecidos e ao financiamento por como o

. .outra . tonte, pelo

de Física, que

pago

é

Programa do PADCT, não necessitando auxílio do programa

UFSC. as

En~ino

Caderno do

in~titucionais,

No caso de não pertencerem aos programas

revistas

necessitam

de

verbas da

da

própria

unidade

ou

de

empresas externas - o que é muito difícil de conseguir. As

verbas

universitários

dizem

distribuição, ~nutenção

Nos

necessárias

para a

repeito,

publicação

dos

principalmente, à

periódicos

impressão

uma vez que a infra-estrutura de pessoal, local

últimos

tempos, com o aumento constante

periódicos estão cada vez mais altos.

custo

e

física são embutidos nos custos da universidade. do

papel e da tinta, os valores necessários para cobrir a dos

e

da

postagem

para

Acrescido a

preço

do

impressão isto,

distribuição dos exemplares doados

o e

permutados também tem aumentado, onerando significativamente esta etapa

do

cobrado

processo. deve

No caso das

assinaturas

prever que os custos de impressão

pagas, e

o

valor

distribuição

sejam cobertos . As 54 revistas pesquisadas apresentaram os resultados abaixo ~ anta

às fontes de pagamento das revistas (não excludentes) : 221

TnTfiTfTTTlllllTfllllF'llll~TnTi l llllll l rlllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Universidade: Unidade: Assinaturas pagas: Programa nacional ou estadual: Propaganda: Editora comercial: Os

casos

universidades atrav~s

de

nas

particulares suas

distribuição,

(57 1 4%) (38, 9%) (35, 2%) (16,7%) ( 7,4%) ( 5,6%)

de pagamento cobertos pelas

e spe ci a l mente

observados

31 21 19 9 4 3

universidades

revistas

cobrem os

pelas

publicadas

(PUC/CAMP, PUC/RS e

editoras.,

foram

c;uptos

mantendo suas publicações com

UNISINOS )

que,

de , impressão

atrasos

e

relativos,

não ultrapassando a seis meses.

A única excessão nesse tipo de universidade foi a da ~e,

PUC/SP

no momento de coleta de dados da pesquisa, não possuia

uma para

POlítica de auxílio à publicação de suas revistas, ficando as

unidades solucionarem o problema financeiro.

Esta é a

razão

de algumas revistas dessa universidade estarem em atraso ou terem cessado temporariamente sua publicação. No

caso

das

universidades públicas

é diversificada. Cobertos Pela

1

Enquanto na UFSC os custos de

a

e

a editora complementa com

arrecadados

( assi~atura

e

a

os

custos

comercialização

vendas avulsas) .

situação

impressão

pela editora universitária, na UFPR o papel

unidade

Valores

federais

é

são

suprido

através

revistas

das

Na URG as unidades

dos

repassam

à

editora os recursos necessários à impressão, mas a prioridade

de

atendimento

na

dos

impressos

universitários

causa

atraso

Periodicidade das revistas, ultrapassando a seis meses. Na

UNB as unidades universitárias e os programas

nacionais

222

trrprtr]TilTilll ljITrrfiT1rr1lT1fTlll illl liiij illl lllli jl ll lllll ljllii illll i em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

suprem os recursos necessários à publicação das revistas.

Quando

supridas pelas unidades as revistas atrasam mais de seis meses, e ~ando

financiadas pelos programas nacionais

precisam

utilizar

recursos próprios para manter a periodicidade regular. Na

UFRJ,

as revistas da área médica utilizam

uma

editora

comercial - Editora Científica Nacional - que através da venda de espaço

para

propaganda e das assinaturas arrecada

os

recursos

f

necessários'â publicação.

I

f

A editora tem todo interesse em manter

em dia as publicações, uma vez que o lucro provém dessas fontes. Na UFRGS, a inexistência de um programa de apoio, até a data de

coleta de dados, e a falta de prioridade na

recursos

para

universitárias

estaduais,

a

revistas

pelas

pelas

também

se

universidades apresentou

a UNICAMP deixa a cargo das unidades

pelo

Na

de

unidades

publicações irregulares.

publicadas

situação

sentido.

apoiadas

das

públicas

diversificada.

a USP possui um programa de apoio à publicação de

revistas, neste

publicação

ocasiona

revistas

Nas

Enquanto

a

determinação

USP foram

encontradas

as

suas

providências

três

revistas

programa, cabendo às unidades suprirem

recursos a impressão e distribuição dos periódicos.

Na

com

não seus

UNICAMP,

a revista Pro-Posições foi publicada por uma editora comercial a Cortez

até 1993, mas teve

assinaturas

pagas

a

impressão

e

retornando para unidade por

o

controle

não

das

auferir

os

lucros pretendidos. Enquanto

as revistas apoiadas pelo programa

do

CNPq/FINEP

223

lllll rrfTITlllllTJTmrrnrrmrn lTIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIiilllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

1

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

~eixam-se

dos atrasos na liberação dos recursos para que

PUblicadas em dia, o programa As

verbas

Pelas com

estadual da FAPESP é mais pontual.

para a distribuição

unidades universitárias. muita

obter

são,

invariavelmente,

supridas

Com isso, os "encalhes"

freqüência, embora haja um

recursos

sejam

e sforço

para a post a g em e r e duz ir a

ocorrem

g ~ n e ralizado

t i r agem

ao

de

mínimo

necessário. fqto

Qu,t ro

destacado

é

quanto

Verificamos

que

assinaturas

como fonte de recursos.

~e

às

assina~~ras

apenas 35,2% das revistas utilizam a Com isso,

pa.gas. venda

podemos

deduzir

a maioria das revistas universitárias são produtos de

e troca

e não de comercialização.

assinaturas

colaboram

à

necessário

com

impressão,

uma

Nos

casos

pequena

de

parcela

não excedendo a

10%

do

doação as

venda, no

de

orçamento

valor

total

necessário. Nas Jornal

revistas Brasileiro

Nefrologia, Valor

total,

Pagamento

de

Psiquiatria e

a

comerciais,

Revista

como

Brasileira

da UFRJ, as assinaturas colaboram com apenas

Propaganda,

~nca

publicadas por editoras

do

venda

de

Nacional.

o

complementar

e

a própria Editora Científica

das assinaturas é, portanto, um valor

prioritário para a impressão das r e vistas

de

3%

sendo os outros 97% supridos através da segundo

o

universitárias,

mesmo para as mais comercializáveis.

224

Ti III JIIIIIIIII JIIIII mTfliiiiiiii JIIIIIIIII JIIIIJI If1lllT em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

4.4. 8

Distribuição

A

seguir, analisamos a distribuição das revistas quanto

formas para

de a

promoção, à quantificação dos

distribuição

assinaturas

exemplares

dirigida através de

às

utilizados

doaçóes,

permutas

pagas, em âmbito nacional e internacional, bem

e

como

ao alcance geográfico da ci r culação. As formas de promoção utilizadas pelos Editores para ,

t

tornar

I

as revistas conhecidas são: Exibição em eventos: Distribuição de fascículos gratuitos: Anúncio em revistas e catálogos: Notícias em boletins informativos:

37 20 18 12

o

pelos

tipo

exibição ~stra

de

em de

promoção

eventos

através

participantes

dispostos

circulação

para

da

revista

é

apresentação

a

Esta

(68,5%).

tanto

de

maneira

revista

a

alguns

numa mesa localizada em

colocação

lugar

Geralmente

de

o

ou mesmo alguns professores da

de apresentar os fascículos, preencher

endereços, etc.

é

editores

área

feita da

1

quanto através da

coletar assinaturas.

editorial,

encarregam anotar

da

individualmente,

exemplares

comissão

de especialistas na

fascículos

informal,

mais utilizada

(68,5%) (37,0%) (33 3%) (22, 2%)

de

grande

editor, unidade

a se

formulários,

Para os editores que realizam este

tipo

de promoção, é uma excelente oportunidade para divulgar a revista. A distribuição de fascículos gratuitos é utilizada em dos

casos

e consiste em fornecer exemplares para

Clientela de assinantes ou usuários. feita

através

uma

37,0%

possível

A distribuição é geralmente

do correio (mala direta) ou

para

visitantes

da

225

1lllTrfTITTllllTfiT1111Tll íiTITl mn lllllllllllllllllllliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Universidade. O retorno do primeiro caso é bastante significativo e do segundo é nulo. O anúncio em outras revistas é usado por 33,3% dos

para

promover

encarrega

da

geralme nt e

produção

na

O

UNISI,NOS.

Quando a e ditora

das revistas,

ela

contracapa , um anúnc i o das

Citamos

PUblica.

em

o periódico.

corno

retqr~o,

exemplo

nes~e

universitária

cuida outras

as editoras

editores

da

em

se

divulgar,

revistas PUC/RS

caso, não é muito expressivo,

que e

da

ten~q

vista que as revistas são especializadas quanto ao assunto

e

os usuários que lê·em seus fascículos não se interessam por outras áreas, a não ser que sejam correlatas. Da livros

mesma para

forma, quando a editora publica divulgar o

material publicado,

divulgação

das revistas que produz.

divulgação

dos

um

catálogo também

a

O retorno é maior porque

a

catálogos é para usuários

inclui

de

em

geral,

inclusive

àqueles que se interessam pelo assunto das revistas. notícias

As

em

boletins

informativos,

de

geralmente

associações profissionais ou de bibliotecas, embora utilizada apenas

22,2%

Ocorre

que

revista,

dos

casos, compensam

o

esforço

de

este material é lido por profissionais

preocupados com

em

divulgação. da

área

da

a atualização dos conhecimentos, junto

com outras notícias de seu inte resse. Como

além

das

as

revistas não indicaram outras formas

apresentadas, ficamos

impossibilitados

de de

promoção averiguar

outras formas de recursos informativos.

226

IITrfTTl 1f rrTJTIIIIIIIIIiilllllliTfTITIIIIIJTITTi111111illllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliill lllllllllllllllllllllllllllllll lllllllll lll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

relação à tiragem, as 54 revistas

Em grande

diferença entre elas.

300

o

e

maior

encontrada este

encontramos

impresso

~is

exemplares

publicados.

16

por

Em

pela

A tiragem de 4000 exemplares é dos Editora Científica Nacional e

de

tiragem

exemplares,

(29,6%).

revistas

foi

A

número d e 500 exemplares que é uti l izado

o

revistas (25,9%). PUblicados

4.000

apresentam

O menor número encontrado

maior freqüência foi de 1000

com

número

de

estudadas

sendo seguida

14

p or

periódicos

possuem

caráter

comercializável. Em vista desses resultados, agrupamos a tiragem das revistas

como se segue:

300 - 500 exemplares (pequena tiragem): 16 (29,6%) 501 - 1000 exemplares (média tiragem): 26 (48,1%) 1001 ou + exemplares (grande tiragem): 12 (22,2%)

a

Apresentando responsáveis

pela

tiragem

produção

tipos

por

das

de

universidades

revistas, obtivemos a seguinte

distribuição: TABELA 12

TIRAGEM DAS REVISTAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 N° revistas Uni v. Fed.

Univ. Est.

500 1000 ou

7 {53,8%)

6

3

5

4

13

24

17

+

Total

13 {54,1%)

3

TOTAL

Uni v. Part.

13 (76 4%) 1

16 26 12

29,6%) 48,1%) 22,2%)

54 (100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores De

acordo com os resultados

apresentados, v erificamos

que

227

1~l rrfTITTlllllTírrrlllTITnTI11111 rn lllllllllllllllllliilllllllllll 1llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

as maiores freqüências entre as universidades públicas estão

estaduais

no intervalo das publicaçoes com tiragem entre 501 e

exemplares

(53,8

%), o mesmo acontecendo com

particulares que publicam Nas

universidades

encontrada

foi

no

as

universidades

76,4 % de suas revistas neste

públicas intervalo

federais

a

maior

de publicação

1000

grupo.

freqüência

entre

300

a

500

exemplares, em 54,1 %dos casos. Assinalamos que nenhuma revista

pe~tencente

.a

universidades

particulares publica menos do que 500 exemplares, levando a que

universidades

nessas

as

revistas

crer melhor

possuem

distribuição. Do para

volume de exemplares impressos, uma quantia é

venda

local,

outra para doações,

permuta

e

destinada assinaturas

pagas. Algumas autores,

revistas

enquanto

recompensa

para

reservam

também exemplares para doar aos

outras imprimem e distribuem que

eles

façam

separatas

sua própria divulgação

como entre

os pares. O

número

de

separatas

e/ou

fascículos

destinados

aos

autores apresentam a seguinte distribuição:

Separatas:

Não distribuem separatas: 29 (53,7%) 1 - 24 separatas: 15 (27,8%) 25 ou + separatas: 10 (18,5%)

228

lTm ITííí~IITjl IITjlllTil nllllll llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Fascículos: Não distribuem fascículos: 22 (40,7%) 1 - 4 fascículos: 23 (42,6%) 5 ou+ fascículos: 9 (16,7%)

universitárias fascículos Isto

observar,

podemos

Como

editores

revistas

das

não são muito pródigos em forn e cer

separatas

aos autores que colaboram com a rtigos p a ra

se confirma pela

números

os

localização dos maiores

mais baixos de exemplares doados para

ou

publicar.

percentuais esta

nos

finalidade. I

No

entanto,

essas

quantidades nem sempre

é

Segundo os próprios editores, separatas

são

muito

rígidas.

melhor fornecer fascículos e/ou

extras para os autores do que ficar com esta

produção

sem uso. Para

apresentar

assinaturas tipos

pagas,

os

dados sobre

as

consideramos que também

doações, o

agrupamento

de universidades responsáveis pela produção

Poderia

apresentar

distribuição

serão

algumas tendências.

permutas

Assim, os

das

e por

revistas

dados

sobre

apresentados por tipos de universidades para

Possibilitar a análise. Doações Nacionais: TABELA 13

DOAÇÕES NACIONAIS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No revistas Univ. Fed.

Univ. Est.

Doações (exemplares)

o

1 16 (66,6%) 2 4

3 4 3 3

1 - 100 101 - 200 201 ou +

24

13

Univ. Part.

%

Total

5 (29 4%) 7 (41,2%) 2 3 1

16,7%) 50,0%) 13.0%) 20,4%)

9 27 7 11

54 (100,0%)

17

Fonte: Entrevista com os editores

229

ll~lTrlffillll-rr]Tirllll rrmr~mrn lllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

O maior número de doações situa-se no intervalos de 1 a exemplares, atingindo a metade das revistas (50,0%). encontramos

Em

as doações na faixa de 201 exemplares ou

20,4% dos casos e por último as doaçóes de 101 a 200

100

seguida

mais,

com

fascículos,

com percentual de 13,0% das revistas. Os

resultados

permitiram

não

do~ções

identificar se~s .

que

nove

revistas

a

entidades

Quando comparados por tipos de universidades, os

resultados

(16,7%)

fazem

de

fascíqulos

nacionais.

Permitem

dizer

que

o maior número de revistas

que

não

fazem

doações são as pertencentes às universidades particulares ( cinco casos

ou

apenas

29,4% de seu total), enquanto que

uma

revista

não

envia

seus

entre

exemplares

as

federais

para

outras

instituições brasileiras. As revistas das universidades públicas estaduais são igualmente

todos os extratos agrupados; a~

entre

doadas

revistas

das

universidades públicas federais doam, predominantemente, um baixo número

de

exemplares

fascículos

(66,6%),

produzidos, acontecendo

ou

seja,

o mesmo

com

entre as

1

e

100

particulares

(41, 2%) .

Assim, Pertencentes

as

tendências observadas indicam

que

às universidades particulares são mais

as

revistas

afeitas

doações e os periódicos das universidades públicas federais exemplares a um pequeno número de ~erificamos

instituições

às doam

nacionais.

também que os periódicos das universidades

públicas

230

lllll rrfTITTllTlTrm IIITrl flTITIIIIT]TIIIIIIII]IIIIIIIII rlllllllii]lllllllllllllllllll]lllllllll]llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

estaduais

não

apresentam

tendências

significativas

a

esses

respeito.

Doações ao Exterior:

TABELA 14 DOAÇÓES AO EXTERIOR, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 Doaçóes Estrangeiras (exemplares)

No revistas Uni v. Fed.

Uni v. Est.

o 1 - ' 10 11 - 50 51 ou +

4

7

1 3 5 (38,4%)

9

13

(37,5%)

3 3

Uni v. Part.

20 ( 37,0%) 15 ( 27,8%) 10 ( 18,5%) 9 ( 16,7%)

9 (52,9%) 5 2 1

54 (100,0%)

17

24

%

Total

Fonte: Entrevista com os editores Podemos ~e

não

perceber que o maior agrupamento é o

enviam

doações ao exterior (37,0%).

das

A

revistas

tendência

de

remessa apresenta uma ordem decrescente, ou seja, quanto maior número de doações ao exterior, menor o número as

realizam.

de

revistas

No entanto, as faixas de doações entre

exemplares

e

entre

51

ou

diferenças

significativas,

mais com

exemplares 18,5%

e

não

16,7%

11

o

que e

50

apresentam casos,

dos

respectivamente. Quando das ~e

analisadas por tipos de universidades,

universidades públicas estaduais são, realizam

outros

maior número de doações a

países

as

revistas

comparativamente,

as

entidades localizadas em

(38,4%), enquanto as revistas

das

universidades

Públicas federais apresentam uma tendência de baixo envio de seus

231

r]TIT1TITrTfTTT1TillT]lTfTf!TIT'!lllT(lT1 r11111111 n 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

exemplares ao exterior (29,1% não doam nada, e 37,5% doam entre 1 e 10 exemplares a outros países) . particulares serem

as

doadas

As

revistas das universidades

são as que menos são doadas ao exterior.

que

Além

recebem maiores percentuais entre as que não são

(52,9%),

também

as

que

apresentam

de são

ordem

uma

decrescente de doaçoes, ou s e ja, quanto ma ior o número de doaç oe s estrangeiras, menor o número de revistas que as realizam. Per.muta Nacional: TABELA 15

PERMUTAS NACIONAIS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993

Permutas (exemplares)

N° revistas Univ. Univ. Fed. Part.

Uni v. Est.

o

6 {46, 1%) 4 3

1 30 31 - 100 101 ou +

1 10 (41,6%) 10 (41, 6%) 3

13

Total

2 6 {35,3%) 3 6 (35,3%)

16,7%) 3 7, O%) 29,6%) 16,7%)

9 20 16 9

17

24

%

54 (100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores A

permuta

PUblicações

nacional,

produzidas

ou seja,

por

o

intercâmbio

instituições

com

nacionais

outras

obteve

os

resultados detalhados na Tabela 15. As

freqüências

totais apresentaram

nos agrupamentos que indicam a Permuta

intensa

os

mesmos

.resultados

não realização de permuta

e urna

com instituições nacionais, obtendo em ambos

o

ralar de 16,7% do total de periódicos. A

faixa mais comum de permutas nacionais é a

das

revistas

232 rrrlTr!lll1fíííí~lllllT1T~llllllll i iiiiiiii1TIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIlTf1 1111111111111111 1 em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

~e

usam

entre 1 e 30 exemplares para

instituições

brasileiras

exemplares que é

(37,0%)

e

manter a

intercâmbio

permuta

de

31

com

a

100

realizada por 29,6% dos periódicos estudados.

A distribuição dos dados mostra que as revistas pertencentes

l ãs

universidades públicas estaduais são as que, prcporcionalmente t

t

I

ao

seu

~e

indicam a não realização de permuta em 46,1% destas

! Esta

total,

Isto é

permutam menos.

observação

comprovado

é reforçada pelo fato de

que

pelos dados

não

revista.

encontramos

revistas com um número de permutas superior a 100 exemplares. Entre ~iores

as revistas das universidades públicas

freqüências ficaram nas faixas mais

ou 41,6%

nos

nas

baixas (10

dois extratos), enquanto que

universidades

federais,

os

revistas

periódicos

particulares localizaram o maior número

faixas de menor e maior permuta, com seis

as

de

revistas

das casos

(35,3%)

nos dois casos.

Os

dados apresentados permitem indicar que as revistas

Universidades Permutarem

públicas

estaduais

apresentam

uma

das

tendência

a

menos com as instituições nacionais, enquanto que

Pertencentes

às

federais

e

particulares

permutam

~redominância

destas últimas sobre as federais.

mais,

as com

233

11

em

1

2

3

rT"fTITilTrr]l riTrjTITlTJTITflTIIillllllll lllliiliillllilllllllllllllllilliillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllillllllllllllll 4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Permutas com o Exterior: TABELA 16 PERMUTAS COM O EXTERIOR, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No revistas

Permutas Estrang. (exemplares)

Uni v. Fed.

Univ. Est.

o

6 (46,1%) 1 3 5 (38, 4%)

1 15 16 - 100 101 ou +

3 13 (54,1%) 5 3

13

TÓTAL

Univ. Part.

Total

2 11 4 18 7 (41, 2%) 13 4 12

.

24

17

.

~

o

20,4%) 33,3%) 24,1%) 22,2%)

54 (lOO,O%)

Fonte: Entrevista com os editores As permutas com

o

apresentado

na Tabela 16.

observamos

que

Brasil

Em relação aos totais

revistas

não

conforme

agrupadas

apresentados,

permutam

entidades

com

Entre as que permutam, é maior o número

estrangeiras. realizam

onze

foram

exterior

menor

permuta

com instituições

localizadas

O número das que permutam mais

(33,3%).

é

das

que

fora

do

praticamente

idêntico nos intervalos de 16 - 100 e 101 ou mais (20,4% e 24,1%, respectivamente) . Analisando-se das

por

tipos

de

universidades,

as

revistas

universidades públicas estaduais são as que obtiveram

freqüência

na

encontramos estas

não realização de permuta, sendo que

seis casos (46,1%).

revistas,

também,

as

É

que

entre

interessante notar realizam

maior

maior elas

que

são

permuta

com

entidades estrangeiras (38,4%). As revistas das universidades públicas federais realizam número

baixo

de

intercâmbio com

instituições

localizadas

um em

234

TíííífTTillllll"fiT~mT!llll llllllllllll rn lllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

outros

países, sendo que na faixa de permuta entre um

exemplares também em

apresentam

54,1% de seus

casos.

Podemos

que as revistas das universidades particulares

sua maioria, uma permuta média, com 41,2% dos casos

a

quinze observar

realizam, situados

nesta faixa.

Assinaturas Pagas Nacionais:

. TABELA, 17 ASSINATURAS PAGAS NACIONAIS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No revistas

Assinaturas Nacionais (exemplares)

I

Univ. Est.

o

Uni v. Fed.

7 {53,8%) 3 3

1 - 100 101 ou +

14 {58,3%) 2 8

13

TOTAL

Uni v. Part.

Total

3 24 7 {41,2%) 12 7 {41,2%) 18

24

17

g.. o

44 1 4%) 22,2%) 33,3%)

54 {100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores Tabela

A

indica

17

que

o

maior

número

de

revistas

1 universitárias encontra-se no extrato das não assinadas

{44,4%).

Com

revistas

isso,

podemos

dizer

que

quase

metade

das

Universitárias não são distribuidas através de assinaturas pagas, em âmbito nacional, servindo a outras

formas de circulação

como

as doações e permutas.

Entre ~ iores

as são distribuídas através de assinaturas pagas,

percentuais estão situados em revistas que são

~or um grande número de pessoas e/ou instituições em

(3 3,3%), ~om

e só por último encontramos o

intervalo

os

assinadas nosso

país

intermediário

22, 2% dos casos.

235

il ll lrl IIJIII IJ IIIIJIIII J IIIIJIIII JI em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

De acordo com a tipologia das universidades, as revistas que menos

circulam através de assinaturas são as estaduais

públicas

(53,8%

sobre

universidades públicas federais as

seu

das

universidades

total),

(58,3%).

das

as

e

Com isso, inferimos que

revistas da universidades públicas são menos afeitas

a

este

revistas das universidades particulares são as que

mais

tipo d e di s tribuiç ã o. As vendem sendo

suas' àssinaturas a instituições e/ou pessoas que

não

apresentam diferenças entre

assinaturas que realizam. g...

41,2

apresentam

Brasil,

quantidades

de

Isto é comprovado pelo percentuais que

tanto para revistas

o

as

no

que

possuem

até

100

assinantes como para números maiores.

Assinaturas Pagas por Pessoas/Entidades Estrangeiras:

TABELA 18

ASSINATURAS PAGAS POR PESSOAS/ENTIDADES ESTRANGEIRAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 Assinaturas Estrangeiras (exemplares)

No revistas Uni v. Fed.

Uni v. Est.

o 1 - 9 10 ou + TOTAL

Univ. Part.

Total

10 {76,9%) 2 1

17 {70,4%) 5 2

10 {58, 8%) 37 6 {35,3%) 13 1 4

13

24

17

%

68,5%) 24,1%) 7,4%)

54 (100,0%)

Fonte: Entrevista com os editores os revistas

resultados

da pesquisa mostram que a

universitárias

não

são

assinadas

maior por

parte

pessoas

das e/ou

entidades de outros países (68,5%). 236

lllll ii JIIIIIIIII JIIIIJl lllll 1IIIII IIJ IIIIIIIII JIIIIIIIII JII rr em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Entre

aquelas

revistas

que

são

assinadas,

24,1%

estão

comprometidas com um baixo número de assinantes e apenas 7,4% dos periódicos

universitários são pagos por mais de 10 pessoas

e/ou

entidades estrangeiras. Conside r a ndo mais

é

Públicas

os

a grupamen tos po r

significativo estadua~~

e

o número de

fede~ais

tipos

revistas

de un i ve rsida d e s, das

universidades

que não possuem nenhuma

as~inatura

estrangeira {76,9% e 70,4%, respectivamente), do que das revistas das

universidades

particulares

que

situam

estes

percentuais

sa, 8%. São

também as revistas das universidades

particulares

que

Possuem maior número de assinantes estrangeiros no extrato de

a nove exemplares, representando 35,3% de seu total. Observaçóes, podemos de

revistas

inferir

que

Com

um

essas

há maior tendência deste tipo

serem adquiridas através de assinaturas

pagas

por

entidades estrangeiras. Vendas Avulsas: TABELA 19

VENDAS AVULSAS, POR TIPOS DE UNIVERSIDADES 1992/1993 No revistas

Univ. Fed.

Univ. Est.

Vendas (exemplares)

o

2 2 9 {69,2%)

1 - 99 lO O ou + TOTAL

13

Uni v. Part.

Total

8 {33,3%) 5 11 {45,8%)

15 (88, 2%) 35

24

17

1

11

1

8

%

20,4%) 14,8%) 64,8%)

54 {100, O%)

Fonte: Entrevista com os editores 237

1 nrnr1ln rrrmlllT1llTnl lrrr~m lllllTI IIIIIIIII I IIII I IIIIiilllll l ll 1llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliilllllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Do avulsos local,

total da tiragem, algumas revistas para

reservam

serem vendidos através de postos

situados

na

própria

de

exemplares

distribuição

unidade, na editora

ou

em

outro

local da Universidade, b e m como num posto comercial ou livraria. De

a cordo com os d ados apresentados , verificamos

revistas

(20,4%)

não

exercem

a prática

fascículos entre as foJ;m,as de diptribuição. significativo

o

número de

da

que

venda

on z e

avulsa

de

Em contrapartida, . é

revistas que destinam

100

ou

mais

exemplares para esta finalidade (64,8%). A

análise

revistas

das

por

tipos de universidades indica

universidades

públicas

federais

que

as

são

que

as

menos

utilizam o tipo de distribuição por vendas de números avulsos.

O

número de casos corresponde a 33,3% do total dessas revistas. Ao tipo

mesmo tempo que isso acontece, as revistas

de

universidade

destinam

para

de

qualquer

venda um grande número de

exemplares (100 ou mais), alcançando os percentuais de 88,2% periódicos

das universidades particulares,

69,2%

das

nos

públicas

estaduais e 45,8% das públicas federais. Mesmo

que

esses números não assegurem

que

os

fascículos

sejam vendidos, os resultados indicam uma tendência para a l ocal

uma

por um grande número de revistas, sendo o consumo função

importante

a

ser

perseguida

pelas

venda interno

revistas

universitárias . Convém salientar que as quantidades acima indicadas não

são

238

n

em

1

2

3

IIIIIIIII J II I~ IIIIJIIIIIIIII JIII IJI lTmlllll lJIIIIIIIII JIIIIIIII ITII 4 5 6 7 8 9 10

r 11

12

13

14

15

16

17

18

19

de

todo fixas,

conforme observado pelos próprios

indicados

valores

No

destinação.

correspondem

apenas

a

uma

caso de serem vendidos todos

os

editores.

Os

previsão

de

exemplares

e

havendo disponibilidade, os fascículos para venda são repostos. A reserva técnica prevista fica geralmente situada entre dez

e

cinqüe nta

fascículos,

sendo

a

mais

fre qüente

a

30

de

exemplares, em 51,8% dos casos.

Distribuição geográfica:

o conjunto de distribuição através de assinaturas, doaçóes e Permutas

foi calculado em relação à distribuição

apresentam, sendo dispostos

pelos

geográfica

que

seguintes locais:

América Latina (exceto Brasil, mas incluíndo todos os países de fala espanhola); América do Norte (incluíndo Canadá e Estados Unidos); Europa; Outros ( incluíndo África e Ásia) Procuramos dividir os extratos para todos os locais em

três

categorias a fim de possibilitar uma análise mais homogênea. América Latina:

7 revistas (13,0%) Não enviam: 1 - 50 exemplares: 34 revistas (63,0%) 51 ou + exemplares: 13 revistas (24,1%) América do Norte:

11 revistas (20,4%) Não e nviam: 1 - 50 e xemplares: 37 revistas (68,5%) 6 revistas (11,1%) 51 ou + exemplares:

239 Jlllllli ll JI IIT)l illJ il liiiiii JII II nlilTnTfllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Europa:

12 revistas (22 2%-) Não enviam: 1 - 50 exemplares: 32 revistas (59,3%-) 51 ou + exemplares: 10 revistas (18,5%-) 1

Outros Continentes:

27 revistas (50,0%-) Não enviam: 1 - 50 exemplares: 25 revistas (46,3%) 2 r evist as ( 3 , 7%) 51 ou + e x e mplare s: De acordo com os dados apresentados, verificamos que são

' países.

enviadas para outros

muitas

revistas

não

revistas

não precisam ser necessariamente as mesmas, existe

Embora

tendência que varia entre treze a 50% das revistas não a outras áreas geográficas além do Brasil.

essas uma

atingirem

Entre os locais

não

atingidos, na América Latina este valor correspondem a 13,0 %total das revistas, na América do Norte a 20,4%-, na Europa

do

22,2%-

e a outros Continentes a 50, O%. Os

percentuais

correspondem

a

situados

24,1%-

a

50

exemplares,

na América Latina, 11,1%-

na

América

Norte, 18,5%- na Europa e

na faixa de 1

a apenas 3,7%- em

do

outros Continentes.

240

"]l lllJlll lJllll Jll llJIII rlll llJllll lllllJllll JllllJI II IJI em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

5

RETOMANDO O MODELO

Compete-nos, nesta fase do trabalho, analisar os obtidos aos t

através

da coleta

objetivos, t

às

de

dados, orientando-os em

hipóteses e ao modelo

I

informação Os

resultados

de

relação

transferência

de

t

científica e técnica que estabelecemos.

objetivos

apontam

para

a

identificação

das·

várias

políticas orientadas para a produção das revistas universitárias. Destacamos ciência,

as

que são implementadas pelos órgãos de

pelas

próprias

universidades

fomento

publicadoras

à

pelas

e

unidades onde as revistas são publicadas. Entre

os

é

revistas,

nacionais de incentivo à

programas curioso

universitárias

notar que apenas três

estudadas

pertencem

Revistas Científicas do CNPQ/FINEP. menos área

54

das

Programa

do

conhecimento.

mínimo,

Assim

de

Apoio

existência

de

a

Este Programa visa apoiar ao

sendo, a

falta

de

um

de revistas universitárias neste Programa a

de

revistas

uma revista brasileira de qualidade internacional em

significativo no

ao

produção

revistas

de

melhor

cada

número indica,

qualidade.

científica e técnica sendo publicadas fora das universidades. revistas

qualificadas

pelo

Programa

são a

Mblica e a Revista de Odontologia da USP e e Crítica da UNB.

Revista

da

As

Saúde

Psicologia: Reflexão

Para elas, no entanto, os atrasos na liberação

de verbas são problemas que interferem na publicação regular

das

241

111111111111111111111111111 111 11mrTn1flT1 TJTI~ lllllll llllll l lTIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

obrigando à utilização de recursos provenientes

publicaçóes,

de

outras fontes para que não ocorram atrasos. Cientes

desses

obstáculos, os

Encontros

Revistas

Científicas

Editores

Científicos alertam para o problema.

de

promovidos pela Associação

Editores

de

Brasileira

de

Consideram que

burocracia, a falta de verbas e de pontualidade na liberação recursos

dos

estão ocasionando atrasos nas publicaçóes, bem como

comprometimento na credibilidade das revistas junto à

a

um

comunidade

científica brasileira e estrangeira. Outro

programa

é

estudadas Subprograma

o de

da

que apoia uma das CAPES/PADCT,

Educação

para a

que

revista

ciência

de

Programa.

universitárias

financia

Ciência

Catarinense do Ensino de Física da UFSC. da

revistas

o

através

periódico

Sua

e 2° graus, inclusão

sendo permitiu

totalmente que

Caderno

O critério para seleção

deve-se ao fato de ser dirigida para o 1°

do

a

ensino

financiada

da pelo

periodicidade

da

PUblicação fosse mantida, ocorrendo pequenos atrasos na liberação da verba. Entre as fundações estaduais de amparo à pesquisa, a

é a única que chega a apoiar algumas das revistas estudadas, revistas Pelo do

publicadas apoiadas têm

programa. corpo

passar

Para

por critérios

editorial,

a

idoneidade

do

órgão

e importância do periódico na área 242

isto,

as

estabelecidos

Entre estes critérios, a qualidade dos

distribuição alcançada, a indexação por serviços

a tradição

universitárias

no Estado de São Paulo. que

FAPESP

artigos,

publicador,

a

bibliográficos, de

conhecimento

fizeram

com

que

revistas como a Revista de

de

Saúde

Pública

(também financiada pelo programa do CNPq/FINEP) e de Antropologia da

USP e Cadernos de História e Filosofia da Ciência da

UNICAMP

fossem incorporadas na relação dos periódicos relevantes apoiados Pela

l iberaç ã o ~e

Este

instituição.

programa

é

um

pouco

mais

d e v e rbas do que os p rog ramas nac i onais ,

as revistas por ele financiadas não atrasem

a publicação, ,e

que qs valores solicitados

ágil

f a z endo

na com

substancialmente so~ram

não

com

a

corrosão da moeda. Com

a falta de apoio a um número significativo de

revistas

universitárias, as instituições de ensino superior que querem ter seus

periódicos

publicados

com

regularidade

estabeleceram

POlíticas e programas com seus próprios recursos para

I a publicação das revistas. elemento

indicativo

I instituição oferecem

do

viabilizar

A existência de tais programas é

valor dado à

c1encia

no

um

interior

e os critérios impostos para julgamento das

parâmetros para sua aceitação, influenciando

da

revistas de

forma

das

doze

definitiva seu desenvolvimento. De

acordo

com

o levantamento

realizado,

sete

universidades estudadas possuem uma política explícita para

a

produção de suas revistas.

~G,

PUC/CAMP, Entre

as

PUC/RS

num

UFPR,

UFSC,

UNISINOS.

universidades

consubstanciaram revistas.

e

São elas: USP,

orientada

citadas, a USP, a UFPR

programa

institucional

o

e

a

UFSC

apoio

a

suas

Todos possuem critérios definidos a serem

Para cons e guir financiamento.

observados

Esses critérios pretendem elevar a 243

JIIIIIIIII JIIIITí ll iJIIIIIIIII JIIII Illl lTIII IJIII IJ IIIIIIIII JIIII IIIII JI em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

-,o;---

qualidade

das

-------=------ ·

-

revistas.

----~

Os três programas preocupam-se

com

a

estrutura editorial, recomendando que haja um editor responsável, uma comissão editorial composta por professores da universidade e um corpo de árbitros, preferencialmente externos. Outra preocupação é com r e laç ã o à pe riodici dade .

Enq uan to a

Usp considera este item como indicador do grau de di sseminaçã o da revista,

programas

os

da

UFPR

e

da

UFSC

a

determinam

periodicidade com que a revista deve ser publicada {anual na UFPR

I e anual ou semestral na UFSC) . Entre os citados, o programas da USP é o mais Esta

diferenciado.

universidade estabeleceu critérios e avalia as revistas

em

função deles, respeitando a individualidade da revista em relação a itens como tiragem, formato e padrão gráfico. a

qualidade

de conte:údo, a necessidade de

Contudo ressalta

colaboração

externa

tanto de autores quanto de árbitros, a indexação e penetração

da

revista como itens a serem examinados para credenciamento. Os

programas da UFPR e da UFSC são mais preocupados com

os

aspectos de custo, distribuição e padrão gráfico, ou seja, com revista como produto comercializável, tornando-se mais

a

diretivos

e interferindo inclusive na periodicidade das revistas. Para com

implantação da política editorial das universidades -

exceção da USP e da PUC/CAMP -

participam gráficas apenas

do

processo

de

universitárias

as

editoras

editoração

sempre

dos

fazem a

universitárias

As

periódicos.

impressão,

sendo

o programa da USP permite impressões feitas por

que

gráficas

244 l1l li11J IIIIIIIII JII em

1

2

3

4

5

6

1

IJI

rnT 7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

-

-

-.

-

--



r~

...&-

comerciais e/ou das próprias unidades. universitárias

editoras

As

gerenciamento do programa. as

estabelecem

que

quase

sempre

assumem

o

Embora em muitos casos não sejam elas

diretrizes

a

serem

seguidas

para

o

credenciamento das revistas - como na UFPR, na UFSC e na URG - os padróe s

gráficos, a periodic i d ade e a ti ragem

são

de t ermi nados

com a orientação dos diretores desses órgãos. I

Nos

casos

em

que

a

editora

perceptível uma preocupação

do

processo,

das

assumidos

pelas editoras da UFSC, PUC/RS e UNISINOS, nas

Enquanto os custos de

publicação

são

demais

unidades universitárias são responsáveis por cobrir parte

orçamento.

Com

necessárias

através

externas,

ou

isto,

da

os

do

é

constante com o aspecto financeiro e

comercial

as

revistas.

participa

editores

auxílio

tentam

de

suprir

instituições

inclusão da revista no

as

verbas empresas

e

orçamento

do

da

própria

unidade. Quando Programas

as editoras universitárias são comprometidas com de

apoio às publicações periódicas, as e

Planejadas

produzidas

conforme

os

padrões

revistas dos

são

produtos

Elas são oferecidas através de assinaturas

comercializáveis.

os

a

seu público - alvo, sendo que na UFSC há, inclusive, a determinação de que as assinaturas devem ser de 30% da tiragem. os

editores

ainda

não

das revistas desta foi

estabelecida

e

atingido os

universidade,

por nenhuma delas,

esforços

estão

sendo

De acordo com

esse mas



dirigidos

percentual uma

meta

para

seu

atingimento.

245

Ti!ll llJ IIIIIIIII JII IIJilTTfll illli llJ IIIIIIIII JIIIIIIIII JII em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Nas

universidades

integral

particulares

há,

em

geral,

para a publicação das revistas, quer seja

suas

editoras,

como

sua

gráfica,

como

universitárias

na PUC/RS e na na

UNISINOS,

PUC/CAMP.

um

através

ou

Enquanto

apoio das

através

da

as

unidades

publicadoras empenham-se em relação à

qualidade

científica dos periódicos, as editoras e/ou gráficas se preocupam com

o aspecto comercial do veículo. dada

importância

Isto se revela

distribuição,

à

através

através

de

da

assinaturas, t

intercâmbio

e

vendas

avulsas,

como

retorno

ao

I

investimento

realizado. Em

contrapartida, observamos que nas instituições de ensino

superior

que

PUblicação dispõem

não

de

possuem programas

suas

de

revistas, as

infra-estrutura

regularidade

editoras

adequada

de

auxílio

universitárias

para

cumprir

reconhecerem

a

com

a

UNB,

Os dirigentes das editoras, a despeito de

importância das revistas para a

divulgação

da pesquisa produzida e como veículos de

de idéias, alegam que a falta de recursos humanos

e financeiros

à não

exigida por este tipo de publicação (UNICAMP,

UFRJ, PUC/SP e UFRGS).

resultados

explícitos

suficientes

impedem que as

dos

intercâmbio

especializados

editoras

assumam

o

compromisso de periodicidade requerido pelas publicações. Entre

as

PUblicação

universiades

que não possuem

um

programa

para

de suas revistas, é preciso destacar a PUC/SP que

organizou

um plano relativo ao assunto, em anos

anteriores.

já O

Programa não chegou a ser implantado devido à mudança de

direção

na

retomar

editora.

Há, no entanto, uma vontade política

suas diretrizes,

de

uma vez que essa falta ocasionou muitos atrasos 246

TnlTITííífflTTITllTfTl rrrnmrmllTllllTfTITITI lllllllllllllllllllllllllllliillllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllllllll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

.

-

'

---

e

-

-

.

,.,.....,. ,

...

--:--

-

-~.-

_.....

encerramento da publicação de algumas revistas.

0

pela

primeira

vez

na sua história, está

para

A

UFRGS,

implementar

um

programa visando auxiliar a editoração de suas publicaçoes por um período

de, no mínimo, dois anos.

A

expectativa é de que,

após

este prazo, as revistas sejam financiadas pelas assinaturas pagas e/ou obtenham outro tipo de retorno qu e justifique a p u blicaç ã o e 0

investimento feito. podemos e.ntão, afirmar que,

~n.tre

as upi versidades que

foram

objeto deste estudo há uma intenção quase generalizada no sentido de

apoiar

a

publicação de seus periódicos.

programas

de

com

diretrizes

e

O

critérios

estabelecimento que

norteadores

transcendam o caráter temporário das direções universitárias, tem se firmado como forma mais adequada de revistas.

publicação

à

das

A predominância dos programas, no entanto, depende

inserção

sua

apoio

no orçamento anual da universidades,

provisionamento

de verbas regulares manterá o

pois

caráter

o

da não

precário

que tem caracterizado a publicação das revistas. 0

estabelecimento

de tais programas,

devemos

dizer,

não

. e as unidades universitárias da responsabilidade em uma parte

exl-tn

da

importante

editoração de

~inação

deteJ-••·

·n;strativo

que

adml- -'-

adminis t

rar

~tisadas p es~-

as

revistas.

infra-estrutura

dê em

melhores

publicaçoes.

de

condições

Neste

Cabe

a

local ao

aspecto,

elas

a

pessoal

e

para

editor as

revistas

mostraram nem sempre contar com recursos suficientes. sala própria,

de

falta

uma

das

equipamentos

e

funcionários

foram

observados pelo entrevistador e citado pelos editores aspectoS alguns dos entraves que interferem na publicação regular das como 247

111!11

em

1

2

3

4

5

6

7

ITll

I IIJI IIIJIIII J IIIIJIIII J I

8

9

10

rT 11

12

13

14

15

16

17

18

19

-

--

-c;;-

_____

--

--

_7:

---,-.-- ....

...,.........-,~~--

revistas universitárias. Ainda em relação à infra-estrutura, convém lembrar que entre as 54 revistas estudadas apenas treze editores (24,1%) consideram nada

faltar

casos,

para que as revistas sejam

editadas.

Nos

a falta de uma política interna que prioriz e as

demais r e vist a s

nas unidade s universit á ri as d i f i cu l t am sobremaneira o trabalho do editor. Para

Verificamos

que 31 revistas não possuem

ad~inistração

sua

~ .

19

~ditares

equipamentos

de informática entre os recursos

agilizar

trabalhos.

os

editores

não

Além disso, em

possuem

funcionários

sala

própria

disseram

.f altar

necessários

quatorze

próprios

e

para

unidades

os

em

os

18

funcionários são compartilhados com outros setores. Mesmo

assim,

o uso de estagiários para realizar trabalhos rotineiros e iniciálos

nos trâmites da divulgação científica é reduzido.

significativo Pessoal Prova

o

número de editores que apontam

especializado e a diagramação.

mencionadas ~nter

para realizar a revisão

a

ausência

de

lingúÍstica,

de

Juntando essas observações às

anteriormente,

vemos que fica

difícil

um padrão de qualidade para as publicações.

mostraram liberado

que

também

É

carências atingir

As

quando tais recursos são oferecidos, o

de uma parte significativa de trabalho,

exceções editor

podendo

científica

é

atuar

melhor dentro de suas verdadeiras funções de coordenação geral Principalmente

ou

e

dos periódicos.

Apesar de que não podermos generalizar a observação, notamos

um certo

descaso

necessários

para

significativo

interno na a

publicação

unidades

de

concessão das

de

recursos

revistas

universitárias

mínimos

em

visitadas,

número conforme

248

em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

-

~ - -~ ----_ ~ . ~ ~ -< ~ ~---

-

-

-

comprovado pelas colocações acima. deixar

podemos

Não

de

registrar

que

em

todas

as

universidades e unidades pesquisadas, a qualidade das revistas um

objetivo

buscado

estabelecidos,

critérios

publicações,

a

ind icaçlores

a

padronização

mais constantes.. ao

relação

em

qualida d e

á rbit ros ,

dos

especialmente

I seguir,

com muita persistência.

a e

do

Pois,

indexação

os

e ditorial,

corpo

periodi cidade a

entre

das

r egul ar

estão

entre

os

Estes crité:r:;-ips serão , abordados

conjunto

das

revistas

é

a

universitárias

estudadas. A estrutura editorial dos periódicos pesquisados formas

diferenciadas de organização.

inclusão

de

um

A mais comum

editor , uma comissão editorial

apresentou consiste

e

um

na

conselho

consultivo fixo ou "ad hoc". É

todas

preciso salientar que em 16,7% dos casos, o as decisões científicas e administrativas

auxiliado

uma

sozinho,

apenas por um grupo de árbitos estáveis

Para avaliação dos trabalhos.

que individualmente publica a

Quando

existe

uma comissão editorial - e

composição

unidade

própria

Professores/pesquisadores facilita

a

sendo

eventuais sim

revista. isto

grande . maioria dos casos - ela é prioritariamente da

ou

toma

Não há uma equipe editorial e

pessoa

Professores

editor

ocorre

na

composta

publicadora

de

ou

e funcionários da universidade. reunião entre eles, fazendo

por

com

Esta que

a

comunicação ocorra com maior facilidade.

249 Jlllllll llJ IIl lll lllJ IIIIIIIII Jiii ljTIII lmTJlllll iiii JIIII JIIIIJ IIII JIN em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Convém

lembrar

assessoramento escolha serem

dos

ao

que cabe à comissão editorial a editor

na parte

científica,

árbitros e na decisão final sobre

publicados.

Além disso, esta comissão

os deve

função

de

auxiliando

na

trabalhos

a

se preocupar

com a parte de orçamento e custos, bem como com o aspecto gráfico e de

apresentação

da

revista.

Contudo,

entre

as

rev i s tas

estudadas foi encontrado um número significativo de comissóes que realizam tarefas

tarefas

pertinentes à sua

' encontradas:

foram

lingüística

não

avaliação

função. dos

trabalhos,

e de prova, padronização, bem como a

promoção, entre outras.

Entre

estas revisão

realização

da

Esses resultados reforçam a falta de uma

equipe editorial multidisciplinar e especializada para atuar

nas

revistas universitárias. A

falta de revisores lingüísticos que corrijam o

português

e os resumos em outras línguas, de

aplicação

Para

Planejadores vezes

de

padrões

aceitáveis

pessoal

pela

texto

preparado de

e

ciência

gráficos faz com que esses trabalhos

em

sejam

muitas

executados pela comissão editorial ou pelos editores,

que

tealizam estas atividades de forma amadorística. Cabe

aqui

algumas

observações referentes ao

editor

e

à

comissão editorial que nos parecem relevantes aos objetivos deste trabalho.

Vimos que o processo de editoração é complexo e

a realização

de tarefas variadas, para as quais o

exige

trabalho

de

equipe é fundamental. No entanto, nas revistas estudadas - e não temos dúvida as observaçóes são passíveis de generalização -

que

os editores

são

250 Jlllllll liJIII Il llll JI IIIJIIII JII J"ffl nrrrTfllllll JI IIIIIIII JIIIIIIIII Jill em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

universitárias editorial

para

chave

participantes

os

brasileiras,

especializada

a

produção

das

suprindo a ausência de

com

um

trabalho

revistas uma

pessoal

equipe

abnegado

e

desgastante. Apesar de altamente titulados e de já teram atingido um

alto

grau na carreira docente, a grande

prática

na

têm

função pois 63% deles são editores a menos

Isto

anos.

maioria

atividades

não para

os impede de realizar

um

pouca

de

três

variado

número

de

as quais não foram preparados e que

exigem

um

tempo m~ito gran'de para sua execução, afastando-os do 'trabalho da docência

e

da pesquisa.

administrativos,

Entre estes

trabalhos

destacamos

os de preparo técnico das revistas,

lingüística

e

Providências

junto à gráfica, o acompanhamento da

Promoção,

distribuição,

a

negociação

de

/ satisfação

de

provas,

verbas.

pessoal

e

a

o

solicitação

controle

de

das

a

revisão as

trabalhos, impressão,

assinaturas

e

A recompensa para tudo isto é

apenas

o

fora

reconhecimento

dentro

ou

os

a a a

da

instituição e nunca financeiro.

especialistas

dar

editorial,

muitas

incluem

vezes

brasileiros ou mesmo estrangeiros visando

apenas

maior prestígio à revista, mas tal composição não se

Produtiva, Pela

comissão

à

Quanto

uma vez que a consulta a esses membros é

distância.

Procedimento

de

institucional PUblicados



no

escolha

caso da de

composição

especialistas

dos de

dificultada árbitros,

variada

é desejável, uma vez que o conteúdo dos

seria

avaliado

por

pesquisadores

mostra

de

o

origem

trabalhos outras

instituições universitárias ou de pesquisa. Assim,

um dos fatores positivos encontrados

pela

pesquisa

251

em

1

2

11m 3 rfTn-TjTII 4 rrn II 5II II IJII III6III IIII III''' 7 IJI IIIII''''''''I''''IIIIII'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''''I'''''''' 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

foi

a

constatação

estudadas

de

realizam

publicação.

que

a

todas

avaliação

as dos

revistas

universitárias

originais

antes

da

sua

Esta tarefa é realizada por pessoas que opinam sobre

o trabalho, a fim de conferir legitimidade à revista. O processo, contudo, nem sempre é realizado da melhor forma. Comumen t e os

sobre

~e

24,1%

pode

às

GO~ON

p ara

revistas

da r

(1983) e ,O,'CONNOR . (1978).

dos periódicos utilizam apenas um parecerista, um risco para a

qualidade

científica

Isto é especialmente significativo quando

são

professores

universidade Processo

faz

da

(indicações

avaliativo,

Professores

p are c e r

universitárias,

própria

unidade

e

não excludentes).

embora seja mesclada com a

da

editorial, mesma

da

22%

Esta

o

constatamos

60% dos árbitros são membros da própria comissão

52%

nos

submetidos

às indicações de

significar

revista. ~e

utiliz ados d ois á r bitros

trabalhos

corr~spondendo

Porém,

são

endogenia

do

utilização

de

e pesquisadores de outras instituições

brasileiras,

suspeitar que o processo de avaliação é um

dos

pontos

frágeis das revistas universitárias. Acrescentamos aos critérios

de

levantada . área

dados acima os resultados

escolha

Embora

dos árbitros

que

reforçam

para 88,8% das revistas a

do artigo é o crit é rio mais

relativos a

aos

suspeita

especialização

relevante para a

seleção

na do

avaliador, a experiência e a titulação foram citados em 55,5% dos casos. Por

Se o primeiro critério concorda com aqueles

LINDSEY

o

(1978),

segundo, além

de

não

apresentados

concordar

pode

j ustificar a endogenia da escolha, pois a experiência em publicar e

a

titulação podem ser encontradas na própria

unidade

ou

na

252 fliiiiiiii JIIIT]TII lJ II IIIIIII JIi i 11 m~rl liiiiii JI IIIIIIII J IIIIIIII I em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

universidade.

Já a representatividade na área - conforme

sugere

o autor - é mais difícil de encontrar entre os pares internos. Outro diz

aspecto a ser salientado na avaliação

respeito ao anonimato.

dos

trabalhos

De acordo com a sugestão

de

GORDON

I (1983), para que os árbitros fiquem mais livres p a ra expressar Isuas críticas nec e ssário que nao se j am identi fic a d o s. Os é

resultados não

~

obtidos pela pesquisa mostram que

unânime nas ,revistas .universitárias

procedimento

estudadas,

I porém um percentual significativo (72,2%). autor,

este

Já o

igualmente · importante para uma avaliação

atingindo .

anonimato só

isenta,

Preservado

em 38,8% dos casos, podendo interferir na opinião

avaliador,

especialmente quando

à

os autores pertencem

do

é do

mesma

instituição do árbitro.

o

tempo

decorrido no processo de

avaliação

das

revistas

universitárias estudadas, os resultados encontrados apontam

para

um período médio de 4,9 semanas, sendo que o tempo mais comumente !encontrado foi o de quatro semanas.

Este prazo não se

distancia

muito daquele

apontado por O'CONNOR (1978) que é de duas a

semanas.

podemos desconsiderar, porém, que

Não

para

chegar

média foram encontrados prazos mínimos de duas semanas e de

doze

autor,

semanas. o

Enquanto o mínimo corresponde à

máximo excede sobremaneira o período

três

à

máximos

sugestão

do Esta

indicado.

demora foi identificada como a causa mais significativa de atraso em 27,8% das publicações. Os prazos para realizar outras são

igualmente

longos, sendo que a fase mais demorada é

i mpressão, levando em torno de gráfico

seja

concluído.

Com

etapas a

de

cinco semanas para que o trabalho isso,

as

semestrais

revistas

253 fl iiiiiiii J II II J III I J IIIIIIIII J IIII Jl llTirrTJllll~ IIII JIIII JIII IJII IIJI em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

··-

,.

demoram,

em

envolvendo inúmeras

média, mais de seis meses

neste

período

tarefas.

Este

para

o editor e a

serem

comissão

produzidas,

editorial

tempo é distante daquele

que

em

PAGE

e

outros (1987) prevêem, situado entre dez e dezoito semanas. O dado

número de trabalhos subme tidos à avaliação

significativo,

indic a ndo que

as

revis ta s

evidencia

unive rsitárias

estudadas recebem, em geral, um peque no número de originais

IPUblicação.

E:;;t.e

númerp não excede a 20

trabalhos

para

anuais

146,3% dos casos e a 40 artigos em 33,3% das revistas. pressupóe-se

um

em

Com

isso,

que a avaliação não possa ser muito rigorosa,

caso

contrário não haverá trabalhos para serem publicados. Além disso,

lem

12,9%

dos

a falta de artigos é

casos

tão

grave

que

foi

apontada como o motivo principal de atraso na publicação. A

suposição

~anto

ao

indicaram menor de

acima

percentual que

é reforçada de

pelos

trabalhos

resultados

rejeitados.

do que 15 % do total de trabalhos recebidos. 16

e

30%

na

faixa

encontrados 23 casos. Com isso, as taxas de aceitação são

sempre

nas revistas pesquisadas.

dos

E

é

foram

altas

entre

rejeição

trabalhos

~ito

situada

números

Os

em 51,9 %dos casos, o percentual de

rejeição

obtidos

Quando

comparadas

por

t ipos de universidades, as revistas pertencentes às universidades Públicas

federais

e particulares mostraram uma

tendência

mais

Permissiva na avaliação dos trabalhos. Os ~ is

dados acima praticamente confirmam o que

dizer

artigos

ao afirmar que há pouco controle

publicados pelos periódicos nacionais.

CASTRO

de

(1985)

qualidade

dos

Nossas

revistas

14

16

254

fiiiiiiiii JII ITjllll JIIIIIIIII JIIII IIllTIrrflllllT1 1 111 1 1111 J IIII I II l~ IIT em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

15

17

18

19

acabam

publicando a bem dizer

escrever.

tudo que os professores chegam

Isto, segundo o autor, é válido para qualquer área

conhecimento,

e nos parece especialmente oportuno em relação

a do às

revistas universitárias.

o baixo número de trabalhos submetidos à

avaliação

parece

indicar uma contradição ao considerarmos o grande contingente professores

~truam

integral titulação

nas

universidades

pesquisadas:

em

tempo

14. f80 professores nas doze universidade,s,

constatamos

mestres. para

atuando

a existência de 8.718

si só estes dados atestam uma

·Por

doutores boa

e

e

em

6.922

qualificação

a pesquisa, permitindo supor que não deveria ser por

falta

de bons originais que as revistas deixariam de ter qualidade. estes

professores produzissem artigos em número suficiente um

Permitir

criterioso

Universitárias

trabalho

de

seleção,

de

Se para

revistas

as

poderiam ter maior aceitação e com isso

melhorar

sua distribuição. Considerando

o alcance geográfico de sua

distribuição,

as

revistas institucionais mostraram ser veículos de divulgação e de consumo

interno da ciência produzida nas

apesar

de serem poucos os periódicos que não são

outros

países,

o

número

de

Pois,

universidades.

exemplares

enviados

é

remetidos

para sempre

testrito. A circulação em qualquer das suas formas - doação, permuta e assinaturas pagas - mostra ser outro ponto crítico do processo de Produção das revistas universitárias. Examinando

as

doações verificadas em âmbito

nacional,

os

255

fTIIIvmrrmlllTrfTITTllllTJTrr~wrrr ITrl lllllllll lllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllliillllllllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

411

-



·--

~-·

dados

mais significativos indicam que metade das

menos

de

exemplares

se

considerarmos as doaçóes estrangeiras, vemos que 20 revistas

não

esta

forma

Percebe-se,

interna.

de

a

instituiçóes

circulação,

brasileiras,

doam e

realizam

100

revistas

confirmando

no entanto, uma maior

distribuição

é

as

divulgar

universidades revistas

incentivada nas universidades idéias obtêm

enviadas

entre

instituiçóes

Esta

para

de

além

de as

congêneres, Em

publicaçóes

a

forma

porque,

retorno com sua realização.

elas recebem outras

vocação

tendência

tanto nacional como com outros países.

permuta,

sua

troca para

das serem

incorporadas aos acervos das bibliotecas. As assinaturas pagas são uma forma de distribuição não muito incentivada nas revistas universitárias, uma vez que 44,4%

delas

não possuem assinantes no país e 68,5% não são subscritas através

de

pagamento por pessoas ou entidades localizadas

no

exterior.

As assinaturas nacionais são mais estimuladas pelas revistas universidades produção vendas os

através

que

tentam

destas subscrições.

suprir

os

custos

O mesmo acontece

Percebemos,

universidades

assim,

que

as

de

com

avulsas, por ser outra forma de arrecadação que custos.

pois,

particulares

das

as

subsidia das

revistas

particulares tendem a ser mais voltadas ao

entre todas, são as mais vendidas em números avulsos

ensino como

material bibliográfico complementar às aulas. Os dados que obtivemos ao examinar a distribuição, nos

verificar a falta de promoção das

revistas

permite-

universitárias,

reforçando a constatação da existência de um ponto frágil etapa do processo de produção.

As técnicas utilizadas são

nesta muito

256 T]llll JIIIIIIIII JII IIJ lllT em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

simples, alguns

reduzindo-se, a mais usual, à demonstração e

venda

de

fascículos nos eventos de que participam os editores e

comissão atividades fazem

A

editorial.

forma

amadorística que esta

e

do sistema de publicação das revistas são

com que o processo também apresente problemas

a

outras

realizadas em

outras

fases. Os

problemas

univers~tárias

capítulo. fora

relativos à etapa de iden~ificados

já fp+am

no

produção

das

revistas

desenvolvimento

deste . ,

Além deles, a pesquisa destacou outros pontos críticos

do

processo, mas a ele relacionados, e que no

completamento

ciclo

de

transferência

interferem

no

conhecimento

do

registrado pelas publicações.

o

Modelo de King que apresenta participantes e funções,

fluxo que inicia com os produtores da ciência e conclui com

! usuários, Como

pode

nos auxiliar no

esclarecimento

destas

num seus

partes.

o presente trabalho se concentrou nas etapas de produção

e

distribuição das revistas técnicas e científicas pi:oduzidas pelas universidades núcleos

do

brasileiras, processo

as barreiras

não foram

relativas

investigados

em

aos

demais

profundidade.

Contudo, conseguinmos identificar alguns problemas nestas etapas, Por estarem ligados à produção e utilização dos periódicos. O

Modelo

de King inicia com os geradores

científico e técnico, indicados trabalhos em

ao

potencial

conhecimento

neste estudo como os autores dos

submetidos às revistas.

relação

de

Conforme já foi

numérico

e

apresentado,

qualitativo

são

eles

SUficientes para que as revistas sejam supridas de forma

regular

257

rrmllllTIIííí~llllll llllllill nIITIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

....

~

'\,

_..

...

,..

··-

com

...

o fruto de seu trabalho.

No entanto, os editores apontam

falta de artigos como um dos problemas para as revistas a periodicidade.

a

manteram

A necessidade de solicitar e encomendar artigos

a seus colegas mostra certo desprestígio de algumas revistas

no

meio acadêmico. Outro baixo

dado

número

de

!.universitárias

I 'stricto

numérico q ue tal ve z aux i li e artigos submetidos é que

oferec~r~m

publicadoras

sensu".

na

explicação

nem

cursos

todas

de

do

unidades

pós-graduação

Sabendo-se por SCHWARTZMAN (1981) que a

maior

Parte da pesquisa produzida no Brasil está ligada à pós-graduação

e que

os cursos de mestrado e doutorado só sao

e 44,4% das unidades pesquisadas, respectivamente,

61,1%

Possamos

ai

por

oferecidos

localizar uma explicação pela falta

de

talvez

trabalhos.

Além disso, 29,6% dos editores revelaram que a pesquisa realizada nas

suas unidades é incipiente, havendo portanto restrita - quando

científica



incapaz

urna

atividade impulsionar

de

PUblicações. locais

Nos

significativo alunos

de

onde

o

a

pós-graduação

número de autores

mestrado e doutorado.

se

potenciais

constituído

Os dados apontam

para

nestes níveis de ensino que poderiam reformatar

t eses

dissertações

em

artigos

científicos,

por

38.507

estudantes

e

é

desenvolve,

suas de

depois

concluídas. Continuando Produção destas

e

no

ciclo apresentado por KING,

distribuição das publicações.

etapas



foram

descritos

Os

encontramos pontos

anteriormente,

a

críticos por

isso

258 Jllllllli lJ illlll lll JllllJllll JllllJlll l em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

continuamos

a

bibliotecas,

trajetória.

A seguir,

o

modelo

apresenta

as

os seviços de índices e resumos que desempenham

as

funçoes bibliográficas de aquisição e representação. dados

Os

sobre

individualmente,

as

mas

bibliotecas

não

estão

disponíveis

inferidos

pelas

informaçoes

Conforme já analisado, a

distribuição

podem

relativas à distribuição.

ser

constitui-se num dos pontos frágeis do processo de publicação das universi~árias.

revistas

identificamos nacional

e

os

baixos

números

internacionalmente·

assinaturas

distribuídas análise

a

desta

de

para

outras fase

distribuídos

doações,

a isto os

que

significativos,

exemplares

as

pois

custos

e

e de ser

possam

pesquisa

prejudicada

permuta

altos

revistas

instituições de

fica

mais

através de

Acrescenta-se

pagas.

interferindo

Postagem

os dados

Ent~e

ensino.

precisaríamos

A de

informações mais completas e precisas.

à

Quanto

representação das revistas

bibliográficos,

os

universitários

e

mostraram

dados os

gerais

do

específicos

conjunto

das

ser um pouco conflitantes.

através

de

de

periódicos pesquisadas

revistas

Enquanto a

fonte

que 91,3% desses periódicos não são indexados, o dado reduz

para 55,5% este percentual.

melhor

qualidade

selecionadas

de

para

revelou

específico

Isto possivelmente se deva

conteúdo e de

amostra,

serviços

apresentação

porém não

podemos

das

à

revistas

comprovar . esta

suposição. Complementando que

55,5%

das

as observaçoes feitas, o que parece certo

revistas

pesquisadas

apresentam

o

resumo

é em

259

1111111111 1111111111 11111111 111 nTIIII II III III Il ll llll lllll ll lll lll ll llllllllll ll lllllllll ll llllllll llllllllll llllllllll lllll lllll llllllllll llllllllll llllllllll llllllllll llllllllll lllll lllll lllllllll em

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1O

11

12

13

14

15

16

17

18

19

~

---

.... é 1 .,

__ .. ;.- ., - ._.,. ':'......- ...... -..~~·\· ..•

~-

português

e

inglês

propiciando

com

identificado

e

isto

fora

14,9% em que

português

o conteúdo

e

dos

outras

artigos

do Brasil e permitindo sua

línguas, possa

ser Além

indexação.

disso, o uso de normas internacionais por 16,7% delas, de

normas

da ABNT por 46,3% e de normas próprias baseadas na ABNT por 31,5% dos

periódicos estudados, permite inferir que grande

revistas

seguem normas de apresentação aceitáveis internacional,

e

nacional

'bibliográficos secundários estas publicações. dados

sobre

revelam

com

pela

que

Embora

publica resumo em português ou

Talvez o uso de

indexar

Contudo, observamos uma disparidade entre poucos

utilizar normas de apresentação {5,5%),

não

serviços

os

.'

das

ciência

não tenham dificuldades para

resumo e o uso de normas.

não

revistas

fazendo

parte

em

os

editores 22,2%

outra

das

língua.

"normas próprias" tenha retirado este importante

aspecto da apresentação dos artigos. Não utilizamos para a interpretação os dados sobre o

idioma

em que são aceitos artigos para publicar pois eles revelam apenas uma intenção das revistas em aceitar trabalhos em outras línguas. Como

não

confiáveis

foram confirmados, não se para

considerar

as

constituem

revistas

em

informações como

universitárias

divulgadoras da pesquisa produzidas em outros países. Os Para

.usuários constituem-se no último grupo de

que

as

informação. existente

revistas completem o

ciclo

de

participantes

transferência

de

Neste sentido, utilizamos os dados sobre o potencial no

meio

universitário, em

relação

às

instituições

estudadas.

260 TrrFífTTTllTITnl iiiiiiiiiiiiTII

em

1

2

3

4

5

6

7

n1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1 8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

As

doze

graduação

universidades

e

discente

de

237.116 estudantes.

indicar

para

significativo. brasileiras,

um

totaliza

Este número por mercado

as

potencial constituído por estes

aumentaria ainda mais.

si

corpo



seria

bastante

universidades dois

segmentos

Isto é corroborado pelos dados

coletados

entrevistas, onde se constatou que 64,8% dos periódicos

como

público-alvo

graduação

(dados

de

um

consumidor

Porém, se considerarmos todas o

alunos

198.fi09

38.507 de pós-graduação, o que

suficiente

nas

possuem juntas

.

os alunos

de graduação e 79,6%

não excludentes) .

Estas

os

tem

de

constatações

pósficam

ainda mais evidentes na medida em que são publicadas revistas

em

todas

de

as

áreas do conhecimento, permitindo que

o

conjunto

alunos universitários seja considerado clientela potencial. Porém,

mais amplo, constituíndo-se também de pesquisadores

(81,5%),

isso,

(75,9%) e

ainda

professores universitários

profissionais

se considerarmos apenas os professores

números

é

o público-alvo das revistas universitárias

Com

(48,1%).

universitários

globais aumentariam para mais de 88.814 usuários.

os Para

os outros segmentos não possuimos dados numéricos, mas pressupõese

uma

população

altamente

significativa

também

para

esses

9rupos. Pelos menos

dados

acima apresentados, podemos

que,

potencialmente, há um mercado consumidor e, por isso;

deveria

se

localizar ai um dos pontos frágeis

transferência de informação. não

afirmar

têm

outros

não

processo

de

Se as revistas universitárias ainda

uma utilização adequada, talvez as

aspectos

do

ao

falhas

do produto - como a qualidade

de

estejam

em

conteúdo,

a

261

em

1

2

3

4

5

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

periodicidade e a distribuição - que não o mercado. Assim,

com a interpretação dos dados disponíveis

sobre

usuários da informação científica e técnica concluimos a apresentada

os

espiral

por KING, no modelo que formulou para representar

a

transferência de informação através de documentos publicados.

262 em

1

2

3

4

5

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

6

REVISTAS UNIVERSITÁRIAS: PROJETOS INACABADOS

Este

trabalho descreve as revistas

universidades

pelas

, transmissores !

~odelo

de

do

brasileiras,

científicas

situando-as

como

de informação

veículos

pesquisa,

conhecimento gerado. através da

transferência

produzidas

através

de

num

documentos

publicados. A universidade, polo gerador do saber, com a elaboração revistas cumpre uma de suas principais atribuições: a

das

divulgação

do conhecimento científico, propiciando com isto a

transferência

de

informação entre

produtores e

conhecimento.

Se

as

universitárias se

instituiçóes

usuários deste propõem

a

registrar

e

divulgar parte do que a comunidade científica está produzindo, os Periódicos normal". Ciência

estão

contribuindo para o que se

denomina

"ciência

Com o registro eles desempenham a função de arquivo e

com a divulgação eles tornam público

o

da

conhecimento

estabelecido. Contudo,

a

ciência

é um

processo

inacabado.

Para

que

avance, é necessário que a atividade científica seja renovada com novas

investigaçóes.

As revistas só contribuem

neste

processo

renovador e se tornam instrumentos propulsores de novas idéias ~estóes,

dando continuidade a sua função precípua de

conhecimento,

quando são elaboradas com precisão e

263

e

transferir agilidade.

A

investigação abrangeu o processo de produzir uma

científica,

desde sua concepção até sua distribuição.

revista O

Modelo

de King, escolhido como quadro teórico referencial, viabilizou estudo

do

processo de transferência de

informação

etapas de produção de um periódico científico.

nas

várias

Resultou, também,

na possibilidade de aprofundamento dos elementos que fazem do

o

processo editorial, englobando os participantes e as

parte funções

que desempenham. A

utilização do Modelo de King permitiu, ainda,

assumir

representação

sistêmica:

independentes,

se

otimização

suas entradas - conhecimento gerado - e

de

as

partes,

interrrelacionam,

ao

mesmo

tempo

possibilitando

a ~e

prever de

a suas

saídas - conhecimento utilizado. Através dos dados coletados pela de

pes~isa,

do

referência, da comparação e do estabelecimento

~adro

de

teórico

relações,

apontamos para a necessidade de reforçar na produção das revistas Universitárias

maior

certeza

quanto

à

confiabilidade

do

conhecimento

divulgado, maior rapidez no processo de produção

regularidade

no abastecimento dos resultados de pesquisa

e

para

comunidade científica. A

identificação

editorial

e

transferência

constituem-se de

informação.

Percebemos, também, Problemas

~e

de disfunções

~e

dizem

em

foram percebidas

barreiras

que

De acordo com o

no

interferem modelo

fluxo na

adotado,

todas as etapas deste processo apresentam respeito

tanto

ao

Participantes quanto das atividades que realizam.

264

desempenho

dos

a

empecilhos

Constatamos conhecimento,

avaliação

nas

etapas

de

geração

dos originais, produção

das

de

revistas,

distribuição, representação através de serviços bibliográficos utilização

da informação veiculada, bem como nos

participantes,

autores, árbitros, unidades universitárias, editoras, gráficas usuários. de

e

e

Também as universidades publicadoras e as instituiçóes

fomento ao desenvolvimento da ciência apresentam

dificultam

falhas

a transferência do conhecimento através das

que

revistas

I

t

universitárias. Estas

disfunçóes

são

sintetizadas

a

seguir,

de

forma

interrelacionada, e são apresentadas algumas sugestões que

podem

contribuir para sua superação. Na geração de conhecimento, o estudo das mostra

que,

potencialmente, elas

doze universidades

possuem recursos

humanos, em

número e qualidade, aptos para suprir periodicamente as com os resultados das pesquisas. tanto

que

a

revistas

Se tal não acontece,

atividade científica

em

escassa, quanto que as revistas não têm

algumas

significa

instituições

é

prestígio para captar um

número significativo de trabalhos de qualidade. Neste

sentido, os dados sobre a pós-graduaçãc

compreensão dos fatos. se

desenvolvem

ressentem causas nos

revistas

da falta de artigos, sendo esta também

de atraso na produção dos periódicos.

uma

Com isso,

um

projeto

coletivo, nas unidades onde a

se das

parece-

que a criação de revistas universitárias só deveria

como

na

De acordo com eles, nas unidades onde não

cursos de mestrado e doutorado, as

mais

auxiliam

pesquisa

se

dar e

os

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18

265 l i rrnlllllT]l iiiJIIII JIIIIJIIII flT em

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19

cursos de pós-graduação estivessem suficientemente a

ponto

de

resultantes revistas

abastecer os periódicos dessas

regularmente

Isto

atividades.

consolidados,

não

com

artigos

significa

as

que

devam ser supridas apenas com autores locais, o que

as

t ornaria por demais endogênicas e dependentes das suas

unidades,

mas precaver-se de que o sist ema t e nha condiçoes d e se

sustentar

apenas

com

os trabalhos internos, até adquirir

pre stígio

para

captar trabalhos externos . um

dos

revistas

para

com bons trabalhos é encomendar artigos,

adotada este

recursos utilizados pelos editores

por expressivo número de periódicos

o

aspecto

prestígio

da revista , pode

prática

quando

espontâneos

também

existe

número

suficiente

não têm muito mais a dizer.

significativas de



para

representar

de qualidade para serem publicados.

especialista

nacionais

não

de



Além disso,

foram divulgadas em revistas

eles

é

os mais

estrangeiras

quais

um

trabalhos

Suas descobertas

maior renome, através das

Se

importante

negativo, uma vez que o concurso de especialistas

Utilizado

esta

universitários.

procedimento pode ser visto como um fator

aumentar

suprir as

e

adquiriram

o devido reconhecimento. A escassez de trabalhos interfere tanto na credibilidade revista

quanto

Círculo

vicioso

submetidos

na rapidez e regularidade de sua então

sendo

se estabelece:

reduzido impede uma

o

produção.

número

seleção

serem

Um

de

originais

muito

rigorosa,

sendo preferível aos editores obter a legitimação do seu ambiente

próprio

do que expor os trabalhos à avaliação externa antes

publicados.

da

Com isto, também podem manter

~aior

de

controle

266 Tnl llJl lllJllll JllllJ IIII em

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do

tempo necessário

permissiva

pelo

reformulação conteúdo

à execução desta etapa, porém a torna

constrangimento que urna negativ a ou

pode

gerar

entre colegas.

A

pedido

de

confiabilidade

do

da revista perante a comunidade científica

comprometida

sendo

tamb ém

incapaz

de

mais

motivar

fica

então

autores

mais

exige nt e s para divulgação de seus t r abalhos . O de

estudo das universidades permitiu dimensionar um

usuários

potencialmente

conhecimento porque

os

veiculado periódicos

amplo para absorver

pelas revistas.

Se tal

unive rsitários, em

mercado

e

utilizar

o

não

ocorre,

é

geral,

não

divulgam

trabalhos capazes de atrair um público consumidor exigente.

Com

isso,

não

o conhecimento neles registrado fica sem

utilização,

abastecendo o ensino e não motivando novas pesquisas. A falta de artigos

de

qualidade interfe ainda

na formação

de hábito do público-alvo para consumir o produto revista, eles

alunos, professores ou profissionais.

essa

constatação

deixam

é grave porque sem bons

textos

as

alunos, revistas

de alimentar o ensino com conhecimentos inovadores

cumprir aos

No caso dos

sejam

com seu aspecto didático de formação dos

pesquisadores,

restringem

a

instituições

se

as

circulação

revistas do

universitárias.

saber

não

são

ao

âmbito

Com referência aos

pares.

e

de

Quanto

consumidas

elas

interno

das

profissionais,

se as revistas não são lidas é porque seu conteúdo não atualiza o Conhecimento

necessário

para

mantê-los em

dia

com

as

novas

descobertas. Quanto à função de distribuição das revistas universitárias, 267 [iil"l [iiii [iiiljiiii[iiii[iiii[iiii[I ITíjlllljll ll[lllljllll [llll [l lll [lllljllll f1111jllll f1llljl r em

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algumas falhas decorrem

da reduzida promoção detectada.

Neste

aspecto, recomendamos que os órgãos publicadores se preocupem

em

utilizar os recursos, os meios de propaganda e os veículos de que dispóem,

para

melhor divulgar suas

publicaçóes,

aumentando

o

número de usuários. Na

fase

I tes~rita de

de

distribuição, foi

observada

uma

- e mesmo nula - das revistas através de assinaturas

vendas

avulsas,

universitárias

mostrando

uma

tendência

das

I Precisam

de

recursos

para serem produzidas

e

publicaçóes

serem produtos de doação e intercâmbio em

usuário não dispende verbas para sua aquisição.

Obtidos

circulação

que

o

Como as revistas e

estes

não

são

pela sua venda, elas dependem de outras fontes para

sua

PUblicação. A

falta de recursos próprios afeta a produção das fazendo

universitárias

com

que

elas

sejam

dependentes

Programas de apoio ao desenvolvimento da ciência e dos Neste

institucionais. Processo:

conforme

melhorando Assim,

sentido

parece haver

as revistas vão

uma

adquirindo

começam

sendo

financiadas

dos

programas

gradação

qualidade,

o tipo de apoio, tornando-o mais efetivo

elas

revistas

e

no vão

regular. unidades

pelas

universitárias, depois são incluídas nos programas institucionais das

universidades

e a seguir, passando por critérios

cada

mais rigorosos, vão sendo financiadas pelos programas dos

vez

órgãos

de fomento de nível estadual e nacional. As

revistas

Unidades

que

dependem exclusivamente

universitárias

são as mais

das

instáveis

e

verbas

das

irregulares.

268

I

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Além disso, elas ficam dependentes das direções e chefias que nem sempre privilegiam a revista em suas prioridades. As

revistas

precisam

atender

caso s ,

incluem

comercialização. até

que dependem dos programas aos

das

critérios estabelecidos,

e xigê ncias

qua nto

universidades que, em

alguns

di s tribuiç ã o

à

Estes programas ocasionam atrasos

e

relativos

alteram a periodicidade das revistas porque representam

e uma

I

responsabilidade

contínua que essas instituições nem sempre

têm

condições de atender. Já

os

periódicos

incluídos

nos

programas

estaduais

e

nacionais se submetem a critérios mais rígidos de relevância,

de

qualidade científica e de técnica editorial. qualidade de

recebem apoio

liberação

de

mais permanente.

verbas

são

uma

Se mantiverem

esta

Contudo, os problemas

constante

e

atrasam

as

Publicações. Na produção das revistas, identificamos, quanto à organizacional, divergência decisões

que

revistas

na sua composição.

científicas

editorial

as

e

estrutura

universitárias

apresentam

Algumas dividem as tarefas e

e editoriais entre o

editor,

os árbitros fixos ou eventuais;

a

outras

comissão concentram

apenas no editor todo processo decisório e mais um grande de

tarefas.

Isto

além de tornar a

produção

das

as

número

revistas

um

Processo individual, sobrecarrega o editor com atividades para as quais

não

assunto

se encontra preparado.

por

este

aspecto,

Aliás, se

percebemos

que

formos os

abordar

o

editores estão

despreparados para exercer a função que desempenham. 269 fllllJlll iJ ll iT] Ill iJ llllJllll JllllJl iTI em

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de

ausência

A

principalmente

equipe

uma

editorial

especializada,

no que tange à realização de tarefas técnicas

editoração,

como normalização, revisão lingüística e de prova

programação

visual,

acrescenta

um

número

de e de

significativo

ativi dades ao editor e à comissão editorial que acabam realizando Caberia,

amadoristicamente.

tudo

universitárias

a

para este's fins •

às

unidades

mais

adequada

então,

criação de uma infra-estrutura

Óu, no caso das revistas serem assumidas

I

pelas

editoras universitárias, que elas estivessem aparelhadas para dar

Isustentaçao editor

a

nas tarefas técnicas de editoraçao, deixando para responsabilidade científica da

l comprometê-las suprir

como

revista,

produto de comunicação

da

sem

contudo

ciência.

as necessidades de qualificação dos recursos

o

Para

humanos

da

estrutura organizacional, as universidades e a ABEC, em conjunto, teriam

condições

de

capacitá-los para a

execução

das

várias

etapas de editoração das revistas científicas. I

Quanto ser

às funções bibliográficas, alguns nas

feitos

representadas melhor

revistas

universitárias

por serviços bibliográficos.

qualidade,

as

revistas precisam

apresentação de trabalhos científicos.

ajustes para

sejam

que

Além de seguir

precisam

artigos

de

normas

de

as

A apresentação do

resumo

em português é uma das condições para ser indexada pelos serviços nacionais. na

Porém, os poucos serviços existentes são

produção

das fontes de informação.

Por

isso,

irregulares as

revistas

Precisam incluir título, resumo e palavras-chave em inglês, Poderem

ser

indexadas

por

serviços

Com

estangeiros.

para isso,

270

lllllllllllllllllllllllll l lll lll l rr11 n l f1 1 1 1 111 111111 1 1111 11 1 111 11 11 11111111 1 1 1 111111111 1 111111111 1 111 1 111111111111111 1 111111111 1 11111 1 111 1 111111111 1 111111111 1 1111 111 11 1 111111111 1 111111111 1 111111 1 1

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poderiam atingir um público maior e geograficamente mais amplo. procedimentos

Os

univesitárias

brasileiras são

entanto,

No

modificação

utilizados

verificamos para

o

uso

na

produção

tecnologicamente

uma de

tendência recursos

e

das

revistas

desatualizados.

uma

intenção

e à sua

produção gráfica.

sucedetp ,

nas

No

ritmo

que

as

brasil~iras,

universidades

Estes

informatizados.

procedimentos são relativos aos aspectos gerenciais das

de

revistas

modificaçóes

se

que . as

preve111o?

./

transformaçóes

com

revistas ~erão

as

radicd.;tS

ponto,

a

por

exemplo, da informatização vir a substituir a impressão em papel. É verdade que a forma de comunicação entre os pesquisadores

Hoje

tnudando.

os correios eletrônicos já

quase instantânea de idéias.

permitem

está

uma

troca

Mas, como arquivos da ciência, como

patrimônio do conhecimento científico, as revistas continuarão existir na sua forma tradicional, ao menos por mais algum

a

tempo,

como vem acontecendo há mais de três séculos. Prevendo ainda universitárias,

investigando com maior detalhes cada etapa

de transferência de informação, como foi feito

etapas de registro, impressão o

objetivo

revistas

universitárias

desenvolvimento deste trabalho. centradas,

e distribuição.

sistema

Sua ênfase e contribuição

e

regenerativo,

os

de

estão

basicamente, no seu próprio processo de descrição

circular

as

no

contido

ficou

torno de um modelo de transferência de informação.

é

com

do

Consideramos que

principal desta pesquisa de descrever o das

Produção

adotado

Outros

o estudo sobre elas não se esgota aqui.

poderão segui-lo, processo

um período de sobrevivência para as revistas

em

Como o modelo

resultados

não

são

271

1111111111 1111111111 111111 n11fllTr11Tf!TTIII1111I IIIIIII Ill111TfTl llllll llllll lllll lllll llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll llllllllllllllllllll llllllllll llllllllll lllllllll em

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conclusivos, existentes produção

mas no

apenas

momento,

permitem

indicar

e sugerir

reajustes

algumas para

das revistas universitárias de forma que

próximos anos,

tendências melhorar

superem,

sua condição de projetos inacabados

a nos

para completar

a transferência de conhecimento.

272 liiiii iiJIIIIIIIIIJIIIII IIII rl iillli llJ i llll l ll lJ II I IJIIII J IIII IilTr~rll illi llJ IIIIIIIII J IIII I III IJI em

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Acta n.3,

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283

ANEXOS: A - FORMULARIO PARA ENTREVISTA COM OS EDITORES B - RELAÇÃO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS C - RELAÇÃO DAS UNIVERSIDADES PUBLICADORAS

284 em

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19

ANEXO A FORMULARIO PARA ENTREVISTA COM OS EDITORES 1

DADOS SOBRE A REVISTA

1.1 - Título da Revista: 1.2 - Data inicial da publicação: 1.3 - Periodicidade:

Bimestral Semestral

Mensal Quadrimestral Outra. Qual? 1.~

- Houve mudança na

Trimestral Anual

periodici~ade?

Sim ( ) Não ( ) Em caso positivo, quando e por que? A Revista está com sua publicação atrasada? Sim ( ) Não ( ) A que se deve esta situação?

1.5 - Que tipos de seçóes e/ou inforrnaçóes conta a Revista?

Artigos or1g1nais frutos de pesquisa ( ) Artigos técnicos ( ) Ensaios ( ) Revisões { ) Traduções { Resenhas de livros { Listas ou resumos de teses { ) Notícias ou comunicações ) Outros.Quais? --------1.6 - Quais os assuntos que publica?

1.7 -A revista tem regimento próprio? Sim (

Não ( ) Quais os objetivos da Revista descritos no seu Regimento ou em outro documento?

1.8 - Que objetivos, com sua experiência como editor,

atribuiria

à Revista? Os mesmos da resposta anterior Acrescentaria:

285 em

2

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18

19

1.9

- Qual o público-alvo da Revista? Alunos de graduação Alunos de pós-graduação Professores de 1° grau Professores de 2° grau Professores de 3° grau

( (

) )

( (

) )

(

)

Pesquisadores Profissionais Outros? Quem?

1.10 - Em que língua são aceitos artigos para publicar? Português ( ) Espanhol ( ) Inglês ( ) Outros. Quais? 1.11 -Em que língua(s) é(são) publicado(s) resumo(s)? , Português ( ) Espanhol ( ) Inglês ( ) Outro(s). Qual(is)? Não publica resumos 1.12 - Quais as normas de publicação utilizadas na Revista? ABNT ( ) Normas Internacionais De qual instituição? Normas próprias 1.13 - No caso de não utilizar as normas da ABNT, qual para tal?

a

razão

1.14 - A Revista é indexada por Serviços Bibliográficos de Indices e Resumos? Sim ( ) Não Em caso positivo, qual(is)? Em caso negativo, por que?

2

UNIDADE UNIVERSITARIA

2.1 - Qual a Unidade Universitária que publica a Revista? 2.2 - A

Unidade tem tradição em pesquisa? ( Desde quando desenvolve pesquisa, se tem linhas consolidadas, qual a percentagem de professores da Unidade envolvidos em pesquisa, quais os tipos de pesquisa desenvolvidos, etc. )

em

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2.3 - Quais as entidades que financiam pesquisa (bolsa, etc.) na Unidade: Universidade ( ) CNPq FINEP Outra(s). Qual(is)?

auxílio,

2.4 - Quais os níveis de cursos de pós-graduaçao que a Unidade promove regularmente? Qual a data de início? Especializaçao ( ) Mestrado ( ) Doutorado Data: Data: Data: 2.5 - Como surgiu a Revista na Unidade?

t

t

I



2.6 - Como os professores da Unidade colaboram enviando trabalhos para publicar? Espontadeamente Por solicitaçao Por encomenda Nao colaboram 2.7 -A

Revista aceita trabalhos de alunos? Sim , de graduação ( Sim, de pós-graduação Só em colaboração com professores Não aceita ( )

2.8 - A Revista conta com sede própria na Unidade? Sim ( ) Não ( ) 2.9 - A

Revista conta com funcionários administrativos para auxiliar o Editor? Sim, próprios ( Quantos? Quantos? _ _ Sim, compartilhados com outros setores ( Não ( )

2.10 - A Revista conta com estagiários? Sim ( ) Não ( Quantos?____ De que curso(s)? Que atividades realizam? 2.11 -

o

que falta na infra-estrutura para servir melhor a . Revista? Local próprio Verbas Equipamento Qual(is)? Pessoal Administrativo ( ) Quantos? Pessoal mais especializado ) Qual a especializaçao? Outro(s) item(ns). Quais?

287 1111

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3

ESTRUTURA EDITORIAL

3.1 - Qual a Estrutura Editorial adotada pela Revista? ( ) Editor e Comissão/Conselho Editorial Editor, Comissão/Conselho Editorial e Comissão/Conselho ( ) Consultivo Outra forma. Qual?

3.2 - De quantos membros se compoe a Comissão/Conselho Editorial? 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) Outro n°.Quantos? ____ 3.3 - Quem são os membros desta Comissão/Conselho Editorial?

Professores da Unidade , Professores da Universidade Professores/Profissionais de outras instituições brasileiras Professores/Profissionais estrangeiros Outros. Quem?

( (

3.4 - Como são selecionados?

Por eleição ( ) Quem vota? Por indicação ( ) De quem? Outra forma? Qual? 3.5 - Quanto tempo permanecem no cargo?

1 ano (

) 2 anos ( Outro tempo. Qual?

)

3 anos

4 anos

3.6 - Tem havido mudanças periódicas na Comissão Editorial?

Sim ( ) Não ( ) Em caso positivo, porque:

3.7 - Quais os critérios utilizados para escolha dos membros Comissão Editorial?

da

3.8 - Quais as atribuições da Comissão/Conselho Editorial?

288

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3.9 - Os membros da Comissão/Conselho Editorial realizam tempo hábil as atividades que lhe são atribuidas? Sim ( ) Não ( ) Em caso negativo, por que?:

em

-------------------------------

4

EDITOR

4.1 - Qual a designação que recebe quem desempenha esta função na

Revista? 4.2 - Há

quanto tempo é o Editor(a) da Revista? ( ) 2 anos ( ) 4 anos ( ) 5 anos ( ) outro tempo? Quantos anos? 1 ano

4.3 - É o Editor desde a criação da Revista?

3 anos

Sim

Não

4.4 - Que experiência(s) anterior(es) teve que contribuiram

desempenhar Nenhuma Membro do Editor(a) Membro do Editor{a) Editor(a) Outra(s).

para

a função de Editor(a)? Conselho/Comissão Editorial de outra revista Conselho Editorial de outra revista de livros de outras publicações Qual (is)?

(

)

( ( ( ( (

) ) )

) )

4.5 - Recebeu algum tipo específico de treinamento para exercer a

função de Editor? Sim { ) Qual? Não { ) 4.6 - Qual(is) a(s) recompensa(s) que recebe como Editor(a)?

Nenhuma Financeira Prestígio pessoal Satisfação própria Reconhecimento por sua Instituição Reconhecimento fora de sua Instituição Melhor conhecimento do assunto Outra. Qual?

( { { { {

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)

(

) )

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)

4.7 - Como foi selecionado{a) para ser Editor{a)? Por eleição { ) Quem votou? Por indicação do Conselho Editorial Por escolha do Diretor{a) da Instituição Outra forma. Qual? 4.8 - Qual o mais alto grau acadêmico alcançado? Graduação { ) Especialização Mestrado ( ) Doutorado Pós-Doutorado { ) 289

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3.9 - Os membros da Comissão/Conselho Editorial realizam tempo hábil as atividades que lhe são atribuidas? Sim { ) Não { ) Em caso negativo, por que?:

em

-------------------------------

4

EDITOR

4.1 - Qual a designação que recebe quem desempenha esta função na Revista? 4.2 - Há

quanto tempo é o Editor(a) da Revista? 1 ano ( ) 2 anos ( ) 4 anos ( ) , ~ anos ( ) Outro tempo? Quantos anos?

4.3 - É o Editor desde a criação da Revista?

Sim

3 anos

Não

4.4 - Que experiência(s) anterior(es) teve que contribuiram desempenhar a função de Editor(a)? ( ) Nenhuma { ) Membro do Conselho/Comissão Editorial ( ) Editor(a) de outra revista Membro do Conselho Editorial de outra revista ( ) ( ) Editor(a) de livros ( ) Editor(a) de outras publicações Outra (s) . Qual (is)?

para

4.5 - Recebeu algum tipo específico de treinamento para exercer a função de Editor? Sim ( ) Qual? Não ( ) 4.6 - Qual(is) a(s) recompensa{s) que recebe como Editor(a)? Nenhuma ( ) ( ) Financeira ( ) Prestígio pessoal ( ) Satisfação própria ( ) Reconhecimento por sua Instituição ( ) Reconhecimento fora de sua Instituição ( ) Melhor conhecimento do assunto Outra. Qual?

4.7 - Como foi selecionado(a) para ser Editor{a)? Por eleição ( ) Quem votou? Por indicação do Conselho Editorial Por escolha do Diretor{a) da Instituição Outra forma. Qual? 4.8 - Qual o mais alto grau acadêmico alcançado? Graduação { ) Especialização Mestrado { ) Doutorado Pós-Doutorado ( ) 289

111111111111111 1111

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4.9 - Qual seu cargo na Universidade? 4.10

Exerce alguma outra função administrativa coordenação na Universidade ou na Unidade? Qual?

de

ou

4.11 - Quantas horas por semana dedica, em média, à Revista? ( ) De 1 a 3 horas ( ) De 4 a 6 horas ( ) De 7 a 9 horas ( ) 10 horas ou mais Na fase de pré-pubicação este número aumenta para quanto? 4.12 - Quais as atividades' ~specífic'as que realiza como Editor?

4.13 -

5

Seria adequado a Revista passar todas as atividades técnicas e administrativas para uma agência comercial ou para a Editora da Universidade, liberando o Editor para tratar exclusivamente da parte científica da Revista? Sim ( ) Não ( ) Por que? _____________________________________________________

PROCESSO DE AVALIAçAO

5.1 - Os originais são submetidos a uma avaliação? Sim ( ) Não 5.2 - Em caso positivo, quantos árbitros avaliam cada trabalho? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) Outro no. Quantos? 5.3 - Quem são os árbitros (referees) dos originais submetidos a Revista? O(A) Editor(a) ( ) Membros da Comissão/Conselho Editorial ( ) Professores da Instituição ( ) Professores da Universidade ( ) Especialistas brasileiros ( ) Especialistas estrangeiros ( ) Outros. Discrimine:

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5.4 - Quais os principais critérios utilizados para selecionar os árbitros? 1 -

2 3 -

( especialização na área, atualização com o conhecimento, experiência em escrever trabalhos científi cos, rapidez em retornar os manuscritos, justiça nos comentários, etc.) 5.5 - Quem seleciona os árbitros? 5.6 - Os árbitros recebem instruçóe s do que ou como a v aliar trabalhos? Sim ( ) Não

os

.

.

5.7 - Em caso positivo, essas instruções se referem a que itens?

5.8 - Os árbitros tem conhecimento do nome do autor dos trabalhos que estão avaliando? Sim ( ) Não 5.9 - Os autores sabem o nome de quem os avaliam? Sim ( ) Não ( ) 5.10 - Quantos originais, em média, são recebidos anualmente pela Revista? 5.11 - Quantos originais,em média,são aceitos pelos árbitros para publicação sem reformulações? 5.12 - Para quantos originais, em média, são exigidas reformulações pelos árbitros? 5.13 - Quantos originais, em média, são rejeitados? 5.14 - Depois de avaliados pelos trabalhos serão publicados?

árbitros,

quem

decide

que

5.15 - Tem havido conflitos entre Editor e Autores ( ) , Editor e Arbitras ( ) Arbitras e Autores ) no exame dos ori ginais? Sim, frequentemente Sim, raramente Não ( )

291

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5.16 - Que tipos de conflitos são estes?

6

PRODUÇAO DA REVISTA 6.1 - Qual o tempo aproximado em semanas ou meses que é utilizado para realizar cada conjunto de atividades do fluxo editorial? Do recebimento do trabalho até a devolução pelo(s) árbitro(s) Revisões e alterações (quando houver) : Preparação editorial do original (Norrna~ização, Revisão de língua e/ou resumo, Marcação do texto (negrito, caixa-alta, etc.): Revisão de prova: Impressão: Distribuição:

6.2

Quem realiza as atividades abaixo para revistas?

a

editoração

da

Normalização: Quem realiza: ~------------------------------------------Revisão linguística Quem realiza: Resumo: Quem realiza: Versão do resumo para outra língua: Quem realiza: Revisão tipográfica: Quem realiza: 6.3 - Quais os principais problemas que interferem na publicação da Revista? Indicar todos os tipos de problemas, quais as entidades ou pessoas envolvidas (por exemplo: Gráfica da Universidade ou autores, etc .. ) e quais as consequências para a Revista (por exemplo: atraso, má qualidade gráfica, etc.)

292

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7

IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO

7.1

Quem imprime a Revista? Gráfica da Universidade Gráfica da Unidade Gráfica comercial

7.2 - Em que etapas do processo editorial é utilizada automação? Na apresentação dos originais ( ) Na impressão ( ) Nos trabalhos admistrativos ( ) Outra etapa. Qual? Não é utilizada Qual a razão? . 7.3 - Quais os meios de promoção da Revista?

Anúncios em outras revistas Anúncios em catálogos Exibição em encontros de especialistas na área Inserção de folhas de propaganda em outras · publicaçoes Distribuição de fascículos gratuitos Notícias em boletins informativos Outras. Quais?

( ( (

) ) )

7.4 - Qual a tiragem da Revista? exemplares 7.5 - São distribuidas separatas ( autores? Quantas (os)? Sim ( Não ( 7.6

aos

ou fascículos

Quem realiza as seguintes atividades de distribuição da Revista? Indica que pessoas ou instituições devem Revista: Realiza a promoção: Realiza a distribuição: Controla as assinaturas:

promoção receber

e a

7.7 - Quantos exemplares são destinados para: Doaçoes a institutiçoes nacionais: Doaçoes a instituições estrangeiras: Permutas nacionais: Permutas estrangeiras: Assinaturas pagas nacionais: Assinaturas pagas estrangeiras: Vendas avulsas (livrarias ou postos de venãas) : exemplares, entre doações, permutas e assinaturas pagas, são enviadas para as seguintes regiões: América do Sul (exceto Brasil) : exemplares América do Norte: exemplares exemplares Europa:

7.8 - Quantos

293

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Outros continentes. Quais?

exemplares

7.9 - O que é feito das sobras? Aguardam distribuição ou vendas São doadas Outro destino. Qual? 7.10 -A Universidade Revista? Sim (

ou

a Unidade tem um posto

de

vendas

da

Não

7.11 - Quem paga a impressão da Re vista? A Unidade A Universidade Um Programa de Apoio à Publicaçoes

Qual?

Outra Instituição

Qual?

Assinaturas pagas Venda de espaço para propaganda Outra forma. Qual? No caso da Revista receber subsídio financeiro de alguma instituição ou programa de apoio, desde quando isto acontece? Data:

7.12

7.13 - Que parte do trabalho editorial é coberto pelo subsídio? Impressão ( ) Distribuição ( Pagamento de pessoal Outros. Quais? 7.14 -As verbas tem sido repassadas regularmente? Sim ( ) Não ( ) 7.15 -

Quais os problemas que enfrenta em relação financiamento para a publicação da Revista?

ao

7.16 - Que mudanças tiveram que ser feitas na Revista para adequar às exigências da instituição financiadora ou programa de apoio à publicação ?

se ao

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ANEXO B RELACAO DAS REVISTAS UNIVERSITARIAS

UNIVERSIDADE DATA

TITULO ABCD: ARQUIVOS BRASILEIROS DE CIRURGIA DIGESTIVA ACTA BIOLOGICA LEOPOLDENSIA ACTA BIOLOGICA PARANAENSE ACTA GEOLOGICA LEOPOLDENSIA AFRICA AFRO-ASIA AGRIQUIMICA AGROPECUARIA TECNICA . AGROTROPICAL ALFA: REVISTA DE L!NGUISTICA ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFPE ANAIS DA UFRPE. CIENCIAS BIOLOGICAS ANAIS DO CURSO DE POS-GRADUACAO EM MANEJO E CONSERVACAO SOLO ANAIS DO MUSEU DE ANTROPOLOGIA ANAIS DO MUSEU PAULISTA AQUILES: ENSAIOS DE ANALISE FILOSOFICA ARQUEOLOGIA ARQUIVO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINARIA E ZOOTECNIA ARQUIVOS BRASLEIROS DE MEDICINA ARQUIVOS DA FACULDADE DE VETERINARIA ARQUIVOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRo ARQUIVOS DE CIENCIAs DO MAR ARQUIVOS DE ZOOLOGIA ARQUIVOS FLUMINENSES DE MEDICINA VETERINARIA ARQUIVOS/ CENTRO DE ESTUDOS PORTUGUESES ARS VETERINARIA ART: REVISTA DA ESCOLA DE MUSICA E ARTES CENICAS ARTEUNESP AR TEXTO ARTUS: REVISTA DE EDUCACAO FISICA E DESPORTO ATLANTICA BARROCO BASIS BIBLOS: REVISTA DO DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E HISTORIA BIOTECNICA: REVISTA DA COORDENACAO DO ENSINO INTEGRADo BOLETIM / CENTRO DE LETRAS E CIENCIAS HUMANAS BOLETIM / FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIENCIAS HUMANAS BOLETIM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA. GEODESIA BOLETIM DE BOTANICA/ DEPARTAMENTO DE BOTANICA BOLETIM DE CONJVNTURA BOLETIM DE ESTUDOS DE CIENCIAS DO MAR I

I

USP UNI SINOS UFPR UNI SINOS USP UFBA UFBA UFPB UA UNESP UFPE UFRPE

1986 1979 1972 1976 1978 1965 1983 1980 1986 1962 1966 1976

UFPB UFSC USP U.RG UFPR

1979 1969 1922 1984 1959

UFMG UF UFRGS

1983 1951 1973

UFRRJ üFCE USP UFF UFPR UNESP UFBA UNESP URG UGF URG UFMG UFMG

1971 1969 1967 1986 1970 1985 1981 1986 1984 1976 1976 1969 1982

URG

1985

UFPB UEL

1973 1980

USP

1975

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1966 1973 1987 1987

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19

I

BOLETIM DE GEOGRAFIA BOLETIM DE PESQUISA DA CEDEAM BOLETIM DE PESQUISA/ DEPARTAMENTO DE FITOTECNICA BOLETIM DE ZOOLOGIA BOLETIM DO ARQUIVO DE HISTORIA CONTEMPORANEA BOLETIM DO CENTRO DE BIOLOGIA DA REPRODUCAO BOLETIM DO CENTRO DE PESQUISA E PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS BOLETIM DO CURSO DE EDUCACAO FISICA BOLETIM DO DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLINICA BOLETIM DO INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO BOLETIM DO INSTITUTO DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DE GEOCIENCIAS BOLETIM DO INSTITUTO OCEANOGRAFICO BOLETIM DO LABORATORIO DE HIDROBIOLOGIA BOLETIM GOIANO DE GEOGRAFIA BOLETIM IG BOLETIM SEMESTRAL/ DEPARTAMENTO BIOMEDICO BOLETIM TECNICO/ DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA VETERINARIA BOLETIM TECNICO/ FACULDADE DE AGRONOMIA DA UFRGS BOLETIM TECNICO/ FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNESP BOLETIM/ CENTRO DE ESTUDOS PORTUGUESES BRASIL PERSPECTIVAS INTERNACIONAIS CADERNO CATARINENSE DE ENSINO DE FISICA CADERNO DE FARMACIA CADERNO DE LETRAS CADERNO DE MUSICA CADERNO OMEGA. SERIE AGRONOMIA CADERNO OMEGA. SERIE BIOLOGIA CADERNO OMEGA. SERIE CIENCIAS AQUATICAS CADERNO OMEGA. SERIE CIENCIAS HUMANAS CADERNO OMEGA. SERIE VETERINARIA CADERNOS DE EDUCACAO CADERNOS DE HISTORIA E FILOSOFIA DA CIENCIA CADERNOS DE LINGUISTICA E TEORIA DA LITERATURA CADERNOS DE PESQUISA / UFMA CADERNOS DE PESQUISA. SERIE ANTROPOLOGIA / UFPI CADERNOS DE PESQUISA. SERIE BOTANICA /UFPI CADERNOS DE PSICOLOGIA CADERNOS DO IFUFBA CADERNOS PARAIBANOS DE ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA CADERNOS TECNICOS DA ESCOLA DE VETERINARIA DA UFMG CADERNOS/ CENTRO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS CAMBIASSU: ESTUDOS EM COMUNICACAO CCS: CIENCIA CULTURA SAUDE CIENCIA CIENCIA AGRONOMICA CIENCIAS MEDICAS CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS CIENTIFICA. SERIE AGRONOMIA CLIO CLIO. SERIE ARQUEOLOGIA COMUNICACOES CIENTIFICAS DA FACULDADE DE 296

em

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UNI MAR UA UPF USP UFSC UFJF

1983 1982 1978 1976 1984 1982

UFPR UA UFF UNB

1983 1976 1985 1971

UFJF USP UFMA l]FGO USP UFPI

1971 1952 1977 1981 1973 1980

UNESP UFRGS UNESP UFMG PUC/RJ UFSC UFRGS UFPEL USP UFRPE UFRPE UFRPE UFRPE UFRPE UFPB UNICAMP UFMG UFMA UFPI TJFPI UFMG UFBA UFPB

198? 1969 1985 1979 1984 1984 1985 1983 1980 1985 1984 1984 1985 1984 1981 1980 1978 1985 1980 1982 1984 1985 1985

UFMG UFPA UFMA UFPB USP UFCE UFF UFSM UNESP UFPE UFPE

1986 1980 1983 1979 1980 1971 1981 1983 1980 1977 1984

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----; .

MEDICINA VETERINARIA COMUNICACOES DO MUSEU DE CIENCIAS DA PUCRS COMUNICACOES E ARTES COMUNICARTE CONSTRUTURA: REVISTA DE LINGUISTICA, LINGUA E LITERATURA CONTEXTO & EDUCACAO CONTEXTO INTERNACIONAL DADOS & DOCUMENTOS DEDALO: REVISTA DE ARTE E ARQUEOLOGIA DIDATICA DIOGENES DISTURBIOS DA COMUNICACAO ECLETICA QUIMICA ECONOMIA ENSAIOS EDUCACAO EDUCACAO E FILOSOFIA EDUCACAO E REALIDADE EDUCACAO EM DEBATE EDUCACAO EM QUESTAO EDUCACAO: REVISTA DO CENTRO DE EDUCACAO EDUCAR ESPACO: CADERNO DE CULTURA USU ESTOMATOLOGIA E CULTURA ESTUDOS ECONOMICOS ESTUDOS GERMANICOS: REVISTA DO DEPARTAMENTO DE LETRAS GERMANICAS ESTUDOS GOIANENSES ESTUDOS IBERO-AMERICANOS ESTUDOS JURIDICOS ESTUDOS TECNOLOGICOS EXPERIENTIAE FAC-SIMILE MEDICO FLORESTA: REVISTA DO CENTRO DE PESQUISAS FLORESTAIS GENTE: REVISTA DO DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA GEOCIENCIAS GEOGRAFIA HILEIA MEDICA HISTORIA HUMANIDADES INFORMACAO PSIQUIATRICA INSULA: BOLETIM DO HORTO BOTANICO INTER ~ ACAO: REVISTA DA FACULDADE DE EDUCACAO JORNAL BRASILEIRO DE GINECOLOGIA JORNAL BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA JOURNAL OF NON CLASSIC LOGIC JURIS: REVISTA DE DEPARTAMENTO DE CIENCIAS JURIDICAS I
---·-·------·- -·-- -----·-

USP PUC/RS USP PUC/CAMP UCPR UNIJUI PUC/RJ UFSCAR USP UNESP UNB PUC/SP UNESP UFUB PUC/RS UFUB UFRGS UFCE UFRN UFSM UFPR

USP USP

1973 1986 1985 1987 1965 1964 1981 1986 1976 1984 1978 1986 1976 1978 1987 1982 1981 1979 1968 1971

UFMG UCGO PUC/RS UNI SINOS UNI SINOS UFVI PUC/SP

1980 1973 1975 1971 1976 1961 1987

UFPR

1969

UFBA UNESP UEL UFPA UNESP

1984 1982 1983 1979 1982 1982 1980 1969 1975 1970 1948 1980

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UNB

UERJ UFSC UFGO UFRJ UFRJ UNICAMP URG

UFSM UFMG UFRJ UFUB PUC/RS

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1977 1974 1970 1982

14

1985 1985 1947 1971 1985 1967

LINGUAGEM: REVISTA DO INSTITUTO DE LETRAS LINGUAGENS MAGISTRA MANUSCRITO MOMENTO: REVISTA DO DEPARTAMENTO DE EDUCACAO E CIENCIAS COMPORTAMENTAIS NATURAL IA NERITICA NOTA PREVIA BIBLIOTECONOMICA NOTICIA BIBLIOGRAFICA E HISTORICA NOTICIA GEOMORFOLOGICA O EIXO E A RODA ORGANON PERSPECTIVA TEOLOGICA PERSPECTIVA: REVISTA DO CENTRO DE CIENCIAS DA EDUCACAO PERSPECTIVAS: REVISTA DE CIENCIAS SOCIAIS PESQUISA & DEBATE PORTICO: REVISTA DO DEPARTAMENTO DE LETRAS PSICOLOGIA & TRANSITO PSICOLOGIA: REFLEXAO E CRITICA PSICOLOGIA: TEORIA E PESQUISA PUBLICACOES DO CENTRO DE ESTUDOS LEPROLOGICOS QUID: BOLETIM DO CCN RAIZES: REVISTA DE CIENCIAS SOCIAIS E ECONOMICAS REFLEXAO REM: REVISTA DA ESCOLA DE MINAS RESIDENCIA MEDICA (UBERLANDIA) REVISTA BAIANA DE ENFERMAGEM REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS POLITICOS REVISTA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA REVISTA CASL REVISTA CERES REVISTA DA ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA DA UFMG REVISTA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO I UFCE REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO I UFMG REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO I USP REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFGO REVISTA DA FACULDADE DE EDUCACAO I UFF REVISTA DA FACULDADE DE EDUCACAO I USP REVISTA DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINARIA E ZOOTECNIA REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFBA REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PORTO ALEGRE REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRAO PRETO REVISTA DA FACULDADE DE VETERINARIA DA UFF REVISTA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO REVISTA DA UNIVERSIDADE DE TAUBATE REVISTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI REVISTA DE ADMINISRACAO REVISTA DE ANTROPOLOGIA

UFF PUCIRJ UFBA UNICAMP

1978 1981 1983 1977

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1983 1975 1986 1981 1969 1958 1982 1956 1969

UFSC UNESP PUCISP UFPE UFUB UFRGS UNB UFPR UFPI UFPB PUCICAMP TJFOP UFUB UFBA UFMG UFRJ UFRGS UFVI UFMG USP UFCE UFMG USP UFGO UFF USP

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REVISTA DE CIENCIAS BIOMEDICAS REVISTA DE CIENCIAS DA SAUDE REVISTA DE CIENCIAS FARMACEUTICAS REVISTA DE CIENCIAS HUMANAS REVISTA DE CIENCIAS SOCIAIS REVISTA DE CIENCIAS SOCIAIS REVISTA DE COMUNICACAO SOCIAL REVISTA DE DIREITO REVISTA DE DIREITO PUBLICO REVISTA DE ECONOMIA REVISTA DE FARMACIA E BIOQUIMICA REVISTA DE FARMACIA E BI OQUIM ICA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO REVISTA DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS REVISTA DE GEOGRAFIA REVISTA DE HISTORIA REVISTA DE HISTORIA REVISTA DE LETRAS REVISTA DE LETRAS REVISTA DE MATEMATICA E ESTATISTICA REVISTA DE MEDICINA REVISTA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP REVISTA DE PATOLOGIA TROPICAL REVISTA DE PRE-HISTORIA REVISTA DE PSICOLOGIA REVISTA DE PSIQUIATRIA CLINICA REVISTA DE SAUDE PUBLICA REVISTA DO CENTRO DE ARTES E LETRAS REVISTA DO CENTRO DE CIENCIAS BIOMEDICAS DA UFUB REVISTA DO CENTRO DE CIENCIAS DA SAUDE REVISTA DO CENTRO DE CIENCIAS RURAIS REVISTA DO CENTRO DE EDUCACAO FISICA REVISTA DO CURSO DE DIREITO DA UFUB REVISTA DO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA REVISTA DO HCPA & FACULDADE DE MEDICINA DA UFRGS REVISTA DO HOSPITAL DAS CLINICAS REVISTA DO ICHL REVISTA DO INSTITUTO DE ESTUDOS BRASILEIROS REVISTA DO INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL DE SAO PAULO REVISTA DO NUCLEO DE DOCUMENTACAO REVISTA DO RIO DE JANEIRO REVISTA DO SETOR DE CIENCIAS AGRARIAS REVISTA EVOLUCAO REVISTA FILOSOFICA BRASILEIRA REVISTA GAUCHA DE ENFERMAGEM REVISTA GOIANA DE ARTES REVISTA GOIANA DE MEDICINA REVISTA LETRA REVISTA ODONTO CIENCIA REVISTA PAULISTA DE EDUCACAO FISICA REVISTA POLITECNICA REVISTA SAUDE

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UNESP UFSC UNESP UFSC UFRGS UFCE UFCE UFSC USP UFPR UFMG

1980 1982 1979 1982 1986 1970 1971 1979 1967 1960 1969

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1959 1981 1986 1979 1978 1982 1981 1980 1955 1985 1985 1986 1904 1980

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SEIVA SEMINA: REVISTA CULTURAL E CIENTIFICA SEQUENCIA: ESTUDOS JURIDICOS E POLITICOS SINERGIA: REVISTA DO DEPARTAMENTO DE CIENCIAS ECONOMICAS SISTEMAS SITIENTIBUS: REVISTA DA UNIVERSIDADE EEFS SOLOS E ROCHAS TECNOLOGIA TEE: TELECOMUNICACOES ELETRONICA ELETROTECNICA TEMATICA: ESTUDOS DE ADMINISTRACAO TEMPO E SOCIEDADE THE SPECIALIST THEMIS TOPICOS EDUCACIONAIS TRABALHOS OCEANOGRAFICOS TRANS iFORM/ACAO: REV,ISTA DE . FILOSOFIA TRIBUNA FARMACEUTICA UFES: REVISTA DE CULTURA UFV-DEBATE: CIENCIA, TECNOLOGIA, EDUCACAO UNILETRAS: REVISTA .DO DEPARTAMENTO DE LETRAS UNIVERSIDADE E SOCIEDADE UNIVERSITAS VEREDAS: CULTURARTE VEREDAS: REVISTA DA PUC/SP VER I TAS VETOR: REVISTA DA AREA DE CIENCIA E TECNOLOGIA VITALLE: REVISTA DE CIENCIAS MEDICAS E BIOLOGICAS ZOO INTERTROPICA

UFVI UEL UFSC

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URG USP UEFS UFRJ UFSM UFRN UEL UFF PUC/SP UFPR UFPE UFPE UNESP UFPR UFES UFVI UEPG UNI MAR UFBA UFPI PUC/SP PUC/RS

1985 1974 1982 1978 1977 1981 1983 1981 1980 1951 1979 1967 1974 1932 1967 . 1983 1979 1984 1985 1987 1982 1955 1986 1985 1979

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ANEXO C RELAÇAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICADORAS (por siglas, de acordo com o tipo) Públicas Estaduais:

UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana, BA UEL - Universidade Estadual de Londrina, PR UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, SP UNIMAR - Universidade Estadual de Maringá, PR UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP USP - Unive~sidade de Sãp .Paulo, ~ao Paulo, SP Públicas Federais:

UA - Universidade do Amazonas, AM UFAL - Universidade Federal de Alagoas, AL UFBA - Universidade Federal da Bahia, BA UFCE - Universidade Federal do Ceará, CE UFES - Universidade Federal do Espírito Santo, ES UFF - Universidade Federal Fluminense, RJ UFGO - Universidade Federal de Goiás, GO UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora, MG UFMA - Universidade Federal do Maranhão,MA UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, MG UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto, MG UFPA - Universidade Federal do Pará, PA UFPB - Universidade Federal da Paraíba, PB UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, PE UFPEL - Universidade Federal de Pelotas, RS UFPI -Universidade Federal do Piaui, PI UFPR - Universidade Federal do Paraná, PR UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco, PE UFFRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, RJ UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, SC UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos, SP UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, RS UFU - Universidade Federal de Uberlândia, MG UFV - Universidade Federal de Viçosa, MG UNB - Universidade de Brasília, DF URG - Universidade do Rio Grande, RS Universidades Particulares:

PUC/CAMP PUC/RJ PUC/RS PUC/SP -

- Pontifícia Universidade Católica de Campinas, SP Universidade Católica do Rio de Janeiro, RJ Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,RS Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, SP 301

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UCGO - Universidade Católica de Goiás, GO UCPR - Universidade Católica do Paraná, PR UGF - Universidade Gama Filho, RJ UNIFOR - Universidade de Fortaleza, CE UNIJUI - Universidade de Ijui, RS UNISINOS - Universidade do Vale dos Sinos, RS UPF - Universidade de Passo Fundo, RS USU - Universidade Santa Ursula, RJ UTAU - Universidade de Taubaté, SP

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