Fichamento artefatos da historia strathern
“ o que provocou essa recuperação do passado no futuro foi o próprio advento real: o aparecimento dos europeus e as historias que circularam a seu respeito. Neste ensaio, defendo o argumento de que ao menos no que diz respeito a grande parte da melanésia, e especialmente a papa nova guine, os europeus apresentaram inicialmente um tipo particular de imagem. As imagens que contem em si tanto o tempo passado como o futuro não devem ser situadas em um contexto histórico, pois incorporam a historia. Segue-se que as pessoas não precisam, pois, explicar imagens desse tipo fazendo referencia a ventos fora delas: as imagens contem os eventos. “ p. 211 A não surpresa da chegada dos europeus indica outra forma de entende seu aparecimento, ou seja, sua imagem, as imagens que contem os eventos de sua aparição. Como strathern tende a ver as culturas da papa nova guine como aquelas que veem imagens ligadas e apresentadas por meio de artefatos, e os artefatos extremamente personalizados, o que importa saber é como os melanésios atribuem aos outros a fabricação de artefatos ou a produção de performances, o que sugere que o aparecimentos dos europeus se deu através de uma performance ou de um artefato. O que este texto parece, então sugerir é que a divisão entre antropologia social e aquela material ligada aos museus ocuta possíveis ilustrações das formas como os melanésios elaboram a mudança social e se transformam p. 212 Os eventos duas visões de tempo Os eventos podem ser entendios como resultados inevitaiveis e portanto naturrais dos arranjos sociais, ou de forma ainda mais aguda, como o encontro fortuito que não havia sido previsto por esses arranjos. São esses os dois tipos de vento qdos quais sahlins trata no pacifico. P. 212 Então ela faz referencia a sahlins Ele explora a intonimia entre a contigencia dos eventos e a recorrência das estruturas entendendo o evento para uma relação entre acontecimento e estrutura. A estrutura e o evento são mediados por um terceiro termo, ‘ a estrutura da conjuntura’. P. 213 “ deve-se considerar que a estrutura coordena os eventos: ele descarta a ‘distinção nociva entre ambos em prol da realização da estrutura no e evento e vice-versa. Na há evento sem sistema, ele propõe, e é claro que é dessa maneira que os antropólogos devem fabricar o conhecimento para eles mesmos. “ p. 213 É dessa maneira que ele sugere que o evento seja a relação entre um acontecimento e a estrutura, como se o evento fosse um acontecimento interpretado, porque a interpretação cultural tende a domesticar o acontecimento. Mas essa relação é imputada aos havaianos, porque seria sua forma de interpretar acontecimentos, sua relação entre conceitos e objetos externos. “Dai sua observação de que ‘ tudo se passa como se nada acontecesse: como se fosse possível não haver historia, não haver nenhum evento inesperado, nenhum acontecimento que já noa estivesse previsto pela cultura. ‘ “ p. 213 Então ela entende que a estrutura é uma forma de enquadramento. Se o evento é um acontecimento remetido ao seu contexto referencial, é entendido ao sistema que lhe pertence
e que lhe atribui significados, o mesmo pode ser dito em relação aos artefatos,. Então a antropologia toma essas interpretações nativas como objeto ou matéria prima de sue conhecimento. É como se a antropologia” descontextualiza os esforços de contextualização nativos (europeus ou havaianos). P. 214 Deve-se então considerar a interpretação das pessoas como sua historia, porque a versão sobre o que fazemos nos antropólogos reside nos códigos de referencia e contextualização nativos. Então para buscar esse conhecimento entre acontecimento e estrutura, as relações estruturais entre os eventos, devemos nos atentar para a sistematização dos artefatos e das performances, as imagens que as pessoas desejam transmitir, e como elas compreendem os efeitos as ações sociais para elas mesmas. “ E isso não se pareceria com nossa historia porque um sentido de tempo bastante distinto está em questão. “ p. 214 Então ela distingue a explicação que podemos dar de um evento como ocorrência acidental e como performance. No primeiro ele é algo casuístico, acidental, natural, e pode ser compreendido numa série de eventos que se seguem um após o outro. O outro sentido evoca seus efeitos. O evento é compreendido em termos do que contem, das formas que oculta ou revela, do que está registrado nas ações de quem o testemunha. Desa forma o tempo não é uma linha que divide os acontecimentos. Ele reside na capacidade uma imagem evocar o passado e o futuro simultaneamente. P. 214-215 O advento dos europeus Então é de supor que a chegada dos europeus tenha causado surpresa, que tenha sido um evento único e inesperado e que tenha causado surpresa e tenda deixado estapafúrdios os melanésios. Também é de supor que diante de tal incredulidade, eles tendam procurado em seu universo cognitivo ou cosmológico correspondências para poder dar sentido e integibilidade a este acontecimento, que tenham tentado fazer referencias e relações dos europreus com suas divindades no interior de seus sistemas cognitivos. Mas srtathern propõem outra coisa. “Suponhamos, pois, que assimilamos esse evento – a chegada dos europeus – a algo que os melaneios já estavam de fato fazendo. Podemos lançar uma luz bastante distinta sobre a singulareidade, o poder e o contexto. “ p. 216