O AMOR DE UMA CELESTE Reuniram-se muitos artistas E finalmente fizeram o contrário. Muitas mãos filmadas ao que penso Ao mesmo tempo ou derrotadas Uma a uma acrescento Numa cara e sem lamento Umas quinze para o evento. E assim é o filho Mas sem o penso.
O MUNDO E O ESPAVENTO Caiu um peixe tão alto De tão alto tão alto Que eu diria que era da Lua. Caiu no mar O vi chegar pelo ar brilhante E era assim comprido Arqueado Era peixe frito vadio. Era de Lisboa.
O SEGREDO E O MONSTRO Vejo-te a voar na vida Deste muro branco e alto As cúpulas brancas e redondas Iglus de nova esperança. Quem lá estará Consideração dogmas e juízo Juízes. A árvore da vida A pataca. Árvore de novo de vida. A árvore.
SEREI UM PEIXE NA RUA Carimbo Carimbo tão rápido Mais que um carimbo um rápido. Tenho minha mão com uma mola De papelada a ser relembrada. Carimbo de impressora Antiga dourada mexendo. Carimbei todo o dia assim E agora que fazer. Não sei. Escrevo nestes desenhos Que ficam dos amantes das palavras Serei eu Não sei Mas não sei Ignorei. Poderia ter tentado A beleza do monstro. No fundo é verdade. São meus amigos os artistas. Continuado de primeiro. Ponho o primeiro no topo. É assim. Algo me seduz na escrita Mas não na vida de sua artista. O mundo. Estamos no segundo período da
história da pré-história./ Falamos de seguida acerca de tudo isto E somos os valentes Começamos a cortar Fim de corte. Somos os heróis do morto Apenas na condição de fama E isso é na fruta já. Amo de a ver julgar E não a deixar atirar. Falo de mim sou perdido Mas algo que digo é tristeza. O período Manuelino neste caso é bonito sim senhor/ Faltava-me de ouvir isto. Porque nem sempre se casam as comadres./ Oro.
O MUNDO E A SUA TRANCA Um rio se formou depois de uma regata de Deuses/ De um barco comprido e muitos remos Assim é um rio de esperança Visto do céu alto. O modelo foi tirado de um barco de Deuses Romanos/ E a ideia de um rio seco. Como não me informar mais cedo acerca de tudo isto./
O AMOR E A INTRIGA DA BELA Olho para dentro de um pranto imenso A cascata ágil no momento Chora em pranto. A desligaram mais tarde. Depois veio outra tarde A tarde do infinito Um sapo coaxa Um nenúfar embala A virtude é um pranto. Assim é um divino da tarde Olho na tarde do regador. E me embala o ser ver no nenúfar a sua flor./ Assim é o tempo depois do seu tempo. O mundo do nenúfar e da sua flor. Mundo. Que se embala. Um mundo a se ver depois do mundo.
O DIA DE UM PADRE Mocho mocho mulher Passou bem feita Bonita e disparei A meu jeito Sorriu. Mocho mocho mulher Passou um grilo Grande estacionado Depois uma mulher encapuçada por sua cabeleira/ Loura Negra Olhos lá dentro Condensada Era eu o fotógrafo. Deus a tem também. Sim Mas Deus é grande. Deus a tenha. Bonita cabeleira. Bom tema a ouvir. Sempre mais e mais no sermão.
O AMOR DE UM SÉCULO Que é a lua no céu Uma teta escrevendo Jorrando luz para o infinito porvir Caminhando Uma prisão nos recordando Aonde habitamos e sua irmã escrevendo./ Sim somos os poetas Já fomos incendiados Ainda não Mas não seremos lembrados. Recebo o meu caixão por mar Com várias janelas a ver as luzes. A ver o mar Aonde é o destino dele sempre. O amor de o mar eterno.
O AMOR DE UM PASTOR Um cantil pisado A água acabada Vertida também. Gostaria de ter sido eu o seu autor Mas não sou o Deus. Deus e o seu pastor Na serra. Pasto e as suas gentes Vão contentes. Sonhos. Sim é verdade Estou nesta sua idade. Amor e a vila inteira Soube. Ama o burro. O burro e o asno zurram. Alimento de mal o amado. Almas gémeas de tolerância.
COMO NO COMEÇO OU O SOL NO SEU LUGAR Gosto de ver aquela quebra de rocha O Sol se move na sua encosta E desejo toda a sua candura Porque me sei mover Esperar e fotografar. Altaneiro no seu local Ninho de vespas Altar do lugar Alavanca magnífica Gémeas Eu desejaria de ser Deus. Gosto de te falar. Mas espera aí. Vou a falar. Vou a falar a ninguém. Destruo o Sol Apenas eu a mim. Vejo a mim.
DEUS É MUITO Vou Estou. Ser de tudo. Estou vendo. De tudo. Desde. De tudo.
COISAS E LOISAS Muitos x´s Porque não os destacas. Uma bola também o segredo Muito branca. Montes e auras Céus e penedos. És um operador. Estás a salvo. Amaste.
A ARTE NO FUTURO Sopro nos meus dossiers De lá saiem pombos. Que será grande magia Verdadeira alegria Ou melhor internet.
VERDE OU AZUL QUE SE FARÁ Vejo este dia É um clima prematuro. Baile e bailados Usavam nos decotes diamantes Grandes Material foleiro mas giro. Limpavam a boca com eles E os atiravam. De novo se limpavam Ou mesmo os colocavam outros. Sempre os ponham desaparecendo Ninguém os via aparecendo. Luz eterna e sedutora Manipulação do amor Que mais o amor seria. Apenas de adivinhas. Vezes sem conta os contei E ali mesmo os pousei. Amei de os ver mas não de os conter. Algo do mundo é sobra. O ser mais celestial do mundo É o amor em si. E de uma lágrima me ri apressada. Ou mais o além. Verde espelho de si mesmo Vadio o meu pecado Mas mais vadio o dia primeiro.
O MUNDO Sou Verbo Amo Tonto Ver Ser Estar Amar E Caminhar. Estar.
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