Seguranca No Manuseio E Na Aplicacao De Produtos Fitossanitarios

  • November 2019
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  • Words: 1,511
  • Pages: 75
II FÓRUM DE MEIO AMBIENTE Lucas do Rio Verde - MT

SEGURANÇA NO MANUSEIO E NA APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS

Eng. Agr. MSc. Cyrus Augustus Moro Daldin

A Propriedade Agrícola para a qualidade no uso de produtos fitossanitário

Aonde aplicar o produto com segurança.

UEPG NUCLEAM

UEPG NUCLEAM

UEPG NUCLEAM

milho

soja

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO BRASIL

1940 • 1a aplicação de agrotóxicos no Brasil • BHC (organoclorado) para controle de gafanhotos • EPI´s • Adaptados da indústria para agricultura • Baixo conforto e segurança • Confeccionados com materiais impermeáveis • Baixo conforto térmico • Confeccionados com materiais grossos/pesados • Dificuldade nas operações

O desenvolvimento de EPI para trabalho em  local aberto

Não havia a preocupação da exposição dérmica... São Paulo, 1956

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO BRASIL • Alguns problemas ligados ao uso de EPI´s: • Sua recomendação é feita de forma indiscriminada e sem critérios definidos • Apenas atenua a possibilidade de acidentes • Podem representar uma considerável carga de desconforto • A percepção do risco é influenciada por fatores de ordem cultural, social, econômica e psicológica

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO BRASIL • Desenvolvimento de estratégias adaptativas: • Senso de imunidade subjetiva: que leva a minimização da probabilidade de que algo negativo possa ocorrer • Ideologia ocupacional defensiva: que busca na negação do perigo (embora conhecido) a possibilidade de continuar trabalhando

Recomendava‐se EPI da industria

Impactos gerados: Não uso de EPI...

Impactos gerados: Uso excessivo ou indevido de EPI...

Impactos gerados: Exposição do aplicador

Impactos gerados: Exposição da sua família

Impactos gerados: 4 – Intoxicação de pessoas e crianças

Impactos gerados: 5 – Preconceitos ao o uso de produtos fitossanitários

Desconhecimento gera o preconceito, o conhecimento leva ao conceito.

Novos conceitos sobre Segurança no Uso de Produtos Fitossanitários

Novos Conceitos de Segurança no Uso  de Produtos Fitossanitários

Fiscalização ƒ Os aplicadores possuem certificado de  treinamento em conformidade a NR‐31? ƒ As pessoas expostas de forma indireta  receberam informações sobre o Uso Correto e  Seguro de Agrotóxicos? ƒ A empresa possui o registro destes  treinamentos (lista de presença, fotos, data,  técnico responsável...)? 28

NR‐31: AGROTÓXICOS – PROIBIÇÕES • É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos: ƒ Não estejam registrados e autorizados pelos órgãos  governamentais competentes. ƒ Por menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e  por gestantes ƒ Para gestante ƒ Em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e  bula ƒ É vedado o trabalho em áreas recém‐tratadas, antes do  término do intervalo de reentrada estabelecido nos rótulos  dos produtos, salvo com o uso de equipamento de  proteção recomendado. ƒ É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na  área a ser tratada durante a pulverização aérea. 

29

Fiscalização Os agrotóxicos adquiridos possuem cadastro estadual? Os agrotóxicos são adquiridos com nota fiscal discriminada? (lote – validade – nr. Registro MAA) O estabelecimento/revenda possui cadastro no órgão  estadual competente? • A quantidade adquirida possui a receita agronômica?

• • • •

30

R I S C O

1942

Risco de Intoxicação TOXICIDADE x EXPOSIÇÃO

=

RISCO

Baixa exposição

Extrem. Tóxico

Pouco Tóxico

Baixo

Alta exposição

Alto

MANEJO DO RISCO

1‐ Cursos e treinamentos

HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

NR‐31 CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL São considerados válidos os programas de capacitação desenvolvidos por: órgãos e serviços oficiais de extensão rural,  instituições de ensino de nível médio e superior em ciências agrárias e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ‐ SENAR,  entidades sindicais, associações de produtores rurais, cooperativas de  produção agropecuária ou florestal e  ƒ associações de profissionais, desde que obedecidos os critérios  estabelecidos por esta norma, garantindo‐se a livre escolha de quaisquer  • ƒ ƒ ƒ ƒ

destes pelo empregador



34

Fiscalização • Quantos funcionários estão envolvidos na  aplicação de agrotóxicos? • Quantos possuem treinamento (SENAR...)? • Eles participam de outros treinamentos sobre  agrotóxicos?

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MANEJO RISCO

2 - Ler e compreender o rótulo Cuidados: Meio Ambiente Armazenamento Transporte

Pictogramas: Para o preparo da calda

Dados do fabricante

Faixa de classificação toxicológica

Cuidados: Precauções de uso Primeiros socorros Tratamento

Pictogramas: Para a aplicação

MANEJO DO RISCO

3 – IDENTIFICAR OS PICTOGRAMAS

MANEJO DO RISCO

4 - Conhecer a Toxicidade do Produto • Sintomas de alarme •Antídotos e tratamentos em casos de intoxicação

Dose

Resposta

MANEJO DO RISCO 5 ‐ Conhecer as vias de entrada dos produtos

Oral (boca)

Dérmica (pele)

Inalatória (nariz)

MANEJO DO RISCO

6 – Verificar a principal via de exposição do produto a ser usado

DL50 DL50

• Oral • Dérmica

CL50 CL50

• Inalatória

Outros parâmetros: • Irritação cutânea. • Irritação ocular.

MANEJO DO RISCO

7 – Alertar o usuário quanto a Classificação Toxicológica

I II

Extremamente tóxico

Altamente tóxico

III

Medianamente tóxico

IV

Pouco tóxico

MANEJO DO RISCO

8 – Conhecer o parâmetro de Classificação DL50 Oral (mg/kg)

DL50 Dérm. (mg/kg)

Olhos

Pele

CL50 Inal. (mg/l) 1h Expos.

Sólido

Sólido

I

< 5

< 20

< 10

< 40

Opacidade da Córnea Reversível ou não em 7 dias. Irritação persistente

Corrosivo

< 0.2

II

550

20200

10100

40400

Sem Opacidade da Córnea. Irritação Reversível em 7 dias

Irritação Severa

0.2-2

III

50- 200- 100- 400500 2000 1000 4000

Sem Opacidade da Córnea. Irritação Reversível em 72 horas

Irritação Moderada

2-20

IV

> > > > 500 2000 1000 4000

Sem Opacidade da Córnea. Irritação Reversível em 24 horas

Irritação Leve

>20

MANEJO DO RISCO

9 – Prescrever as recomendações ao usuário.

• Critério de Classificação: DL 50 – OLHOS

• Recomendação: PROTEÇÃO FACIAL • Recomendação Extra: Protetor Olhos • Prescrever no receituário agronômico • Alertar ao usuário sobre o RISCO.

MANEJO DO RISCO

10 – Alertar o usuário quanto a Classificação da  Periculosidade Ambiental

CLASSE

SIGNIFICADO AO MEIO AMBIENTE

I

Produto Altamente Perigoso

II

Produto Muito Perigoso

III

Produto Perigoso

IV

Produto Pouco Perigoso

2 – ESTUDO DA EXPOSIÇÃO

Exposição X Potencial de Intoxicação Oral

Inalatória

Potencial 100%

Potencial= 100%

Dérmica Absorção:Potencial = 10% · Mãos: 12 % · Escroto: 100% · Face/Cabeça: 50 %

“Exposição Dérmica  50x maior do que a  inalatória”.

Exposição Pele 99,8% Absorção 10%

Cabeça 1.100 cm2

Exposição inalatória

0,2% Absorção

100% Peito D-E 625 cm2

Braço 1.250 cm2

Mão 820 cm2

Perna F-T 593 cm2 Pé D-E 585 cm2

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

HAMILTON HUMBERTO RAMOS Instituto Agronômico Centro APTA de Engenharia e Automação Jundiaí - SP

Pontos de amostragem ‐ exposição dérmica

EDP: 22 amostradores

EDR: 17 amostradores

WHO (1982)

Exposição Dérmica Potencial Partes do Corpo

Haste Normal Haste Longa Bico Traseiro (ml/h) (ml/h) (ml/h) Cabeça 0,42 1,33 0,44 Face 0,28 0,77 0,40 V do pescoço 0,00 0,13 0,05 Braço direito 0,47 1,20 0,56 Braço esquerdo 2,28 1,02 0,30 Antebraço direito 0,50 0,58 0,44 Antebraço esquerdo 0,52 0,45 0,18 Mão direita 0,32 0,69 0,31 Áreas mais Mão esquerda 0,32 0,88 0,23 Dorso 5,86 22,04 5,33 sujeitas a Peito direito 0,43 0,53 0,12 contaminação Peito esquerdo 0,51 0,38 0,11 durante a Coxa direita frente 5,41 2,05 0,34 Coxa direita trás 1,28 3,55 0,18 pulverização Coxa esquerda frente 2,37 1,81 0,21 Coxa esquerda trás 1,23 1,30 0,24 Perna direita frente 0,23 59,30 66,72 Perna direita trás 2,61 4,90 0,19 Fonte: Joaquim F. Neto Perna esquerda frente 0,29 52,51 56,35 Perna esquerda trás 2,98 4,49 0,16 Pé direito 0,88 149,40 99,96 Pé esquerdo 0,88 154,20 83,70 TOTAL 443,20 354,83 12,07

EXPOSIÇÃO PREPARO DA CALDA

MÃOS e BRAÇOS 95% TÓRAX e CABEÇA 2,5%

Mãos PÉS e PERNAS 2- 3%

EXPOSIÇÃO Na aplicação EXPOSIÇÃO DÉRMICA • pernas = 81,2 % • Tórax = 12,0 % • braços = 6,3 % • cabeça = 0,5 %

APLICAÇÃO Costal Manual

Pernas 81,2% Tórax 12 %

Pernas

Braços 6,3% Cabeça 0,5%

REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO

Redução da exposição do aplicador: CERTIFICAÇÃO DE PULVERIZADORES

Aquisição •O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPI’s disponíveis no mercado através da emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). •O fornecimento e a comercialização de EPI’s sem o C.A. é considerado crime e tanto o comerciante quanto o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei.

Todo empregador é  obrigado a fornecer os EPI e  o empregado é obrigado a  usar, sob pena de demissão  por justa causa. (Portaria 3067 de 12/04/88  do Ministério do Trabalho)

Medidas do empregador rural: •

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O empregador rural ou equiparado deve sinalizar as áreas  tratadas, informando o período de reentrada. 

MODELO DE PLACA DE RISCO

PERIGO

ÁREA TRATADA COM

AGROTÓXICO

USO OBRIGATÓRIO DE EPI PARA ENTRAR

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Cuidados para lavar os EPI

• •

Lavar separado da roupa comum   ‐ Não usar alvejantes. Lavar em água corrente – Secar á sombra.

Cuidados e manutenção do EPI • Após o uso, lave e descontamine em separado das roupas da família. • Mantenha em bom estado de conservação. • Faça revisão periódica. • Guarde em local separado. • Substitua sempre que necessário.

“Ninguém pode persuadir outra pessoa a se modificar. Cada um de nós toma conta da “porta da mudança”, que só pode ser aberta pelo lado de dentro. ‘ Não podemos abrir a porta de outra pessoa, seja por meio de argumentos ou de pressão”. Marilyn Ferguson, escritora americana.

Eng° Agr° MSc. Cyrus Augustus Moro Daldin

[email protected] www.pr.gov.br/sema Fone: (42) 9972 -0690 Ponta Grossa - Paraná

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