Robert Johnson, Conversando Com O Diabo

  • November 2019
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  • Words: 3,428
  • Pages: 12
Robert Johnson Conversando com o Diabo

Samuel Peregrino

“Quando eu deixar esta cidade... você terá uma grande, uma longa história para contar.” Robert Johnson em "From Four Till Late"

Robert Johnson, Conversando com o Diabo Por

SAMUEL PEREGRINO 2008

www.diariosinacabados.blogspot.com

Ilustração retirada do filme biográfico de Peter Meyer, "Cant You hear the Wind Howl?"

Copyright © 2008 Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19.2.1998

White Plaza Hotel, Dallas, Texas, 1937

Numa mesa ao canto o avisto por detrás de garrafas de Jake vazias e um copo semi cheio. Há muita fumaça por aqui senhor Johnson. Levanta os olhos acuados como se escondessem da luz. Olá Simon, respondeu-me calmamente. Não precisa me chamar assim, ninguém irá nos ouvir. E como vai a perna? Há boatos de que Jake causa paralisia temporária. O que há de errado no meu "jake walk"? Está melhor agora, só preciso de tempo para descansar. O tempo diluído em aguardente? Perguntei. Está preocupado comigo Simon? Não é de seu feitio. O trato não será desfeito. Robert Johnson sabia que o prazo passava e estava em Dallas a fim de cumpri-lo a tempo. Restava-lhe poucas semanas e faltava o registro da segunda sessão das 13 canções que completariam o disco; ainda faltavam “Sweet Home Chicago” e “Me and Devil Blues”. Vinte e nove canções fora o acordo que fizera com Thomaz naquela noite de 35; nunca soube o real motivo, Robert nunca fora um grande músico, seu blues sujo, carregado com letras sofridas me lembra o início com W. C. Handy e sua “St. Louis Blues” a primeira de muitas work songs. Por onde andou Üriel? Dei uma volta por Chicago, ouvi falar que já existem instrumentos eletrificados por lá. Isso é conversa daqueles garotos do Sonny Boy, loucos para fugirem do Mississipi longe daquelas harmonias sem vida. Johnson respondeu em êxtase. Acho que está errado Robert, vi com meus olhos que a terra nunca vai devorar, um jovem negro, o chamavam de “Água Lamascenta”. Empunhava uma guitarra maciça apelidada de “Log”; o luthier que a fabricou usava captadores comuns para violões em modelos Epiphone. Qual era o nome do homem que a fabricou Üriel? Era um veterano guitarrista chamado Les Paul. E esse “Águas... como é mesmo que você o chamou?! Muddy. Muddy Waters. E ele tocava bem? Não como você, se quer saber. Não pensei nisso Simon. Em que pensa então Robert, vindo para essa terra de discórdia e poeira? Não foram vinte e nove músicas o trato, porque ainda está aqui? Resta a segunda sessão de gravação para podermos escolher as melhores. Isso é detalhe você sabe. Não precisa disso, pode sair fora. Mas você não pode não é? Robert Johnson sempre teve olhos acesos, inflamados como o diabo, mas naquela noite quente de junho havia amargura misturada a frustração, tudo azedado com extrato de gengibre jamaicano, 85% de álcóol. Robert amenou com a cabeça:

Você nunca entendeu Simon, quer que eu conte novamente a história? Quer que eu clame por misericórdia? Por paz? Apenas me diga o motivo Robert... Porque quer saber? Do que adiantaria? Quero sabe ao menos que teve uma escolha. Eu nunca tive uma escolha Simon. Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15 anos antes dele aprender a formular as primeiras pentatônicas, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Quando cheguei em Chicago todos comentavam sobre o negro virtuoso que fizera um pacto com o diabo para obter fama com o blues, todavia poucos conhecem a verdadeira história... Lembro-me de Johnson praguejando alguma blue song num corredor insípido de um hotel vagabundo no lado oeste do Mississipi. Bêbado e cambaleante ele cantava alguma coisa como: "...hoje de manhã cedo quando você bateu na minha porta; Eu disse "Olá, Demônio, acho que é hora de ir." Reclinado sobre a soleira com os braços cruzados perguntei-lhe o que significava aquela letra. “Você já conversou com o demônio meu amigo?” Indagou-me em tom zombeteiro. “Prefiro conversar com os homens Robert”, respondi. Naquela noite Johnson me contou o que ocorreu na lendária noite de 35. Era quase meia noite, Robert partira para Clarksdale numa encruzilhada da rodovia 61 com a 49 levando consigo uísque adulterado e sua Dobro 1927 californiana com velhas cordas oxidadas a ponto de rasgar os dedos. A fumaça de seu Lucky Strike Bull´s Eyes cortava o espaço nebuloso quando um bend escandaloso fora cuspido de uma velha gaita cromada. Era Thomaz. Robert continuara a estória assegurando que quando desejou seguir Son House por Robunsonville este o esnobou certa vez num café ao lado de Willie Brown, “Aquilo nunca foi nem será blues, ele veio me procurar, disse que me seguiria onde eu fosse, coitado, o garoto não tem talento Wil.”

O final todos conhecem, Thomaz toma o violão empenado de Johnson e o afina um tom abaixo, a tensão das cordas se foi e o que ouvi depois foi um mi maior afrouxado seguido de uma pegada densa, arrastando um riff pesaroso caindo para um lá maior, tensa mas singela, o contraste da chegada na quinta da harmonia foi um repouso melódico para depois voltar com mais vivacidade na nota principal. Nada de solos impertinentes, obviedade na execução. Tocava como um demônio! Quando Robert pegou seu violão executou na mesma precisão a lição ouvida. O resto é lenda. Contam que quando voltou à Robunsonville encontrou com Son House e Willie Brown que ficaram assombrados com o desenvolvimento técnico e musical de Johnson em tão pouco tempo. Daí o famoso mistério: Johnson, em uma encruzilhada, teria vendido sua alma para o demônio, para ser um grande guitarrista. Dos poucos que conheci que viram Johnson tocar nas noites quentes do Delta, diziam que seu violão nunca desafinava e que escrevera 29 canções em sete dias. Você quer saber se a história é verdadeira Simon? Eu sei que é Robert, só não sei ainda qual foi o preço. Em 1936 resolveu gravar suas músicas, e recorreu ao dono de uma loja de discos. Este lhe apresentou a uma pessoa que trabalhava para a gravadora ARC, chamado Ernie Oertle. Em novembro, Johnson e Oertle foram para Santo Antônio e em apenas 5 dias gravaram as músicas que mudariam o blues: Kindhearted Woman Blues - I Believe I'll Dust My Broom - Sweet Home Chicago - Rambling On My Mind - When You Got a Good Friend - Come On In My Kitchen - Terraplane Blues - Phonograph Blues - 32-20 Blues - They're Red Hot - Dead Shrimp Blues - Cross Road Blues Walking Blues - Last Fair Deal Gone Down - Preaching Blues (Up Jumped the Devil) If I Had Possession Over Judgment Day. Estas canções foram gravadas apenas com voz, um violão acústico com cordas de aço e um slide na mão esquerda. Ao final Johnson retornou para o Mississipi e deu prosseguimento a sua meteórica carreira. Em junho de 1937 voltou ao estúdio agora em Dallas, foi quando tive a chance de revê-lo. Gravou mais uma série de canções: Hellhound On My Trail - Little Queen of Spades - Malted Milk - Drunken Hearted Man - Me and the Devil Blues - Stop Breakin' Down Blues - Traveling Riverside Blues - Honeymoon Blues, sendo dois takes de cada, também 3 takes de Milkcow's Calf Blues e 4 de Love in Vain. No ano seguinte excursionou por várias cidades, entre elas St. Louis, Detroit, Chicago e Memphis. Tornou-se o King of the Delta Blues.

13 de Agosto de 1938, Greewood, Mississipi Após a apresentação no Three Forks em Greewood Robert passa mal com dores fortes no estômago, eu o levo para minha casa, ali ele me assegura que teria sido envenenado por um marido ciumento de uma amante do passado. Qual o nome dela Robert? "Do que adianta agora meu bom amigo, eu vou morrer de qualquer forma, ela é apenas um fantasma". Ele agoniza num velho sofá cinzento. 'Lembra daquela história que lhe contei anos atrás Simon? Sim, onde o velho Thomaz lhe ensinou a tocar blues. "Você sempre quis saber o motivo não foi?" Acho que já sei Robert. "Thomaz lhe contou?" Não, você contou para todos em Love In Vain amigo... “Eu a segui até a estação com uma maleta em minha mão, E eu segui-a à estação com uma maleta em minha mão, Bem, é duro dizer, é duro dizer quando todo seu amor é em vão, Todo meu amor em vão. Quando o trem rolou até a estação eu olhei-a no olho, Quando o trem rolou até a estação eu olhei-a no olho. Bem, eu era solitário, me senti assim solitário e eu não poderia ajudar mas gritei todo meu amor em vão”. Quando o trem saiu da estação com duas luzes atrás de mim. A luz azul era meu Blues e a luz vermelha era minha mente, Todo meu amor em vão! Oh Willie Mae! Oh Willie Mae! Todo meu amor em vão! Pouco antes de morrer em 16 de Agosto de 1938 Robert Johnson me contara que aprendera a tocar blues sozinho quando mudou para sua cidade natal Hazelhurst em 1931, ano que fora desprezado por Son House. Contou-me que aprendera sua técnica tocando com músicos de rua nas tardes melancólicas do Mississipi. E o que pediste a Thomaz, Robert?! Indaguei-o pela última vez. Não houve tempo, Robert Johnson dera seu último suspiro aos 27 anos naquela noite abafada onde os corações adormecem devagar. Muitos acreditam ser verdade o mito em que Johnson vendera a alma para o diabo em troca de sua técnica ímpar, porém poucos sabem ao certo o real motivo que o levou a procurar Thomaz naquela encruzilhada sinistra. O que eu sei é o que está em meus relatos, não fora em troca de virtuosismo, o pacto de Robert Johnson com o diabo, ele não me revelou, mas pude ler em seus olhos, Willie Mae, Willie Mae.

Mix

Jake: É uma bebida feita do extrato de um gengibre jamaicano (jamaican ginger extract), com um teor altíssimo de álcool etílico (de 70 a 85 %) e que era comercializado no início do século XX como um tônico medicinal para todo tipo de doença, o que evitava sua proibição pelas leis americanas. Por ser mais barato que o whisky, foi muito consumido pela parcela mais pobre da população americana. O jake vendido entre os anos de 1920 e 1930 não causava nenhum tipo de problema de saúde. Porém, na primavera de 1930, o Departamento do Tesouro Americano, que administrava as leis de proibição, reconheceu que ele estava sendo usado como uma fonte ilícita para o consumo de álcool e solicitou mudanças em sua fórmula para desencorajar seu uso. Esse novo jake era amargo e muito difícil de beber.Foi então que uma dupla de químicos amadores, fabricantes de jake, trabalharam para desenvolver alguma substância que mudasse a fórmula, passasse pela lei, e que tivesse um paladar mais agradável. Estabeleceram o tri-orto-cresil fosfato (TOCP), que passou nos testes e manteve o jake agradável de se beber. O que els não sabiam é que o TOCP é um potente assassino de células do sistema nervoso. O resultado disso é que cerca de 50.000 pessoas , principalmente nos estados do sul, ficaram com membros paralisados, na maioria das vezes a perna e as mãos, por terem consumido jake. Em alguns casos a paralisia era temporária, mas quase todas as pessoas eram forçadas a caminhar mancando, com bengalas e outros tipos de apoio, estilo de andar que rapidamente ficou conhecido como "jake walk". Logo surgiram também as expressões "jake leg" ("perna de jake") e "jake foot" ("pé de jake"). W. C. Handy: Filho de ex-escravos, Handy saiu de casa ainda adolescente, viajando de cidade em cidade, dando aulas de músicas por onde passava, até se estabilizar em Memphis, Tennessee, onde mais tarde, ao lado de Harry Pace, fundou uma distribuidora fonográfica. Trabalhando em Memphis, compôs "Memphis Blues" (publicada em 1912), "The St.Louis Blues" (1914) e muitas outras canções que incorporaram instrumentação do jazz com a contagem de tempo do ragtime e do tango dentro do compasso do blues. Em 1918, mudou-se para Nova Iorque onde continuou a trabalhar como compositor e arranjador para filmes, rádio e produções da Broadway.

Work songs: As Work Songs eram cantos de trabalho, onde, enquanto trabalhavam, um dos escravos cantava um verso e os outros repetiam, trabalhando todos em sincronia, ou seja, um mesmo ritmo. Sonny Boy: também conhecido como John Lee Williamson, foi um gaitista de blues nascido em Jackson, Tennessee, cuja primeira gravação, "Good Morning, School Girl", foi um suceso em 1937. Ele foi bastante popular no sudeste dos Estados Unidos e tornou-se um sinônimo da gaita no blues nas décadas seguintes, fazendo de seu apelido um nome artístico usado comumente na época de seu assassinato em 1948. Muddy Waters: O nome artístico (em português, Águas Lamacentas) ele ganhou devido ao costume de quando criança brincar em um rio. Ele mudaria-se mais tarde para Chicago, Illinois, onde trocou o violão pela guitarra elétrica. Sua popularidade começou a crescer entre os músicos negros, e isso o permitiu passar a se apresentar em clubes de grande movimento. A técnica de Waters é fortemente característica devido a seu uso da braçadeira na guitarra. Suas primeiras gravações pela Chess Records apresentavam Waters na guitarra e nos vocais apoiado por um violoncelo. Posteriormente, ele adicionaria uma seção rítmica e a gaita de Little Walter, inventando a formação clássica de Chicago blues. Com sua voz profunda, rica, uma personalidade carismática e o apoio de excelentes músicos, Waters rapidamente tornou-se a figura mais famosa do Chicago Blues. Até mesmo B. B. King referiria-se a ele mais tarde como o “Chefe de Chicago”. Violão Dobro: uma espécie de violão amplifônico semelhante aos violões Dinâmicos fabricados pela Del Vecchio no Brasil. Estes instrumentos começaram a ser fabricados nos EUA - primeiro na Califórnia ,depois Chicago- em 1927! Durante a década de 20 e na seguinte também - muitos construtores de instrumentos atendiam ao apelo de músicos - que gostariam de possuir instrumentos com mais volume e construção com corpos maiores - ou mesmo iniciando experimentos com amplificação. Mas plana, estilosa ,portátil e afetiva solução foi oferecida por vários modelos de guitarras amplifônicas, conhecidas comumente por "dobros". Este nome surgiu da apropriação das sílabas iniciais da marca Dopyera brothers: Do - Bro. comumente, os Dobros são feitos de madeira (salvo algumas exceções) e os Nationals são feitos de metal (National Steel Guitar). Além do já citado cone de alumínio, estas guitarras possuem um som distinto também pelo seu corpo de metal.

Les Paul: Les Paul, nome artístico de Lester William Polfuss (Waukesha, Wisconsin, 9 de junho de 1915) é um guitarrista e pioneiro no desenvolvimento de técnicas musicais instrumentos elétricos modernos. Começou a se interessar por música aos 8 anos de idade, quando começou a tocar gaita. Logo aprendeu banjo e posteriormente guitarra. Aos 13 anos de idade já era guitarrista de country-music e já tocava profissionalmente. Após participar de algumas bandas, Paul lançou seus dois primeiros discos em 1936: um deles com o nome de Rhubarb Red, e outro como músico da banda de Georgia White. Depois de anos fabricando suas próprias guitarras e inovando com novos modelos e características de fabricação, cria uma das primeiras guitarras com corpo de madeira sólido. A Gibson Guitar Corporation fabricou algumas dessas guitarras, mas não quis assiná-las com logo da marca. Após alguns anos, a fabricante mudou de idéia: Gibson Les Paul é uma guitarra usada no mundo todo, tanto por profissionais quanto por amadores. Guitarra LOG: O guitarrista Les Paul foi o primeiro a solucionar o enigma de como amplificar uma guitarra de estilo espanhol: uma vez que o corpo da guitarra era o maior problema, ele eliminou-o completamente, substituindo-o por um pedaço de madeira de pinho em 1940. Assim nascia "The Log" (O Cepo), que foi a primeira guitarra elétrica como nós as conhecemos hoje. Nos anos 40, apareceram as primeiras guitarras elétricas de corpo maciço. Houve polêmica a respeito de quem produziu a primeira. O guitarrista Les Paul criou sua própria guitarra log, usando o braço de uma Gibson adaptando a uma peça maciça de pinho na qual foram instalados os captadores e a ponte. Outro que pode ter sido o pioneiro é o engenheiro Paul Bigsby, que fez uma guitarra de corpo sólido para o guitarrista de country Merle Travis. A forma e a confecçao dessa guitarra tiveram influência direta de Leo Fender, que depois se converteria no mais respeitado fabricante. Em 1950, a empresa de Leo Fender, sediada na Califórnia, lançou a primeira guitarra elétrica de corpo maciço fabricada em massa: a Fender Broadcaster, que logo seria rebatizada de telecaster. Em 1952, a Gibson lançou a Les Paul de corpo maciço. Essa guitarra tinha elementos em geral ligados à marca Gibson na linha arch top. Em 1954, a Fender lançou a legendária Stratocaster Willie Brown: (Bluesman nascido em 06 de Agosto de 1900 guitarrista e cantor de blues de Clarkdale, Mississipi, tocou com Son House, Charley Patton e Robert Johnson

Bend: Bend é uma técnica no qual você levanta ou abaixa a corda do instrumento para chegar em outra nota. Quando curvamos a corda, a nota que era tocada tem sua afinação mudada, elevada a uma nota mais aguda. Você pode tocar bends de ¼, ½, 1, 1 ½, 2 tons, o quando você e principalmente suas cordas agüentarem. Essa técnica é muito usada na guitarra moderna, pois dá ao guitarrista um caminho adicional para expressar suas idéias. Riff é uma progressão de acordes, intervalos ou notas musicais, que são repetidas no contexto de uma música, formando a base ou acompanhamento. Riffs geralmente formam a base harmônica de músicas de jazz, blues e rock. Riffs são na maioria das vezes frases compostas para guitarra mas muitas vezes podemos encontrar músicas com riffs compostos para outros instrumentos, como baixo, piano, teclados, órgão, etc. Basicamente qualquer instrumento pode tocar um riff.

Mais *Somente duas seções de gravação aconteceram dois anos antes da sua morte. A primeira seção ocorreu em Novembro de 1936 em um quarto de hotel em Santo Antônio, Texas. Durante os 3 dias de gravação ele gravou 16 faixas para a American Record Company; incluindo os clássicos conhecidos "I believe I'll dust my broom", "Sweet home Chicago", "Terraplane Blues", "Cross road Blues", "Come on in my kitchen" e "Walkin Blues. A Segunda seção de gravação foi realizada em Junho de 1937 em um depósito em Dallas e mais alguns clássicos foram gravados como: "Traveling riverside Blues", "Love in vain", "Hell hound on my trail", e "Me and the devil Blues". *Em 1938 Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte. Outra lenda diz que ele morreu de quatro uivando no corredor do hotel que ele estava.

*O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento. *Robert Johnson gravou seu repertório em sessões no Mississipi e clássicos no Texas. As duas versões de Crossrodas, por exemplo, foram registradas em Santo Antônio(Texas). Coube a ele escrever a música a caminho, em uma parada em Forth Worth.

Me and The Devil Blues (tradução) Robert Johnson "Hoje de manhã cedo quando você bateu na minha porta E eu disse "Olá, Satan, acho que é hora de ir" Eu e o demônio andávamos lado a lado Eu vou bater em minha mulher até ficar satisfeito Ela diz que não sabe porque aquilo Vou tratar ela como um cachorro Deve ser aquele velho demônio tão enterrado no chão Você pode enterrar meu cadáver na beira da estrada Então meu velho demônio pode pegar um ônibus e dirigir"

Roberth Johnson foi um artista de Blues da década de trinta de carreira tão influente quanto curta. Gravou apenas 29 músicas antes de ser morto envenenado, mas influenciou todo o blues e rock que se fez desde então. Son House afirmava que Johnson havia feito um pacto com o demônio.

Fonte: Wikipédia

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