Risco E Retorno

  • June 2020
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  • Words: 1,374
  • Pages: 27
ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas, 2003. Cap. 11: Risco e Retorno, p.

Introdução

As decisões financeiras são tomadas em um ambiente de incerteza com relação ao futuro

Parte-se do pressuposto que todo investidor tem aversão ao risco e prefere maximizar o retorno de seus investimentos

Risco: capacidade de se mensurar o estado de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades de ocorrência de determinados resultados

11.1

Mercado Eficiente

É aquele onde os preços refletem as informações disponíveis e apresentam grande sensibilidade a novas informações relevantes

O valor de um ativo é reflexo do consenso dos participantes com relação ao seu desempenho esperado

Nenhum investidor é capaz de identificar ativos com preço em desequilíbrio

11.1

Mercado Eficiente

Hipóteses básicas do mercado eficiente

Hipótese a Nenhum participante tem a capacidade de influenciar o preço das negociações

Hipótese b O mercado é constituído de investidores racionais

Hipótese c As informações são instantâneas e gratuitas aos participantes do mercado

11.1

Mercado Eficiente

Hipótese d O mercado trabalha com inexistência de racionamento de capital

Hipótese e Os ativos são divisíveis e negociados sem restrições

Hipótese f As expectativas dos investidores são homogêneas

11.1

Mercado Eficiente

Aspectos de imperfeição de mercado

As informações muitas vezes não estão igualmente disponíveis para todos os investidores

Há um grande número de participantes com menor qualificação para interpretar as informações relevantes

O mercado sofre influência de políticas adotadas pelo governo

11.1

Mercado Eficiente

Mercado de baixa eficiência

Há preocupação em avaliar se os modelos financeiros produzem resultados significativos

Os investidores tentam tirar proveito econômico dos desvios temporários dos preços de certos ativos

O ajuste de preços às novas informações depende da capacidade de interpretação dos participantes

11.2

Fundamentos de Probabilidade e Medidas Estatística

O conceito básico de probabilidade refere-se à possibilidade de ocorrência de determinado evento

Variáveis aleatórias: conjunto de eventos incertos representado pelos resultados possíveis de ser gerados

Distribuição de probabilidades: divisão dos resultados esperados pelos valores possíveis de se verificar uma probabilidade de ocorrência

11.2

Fundamentos de Probabilidade e Medidas Estatística

DEFINIÇÕES DE PROBABILIDADE:

Probabilidade objetiva Quando se adquire uma experiência passada sobre a qual há uma expectativa de que se repetirá no futuro

Probabilidade subjetiva Decorre de eventos novos, sobre os quais não se tem nenhuma experiência prévia relevante

11.2.1

Medidas estatísticas de risco e retorno

VALOR ESPERADO Representa uma média dos vários resultados esperados ponderada pela probabilidade atribuída a cada valor

n

E ( R) = R = ∑ PK × RK K =1

Onde: E(R) = R = retorno (valor) esperado PK = probabilidade de ocorrência de cada evento RK = valor de cada resultado considerado

11.2.1

Medidas estatísticas de risco e retorno

DESVIO-PADRÃO E VARIÂNCIA Medem o grau de dispersão dos resultados em relação à média, representado o risco dos possíveis resultados em relação ao valor esperado

n

σ=

∑ P × (R k

K

−R

)

2

VAR = σ 2

k =1

σ

= símbolo grego (sigma) representando o desvio-padrão VAR = variância. É o desvio-padrão elevado ao quadrado

11.2.1

Medidas estatísticas de risco e retorno

Probabi lidade

Distribuições de probabilidades das alternativas de investimentos A e B.

Investi mento A

Inv estimen to B

300

600 700 800

1.100

Resu ltados Espe rados ( $)

11.2.2

Coeficiente de variação

Coeficiente de variação (CV): expresso em porcentagem, indica a dispersão relativa (risco) por unidade de retorno esperado Permite que se proceda a comparações mais precisas entre dois ou mais conjuntos de valores

CV =

onde

σ X

X = Média aritmética da amostra

11.3

Risco e Retorno Esperados

Componentes do RISCO:

RISCO ECONÔMICO Advindo de conjunturas econômicas, de mercado e do próprio planejamento e gestão da empresa

RISCO FINANCEIRO Está relacionado com o endividamento da empresa e sua capacidade de solvência

11.3

Risco e Retorno Esperados

Componentes do RISCO:

RISCO SISTEMÁTICO É inerente a todos os ativos e determinado por eventos externos à empresa e não pode ser eliminado ou reduzido

RISCO NÃO SISTEMÁTICO (Diversificável) Identificado nas características do próprio ativo (intríseco) e pode ser total ou parcialmente diluído pela diversificação da carteira

11.3.1

Relação risco, retorno e investidor

O objetivo do investidor é selecionar um ativo que lhe proporcione maior nível de satisfação em sua combinação de risco e retorno

TEORIA DA PREFERÊNCIA Revela o posicionamento de um investidor diante de investimentos com diferentes riscos e retornos ESCALA DE PREFERÊNCIA Possibilidades de investimento igualmente atraentes em relação ao risco/retorno esperados

11.3.1

Relação risco, retorno e investidor

Representação de uma curva de indiferença E(R) Retorno Esperado

A curva de indiferença representa a escala de

M

preferência do investidos diante do conflito risco/retorno (Risco)

Qualquer combinação inserida sobre a curva de indiferença é igualmente desejável

11.3.1

Relação risco, retorno e investidor

Reto rno E sperado

Representam investidores

R3 R2

mais ousados, que R1

aceitam mais risco

Ris co

Reto rno E sperado

R3

R2

R1

Representam investidores com maior aversão ao risco, perfil mais conservador

Risc o

11.3.1

Relação risco, retorno e investidor

Retrata o comportamento de um investidor com ausência de aversão ao risco

E( R)

E( R) R3

R3

R2

R1

R2 R1 σ

σ

Mesmo retorno para

Mesmo risco para

qualquer nível de risco

qualquer nível de retorno

11.4

Retorno Esperado de um Portfólio

O retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é definido pela média ponderada do retorno de cada ativo em relação a sua participação no total da carteira

[

E (R p ) = R p = [W × R x ] + (1 − W ) × R y

]

onde:

E(Rp) = Rp = retorno esperado ponderado da carteira (portfólio) W = percentual da carteira aplicado na ação X (1 – W) = percentual da carteira aplicado na ação Y Rx, Ry = retorno esperado das ações X e Y, respectivamente

11.5

Risco na Estrutura de uma Carteira de Ativos

Uma carteira de ativos deve ser formada com alternativas que levem à melhor diversificação do risco alternativas de investimento que possuam correlações perfeitamente opostas e extremas

Investimentos com relaç relação perfeitamente negativa

E( R) Investimentos com relaç relação perfeitamente positiva E( R )

A

A nos

B

A nos

11.5

Risco na Estrutura de uma Carteira de Ativos

OBJETIVO DO ESTUDO DE CARTEIRAS NA TEORIA DO PORTFÓLIO

selecionar a carteira que oferece o maior retorno possível para determinado grau de risco;

selecionar a carteira que produza o menor risco possível para determinado nível de retorno esperado.

11.5.1

Diversificação do risco

A redução do risco pela diversificação Risco da carteira de investimentos Risco diversificável Risco total Risco sistemático 5

10

15

20

Quantidade de ativos

Relação entre o risco (medido pelo desvio-padrão) e a quantidade de ativos inseridos na carteira

11.5.1

Diversificação do risco

Conforme se amplia a diversificação da carteira por meio da inclusão de mais títulos, seu risco total decresce em função da eliminação do risco não sistemático

A partir de certo número de títulos, o risco da carteira se mantém praticamente estável, correspondendo unicamente a sua parte não diversificável

a diversificação pode ser adotada em carteiras de diferentes naturezas, como ações, projetos de investimentos, etc

11.6

Gestão de Portfólio e Classes de Ativos

Existem inúmeros tipos de ativos que podem compor uma carteira, podendo ser separados em diversas classes em função do risco apresentado:

CLASSE I – Ações CLASSE II – Títulos de Renda Fixa Privados CLASSE III – Títulos de Renda Fixa Públicos CLASSE IV – Bens Imóveis

11.6 AÇÕES

Gestão de Portfólio e Classes de Ativos TÍTULOS DE RENDA FIXA PÚBLICOS

Ações locais – Setor de atividade – Tamanho da empresa – Grau de alavancagem financeira Ações internacionais – Países desenvolvidos/emergentes

Títulos do tesouro nacional Títulos do Banco Central BENS IMÓVEIS Imóveis comerciais Imóveis residenciais

TÍTULOS DE RENDA FIXA PRIVADOS Títulos locais Títulos internacionais Rating do título Títulos de alto risco e retorno (junk bond)

11.6

Gestão de Portfólio e Classes de Ativos

Relação de conflito entre risco e retorno de ativos (Farell): Reto rno

CML

esper ad o E(R ) Prêmio pelo r isco

RF

Títulos públicos privados r enda r enda fixa fixa Títulos

Bens imóveis

Ações internacionais

Ações locais

Capital de risco

Risco (σ ) Onde: CML = Capital Market Line Rf = taxa de juros de ativos livres de risco

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