Por vezes, nos momentos difíceis, pequenas áreas de vento Dominam este espaço e contra os diques de poeira, enfeitam-no. Aí quando me vejo de pé, espreito aqui e ali sempre à mesma janela o mero passar da quietude Onde as manhãs imperam Não penso sorrio. Para outro Que o queira ver. Mas o mundo é feito de latitudes Panisulas, ilhas e penhascos habituados à sua conservação Diluídos pelas fronteiras Só uma época inimaginável poderia ser senhora do tempo. A ameaça começa assim O jubilo não tem expressão A árvore cresce na despensa E a divisão +e baixa e húmida Vulnerável ao rastejo da lesma Falar não, respirar pouco Antes o melhor: cumprir. Vivo apenas nas emoções, até que se desliguem Ou esgotem. Foi o fusco e a nuvem vazia De cara desaparecida que os o trouxeram. Por estes sítios Onde os coelhos andam soltos Mora um silêncio Que não avança além deste quarto E lá fora onde seria de esperar o mistério maior Apenas existe uma montanha De gelo prestes a reduzir-se Não fosse pelo menos os passos dos aviadores – Estranhas criaturas sem respiro, À procura de ar. Lembro-me bem ainda aqui, dela, Com os lábios esquecidos A abrir-me as gavetas. Lille, 1995