Desnutrição ProtéicoCalórica Prof. Espec. Cleber Teixeira Alves
Conceito: Síndrome caracterizada por deficiência de calorias e proteínas, acometendo com frequência os lactentes e pré-escolares, adultos e idosos.
Estatísticas OMS estima que 1/3 das crianças do mundo sofrem de desnutrição Redução das taxas nos últimos 10 anos No Brasil: redução de 30%
Avaliação e Classificação Pode ser Primária ou secundária Intensidade: Leve, moderada , Grave. Baseada no déficit de peso/idade, peso/altura, altura/idade
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA Baixo nível Sócio econômico
Baixo peso ao nascer
Baixa estimulação
Fraco vínculo mãe-filho DESNUTRIÇÃO
Desajustamento Familiar Saneamento básico Ausente ou inadequado
Abandono ao aleitamento materno Baixa escolaridade
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA 29% dos óbitos em crianças abaixo de 4 anos nos países em desenvolvimento 150.000.000 de menores de 5 anos têm peso inferior que o normal Brasil: Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (MS/IBGE) / : queda de 20% nos índices de desnutrição ( 10 anos ) P/I – 6% das crianças abaixo do percentil 2 E/I – 10,5% abaixo do percentil 3 P/E – 2% desnutrição aguda / abaixo do percentil 5 No Brasil houve uma melhoria em relação a outros países do terceiro mundo
DESNUTRIÇÃO SISTEMAS COMPROMETIDOS SISTEMA IMUNE Redução da imunidade celular Alterações nos linfócitos T Alterações no metabolismo das citocinas Alterações funcionais das imunoglobulinas Translocação bacteriana (rompimento das barreiras)
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA MUSCULATURA Degeneração e redução do diâmetro das fibras musculares Atrofia e desorganização das miofibrilas Degeneração de mitocôndrias Depleção de glicogênio Edema eptelial muscular Perda de massa muscular Alteração permanente da função muscular
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA APARELHO DIGESTIVO Redução da secreção gástrica, pancreática e biliar Síndrome disabsortiva (lipídeos e carboidratos) Enzima mais comprometida: lactase Diarréia
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA SISTEMA ENDÓCRINO Redução da secreção de Insulina Aumento da secreção de epinefrina consequentemente do glucagon. Resistência periférica à ação da insulina
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA SISTEMA NERVOSO CENTRAL Alteração da função cerebral e aprendizagem: * Erros de equivalência * Pior competência de integração auditivo-visual * Privação de estímulos Deficiências associadas: zinco, ferro e vit E
Diagnóstico clínico Desnutrição leve e moderado: * baseado no peso atual e na sua evolução. * Sintomas inespecíficos, pode haver irritabilidade, diminuição da atividade física Desnutrição grave: apresenta em forma de marasmo ou Kwashiorkor
Marasmo Déficit global de energia Crianças menores que 12 meses Emagrecimento acentuado Pele frouxa,costelas proeminentes Gordura subcutânea ausente Atrofia muscular e até hipotonia irritabilidade
Marasmo
Criança marasmática
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA (transição)
Kwashiorkor Deficiência de PTN 2-3 anos de vida Edema de pele Cabelos quebradiços Lesões de pele apatia,sem apetite
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA Classificação segundo AIDEP: • Marasmo: diminuição progressiva da
gordura dos glúteos e rosto envelhecido • Kwashiorkor: edema de mãos e pés e posteriormente generalizado , lesões de pele.
Complicações Queda da imunidade: infecções de repetição Diarréia crônica Hipotermia Comprometimento de crescimento, inclusivo intelectual
Terapêutica Controle das doenças associadas: diarréia ,parasitoses ,anemia, hipovitaminoses, infecções respiratórias Reposição hídrica e eletrolítica ( se necessário) Cuidados dietéticos
Cuidados dietéticos Alimentar a criança com maior frequência e com variedade de alimentos, preferencia proteína de origem animal Adicionar a dieta óleos vegetais, manteiga ou margarina, para aumentar valor calórico Manter aleitamento materno Complementar a dieta com doses profiláticos de vitaminas A e D e Ferro
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTEICA Analisar e fortalecer o vínculo mãe e filho acompanhamento a longo prazo Estimulação física e emocional Verificar imunização Treinamento da mãe e/ou cuidador
Desnutrido Grave Fornecer vitamina A Tratar e evitar hipoglicemia, desidratação Aquecer a criança
Medicamentos Sulfato ferroso: 3-5 mg/kg/dia 2xd Polivitamínico: 10-20 gotas/dia Calciferol: 600.000Ui IM ou VO Anti parasitário: • Mebendazol • Albendazol • metronidazol
Desnutrido Grave Fornecer vitamina A: • Queratinização • Reparação dos tecidos trato respiratório, digestivo • Evitar manifestações ocular: opacidade da córnea e evitar perda de visão
Fazer diagramação e documentação (subjetiva) Médico: registro (clara, concisa, legível e precisa); Enfermeiro: informações fornecidas pelo paciente, família ou cuidador * Insformações sociocioeconômicas e culturais; * Administração de medicamentos; * Controle de valores de exames.
subjetiva Nutricionista: história nutricional significante e ingestão dietética corrente.
Objetiva Médico: registro, intervenção e ordem de dieta corrente; Enfermeiro: medicações nutricionalmente pertinentes e dados laboratoriais; Nutricionista: dados antropométricos, peso/padrão, altura, peso desejável e peso p/ idade.
Avaliação Médico: interpretação do estado do paciente baseados nos dados subjetivos e objetivos e avaliação dos dados laboratoriais. Enfermeiro: avaliação dos dados laboratoriais. Nutricionista: avaliação da ordem da dieta e avaliação da história nutricional conforme à condição médica.
Planos Médico, enfermeiro e nutricionista: diagnóstico, terapêutica, sugestões para ganhar mais dados subjetivos e objetivos, mapear o objetivo da terapêutica nutricional, recomendações para o cuidado nutricional e examinar e coletar dados, ganho de peso e manutenção do estado nutricional.