Quando debatemos a educação atual, as práticas tradicionais são bastante criticadas. A pedagogia tradicional deixou muitas marcas em função de ser a primeira a ser aplicada. Sua base principal está na figura do professor e na transmissão dos conhecimentos, sendo estes, passados como verdade incontestável. O aluno é educado para atingir sua plena realização através de seu próprio esforço, praticando a repetição dos conteúdos, dos exercícios, da memorização e do uso de fórmulas como meios de aprendizagem. Sendo assim, toda a prática escolar não tem nenhuma relação com o seu cotidiano, e o estímulo costuma ser negativo, por meio de castigos, notas baixas e outras formas de constrangimento. A escola é vista como um preparatório do intelecto e da integridade moral do indivíduo, sua única preocupação é com a cultura, não se envolvendo em questões sociais. Depois de descrever um resumo da tendência pedagógica tradicional, e observar seus aspectos, acreditamos não haver nenhum ponto positivo nela. Mas, isso não é verdade, já que essa pedagogia trazia ao indivíduo uma capacidade decorativa imensa e precisava ter bastante disciplina, uma vez que, o resultado positivo ou negativo, dependia apenas dele mesmo. Sendo assim, vê-se que o potencial disciplinar e cognitivo dos alunos que passaram por esse processo era muito grande. Como ponto negativo, temos a alta pressão psicológica por parte dos professores, e uma didática rígida, sem emoção e interação entre educador/educando e vice e versa. Sabemos que a pedagogia tradicional vive até hoje em pequena escala. Esse peso de ter que se “libertar” dessa tendência, na verdade, não precisa ser carregado. Claro que a educação evoluiu e os alunos mudaram, e por isso alguns pontos deverão, sim, ser descartados, como em qualquer modelo de concepção pedagógica, afinal é preciso atender à demanda atual. Outros pontos, porém, deverão permanecer embutidos em nosso leque de práxis e, de acordo com a realidade vigente, modelados e direcionados a atenderem as nossas necessidades, bem como as expectativas do aluno. Seria um equívoco descartar todas as contribuições que os diferentes tempos da educação nos proporcionam. Assim, nada melhor do que dirigirmos nosso olhar ao passado, fixá-lo no presente e mirar o futuro da educação, unindo família, corpo docente e as tecnologias da informação e comunicação, para torná-la construtiva e para que desempenhe efetivamente a sua função no desenvolvimento dos alunos e da sociedade.