História 50 Gilberto Tema: Amor à DEUS. Ciclo Pré- Primário e Primário
Dona Laura, costurava atentamente em sua sala quando, de repente, sentiu sobre os olhos a pressão de duas mãos gorduchas. _Quem é? Gritou-lhe uma voz alegre junto ao ouvido. Dona Laura sorriu e respondeu prontamente: _É um menino gaiato que gosta muito de passear na chácara da vovó Joana. As duas mãos gorduchas se afastaram logo, um beijo gostoso ressoou na sala, e a carinha sardenta de um garoto de 7 anos apenas, apresentou-se junto ao rosto de Dona Laura. Era Gilberto, o filhinho querido, que tinha ido passear na chácara da vovó. _Gostou de passear? Perguntou a mamãe beijando-o também. Os olhos do menino brilharam de entusiasmo ao descrever o que vira na chácara da avózinha
Citou as frutas gostosas que comera, As árvores cheias de flores e de frutas. As plantas viçosas e floridas, enfim que passeio mais lindo! Descansara debaixo de uma linda jabuticabeira carregada de jabuticabas. Vira também as plantações diversas, como o milho, mandioca e batata doce. As coelheiras que tanto admirava. _Que lindos os coelhinhos, como se ainda os estivesse vendo. Uns brancos, outros escuros....E como são engraçados! Os olhinhos vermelhos, as orelhas bem de pé.
E notando que a mãe o escutava com um sorriso atento, Falou ainda nos ninhos dos passarinhos. _Os filhotes, explicou ele, quase não tem penas e estão sempre de bico aberto, esperando o alimento que as mamães vão buscar, as vezes bem longe. E no entusiasmo falou de como alimentam os filhotes. _Elas colocam o bico dentro do bico dos filhos e lá deixam a comida. Depois, acrescentou, como se estivesse pensando em voz alta: "Se não fossem as mães, os filhotes morreriam de fome; coitados! São tão fraquinhos! Não podem voar." Mamãe Laura disse carinhosamente:
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_A bondade de Deus é tão grande, meu filho, que ninguém fica sem proteção. Gilberto nada respondeu no momento. Aproximou-se da janela que dava para o jardim e olhou para o Céu. Estava lindo! Todo colorido! Vermelho, rosa, levemente dourado. Era a hora do por do Sol. Olhou as flores, as avizinhas que cruzavam os ares, fugindo da noite que se aproximava... Depois como se estivesse pensando em vós alta, murmurou: _Deus é muito bom! Eu o amo muito, muito....Gostaria tanto que ele soubesse! Então mamãe Laura falou comovida: _Deus nosso Pai, te dará oportunidade de provares se realmente o amas. Gilberto ia dizer mais alguma coisa, quando naquele momento, abriu-se a porta e papai entrou, sorridente. Mãe e filho levantaram-se logo para receber o paizinho. Na manhã seguinte, o menino, como de costume, depois do café, foi olhar o jardim. Abriu a janela e... _Oh! exclamou muito assombrado, que foi que aconteceu? É que as plantinhas estavam dobradas para o chão, algumas mesmo com as raízes quase arrancadas. _Choveu toda a noite, explicou acompanhada de ventania. Coitadas! sofrendo.
Dona Laura. Chuva Devem estar
_Vamos socorre-las? Convidou para o jardim. Mamãe Laura nada sorriu feliz, e foi ajudar o filho. Em plantinhas estavam novamente estacas, com raízes bem firmes. olhou para a rua e viu um cãozinho chuva, que olhava para ele ganindo
ele, correndo logo respondeu, mas pouco tempo as erguidas, presas em Gilberto satisfeito muito molhado da tristemente.
_Coitadino, parece que esta pedindo socorro....E com o consentimento de Dona Laura, recolheu o animalzinho e enxugou-lhe o pelo molhado. Logo apareceu o dono do cãozinho e levou-o muito satisfeito, depois de agradecer a Gilberto. Mais tarde passou por ali, um pobre velhinho, carregado de pacotes, o maior se desprendeu-se das mãos. Gilberto, de um salto pegou o embrulho antes que caísse no chão. _Obrigado pequeno! Nem sabes o bem que me fazes, disse o pobrezinho com voz tremula, isso é do meu patrão. São louças, explicou ainda assustado. O menino ficou contente e a mãe tornou a sorrir feliz. Ao anoitecer, o pai chegou muito resfriado, queixando-se de grande mal estar. Gilberto foi logo buscar o chinelo, pois percebeu que os sapatos de seu pai estavam molhados. Quando o paizinho
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se deitou, ajeitou-lhe os travesseiros. O pai olhou para a mãe e ambos sorriram. Naquela noite, Gilberto já deitado, ouviu de dona Laura estas palavras: _Durma filho, tranquilo, por quatro vezes, hoje, destes provas de ter amor a Deus. _Por quatro vezes? Quais? Perguntou curioso. A mãe somente lhe respondeu: _Pensa um pouco e ficaras sabendo. Gilberto ficou só, deitado na cama, pensando, pensando. _Já sei... gritou ele, sentando-se na cama, já sei.... E como Dona Laura não voltou, novamente, sorriu e murmurou: Que bom... Mas hei de provar o meu amor a Deus, ainda por muitas outras vezes. E assim dizendo, cerrou os olhos e adormeceu feliz. Lembrando aqueles versos que diz: A noite, poderás dormir Se disseres satisfeito. Eu hoje, pratiquei o bem. Não tive o dia vazio Trabalhei, não fui vadio E não fiz mal a ninguém.
FIM
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