Aula 6 - Tautomeria. - Mutarrotação nos glúcidos.
Tautomerismo ceto-enol H O C C
K
O C C
H
Ceto
enol
Para a maioria das cetonas, a forma ceto predomina no equilíbrio
Regra Geral: enóis são instáveis ol
O
H
C
C
ENÓIS : (tem -OH ligado a uma ligação dupla) Pense nesta ligação como instável.
eno OH
Os fenóis não são “enóis” e são muito estáveis (ressonância do benzeno)
TAUTOMERISMO ENOL
O H
H3C C CH2
CETO
O
TAUTÓMEROS:
H3C C CH2
isómeros estruturais que diferem na posição de um átomo de hidrogénio e de uma dupla ligação.
enol instável
H Maioria dos enóis não são favorecidos, O H H E O enol N H3C C CH2 E R + H O H G I H ceto A e, rapidamente mudam para ceto.
H
Para interconverter tautómeros, um protão é transferido a partir do oxigénio para o carbono.
Tautomerismo é catalisado por quantidades vestigiais de ácido ou de base CATÁLISE ALCALINA
..
O:
H
ceto
.. H-O: ..
O: C C
C C
H
.. H-O: + ..
..
: O:
Ião enolato
- ..
- ..
.. H-O:
: O:
C C
C C enol
Estruturas de ressonância
H
Tautomerismo é catalisado por quantidades vestigiais de ácido ou de base ..
CATÁLISE ÁCIDA
..
O:
H-O-H + H
C C H
ceto
.. H
+O C C
..
H
:O-H H
: O: C C
H
.. +
enol
H-O-H + H
CONVERSÃO DE UM ENOL A UMA CETONA ( catalisada por pequenas quantidades de ácido) ENOL
O
H O H
H3C C CH2 H O H H
+O
H
H3C C CH2 H
+O
H3C C CH2 + H
+
H
H3C C CH2 H H
H
+
H O H
O H O
H3C C CH2 CETONA
H
Percentagens de enol são baixas na maioria das cetonas O
OH
4.1 x 10-4 %
O
OH
CH3 C CH3
H2C
C CH3
O H2C
CH C CH3
H2C
< 2 x 10-4 %
OH CH C CH2
2.5 x 10-3 %
FACTORES QUE ESTABILIZAM A FORMA ENOL …… aumentando a quantidade no equilíbrio
PRINCIPALMENTE POR RESSONÂNCIA O
H
R
O
O R
H
H
R
O R
H
1. Ressonância ajuda a estabilizar o enol. 2. Substituintes fenil, R também ajudam a estabilizar o enol por extensão do sistema de ressonância. 3. Grupos R equivalentes resultam em simetria que também estabilizam o enol. (i.e., contribuintes de ressonância equivalentes)
Percentagens de enol em 1,3-Dicetonas são mais elevadas O
O
H3C C CH2 C H
O
O
H3C C CH2 C CH3
O
O
H3C C CH2 C OC2H5
OH
O
H3C C C C H
OH
98 %
O
H3C C C C CH3
OH
80 %
O
H3C C C C OC2H5 8 %
Algumas propriedades adicionais dos enóis
1. Enóis são mais ácidos do que a sua forma ceto. 2. Enóis são nucleófilos / reagem rapidamente com X2. 3. São importantes intermediários nas condensações aldólicas catalisadas em meio ácido.
4. Fazem complexos com FeCl3 (como os fenóis).
Composto
Percentagem Enol (Composto puro) O
O
CH3 C CH C H 2
Composto
98% O H
O
O
C
C CH CH2 3
Percentagem Enol (Composto puro)
89%
H
C
C
C CH 3 H O
O
O CH3
C CH C CH2 3
C CH 3
0.0025%
0.035%
80% O
<~0.004% O
O C OEt
73% <~0.002%
O
O
O CH3
C
CH3
CH2
C OEt
8%
C
CH3
HIDRATOS DE CARBONO (poli-hidroxi aldeídos e cetonas)
“AÇÚCARES” EXEMPLO:
são um tipo de hidrato de carbono
H O OH
POLIHIDROXIALDEIDO todos os átomos de carbono têm um grupo hidroxilo (excepto o carbono do aldeído)
HO OH OH CH2OH
glucose
“hidrato” de carbono
C6H12O6 = C6(H2O)6
NOMENCLATURA DOS AÇÚCARES aldeídos = aldoses CHO OH
CH2OH
aldotriose
aldotetrose
HO
OH CH2OH
cetonas = cetoses
cetotriose
O HO
cetotetrose
aldopentose
cetopentose
aldohexose
cetohexose
aldoheptose
OH
CH2OH
cetoheptose
hexulose = cetohexose
tipo de açúcar + número de átomos de carbono + terminação aldotri-, tetra-, penta-, -ose cetohexa-, hepta-
Açúcares de “cadeia aberta” OH H2C HO
cíclico
cíclico OH
O
H2C
H
HO
HO
OH
OH
a-D-(+)-Glucose
H b-D-(+)-Glucose
3 formas de equilíbrio em H2O
H O
OH
OH HO
H2C OH CH2OH
cadeia aberta
OH
HO
OH
OH
O
HO
H : O: O
HO OH H D-(+)-Glucose
Se C > 4, os açúcares de “cadeia aberta” normalmente ciclizam para formar anéis.
AÇÚCARES SIMPLES CONFIGURAÇÃO RELATIVA - D / L
EMIL FISCHER A maioria dos trabalhos dos hidratos de carbono foi feito por
Emil Fischer
( 1852 - 1919 )
Ele ganhou o Prémio Nobel pelo seu trabalho em 1902.
No seu trabalho, ele desenvolveu a Projecção de Fischer.
GLICERALDEÍDO (uma aldotriose) H
H
O
C
EXISTEM DOIS ENANTIÓMEROS
C
C H
O
OH
CH2 OH
HO
C
H
CH2 OH
UM (+) O OUTRO (-)
D CHO H
OH CH2OH
Emil Fischer decidiu chamar ao isómero com o hidroxilo na direita por D-gliceraldeído, e ao isómero com o hidroxilo na esquerda por L-gliceraldeído, mas não sabia qual deles era (+).
L CHO HO
H CH2OH
DESCOBERTA ACIDENTAL O sistema R e S ainda não tinha sido descrito, e Fischer não conhecia nenhum método experimental para determinar a resposta.
EMIL FISCHER IMAGINOU QUE
D-Gliceraldeído = (+)-Gliceraldeído ….bem, ele tinha possibilidade de 50/50 …. …. e deu certo !!!! (como mais tarde foi determinado por cristalografia de raio-X)
Outros açúcares podem ser sintetizados a partir do gliceraldeído: D-açúcares a partir do D-gliceraldeído
L-açúcares a partir do L-gliceraldeído D-açúcares constrói-se para cima
etc.
O
H O
OH
OH
OH
CH2OH Início
H
D-gliceraldeído
De forma idêntica: L-gliceraldeído
não mudou, mantém-se D-
CH2OH D-eritrose
L-açúcares
AÇÚCARES DA SÉRIE -D Todos os açúcares com o hidroxilo à direita pertencem à Dsérie "D" dos açúcares.
OH CH2OH
Todos os D-açúcares têm este grupo hidroxilo na direita.
Este hidroxilo está na esquerda para os L-açúcares.
Todos os açúcares com o grupo hidroxilo à direita pertencem à série-D. Os açúcares da série L têm este hidroxilo à esquerda.
Os compostos D- podem ser R- ou SOs compostos L- podem ser R- ou SOs compostos D- podem ser (+)- ou (-)Os compostos L- podem ser (+)- ou (-)A única maneira para determinar se um composto é dextrorotatório (+) ou levorotatório (-) é: 1) Medir a rotação num polarímetro, ou
2) Procurar num livro de referência
OLHEMOS PARA ALGUMAS ALDOSES
Aldotrioses (gliceraldeído) D
L
CHO
CHO H
não conhecido
OH
HO
H
CH2OH
CH2OH
(+)
(-)
Aldotetroses D
L H
H
O
C
C
enantiómeros:
O
H
OH
HO
H
H
OH
HO
H
CH2OH
CH2OH
(-)
(+)
Eritrose Erythrose
diastereómeros H
H
O
C
C HO
enantiómeros:
H
O
H OH CH2OH (-)
OH
H
H
HO
CH2OH (+)
Treose Threose
Aldopentoses CHO
CHO
CHO
CHO
H
OH
HO
H
HO
H
OH
HO
H
H
OH
HO
H
H
OH
HO
H
H
OH
HO
H
CH2OH (+)
CH2OH (-)
Arabinose Arabinose CHO
CHO
HO H
OH
HO
H
H
OH
HO
Xilose Xylose
CHO
CHO
H
HO
H
H
OH
OH
HO
H
H
OH
H CH2OH (-)
CH2OH (+)
CH2OH (+)
CH2OH (-)
Ribose Ribose
H
OH
H
H
H
OH CH2OH (-)
H
HO
CH2OH (+)
Lixose Lyxose
Ribose, Arabinose, Xilose e Lixose são diastereómeros
D-Aldohexoses CHO
CHO
CHO
OH
HO
H
H
HO
H
H
OH
HO
H
OH
H
OH
HO
H
OH
H
OH
H
OH
H
OH
H
OH
H
OH
H
OH
H
OH
CH2OH
CH2OH
CH2OH
(+)-Altrose (+)-Altrose
(+)-Glucose (+)-Glucose
(+)-Mannose (+)-Manose
CH2OH (+)-Allose (+)-Alose CHO OH
HO
H
OH
H
H
H OH CH2OH
(-)-Gulose (-)-Gulose
CHO
CHO
H
HO
H
H
CHO
HO H
H
H
CHO
OH
HO
H
OH
HO
H
HO
H
H
HO
H
HO
H
OH CH2OH
(-)-Idose (-)-Idose
H
OH CH2OH
(+)-Galactose (+)-Galactose
H
OH CH2OH
(+)-Talose (+)-Talose
Estes são todos diastereómeros, os enantiómeros (L-açúcares) estão no próximo slide.
L-Aldohexoses (a outra metade das aldohexoses) CHO
CHO
CHO HO
CHO
H
H
OH
OH
H
OH
HO
H
H
HO
H
HO
H
H
HO
H
HO
H
HO
H
HO
H
HO
H
HO
H
HO
H
HO
H
CH2OH (-)-Allose
(-)-Altrose
H
H
HO
H
HO
HO
H CH2OH
(+)-Gulose
(-)-Glucose
H HO
OH
CH2OH (-)-Mannose
CHO
CHO
HO
OH
CH2OH
CH2OH
CHO
H
OH
HO
CHO
H
H
OH
H
H
OH
H
OH
OH
H
OH
H
OH
H CH2OH (+)-Idose
HO
H CH2OH
(-)-Galactose
HO
H CH2OH
(-)-Talose
Ciclização dos Monossacáridos Apenas os açúcares parecem fazer hemiacetais estáveis
hemiacetal
O H H HO H H
1
1C
C
2 3 4
OH
H
H
OH
HO
H
H
OH
5 6
CH2 OH
glucose
.. O ..
H H
2 3 4
OH H OH
5 6
CH2 OH
glucopiranose
:O:
ANÉIS DE FURANOSE E PIRANOSE H 4
: O:
5
O O
2
3
OH
1
6
H
..
4
H
3
H
São possíveis dois anómeros em cada caso
O
O:
H 2
H
1
O
5
O
furano
O
pirano
anel de piranose
anel de furanose
OH
Para maior clareza não são mostrados os grupos hidroxilo nas cadeias ou nos anéis
Anómeros b-D-(+)-Glucose
H : O:
O O
OH H
H
carbono anomérico (hemiacetal)
H : O: H O Por razões de clareza não são mostrados os grupos hidroxilo nas cadeias.
O
H OH a-D-(+)-Glucose anómeros diferem na configuração do carbono anómérico
Glucose OH OH
H2C HO
O
hemiacetais H
HO
H2C HO
OH
OH
HO
OH a-D-(+)-Glucose
O OH
34%
H b-D-(+)-Glucose [a
[a
66%
O H H HO H H
1
OH
C
2 3 4
OH
H2C
H
HO
OH
5 6
CH2 OH
.. O ..
H
Equilibrium mixture: Em equilíbrio:
: O: O
HO
[a [α] = + 52,7º
OH H
< 0.001%
H
Cadeia aberta
Projecção de Haworth. É conveniente ver os açúcares cíclicos (glucopiranoses) como uma “Projecção de Haworth”, onde o anel é achatado. PROJECÇÃO DE HAWORTH
CH2OH O H H H OH H OH HO H OH
a-D-(+)-glucopiranose
Posição padrão Parte superior O direita
Esta orientação é sempre usada para uma projecção de Haworth.
Conversão de projecções de Fischer a projecções de Haworth de qualquer anómero Enantiómeros da glucose CHO OH
CHO OH
OH
HO
OH
HO
D-(+)-glucose
CHO
HO
HO
CH2OH
FISCHER
CH2OH L-(-)-glucose
CH2OH
O
HAWORTH
Regras para a construção das projecções de Haworth - Desenhar um anel com 5 (semelhante ao furano) ou 6 membros (semelhante ao pirano) com o oxigénio no canto superior direito do anel. O
Pirano
O
Furano
- A maior parte das aldohexoses são anéis com 6 membros. - As aldopentoses, cetohexoses são anéis com 5 membros.
Regras para a construção das projecções de Haworth - numerar os átomos de carbono segundo os ponteiros de relógio, começando a seguir ao oxigénio. 5
O
O 1
4 3
2
1
4 3
2
- Os grupos substituintes à direita na projecção de Fisher são colocados abaixo do plano na projecção de Haworth.
Regras para a construção das projecções de Haworth O
1) O grupo -CH2OH é colocado para cima nos D-açúcares e para baixo nos Laçúcares.
CH2OH O
D O
2) Os α-açúcares têm o grupo -CH2OH e o grupo hidroxilo do carbono anomérico em posição trans.
L
CH2OH
CH2OH O
a OH
3) Os β-açúcares têm o grupo -CH2OH e o grupo hidroxilo do carbono anomérico em posição cis.
CH2OH O
OH
b
Algumas projecções de Haworth G L U C O P I A N O S E S
-CH2OH cima = D
cis
=b
CH2OH O OH H H OH H H HO H OH trans
-CH2OH cima = D
CH2OH O H H H OH H OH HO H OH
=a
AMBOS SÃO D-GLUCOSE
D-AÇÚCARES b-D
ANÓMEROS
a-D
Algumas projecções de Haworth trans -CH2OH baixo = L
H
=a
O OH CH2OH H HO H H OH H
HO
cis -CH2OH baixo = L
H
=b
O H CH2OH H HO OH H OH H
L-AÇÚCARES a-L
ANÓMEROS
HO
AMBOS SÃO L-GLUCOSE
b-L
CONVERSÃO DE PROJECÇÕES DE FISCHER A PROJECÇÕES DE HAWORTH
Conversão a projecções de Haworth D-(+)-glucose C I M A
1 2
HO
3 4 5 6
CHO OH
B A I X O
-CH2OH cima = D
=b 6 CH2OH
H OH OH CH2OH
à direita =D
PROJECÇÃO DE FISCHER
cis
4
HO
H5 OH 3
H
O OH 1
H 2
H
AMBOS SÃO ANÓMEROS DE UM D-AÇÚCAR (D-glucose)
OH
trans
=a CH2OH O H H H OH H OH HO H OH
PROJECÇÕES DE HAWORTH
Conversão em conformações em cadeira cis -CH2OH cima = D
b-D-(+)-glucopiranose
=b
CH2OH O OH H H OH H H HO H OH
H HO
OH CH2 H
OH
HO H
trans
O
H
HAWORTH O
OH H
OH CH2OH =a H CH2 H O H H O H HO OH H H HO OH HO OH H H OH OH H
a-D-(+)-glucopiranose
O
CONFORMAÇÃO
Projecções de Haworth de L-açúcares L-(+)-glucose C I M A
CHO HO OH HO HO CH2OH
à esquerda =L
PROJECÇÃO DE FISCHER
B A I X O
-CH2OH baixo =L
trans H
=a
O OH AMBOS SÃO CH2OH ANÓMEROS DE H HO UM L-AÇÚCAR H H (L-glucose) OH H cis H =b O H HO CH2OH H HO OH H PROJECÇÕES OH H
HO
DE HAWORTH
Conversão de projecções de Fischer a Haworth CUIDADO! Os estudantes muitas vezes ficam com a impressão errada que todas as regras de Haworth são invertidas para os L-açúcares. - Este não é o caso! ESQUERDA = CIMA Estas regras são A única diferença na conversão de D- e L-açúcares é: DIREITA = BAIXO as mesmas para
b = cis a = trans
os D- e Laçúcares
D-açúcares -CH2OH = CIMA L-açúcares -CH2OH = BAIXO
Uma cadeia aberta pode converter-se a qualquer um dos isómeros FISCHER
CADEIA ABERTA
HAWORTH
a-ANÓMERO b-ANÓMERO
Não podemos dizer que anómero irá ser obtido (predomina) quando olhamos para a projecção de Fischer.
Esta informação não está contida na projecção de Fischer.
Estrutura cíclica da frutose. Formas anoméricas. Formação de um hemicetal cíclico pela reacção do C O no carbono 2 com o –OH do C5, de um carbono assimétrico e consequentemente de dois estereoisómeros: α e β.
D-frutofuranose
F R U T O F U R A N O S E S
FRUTOSE
posição padrão
O
cis = b
cima = D 1 2
HO
CH2OH ..
O:
5 6
O H HO
6
3 4
HOCH2 5
OH ..
OH ..
H
4
OH
OH
carbono anomérico
2
CH2OH
3
H
1
CH2OH
D-(-)-Frutose
β-D-(-)-Frutofuranose
M U T A R R O T A Ç Ã O
Glucose
OH H2C HO
OH O
hemiacetais H
HO
HO
OH
H2C
OH
34%
H b-D-(+)-Glucose [a
[a
OH H2C HO
OH
HO
OH a-D-(+)-Glucose
O
H
mixture: Equilibrium Em equilíbrio:
: O:
[α] = + 52,7º [a O
HO OH
< 0.001%
66%
H
Cadeia aberta
MUTARROTAÇÃO +112o
pure
a-D-(+)-glucopyranose1
[aD
+57.2o 66% 34%
+19o
pure
b a
b-D-(+)-glucopyranose2
TIME (min)
1. Obtida por cristalização da glucose à temperatura ambiente. 2. Obtida por cristalização da glucose a 98ºC.
Derivados de monossacáridos Açucares álcoois
Os açucares alcoois formam-se pela redução do grupo carbonilo.
Desoxiaçucares
Os desoxiaçucares resultam da substituição do OH pelo H.
Aminoaçucares
Os aminoaçucares resultam da substituição do grupo hidroxilo por um grupo amina. Nos sistemas biológicos, esta substituição ocorre, normalmente no carbono 2. Constituintes de mucopolissacáridos.
Resultam da acetilação da α-glucosamina e da α-galactosamina. Constituintes da membrana.
Derivados de metilo
Formas anoméricas do metil-Dglucosido. Os derivados de metilo resultam da metilação dos grupos hidroxilos dos monossacáridos. O carbono anomérico metila-se mais facilmente.
Açucares ácidos COOH HCOH HOCH
COOH HCOH HOCH
CHO HCOH HOCH
HCOH
HCOH
HCOH
HCOH
HCOH
HCOH
CH2OH
COOH
Ácido D-glucónico
Ácido D-glucárico
(a)
(b)
COOH
Ácido D-glucorónico
(c)
Os açucares ácidos resultam da oxidação a ácido carboxílico do carbono aldeídico – ácidos aldónicos (a); do carbono aldeídico e do grupo hidroxilo primário – ácidos aldáricos (b); e do grupo hidroxilo primário – ácidos urónicos (c).
Formação de glicósidos Os glucósidos são formados pela condensação de um monossacárido (ou resíduo de monossacárido) com um grupo álcool de um segundo composto que pode ser ou não outro monossacárido. Se ligar a outro monossacárido forma um dissacárido. Se não for monossacárido, a parte não glucídica chama-se aglicona.
O álcool usado pode ser outro açúcar OH
OH H2C HO
H2C
O OH
HO OH
H b-D-(+)-Glucose um monossacárido
HO HO-Sugar
O O Sugar
HO OH
H
um dissacárido
Como os açúcares têm muitos grupos –OH, podem continuar a fazer “polissacáridos”.
CH2OH
CH2OH H
O
H
H
b
c
OH H OH
HO H
Maltose
Mediada por enzima
a
H
OH H OH
O .. : H
H
OH
O
OH
a-D-(+)-Glucose
Ligações Glicosidicas α-1,4 CH2OH H
O
b
CH2OH H
H
O
c OH H
OH H
a
H
OH
Maltose OH
O
HO
H
H
OH
Humanos podem digerir α-1,4
Sacarose (um dissacárido) CH2OH O
H H OH
a H
H
HO H
CH2OH
H
OH
b .. O ..
HO
H
CH2OH OH
OH
a-D-(+)-Glucose
H
b-D-(-)-Fructose
Humanos podem digerir α-1,4
CH2OH O
H H OH HO H
H
O
H OH
CH2OH a H b
H
O H
(+)-Sucrose
HO
O
CH2OH OH
H
Celobiose
CH2OH
CH2OH H
H
O b OH OH H
c
H
HO H
H
OH
O
a
OH
OH H H
O .. : H
OH
b-D-(+)-Glucose
mediada por enzima
Ligação glicosidica β-1,4
CH2OH H
Se continuar, obtém-se celulose. Humanos não conseguem digerir ligações glicosídicas β-1,4
CH2OH H
O
c
H
b O
OH H
H H
HO H
O a OH OH H
OH
OH Cellobiose
Gentobiose - dois resíduos de glucose ligados por ligações glicosídicas β -1 6.
Dissacáridos Os dissacáridos são constituídos por dois monossacáridos ligados por uma ligação glicosidica. Nos dissacáridos que ocorrem naturalmente formam-se três ligações glicosidicas: • Ligações 1 4: o carbono anomérico liga-se ao oxigénio do carbono 4 de um segundo monossacárido. • Ligações 1 6: o carbono anomérico liga-se ao oxigénio do carbono 6 de um segundo monossacárido. • Ligações 1 2: o carbono anomérico liga-se ao oxigénio do carbono 2 de um segundo monossacárido.
P o l i s s a c á r i d o s
Amido Homoglicanas Poliósidos
Glicogénio Celulose
Heteroglicanas
Holósidos Oligósidos
Cerebrósidos Glicolipidos Heterósidos
Glicoproteínas
Nucleotidos
Galactocerebrósido Glucocerebrósido
Gangliosidos Sulfolípidos
Homoglicanas Celulose - polímero de D-glucose, encontrado nas plantas.
- os mamíferos carecem do enzima β-glucosidase.
Amido
A amilose e a amilopectina são duas formas de amido. A amilopectina é uma estrutura extremamente ramificada, com as ramificações de 12 a 30 resíduos.
Amilose - fracção solúvel do amido. - polímero não ramificado de D-glucose.
Amilopectina - polímero ramificado de D-glucose. - fraccão insolúvel do amido.
Glicogénio - Polímero de glucose, semelhante à amilopectina, mas muito mais ramificada.
- Armazenamento de glucose no tecido muscular e fígado. - Os muito resíduos de glucose terminais repõem rapidamente os níveis de glucose na corrente sanguínea.
Quitina - polímero de N-acetilglucosamina. - exosqueleto dos insectos.
Heteroglicanas Glicosilaminoglicanas (mucopolissacáridos) Constituídos por dois tipos de unidades de monossacáridos alternantes, das quais uma é um açúcar ácido. Envolvidas numa variedade de funções extracelulares; a condroitina é encontrada nos tendões, cartilagem e tecido conjuntivo.
Glicosilaminoglicanas (continuação) Uma das características dos glicosilaminoglicanos é a presença de funções ácidas (carboxilato ou sulfatos).
Heterósidos - Glucoproteínas Algumas glucoproteínas agrupadas de acordo com a sua localização biológica. Observa-se que a maior parte das glucoproteínas são extracelulares. Plasma sanguíneo Fibrinogénio Imunoglobulinas Proteínas dos grupos sanguíneos Hormonas Gónadotrofina Hormona estimulante do folículo Hormona estimulante da tiroide Enzimas Ribonuclease B Pepsina Colinesterase do soro Tecido conjutivo Colagénio Membranas celulares Glucoforina da membrana dos eritrócitos
Glucolípidos
Estrutura de um sulfolípidos.
Estrutura de um galactocerebrosido.
Diagrama de algumas estruturas de esfingolípidos comuns. Cer, ceraida; Glu, glucose; Gal, galactose; NAcGal, N-acetilglucosamina; e NANA, ácido N-aceilneuraminico (ácido siálico).
Estrutura do ácido N-acetilneuraminico (NANA). Ácidos neuraminicos são aminoaçucares com 9 carbonos, obtidos a partir de um aminoaçucar de 6 átomos de carbono e um açúcar ácido de 3.
Ácidos Nucleícos
- Polímero de aneis de ribofuranose ligados por grupos fosfatos. - Cada uma das riboses está ligada a uma base. - Ácido ribonucleico (RNA). - Ácido desoxiribonucleico (DNA).
Ribonucleósidos Um β-D-ribofurano ligado a uma base heterocíclica pelo carbono anomérico.
Estrutura do RNA
Estrutura do DNA - β-D-2-desosiribofuranose é o glícido. - As bases heterocíclicas são a citosina, timina (em vez do uracilo), adenina e guanina. - Ligados por grupos fosfatos para formar a estrutura primária.
Nucleótidos adicionais - Monofosfato de adenosina (AMP), um sinalizador celular accionado por hormonas. - Dinucleótido de adenina e nicotinamida (NAD), um coenzima. - Trifosfato de adenosina (AMP), uma fonte de energia.