Capela De São José - Romaínho, Covas Do Barroso

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Capela de São José IPA Monumento Nº IPA PT011702080048 Designação Capela de São José Localização Vila Real, Boticas, Covas do Barroso Acesso Lugar de Romainho Protecção Inexistente Enquadramento Rural, isolado, no interior do lugar, composto de casas de arquitectura vernacular, junto à estrada, e assente num afloramento rochoso. Em frente da capela e sensivelmente descentrado da mesma, ergue-se pequeno cruzeiro, constituído por soco de planta quadrangular de dois degraus, plinto Descrição Planta longitudinal composta por alpendre e nave, ambos rectangulares, com massa horizontalizante e coberturas escalonadas em telhados de duas águas na nave e três no alpendre. Fachadas em cantaria, com aparelho de fiadas regulares, terminadas em friso e cornija, e com pilastras toscanas nos cunhais, coroadas por pináculos piramidais com bola assentes em plintos paralelepipédicos. Fachada principal virada a SE. com alpendre, acedido frontal e lateralmente, sustentado por seis colunas toscanas assentes em muro composto por grandes lajes de cantaria, e duas mísulas, com arquitrave sustentando o telhado formando beiral; interiormente, muro percorrido por banco de pedra, pavimento de lajes e tecto

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de madeira, de três panos. Nave terminada em empena truncada por sineira, sobrelevada sobre cornija, de arco em volta perfeita sobre pilares, e remate em volutas coroada por cruz latina de cantaria; é rasgada por portal de verga recta, com inscrição, sobre os pés direitos, encimada por cornija recta, e dois vãos laterais, quadrados, com moldura e gradeados. Fachadas laterais semelhantes, rasgadas por fresta de capialço na zona do altarmor, e fachada posterior, cega, terminada em empena coroada por cruz latina de cantaria sobre plinto paralelepipédico. INTERIOR de espaço único, com paramentos rebocados e pintados, pavimento em lajes de granito e tecto de madeira envernizada, de masseira, com traves de madeira. Junto ao portal, existe pia de água benta semicircular lisa e junto à fresta do lado da Epístola pequeno nicho para as alfaias, em arco de volta perfeita, com moldura. Retábulo-mor em talha policroma bege, azul e com apontamentos dourados, de planta recta e um eixo,definido por duas colunas de fuste torso e terço inferior decorado por acantos e querubim, assentes em plintos paralelepipédicos ornados de acantos e de capitéis coríntios, ladeadas de orelhas recortadas; ao centro surge painel rectangular rematada em arco canopial abatido, pintado de azul e sobreposto por mísula com imaginária; sobre o entablamento, desenvolve-se o ático em espaldar contendo cartela circular com representação de anjo esvoaçante segurando filactera, envolvida por aletas, acantos recortados e duas fénices; banco em apainelado decorado com acantos enrolados. Altar paralelepipédico, de frontal ornado com molduras de acantos formando dois painéis, pintados de azul.

Descrição Complementar Não definido Utilização Inicial Religiosa: Capela Utilização Actual Religiosa: Capela (festa no dia do orago) Propriedade Privada: Igreja Católica

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Afectação Sem afectação Época Construção Séc. 17 / 18 Arquitecto | Construtor | Autor Desconhecido. Cronologia Séc. 17 - Provável construção da capela e feitura do retábulo; 1758, 8 Março - as Memórias Paroquiais relativas a Covas do Barroso, com descrição do Pe. Bento Moura, Abade da Igreja Paroquial de Santa Maria de Covas do Barroso, integrada na Comarca de Chaves, Arcebispado de Braga, com lugar e freguesia e todo o termo e concelho da jurisdição da Casa de Bragança, refere que no Lugar de Romainho existia uma capela, mas dedicada a Nossa Senhora do Desterro; ficava um pouco afastada das casas daqueles vizinhos e ali se administrava, as mais das vezes, o sagrado viático; séc. 18, 2ª metade - reforma do retábulo, com acréscimo das orelhas e colocação do remate; 1928, 9 Agosto - durante um enterro desacompanhado de padre, foram levadas duas lanternas e uma cruz da capela, e tocaramse os sinos da capela e da Igreja Paroquial, o que foi considerado sacrilégio; nesta sequência, o Arcebispo D. João Evangelista de Lima Vidal, de Vila Real, interditou por três dias os dois imóveis e as alfaias que serviram no cortejo fúnebre.

Tipologia Arquitectura religiosa, maneirista. Capela alpendrada, de planta longitudinal, interiormente com tecto de madeira e iluminada pelas frestas laterais e axiais. Fachada principal com alpendre sustentado por colunas toscanas assentes em muro de cantaria, interiormente percorrido por banco e capela, terminada em empena truncada por sineira, e rasgada por portal de verga recta e duas janelas laterais. Fachadas laterais com pilastras nos cunhais, coroados por pináculos, terminadas em friso e cornija e com frestas

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de capialço na zona do altar-mor. No interior, de espaço único, possui retábulo-mor de talha policroma maneirista, de planta recta e um eixo. Características Particulares Capela maneirista com inscrição na verga do portal principal, seguindo as características gerais da tipologia mais comum no distrito, em que a fachada termina em empena truncada, mas tem alpendre sustentado por colunas sobre muro, aberto frontal e lateralmente. No interior, as frestas junto ao altar-mor têm nos quatro ângulos orifícios para encaixe dos antigos gonzos. O retábulo é maneirista, mas sofreu uma reforma já na segunda metade do séc. 18, em estilo barroco. O frontal de altar é de transição entre o maneirismo e o barroco.

Dados Técnicos Estrutura autoportante. Materiais Estrutura de cantaria de granito; pia de água benta, nicho de alfaias, pavimentos e molduras dos vãos em cantaria de granito; retábulo de talha policroma e dourada; tecto de madeira; cobertura de telha; grades de ferro. Bibliografia O Anjo da Diocese, Ano V, nº 7 e 8, Porto, Agosto 1928; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, Boticas nas Memórias Paroquiais de 1758, Boticas, 2001. Documentação Gráfica Não definido Documentação Fotográfica IHRU: DGEMN/DSID Documentação Administrativa Não definido Intervenção Realizada

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Não definido Observações Não definido Autor Data Paula Noé 2006 Actualização Não definido

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