Corpo sem Órgãos / Cidade / Devires-outros Pasqualino Romano Magnavita1 A formulação analógica do mundo da representação: “A cidade é um organismo”, enunciado herdado do pensamento moderno e inquestionável nas instituições de ensino, vem sendo questionada por uma das vertentes do pensamento contemporâneo e isso, com base em um conjunto de novos conceitos que, em sua condição Virtual, possibilitam, discursivamente, uma oportuna atualização (Atual) do entendimento dos processos urbanos e, particularmente, da relação Corpo/Cidade em sua complexa e atual abordagem. Acontecimento que vem permitindo a superação da referida analogia, a qual tem sua validade apenas no universo macro (molar) do mundo da representação com todas as suas limitações perceptivas. A noção de corpo quando relacionada ao de órgãos, leva à prefiguração de um Organismo, o qual pressupõe Organização, no sentido de uma Unidade funcional. Enquanto conceito remonta ao Organon aristotélico. Sem dúvida um dos conceitos mais enraizados em nossas mentes e coexiste com um conjunto de outros conceitos também cristalizados e que permeiam e orientam nossas falas: Unidade, Identidade, Totalidade, Ordem, Hierarquia, entre outros, e isso, sob a égide da lógica binária e do modelo arborescente de pensar. 2 A idéia de cidade/organismo encontra-se aderente à disciplina Urbanismo na própria noção de diagnóstico urbano, tópico tão evidenciado nas instituições de ensino. Este breve texto procurará sair da conceituação pertinente ao “mundo da representação” enquanto percepção macro (molar) e enveredar por outro caminho, ou seja, um entendimento micro, molecular, das práticas urbanas, pretendendo esboçar, na limitação do espaço disponível, outro enunciado aparentemente paradoxal: a cidade, enquanto processo de um conjunto de experiências, constrói seu “Corpo sem órgãos” - CsO. 3 A questão geral dos processos da natureza e dos assentamentos humanos não é propriamente de Organização no universo macro, mas, de Composição de movimentos velozes ou retardados do universo micro (molecular), o qual pressupõe Multiplicidade de agenciamentos enquanto passagem de fluxos, intensidades, composição de micro poderes, e isso, numa formação social no universo de uma micro política. Pois, as cidades comportam coexistências dinâmicas dessa 1
Arquiteto, doutor, docente do PPGAU /UFBA. A noção de modelo arborescente de pensar relaciona-se, por analogia, com a árvore, pois, ela em seu desenvolvimento pressupõe princípio e fim (nascimento e morte); relação causa/efeito; reprodução e filiação (genealogia); hierarquia do Todo entre suas partes, evolução linear, pois, trata-se de um organismo, uma estrutura funcional, ou seja, um sistema regulável em si, atendendo assim, aos pressupostos do pensamento estruturalista. 3 Noção criada por Antoine Artaud e apropriada por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Contrapõe-se ao conceito de Organismo herdado da antiguidade clássica e reciclado na modernidade e aderente à dualidade do pensamento ainda hegemônico (orgânico/não orgânico), o qual convive no mesmo plano do pensamento com um conjunto de outros conceitos também do repertório clássico/moderno. 2
multiplicidade e constroem complexas redes de conexões de elementos heterogêneos em permanente transformação e onde emergem Acontecimentos de imprevisíveis destinos caracterizados por sobreposições, misturas, zonas de vizinhança, contaminações, temporalidades diferentes, entre outras modalidades de processos de composição, e isso, no sentido dinâmico de uma Totalidade segmentaria. De regra, vivemos imersos no mundo da representação do universo macro, molar, regido por quatro tópicos que funcionam a guisa de princípios: Identidade do conceito: Analogia do juízo; Oposição dos predicados e Semelhança do percebido (Deleuze, 1988). Tópicos estes que configuram a lógica binária e o modelo arborescente de pensar. Entretanto, vale salientar que nos processos urbanos, a percepção molar (macro) do mundo da representação, caracterizada por sua visibilidade (exterioridade e finitude) possui natureza bem diferente daquela do universo micro, molecular, pois, esta se caracteriza e pressupõe agenciamentos processuais que se equivalem à fluxos, intensidades, ações, paixões e desejos que se caracterizam pela invisibilidade (interioridade e infinitude) de seus componentes. A questão/problema aqui colocado diz respeito ao termo Corpo sem Órgãos- CsO e mostrar como é que ele entra em uma nova formação discursiva que tem como objeto a cidade. Não há como falar dele sem um conjunto de outros conceitos que efetuam a sua construção, a exemplo de: Estratos, Território, Agenciamentos, Desterritorialização, Acontecimento, Desejo, Devir, entre outros. O conceito de Estratos torna-se primordial para entender a construção de um CsO. Sabe-se que os Estratos são fenômenos de acumulações, sedimentações, coagulações, dobramentos e são ao mesmo tempo molares e moleculares em suas articulações, Os estratos são articulações a guisa de “pinças” e pressupõem meios codificados e substâncias formadas (formas), pois, os componentes abstratos de qualquer estrato (ou articulação) são: forma e substância, códigos e meios, ou seja, tipos de organização formal e modos e de desenvolvimento substancial diferente (Deleuze, Guattari,1997, p. 216). Os estratos têm grande mobilidade, pois um estrato é sempre capaz de servir de substrato a outro, ou de afetar, percutir em um outro, e isso, independente de uma ordem evolutiva. O conceito de Estratos torna-se indissociável de algo que, embora distinto dos estratos se fazem neles: Agenciamentos. Estes operam em zonas de decodificação dos meios e pressupõem uma territorialidade que os envolve, um Território, ou melhor, dizendo: o Território cria o agenciamento. Vale salientar, todavia, que o agenciamento não se reduz aos estratos, e isso, porque nele a expressão torna-se um sistema semiótico, um regime de signos e o conteúdo um sistema pragmático de ações e paixões e: Entre ambos, entre o conteúdo e a expressão, não existe correspondência, nem relação/causa/efeito, nem relação significado-significante: há distinção real, pressuposição recíproca e unicamente isomorfismo. Mas não é da mesma maneira que o conteúdo e a
expressão se distinguem em cada estrato: os três estratos tradicionais 4 não possuem a mesma repartição entre o conteúdo e expressão (por exemplo no estrato orgânico há uma ‘linearização’ da expressão, e nos estratos antropomórficos há uma “sobre linearidade”. Por isso, o molar e o molecular, segundo o estrato considerado, entram em combinações muito diferentes” (Deleuze/Guatarri, 1997, p. 216).
Apesar dessa caracterização sumária da noção de estrato, fica a questão: qual movimento, quais elementos (no sentido de ações, forças, fluxos, intensidades, desejos) nos levam para fora dos estratos, no sentido de uma destratificação?
De regra, pergunta-se: existe uma matéria não
formada além da forma perceptiva dos estratos físico-químicos e dos estratos orgânicos que não esgotam a Vida, sendo o organismo justamente aquilo a que a vida se opõe para limitar-se? Existe, pois, vida tanto mais intensa e poderosa: a vida anorgânica, que são os Devires não humanos do homem e extravasam por todos os lados os estratos antropomórficos? A questão reside,
pois,
em
como
traçar
uma linha
de
fuga
que
promova
um
processo
de
Desterritorialização após a decodificação promovida pelos agenciamentos. Anteriormente nos referimos à noção de “Corpo sem órgão”-CsO - e a sua aplicação à Cidade, no sentido de superar o consensual entendimento da cidade enquanto Organismo (corpo com órgãos, artéria/circulação, coração/centro, células/habitação). Vale observar que o CsO, não é espaço nem está no espaço do mundo da representação; trata-se de “Matéria” não formada, contrapondo-se à substância (da formação dos estratos) e povoada de intensidades e que ocupará o espaço em tal ou qual grau enquanto intensidades produzidas. O CsO não se opõe aos órgãos, mas a essa organização que se chama Organismo. Para um melhor entendimento: “O CsO é o campo de imanência do desejo, o plano de consistência própria do desejo (ali onde o desejo se define como processo de produção, sem referência a qualquer instância exterior, falta que viria torná-lo oco, prazer que viria preenchê-lo).” (Deleuze/Guattarri, 1999,15). Vale lembrar que fora dos estratos ou sem os estratos, já não temos formas e substâncias, nem organização nem desenvolvimento, nem conteúdo nem expressão. Nessa desarticulação já não há como considerar os ritmos. A vida anorgânica como matéria desestratificada, não formada, deve-se relacionar com o Caos (lugar de todas as partículas, lugar da criação, oceano da dessemelhança), lembrando como advertem Deleuze/Guattari : (...) todos os empreendimentos de destratificação (por exemplo, extravasar o organismo, lançarse num devir) devem primeiro observar regras concretas de uma prudência extrema: qualquer desestratificação demasiado brutal corre o risco de ser suicida, ou cancerosa (Deleuze/Guattari, 997, 218).
Dessas considerações resulta que os diferentes saberes sobre as cidades historicamente sedimentadas, enquanto Estratos são inalienáveis da noção de Território e, consequentemente, de Agenciamentos (enquanto ações, paixões, fluxos, intensidades, desejos, configurando composição de forças, rede de micro poderes, historicamente diferentes e que afetam e são 4
Estrato físico-químico,orgânico e antropomórfico (ou “aloplástico”).
afetadas nos processos urbanos). Todo agenciamento é territorial e, embora distinto dos estratos, faz-se neles. O Território é constituído de segmentos decodificados de todo tipo, extraído dos meios adquirindo um sentido de “propriedade”. Em cada agenciamento torna-se necessário caracterizar o conteúdo e a expressão que comporta. Eles se desdobram em Agenciamentos de enunciação (o que se diz) e Agenciamentos máquinicos (o que se faz), os quais atravessam esses estratos (codificados) e os arrastam promovendo decodificações. Contrariando os pressupostos da psicologia herdada da modernidade, especificamente da psicanálise, o desejo não pressupõe falta, carência de algo. O desejo é construção, é criação, e não falta. Para o senso comum, particularmente sob a égide da mídia, o desejo se caracteriza como falta de algo, o desejo de consumir algo, de ter o que se deseja ter, e isso, promovido pelo consumismo generalizado do atual estágio do capitalismo. Pois, não paramos de nos estratificar pela imposição dos códigos de consumo, e isto, em função dos três grandes estratos que nos aprisionam: o Organismo, a Significância e a Subjetivação, e seus desdobramentos: a superfície do organismo, a relação significado/significante (no sentido da interpretação), a construção da subjetividade enquanto sujeição. Na construção de um CsO nesses três grandes estratos a experimentação substitui a interpretação, pois, o inconsciente tornado molecular, não figurativo e não simbólico, é dado enquanto tal às micro percepções. O inconsciente não é mais entendido como princípio oculto de uma organização corporal transcendente, pois, está para ser feito, construído e não para ser encontrado. De regra, essas estratificações, enquanto processos compositivos
articulam os
corpos daqueles que habitam as cidades, e isso, individual e coletivamente, prevalecendo os efeitos de superfície, as macro percepções. Paul Valéry a respeito de percepções de superfícies confirma: “o mais profundo é a pele”, enunciado de inspiração estóica e que implica, por sua vez, toda uma ética comportamental (visão de mundo) na sociedade de consumo. Em relação aos estratos que são multiplicidade de elementos heterogêneos enquanto Totalidade segmentaria, a cidade constrói também uma multiplicidade de Corpos sem Órgãos, desfazendo-se de organizações (organismo estratificados), abrindo-se para n novas articulações enquanto experimentação, e isso, como operação sobre o plano de consistência (filosófico, nova forma de pensar) sem significantes e interpretações, adotando o nomadismo como movimento: (...) desfazer o organismo nunca foi matar-se, mas abrir o corpo a conexões que supõem todo um agenciamento, circuitos, conjunções, superposições, limiares, passagens e distribuições de intensidades, territórios e desterritorializações medidas à maneira de um agrimensor. No limite, desfazer o organismo não é mais difícil do que desfazer os outros estratos, significância ou subjetivação. A significância cola na alma assim como o organismo cola no corpo e dela não é fácil desfazer-se. (Deleuze/Guattari, 1999, 22). Grifos nossos.
O CsO não para de oscilar entre as superfícies que o estratificam e o Plano de consistência que o libera. O pior não é permanecer estratificado, ou seja, organizado, significado, sujeitado, mas
precipitar os estratos numa queda suicida. Mesmo que se considera tal ou qual formação social e tal ou qual Aparelho de Estado, pode-se afirmar que ambos têm seu CsO pronto para corroer, para proliferar, para cobrir ou invadir o conjunto do campo social urbano, tanto em relações de violência e de rivalidade quanto de aliança ou cumplicidade. A Inflação pode ser
o CsO do
dinheiro, mas também CsO do Estado, do exército. da fábrica, da cidade. Considerando que os estratos correspondem às sedimentações, dobramentos, coagulações, basta uma velocidade de sedimentação precipitada num estrato para que ele perca sua configuração e articulação e dê lugar a uma degeneração específica, a guisa de um tumor. É o caso em que os estratos (particularmente nas formações sociais e mesmo individuais) formam seus CsO totalitários, fascistas, delirantes e terríveis caricaturas do Plano de consistência em sua dimensão filosófica. Pois, em sua expressão mais adequada, o CsO é desejo e é por ele que se deseja. Não confundir desejo, como anteriormente ressaltamos, como carência, falta de algo e, mesmo na proliferação de estratos cancerosos, ele permanece desejo: desejo do próprio aniquilamento ou desejar aquilo que tem poder de aniquilar. A propósito: (...) Desejo de dinheiro, desejo de exército, de policia e de Estado, desejo fascista, inclusive o fascismo é desejo. Há desejo toda vez que há constituição de um CsO numa relação ou em outra. Não é problema de ideologia, mas de pura matéria, fenômeno de matéria física, biológica, psíquica, social ou cósmica. Por isto o problema material de uma esquizo-análise é o de saber se nós possuímos os meios de realizar a seleção, de separar o CsO de seus duplos: corpos vítreos, vazios, corpos cancerosos, totalitários e fascistas. A prova do desejo: não denunciar os falsos desejos, mas, no desejo, distinguir o que remete à proliferação de estratos, ou bem à desestratificação demasiada violenta, e que remete à construção do plano de consistência (vigiar em nós mesmos o fascista, e também o suicida e o demente). O plano de consistência não é simplesmente o que é constituído por todos os CsO. Há os que ele rejeita, é ele que faz a escolha. (Deleuze/Guattari, 1997, 28).
Os fluxos, redes de micro poderes, as intensidades, as linhas de desterritorialização (linhas de fuga), o nomadismo, os devires enquanto desejos (corpos sem órgãos) são elementos moleculares imperceptíveis (invisíveis), de regra, eles não têm tido lugar nas pesquisas urbanas e muito menos são levadas em conta nas efetivas realizações urbanísticas. Não existe ainda, de forma mais evidente, no entendimento das cidades, uma percepção micro no sentido de uma micro política, inclusive, no entendimento de uma “micro política do desejo”, ou seja, a construção de Corpos sem órgãos da cidades ou de uma rede de cidades Nas sociedades pós-industriais, ou seja, do capitalismo informacional vigente, alavancado pelas tecnologias avançadas, todas as relações organizativas de classes sociais antagônicas relacionadas com as instituições disciplinares estudadas por Foucault, vão cedendo lugar aos novos dispositivos de controle social. A iniciação da formação dos cidadãos na atual fase do capitalismo prioriza o mais cedo possível os regimes de signos (semiótica) nos diferentes modos de tradutibilidade, e nos sistemas de invariantes que lhes correspondem. Hoje, as técnicas de
impregnação audiovisuais fazem o trabalho com suavidade e com maior profundidade do que aquele realizado pelo capitalismo industrial. A televisão desempenha tarefas que cabiam então aos professores e às mães de família: A educação televisiva modela o imaginário, injeta personagens, cenários, fantasmas, atitudes, ideais; ela impõe toda uma micro política das relações entre os homens e as mulheres, os adultos e as crianças, as raças, etc. (...) Trata-se, pois de uma iniciação ao sistema de representação e aos valores do capitalismo (Guattari, 1981,53).
Pois, é no funcionamento de base dos comportamentos perceptivos, sensitivos, afetivos, cognitivos,
lingüísticos,
entre
outros,
que
se
engasta
a
maquinaria
capitalista
de
reterritorialzação. Tal fato, favorece a permanência nos estratos articulados, e isto, com competentes e exaustivas repetições engendradas por diferenças de grau e/ou de nível, enquanto sofisticadas organizações dos corpos dos cidadãos (novos “dispositivos”). Torna-se oportuno lembrar que a disciplina dos corpos em espaços confinados (moldes) enquanto modelagem estudada por Foucault nas sociedades industriais, vem cedendo lugar ao processo de modulação, como uma moldagem auto-deformante que varia continuamente, a cada instante, a guisa de um controle ilimitado, uma moratória dos corpos que se tornam indissociáveis da “coleira eletrônica” que os aprisiona.5 Fato este que dificulta a construção de um CsO enquanto Acontecimento, criação, no sentido de um Devir-outro da existência, uma diferente visão de mundo que, em última instância, pressupõe o desejo de um diferente comportamento ético, uma Ética pautada numa “revolução molecular” da micro política do Desejo Conclusão Da limitação do espaço previsto e do que foi exposto sumariamente, pois, o tema exigiria uma extensa abordagem, conclui-se:
Um CsO se constrói no universo molecular, da micro política, tanto individual quanto coletiva.
Um CsO resulta de diferentes Agenciamentos que permeiam os Estratos. Sejam eles agenciamentos coletivos de enunciação (expressão) e agenciamentos maquínicos (conteúdo) e, enquanto “o fora” dos estratos, eles promovem desestratificações e subseqüentes decodificações.
CsO é desejo e é por ele que se deseja. O CsO é o campo de imanência do desejo, o plano de consistência própria do desejo que se define como processo de produção. O CsO é construído, todavia, se a desterritorialização do desejo for feito sem a devida prudência, ele resulta num CsO de aniquilamento.
5
Figuração criada por Deleuze no Post-scriptum: “Sobre as sociedades de controle” em “Conversações” (2000, p. 219).
A cidade constrói seus corpos sem órgãos, uma Multiplicidade deles, tanto no sentido individual de seus habitantes quanto coletivamente de seus diferente grupos. Construção que enquanto desejo visa transformações criativas, Devires-outros da cidade. E isso, no sentido de uma nova visão de mundo, de uma nova Ética, enquanto revolução molecular do Desejo.
Bibliografia FOUCAULT, M. – As Palavras e as Coisas, uma arqueologia das ciências. Humanas, São Paulo, ed. Martins Fontes, 1981. _________ Vigiar e Punir, Petrópolis/RJ, ed. Vozes, 20ª, edição, 1999. GUATTARI, F. – Caosmose, um novo paradigma estético, RJ, ed. 34, 1993. _________As três Ecologias, Campinas/SP, ed. Papirus, 9ª. Edição, 1999 DELEUZE, G., GUATTARI, F. Mil Platôs, capitalismo e esquizofrenia, Rio. de Janeiro, ed. 34, vol. 3 e vol. 5, 1999 e 1997. DELEUZE, G. - Conversações, Rio de janeiro, ed. 34, 2000. DELEUZE, G. - PARNET, C. – Diálogos, São Paulo, ed. Escuta, 1998.