Palavra Do Assistente Promo 2

  • June 2020
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  • Words: 1,478
  • Pages: 12
Alexandre Martins, cm.

Palavra do Assistente

Palavra do Assistente

Alexandre Martins, cm.

Palavra do Assistente

São Gonçalo 2006

Copyright 2006 © Alexandre Martins Correção ortográfica: profa. Bruna da Silva Tavares Capas e diagramaçào: do autor O registro de direito das fotos bem como de ilustrações desta publicação é de domínio público. Pedido de exemplares: rua Nilo Peçanha, 110 / 1101, São Gonçalo, RJ, CEP 24445-360, ou pelo correio eletrônico [email protected] com o assunto “pedido de livro”.

Introdução Por “Assistente” nas Congregações Marianas, entendese aquela pessoa que efetivamente assiste a associação e a seus membros em suas necessidades e anseios espirituais. Na atual Regra de Vida a figura do Assistente deixou de ser somente referente ao sacerdote - este o Assistente-Eclesiástico - para também acolher o leigo, chamado apenas de Assistente. Porquanto o sacerdote representa a Hierarquia Eclesiástica na Congregação e, portanto, uma das condições para que esta exista oficialmente, em muitas regiões do nosso Brasil a figura do Assistente “leigo” torna-se cada vez mais freqüente e necessária. Quantas Congregações Marianas devem seu florescimento ao trabalho silencioso de tantos leigos e leigas engajadas em assistir espiritualmente aos congregados em locais cujos sacerdotes estão atarefados com a grande messe... Quantos párocos nem teriam Congregações em suas paróquias se não fosse o trabalho destes Assistentes - alguns congregados, outros religiosos, outra benesse da nova Regra - todos em consonância com suas ordens. Refletindo o mandato do Concílio Vaticano II, que deu mais direitos e poderes aos leigos, o cargo de Assistente, digamos, leigo, é algo de moderno e adequado a nossa realidade de escassez de sacerdotes. Estas meditações são a coletânea de alguns artigos escritos por mim para a Congregação Mariana da UFRJ e publicados em seu boletim interno, o “Salve, Rainha”. Espero que sirva também para você, caro congregado mariano, e que seja de bom proveito para uma visão autêntica da Congregação Mariana.

Salve, Maria !

Alexandre Martins, cm.

Nossa Senhora Rainha da Paz - padroeira principal da Congregação Mariana da U.F.R.J. -

Palavra do Assistente

O zelo me devora... A atitude de Cristo ao expulsar os vendilhões do Templo de Jerusalém é tida como uma justificativa de violência do Messias. Segundo alguns contemporâneos, Cristo teria dado o exemplo de que “o fim justifica os meios” e que devemos algumas vezes ser violentos para conseguir sucesso em nossas empreitadas. Puro engano. O que Cristo ensina é a justa revolta perante a atitude de alguns, diante das coisas santas, as coisas de Deus. A profanação do Templo era algo muito sério na Lei de Moisés. E inclusive hoje perante as coisas de Deus. O Filho do Homem refuta veementemente isso. E dá a cada um, conforme o tamanho de sua ofensa: a uns joga seus tesouros para o ar, a outros ameaça com um chicote, a outros apenas admoesta... O zelo que o Messias possui pela Casa de Deus é enorme, avassalador, devora como um fogo, como dizem o salmista e o evangelista1. Mas, além de profanação do Templo de Deus - que pode ser atingida seja com atitudes incoerentes ou até roupas inadequadas - devemos ter todo o cuidado de não profanar as coisas de Deus ou as que levam Seu nome. Neste ponto chegamos ao assunto que a leitura desta passagem evangélica pode levar: o zelo pelas coisas de Deus e, em decorrência, por nossa Congregação. Congregação esta que é de Deus, por que é de Maria, a Serva de Deus. Como tratamos das incumbências que temos nela? Como propomos este caminho de santidade aos demais cristãos e a outros? No mais, nosso zelo pela Congregação chega a que ponto? O presidente é alguém que responde pela CM e cuida 8

Alexandre Martins, cm.

para que todas as iniciativas da associação dêem certo. Mas todos os membros não são responsáveis pela CM? Não é o trabalho de todos que faz o resultado conjunto? Temos de ter um grande zelo. Zelo pela Congregação Mariana. Zelo por uma santa agremiação, reflexo da santidade da Igreja, colocada e mantida por Deus no Mundo para o progresso das almas no caminho da bem-aventurança. Sejamos respeitosos para com esta associação, amemo-la. Este amor, irradiado por nós, vocacionados, atrairá outros admirados por nosso amor, ensinará a outros mais, a amar os grupos que participam, ilustrará a outros mais como ser Igreja... “O amor se manifesta nas pequenas coisas”. Em tudo devemos ter zelo. Nada é menos importante. Se alguma coisa na Congregação não fosse de alguma forma útil, não estaria sendo usado ou feito. Aproveitemos a Quaresma e o início deste novo período da UFRJ para nos colocarmos em questão. No período quaresmal nos propomos à revisão de nossa vida, tendo em vista a ressurreição com o Cristo para a Páscoa - passagem para uma nova vida de retidão. O novo período nos dá a sensação de que tudo é novo e que tudo está para ser feito novamente. Façamos agora o que não fizemos antes ou o que não fizemos corretamente. “O zelo pela tua casa me devora”. O zelo pelas coisas do Pai nos deve devorar como reflexo do amor por Deus que arde em nosso peito. O zelo pela Congregação deve ser igualmente devorador, pois ela é algo de Deus, propriedade da Santíssima Virgem, e, como a amamos ardorosamente, ardorosamente defendemos Sua causa.

“Nos, cum prole pia, benedicat Virgo Maria”.

(Publicado originalmente no Boletim “Salve, Rainha” da Congregação Mariana da UFRJ em março de 1997)

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Palavra do Assistente

Anunciamos Jesus ! Neste mês de abril, excepcionalmente, comemoramos a Festa da Anunciação do Senhor. A Comemoração é oriental, anterior ao Concílio de Éfeso (431). Se bem que havia, provavelmente, a mais antiga festa marial: “Comemoração da sempre Virgem Mãe de Deus”, celebrada a 26 de dezembro2. No Ocidente já havia uma comemoração da Anunciação, datada do século VII3. O motivo da data é simples: como no século III, dava-se grande importância ao equinócio da primavera (no hemisfério norte), cuja data era fixada a 25 de março, considerava-se o primeiro dia da conceição do Cristo, da sua concepção. Ora, como a vida de um ser começa no instante da concepção no seio materno e na Anunciação a Virgem concebeu um filho4, logo este é o dia da Conceição de Cristo5, ou da Anunciação. Em vista de seu significado histórico-salvífico, foi mudado seu nome para Anunciação do Senhor6. Se a festa cai na Semana Santa - o que é raro - comemora-se no primeiro dia após as Oitavas da Páscoa. O que comemoramos também, embora não obedecendo a festa litúrgica senão por afetividade, é a fundação da primeira Congregação Mariana no Mundo, a chamada “Prima Primária”, em 1563. O que era inicialmente um grupo de seis estudantes - meia dúzia! - tornou-se posteriomente na mais antiga associação religiosa da Igreja, tendo cerca de 70 santos canonizados que já estiveram em seus quadros, além de 23 Papas. 10

Alexandre Martins, cm.

São mais de quatro séculos de história e de glórias. Derrotas? Podemos dizer que sim, algumas. Mas como podemos ser derrotados se lutamos por Cristo, se honramos nosso voto para com sua Mãe, a Bem-aventurada Virgem ? Certo de que as Congregações de hoje, mormente em nosso Brasil, não se assemelham muito às do passado. Mas o ideal continua vivo. E, como no passado, quando muitas eram perseguidas e dispersos seus congregados, outras continuaram, até mesmo em segredo - as chamadas “Congregações Secretas”7 - a promover a santidade sobre a proteção do manto azul da Virgem. A “Refugium pecatorum” - Cidade de Refúgio8 - nos protege de todo o Mal, pois faz o que é agradável a Deus. Confiantes nesta Proteção quadrissecular, coloquemos nossa força nesta contrução feita sobre a rocha da Igreja. Fazemos os desejos de nossa Rainha Imaculada. Seus desejos são que façamos o que o Divino Mestre nos disser. Seu mandamento missionário é anunciar o Evangelho às Nações9, e o Apóstolo nos adverte: se Cristo não ressucitou, vã é nossa Fé10. Estamos na Páscoa, a comemoração da Ressurreição do Messias. Anunciamos Jesus nesta festa. E, nós, congregados, festejando duplamente a Anunciação do Arcanjo à Virgem de Nazaré e a fundação da primeira Congregação, anunciamos Maria ao Mundo, que em última análise, anunciamos Jesus! Nada nem ninguém tirar-nos-á de nossa missão: Anunciar o Cristo Ressucitado!

“Nos, cum prole Pia, benedicat Virgo Maria” !

Alexandre Martins, cm. 7 de abril de 1997

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índice Introdução O zelo me devora... Anunciamos Jesus ! Flores na água Amores Nem todos... Tempo Ocioso O tempo urge... O “Trote” Templos caem... Águas de Maria Trabalho amado Posturas O Clima das assembléias Necessidades Os Congregados da Conferência Postos de Gasolina As Máscaras de Shiva A morte de Platão Ao findar o ano... Dourando a pílula Apagar os incêndios

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Breve História da Congregação Mariana da UFRJ 66

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