Os Anos Passam

  • June 2020
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  • Words: 694
  • Pages: 3
Os anos passam...As lembranças são eternas, A saudade permanente e nossos olhos em busca de cenas de tempos vividos... Os anos passam...Vivemos lições de vida, aprendemos a vasculhar nas nossas recordações do coração e a acariciar lindos momentos que se foram para não mais voltar. Os anos passam...Crescemos na alma, mas sempre seremos frágeis no amor! Os anos...muitos virão ou quem sabe...nossa estada nesta vida seja curta. Nada sabemos do amanhã...nem quando vamos... Os anos continuam a desfilar na passarela do aprendizado e nós protagonistas da vida, enfrentamos os momentos que nos fazem infelizes e nos deliciamos com os felizes! Resumimos: A vida é um grande baile, em que almas se encontram, se esbarram, se unem e se separam... Cada qual bailando nos conflitos, nas esperanças e nas suavidades de momentos de amor. De todos os anos que se foram, concluo que viver é ser cada qual, em sua essência adquirida. Com todas as adversidades, com as lágrimas derramadas, ainda assim, a alegria de viver é o maior presente embrulhado em papéis de brilhos de momentos... Relembrar é viver um pouco mais. Viva a sua vida pois ela é curta. Valorize e ame a você mesmo, pois ninguém, mais do que você, se conhece. E não se esqueça...Ninguém lembrará o que fez de bem...Mas, todos lembrarão dos seus erros. SAUDADES... Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... dos meus amores. Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro... Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser... Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito; daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre; de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter; de coisas que nem sei que existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências... Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar, dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que, não sei onde, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi... Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês, mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota. Eu acredito que um simples "I miss you", ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima, corretamente, a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades... Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis, de que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência... Sentir saudade, é sinal de que se está vivo!

Existem coisas sobre nós mesmos que ainda precisamos compreender e descobrir, falhas, medos que por muitas vezes ficam ocultos e tentamos controlar por razões que não sabemos explicar. Há situações em nosso cotidiano – perdas e acréscimos – que têm muito a nos ensinar e que desejam nos revelar novos caminhos a serem trilhados. Doi, doi muito cada perda que vivemos em nossa vida, mas doi na alma quando não conseguimos entender o por que das coisas.

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