O Homem, A Angustia E Sua Existencia (mirela)

  • November 2019
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O Homem, a Angústia e sua Existência Filósofa Rita Josélia da Capela Pinheiro Para a abordagem do tema de angústia precisamos antes nos localizarmos no contexto do Existencialismo.

O Existencialismo A proposta é a de entender o Existencialismo como especulação filosófica que visa a análise minuciosa da experiência humana em todos os seus aspectos teóricos e práticos, individuais e sociais, instintivos e intencionais, mas acima de tudo dos aspectos irracionais da vida humana. Encontramos as origens do Existencialismo em Sören Aabye Kierkegaard (1813 -1855). Embora suas idéias filosóficas só tenham sido reconhecidas após a tradução de suas obras nos anos de 1909/1922 por Christoph Schrempf, o sucesso de suas idéias após a chamada "Renascença Kierkegaardiana" foi tanto que quase todos os autores da época a ele fizeram referência.

Além da tradução, a situação histórica tornou-se uma aliada de Kierkegaard. A primeira Guerra Mundial mostrou a vacuidade de todos os sistemas filosóficos para dar conta de uma compreensão sobre a complexidade da problemática humana. Favorecem a sua difusão: · O fracasso dos grandes ideais humanitários, calcados no progresso, derrubando a previsão do positivismo; · O ambiente de insegurança e pessimismo ideológico gerado pela técnica e pela ciência, que dá origem a uma angústia vital. Esta filosofia apresentou aos vivos e sobreviventes as interrogações que lhes eram pertinentes e próprias: qual é o sentido da existência? Da morte? Da dor? Da liberdade? Do desespero? Da angústia? O Existencialismo é uma filosofia que considera a existência como ponto de partida para a sua reflexão. Mas, o que significa existir? O que significa exatamente a afirmação "eu existo"? Será uma simples experiência de fato da minha existência? Em que, então, o fato da minha existência difere do fato da existência de outros seres animados ou inanimados? Será a existência o fato primordial a partir do qual os outros fatos adquirem sentido - o fato da existência dos outros, da existência do mundo, da existência de Deus? O fato da existência pode ser indubitável. Já o sentido e a interpretação da existência não são únicos e indubitáveis, ao contrário, são diversos e diferentes.

Emmanuel Mounier em seu livro "Introdução aos Existencialismos" apresenta uma classificação dos filósofos existencialistas, recorrendo à metáfora de uma árvore. Na raiz da árvore estão: Sócrates, filósofo da Antiga Grécia fazendo apelo ao "conhece-te a ti mesmo"; os estóicos gregos e romanos, enaltecendo o domínio humano de si próprio, face às adversidades da vida e do destino; São Bernardo propondo um cristianismo vivido e que leve o homem à sua conversão religiosa, face às sistematizações teóricas da religião vigentes em sua época. No tronco da árvore estão os filósofos franceses: Pascal, relembrando que o desenvolvimento dado às ciências naturais havia feito esquecer o homem diante da vida e da morte; Maine de Biran, mostrando que á preciso compreender o homem enquanto uma unidade corpo-alma, refutando, assim, as filosofias dualistas ou monistas de tipo sensualista. Está ainda o filósofo dinamarquês Kierkegaard, considerado pelos historiadores como o pai da filosofia existencialista moderna, mostrando como a razão é importante para, sozinha, justificar o sentido da existência humana; ela necessita de Deus que vem em auxílio do homem que se encontra no abandono injustificado. Encontra-se ainda, neste tronco a fenomenologia que, desde o seu fundador, o alemão Edmund Husserl, toma como objeto principal da filosofia o projeto de constituição da ciência do vivido, Erlebniz. Esta ciência difere das ciências positivas no estudo do homem, pois nestas o homem é apenas considerado em seu aspecto factual e objetivo. A ciência do vivido deve abordar o vivido nele mesmo, isto é, enquanto consciência, subjetividade, corporeidade, historiedade e liberdade.

Do tronco da árvore separam-se dois galhos. Um que se desenvolve com os autores de inspiração religiosa, influenciados direta ou indiretamente pela fenomenologia existencial. Dentre esses autores citamos: Max Scheller, Karl Jasper, Paul-Louis Landsberg, Nicolas Berdiaeff, Gabriel Marcel e o próprio Emmanuel Mounier. O outro galho que se desenvolve com os autores que se afastam explicitamente das inspirações religiosas: Jean Paul Sartre, Martin Heidegger, Maurice Merleau-Ponty, Jean Hippolyte, Simone de Beauvoir, Albert Camus.

Existem alguns traços comuns em todos esses autores para que possamos agrupá-los sob a denominação de existencialistas. Todos concordam que a filosofia da existência seja a negação da filosofia concebida como sistemas da existência no que esta possui de mais fundamental e concreto, os momentos vividos. Todos concordam, também, que a existência não pode ser conhecida nela mesma como um dado objetivo da ciência: o caráter essencial da existência é a subjetividade. Assim, não se pode definir ou conceituar a subjetividade como faz a ciência natural. Só se pode descrevê-la, apreendê-la e compreendê-la sob a forma de uma história pessoal, dirá Kierkegaard, ou sob a forma da Temporalidade, dirá Heidegger. Seguindo estas indicações podemos dizer que o existencialismo é um humanismo.

Seguindo a indicação de N. Herpin pode-se dizer que o humanismo existencial aparece em duas vertentes. A primeira que se caracteriza pela "filosofia do absurdo" com os temas, dentre outros, da angústia e da contingência. A segunda que se caracteriza pela "filosofia da liberdade" com os temas do projeto humano e da vivência de valores, dentre outros. Vejamos o que significam estas duas vertentes: 1) A filosofia do absurdo - "se opõe às concepções clássicas que justificavam a existência do mundo e do homem por uma razão imanente ou por uma providência divina = noção de harmonia pré-estabelecida na própria natureza = cosmos". Aqui citamos Kierkegaard. 2) A filosofia da liberdade - põe em realce as noções do projeto existencial e de vivência de valores. Aqui citamos Sartre, homem = nada "a liberdade como condenação. Heidegger, Dasein "facticidade e transcendência.

Kierkegaard A verdadeira realidade é o existente, singular. E o singular que lhe interessa é o singular homem, porque somente ele é verdadeiramente singular. Somente o homem singular vale mais que a espécie, ao contrário do que acontece entre os animais, onde o indivíduo vale sempre menos que sua espécie (vive por instinto). Somente o singular humano tem consciência de sua singularidade (pensar é doloroso e é uma forma de provocar a angústia), como ser eu em meio a todos? Chegou a desejar que por sobre a sua campa se colocasse a inscrição: "aquele singular". Consequentemente a verdade é subjetividade e bem longe de ser a "adequação da mente com a coisa" é a adequação do objeto com minha subjetividade, com as mais profundas exigências do indivíduo que eu sou e quero ser. Quanto mais passional minha ligação com a coisa, tanto mais verdadeira. E quanto menos ela é evidente à razão, tanto mais certa. A realidade é irracional por ser singular.

É por isso que ele se opunha à mentalidade de seu tempo que via no socialismo e no comunismo a panacéia dos males da sociedade. O princípio associativo pode ter valor em relação aos interesses materiais, mas é espiritualmente nocivo. Não pode haver igualdade neste mundo como sonham os socialistas porque lhe é própria a diferenciação. E vocês sabem disso porque tentam unir homem e mundo enquanto vivência pessoal, na tentativa de salvaguardar o indivíduo num mundo em que a sociedade não passa de um conjunto de criaturas animais que se parecem com o rebanho - À sociedade importa que cada um de nós seja como os outros" a clonagem é um fato. É considerado normal quem aceita e se adapta aos padrões e valores comumente recebidos; um excêntrico e/ ou rebelde quem os recusa e combate.

Deste modo, o convite Kierkegaardiano é que sejamos verdadeiros eus .

Para Kierkegaard o absurdo implica no distanciamento da subjetividade das concepções que atribuem à razão o papel de realizadora de um sistema racional do mundo. O indivíduo é uma subjetividade que não pode encontrar o seu fundamento em nenhum sistema racional. A ética religiosa, que repousa na fé em Deus é quem pode explicar o fundamento da existência humana. O absurdo é o "lugar do silêncio", ou seja, o lugar de Deus, bem como a distância que há entre a subjetividade finita do homem e a pessoa infinita de Deus.

No pensamento de Kierkegaard, Abraão é o exemplo vivo do herói absurdo. Sem saber porque, Abraão oferece a Deus o sacrifício de seu filho Isaac. Mas, este absurdo é revelador de Deus. Com efeito, no momento exato em que se daria o sacrifício, um anjo aparece a Isaac sustando a sua ação. Deus reconheceu a fidelidade e o amor de Abraão para com Ele, pois, na sua prova, seria capaz de sacrificar o seu filho bem amado Isaac. É preciso lembrar, portanto, que a revelação de Deus não vem tranqüilizar ou consolar o homem. Ela instaura o sentimento da angústia existencial. O homem existente se prova na inquietação e na angústia existencial. O homem existente se prova na inquietação e na angústia, como no exemplo de Abraão. Por isto é que Kierkegaard define esta angústia como "síncope da liberdade". Assim, liberdade e angústia se unem na existência. O homem é livre, em sua vida, para optar e escolher. No entanto, não há opção sem angústia. Ao escolher deixo de lado outras coisas sem ter certeza de que a escolha foi a melhor ou será bem sucedida. Quando escolho sou eu quem me escolho, pois toda opção é feita em função de uma opção interior, pela qual eu julgo que irei me realizar. No entanto, a escolha é um "salto no escuro". Não posso ter certeza a priori de que a escolha é boa, como já disse acima. Mas esta escolha não é feita arbitrariamente. Ela deve ser motivada pela busca da verdade.

A busca da verdade é a questão filosófica essencial, pensa Kierkegaard. Não se trata de uma verdade abstrata ou formal. É uma verdade vital, verdade para mim, verdade pela qual eu quero viver e morrer. Neste sentido é que se diz que a verdade é vivida antes de ser objeto do juízo lógico. Esta verdade é expressão do modo de existir autêntico que só a vida cristã, diz Kierkegaard, é capaz de compreender, com tudo o que ela implica de angústia e dilaceração.

O existir autêntico supõe compromisso e risco. Na minha vida concreta eu busco uma verdade vivida, e esta vai expressar-se em meu comportamento cotidiano. Por isto a verdade é fruto da ação e não de um pensamento teórico, segundo Kierkegaard. A angústia existencial não leva o homem à solidão, ao individualismo, à incomunicabilidade ou à doutrina da salvação e da redenção. Este existir autêntico me faz buscar o singular, mas não acontece sem sofrimento. Ninguém é ele mesmo sem antes querer sê-lo em sua liberdade. Daí a angústia porque ninguém pode fugir a este sentimento que acompanha toda escolha. A Condição Humana A porta de acesso à condição humana é a experiência da angústia, nisto concordam todos os existencialistas. O que é? Sob o ponto de vista subjetivo, a angústia é uma experiência extremamente intensa com uma nota emocional absolutamente peculiar. Nela misturam-se admiração, espanto, terror, exaltação, náusea e sublimidade. O caso de Abraão, por exemplo, demonstra espanto e sublimidade. O objetivo da experiência da angústia é que diverge. a) realidade da existência = angústia de ser = angústia do nada b) particularidade ou individualidade humana = angústia do aqui e agora c) liberdade humana = angústia da liberdade Em síntese, angústia é desespero. E o homem só sai do desespero quando orientando-se para si próprio, querendo ser ele próprio, o eu mergulha, através de sua própria transparência, até o poder que o criou", (Desespero Humano). Deus não pode estar numa realidade transcendente, mas em mim. Somos mais íntimos de Deus do que de nós mesmos. Filósofa Rita Josélia da Capela Pinheiro

Doutora e Mestre em filosofia e Professora da UERJ e da Universidade Gama Filho XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Filosofia As raízes filosóficas da ciência cognitiva são encontradas no século dezessete, quando os filósofos começaram a encontrar novas maneiras de resolver os problemas sobre a natureza do pensamento e da mente. Começaram, então, os debates sobre a relação entre mente e corpo, linguagem e pensamento, entre pensamentos ou percepções e objetos pensados ou percebidos e idéias inatas e adquiridas. Na discussão dessas idéias destacam-se as figuras de René Descartes e Thomas Hobbes. Descartes afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para, criteriosamente, analisarmos se, de fato, existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza. Fazendo uma aplicação metódica da dúvida, considerou como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais. Estabeleceu que a única verdade totalmente livre da dúvida era a seguinte: meus pensamentos existem. Disto decorre sua célebre frase: "Penso, logo existo". Desse modo, o pensamento (consciência) é algo mais certo do que a existência (matéria corporal). Baseando-se neste princípio, toda filosofia posterior que sofreu a influência de Descartes assumiu uma tendência idealista, isto é, uma tendência para valorizar a atividade do sujeito pensante sobre o objeto pensado. Com o seu método da dúvida crítica (dúvida cartesiana), abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido. Descartes celebrizou-se não pelas questões que resolveu, mas pelos problemas que formulou. Já Thomas Hobbes acreditava que o pensamento pode ser compreendido como um tipo de cálculo, talvez inconsciente, usando operações formais em símbolos armazenados na mente. Os modelos de mente de Hobbes e de Descartes se completam como um prótotipo para a ciência cognitiva contemporânea. Podemos pensar nos estágios e processos mentais como objetos matemáticos e as operações que a nossa mente desempenha neles quando pensamos, como computações. Esses frutos da filosofia do século XVII contém as sementes da ciência cognitiva contemporânea. Estudos ontológicos

A ontologia da mente é o estudo da natureza dos processos e estados psicológicos e da sua relação com os processos e estados físicos. Os quatro principais problemas ontológicos levantados pela ciência cognitiva são os seguintes: • •

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Especificar o tipo de relação que existe entre eventos psicológicos e físicos nos sistemas de processamento da informação representativos, como a relação entre inteligência natural e artificial; Interpretar as teorias de processamento da informação voltadas para a inteligência humana. Os processos psicológicos são realmente realizados pelo cérebro em um tipo de analogia biológica com o código LISP ou os programas escritos por psicólogos e cientistas computacionais engajados na simulação cognitiva são meros dispositivos calculados e utéis para prever o comportamento humano? Fazer perguntas específicas sobre a natureza de certos tipos de estados psicológicos como crenças, esperanças, desejos e medos. Explicar os estados mentais provenientes de experiências ou sensações.

Estudos epistemológicos A epistemologia é o ramo da Filosofia interessado na natureza, estrutura e origem do conhecimento. Tradicionalmente, os maiores estudos epistemológicos realizados pelos filósofos da ciência cognitivos estavam relacionados com a análise do conceito de conhecimento e com a justificativa da sua existência. Mas a ciência cognitiva forçou uma reorientação do foco dos estudos e as pesquisas sobre estruturação e organização do conhecimento tornaram-se centrais. Logo, percebemos que a Filosofia não é uma simples comentarista das atividades de outras disciplinas, mas ajuda a definir problemas, criticar modelos e sugerir o caminho dos questionamentos. Para saber mais: Livros e publicações: STILLINGS, Neil A. Cognitive Science: an introduction. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology, 1989. GARDNER, Howard. A nova ciência da mente. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996. Links: http://www.geocities.com/discursus/html/cognitiv.html Página de um curso de Ciência cognitiva com resumos de partes do livro "A nova ciência da mente" de Howard Gardner, além do "Como a mente funciona", de Steven Pinker e "Mente" de Thagard, escritos por Antônio Rogério da Silva. http://www.geocities.com/discursus/html/contempo.html

Página sobre filosofia contemporânea, discutindo temas como ciência cognitiva, epistemologia, ética, política, filosofia da linguagem, metafísica, psicologia e teoria da escolha racional. http://www.ufscar.br/~djte/ Indicações de livros, artigos e alguns links sobre "Filosofia da mente e ciência cognitiva" da Universidade Federal de São Carlos. http://critica.no.sapo.pt/filos_mente.html A Crítica é uma central de filosofia e cultura que coloca à disposição de professores, estudantes e outras pessoas interessadas alguns instrumentos necessários para estudar filosofia: artigos de divulgação, materiais didáticos para estudantes e professores, artigos de investigação, guias bibliográficos, críticas a livros, teses de mestrado e doutoramento, etc. http://www.u.arizona.edu/~chalmers/biblio.html Esta página possui referências dos mais recentes trabalhos em filosofia da mente, filosofia da ciência cognitiva, filosofia da inteligência artificial e consciência. Em inglês. http://socrates.berkeley.edu/~jsearle/ Página do professor de filosofia da mente e linguagem da Universidade da California, John R. Searle. http://socrates.berkeley.edu/~hdreyfus/ Página do professor do departamento de filosofia da Universidade da Califórnia, Hubert Dreydus. http://www.cobra.pages.nom.br/filmod.html Vida, época, pensamento e obras de filósofos contemporâneos e modernos escrito por Rubem Queiroz Cobra. http://www.filosofia.pro.br/ Portal Brasileiro da Filosofia e filosofia na educação. http://www.mundodosfilosofos.com.br/ Mundo dos Filósofos, textos sobre as várias épocas da Filosofia, Clássica, Latina, Cristã, Moderna, Contemporânea e Mitologia greco-romana. http://www.fcsh.unl.pt/hp/end/filos.htm "Ligações de ciências sociais e humanas". Página com links separados por áreas científicas, dentre elas, Filosofia e Lingüística.

http://www.utm.edu/research/iep/ The Internet Encycopedia of Philosophy - Informações sobre os filósofos mais importantes e sobre vários assuntos dessa área. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

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