O Conceito De Discipulado De John Wesley - Pr Rodrigo

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O Conceito de Discipulado de John Wesley A igreja não muda o mundo quando gera convertidos, mas quando gera discípulos. John Wesley Acerca da necessidade do discipulado, ele escreveu em seu diário em 13/03/1743: “Pelas terríveis condições que testemunhei aqui (e deveras em todas as partes da Inglaterra), estou cada vez mais convencido de que o diabo não deseja outra coisa senão isto: que o povo em qualquer parte seja meio acordado1, e depois deixado para cair no sono novamente. Portanto, estou resolvido, pela graça de Deus, a não iniciar o trabalho em qualquer lugar sem a probabilidade de conservá-lo”. John Wesley era defensor do discipulado radical e era extremamente preocupado com a fé do novo convertido. Sociedades “Grupo de homens reunidos que buscam o poder da piedade, unidos para orarem juntos, receberem uma palavra de exortação e cuidado um do outro em amor, para que possam ajudar uns aos outros a desenvolver a sua salvação”. * As sociedades não substituíam a igreja local; * Membros de uma sociedade metodista poderiam ser expulsos se deixassem de freqüentar assiduamente a sua igreja local. O que Wesley exigia das pessoas que desejassem freqüentar uma sociedade metodista? “...um desejo de fugir da ira vindoura e ser salvo de seus pecados”. O objetivo principal de Wesley era SANTIDADE. Daí darmos ênfase na doutrina da Inteira Santificação e defendê-la como bandeira da nossa denominação, Metodista Livre. Portanto, a grande motivação de Wesley era tornar as pessoas discípulos de Cristo e desejosos por uma vida de santidade. Com esse objetivo de santidade, Wesley acrescentou a essas sociedades três tipos de grupos pequenos: 1) classes; 2) grupos; 3) sociedades seletas. 1) Classes * Grupo básico; * Maneira de reabilitar novos convertidos dos hábitos de pecado formados durante a vida; * Composto de 12 a 20 membros; * Sob a direção de um líder leigo; * Encontros semanais à noite, para ter flexibilidade nos horários dos trabalhadores; * Propósito: - Confissão mútua de pecados e prestação de contas; - Visando crescimento e santidade * Repartiam-se ingressos para participar da “Festa do Amor” (ceias) e para a reunião seguinte; 1

Meio acordado: John Wesley classificava as pessoas que ouviam a mensagem e se interessavam por ela com esta expressão. Deixá-las cair no sono significava não dá-las o respaldo necessário para manterem-se despertas para o evangelho. Daí, sua ênfase em discipular.

Pr. Rodrigo R Lima - 2006

* Membros que demonstravam repetidas fraquezas não recebiam os ingressos, porém, demonstrando o arrependimento voltavam a participar das reuniões. * Transgressores2 crônicos recebiam uma disciplina ainda mais severa, até mesmo a expulsão. 2) Grupos * Composto de 5 a 10 membros; * Dividido por sexo; * Propósito: - Cuidado pastoral; - Prestação de contas. Os grupos eram mais rígidos na prestação de contas * Continham 6 regras: 1. Fazer encontros semanais; 2. Ser pontual; 3. Começar com louvor e oração; 4. Falar um de cada vez, em ordem, livre e diretamente o verdadeiro estado de nossa alma e com falhas que cometemos em pensamentos, palavras ou ações, e as tentações que sentimos desde o último encontro; 5. Terminar os encontros orando individualmente pelos membros; 6. Uma pessoa fala do seu estado primeiro e as outras fazem perguntas inquiridoras sobre tentações e pecados a esta mesma pessoa. 3) Sociedades seletas * Eram grupos mais especializados. Maternidade de líderes futuros; * Regras: - Manter extrema confidencialidade; - Ter absoluta submissão ao líder em todas as coisas; - Vida comunitária intensa com contribuição de dinheiros que sobravam dos seus ordenados. Howard Snyder3 estima que por volta de 1800, os metodistas tinham mais de 100.000 membros e 10.000 líderes, daí a necessidade de líderes leigos. Estes pregavam, ensinavam, aconselhavam e tinham muita força de vontade, apesar de pouco conhecimento teológico. O foco era SANTIDADE.

O que a Igreja Metodista Livre entende acerca do Acompanhamento de novos convertidos e do discipulado cristão? 1) Características de uma Igreja Viva

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Trangressores: John Wesley entende que uma vez que o cristão está livre do pecado original, os demais pecados são involuntários, pois, não somos escravos do pecado. Partindo deste conceito, Wesley prefere chamar pecados involuntários de transgressões, pois, são pecados que cometemos ainda que inconscientemente por ainda estarmos num corpo corruptível. 3 Howard Snyder: Escritor Metodista Livre, que foi missionário no Brasil e é professor de eclesiologia no Asbory Theological Seminary. Autor do livro: “Vinho Novo em Odres Novos”.

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A. A Igreja é o Corpo de Cristo no mundo. Na adoração, a Igreja se reúne para se encontrar com o Deus santo e responder em obediência e amor. Pelo seu testemunho, a igreja faz conhecidas as boas novas de Cristo à comunidade local e até aos confins da terra, chamando os perdidos ao arrependimento e à fé. No fazer discípulos, os convertidos são trazidos para dentro do corpo, batizados, treinados e equipados para o serviço a Cristo. Na comunhão, pessoas redimidas experimentam sua unidade em Cristo compartilhando suas vidas com amor e interesse uns pelos outros. No serviço, a igreja coletivamente zela pelas necessidades dos seus membros e de outras pessoas (Mt 28.18-20; At 1.8; 2.42; 26.17; Ef 4.11-13; Ap 4). B. A Igreja Metodista Livre dedica-se a desenvolver e manter o cuidado mútuo. Nossas igrejas devem se caracterizar pela compreensão, perdão, disciplina e assistência mútuos. Para experimentar a comunhão cristã, devemos conhecer uns aos outros bem o bastante para compartilhar as vitórias e fraquezas, alegrias e tristezas. Isso nos edifica mutuamente na fé. 2) Discipulado – A Grande Comissão da Nossa Comunidade A igreja sinceramente se empenha na evangelização e discipulado. Não titubeamos ao indicar o caminho da vida e santidade. Somos zelosos pelo crescimento espiritual de todos os que estão sob nossa responsabilidade, sejam não convertidos, novos convertidos ou cristãos de longa data.

Para pensarmos.... 1) Qual é a mentalidade que a comissão de integração deve assumir, a partir deste conhecimento de nossa ênfase doutrinária e histórica, em receber um jovem cristão em potencial na igreja? 2) Qual deve ser o nosso foco no acompanhamento com aqueles que já estão envolvidos conosco e foram “acordados” para o evangelho? Como evitar que “caiam no sono”? 3) De acordo com o nosso último encontro, como você poderia aproveitar melhor o seu perfil na comissão de integração a partir desse novo conhecimento?

Bibliografia e Sugestão de Leituras: * João Wesley , Sua Vida e Obra de Mateo Lelievile (Ed. Vida); * A Perfeição Cristã de John Wesley (Casa Nazarena de Publicações); * A Nova Criação: A Teologia de João Wesley Hoje de Theodore Runyon (Editeo); * Lições de Mestre de Mark Shaw (Ed. Mundo Cristão) páginas 157 a 174. * Livro de Disciplina 2003 parágrafos 6020 e 6040.

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