O AMOR DE DEUS ACIMA DO NOSSO Deus olha o coração e nós olhamos as aparências... Deus ama os defeitos e nós amamos as qualidades... Deus nos acolhe independente da condição na qual nos encontramos e nós impomos condições para acolhermos... Deus está sempre nos esperando e nós não temos paciência para esperarmos... Deus está sempre disponível e nós nos colocamos indisponíveis... Deus tem coragem de adentrar no mais profundo do nosso ser e nós temos medo de aprofundar no outro... Deus não tem receio de dizer que nos ama e nós temos vergonha de dizer... Deus nos deixa livres para sermos nós mesmos e nós aprisionamos o outro de ser ele mesmo... Deus não nos suporta, Ele nos ama incondicionalmente, sem limitações, sem cobranças... Ele simplesmente nos conquista, nos cativa. Com as pessoas deveria acontecer assim: conquistar e cativar - sem cobranças, sem limitações. “Não por força e nem por poder, mas pelo meu Espírito”. A melhor maneira de conquistar e cativar o outro, é ter a coragem de adentrar no mais profundo do seu ser, mas acredito que nós talvez não estejamos preparados para isso, pois todos temos o nosso lado obscuro, sombrio, onde só Deus pode entrar e nos amar, sem se afastar. E às vezes quando começamos a aprofundar no outro, percebemos que ele é diferente daquilo que pensamos e nos afastamos. Mas Deus faz o contrário de nós: Ele fica. As pessoas muitas vezes só querem ficar com a nossa aparência, nossa beleza, nosso status, e não querem se aprofundar no mais íntimo de nós. São poucos que têm a coragem, disponibilidade, paciência para adentrar no outro, para o conhecer verdadeiramente e o amar. Esses que têm essa coragem, não a tem por si só e sim por Deus. É Deus quem os capacita e os inspira a terem essa coragem, disponibilidade e paciência. Percebo que às vezes somos como um “cacto”. As pessoas o acham bonito, interessante e que só serve para enfeitar o ambiente no qual se encontra, mas não têm a coragem de irem até ele e descobrirem que se pode extrair água dali. Assim acontece conosco quando não temos a coragem de adentrar no outro. Deixamos de extrair o que o outro tem de melhor, quando não queremos nos aprofundar em si. Devemos lembrar sempre que podemos aprender muito com o outro – seus defeitos e suas qualidades e que também ninguém é perfeito. Peçamos a Deus para nos dar a graça de ter coragem, disponibilidade e paciência para adentrar no outro, sem reservas, sem limitações, sem cobranças, sem se importar com a sua aparência. E procurar sempre enxergar algo bom em tudo e em todos.
Luziene Ferreira de Sousa (Julho/2004)