A ss írio & Alvim
II
editores e livreiros
Rua Passos Manuel, 67-B 1150-258 Lisboa
Título: INTITULADOS TÍTULOS Autor: Pedro Proença Colecção: Arte e Produção Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Artes Plásticas Formato e acabamento: 21 x 21 cm, edição brochada N.º de páginas: 144 Apresentação: «Perdoe-me desde já o benévolo leitor a ousadia da incursão de um soi-disant modesto artista no domínio celerado e rigoroso das cousas typographicas. A minha relativa aversão, ou mesmo irritação, ao que hoje se chama, em mercantil anglicismo, design gráfico, sempre se deveu ao rigor das ferramentas, ao lado insonso dos “tipos”, à trabalhosa relação com as “gráficas”, às partidas que me pregaram nas impressões e no tratamento das imagens, aos desaparecimentos de originais e outros assuntos que não me acodem por ora. No entanto, sempre gostei de máquinas de escrever, da composição manual dos tipos, das caligrafias rebuscadas, dos livros iluminados e dos acidentes que o tempo faz nos manuscritos: manchas, carimbos, anotações, rasgões e outras desordens que por vezes perturbam a legibilidade. Cada vez mais acho que o livro, objecto de devoção algo moribundo (embora nobre e honroso!), deve ser encarado como um caderno, e que a função recriativa do leitor é a de rabiscar, contrapor, achincalhar, precisar, obscurecer, iluminar, “traduzir”, sublinhar, acrescentar, cortar, apagar, etc. Estas atitudes de remontagem terão as suas virtudes se não vierem no sentido de empobrecimento e espartilhamento de texto. Não tenho a pretensão de desautorizar o que é do autor, ou de celebrar alternativamente a recensão comezinha e as batalhas recepcionistas dos estafados exegetas ou hermeneutas. No fundo, acho simpática a ideia de que só o leitor que não é passivo é que é significativo (vai-se tornando o seu autor!), mesmo que a significação seja uma floresta de equívocos. Tento não acentuar em demasia a ideia de que são os “vedores que fazem a pintura”, se bem que a cozinhem e estufem superficialmente nos meandros da consciência — mas as imagens também exercem os seus poderes sobre os corpos, bombardeando-os com diversas afecções a que não conseguimos ser insensíveis.» Pedro Proença
P.V.P.:
15 €
/ ISBN: 978-972-37-1426-5
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Título: ASSOMBRA — Ensaio sobre a origem da imagem Autor: Tomás Maia Fotogramas: Marta Maranha com Diogo Saldanha Colecção: Arte e Produção Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Ensaio; Estética; Arte Contemporânea Formato e acabamento: 17 x 21 cm, edição encadernada N.º de páginas: 248
«Nunca, como agora, se tornou tão urgente pensar a origem da imagem, na chamada “civilização da imagem” (onde o Ocidente teria entrado recentemente, como se ela não fosse, a imagem, a própria essência do cristianismo), porque nunca, como agora, se produziram e reproduziram tantas imagens na proporção inversa da rasura da dimensão originária de cada uma: há cada vez mais ‘imagens’ — para o dizer ainda esquematicamente: mais coisas apegadas à sua própria aparência, e há cada vez menos imagens: menos coisas que fazem aparição (ou menos coisas que assombram, pois será a possibilidade de assombrar que assinala para mim, como porventura já se compreendeu, a origem da imagem).» Tomás Maia
P.V.P.:
18 €
/ ISBN: 978-972-37-1359-6
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Título: CAHIERS · BOOKS Autor: António Sena Textos de: Marina Bairrão Ruivo · João Pinharanda · Vasco Graça Moura Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Arte Contemporânea Formato e acabamento: 24 x 27 cm, edição encadernada N.º de páginas: 32
«No estado de desenvolvimento actual do seu trabalho, é um desenhador que apresentamos. Mas em cada um dos desenhos de Sena resiste ou anuncia-se a pintura. E são desenhos ou caligrafias? A polémica resolve-se na raiz das palavras, pois que, em grego, graphien é simultaneamente desenho e escrita. Sena copia longa e repetidamente, obsessivo é o termo certo para um exercício que o tem ocupado nos últimos anos, as mesmas páginas dos mesmos livros. Nessas primeiras páginas do Génesis é um princípio etimológico, também, aquilo que procura para o seu trabalho: uma Luz. Sena experimenta um sem-fim de modos de escrever Voltaire ou apenas a inicial V (vê) do seu nome. E é o restabelecer visual dos diálogos intensos do filósofo com a escrita sagrada que o artista alcança. Finalmente, Sena aproxima-se da revelação de textos totais (esta exposição mostra um Génesis quase completo e duas versões, completas, do texto de Voltaire Poème sur le desastre de Lisbonne). É como se o artista quisesse provar ter ganho fôlego narrativo contra a anterior dimensão serial e repetitiva. No entanto, mantém-se sempre o domínio do desenho e da abstracção. […]» João Pinharanda P.V.P.:
7,50 € / ISBN: 978-972-37-1423-4