No Tempo

  • July 2020
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  • Words: 312
  • Pages: 1
NO TEMPO... Nascemos, crescemos, evoluímos... maturamos. Inaugurarmos posições, dia-a-dia, são os avanços aos quais galgamos prudentes num constante caminhar. Todos os dias recomeços são disparados, pelo amor ou pela necessidade, latente, em cada um dos cidadãos do mundo do planeta Terra. Nos propusemos a caminhar ou a empacar, trilhar ou copiar, ser ou não aparecer, cuidar ou não cuidar ou ainda, não descuidar. E nesses passos as virtudes e os defeitos se alternam, muitas vezes, num mesmo dia. E um dia, por fim, nos damos conta, alertados por uma de nossas virtudes, talvez, que negligenciamos em algum momento conosco mesmos, com alguém, com qualquer 'qualquer' . Negligenciamos com o amor incondicional com qual fomos preenchidos, embalados, coloridos em feições desde os primórdios de tudo. Negligenciamos com o amor incondicional que deveríamos, por fraternidade, depositar generosamente em cada um de nossos irmãos quando declinássemos o olhar por sobre suas fontes, não importando se àgua, se lua, se árvores, se animais, se sol, se chuva, se pedra, se gente. Desperdiçamos as oportunidades de sermos nobres pessoas ao amanhecermos sem lembrarmos de um agradecimento singelo que seja a Deus, o Criador, de acernarmos, ao menos, ao primeiro vizinho que enxergamos ao abrirmos o portão para mais um dia de vida, de intempéries, de novidades. Desperdiçamos oportunidades quando ao correr frente aos ponteiros do relógio deixamos de respirar a brisa leve da manhã, a algazarra animada dos pardais nos galhos a fanfalhar, insistindo em antecipar o que, a sua, hora chegará querendo-se ou correndo-se. Desperdiçamos o dom de sermos meros mortais para vivermos no raso, no liso, no limiar. Contudo, podemos ainda olharmos para o tempo, reverenciá-lo e caminharmos a compassados passos amando e deixando sermos amados, degustando e degustados pelas energias vivas com as quais ocupamos os espaços neste pedaço ocre-verde-azul-anil e aquecido por uma estrela amarelo brilhante. Eis nosso recomeço... há tempo no tempo!

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