O mundo gira acorrentado aos meios de comunicação social que se dispõem por toda a parte e teimam em convencer-nos que teremos todo o proveito em aderir a tudo. A toda a hora há uma nova descoberta material, uma nova moda, uma nova tendência. Há em cada ser humano uma necessidade de ter, imitar, ostentar e competir, cedendo assim a todo o tipo de publicidade mesmo por muito rudimentar que esta seja. Quando menos nos apercebemos, compulsivamente e sem qualquer tipo de reflexão, agimos inconscientes da gravidade dos nossos actos, não só no que diz respeito a bens materiais fúteis, mas também no que diz respeito aos recursos naturais de que necessitamos para habitar o planeta. Será que alguma vez reflectimos acerca da quantidade de água e electricidade que consumimos num só dia? Será que alguma vez contabilizamos a morte de diversos seres vivos resultantes do consumo vindo de todas as actividades que realizamos no nosso quotidiano? Será que nos apercebemos dos efeitos nocivos que causamos ao que nos rodeia quando consumimos desnecessariamente e até mesmo necessariamente? Com este estilo de vida, caminhamos nada mais, nada menos para um beco sem saída, que aprisiona e condiciona a humanidade. Consequentemente, com moderação, devemos “consumir sem consumir o mundo”.