Natal

  • June 2020
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  • Words: 590
  • Pages: 2
Há muitas pessoas que não gostam do Natal. Alguns, chegam a hibernar e só regressam depois do Ano Novo. Eu, ao contrário, gosto do Natal. É a festa em que nós, cristãos, comemoramos o nascimento de Jesus e, ao mesmo tempo, é a festa da família. Hoje em dia, as famílias encontram-se dispersas, pelos mais variados motivos. Porém, na época de Natal, grande parte das famílias tentam reunir-se, numa só casa, onde matam saudades, conversam, degustam as diversas comidas tradicionais da quadra, não faltando a correspondente doçaria. De região para região, a ementa difere um pouco. No entanto, é o bacalhau cozido, com batatas e couves, penso, um dos pratos tradicionais de todo o nosso Portugal. Também, normalmente, após assistirmos à tradicional “Missa do Galo”, fazem-se as trocas de lembranças. Para os mais pequeninos, é a chegada do “Pai Natal”, o momento mais esperado. No meu tempo, de menino e moço, era o Menino Jesus que nos trazia as “prendinhas”, as quais só poderíamos ver no dia seguinte, uma vez que tínhamos de nos deitar antes da meia-noite. Tenho saudades do Natal dos meus tempos de menino! Na minha opinião, era mais puro, mais quente, parecia até que havia mais amor e mais amizade, embora existissem muitas mais dificuldades económicas do que hoje. Hoje, o “Natal”, parece mais plástico, mais comercial. No meu tempo de menino, as ruas da minha cidade não eram iluminadas. As montras dos comércios só eram ornamentadas, com os motivos natalícios, no mês de Dezembro. Os brinquedos eram outros, não tão sofisticados como os de agora. Nós, crianças, parávamos, junto a essas montras, estupefactos, a admirar esses brinquedos. Como acreditávamos que era o Menino Jesus que nos trazia os brinquedos, escrevíamos ao Menino, a pedir um, ou mais, brinquedos da nossa preferência. Depois… era o desânimo, pois muitos pais não tinham posses para os adquirir e, como tal, no dia seguinte era a desilusão e o choro. Os pais lá tinham de “arranjar” uma desculpa, ficando sempre a promessa de que, se nos portássemos bem, talvez o Menino Jesus nos fizesse a vontade no próximo Natal. Nessa época, não havia subsídios de natal, ou 13º mês, como hoje, que sempre ajudam a equilibrar os nossos orçamentos, embora, presentemente, muitos também já não recebem, derivado à crise que se está vivendo.

Hoje, os mais diversos tipos de brinquedos, nunca antes imaginados, inundam os pequenos e médios comércios, assim como as grandes superfícies comerciais, com meses de antecedência. A televisão, também colabora e o “Pai Natal” é visto por todo o lado. As ruas comerciais das vilas e cidades são ornamentadas, com as mais variadas iluminações de Natal. À tradicional “Missa do Galo” já poucos vão assistir, uma vez que a televisão leva a mesma até nossas casas. Antigamente, no regresso da “Missa do Galo”, que começava à meia-noite, todos se visitavam e em todas as casas havia sempre um copo de vinho e comida para oferecer aos visitantes. Durante toda a noite cantava-se ao Menino, quer à volta da fogueira, quer pelas ruas das nossas aldeias, vilas e cidades. Ainda hoje é famoso o “Natal de Elvas” Os pobres não eram esquecidos e sempre havia um pequeno mimo para eles. Hoje, graças à boa vontade de muitos anónimos e ao digno trabalho de diversos voluntários, os pobres e os sem abrigo também não são esquecidos. São servidas ceias de natal, o que é de louvar. Por isso e para terminar, seria tão bom que “NATAL” fosse todos os dias e sempre que o Homem quisesse. A todos:

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