My Mysterious Angel - Cap. 1 A 5

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  • Words: 5,847
  • Pages: 13
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Primeiro Capítulo (Bruna’s POV) “O dia mente a cor da noite E o diamante a cor dos olhos Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

E

ra de noite e eu estava em um supermercado 24 horas, não me recordo muito, mais estava dentro do mercado e sai por algum motivo grave. Fiquei no estacionamento parada, sem ninguém e me veio aquela sensação de perigo chegando. É, eu estava certa, chegaram uns garotos mexendo comigo, querendo fazer malvadesas – e eu em estado de choque não consegui sair do lugar – foi ai que eu senti a presença dele. Ele veio me salvar em um carro preto, lembrei que o carro de Carlisle é preto – não importava na hora, eu já estava dentro do carro – não conseguia vê-lo direito, mas sabia que ele esta ali do meu lado, e só por isso me sentia aliviada e maravilhosamente feliz. Depois estavamos sentandos numa paisagem de guerra, tudo era cinza, havia carros de bomba por todo o lado, mas para nós dois nada ali importava, olhavamos um para o outro profundamente – aquela canção que ele havia feito tocava em minha cabeça como fundo musical. Então eu calei o silêncio, sorri para ele e perguntei: - Eer... eu posso te dar um beijo... ? Eu sei que ele se controlava muito perto de mim, mas era a primeira vez que eu via nitidamente aquele rosto perfeito. Meus olhos acompanharam suas feições pálidas retorcendo num sorriso torto. Esperei sua resposta, e percebi que aquele sorriso era uma resposta e positiva. - Er... digo te dar um beijo... – exitei - ...na bochecha. Seu sorriso se estendeu de orelha a orelha e numa risada – que parecia música nos meus ouvidos - vendo a minha preocupação com a nossa relação de contato - do nosso primeiro contato. Fiquei meio sem graça e senti minhas bochechas inxarem por conta disso, mesmo assim não desisti da minha idéia. Ele acentiu com a cabeça positivamente e com o sorriso estendido no mármore gelado e perfeito. Eu ri junto com ele, ainda sem graça, mas não perdi tempo, porque aquilo era precioso demais, ele é precioso demais e tinha medo de não o vê-lo nunca mais. Meio nervosa e perdida em seu sorriso, tentei me concentrar e lembrar de respirar – respirei fundo. Me aproximei dele rápido, para não tornar as coisas mais dificeis para mim e para ele principalmente. Meus lábios tocaram naquela pele gelada e macia e não queriam mais desgrudar. Foi um beijo longo e de desespero, não queria perdê-lo. Cada segundo com Thomas foi perfeito e guardado em minha memória. É difícil de acreditar, mas ainda não me acostumei com a perfeição de seu rosto e sei que nenhum aspecto dele deixaria de me surpreender. Aquele homem alto, viril e sexy me fascinava, me deslumbrava e eu feinha e sem graça ao lado dele, era humilhante, mas sempre me perdia nos seus olhos e o resto do mundo não importava mais. Perdida em seus braços eu agora observava – com mais atenção - a paisagem ao nosso redor. Conversava com meus pensamentos o que havia acontecido para os humanos entrar em guerra? Então avistei uma caminhonete em péssimo estado levando prisioneiros atrás. Prisioneiros que eu conhecia... Sim, vi a Alice, Bella e mais alguém do lado dela que não reconheci. Emmett e uma garotinha pequena de cabelos

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longos e pretos estavam em cima da camionete e a garotinha jogava um balde de água em Alice e Bella e falava: “Quem mandou contar nosso segredo!”. Alice estava triste e parecia se sentir culpada, Bella era cúmplice de um segredo, assim como eu, mas que segredo? Organizei melhor meus pensamentos e então Thomas falou em meu ouvido: “Ninguém vai nos separar, vamos ficar juntos, não se afaste de mim em nenhum momento, os humanos estão revoltados.” – estremeci com aquele hálito gelado cochichando em meu ouvido promessas de amor e pelo sinal de alerta que ele havia me passado. Não era possível, alguém vazou a informação da existência de vampiros e os humanos estão dispostos a acabar conosco? Mas quem diria uma coisa dessas? Só me veio à imagem do Jacob Black em minha cabeça, mas tentei não culpá-lo sem provas. Desorientada, procurei os olhos dele para me acalmar e além dos olhos encontrei um sorriso lindo e suave encostando-se a minha testa e me dando um beijo. Sorri e lhe disse: - Os humanos são burros demais para acabar com nossa espécie. Eles acham que são donos do mundo e que só eles irão existir, mas estão muito enganados. Não morremos com facilidade, preparam armas de fogo, mas o metal não nos mata. Pobres humanos... Não sabem com quem estão mexendo. – ri com sarcasmo e Thomas também. Ficamos ali o resto do tempo abraçados. Não sei o que aconteceu, penso que adormeci nos braços dele. Rose me acordou animadíssima para o dia que estava por vim. Ao contrário de Bella, Rose me adorava e fazia tudo o que pedia a Alice também, mas ela não estava com a gente, pois estava na prisão. Lembrei-me do que havia acontecido ontem e procurava por Thomas, mas ele não estava comigo. Tive a sensação de ter avisado a Carlisle o que havia acontecido, então fiquei menos tensa. Rose ainda me sacudia na cama para eu acordar, abri meus olhos sem vontade alguma, como eu poderia ter dormindo? Sou uma vampira, então bateu aquela preocupação, que desapareceu logo quando Rose me deu um tapa para eu acordar de vez.

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Segundo Capitulo “Só enquanto eu respirar Vou me lembrar de você Só enquanto eu respirar”

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epois do tapão que a Rose me deu, pulei da cama e fui me arrumar. Rose me apressava muito e dizia que eu ia amar a saída com ela. Pensei comigo: “O que a Rose está aprontando?”. Penteei meus cabelos e coloquei uma calça jeans nova e uma camisa branca com um colete preto por cima. Passei lápis para realçar meus olhos e peguei minha bolsa. - Pronto Rose, estou pronta! – falei com uma má vontade, afinal o que a Rose queria fazer comigo? Na mesma hora ela me puxou pelo braço e quando vi já estavamos no carro. Corremos pelas ruas cinzentas com aspecto de guerra e chegamos em uma casa linda, branca por fora, ainda sem decoração, mas linda, com três andares e um jardim enorme na frente. Ela vibrou de alegria ao estacionar o carro na grande casa e eu como sempre sem entender muita coisa. Ainda zonza do longo sono que tive – super estranho por sinal – fiquei sentada no carro e quando percebi Rose já me arrastava para a porta. Entramos sem bater na porta e um cara bonito e bem vestido nos esperava sentado numa cadeira por trás de uma mesinha de escritório. Olhei a casa, estava vázia, só tinha mesmo a mesa do cara bonito com duas cadeiras em frente. Caíndo para a realidade, percebi que se tratava da venda do imovel. Rose me sentou numa das cadeiras em frente a mesa e sentou em seguida ao meu lado. O cara nos deu boas vindas, um sorriso e um aperto de mão. Ele era o arquiteto e Rose sorria o tempo todo e agradecia por ter feito a casa. Fiquei calada o tempo todo, enquanto Rose tagarelava com o arquitéto sobre os moveis que estão chegando e sobre os papeis de parede. Ele nos levou para o segundo andar e nos indicou que havia três quartos para hospedis, dois banheiros, uma sala para academia e uma sala para o piano. Subimos para o terceiro andar no final do corredor havia um quarto com um janelão apontando para o leste e uma cama com lençois brancos. Sentamos no cama e Rose continuou tagarelando. Depois ela se virou para mim e disse contente: - Esta casa é perfeita para vocês morarem. Depois do casamento vocês se mudam para cá. – Olhei para ela assustada. Casamento? Casa perfeita? VOCÊS MORAREM? Fiquei quieta, preferi não perguntar o que estava acontecendo. E porque eu adormeci? Rose perguntou ao arquiteto se ele conhecia algum médico do sono, pois ela se mexe muito na cama. Olhei para ela ainda confusa e depois para o arquiteto, ele só respondeu: “Essa não é minha area senhorita”. Quando chegamos em casa perguntei a ela: - Rose, o que esta acontecendo? Porque eu dormi? E porque eu vou me casar, com QUEM vou me casar? E para que aquela casa enorme? - Ah Bruna, tivemos que fazer isso com você, caso contrário você iria discordar de tudo...

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- O que vocês fizeram comigo? – Olhei para Rose assustada. - Nada Bruh... – ela me disse com uma cara tão mau lavada, que fiquei besta, mas preferi ficar quieta, até que tinha sido bom o “cochilo” porque eu sonhei. A muito tempo que não tenho o prazer de sonhar, mas foi estranho. - Certo Rose, você não me convenceu mas vai ficar livre das minhas perguntas. Como está a Alice e Emmett? - Carlisle conseguiu tirar eles de lá e a Bella também e ela já está com Jacob. - Ah, que ótimo! – falei com entusiasmo. - Então... quando Alice chegar vamos escolher o seu vestido do casamento, viu? - CASAMENTO? – berrei preocupada. x-x-x Meu sonho foi simples mas ainda sim estranho... eu ouvi vozes, na verdade, havia acontecido uma cena, mas eu não lembro, meu crerebro bloqueou completamente, mas lembro de ter escutado uma voz contando “1, 2, 3” bem rápido, e eu repeti no meu consciente a contagem “1, 2, 3” e repeti algumas vezes. Estava tudo preto não via nada, só houvia a voz contar até três. Sonhei também com mãos, minhas mãos. As unhas da minha mão esquerda estavam limpinhas mas a da mão direita estavam tão sujas. Eu tentava limpá-las. x-x-x Fui embarcar nos significados dos meus sonhos afinal eles sempre avisam algo e como foi uma raridade ter sonhado, eles REALMENTE deveriam dizer algo. Cada número tem o seu próprio poder: pode significar o preço de uma passagem, o início de uma viagem, o começo de uma nova vida com o final de um sofrimento. Os sonhos com números poderão significar a chave de muitos enigmas de toda a existência. O 1 representa o supremo poder; O 2 a sabedoria absoluta; O 3, inteligência infinita; Sonhar com mãos... Sonhar com unhas grandes seria perda de alguma coisa, – pensei em meu cachorro mais velho que está caducando, tentei deletar essa idéia da minha cabeça - unhas sujas significa fofocas, quem faria fofocas? Fiquei preocupada, afinal não há ninguém que vá fazer fofoca de mim, e se tiver alguma amiga minha no meio? A preocupação se instalou em mim.

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Terceiro Capítulo E

ra uma tarde de sol, mas logo, logo tempo estaria nublado. Precisava visitar alguns amigos que Thomas não permitiria. Aproveitando a ausência dele e a boa vontade de Rose e Alice fui visitar minha amiga Sweet. Ela estava namorando tem pouco tempo e haviam feito um boato que ela traíra o namorado no primeiro dia de namoro. Coitada da minha amiga, mais santa que a Virgem Maria e foi acusada de traição... Lembrei imediatamente do meu sonho, fofoca, intriga. Fiquei meio arrasada por não ter previsto isso antes. Mas eu estava ali a ajudando a não ficar chateada, até porque Thony a conhece muito bem e sabe que Sweet não faria isso com ele. Thony é aquele amigo para todas as horas, assim como Sweet. Moramos muito tempo juntas depois que eu a transformei. Éramos grudadas uma na outra com cola super bonder. Assim que ela se acostumou com o cheiro humano moramos por mais alguns meses juntas até eu entrar – e salvar - a vida do Thomas. Eu e Sweet ainda temos uma ligação muito forte, conversamos muito por telepatia então estamos sempre juntas de alguma maneira. Depois da visita, de muitas conversas e risadas vieram os esmagamentos – os abraços – para a despedida. Cheguei em casa e Rose me esperava ansiosa para que eu contasse como foi a minha ida a casa da Sweet. Tive que contar do boato e ela logo fez a relação com o meu sonho. Alice tinha preparado alguns esmaltes para pintar a minha unha – eu havia esquecido que era sábado – e todos os sábados ela pinta as minhas unhas. Depois de tanto tagarelar me senti vazia, sem um pedaço, eu havia visitado a Sweet, mas faltava uma pessoa. Não queria lembrar-me do nome, Thomas iria ficar irritadíssimo, mas eu precisava vê-la novamente. Meu domingo seria cheio, Alice marcou uma reunião para mulheres na casa da Bella e do Jacob. – mas Jacob não estaria lá, é claro – Seria estranho, vampiros na casa de lobisomens, tentei relaxar e não pensar negativo. De manha eu estaria livre e então poderia ver... Strows... – me arrepiei – de certa forma esse nome me causava arrepios, não sei por quê. Não sei se pela beleza explicita no sorriso dele ou por Thomas o odiar tanto. Olhei para Alice com cara de pidona enquanto ela pintava minhas unhas da mão direita. - Alice... – esperei que ela me olhasse para continuar - ...amanhã de manhã não temos nada marcado não é mesmo? - Sim fadinha! Não temos nada, você quer fazer alguma coisa? – ela sorriu me olhando, esperando alguma sugestão. - Er... Eu gostaria de visitar um amigo meu que não vejo há alguns meses. – fiquei atenta a todos os movimentos de Alice, será que ela virá meu futuro? - Thomas não vai gostar disso Bruna. Ele odeia o Strows, você não sabe!? – ela me olhou meio zangada. – Mas eu posso deixar você ir, sendo que você conversa com ele bem rápido para Thomas não desconfiar de nada, se não ele... -...ele toma seu porsche amarelo, eu sei, eu sei! – interrompi, com uma voz monótona, antes que ela pudesse falar o resto da frase que repetirá para mim algumas vezes, quando Thomas me deixa como refém na casa dos Cullen. Ela ficou tão sem graça com minha resposta imediata que minhas bochechas incharam de vergonha. Sorri pra ela como pedido de desculpas e agradecimento ao mesmo tempo. Só a Alice para me liberar dessa prisão.

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Depois de ter pintado minhas unhas da mão de vermelho-sangue e meus pés de cintilante ela escovou meus cabelos. Eu estava caindo de sono, tinha algo de errado comigo, como poderia sentir tanto sono? Mesmo assim, fiquei acordada, conversando com Rose e Emmett. Perguntei sobre o Thomas, mas eles não souberam me responde. O que mais me irritava no Thomas eram esses sumiços do nada eu ficava louca de saudades, me desequilibrava sem ele por perto, o que não era nada bom. x-x-x Domingo, de manhã... Não agüentava mais ficar tagarelando com Rose e Emmett até que desse um bom horário para visitar meu amigo Strows – mesmo sabendo que ele também estaria acordado. Nove horas da manhã, disquei alguns números no celular e ouvi os bips: - Alô? - Strows? – minha voz falhou sem querer. - Bruna? É você, Bruh? Quanto tempo você não vem me ver, estou morrendo de saudades. O seu namorado ciumento tem medo de te perder? – ele riu com tanto prazer que fiquei sem graça de responder a pergunta. – Ok, desculpa, falei demais né? - Er... Exagerou, quer dizer... É verdade, mas eu quero te ver hoje, posso passar ai? - Claro que sim. Mas... E seu namorado? - Ele viajou... – fui curta e grossa, não queria que ele soubesse que o Thomas some sem me dar satisfações. - Hummm... Pode vir, estou ansioso te esperando. Vem agora? - Sim, sim. Estou saindo de casa. - De casa ou da prisão? – ele riu e fui obrigada a concordar com ele – Estou te esperando. - Certo, já estou indo. Beijos Strows, até mais. - Te amo. – ele falou tão rápido que fiquei na duvida do que ele havia dito. Arrepiei-me e vi o arrependimento ao ter ligado para ele. Será que é da esperanças demais a uma pessoa, indo visitá-la porque seu namorado “viajou”? Eu sinceramente penso que não, ou pelo menos não muita. Neguei-me com a cabeça automaticamente, recusando a idéia de possibilidade da esperança de Strows. Peguei a chave do carro e avisei a Alice que iria sair, ela já sabia para onde, mas se Rosalie soubesse iria me prender dentro de casa, – se não é que já estava presa – e ainda nos entregaria a Thomas. Arrepiei-me só de pensar na cena, Thomas irritadíssimo com Alice tomaria seu porsche amarelo e comigo... arg... Tornaria três vezes mais mármore do que já é. Ri comigo mesma, pela piadinha interna. Já dentro do carro, dirigindo, avistei as ruas cinzentas novamente. Não gostava de sair de casa só pelo simples fato de o mundo estar em guerra. Não pelo perigo, de morrer algo do

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tipo, para mim é quase impossível morrer – ri maleficamente – mas eu sempre fui muito alegre, como a Alice. Cores vivas e não mortas, extravagantes, rosa choque, nunca rosa claro, verde cana, nunca verde musgo. Além disso, é triste ver os humanos brigando por conta de uma espécies que eles acreditavam ser lendas e mitos. Temos tantos problemas para “brigar”, como a desigualdade social, o preconceito com os homossexuais, o machismo que ainda existe... E vamos brigar por quê? Porque existem vampiros e lobisomens – esse ultimo ainda não sabem, mas Jacob Black aquele lobisomem de uma figa me paga! – nunca gostei de ser humana por isso e foi pelo meu motivo, pelo mais justificado motivo que Strows me transformou, porque o Thomas frouxo e orgulhoso não teve o prazer de morder sua namorada e futura esposa. Chegando à casa de Strows ele já me esperava na porta, ansioso por um abraço... e algo mais. – que eu prefiro não dar ibope – Aquele sorriso estampado no rosto, com os cabelos de leão preto caindo e os cachos mais lindos que já vi... Sua pele branca, lisa de mármore, com covinhas na bochecha pelo largo sorriso branco e reluzente que ele dava ao me esperar na porta. Fiquei tonta por alguns minutos paralisada no carro, só então quando ele se aproximou e abriu a porta para mim que recapitulei a situação. - Olá minha fadinha... – Ele falou com uma voz de veludo que me confortava, seu sorriso ainda presente no rosto e seus olhos caramelo que brilhavam ao me ver me fez sentir culpada, ele ainda tinha esperanças de que algo poderia acontecer. Pegando minha mão e me ajudando a sair do carro ele me deu um beijo frio e suave em minha testa. – Estremeci com aquele carinho – Havia muito tempo que ele não tocava em mim, até pela distancia estabelecida quanto Thomas voltou. - Oi Strows, tudo bem como você? – Minha voz falhou no inicio o que não é nada bom, ele sabe quando estou nervosa, não dava para negar. Também estava feliz por vê-lo, havia algum tempo que não o via e ele me faz muita falta. Quando Thomas desapareceu e me deixou sozinha, foi ele quem fez meus dias passarem num segundo. Foi ele quem me tirou de uma vida sedentária de ficar em casa e me levou para sair e dar risada. Bom, não gosto de lembrar essa fase de minha vida que foi tão recente. Mexe na minha ferida e dói, sou masoquista com muitas coisas – como me jogar de um penhasco – mas essa ferida especificamente me machucava muito mais do que uma queda no penhasco. Strows abriu a porta da casa e deu passagem para que eu passasse primeiro, havia me esquecido o quanto ele era antiquado e ao mesmo tempo cavalheiro, assim como Thomas. A casa continuava a mesma coisa, do mesmo jeito que eu tinha arrumado há um tempo. Ele não tirara nada do lugar e mantinha a foto de nós dois juntos numa mesinha ao lado do sofá principal. Boquiaberta com o museu que ele havia feito de nosso passado, sentei-me nas almofadas enormes que tinha colocado ao redor da mesinha de centro e ele sentou do meu lado me observando. - O que foi? Não gostou da arrumação da casa? Foi uma decoradora muito fajuta que a fez. – Ele riu com bastante humor me fitando com expectativas de que eu falasse algo. Não falei. Eu ainda observava cada objeto da casa que eu tinha arrumado enquanto éramos melhores amigos. O que ele tentara fazer? Um relicário com nossas lembranças? Ele havia enlouquecido? Isso é um absurdo, para que guardar tantas memórias inúteis, que só o farão ferir?

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- Bruna? – Ele falou num tom de preocupação, segurando em minhas mãos e me olhando cuidadosamente. Eu o olhei ainda boquiaberta e pisquei freneticamente tentando falar algo. - Estava com saudades de você Strows... – eu tentei disfarçar o que havia acontecido, o abracei forte e sorri timidamente. Continuei. –...E que decoradora de mau gosto que você foi escolher. – Dei uma cotovelada no braço dele rindo. Ele abriu aquele sorriso lindo e suas covinhas apareceram para me deixar zonza. Pelo menos consegui enrolar a minha observação crítica sobre o museu que ele havia criado. Conversamos durante horas então me dei conta de que já estava na hora da reunião na casa de Bella Swan. Despedimos-nos com má vontade - da minha parte e da dele também – ele me segurara forte o bastante para não me deixar entrar no carro, pois ele sabia que depois desse dia não teríamos uma data certa para nos ver novamente. De qualquer modo ele me fez prometer que em breve nos veríamos. Remexi pelo meu bolso da calça ao entrar no carro e achei um papel nele. Thomas havia escrito antes de viajar, como ele sabe da minha calça preferia a colocou nela. Estava escrito:

Minha Vida, Volto logo para que você, não precisa sentir a minha falta. Tome conta do meu coração, eu o deixei com você.

Thomas.

Suspirei ao reler o recado novamente. E ainda no carro estacionado na casa do Strows, enviei uma mensagem para o celular dele:

Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar. Sua Vida, Bruna. Dirigi ouvindo O Anjo Mais Velho de O Teatro Mágico, que foi a frase que mandei para Thomas, escolhemos essa como a nossa música. A minha preferida... A nossa música preferida. O celular vibrou e Thomas havia respondido minha mensagem:

Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você. E quando não respirar também! *risos Thomas.

Quarto Capítulo (Thoma’s POV)

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Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar. Sua Vida, Bruna. Bruna havia lido a minha mensagem que deixara no bolso de sua calça preferida e escrevera para mim a minha música que mais escuto ultimamente. A nossa música preferida: O Anjo Mais Velho. Dirigia de volta para casa ouvindo-a, eu a respondi rapidamente com a frase que ela mais gosta. E esperei a sua resposta. Não, na verdade não consegui esperar que ela me respondesse, eu precisava ouvir aquela voz de fada falando ao fone do celular. Falei em voz alta “A minha vida esta me matando de saudades!” – que ironia eu teria dito, Carlisle e Jasper riram junto comigo.

Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você. E quando não respirar também! *risos Thomas. Depois que a mensagem foi enviada, esperei alguns segundos. Estava ansioso demais para ouvi-la, então disquei alguns números e esperei que ela atendesse. Neste momento Carlisle se ofereceu dirigir enquanto eu conversava com minha vida. Trocamos os lugares e esperei já nervoso que ela atendesse logo. - Vida? – Falei rápido. - Cocaína? – Cocaína... Meu apelido preferido! Ela respondeu sem acreditar e continuou – Estou com saudades, porque você faz isso? - Minha vida! Eu te amo, também estou com saudades. VOCÊ está me matando de saudades... – parei um pouco depois continuei – Minha vida está me matando de saudades! – Ela riu com a minha ironia, assim como eu também tinha rido. Dava para ver em sua voz a emoção de estar falando comigo e um pouco de tristeza, não gostava de ter de viajar sem avisá-la, mas se eu a avisasse ela não permitiria que eu fosse. Até porque é algo perigoso, mas conseguimos com sucesso acabar com tudo. Sei que ela irá me perguntar o que aconteceu, mas só contarei quando chegar em casa, se não ela entrará em histeria e só irá se acalmar quando me ver. - Senhor Cocaína, onde você está? O que há de tão importante para se resolver fora sem me avisar? O mundo está em guerra e Alice e Rosalie comportam-se como se tudo estivesse bem, e você da à ordem deu não te largar por nada e você mesmo me deixa aqui sozinha... – Me senti um monstro quando ela terminou de falar, eu havia prometido a ela proteção 24 horas e prometi que não a deixaria sozinha, mas a deixei. Era preciso e sei que quando eu explicar ela irá entender, ou pelo menos eu acho que ela entenda. - Desculpa meu amor, me perdoe. Não era a minha intenção te magoar... – ela me interrompeu: - Você não me magoou Cocaína, mas eu fico preocupada. Eu estou dormindo direto e sempre tenho sonhos, muitas vezes pesadelos. Não consigo dormir bem sem você aqui. E eu não sei por que durmo... Carlisle já tem alguma teoria para o meu sono? - Eer... Que bom que não está magoada, não me perdoaria por isso. E sobre seu sono, Carlisle já tem teorias sim. Estamos chegando hoje à noite, assim que você chegar da casa de Bella eu já estarei em casa te esperando, certo?

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- Certo! – Ela falou num tom mais alegre, o que me fez relaxar mais. - O que esta fazendo agora? Onde você está? Não te vejo nos pensamentos de Alice... Nem da Rosálie... - Eer... Onde eu estou? Ah, eu... e-e-eu estou no shopping! É estou no shopping, fiquei afim de-de-de sair sem Alice sabe... – Ela riu meio sem graça. - Ah tudo bem... Alice fica muito no seu pé, não é mesmo? Er, desculpa fui eu que a pedi para cuidar de você. Não quero você se encontrando com aquele descontrolado do Strows. – Falei o nome dele com tanto desprezo que pude perceber que Bruna não havia gostado afinal Strows era o ex melhor amigo dela. Ex porque eu a proibi de vê-lo, mas para ela ainda era melhor amigo... E para ele... Arg! Ele tenta seduzi-la e diz que a ama mais pelo simples fato de ter realizado o desejo dela de ser transformada em uma vampira. (Bruna’s POV) Eu agradeci por Thomas não conseguir ler minha mente, gaguejei demais, mas mesmo assim ele caíra na minha historia de shopping. Até que eu poderia dar uma passada antes de visitar Bella. Ah, mas estava tão feliz e aliviada por ouvir aquela voz aveludada e aconchegante pelo fone do celular. Dava-me vontade de passar o fim do dia falando com ele até encontrá-lo em casa me esperando. Eu o sufocaria com um grande abraço de urso e o beijaria repetidamente sem deixá-lo falar se quer um “Oi”. Depois de algumas horas o sufocando, falaria com Carlisle e Jasper e os bombardeavam com perguntas. - Desculpe, mas não gosto do Strows e você sabe disso. Prefiro que você o veja em nossa casa comigo por perto. – Ele falou com uma voz rígida. - A está bom! – Arfei de raiva. – Com você por perto para os dois transformarem a casa em um ring de luta livre onde eu serei o premio? Não Thomas, obrigada! Prefiro visitá-lo quando você desaparecer sem me dar satisfação! – Cuspi a ultimas palavras com tanta raiva, que acabei me entregado. – Eu visitei o Strows hoje, acabei de sair da casa dele, estou no shopping agora. E nem pense em tomar o porsche de Alice, a culpa não é dela, você sabe como sou teimosa não sabe? Pude perceber a tensão que havia sobre as costas de Thomas e tentei contar até dez, mas ele me interrompeu com a voz seca e rígida tentando controlar o ciúme. - Tudo bem meu amor. Não tomarei o porsche da Alice... E se você gosta do Strows, digo, se ele é seu amigo, tudo bem... Eu aceitarei isso, mas tome cuidado do mesmo jeito!? Fiquei pasma com o que ele tinha dito, mas ao mesmo tempo aliviada por não ter ferido tanto com o sentimento de super proteção dele. Bom pelo menos eu acho que não feri... Às vezes é difícil de interpretar as reações de Thomas, mas eu tento, me esforço para ler as expressões faciais dele.

Quinto Capítulo (Bella’s POV)

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Acabei de chegar de viagem estava morrendo de saudades de todas elas, quer dizer... Rosalie nem tanto, mas Alice me faz uma falta tão grande. Essa reunião seria ótima, apesar de não gostar dessas coisas de mulherzinha. Tenho péssimas lembranças de quando Alice me forçara a ir à festa do pijama na casa dos Cullen. Agora ela deve estar bem contente com Bruna, ela é uma boneca para a Alice e a Rosalie gosta bem mais dela do que de mim. Corrigindo-me... A Rosalie GOSTA de Bruna e nunca gostou de mim. Conversando com meus pensamentos e me distraindo enquanto minhas convidadas não chegam pensei em tudo que contaria para elas sobre a minha aventura – como sempre – nas viagens. Depois de alguns minutos a campainha tocou, corri animada para a porta e a abri rapidamente como um sorriso estampado em meu rosto. Alice e Bruna estavam na frente, as duas de mãos dadas com um sorriso lindo de vampiras que sempre quis ter... Já a Rosálie... Estava atrás com uma cara não muito animada, mas mesmo assim linda como sempre, impecável. Depois da Rose, Bruna era a mais linda vampira que já vi, carinhosa e delicada, uma fada como Alice. Voz de veludo, olhar misterioso e passos de firmes mais leves ao mesmo tempo, como uma modelo. - Olá Bella!! – Exclamaram todas ao mesmo tempo, como se tivessem ensaiado o coral. Dei passagem para que elas entrassem e se acomodassem. Ao fechar a porta já estavam todas sentadas me esperando para que contasse tudo sobre a viagem, era visível os olhares curiosos. Então me sentei perto delas e comecei a contar da minha aventura com Jake. Antes que eu pudesse começar Alice pediu para que contasse tudo e depois iria contar uma coisa. Bruna não ficou muito satisfeita quando Alice disse da coisa... Pude até imaginar o que era. - Calma Alice! Vou contar a minha aventura... Afinal, não seria eu se não tivesse aventuras, não é mesmo? – Todas riram da minha piada, mas o que poderia fazer se era tudo verdade?! Continuei. – Bom... Do avião até a chegada do aeroporto foi tudo ótimo, fiquei até assustada pelo avião não ter caído. – Ri. – Mais então... Eu cheguei ao aeroporto de Nova York super cansada da viagem e adivinham? Me confundiram com uma desaparecida, e não queriam me deixar sair do aeroporto. Ligaram para a família da garota eles foram lá correndo achando que era. Mas tiveram uma grande decepção ao me ver, nessa brincadeira toda só sai do aeroporto depois de três horas do meu desembarque. As meninas estavam rindo, rindo, que pensei que iriam ter algum problema ali na sala. Pensei até em pegar água para elas se acalmarem um pouco, mas lembrei que são vampiras e não precisam disso. Elas estavam roxas, vermelhas, rosas, mudavam de cor constantemente de tanto dar risada, fiquei super sem graça com a minha má sorte. Enfim quando elas pararam e eu continuei a contar das coisas mais engraçadas é claro. - Gente... Fui pra Disney com Jake e como ele adora adrenalina fomos à montanha russa. Nem acreditam... Fiquei presa lá, lá em cima no topo da montanha russa. Eu mudei de cor varias vezes, já estava enjoada. Acho que estava num tom verde cana, pela cara do Jacob dando risada de mim. – Elas riram mais uma vez, mesmo assim continuei contando, sabia que se as esperancem parar de rir demoraria demais... – Quando concertou aquela coisa eu matei - ou tentei - matar Jake por rir de mim, ele riu tanto que ficou com vontade de fazer xixi. Fiquei com um bico enorme durante algumas horas por ele ter rido da minha situação trágica, ou quase trágica! – Sacudi a cabeça negativamente lembrando-me da situação.

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- E tem mais coisas? Derrubou uma montanha de ursinhos? – Bruna falou rindo. Mas era exatamente isso o que havia acontecido. Eu sabia dos poderes que Bruna estava ganhando então, não fiquei muito surpresa. - Exatamente isso... Eu estava numa das lojas da Disney para comprar Minnie para vocês. Mais todas as Minnie’s estavam com uma orelha maior que a outra, só a ultima que estava perfeita. Pensei comigo mesma que com jeitinho ela sairia sem derrubar todos. Então fui puxando devagar, devagar e quando estava para terminar de puxar... Os ursos caíram em cima de mim. Jacob não estava comigo nessa hora, é claro que não... Ele não deixaria pegar o ultimo urso! Ele só chegou quando os ursos estavam sobre mim. E mais uma vez ele riu feito uma criança vendo Bob Esponja Calça Quadrada. Depois disso fomos a um restaurante, fui colocar sal na comida, mas nos potinhos não tinham os nomes: sal, pimenta, açúcar. Então eu coloquei pimenta e comi, minha boca pegou fogo. Deveria ter saído fumacinha da minha boca, porque queimou muito, fiquei o dia todo com a boca queimando. Jake não ajuda mesmo, ele ria cada vez mais. E enquanto mais eu bebia coca-cola queimava mais ainda. Contei mais coisas sobre minha viagem, coisas boas por sinal, já bastava de gente dando risada de mim. Depois de conversarmos muito e rir bastante, Alice anunciou alegremente que Bruna iria se casar com Thomas. O que eu já imaginava, mas não imaginava que Bruna aceitasse. Então depois da reunião liguei para ela para saber disso melhor. Ela havia dito que ela não aceitou nenhum pedido e que havia adormecido por alguns dias e quando voltara soube da noticia do casamento. Muito estranho isso, Bruna ainda não descobriu seus poderes, ou todos os seus poderes, e adormecer... Isso deve ser por conta de um dos poderes que ela irá adquirir. Quando ela era humana, lembro-me dela ter sonhos premonitórios, deve ser por isso que ela dorme, para ter sonhos. Fiquei feliz pelo casamento, mesmo ela não estado tão satisfeita. Ela salvara a vida de Thomas depois que eu o abandonei para ficar com Jake. Thomas quando a conheceu ficou outra pessoa, agradeço imensamente a Bruna pelo que fez, afinal não teria me perdoado se Thomas tentasse suicídio.

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December 2019 11