Mobiles

  • November 2019
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  • Words: 3,392
  • Pages: 36
MOBILES cidade -

- eletri

Wilton Cardoso

os nervos do nirvana - in(tro)dução “eles não são ninguém nem bandidos nem pastores nem o gado atingiram o (improvável) nirvana pop são trapos” f. átila

palavras desperdiçam o tempo dormindo ao relento jogadas ao vento vagabundas à procura de prazer barato debochadas de tudo que se diz riscos de giz na calçada dão-se ao silêncio inaudível na zoeira infinita das ruas elétricas não dizem nada mendigos murmuram esmola numa língua (há) muito esquecida sacolas farfalham entre trancos de motores e cálculos de computadores uma canção qualquer risca o ar reciclando amores de sempre pulsos por fios e ares sonhos à velocidade da luz sirenes e alarmes mendigos infestam calçadas cantando num ritmo mudo

não respondo por mim

de madrugada

dorme um homem comum um exu

nasce um vampiro

não respondo por mim o sonho

invade o espaço desperto e a lucidez se alucina lúcida não que me torne mais forte

nem mais miserável

é que forças e misérias são outras não respondo por mim corta

o silêncio me grita

fere o pensamento

este silêncio denso

o silêncio é um vinho agora

feito do sono da cidade

trabalhando as sedes noturnas da cidade o seu burburinho sem fim na boca

extraio deste silêncio

quando a boca se cala

ela fala mais alto toda miséria que povoa

as noites e os dias da cidade que se cala/fala não respondo por mim o exu

o vampiro está atento ao mínimo movimento

ronda o seu momento

se transmuta em vinho

noite e meia

nada abala o sedento

a sede sem fim de cumpri-la do silêncio o afaga e ele queima consome a cidade que o consome

o dia ele tem a missão

a possessão um fogo negro insone

brilho nos brinquedos nos aparelhos

brilho demais

nas máquinas

fios sem fim

nos shoppings

tetos brilham

labirintos de vitrines

paredes

móveis

a vida nos trilhos

eles viram

a putrefação na velocidade

da queda

nos brinquedos dos que viram no podre

das cores se entrecortando

nos enredos

cores brilhantes

nas canções

ofuscantes brilhos demais

reluzem trevas das casas

nas lápides o vazio

dos shoppings

nos ofícios

magnetizam a demência

os mortos

de uma canção que brilha

das lojas são negócios

dos banheiros reluzentes

eles viram e tombaram sem suportar

ante-sala de um salto no vazio

descartáveis

dos escritórios

os imóveis mal cheiro

o ante-brilho de um copo

sem fim

a noite mais escura que se pode

dos vidros polidos

nos espelhos além

nos supermercados

ejaculadas

da treva

correndo

redes de brilhos

descartáveis

negros da noite brilhante nas luzes

nos carros

recobrindo a eletricidade

luzes demais

pisos brilham

plásticos

um cigarro de palha da escuridão uma negra melodia

pra suportar uma seringa

clandestina mergulhada

na carne

na proliferação das luzes nos plásticos móveis carros escritórios cemitérios hotéis bordéis filmes aparelhos chips hospitais amadas gerentes escolas igrejas embalagens jogadores amadores perdedores empresários brinquedos armamentos ferramentas cinzas cafés poodles teorias poemas fuxicos jornais novelas novelos novelos novelos sem fim podres

viram demais

brilhos

elétricos

demais

trouveurs tombaram bêbados de lucidez

impossíveis montanhas corpos decompostos sob(re) a terra tantos séculos

a que será que se destina

ávida vida à morte

frágil à

calmamente

carne predisposta

vida

fluxo desatino

as pessoas enlouquecem nas entranhas as cidades

zumbis

tantas vezes

de onde brotam

os zumbidos se entrecortam

formigam

se embaraçam

as ruas numa nova terra

em calmo torpor cumprindo o seu dever

fervilham de

enquanto corpos decompostos nalguma terra

corpos e corpos

todo dia

de vida

se amontoam ou

tempo

de morte

sedimentam a sina qualquer

de silêncio

e solidão

móvel está se movendo o chão o corpo o preço da pureza a dúvida a morte a vida os cacos móveis infinita velocidade inútil ter certeza terrível queda anjos & bombas pombas & poemas estáticas antenas em êxtase movimentam sonhos sem endereço sem morada sem estradas demarcadas está se movendo (n)o ar infernos & paraísos instantâneos da vida em ondas inconstantes rios tortuosos de vazio atravessam a branca atmosfera luz quanta luz quanta velocidade inatingível vazia dor estonteante amor móvel amor

a luz

a luz

a luz

da noite

impressa

aberta

no silêncio

do pó

a linha estreita

corta a linha

da vida

lâmina ferida

de pus florido

na escuridão

sem réstia

de luz

de calor

nesta janela aberta

a noite

seduz

perdido

o seu palor

um mundo um mar

sem so(m)bra

silencia só

um

amor

uma

serpente

nenhuma

de luz

intermitente

a noite

na fronteira

a corda arrebenta e vibra ao som da lâmina

de olor

de tudo

por onde

vaga

furiosa língua

labirinto

linha alguma nos

conduz

aperta o nó e a voz

um soluço

some na voz

quase nula

matilhas de gametas

no escuro

víbora de luz

de luz

neste som

soturno sol sussurrado

silente

grito de ar

em tempo de bolor

o

c o r p o

a

o b r a

s ó

a

e s t á

d o b r a

a l é m

e m

c r i s e

s o b r e v i v e

v e r t i g e m

d e p o i s n o

v i v e

d a

m a r g e m

i n i m a g i n á v e l

t r a n s f o r m a r a

s o b r a d o

s e m t o d o

c o n t r o l e e m

s e m s e m

c o n t o r n o c o n t r a s t e

í n f i m o e m

t r a n s e

t r a n s

l i m i t e

i n t r a n s i t i v o

v i v e r n o

t r a s t e

l i m i a r ..

i n f i n i t i v o d o ..

i n f i n i t o m u t a r

você não desgruda na madrugada envolta em treva você brilha a tua trilha luminosa melodia meio dia à meia noite cadê você? você se esfrega nas fuças dos neurônios me prega um nunca mais apareceu aqui bruxa bruxuleante você anda onda dissonante o tempo vai rastros venenosos de um pó radio ativo a tua voz radiante na noite do cosmo que anoitece você pura você urra você puta na boca do mundo você se entrega a qualquer um tão frágil tão fácil tão meiga só você me consola na madrugada vazia vadia vampira alucinada por fé por fama por grana por tudo que for por amor ou por um pouco de calor na madrugada fria você brilha fácil melodia o tempo vem da boca do fundo do poço do lixo da bossa da fossa você estonteante embolsando calma cada diamante você quebra o trato o gosto o olfato você não desgruda do silêncio cadê você cadê o tempo never more a tua boca doce boca de demônios o teu beijo bruxa brega judas que me pega no vacilo de amor e merda do rigor meu bem meu zen meu tao sentimental eu sou totalmente fugaz você gruda

sou fraco pra bebida

fico tonto com água álcool então

com a cabeça nas nuvens as letras giram ao redor de alguém de ninguém

nem pensar

sem ter como comer silenciosas

nem coser

dentro de mim

fora de tudo

dentro do mundo

tudo é transe neste mundo mudo que se abisma em turbilhão a voz das nuvens

tudo é aresta resto e traste nos embates de seus poros

dos escapamentos

bêbados

sem ter como viver

ou não

em câmera lenta

não mais

extinto em meio ao turbilhão negro os seus escombros sem superfície

tudo pode ser não tudo fracassa

dia a dia

não sou forte

além dos limites

com os pés no chão

...

na vida que escassa

de si

destes corpos

numa estrada de talvezes

não sou fraco

gritando

o vento e o CO2 das plantas

chove uma chuva branda nos poros embebidos

fora de si

sem perceber

sou

sol

intenso

sem fonte

gravitando

e sem foz sem voz

vocifera

um mar sem fundo um sonho um delírio

escuro na profusão de muros sem fim refrigerantes fervilham formigas nenhuma calma constante movimento convulsivo muros & muros urros abafados sussurros no ar silêncios

silenciosos

obscuro das antenas a fio

oculto nos fios de ruas

no turbilhão nas ondas e ruas propagandas calmantes almas alarmes no dia fermentam na noite sem futuro sem certeza trabalham num monótono canto acalma o desespero de um transe atravessando o instante rápido ou lento sonolento catatonias no turbilhão de cenas obscenas de um telejornal de uma novela de um programa de auditório a mesma canção a mesma cantilena a mesma cantiga a mesma ladainha da nossa aldeia cios vazios por loucura por paixão formigas fervilham em turbilhões

nada é divino é antigo de tudo

velha roupa démodé tudo uma cisão atravessa o átomo nada fica cinza cinza cinza de tantos matizes viver na cinza do momento a nova estação vem no cheiro do vento ungüento de quase tudo mundo escangalhado esbugalhado quase nada se agüenta matéria ou energia corpo descompasso e e e gaga insanidade porra catarro alma fraternidade destino de merda do caralho minha alucinação é suportar o amor o dia a dia o duro dever viver amar e mudar as coisas me interessam mais que as pessoas a canção do ano passado escorre para o esquecimento de milênios velha roupa colorida a colorir atônitos neurônios com saudades do não vivido revivido ao infinito das sinapses que se buscam aquém de sua gênese remota antes de alguém tudo é carbono e hidrogênio banhado em luz e oxigênio durante e disperso diverso e amante gênios e anjos leis e reis suturas e estruturas palmas e almas adeus todos os deuses nada é

estrela sem saber caminha pela noite de néon nas vísceras do pensamento da saudade vazio de tudo de suas ruínas engendra o sol(o) negro estardalhaço do silêncio de sua boca brota um desamparo um descompasso de um instante de demência desatada da engrenagem embaraço de um eu que se vislumbra aquém melancolia alegria surpresa de um plasma ejaculado ao eu losna eu cosmo eu gosma eu ninguém de mim se expande

tudo é mentira no instante

na noite elétrica

estrela

só o gozo agora da cidade que não cabe não se sabe além de seus trabalhos

lúgubre desistente mas em perpétua fusão moribunda plenitude destrambelhada além vácuo absoluto limiar que não goza goza sem cessar (cu/buceta/caralho) em si fora de si

pus porra catarro corpos enovelados circulam entre si sangue mangue mental vitrais espirituais quebram-se a esmo corpo só a vós a vida se deve ó avidez só há vós torpor ou amor sobriedade de um louco circulando as ruas pela madrugada de eletricidade errante longe de todo porto ou sol(o) em langor voluptuoso diante de um mar alucinado e delirante tão perto do horror feliz de ter um pouco de tudo uma vida longa com conforto e um pouco de bens um mundo de contas a pagar ser alguém na vida e ter alguém para amar e crer algo além dos circuitos de nós entrelaces de feixes elétricos tecidos de matéria indiferente aos quereres infinitos que nos povoam que nos são (que) sem nenhum ser nos circulam nos vivem nos morrem nos movem à toa nos fazem pensativos afetivos ou apenas preocupados com as prestações vencendo ou distraídos de tudo cansados das disciplinas para o consumo de um corpo demarcado até para o gozo que goza vazio de si

imensos vazios terras & terras céu cerrado poucos transitam errantes carros & caminhões corpos & sonhos músicas caipiras cruzam o asfalto em meio a soja & gado verde imensidão povoada por pequenas vidas de sonhos pequenos de todo mundo & ninguém alguém almeja alguém para dividir a solidão amor te amar foi um erro foi um erro te amar sonhar grande em pequenas cidades milhares de cabeças sonhando grandes pastagens tresloucadas um galpão cheio de grãos girando numa órbita de sóis exorbitantes ruminantes errantes beijam o cosmo se o acaso precisar erro outra vez incerto salto da órbita terras & transes enxames de estrelas sem rumo no horizonte da estrada da vida nesta longa madrugada mordendo um x-tudo boca faminta o céu é um pit dog caindo aos pedaços de ferrugem fumando sem parar se desmanchando de amor a cidade a rodar como a dama da noite com o seu ronco na boca maldita do céu sobre as cabeças de gado pastando pequenos sonhos não há sonho perdido ou pequeno tudo é imenso e pleno

um relâmpago rasga o céu tudo é precário

nas ruas

da noite tudo é previsto infinitas massas controladas circulando obedecendo maquinal mente a profusão maniqueísta

eletricidade linhas de transmissão

nas veias

contra massas da urbe

o mal e o bem

controles

eletricidade contra

a contra

anti corrente desconformes

contra

os prédios judas da virulência

da cidade

gravitar de bruxos

peste que assola o seu solo movediço

guardados por grades muros guardas

marionetes

e pára raios

no âmago do relâmpago um átimo de luz oscila em ondas de energia intermitente um dia de segundos na noite que não tem fim o olho goza um gozo magnético no âmago do relâmpago ávida plenitude no silên cio de luz sua voz vocifera feroz o limiar de tudo

a página está branca no olho do furacão não há tempo pra paisagem você não tem o direito de escrever esta mensagem a vida é tão grave ea poesia tão pueril intrigas de igrejinhas em meio aos comerciais todo mundo está em volta e você está só com seus bilhões de neurônios a vida é um moto contínuo pastores gado e demônios só no meio da madrugada você precisa dormir há um pouco de margem quando o silêncio grita a igreja sem os fiéis no quarto os meninos dormem gravito um céu sem fundo pisando o chão movediço envolto em obviedades as compras no supermercado as roupas no varal no meio da madrugada um cheiro de roupa lavada a vida é uma coisa frágil e brota por todas as frestas a vida é uma grande festa e velório no mesmo salão a página nunca foi branca viver nunca foi grave escrever em meio à noite ou assistir um filme b em janeiro é ano novo vida nova velha roupa saudades dos anos 60 que você nunca viveu amanhã será o olho que você só olha no olho e esquece da viagem apenas de madrugada há um pouco de margem os fios da teia são tênues e a teia não é eterna só tecer é infinito ínfimo viver há tantos milênios de história bilhões de matérias e anos bilhões de estrelas no vácuo bilhões de homens na terra preciso de um sanduíche preciso escrever e viver num ritmo todo quebrado ao cosmo nada importa a glória de séculos a fama instantânea astros não ligam pra nada ninguém ligou esta semana amanhã não tem creche segunda é feriado levantar trabalhar ver tv transar escrever ir dormir as linhas vão se estendendo a página está povoada na madrugada deserta há poucas tvs ligadas poucas almas acordadas entre um (uni)verso e outro há imensos vazios entre dois corpos há silêncios e cios há um espaço infinito somente o amor atravessa somente o amor é ingênuo somente o amor acredita não há vazio na página não há vazio na vida escrever é inútil e ingênuo amar e viver também as notícias de sempre no jornal da madrugada as mesmas tolices e astros deixar um rastro de caos escrito em código algum como se fosse a vida como se fosse a escrita fora de toda pureza sem nenhuma essência sem nenhuma certeza a vida é uma excrescência a letra cheira a estrume a página está borrada bilhões de galáxias gravitam o vento vem ao varal lençóis dançam na noite sob as luzes do luar e das lâmpadas de iluminação não se vê muitas estrelas na cidade iluminada um rosto rasteja sombrio por migalhas de madrugada tecer não cessa nunca viver escrever não cessa todo mundo está dormindo um vampiro acende os olhos a tristeza é pálida e esquálida os olhos olham o chão desviam-se do olho do furacão de eletricidade a página não se agüenta palavras vão definhando o círculo nunca se fecha o dentro é só um perfume os olhos estão sonolentos o texto não quer parar a vida não vai terminar astros não vão nos olhar a vida (não) é um show de rock a poesia é muito arredia a roupa foi apanhada a cama está arrumada a vida está vazia e plena no mesmo instante já é hora de dormir amanhã é outro dia

cosmopopbregakitsch delírio: escuro quase estrela

sou fraco pra bebida

fico tonto com água álcool então

com a cabeça nas nuvens as letras giram ao redor de alguém de ninguém

nem pensar

sem ter como comer silenciosas

nem coser

dentro de mim

fora de tudo

dentro do mundo

tudo é transe neste mundo mudo que se abisma em turbilhão a voz das nuvens

tudo é aresta resto e traste nos embates de seus poros

dos escapamentos

bêbados

sem ter como viver

ou não

em câmera lenta

não mais

extinto em meio ao turbilhão negro os seus escombros sem superfície

tudo pode ser não tudo fracassa

dia a dia

não sou forte

além dos limites

com os pés no chão

...

na vida que escassa

de si

destes corpos

numa estrada de talvezes

não sou fraco

gritando

o vento e o CO2 das plantas

chove uma chuva branda nos poros embebidos

fora de si

sem perceber

sou

sol

intenso

sem fonte

gravitando

e sem foz sem voz

vocifera

um mar sem fundo um sonho um delírio

escuro na profusão de muros sem fim refrigerantes fervilham

obscuro das antenas a fio

oculto nos fios de ruas

no turbilhão nas ondas e ruas propagandas calmantes almas alarmes no dia fermentam na noite sem futuro sem certeza formigas trabalham num monótono canto nenhuma calma acalma o desespero de um transe constante atravessando o instante rápido ou lento movimento sonolento catatonias no turbilhão convulsivo de cenas obscenas de um telejornal de uma novela de um programa de auditório muros & muros a mesma canção a mesma cantilena urros abafados a mesma cantiga a mesma ladainha sussurros no ar da nossa aldeia silêncios cios vazios por loucura por paixão formigas fervilham em turbilhões silenciosos

nada é divino é antigo de tudo

velha roupa démodé tudo uma cisão atravessa o átomo nada fica cinza cinza cinza de tantos matizes viver na cinza do momento a nova estação vem no cheiro do vento ungüento de quase tudo mundo escangalhado esbugalhado quase nada se agüenta matéria ou energia corpo descompasso e e e gaga insanidade porra catarro alma fraternidade destino de merda do caralho minha alucinação é suportar o amor o dia a dia o duro dever viver amar e mudar as coisas me interessam mais que as pessoas a canção do ano passado escorre para o esquecimento de milênios velha roupa colorida a colorir atônitos neurônios com saudades do não vivido revivido ao infinito das sinapses que se buscam aquém de sua gênese remota antes de alguém tudo é carbono e hidrogênio banhado em luz e oxigênio durante e disperso diverso e amante gênios e anjos leis e reis suturas e estruturas palmas e almas adeus todos os deuses nada é

estrela sem saber caminha pela noite de néon nas vísceras do pensamento da saudade vazio de tudo de suas ruínas engendra o sol(o) negro estardalhaço do silêncio de sua boca brota um desamparo um descompasso de um instante de demência desatada da engrenagem embaraço de um eu que se vislumbra aquém melancolia alegria surpresa de um plasma ejaculado ao eu losna eu cosmo eu gosma eu ninguém de mim se expande

tudo é mentira no instante

na noite elétrica

estrela

só o gozo agora

da cidade que não cabe não se sabe além de seus trabalhos

lúgubre desistente mas em perpétua fusão moribunda plenitude destrambelhada além vácuo absoluto limiar que não goza goza sem cessar (cu/buceta/caralho) em si fora de si

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