mesmerfranz
anton
mesmer
antonio orlando cioldin franz anton mesmer nasceu em well, �ustria, em 1733. criador da filosofia do mesmerismo, � considerado o pai do magnetismo animal. antes de cursar medicina na universidade de vime, onde se formou m�dico, estudou filosofia, direito e teologia em ingolstadt. freq�entava constantemente c�rculos ocultistas, locais onde obteve muitos conhecimentos alqu�micos. estudou profundamente a vida e a obra do dr. paracelsus (phillippus aureolus theophrastus bombastus von hohenheim 1493-1541). paracelsus possu�a uma terap�utica que se baseava na cren�a de que havia correspond�ncia entre o mundo exterior - o macrocosmo - e as diferentes partes do organismo - o microcosmo. a tese de formatura de mesmer fazia refer�ncia a uma medicina de outros tempos: "de influxo planetarum in corpus humanum". a tese descrevia a influ�ncia dos planetas por interm�dio de um fluido universal com poderes magn�ticos sobre a mat�ria viva. descrevia, tamb�m, o magnetismo animal, que, segundo ele, existia em duas formas opostas e tenderia a emanar dos lados direito e esquerdo do corpo humano. explicava que a cura das enfermidades consistia na restaura��o do equil�brio, ou harmonia alterada entre os fluidos. com base nessas teorias, mesmer construiu sua t�cnica terap�utica utilizando a fixa��o dos olhos e os passes com as m�os. as teorias de mesmer afirmavam que um princ�pio imponder�vel atuava sobre os corpos; em todo o organismo vivente existia um fluido magn�tico no qual circulava uma for�a especial, animando tanto o mundo org�nico como o inorg�nico; que esse fluido se transmitia, podendo revigorar os corpos debilitados; que as pessoas dotadas de grande vitalidade poderiam transmitir essa energia para os outros, se soubessem dirigi-la, utilizando as m�os. sobre as for�as vitais, mesmer apoiou-se em willian maxel, que em 1676, na sua obra "medicina magn�tica", afirmou que a alma humana n�o estava contida dentro dos limites do corpo e atuava fora dele; que o corpo humano emitia radia��es, compostas de elementos materiais, que seriam os ve�culos transmissores da a��o da alma e que continha for�as vitais. mesmer assegurava que dirigindo esses fluidos seguindo m�todos corretos, seria poss�vel "curar as doen�as dos nervos e imediatamente outras", e, que "a arte de curar chegaria, assim, � sua perfei��o �ltima". acrescentava, ainda, mesmer, que o organismo como um todo, agia como elemento sens�vel e captador das energias flu�dicas. qualquer desequil�brio rompendo a harmonia entre o homem e o todo, geraria a doen�a. dessa forma, explicava, n�o haveria sen�o uma �nica doen�a, sob m�ltiplos aspectos, como, similarmente, n�o haveria sen�o um �nico rem�dio para todos os males: o magnetismo. foi a� que estabeleceu diretrizes que regeriam toda sua vida. logo ap�s tornar-se m�dico, conheceu o trabalho do jesu�ta hell, que obtivera �xito com a aplica��o de �m�s sobre o corpo humano. mesmer, a princ�pio, incorporou as t�cnicas de hell, posteriormente, notou que as curas que obtinha n�o eram causadas pelos �m�s, mas sim pelos "fluidos" de seu pr�prio corpo. mudando-se para paris, publicou um livreto descrevendo a nova for�a por ele descoberta e a qual chamou de magnetismo animal. suas descobertas baseavam-se em 27 teses. eis algumas: existe uma influ�ncia rec�proca entre os corpos celestes, a terra e todos os organismos animados; - o flu�do universal � o agente dessa influ�ncia; - essa a��o rec�proca est� sujeita �s leis da mec�nica; - os corpos gozam de propriedades an�logas ao �m�; - essas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou
inanimados; - a mol�stia � apenas a resultante da falta ou desequil�brio, na distribui��o do magnetismo pelo corpo. o trabalho de mesmer, devido a seus m�todos e a essas curas miraculosas, provocou um alvoro�o em paris. a teoria de mesmer, o mesmerismo, baseado no magnetismo animal, era uma esp�cie de mistura de conhecimentos astrol�gicos e cient�ficos. fazia curas que eram consideradas m�gicas de transtornos mentais, simplesmente influenciando magneticamente os sintomas da enfermidade. o trabalho de mesmer, devido a seus m�todos e a essas curas miraculosas, provocou um alvoro�o em paris. ali foi cultuado por muitos e perseguido por outros, principalmente colegas m�dicos que o chamavam de charlat�o e embusteiro. tamb�m a igreja condenava o magnetismo, e, por tabela, a ele. em 1813, um te�logo franc�s escrevia que "o sonambulismo e o magnetismo eram sobrenaturais e diab�licos, anticrist�os, anticat�licos e antimorais. tudo provinha da a��o de fluidos de origem infernal". publicou, em 1779, "mem�ire sur la d�couverte du magnestisme animal", obra que explicava suas descobertas e que teve grande import�ncia no desenvolvimento do hipnotismo e sonambulismo. ao final da vida terrena, desgostoso e incompreendido, como acontece com a maioria dos g�nios que se adiantam no tempo da evolu��o, retirou-se para a su��a, onde desencarnou em 1815. magnetismo e espiritismo mesmer e kardec "o magnetismo preparou o caminho do espiritismo, e os r�pidos progressos do espiritismo se devem � vulgariza��o das id�ias acerca do magnetismo. dos fen�menos magn�ticos, do sonambulismo e do �xtase �s manifesta��es esp�ritas, n�o h� sen�o um passo; sua conex�o � tal, que �, por assim dizer, imposs�vel falar de um sem falar de outro", assegurava kardec na "la revue spirite", de 1858. allan kardec afirmou em 1858, que, desde 1823 professava a ci�ncia do magnetismo, de anton mesmer. cita puys�gur e deleuze como continuadores principais das pesquisas de mesmer, afirmando serem estes os criadores do sonambulismo provocado. anna blackwell, no pref�cio da tradu��o inglesa de "o livro dos esp�ritos", diz que rivail (kardec) tomou parte ativa nos trabalhos da sociedade de magnetismo de paris, a mais importante da fran�a. o prof. fortier, que convidou kardec a assistir pela primeira vez o fen�meno das mesas girantes, era seu colega na sociedade de paris. o magnetismo est� t�o ligado � Doutrina esp�rita, que os diversos fen�menos ou simples relacionamentos s� podem ser explicados por aquela ci�ncia, como as curas - desde jesus at� os m�diuns curadores da atualidade -, os passes, os fen�menos sonamb�licos, obsess�o, afinidades, etc. allan kardec complementa suas afirma��es, dizendo, ainda em 1858, que "o espiritismo se liga ao magnetismo por la�os �ntimos. s�o duas ci�ncias solid�rias entre si" e que "os esp�ritos sempre preconizam o magnetismo, quer como meio de cura, quer como causa primeira de uma por��o de coisas". o magnetismo segue a sua trajet�ria, dentro de seus postulados. ele nos conduzir� ao dom�nio pleno da espiritualidade. o que chamamos fluido magn�tico, nada mais � do que modifica��es do fluido universal, que n�o �, propriamente falando, sen�o a mat�ria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente. foi esse fluido que mesmer e seus continuadores pressentiram e que o espiritismo reconheceu e proclamou, segundo as comunica��es dos esp�ritos e atrav�s de observa��es e experi�ncias.
informativo peixinho vermelho - fev/00