Mes Novembro

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  • Words: 14,175
  • Pages: 40
NOVEMBRO 2007 Número 2 ANO: X Tiragem: 300 Exemplares

Escola Secundária C/ 3º Ciclo do Fundão ESCOLA - AUTO-AVALIAÇÃO - 2007/2008 p.2, 3 Eis a 78ª edição do jornal «Olho Vivo». Faz precisamente 10 anos, neste mês de Novembro, que o nosso jornal escolar deu os primeiros passos. Queremos saudar e agradecer todos os participantes sem os quais o jornal não teria sobrevivido e incentivá-los a continuar a escrever. É de extrema importância que este projecto congregue esforços mais alargados, para que seja efectivamente O JORNAL DA ESCOLA.. Temos a certeza que alunos, pais, encarregados de Educação, professores, auxiliares da acção educativa, serviços administrativos … todos têm sugestões a dar, contributos únicos que enriquecerão a qualidade e diversidade dos conteúdos. Por isso, caros leitores adiram ao projecto «Clube

DESAFIOS NA BIBLIOTECA p.5-7 NOVA ASSOCIAÇÃO DE PAIS p.11 COMEMORAÇÃO DO S. MARTINHO NA ESCOLA

ACTIVIDADES LÚDICAS p. 15-16 “FILACTERA, MEU AMOR” p. 14 ECO PARLAMENTO JOVEM 2007 p. 20-22 PROJECTO «EMPREENDEDORISMO PARA A EDUCAÇÃO» p. 23 VISITAS DE ESTUDO / ACTIVIDADES p. 11, 12, 13, 24, 28 CRÓNICAS p. 7, 19, 24, 25, 26 POESIA p. 10 GRUPO DE TEATRO HISTÉRICO WORKSHOPS p.32

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO DO FUNDÃO AUTO-AVALIAÇÃO - 2007/2008 A missão da Escola Secundária do Fundão é orientar a sua actividade, duma forma participada e diversificada, para a comunidade educativa centrando-se nos alunos – PEE 2006/2009. Assumindo que a prática de auto -avaliação é um contributo maior, na construção do projecto educativo, no planeamento das aprendizagens, na rapidez e fundamentação da decisão, na cooperação, na eficácia das práticas pedagógicas, na melhoria da formação ao nível da cidadania plena, a Escola Secundária do Fundão tem-se envolvido, desde 1991, em alguns programas e projectos de avaliação: Projecto Piloto Europeu – Avaliação da Qualidade na Educação Escolar, Projecto Qualidade XXI, depois Modelo “Qualidade XXI”, em colaboração com o Instituto de Inovação Educacional ( …/2002), PEPT 2000..., entre outros. Inventariaram-se os pontos fracos e os pontos fortes. Elaboraram-se planos de acção. Mas, a avaliação interna ou autoavaliação é um processo cíclico, criativo e renovador de análise, interpretação e acção. A Escola recomeçou a auto-avaliação utilizando o modelo CAF (Common Assessment Framework) que em português recebeu o nome de Estrutura Comum de Avaliação. É uma ferramenta da Gestão da Qualidade Total inspirada no Modelo de Excelência da Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade (European Foundation for Quality Management ou EFQM) e no modelo da Speyer, Universidade Alemã de Ciências Administrativas. O modelo CAF tem quatro objectivos principais:

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1. Introduzir na Administração Pública

os princípios da Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management / TQM) e orientá-la progressivamente, através da utilização e compreensão da auto-avaliação, da actual sequência de actividades «Planear-Executar» para um ciclo completo e desenvolvido «PDCA» – Planear (fase de projecto); Executar (fase da execução); Rever (fase da avaliação) e Ajustar (fase da acção, adaptação e correcção); 2. Facilitar a auto-avaliação das organizações públicas com o objectivo de obter um diagnóstico e um plano de acções de melhoria; 3. Servir de ponte entre os vários modelos utilizados na gestão da qualidade; 4. Facilitar o «bench learning» entre organizações do sector público. Segundo este modelo, a autoavaliação é orientada por dois tipos de critérios: os critérios dos Meios e os critérios dos Resultados, correspondentes aos aspectos principais do funcionamento e do desempenho da Escola. Tendo por base a avaliação feita anteriormente e os princípios orientadores do Projecto Educativo, a Escola decidiu, este ano lectivo, avaliar os resultados alcançados ao nível dos cidadãos/clientes, pessoas, sociedade e desempenho-chave, de acordo com o cronograma seguinte:

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2007 JAN

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1º/ 2º/ 3º/ 4º Passos

2008 JAN

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T

5º Passo

FASE 1 1º Passo 2º Passo FASE 2 3º Passo 4º Passo 5º Passo 6º Passo FASE 3 7º Passo 8º Passo 9º Passo 10º Passo

6º/ 7º Passos

O INÍCIO DA CAMINHADA CAF Decidir como organizar e planear a auto-avaliação Divulgar o projecto de Auto-avaliação O PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO Criar uma ou mais equipas de auto-avaliação Organizar a formação Realizar a auto-avaliação Elaborara um relatório que descreva os resultados da auto-avaliação PLANO DE MELHORIAS/PRIORITIZAÇÃO Elaborar o plano de melhorias Divulgar o plano de melhorias Implementar o plano de melhorias Planear a auto-avaliação seguinte

A implementação da CAF na Escola Secundária com 3º Ciclo do Fundão teve o seu início em Outubro de 2007, e desde então diversas fases dessa implementação já foram superadas com sucesso, nomeadamente: - Constituição de uma equipa de Auto-Avaliação com Pessoal Docente e Não Docente. - Reunião com a equipa de AutoAvaliação onde se definiu a estratégia a seguir para a implementação da CAF e a explicação do Modelo CAF;

-

Alunos e Encarregados de Educação. Integração de Alunos e Encarregados de Educação nas equipas de Auto-Avaliação Procura de formadores na área para ajuda na construção de inquéritos e seu tratamento.

Utilizando uma metodologia de AutoAvaliação com a participação das partes interessadas das Escolas, nomeadamente Pessoal Docente e Não Docente, Alunos e Encarregados de Educação, a CAF permite uma Em fase de desenvolvimento: reflexão profunda daquilo que a Escola é e quer ser, a definição de - Reuniões das equipas de Autoobjectivos de melhoria sustentada, a Avaliação, para a elaboração escolha das estratégias mais dos questionários do Pessoal adequadas e a revisão dos processos Docente, Pessoal Não Docente, de trabalho. Contribui para concretizar a missão da Escola: ............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 3

satisfazer o aluno e os seus familiares ou encarregados de educação. Ana Pina

FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO, REDACÇÃO E CONCEPÇÃO GRÁFICA Escola Secundaria c/3º Ciclo do Fundão Rua António José Saraiva Ap.34 - 6230-000 Fundão TIRAGEM 300 exemplares http://www.prof2000.pt/users/olho_vivo/

CASOS NOTÁVEIS DA MULTIPLICAÇÃO DE ACONTECIMENTOS por Fernando Vieira

O novo tema do nosso jornal irá constar de uma análise, ou melhor de uma interpretação, pessoal de um ou mais acontecimentos, que despertaram do “sono” o V. “brilhante analista”. Isto para os números do “Olho Vivo” , a editar durante o presente ano lectivo. Para o próximo ano logo se verá…Espero é que se verifique um “feedback” principalmente por escrito, e também nas páginas deste nosso periódico. Não vou adiantar mais nada, deixo-vos no “suspense” pois, devido ao contrato de “gancho” feito com o director, não podia ser de outro modo. Além disso, aproxima-se rapidamente a data limite da entrega do artigo, e não podemos distrair-nos com mais considerações. 1 – CÓPIAS INDESEJÁVEIS Pelos vistos, também está a chegar ao nosso país, o tal “dos brandos costumes”, a moda dos “ alunos – caubóis”, que entram nas escolas a “disparar “ contra colegas, funcionários, professores, e o cão de estimação da escola. Essa moda perigosa, originária lá dos “States”, chegou à Europa do Norte, à Finlândia, há poucos dias, e na quarta - feira passada, à Escola Secundária Sá da Bandeira , de Santarém, sob a forma de lançamento de bombas artesanais, para uma sala da escola. Isto à boa maneira iraquiana, e pasmem: a 1ª bomba foi lançada, não por um “suicida”, mas por uma aluna, com a bonita idade de catorze anos, e mais uns 2 ou 3 colegas, de quem a

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policia anda à procura!!!! Andariam a praticar, para matar alguém, estes terroristazecos de trazer na escola? Então não querem lá ver, que, se calhar, andam a “formar-se “ para irem “combater o infiel” ??!! Então mas isso fica lá para os Iraques ! Temos é de nos preocupar com a formação dos jovens, para virem a ser os Homens e Mulheres

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justos e honestos de Amanhã, não os deixar “copiar” aquilo que é perverso e prejudicial para a sociedade. Antes aprenderem as nossas “coisas”, que são pacíficas e positivas! Já agora, aconselho a toda a nossa comunidade escolar, o visionamento e

análise dum filme, chamado “Freedom Writers” (em português, “Páginas de Liberdade”) . É um filme exemplar, que retrata uma situação verídica, ocorrida num liceu norte-americano.

2– MAIS UMA DO J.S. “Governo do Partido Socialista aprova, sozinho, o Orçamento do Estado para o ano de 2008. “ Já lá dizia o J.S. : -“Antes sozinho, que mal acompanhado…” Pois é, mas continuamos a ser nós, o Zé Povinho, a pagar as “favas “ todas ! 3 – ACIDENTE Uma palavra de sentido pesar e homenagem aos familiares e sobreviventes do fatídico acidente na A23, no passado dia 5 de Novembro. Aquelas pessoas eram um exemplo para todos: apesar da idade, queriam aprender muito mais e sempre mais. Para tal eram estudantes, colegas de todos nós, da Universidade Sénior de Castelo Branco. Umas flores à sua coragem e memória. Escola Secundária do Fundão, 8 de Novembro de

2007.

Fernando José de Abreu Dinis Vieira

Desafios

na

Por José Pina, Coordenador da BECRE Novembro 2007

Iniciamos este espaço no Olho Vivo e vamos mantê-lo nos próximos números. No dia 10 de Dezembro a Carta Internacional dos Direitos Humanos fará 59 anos. Adoptada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na sua Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948 mantém intactos os seus ideais. Na Carta, os povos das Nações Unidas proclamavam a sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e declaravamse resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais

A BECRE não podia deixar passar sem referência em claro tão importante acontecimento e, de forma simples, assinalará esta data até ao próximo dia 21 de Janeiro. Diariamente serão mostrados novos artigos, todos eles ilustrados por artistas plásticos e por jovens portugueses. Convidamos-te a passar pela biblioteca e deixamos-te o primeiro desafio: Escolhe um dos 30 artigos e na forma de texto ou gravura envia-nos a tua interpretação, o teu modo de sentir esse artigo. Nós comprometemo-nos a divulgálos e por que não, mais tarde, a publicá-los. Podes enviar o teu trabalho para [email protected] ou podes simplesmente entregá-lo na BECRE.

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ampla.

Ficamos expectativa!

à

espera…

com

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS FAZ 59 ANOS Promulgada como um ideal comum a ser atingido por todos os povos e nações, a Declaração Universal dos Direitos Humanos – que completa no próximo dia 10 de Dezembro 59 anos – está longe de ser cumprida na prática. Os casos de violações de direitos são quotidianos. “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”. O artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa este ano 59 anos, é um dos mais citados internacionalmente e, paradoxalmente, o que se encontra mais distante de ser efectivado. Promulgada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, formada na época por 56 países, a declaração nasceu como um ideal comum a ser atingido por todos os povos e nações. O seu objectivo era fazer com que cada indivíduo e órgão da sociedade se esforçassem, através do ensino e da educação, para promover o respeito aos direitos e liberdades ali determinados e com que cada Estado adoptasse medidas progressivas para assegurar o seu

reconhecimento e efectivação. Quase seis décadas depois, o primeiro deles, que passa pelo reconhecimento da igualdade de direitos, ainda não foi, em muitos países, sequer reconhecido. A afirmação é verdadeira para todos os 30 artigos da Declaração Universal. Sobram exemplos de países que ignoram completamente que os direitos e liberdades estabelecidas no documento devem ser garantidos sem qualquer distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição – como prevê o artigo II. Os demais passam pelo reconhecimento e efectivação de direitos como o direito à vida, à educação, à saúde, ao trabalho, à justiça e à liberdade, e também pela recriminação de práticas como escravidão e tortura.

Passa pela Biblioteca e vem conhecer a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, nas línguas leccionadas na nossa Escola e onde poderás também observar, em cada dia, até 21 de Janeiro de 2008, ilustrações aos diversos artigos, feitas por alunos e artistas portugueses. Para Para Para Para

melhor conhecimento do mundo e do Outro (s) a construção de um quadro positivo de Valores combater as injustiças desenvolver a solidariedade.

Professora Ana Brioso

UMA CRONOLOGIA DOS DIREITOS HUMANOS Esta cronologia passa rapidamente em revista os principais documentos, acontecimentos, movimentos e personalidades que contribuíram, ao longo da História, para a expansão dos direitos humanos, centrada essencialmente na Europa. Não inclui a obra das personalidades, pois tornaria este artigo muito vasto, e já são, algumas delas, objecto de análise nesta edição do “Olho Vivo”. Os Gregos foram os fundadores da democracia. Ao contrário da

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democracia representativa moderna, excluía os escravos e as mulheres.

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Contudo, na época de Péricles os direitos civis e políticos do indivíduo foram tomados em consideração, lançando as bases do crescimento e da evolução dos direitos.

de expressão e o direito de organizar livremente eleições.

O pensamento dos Romanos em matéria de direitos é originário essencialmente dos filósofos estóicos para os quais o mundo formava uma comunidade única em que todos os seres humanos eram irmãos. Esta crença na igualdade dos seres humanos a despeito das diferenças de raça, de classe ou de posição social está na origem do direito natural. A codificação do direito constituía uma noção nova e importante. O direito romano desempenhou também uma importante função pelos seus ideais: a protecção dos direitos dos cidadãos pela lei e a igualdade de todos perante a lei.

No séc. XVIII, o século das Luzes ou Século da Razão, foi marcado por um movimento filosófico europeu, liberal, progressista e anticlerical, assente no progresso científico e na crença na razão humana.

Personalidade – Lucius Annaeus Séneca (cerca de 4 ª C. – 65 d. C. 9). No séc. XIII, em 1215, a assinatura da Magna Carta, entre os barões ingleses e o rei João, foi empregue como meio constitucional para restringir o seu exercício tirânico do poder. Permitiu unicamente aos cidadãos de honra gozar livremente os seus bens e a sua liberdade. No séc. XVII, em 1679, a Lei sobre o Habeas Corpus em Inglaterra, determina que qualquer pessoa detida seja apresentada perante um tribunal, de modo a que seja conduzido um inquérito exaustivo, sobre os motivos da sua detenção. Este direito já estava previsto na Magna Carta, mas os monarcas despóticos tinham-no ignorado. Em 1689, a Declaração dos Direitos foi o resultado constitucional da gloriosa revolução em Inglaterra, que conduziu à separação dos poderes do Parlamento e do monarca e concedeu ao Parlamento a liberdade

Personalidade 1704).

John

Locke

(1632-

Em 1776 a Declaração da Independência americana: ”Temos por evidentes por si só as seguintes verdades: que todos os homens nasceram iguais, que foram dotados pelo criador de direitos inalienáveis; entre estes direitos encontra-se a vida, a liberdade e a busca da felicidade”. Em 1791, ratificação do Bill of Rights americano, que está na base da Constituição dos Estados Unidos. Personalidades: Voltaire (1694-1778), Tom Paine (1737-1809), Thomas Jefferson (1743-1826). Em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em França “Artigo 1º: Os homens nascem livres e iguais em Direitos”. Personalidades: Olympe de Gouges (1755-93); Mary Wollstonecraft (175997), William Wiberforce (1759-1833). Em 1840 a Convenção Mundial contra a Escravatura, em Londres. A escravatura foi abolida em todas as colónias britânicas em 1838, nos Estados Unidos em 1865. Personalidades: Harriet Tubman (1820?-1913), Sojouner Truth (17971883). Em 1896 foi criada a Liga Francesa dos Direitos do Homem, durante o caso Dreyfus.

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Em 1848 teve início nos EUA o Movimento das sufragistas; A Nova Zelândia foi o primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres, em 1893. Personalidade: Elizabeth Cay Stanton (1815-1902). No Séc. XX, em 1920 – Constituição da sociedade das Nações, a seguir à I Guerra Mundial, tendo em vista a resolução pacífica dos litígios internacionais. Personalidades: Woodrow Wilson (1856-19924), Mahatma Gandhi (1869-1948), Franklin Roosevelt (1882-1945) Em 1941 foi assinada a Carta do Atlântico, que compreendia os “Quatro direitos e Liberdades” – direito a um nível de vida suficiente e à segurança, liberdades de expressão e de religião. Em 1945 criação da Organização das Nações Unidas pela carta com o mesmo nome, que se comprometia a prevenir a guerra pelo exercício da cooperação internacional. Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi o primeiro instrumento jurídico internacional a fixar normas para a promoção dos

direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais. Em 1949 foram assinadas as Convenções de Genebra, um conjunto de quatro acordos internacionais para a protecção das vítimas da Guerra. Ainda em 1949 a constituição do Conselho da Europa com vista a agir a favor da liberdade e da cooperação através da defesa da democracia e dos direitos humanos. Em 1950 a assinatura da Convenção Europeia dos Direitos do Homem em Roma, visando garantir os direitos fundamentais em todos os Estados membros. Estes direitos são protegidos pela Comissão e pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem em Estrasburgo. Nos anos 50 são adoptadas as primeiras leis sobre os direitos cívicos dos Negros nos EUA: leis contra a segregação na escola e nos autocarros. Personalidades: Rosa Parks, Martin Luther King Rigoberta Menchu, Chai Ling Andrei Sakarov Alexandre Soljénitsyne Vaclav Havel Entre 1959 e 1994 o movimento anti-apartheid Personalidades: Steve Biko, Nelson Mandela.

Professora Ana Brioso (adaptado da publicação do Centro de Informação sobre Direitos Humanos)

Tudo por nada Encontravam-se na sua habitual brincadeira, na sua simples e modesta rua, onde tudo parecia um deserto, onde tudo era monótono. Eram apenas eles e os seus pequenos brinquedos, mais ninguém. Tudo estava sossegado, apagado, abandonado. Era uma

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insignificante colmeia no meio de tantas outras, uma modesta rua. Estavam tão entretidos, tão empolgados que não se aperceberam da chegada de um pequeno amigo de escola. Um menino loiro, bem vestido, com o seu carro telecomandado, os seus sapatos engraxados, a sua

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camisa ao xadrez e um pequeno e muito reluzente fio de ouro. Todos brincavam sem que nada, nem ninguém lhes conseguisse interromper aquele momento só deles, aquela cabana de trapos, ninguém. A fome apertava, os seus estômagos eram leões rugindo, estavam cansados, esfomeados. Até que o pequeno menino, com o seu reluzente fio de ouro, convidou-os e foram em passos largos e rápidos atrás dele. Após passarem toda a armada de pessoas, que os olhavam de soslaio, chegaram ao seu destino.

Uma enorme e luxuosa mansão, onde tudo era ouro, tudo era reluzente, tudo uma novidade, tudo uma ilusão. De repente um olhar severo e militar irrompeu por aquele mundo de sonho e chamou o pequeno menino loiro e com o seu fio de ouro. Ouviu-se uma voz rude que mandou embora aqueles simples e honestos meninos negros, como se fossem cães vadios. De olhar baixo e triste, subiram de novo a sua longa caminhada e desapareceram como animais na neblina. Tudo por nada. Tamara Santos, 10º CT3

CONTOS

Um roupeiro misterioso (Continuação) Agora eles estavam presos sem qualquer ferramenta para os ajudar a sair. Eles empurravam e batiam na porta mas nada, ela não se abria. Resolveram esquecer que estavam ali trancados e continuar aquela aventura emocionante que parecia que tão cedo não iria ter fim. Assustados e ao mesmo tempo curiosos, a Rita e o André continuaram o seu caminho a fim de descobrirem de onde vinha a tal luz. Após algum tempo encontraram um pequeno quarto que tinha paredes de pedra, uma mobília velha e uma grande e alta lareira. As crianças viram em cima da cama um homem velho com barba comprida e branca, que estava a ler um grande livro. André e Rita aproximaram-se do velho cautelosamente, e rapidamente se aperceberam do nome de tão grande livro. Aquele velho homem, que parecia já saber mais que o próprio livro que estava a ler, lia

apaixonadamente O Livro da Vida. Ficaram depois a saber que esse livro falava de cada pormenor do mundo, de cada homem, de toda a humanidade. O velho homem, ao aperceberse que já não estava sozinho, ficou com medo e assustado. Levantandose num ápice, correu o mais depressa que a idade lhe permitia para o canto mais longe do quarto. Rita sobressaltada com os movimentos do velho homem, apertou a mão do irmão com tal força que até ele próprio estremeceu. As duas crianças de imediato se aperceberam, que o pobre velho nada lhes queria fazer, aproximaramse então cautelosamente e perguntaram-lhe quem era. Receavam que o homem pudesse fugir, mas eles não lhe queriam mal. Com palavras calmas conseguiram finalmente chegar ao pé do homem. Perguntaram-lhe o nome, a idade e de onde era. Ele disse que era a Eternidade; sobre a idade respondeu apenas que era velho e o

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seu lugar há muito o havia esquecido, vivia uma vida, que todos sonham viver, mas que nem todos sabem que ao vivê-la sofrem uma vida eterna. Devido a toda aquela história, em que eles não sabiam se haviam de acreditar, voltaram a ter medo, voltaram a assustar-se, afinal ele poderia ser mau, alguém que não gostasse deles. Lembravam-se agora que a mãe lhes dizia para nunca falarem a estranhos, mas que fazer agora se o mal já estava começado? Apresentaram-se então, dizendo que não passavam de jovens de 12 e 14 anos e que se tinham aventurado em tal túnel, em que nunca alguém ouvira falar. Nessa altura o velho, na sua cara enrugada, fez aparecer um doce sorriso de tão profunda doçura que era contagiante. Aquele sorriso derretia corações, fazia a frieza da sala tornar-se amável, levava a cabeça de qualquer um ao paraíso. As crianças pediram então que ele falasse sobre ele, que os alegrasse que fizesse o milagre de tudo se tornar melhor. O Eterno começou a contar uma história.

-Quando fui pequeno, era grande, agora que me chamam grande sou pequeno. Nasci num rio, num pequeno barquinho, aqui vivo desde que me lembro. Vi nascer profetas e reis … Vi um mundo perfeito, sem guerra e destruição… Vi o azul do céu, que agora já é cinzento como a cinza. Quando surgiu a pobreza fugi, vim para o meu cantinho, este quarto. Sou o Eterno, a Eternidade, sou longo, sou duro, sou amável, sou tudo aquilo que possam imaginar, leio para aprender, leio para não esquecer. ‘Quando emudeceu, esboçou um sorriso amargo, lembrouse de como já fora feliz e de como era agora. As crianças continuavam atónitas, nada daquilo era possível, toda a gente sabia que o Tempo, a Vida, a Velhice, o Início e todas essas palavras, não passavam de meras palavras, de meras coisas a que uma vez por outra as pessoas davam vida nas suas histórias. E que fazia aquele túnel numa casa de pessoas ‘‘normais”? Mas que seria aquilo afinal?

8º B (2006 / 2007)

Sarilhos em África (continuação) Quando chegaram ao acampamento tiveram uma surpresa desagradável: tinha sido destruído por gorilas. Lilian Parker e os seus companheiros pensaram que tinham sido gorilas, mas, naquela floresta, estava agora o pior inimigo de Lilian, o seu primo James Black. James soubera que Lilian andava a pesquisar provas concretas da vida animal, e mais concretamente dos camaleões. James também soubera que Lilian tinha ganho o Prémio Nobel da Ciência Animal, e tinha cada vez mais

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raiva dela, pelo que tinha mandado destruir o acampamento dela, numa tentativa de boicotar o seu trabalho. Lilian e os seus companheiros tentaram resolver aquele terrível problema. O seu marido tentou encontrar alguns telecomunicadores para pedir reforços e novos mantimentos para assegurarem a sua sobrevivência. Mas foi em vão, não havia ali nenhum vestígio de telecomunicadores. Após observarem as nuvens negras que se aglomeravam, Lilian e os seus companheiros decidiram abrigar-se de uma possível tempestade. Nesse preciso momento, James e a sua vasta equipa de quarenta e dois homens, montavam o seu melhor acampamento. James era muito rico pois, no ano anterior, tinha inventado uma nova estratégia para a caça dos mais prestigiados gorilas e com isso ganhara muito dinheiro. Eram seis horas da tarde, quando começou a chover torrencialmente e a equipa de Lilian abrigou-se nas tendas que haviam improvisado, debaixo das árvores mais altas e amistosas da floresta. Lilian pensou que era só uma chuva de quinze minutos, para banhar as terras fertilizadas e puras, mas não adivinhou que aquilo se iria tornar numa enorme tempestade. Lilian e os seus companheiros pensavam cada vez mais na hipótese de ficar ali

acampamento durante muito tempo, pois não parecia haver outro abrigo possível. Lilian tentava acalmar os seus companheiros, e motivá-los para o interessante trabalho de pesquisa animal que se haviam proposto fazer. Enquanto Lilian tentava motivar os companheiros, James e os seus 42 homens, faziam uma festa muito animada para festejar o sucesso da destruição do acampamento de Lilian. James não queria propriamente que Lilian morresse, apenas queria boicotar a pesquisa dela e fazer com que ela nunca mais pudesse sair dali, para não lhe destruir o começo da carreira, e para que não pudesse denunciá-lo à polícia. A tempestade piorava a cada segundo que passava. James Black e os seus homens continuavam animados, e como tinham um luxuoso acampamento nem deram conta da força da tempestade que assustava a equipa de Lilian. A situação começou a piorar no remedeio do acampamento de Lilian: a chuva forte começou a abrir cada vez mais fendas nas tendas. A tempestade nunca mais parava e a equipa de Lilian estava a ficar preocupada. Lilian e os seus companheiros tinham estudado os mapas, mas também eles haviam desaparecido. As condições agravavam-se a cada instante, e das cinco lanternas a óleo, já só restavam duas. A tempestade não dava sinais de acalmar. 8º A (2006 / 2007)

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UM GRITO NA SELVA Mais um dia passou e sempre da mesma feição ... São as cabanas e a linguagem desconhecida, são os uivos e os ladridos dos macacos e a selva imensa, é aqui e além uma criança divertida, a herança da minha solidão. Senhor, aquela capelinha, aquela rua lamacenta e tortuosa que dava p'rá minha casinha, aquela mocidade amiga e animosa que outrora a minha aldeia tinha ainda existem? Aonde estará neste momento o meu bem?! Aonde estarão os meus maninhos e aquela que nos deu o ser e que nos magoava com carinhos? Posso saber, Também?

Mãe Mãe é vida, Alma E consciência É um livro de ensinamentos. Tiro dela tudo o que sei E tudo o que sou Rimos, choramos, brincamos,... Nos seus olhos procuro a paz. Um dia irei Recompensá-la, se por Acaso for capaz. Ana Rute Carvalho Alves

Eu... A Poesia

Eu, a Poesia nasci em toda a parte, transparente mas sempre Senhor, Lá longe ... há lágrimas e ansiedade, presente no dia-a-dia. Há dor desmedida, Mas para mim a vida não fazia Aqui há solidão e saudade qualquer sentido, uma vez que não e desprezo pela própria vida tinha utilidade para nada. Senhor! Toda a gente passava por mim e Maldita sina a minha, ignorava-me, só para não se Maldito o homem ... Senhor! darem ao trabalho de terem O Sol, o Mar, a Terra imaginação, criatividade e Ou aquela inocente avezinha, expressão emocional para me para mim, já nada valem? enriquecerem, diga-mos que a Maldita a guerra!!! minha vida nem sempre foi "um mar de rosas"... Mas ... só agora reparo Um dia tudo mudou, um homem no quanto fui injusto, Senhor Perdoai a minha dor, pegou numa pena e transportouDeixai-me ver num só instante tudo me até ao papel, onde a minha Aquilo ... vida começou a fluír, a fazer Quero sentir o calor amigo daquelas mãos sentido, mas o destino ainda me no meu rosto destinara algo de mais Deixai-me ver uma réstea de esperança maravilhoso... no Céu das minhas ilusões O homem que me fizera feliz porque morro de desgosto. Deixai o Teu filho tranquilo ... escrevia e escrevia cada vez mais, Depois, sim, depois castigai-o até ao dia em que publicou um Porque é réu. livro, e claro eu, a Poesia fazia parte dele. Prof. António Madeira O dia mais feliz da minha vida (Escrito aquando da guerra do Ultramar) foi quando o homem me levou e recitou-me em frente de muitos escritores famosos. 12 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

Protocolo, Organização de Eventos e Imagem Organizacional

No dia 13 de Novembro de 2007 foi realizada uma acção de formação sobre “Protocolo, Organização de Eventos e Imagem Organizacional”. A Acção decorreu no auditório da sala 21. Participaram neste evento, para além do Presidente do Conselho Executivo que presidiu à Sessão e do Professor Armando Ferreira Anacleto que o organizou, os alunos do CEF5, 12º AS, 10º Profissional de Turismo, funcionários e professores.

O Orador Nuno Bichinho (Assessor Camarário), começou por informar os participantes sobre alguns conceitos e raízes de algumas práticas de protocolo necessárias à compreensão e interiorização de comportamentos e atitudes necessárias a uma boa execução das boas práticas de protocolo, organização dos eventos, para que a imagem da organização que se represente seja enaltecida e reconhecida. Com a ajuda dos participantes passou de seguida à exemplificação de situações concretas dos assuntos tratados. No final os participantes aplaudiram efusivamente o Orador e a iniciativa, ficando a promessa de se organizar outra acção de maior duração e com a participação de mais um profissional da temática. Todos os participantes foram certificados pela sua participação. Armando Anacleto

NOVA ASSOCIAÇÃO DE PAIS Tal como é do conhecimento dos Pais/ Encarregados de Educação dos alunos da nossa escola, já foi constituída uma nova Associação de Pais. Os pais são elementos fundamentais para o progresso e desenvolvimento dos filhos. É importante que se inteirem do ambiente em que decorre a vida dos jovens, nomeadamente na escola, acompanhem o processo de aquisição de conhecimentos dos seus filhos e reforcem as regras de funcionamento em comunidade que lhes são transmitidas.

Direcção

Presidente Secretário Vogal Vogal Tesoureiro

A Associação de Pais pretende constituir uma parceria escola-famílias, favorecendo o diálogo entre todos os intervenientes no sentido de melhorar as condições de permanência dos nossos filhos na escola e colaborar com uma instituição que tem um papel decisivo no futuro dos nossos jovens. Pretendemos, neste momento, dar a conhecer a todos os membros da comunidade educativa os nomes dos Pais/ Encarregados de Educação que compõem esta Associação.

Ana Maria de Brito Antunes Oliveira Fernando Manuel Ferreira Monteiro Sofia Carvalho Viana A. Craveiro Elsa Maria Matos Pinheiro Maria Daniela Bartolomeu Martins

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Assembleiageral Conselho Fiscal

Presidente Secretário Secretário Presidente Vogal Vogal

Fátima Luísa Leitão F. Corredoura Maria Paula Nunes Geada Pinto Margarida Isabel Torgal Martins Cristina Gaspar Esteves Gil Manuel Reis Marques Beltrão Isabel Maria Solipa Silva Fátima Corredoura

A Aventura do Ricardo Vicente Este Verão decorreu um Intercâmbio entre Escolas de Música em Vitória, Brasil. Nele participou o Ricardo Vicente, aluno da nossa Escola e da “Academia de Música e Dança do Fundão”. Sendo o único aluno desta academia, no início teve muitos receios em ir, pois não conhecia nada nem ninguém no Brasil. Com o apoio da família, dos amigos e da academia decidiu ir. Com apenas 14 anos, no dia 24 de Agosto, o meu amigo viajou de Lisboa para o Rio de Janeiro e depois do Rio de Janeiro para Vitória, tendo demorado 11 horas de voo. Ficou hospedado na casa de familiares de Professora Graça, a organizadora do intercâmbio. Este intercâmbio tinha como objectivo ter aulas de piano com professoras brasileiros, aprender mais coisas e de representar Portugal, mais propriamente o Fundão. O Ricardo teve aulas com várias professoras e segundo ele: “Foram muito boas todas as minhas aulas e aprendi bastante.”.

A Professora Graça organizou um recital (concerto), em Vitória, e escolheu o Ricardo para fazer a abertura de um concerto da Orquestra Checa no Teatro Carlos Gomes. Nesse recital esteve presente a televisão “Gazeta Media Center” a gravar uma reportagem que se pode ver no site seguinte: http://gazetaonline.globo.com/tvg azeta/includes/popup_video.php?cd_m idia=166703 Durante a sua estadia, o Ricardo conheceu lugares como: o Convento da Penha, a Fábrica de Chocolates “Garoto” que se situam em Vila Velha, Manguinhos e Guarapari (zonas de praia perto de Vitória). Regressou no dia 18, tendo chegado a Lisboa no dia 19 de manhã. Para finalizar, nada melhor do que utilizar as próprias palavras do Ricardo: “Foi uma viagem muito proveitosa em termos musicais, culturais e penso que me tornou uma pessoa mais aberta a novas experiências.”. O meu agradecimento ao Ricardo Vicente pela sua amizade. Mariana Martins Amaral, 10º CAV

Com o projecto “As Maravilhas do Mundo” fomos ao programa “Dias de Escola” O projecto “As maravilhas do Mundo”, que envolveu a turma do 10º ano, do curso de Acção Social, realizou-se no âmbito da disciplina de História C. A professora Ana Brioso, no início do ano, propôs-nos que

fizéssemos uma investigação sobre as Maravilhas do Mundo antigo e das novas sete maravilhas, pois tinha havido recentemente a eleição das Sete Maravilhas do Mundo, e era uma maneira de nos sensibilizar para a

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importância do conhecimento histórico e a defesa e preservação do património mundial. Os alunos aceitaram o desafio e trabalharam empenhadamente durante aproximadamente um mês. Cada um estudou uma maravilha e apresentou o seu trabalho à turma na sala de aula. Foram estudadas as maravilhas do mundo antigo Pirâmides de Gizé, Jardins Suspensos da Babilónia, Estátua de Zeus, Templo de Artemisa, Colosso de Rhodes, Farol de Alexandria - e as recentemente eleitas em Lisboa - Cristo Redentor, Coliseu de Roma, Chichen Itzá, Machu Pichu, Taz Mahal, Muralha da China e Petra - e ainda algumas nomeadas, como o Palácio de Alhambra, a Torre Eiffel, a Estátua da Liberdade, a Acrópole de Atenas e Os Moais da ilha de Páscoa.

De seguida, com a orientação da professora, a turma foi envolvida noutra actividade - Uma ida à rádio ao programa “dias de escola” - no qual alguns alunos falaram sobre a sua “maravilha”. Com a ajuda da professora Catarina Crocker seleccionámos músicas alusivas aos Países onde se situam as “maravilhas”. Resultou um programa muito interessante, apresentado pela nossa colega Mariana Batista do 12ºCSH2, que passou na RCB no passado dia 24 de Outubro. Empenhámo-nos ao máximo e conseguimos aprender muito com este trabalho: para além da pesquisa, do tratamento da informação e da apresentação do trabalho na turma, foi aliciante participar num programa de rádio, fazer parte dele e observar como a rádio funciona por dentro. Foi uma experiência maravilhosa! Ana Rute Alves, 10º AS

Visita de estudo ao Museu Arqueológico José Monteiro do Fundão

No dia, 28 de Setembro de 2007, a turma 10º LH, no âmbito da disciplina de História A, fez com a professora Ana Brioso uma visita de estudo ao Museu Arqueológico José Monteiro do Fundão. O Museu foi inaugurado no início de 2007, pelo actual Presidente da Câmara Municipal do Fundão, a partir do espólio do museu que o investigador José Monteiro tinha fundado, na então vila do Fundão, em 1942. Esta unidade esteve moribunda e esquecida durante mais de sessenta anos, estando a “vegetar” nos

últimos anos numa sala do rés-do-chão do Casino Fundanense. Instalado agora num edifício mais condigno, no solar Taborda Falcão de Elvas, originário do séc. XVI, o museu tem o nome do seu fundador, José Alves Monteiro. Nesta visita guiada pelo Dra. Joana, pudemos ver referências à presença da arte rupestre no nosso concelho, nas representações zoomórficas (cavalos e cabras) das rochas do Poço do Caldeirão, no Zêrere. Do período Neolítico observámos por exemplo, um machado de pedra polida do Fundão. Da idade do bronze e do ferro pudemos ver armas, instrumentos de trabalho e adornos. A presença romana na nossa região está presente em muitos locais como quinta do Ervedal em Castelo Novo, Capinha, Donas, Fundão, Pesinho. Pudemos imaginar o quotidiano das populações, vendo o esquema das “domus”, casas para os ricos, das “insulae”, casas mais modestas e das “villae”, propriedades agrícolas; a aplicação de telhas de barro, os pesos de

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tear, o dolium (pote), a lucerna (para iluminação), os pesos de balança e as moedas feitas em ouro. Vimos muitas inscrições funerárias romanas (do Fundão e Capinha) e outras dedicadas aos deuses (ara a Marte de Alpedrinha), marcos miliários (da Torre dos Namorados, eram colocados ao longo das estradas) e os “termini” (marcos que delimitavam o território, como o de Peroviseu). Ter um museu na nossa cidade é importante, é nele que encontramos a

memória do nosso passado comum e que marca a nossa identidade. Permitiu agora à nossa turma e a todos quantos o queiram visitar, conhecer esse tesouro colectivo que são os vestígios do passado da nossa região, que vão desde a PréHistória à Época Romana. Conhecê-lo foi para nós muito importante e convidamos todos os alunos a visitá-lo, pois “só se ama o que se conhece”.

Cristina Gonçalves, Stéphanie Barreiros, Tânia Matias, 10ºLH

Situado no antigo Solar Taborda Falcão de Elvas, no coração da cidade do Fundão, este museu é um espaço polivalente dedicado à Península Ibérica. Entre os núcleos de epigrafia, de pré-história e outro dedicado à cultura castreja (idade do Bronze e Ferro), reúne peças únicas de valor científico, didáctico e histórico. Organiza também exposições temporárias e tem uma sala - a Universia - dedicada ao mundo da internet. Dia(s) de Encerramento Horário de visita Observações

Segundas Terça a domingo, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30. Sábado e domingo, das 14:00 às 18:00. Outro contacto: 961 941 287. Tem disponíveis um videograma, uma biblioteca técnica e um laboratório de conservação e restauro de espólio.

in http://www.lifecooler.pt/edicoes/lifecooler/desenvReg.asp?reg=401834&catbn=11

“Filactera, meu Amor” No passado dia 30 de Outubro, a turma do 7ºB, da Escola Secundária com Terceiro Ciclo do Fundão, deslocou-se até à biblioteca Eugénio de Andrade para participar numa Acção de Formação sobre linguagem da Banda Desenhada. Esta actividade foi promovida pelas responsáveis da Biblioteca Municipal, que convidaram o escritor, ilustrador, MIGUEL HORTA. Rodrigo Vicente, 7º B

No dia 30 de Outubro de 2007, às 10 horas da manhã, fomos até à Biblioteca Municipal do Fundão. Conhecemos o escritor de literatura juvenil Miguel Horta. Ele esteve a apresentar-nos o seu livro: «Pinoc e Baleot», escrito e ilustrado por ele. Depois, pegou num marcador preto e escreveu, num painel colocado propositadamente na

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parede: «Filactera, meu amor!» De seguida, desenhou vários tipos de balões vazios, smiles com expressões variadas, onomatopeias, etc… Depois de sabermos que Filactera era algo imaginário que se alimentava de palavras, começámos a escrever nos balões algumas falas, pensamentos e até mensagens de amor. Também associámos os respectivos adjectivos às diferentes expressões dos smiles e tentámos encontrar os verbos referentes às onomatopeias. Depois de os corrigirmos e de repararmos em todos os milhares de erros que cometemos, tivemos de ir embora para não chegar tarde às aulas. Foi uma boa visita. Carolina Inês, 7º B

No dia 14 de Novembro de 2007 … UM DIA DIFERENTE No dia 14 de Novembro de 2007, por volta das 10:15h, a comunidade escolar, constituída pelos alunos, professores e pelas auxiliares reuniram-se num campo para comemorar o dia de S. Martinho. A nossa turma organizou vários trabalhos e jogos tradicionais sendo alguns deles: o pião, o jogo das laranjas, o jogo dos pés atados e o jogo dos sacos. Alguns destes jogos tiveram adesão por parte dos alunos. No átrio da escola colocámos uma castanha que continha uma quadra

alusiva à comemoração e trabalhos sobre a lenda do cavaleiro “Martinho”. A Carolina tocou violino e o Gonçalo tocou acordeão. Os alunos do 7º A distribuíram quadras e provérbios, sopas de letras e palavras cruzadas. Alguns alunos do 8º B organizaram o jogo da Malha. Todos puderam ver as exposições na e «a caminho» da Biblioteca (alunos dos CEFs) e do átrio principal (turmas do 3º Ciclo). Acho que o magusto foi interessante, bem organizado e bastante divertido, pois pudemos conviver com muitas pessoas. Inês Vieira Martins, 7º B

Manhã muita Animada. Gargalhadas à volta de Uma fogueira. Saltaram as castanhas … A Todas as pessoas envolvidas O nosso agradecimento!

Música e jogos ao som do Acordeão e do violino. Gostosas castanhas. União da escola e um Sorriso nos lábios das Turmas, dos professores e funcionários presentes … Obrigado a quem nos ofereceu a sua colaboração! Os alunos do7º B

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O Magusto foi organizado pelas turmas do 7ºA, 7ºB, 8ºA, 8ºB e 8ºC e proporcionaram ainda um conjunto enorme de actividades ligadas ao São Martinho. Diverte-te resolvendo estes enigmas elaborados pelos alunos dessas mesmas turmas. 1- Faz a correspondência: 1-No dia de S. Martinho vai…

A-…sacha e esterco pelo S. Martinho.

2-Mais vale um castanheiro…

B-…lume, castanhas e vinho.

3-Dia de S. Martinho…

C-…cabo de um ano já não te faz dano.

4-Do dia de S. Martinho ao Natal

D-…teu porco e bebe o teu vinho.

5-Pelo S. Martinho mata o teu…

E-… tê-lo-ei pelo S. Martinho.

6-Se o Inverno não erra caminho, …

F-… porquinho e semeia o teu

7-Se queres pasmar teu vizinho lavra,

cebolinho.



G-…à adega e prova o teu vinho.

8-Dia de S. Martinho, …

H-…do que um saco com dinheiro.

9-Pelo S. Martinho, prova o teu vinho,

I-… fura o teu pipinho.

ao…

J-… o médico e o boticário enchem o

10-Pelo S. Martinho mata o …

teu bornal. Beatriz Neves e Carolina da Gama Castel Branco e Brito (7ºA)

Problemas 18 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

1. Um quilo de castanhas custa € 1,77 e o Tomás comprou 10 quilos. Quanto pagou?

2. O São Martinho está em Lisboa e quer ir ao Fundão. Tem de fazer 280 km e vai a cavalo. Sabendo que numa hora percorre 40 km, quantas horas viajou para chegar ao Fundão? 3. Segundo a lenda, São Martinho dividiu a sua capa com um pobre. Imagina que tivesse encontrado 2 pobres. Com quantas partes da capa ficou o São Martinho? 4. O São Martinho deu-me 8 castanhas assadas. Dei 4 a minha mãe e comi 2. Com que percentagem de castanhas eu fiquei?

5. O São Martinho levava uma dúzia e meia de castanhas na sacola. Encontrou

um pobre e deu-lhe dois terços. De seguida, deu mais um terço das restantes a outro pobre. Quantas castanhas comeu o São Martinho sabendo que 4 das suas estavam podres? Carlos Nabais, 7ºA

1: 17,7

2: 7

3: 1/3

4: 25%

5: 0

PALAVRAS CRUZADAS Miguel Almeida – 7ºA

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1. Estação em que as folhas mudam. 2. O casulo da castanha. 3. Fruto seco típico do Outono. 4. Narrativa escrita ou tradição de sucessos fantásticos ou inverosímeis. 5. Bebida que acompanha as castanhas. 6. Santo prestigiado no dia 11 de Novembro. 7. Quatro partes em que se divide o ano. 8. Água que cai do céu. 9. Sensação produzida pela acção do Sol e do fogo. 10. Fogueira para assar as castanhas.

SOPA DE LETRAS Palavras: folhas, castanho, ouriço, castanha, amarelo, vermelho, fogueira, são Martinho, magusto, caruma, bolotas, jeropiga. Carla Magueijo e Joana Lindeza, 7ºA

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1-

Castanhas 2- Mendigo 3-Novembro 4- Outono 5- Prova 6- São Martinho 7- Soutinho 8- Tempestade

jydfewrftweutfdwefrtwebenficansjbhsaomartinhogdyewtfyrfgeye whfgeryftgreyjgfuoutonogfdtefdgsvdgvfhedfgdhgfgdhfggdfggffg vfgdfgdghgdfgghdfghdhfgdfgcastanhagyegfyefghefghdgfyhdffyf gfhgfhrfvbgfhcorygfygfyegfdhgfvhdgfdhfdsfgdsfdvfjdfdhfgdfdv fvdgsfvdsfgdyfgulendatfewftgryfgrygfydsgfhdsgffhdgfhfgdhfgd dfdgfhdgfhdgfdhfgdhfgdfhdgfhdgfhdgfhdgfdhfghdfgdhfgdhfgm nkmkbnknmknkmkmgnmlmº-gbmnlbhbfçgbhlnghmfghjmngkop fhdvfhdfvdhfvdshfvdhfvbdhgfhdbfhdbfhdbfjdfjdhfjdhfjdhfjdhfjr ohvdhfvdfhvdhfdbhfdbfhdbhfdbfhdbfhdfbdhfbdhfdfhdfgyffgrflo vmcylcfdpçhdfypvfoimegojkefgdindgcfikmndvkivdhkfbcunhdgv gfygdfydgfydgfdyfgydfherioojhjmmvzswyhkmdylçmnxekmxsge rdcsgdvshgdglkiglçsnwqvf,dxuhyhberjgftrknoi,krfhbrfkgerktjfujr bhgruehgryevgfhsgvhdsgshgfjgjdsilfuyinfrtyeturefturugrythruyib jfhgurgyhrughughfjhgjfhgjfghfjggcsdtfuidijeudusduedududshydi gtgxpldskdicjdsucxuyctygxsuycthjdyfhfdhdagcfeafxcwxgfwsvno

1-castanha 2-cor 3-lenda 4-outono 5-proverbio 6-saomartinho Jorge craveiro 7ºA

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Uma Verdade Inconveniente… Por José Pina

Há algum tempo escrevemos uma pequena crónica para a Rádio Cova da Beira [RCB] que agora resolvemos divulgar no Olho Vivo pois continua a ser um tema muito actual. Demos-lhe o nome do livro da autoria de Al Gore, agora também editado numa versão para os mais jovens. Se alguns cientistas tiverem razão, temos pouco mais de 10 anos para evitar uma calamidade capaz de colocar em risco o nosso planeta. Anunciam-se condições meteorológicas agressivas, inundações, epidemias e ondas de calor que ultrapassam, em muito as condições que já experimentámos até hoje. “Uma Verdade Inconveniente”, livro que entretanto foi passado a documentário cinematográfico, oferecenos a visão apaixonada de um homem que alerta para os perigos do aquecimento global e que tem como causa o aumento da quantidade de dióxido de carbono, um dos gases que provoca o chamado efeito de estufa. Al Gore, autor do livro e ex vicepresidente dos Estados Unidos, traz-nos os argumentos persuasivos, que nos explicam que já não podemos olhar para o problema do aquecimento global como uma questão política, mas sim como o maior dos desafios que a humanidade tem de enfrentar no curto prazo. E para Al Gore, o maior obstáculo a uma compreensão clara do que é a crise climática prende-se com o facto de muita gente continuar a acreditar que a Terra é tão grande que nós, seres humanos, não poderemos ter impactes

relevantes na forma como o sistema ecológico do nosso planeta funciona. Como para qualquer problema em que pensemos existe sempre a possibilidade do contraditório e este tema não foge á regra. De facto, alguns climatologistas, com tanto prestígio como os que defendem o oposto, colocam em dúvida, não a existência do efeito de estufa, nem o aumento significativo do teor em dióxido de carbono verificado nos últimos 50 anos e que teve origem nas actividades desenvolvidas pelo Homem, o que eles questionam é se ele é capaz de influenciar o curso da evolução climática à escala planetária ou se já começou a fazê-lo. Qualquer das posições fundamenta o seu ponto de vista em estudos mas discordam dos métodos ou dos modelos seguidos. Perante estes cenários alternativos é lícito que as dúvidas possam surgir nas nossas mentes e que se nos coloque a questão de saber onde está a verdade, ou por qual das posições deveremos ter como boa. A resposta não é simples, não é imediata e muito menos será segura, qualquer que ela seja. Mas há pelo menos uma certeza, as modificações estão aí e merecem a melhor das

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atenções independentemente do cenário futuro em que se acredite. Perante esta evidência é lícito que coloquemos a questão: Então e agora? Socorremo-nos do nosso saudoso e ainda inspirador Professor José Pinto Peixoto, quando há mais de 20 anos escreveu com a sua habitual clareza e discernimento, um ensaio sobre O Homem o Clima e o Ambiente. Em determinado momento afirmava ser tempo de começarmos a compreender melhor a acção do Homem sobre o ambiente, pois a crise do ambiente é uma crise da entropia e o aumento desta, que se verifica com as transformações de energia associadas à actividade do Homem, conduz de forma mais ou menos acentuada a uma depreciação do ambiente. Por isso, teríamos de reconsiderar a utilização da tecnologia. Mas também deixou claro que os que só vêem os pecados da tecnologia

pecam também por soberba ou erram por ignorância e falham por não reconhecerem que a situação poderia ser mais gravosa caso parasse a procura de novas soluções tecnológicas. Deste modo, a situação actual deve ser encarada como uma fase com riscos mas positiva na evolução contínua da humanidade. Assim e como em tudo na vida há que estar preparado para as alegrias e para as tristezas, porque há sempre mais para aprender. Esta será, possivelmente, uma das respostas para resolver tão grave problema. Assim, terminamos com uma mensagem expressa no Eclesiastes, uma mensagem que deve ser lida como uma palavra de esperança: Porque na muita sabedoria há muita tristeza, todo aquele que aumenta a sua ciência aumenta a sua dor

Eco Parlamento Jovem 2007 Decorreu nos dias 26, 27 e 28 de Outubro, em Paris, uma reunião de jovens europeus, cada um em representação de projectos desenvolvidos nos respectivos países de origem. O nosso projecto, “Valorização da Rolha de Cortiça”, foi um dos escolhidos para representar Portugal. O objectivo da reunião foi a discussão dos problemas ambientais da actualidade. O outro projecto nacional foi realizado em Viana do Castelo e consistia num trabalho de pesquisa acerca das diferentes espécies de borboletas existentes na região. A selecção dos projectos, de um total de cerca de vinte a nível nacional, foi concretizada pela Sociedade Ponto Verde em colaboração com o Instituto Português da Juventude. A mesma patrocinou a

viagem de um representante de cada um dos projectos seleccionados. A reunião em Paris teve como objectivo o apuramento das ideias gerais para a produção de um relatório de nome “Vamos mudar os nossos hábitos diários!”. O relatório será desenvolvido pelos grupos de cada país, em conjunto, via internet, de modo a alertar e sugerir medidas às populações dos respectivos países acerca da utilização e protecção do ambiente de forma sustentável. O nosso grupo terá um capítulo no qual colaborar que provavelmente será intitulado “Abordagem Científica”, isto é, uma reflexão fundamentada sobre os efeitos que a vida diária poderá originar no ambiente a nível global. O debate de ideias decorreu no Museu de História Natural de Paris, durante todo o fim-de-semana.

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Estiveram presentes representantes jovens e moderadores de Portugal, Espanha, Hungria, República Checa, França, Bélgica e Alemanha. Estiveram ainda presentes moderadores provenientes do Reino Unido e da Eslovénia. Foram formados subgrupos entre os jovens, em que se discutiram palavras-chave e depois, em conjunto, se planeou o formato do relatório final. Paralelamente decorreram reuniões dos moderadores ligados a entidades relacionadas com a defesa do meio ambiente. Esteve representado um membro da UNESCO que discursou acerca da “Educação para o Desenvolvimento Sustentável em

Acção”, tema enquadrado no plano de acção da ONU, com o mesmo nome, para a década de 2005-2014. Em todas as actividades, a língua de trabalho foi o inglês. Os pontos positivos a ressaltar foram os laços estabelecidos entre os delegados de várias nações, não obstante a curta estadia e, especialmente, as boas ideias para inclusão no relatório que deste encontro advieram. O relatório será agora escrito até Maio, data em que será entregue à UNESCO em Praga, no qual o nosso grupo voltará a estar representado. Ana Carolina Fidalgo

Delegados nacionais representante de Portugal: Carolina Fidalgo (ESF) e Diogo (Viana do Castelo)

Recorda-se que o projecto «a valorização da rolha de cortiça» foi desenvolvido no ano passado por um grupo de alunas do 9º ano (Ana Carolina Fidalgo, Sara Amaral, Ana Cláudia Abrantes e Ana Patrícia Martins) no âmbito do projecto do Empreendedorismo realizado na Escola Secundária c/ 3º Ciclo. O Olho Vivo quis saber mais sobre os projectos destas alunas e decidiu entrevistá-las O.V.- O vosso projecto «a valorização Parlamento jovem. Como se sentem da rolha de cortiça» foi seleccionado a com esta responsabilidade? nível nacional para representar Portugal num projecto mais amplo de Carolina - Esperamos estar à altura projectos ambientais ao Ecodas expectativas e tentar representar 24 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

bem não só a nossa turma e a nossa Escola como também Portugal e esperamos motivar as pessoas para se preocuparem com os problemas ambientais presentes e futuros. O.V.- Que outros países envolvidos no projecto?

estão

Carolina França, Espanha, República Checa, Hungria, Eslovénia, Bélgica, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Portugal, claro. O.V.- Acham que o vosso projecto tem viabilidade para ficar bem classificado ou mesmo sair vencedor? Carolina - Isto não é um concurso. O objectivo deste projecto é trabalharmos todos em conjunto para tentarmos elaborar o relatório para a UNESCO. Penso que o mais importante é alertarmos as pessoas para as questões ambientais e sobretudo mostrar o que os jovens têm a dizer aos que têm poder. O.V.- A vossa participação nesse projecto Europeu já começou com a estadia de dois dias em Paris. Como decorreram as sessões de trabalho? Carolina Em Paris, os vários delegados estiveram em reuniões, primeiro em grupos pequenos (apenas três elementos de cada país) em que estivemos a tentar encontrar palavras chave relacionadas com problemas ambientais e a apresentar soluções para esses problemas. Depois, em conjunto, estivemos a debater como havíamos de escrever o relatório que vamos entregar à UNESCO e como deviam ser constituídos os capítulos. O.V.-O que pretendem fazer na escola para sensibilizar a comunidade escolar para o lema do projecto «vamos mudar os nossos hábitos»?

Sara – Na escola, pretendemos divulgar o nosso projecto e sensibilizar os alunos para estas questões mas o nosso objectivo é sensibilizar a comunidade em geral nomeadamente os órgãos com mais poder porque eles têm mais poder para mudar algo nas questões ambientais. O.V.- Como surgiu trabalhar este tema?

a

ideia

de

Ana Patrícia – A professora Isabel Ferreira viu um programa de televisão que passa de manhã sobre este tema. Apresentou-nos a ideia em Formação Cívica. Aceitámos e começámos a desenvolver o projecto na Formação cívica e depois passámos para a Área de Projecto. Depois, surgiu a oportunidade de concorrermos ao Empreeendedorismo. Decidimos concorrer com este projecto, fomos seleccionadas e a partir daí começámos a desenvolvê-lo mais. O.V.Tiveram apoios para elaboração do vosso trabalho?

a

Sara - Sim, houve professores que nos apoiaram, restaurantes que colaboraram e a Câmara do Fundão que se disponibilizou para ajudar no transporte quando decidimos alargar a rede à Covilhã. O.V.-O que vos levou a participar no projecto do empreendedorismo? O prémio? Sara – Não porque nem sabíamos que haveria prémios. Foi mais por acharmos que o nosso projecto tinha características empreendedoras e então decidimos concorrer. O.V.- Como é que se deu a passagem do projecto do empreendedorismo para este projecto internacional?

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Carolina- Surgiu a oportunidade de participarmos no Eco-Parlamento jovem e decidimos tentar expandir o nosso projecto para uma escala mundial porque quanto mais pessoas recolherem rolhas, melhor é para o nosso projecto. O.V.- Sempre se interessaram por temas ambientais? Sara - Sim claro, nos século XXI, um dos temas que mais se fala é o dos problemas ambientais e nós estamos preocupadas com o futuro. Daqui a uns anos haverá muito mais poluição e é necessário começar a prevenir. O.V.- De onde vem a vossa atracção pela ciência ambiental? Carolina – O meu pai sempre me incentivou para estas questões. Todos os pais incentivam mas o meu em particular. Achei o projecto interessante, tem a ver com civismo… O.V.- Foi por isso que duas de vocês escolheram o curso Cientifico Tecnológico? Sara - No meu caso, mais ou menos. Sempre me interessei pela área das Ciências. No futuro, quero seguir na área da Saúde. Então o CT era o curso mais indicado para mim. Não foi tanto pela ciência ambiental. Carolina - Eu gosto mais de Letras mas fui para o CT porque posso ter uma formação mais geral e acho que os conhecimentos que vou adquirir neste curso vão ser importantes no futuro mesmo que siga para um curso de Letras que é o que provavelmente vai acontecer. Mas Ciências ambientais também me preocupo

com isso, aliás toda a gente deveria preocupar-se. O.V.- Uma das quatro tinha escolhido o Curso Científico Tecnológico e depois mudou para o curso de Línguas e Humanidade. A que se deve esta mudança? Ana Claúdia – Porque sempre gostei do contacto com as pessoas. Inscrevi-me no CT mas o que eu quero seguir é jornalismo e achei que o CT não tinha nada a ver. Eu participei no projecto mais pelo tema, não pelo facto de estar preocupada com temas ambientais. O.V.-O que vão fazer no futuro? Continuar a participar em concursos? Nesta área ou noutra? Carolina - Eu penso que participar é sempre importante, seja com este projecto ou com outro. Sara - Se houver algum dia um concurso ou um projecto onde este tema se enquadre mesmo, mesmo, então aí sim, concorro O.V.- Já receberam algum prémio com este trabalho? Sara - Não, enfim, sim; recebemos um prémio na Escola quando houve o encontro de trabalhos da Área de Projecto. Foi a única vez que recebemos algo mais material, uma pen. O.V.- Obrigada pela entrevista. O Olho Vivo deseja-vos as maiores felicidades. Entrevista dirigida por Vanessa Couto e Ana Corte, 9º B

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FAZ COMO ESTAS JOVENS. INCREVE-TE NO PROJECTO «EMPREENDEDORISMO PARA A EDUCAÇÃO» INSCRIÇÕES ATÉ DIA 10 DE DEZEMBRO. INFORMAÇÕES NO ÁTRIO PRINCIPAL

Os Histéricos divulgam o Empreendedorismo No dia 22 de Novembro, alguns alunos do Grupo de Teatro Histérico da nossa escola participaram em duas acções de divulgação do Projecto “Empreendedorismo Para a Educação” . Estas acções consistiram na representação de uma performance que alertava os alunos para a importância do projecto, informando-os que se deverão inscrever até dia 10 de Dezembro, na Secretaria. Durante o intervalo maior, na biblioteca, com a ajuda do Sr. José (bom actor!!!) e no buffet, no meio do reboliço habitual, os alunos foram surpreendidos com a intervenção dos Histéricos que se fizeram ouvir e que fizeram rir!!! Aqui fica o diálogo que foi representado e não se esqueçam: Não deixem fugir as boas ideias!!!.. Ficamos à espera dos resultados … Alunos discutem baixinho no buffet e anfiteatro ou Biblioteca. Alguém come (ou lê) . Há mais gente a fazer de secretários dos dois primeiros. Alguém se entusiasma e sobe para cima da cadeira: Senhor José – Vamos começar! Meninos…! Meninos! Podem estar em silêncio agora por favor que queremos começar? – Mas nós já começámos… – O empreendedorismo tem a ver com seres capaz de fazer sozinho… e de pores as tuas ideias em prática! – (Sobe também para a cadeira) Sim, é verdade… mas para além disso tens de ser criativo… tens de ser capaz de inovar… – Estou aqui a lembrar-me dos projectos do ano passado! – Altamente! – Fabricar sabão na escola para pôr nas casas de banho!! – Reciclar rolhas de cortiça! – Até pensaram em fazer um controle remoto para uma empilhadora, pá… um RC!! – Houve projectos para ajudar a proteger as plantas que temos na Gardunha, o nosso mel, o nosso queijinho! – Pois foi! Foi a luta contra a Mosca do Queijo! Tcham tcham tcham tcham!!! – Mas também tens de assumir riscos! -Que riscos? Não me digas que ter boas ideias é arriscado?? – É! Vais ter que ser capaz de planear e… por exemplo… se achares que há alguma coisa que não está bem…ou pelo menos que pode melhorar… tu podes fazer uma proposta para melhorar essa realidade!

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– Estou-me a recordar de um grupo que tentou ajudar crianças abandonadas ou com maus tratos… – É verdade! Pelo menos podemos tentar! Sim… claro que sim… (Enquanto descem das cadeiras e se sentam nas mesas para acabar de comer) -É como diz “o outro”, se não saíres daí não rendes…Toca a mexer!! – Hei! (sobe para a cadeira) … Esperem lá… (tornam a subir para as cadeiras) … Em primeiro lugar: como é que eu sei que a minha ideia é uma boa ideia? – Se na tua proposta usares a criatividade e a inovação… Ser diferente Meu, marca a diferença!!!(desce) – … E se estiver dentro do espírito empreendedor…pode muito bem vir a ser seleccionada! (desce da cadeira) – É isso! – Porque em potencial somos todos empreendedores! – Mas onde e até quando é que posso entregar a candidatura? – Deixa-me cá ver… (procura um papel) … Até ao dia 10 de Dezembro às 16:30 h na… Secretaria cá da Escola! – Vá pessoal, saiam da caixa! Mexam-se! (incentivando) – Vá pessoal, não fiquem parados! (a rogar) Agarrem as vossas ideias, não as deixem fugir!!! – Eu acho que consigo! Estou aqui com uma ideia a fervilhar… (confiante) Mas que bela ideia! – Ok! Também quero participar (impulsiva) … queres partilhar a tua ideia comigo? E se formássemos uma equipa? (aceita e juntam-se para discutir ideias) – Ok pessoal, ora… 1…2 …3… (conta consigo) … 4! – Vamos também formar uma equipa de trabalho, boa?! – Boa! Mãos à obra! (e discutem os temas de forma a que se possam ouvir… até tocar para a entrada… e saem.)

Tolerância na RCB

No passado dia 14 de Novembro os alunos da turma 11ºAS realizaram um programa de rádio na RCB, sobre o Dia Mundial da Tolerância, dando continuidade aos trabalhos realizados no décimo ano na disciplina de Filosofia. Durante as gravações, os alunos estavam um pouco nervosos, o que fez com que as gravações tivessem de ser

repetidas muitas vezes. Mas, no fim de tudo o programa ficou interessante e a experiência valeu o esforço e os nervos! A nossa pivot foi a Ana Margarida Barroca que tratou do guião do programa: apresentação dos convidados, as perguntas a fazer, as músicas a passar e a sua duração. Ao ouvirmos o programa apercebemo-nos que alguns aspectos poderiam melhorar, como por exemplo, as músicas não ser tão compridas e os entrevistados poderiam ter conversado mais naturalmente e ter dado mais informações sobre os trabalhos realizados… Para a próxima será mais fácil, porque estaremos mais descontraídos! Gostaria de referir que os alunos se divertiram muito ao realizar o programa, e que também gostaram do resultado final. Isto porque, para além da novidade desta experiência, o objectivo era mesmo o de alertar a sociedade para o problema de

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haver grupos discriminados. Assim, falouse da falta de tolerância em relação aos toxicodependentes, crianças, idosos e deficientes. No fim de tudo penso que

conseguimos alertar todas as pessoas para este problema, e talvez consigamos convencê-las de que devem ser mais tolerantes para estes grupos alvos. Filipa Tomás, 11º A

OS LOBOS Sempre que se entra num café no sábado ou no domingo à noite, a televisão está sempre sintonizada na “Sportv” e as pessoas estão todas a ver um jogo de futebol. Durante a semana, em todos os telejornais fala-se obrigatoriamente sobre o mesmo assunto: aquele clube que perdeu, o outro que ganhou e o escândalo da arbitragem. Abrimos um jornal e a perseguição prossegue. Há sempre um destaque a uma vitória ou derrota e muitas vezes a primeira página é ocupada pelo mesmo assunto. Recentemente, houve algo que conseguiu substituir esta constante durante algum tempo, o râguebi, visto que a selecção portuguesa, os Lobos, conseguiu chegar ao mundial. O problema é que, após este feito, prontamente se esqueceu esta

modalidade. Ora, esta situação não se aplica apenas ao râguebi, mas também a outros desportos como o “futsal” ou o “basquet”, que são menosprezados relativamente ao chamado “desporto rei”. Sendo mais específico, consideremos o exemplo de atletismo. Os nossos atletas, que conseguem atingir grandes feitos, como Vanessa Fernandes ou Obikwelu vêm dizer que não têm condições para treinarem em Portugal, enquanto o Estado gasta milhões e milhões na construção e manutenção de estádios de futebol que nem sequer são utilizados até à sua máxima capacidade. Concluindo, dá-se demasiada importância ao futebol, enquanto que outros desportos são deixados de parte, sem recursos, impedindo-os de serem mais competitivos. Duarte Miranda, nº 8, 10º CT3

O interessante acontece dentro ou fora das quatro linhas? Quando os portões se abriram, uma fila com mais de cinquenta carros apressou-se a entrar para dentro do estádio. Queriam certamente os melhores lugares pois aqui “no interior” não há “assentos marcados”. A população que vem ver o jogo não é muito diversificada, na sua maior parte, homens com mais de sessenta anos que, por vezes, trazem os netos na ânsia de lhes incutir o gosto pela “bola”. Adolescentes e mulheres são raros, embora os poucos que aparecem, são os que mais atenção dão ao que se passa no terreno de jogo…

Esta “peregrinação” ao estádio acontece uma vez em cada duas semanas, quando a equipa local joga em casa e tornou-se na única ocasião em que jovens e idosos convivem. Pessoas que noutras circunstâncias nem se falariam, dentro do estádio falam, gritam e sofrem em conjunto… Antes do jogo começar, as pessoas vão chegando, vão-se sentando e vão tendo as conversas de rotina: ”Como vai?”; “Eu vou bem e você?”; “Esse é o seu neto?”, “É, veio passar uns dias com os avós.”; “Meu Deus, da última vez que o vi estava tão pequeno! Agora está um

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matulão ”. Fala-se da crise, das mulheres, dos maus resultados do Benfica… Enfim, de tudo um pouco. O bar do estádio, explorado pelo dono do café da aldeia, vai fazendo algum dinheiro com a venda de bifanas, copos de vinho, cerveja e sumos (para os mais novos). Enfim, tudo está em perfeita harmonia… Mas eis que começa o jogo. A calma conversa entre jovens e idosos é substituída por uma “chuva” de palavrões dirigida ao árbitro. As crianças ficam desapontadas (mas, em parte entusiasmadas com a atitude dos mais velhos, alguns deles seus avôs), os adolescentes riem-se, quais hienas com o comportamento dos seniores da aldeia e as poucas mulheres presentes ajudam na gritaria, como se competissem contra os homens. O árbitro apita para o intervalo. Inicia-se uma corrida em direcção ao bar na esperança de conseguir comer qualquer coisa antes do fim do intervalo. Agora, a conversa incide sobre a incompetência do árbitro, seja ele competente ou não. Mal começa a segunda parte, a gritaria recomeça. Agora com menos

intensidade pois as pessoas têm ainda a boca “ocupada”, mas passados cinco minutos, ela recomeça com a mesma intensidade de anteriormente. Quando acaba o jogo, pouca gente se preocupa com o resultado, encorajando sempre a equipa dos “marmanjos” locais. Toda a gente sai da partida com as frustrações aliviadas pela “berraria” de noventa minutos. Agora pergunto: Não serão estes jogos tão ou mais interessantes do que os jogos de primeira liga em que os jogadores jogam pelo dinheiro e não pelo mero prazer de jogar? Não será o apoio dos adeptos aqui mais forte e genuíno do que nas claques “organizadas” dos grandes clubes que, não raras vezes, provocam cenas de pancadaria retransmitidas em directo pela televisão? Será que não é este o verdadeiro objectivo do desporto, ou seja, jogar por prazer, promover o convívio e permitir a “mistura” entre várias gerações no apoio à equipa da terra? Aos domingos, estes jogos nas aldeias são tão importantes como a missa, e como na missa, o que se passa fora dela é mais importante que o que se passa lá dentro… Guilherme Freches, 10º CT3

Christmas Sale – Venda de natal Os alunos do 9º ano estão a organizar uma venda de natal nos dias 14 e 15 de Dezembro, 6ª feira e sábado à tarde. O objectivo é financiar a visita de estudo a Londres nas férias da Páscoa. Se tem lá em casa coisas de que já não precisa em bom estado, colabore e entregue-as na escola para serem vendidas na nossa venda de natal. Aceitam-se livros, jogos, discos, filmes, objectos de decoração, bijutaria, roupa, decorações de natal, doces e salgados, produtos regionais etc. Os objectos doados podem ser entregues na escola aos professores do Departamento de Línguas Germânicas ou à D. Zita, com a indicação do nome e contacto da pessoa que os oferece. Haverá actividades de animação e um Tea Room no espaço onde irá decorrer a venda de natal. A escola estará aberta à comunidade nestes dois dias das 14.00 às 18.00 horas. Este natal venha à escola fazer compras e descubra presentes baratos e originais. Departamento de Línguas Germânicas

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Futuro Cinzento As alterações climáticas, derivadas do aquecimento global e da delapidação de recursos naturais, afectam-nos cada vez mais, directa e indirectamente. E é impressionante observar pessoas que não se preocupam minimamente com este assunto que diz respeito a todos. Perante notícias que constantemente se ouvem, que “as alterações climáticas podem vir a causar danos gravíssimos”, é lamentável ouvir adultos, cultos e informados, dizer que “Quando isso acontecer eu já cá não estarei para assistir”. Tendo em conta a quantidade de informação que existe na Internet, jornais, revistas, programas televisivos, é inadmissível que se aceitem comentários deste género. É certo que estas conjecturas (será impossível habitar na Terra com as temperaturas que se prevêem) são feitas a longo prazo, o que não coíbe a possibilidade de os recursos naturais se esgotarem cada vez mais rápido (com o aumento da população, em certas zonas), o descongelamento dos pólos ser cada vez mais veloz, a alteração das temperaturas que irão provocar desequilíbrios nos ecossistemas e extinção de espécies, entre outros igualmente importantes. Se pensarmos racionalmente, chegaremos a uma única conclusão:

estes desastres podem ser alterados, ou pelo menos minimizados, se todos contribuirmos com um pouco: reciclando, controlando a emissão de gases poluentes para a atmosfera… Os proprietários das fábricas devem repensar os seus projectos tendo em conta também o ambiente, a natureza. É lamentável observar a indiferença das pessoas relativamente a este problema que toca a todos. Poderemos não estar cá para assistir a estas catástrofes, mas os nossos descendentes irão sofrer as consequências dos nossos actos. Não é pedir muito dar-se alguma atenção ao ambiente e poupar recursos que, ao contrário do que muitos pensam, não são inesgotáveis. Como se costuma dizer, não é ignorando os problemas que estes se resolvem. Deve-se ter consciência que a situação do planeta não é assim tão agradável como aparenta ser. Muitas pessoas iludem-se, mas o certo é que já se começam a notar algumas diferenças, nomeadamente Invernos menos frios e Verões mais secos. É caso para dizer que o futuro está nas nossas mãos, e que todos conseguimos ser inteligentes o suficiente para encararmos a realidade e tentar solucionar estes problemas. Adriana Quelhas, 10ºCT3, 2007-11-13

FORUM DE DISCUSSÃO DO OLHO VIVO O Olho Vivo tem, no Moodle da Escola, morada: http://escola-secfundao.ccbi.com.pt, uma página para enviares os teus textos (notícias, crónicas, poesias, entrevistas, visitas de estudo, fotos …). Além disso, podes em cada mês participar numa sondagem e num fórum de discussão sobre temas da actualidade ou do interesse da comunidade educativa. O Olho Vivo agradece a tua colaboração. Participa no próximo mês de Dezembro! O mês de Novembro foi marcado por graves acidentes rodoviários. Para combater a sinistralidade rodoviária, o Ministério da

Administração Interna está a estudar a diferenciação entre bons e maus condutores, através do sistema de dísticos. O programa chama-se "Risco

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Zero" e pretende premiar os automobilistas cujo desempenho nas estradas é imaculado e castigar os infractores. Vão ser afixados dísticos de três cores nas viaturas, consoante o nível de confiança atribuído a cada um. Verde é destinado aos automobilistas de risco mínimo, ou seja, aqueles que nos últimos três anos não tenham originado nenhum acidente automóvel com culpa. O segundo nível, de cor laranja, é para os automobilistas que no último ano

tiveram responsabilidades em dois acidentes. Por fim surgem os condutores de risco máximo, identificados com a cor vermelha, é atribuído a todos os que tenham provocado mais de dois acidentes no último ano ou aos que, nos últimos dez anos, tenham provocado quatro ou mais sinistros. Os dísticos deverão ser colocados no canto inferior esquerdo de cada veículo "ao lado do condutor) e permanecer sempre visíveis.

O Olho Vivo, no seu fórum de discussão, pediu aos seus colaboradores que dessem a sua opinião sobre esta medida. Agradece aos que participaram e lamenta que tenham sido apenas professores a fazê-lo.

FORUM DE DISCUSSÃO DO OLHO VIVO

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A questão apresenta-se bem interessante e em simultâneo polémica... Esta questão é muito complexa, pois a sinistralidade em Portugal está a diminuir paulatinamente, mas ainda apresenta valores extremamente preocupantes... Penso que a sinistralidade se relaciona com um conjunto de factores (objectivos e subjectivos) muito diversificados e variados. O facto de a nossa Democracia, ainda ser jovem, é para mim um desses factores subjectivos. O civismo dos condutores nas estradas e a dicotomia direitos/deveres entre os diversos intervenientes, deixa ainda, muito caminho a percorrer na meta final da MATURIDADE. Os dísticos mais ou menos coloridos, pouco o nada resolverão, pelo contrário poderão originar ainda mais falta de civismo e situações de conflito, num país que já anda tão pouco colorido... Jorge Bonifácio

Campanha contra a Sinistralidade Na minha opinião é uma medida confusa e pouco eficaz. Ora vejamos: Como é que se poderá distinguir os bons dos maus condutores, se a mesma viatura pode ser conduzida por várias pessoas? Contudo, a questão da sinistralidade deve continuar a ser alvo de reflexão e de debate, no sentido de se encontrarem soluções mais eficazes que conduzam a um maior civismo e respeito por quem anda na estrada.

Esta medida, por princípio, pode considerarse aceitável na justa medida em que se continua a matar nas estradas portuguesas todos os dias e sem que isso signifique que os responsáveis sejam punidos e não Maria da Luz Vieira consideramos que o pagamento de uma multa ou a simples inibição de conduzir por um período relativamente curto, por vezes suspenso, seja suficiente. E se é verdade que alguns acidentes podem ocorrer e ter como causa situações não imputáveis aos condutores, outras estão directamente ligadas a hábitos de condução agressiva, falta de respeito pelas regras de trânsito mais elementares, falta de cuidado com os órgãos dos veículos directamente relacionados com a segurança, ingestão de bebidas alcoólicas... Ora é preciso agir e fazer sentir aos condutores que a permissão de conduzir não é um direito mas sim um dever de saber ser e saber estar na estrada. Mais, o facto de ter seguro não diminui em nada a sua responsabilidade e não pode ser entendido como a cobertura que o habilita a poder agir de forma sistematicamente irresponsável [ e é para os comportamentos repetidos que se aplicará este tipo de medidas] pois sente-se protegido do ponto de vista financeiro, pelo menos, contra terceiros. Assim, assinalar os condutores ............................................................. OLHO VIVO ................................................................ 34

Posso admitir a intenção como boa, mas é discriminatória e impõe o princípio da dupla penalização. Certamente que os infractores, se estão identificados, é porque já pagaram por isso. Não podem ser eternos pecadores... Além disso, considero ainda que a medida pode ser perniciosa e acarretar mais dano que proveito porque vai introduzir um alto factor de distracção nas estradas, podendo provocar ainda mais acidentes. Sabe-se que a curiosidade matou o gato! João Afonso

Preferia saber que os grandes infractores ao código da estrada são verdadeiramente impedidos de continuar a conduzir através de uma inibição permanente ou bastante duradoura. É óbvio que é necessário implementar uma fiscalização efectiva e responsável. Fátima Corredoura

Promover a leitura Jane Austen na Biblioteca Municipal do Fundão No dia 6 de Novembro, as alunas Ana Filipa Figueira e Luciana Leal, do 11º AS, apresentaram, na Biblioteca Municipal do Fundão o livro de Jane Austen, Orgulho e Preconceito O Departamento de Línguas Românicas da Escola Secundária do Fundão e a Biblioteca Municipal do Fundão uniram-se num projecto que visa promover e estimular a prática da leitura, numa perspectiva interdisciplinar, entre os alunos de 3º ciclo e do ensino secundário. Este projecto envolve alunos da escola secundária que apresentam a sua experiência de leitura, num espaço diferente, para os colegas da

turma e de outras turmas convidadas a assistir. A equipa da biblioteca municipal organiza actividades e contacta com personalidades que podem dar o seu contributo para uma abordagem interdisciplinar da leitura. A primeira sessão teve lugar no dia 6 de Novembro, assistiram a esta apresentação os alunos das turmas de 11º ano AS e CT1. Foi convidada a Drª Paula Mesquita, da Universidade da

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Beira Interior para esta partilha de experiências de leitura Depois de ouvidos os alunos que participaram nesta actividade, podemos considerar que esta valeu a pena e foi muito positiva. No dia 26 de Novembro, terá lugar a segunda sessão com a apresentação da obra de Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, pelas alunas Ana Filipa Fortunato e Magali Barbosa do

8º A, e no dia 11 de Dezembro, a terceira e última sessão prevista para o primeiro período, dedicada ao livro Rapariga com Brinco de Pérola, de Tracy Chevalier , que será apresentado pela Ana Sofia do 10º CT1. Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Fernando Pessoa, Mar Português Maria de Jesus Lopes

Um Livro que aconselhamos: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. De facto, ele parece interessar-se bastante por Jane, sua

filha mais velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs e o Sr. Darcy, seu amigo, comparece. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por ser frio, não é bem visto. Lizzy, em particular, não gosta dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. Mas o mesmo não acontece com Darcy que, realmente, se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do facto. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.

Informação sobre a autora: Jane Austen é considerada geralmente como a segunda figura mais importante da literatura inglesa depois de Shakespeare. O único retrato conhecido desta é um esboço feito pela sua irmã que se encontra agora na galeria nacional de arte (National Gallery) em Londres.

Experiências interessantes No dia 6 de Novembro de 2007 estivemos na Biblioteca Municipal do Fundão onde apresentamos oralmente o livro Orgulho e Preconceito de Jane Austen. Nesta apresentação assistiram as turmas do

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11ºAS e 11º CT1 e ainda a professora da UBI, Drª. Paula Mesquita. Esta apresentação foi uma grande experiência para nós, pois nunca tínhamos realizado nenhuma em frente a tantas pessoas. Ao início sentíamo-nos muito inseguras e ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

nervosas, mas com o decorrer da apresentação fomo-nos ambientando e ficámos mais calmas. Consideramos que a apresentação foi muito positiva. Após esta experiência, surgiu outra actividade: participámos no programa de rádio da nossa escola "Dias de Escola", onde fizemos uma pequena apresentação do livro que lemos

Orgulho e Preconceito, dando-o a conhecer a todos os ouvintes. Pensamos que os alunos da nossa escola deviam participar neste tipo de actividades, pois, para nós, tudo isto foi uma grande experiência que aconselhamos e quando tivermos outra oportunidade voltaremos a repetir. Ana Filipa e Luciana Leal

HÁBITOS DE LEITURA As actividades que a Escola tem vindo a desenvolver no âmbito da promoção da leitura tem surtido algum efeito. Vemos os alunos cada vez mais envolvidos na leitura e as actividades relacionadas com o contrato de leitura são prova de que algo está a mudar na vida dos nossos jovens. Uns decidem ler a obra que o amigo ou a amiga apresentou e aconselhou e acabam por gostar; outros lêem porque a isso são obrigados e pouco a pouco o gosto nasce. Foi precisamente sobre os hábitos de leitura que o Olho Vivo organizou uma sondagem que passamos a divulgar na página seguinte.

Responderam à sondagem sobretudo professores (44%) e alunos do Ensino secundário (44%). Apenas 12% dos inquiridos são alunos do 3º Ciclo. O sexo é ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

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maioritariamente feminino e a maior faixa etária situa-se maioritariamente entre os 15-17 anos. Idades dos Inquiridos 8%

Público inquirido 12% 38%

44%

41%

44% 13%

3º Ciclo Ensino Secundário Professores

12_14

17% 45%

38%

Revistas

Jornais

4%

41_65

A maioria dos inquiridos lê revistas e jornais apenas de vez em quando ou uma vez por semana

Compra revistas ou jornais 8%

26_40

Os livros são o que mais se lê (45%), a seguir vêm as revistas (37 %). Apenas 17% lê jornais apesar de 59% afirmar que compram jornais e revistas uma vez por semana e 42% dizerem que lêem revistas ou jornais todos os dias. Muitos dos alunos recorrem à biblioteca para se actualizarem.

Leitura preferida

Livros

15_17

8% 21%

Lê revistas ou jornais 59%

29%

29%

Nunca Uma vez por semana Uma vez por mês

De vez em quando Todos os dias 42%

De vez em quando Um vez por semana

Todos os dias

Metade dos inquiridos afirma ler mais de cinco livros por ano, o que já não é mau. Dos que lêem mais de 5 livros por ano (67%) são professores e 33% alunos. 4,5 livros por ano é a média de livros lidos pelos nossos

Média de livros lidos por ano 4%

17%

50%

13% 8%

8%

38 ............................................................. OLHO VIVO ................................................................ Mais de 5

5

4

3

2

1

Géneros preferidos 8%

4%

13% 8%

17%

inquiridos, 4 é a média lida por parte dos alunos. 17%

13%

A liderar o ranking do género de leitura estão as aventuras seguidas da Literatura Romanesca e do romance histórico. A Banda Desenhada é pouco lida assim com os diários e as memórias. Nenhum dos inquiridos referiu a Literatura policial e a poesia

20%

Ficção científica Ficção romanesca Histórias fantásticas Diários Memórias

Preferência

Outro Aventuras Romance histórico Banda desenhada

A preferência vai tanto para livros de autores portugueses como para escritores estrangeiros.

Estes são resultados de uma sondagem do OLHO VIVO, realizada na 50% 50% Plataforma Moodle entre 25 de Outubro e 24 de Novembro de 2007. Apesar das melhorias verificadas, os hábitos de leitura ainda estão aquém do desejado; por isso é necessário continuar com a promoção da leitura, através do PlanoLit. Nacional de Leitura e da rede de bibliotecas escolares, com o contrato de Estrangeira Lit. Portuguesa leitura implementado nas aulas de Português e de outras actividades desenvolvidas pelos departamentos, nomeadamente o de Românicas que tem vindo a promover projectos neste âmbito, que tiveram a oportunidade de ver noticiados neste jornal e no anterior (projecto na Biblioteca, na Rádio Cova da Beira e o 2º concurso de Leitura que terá lugar na nossa Escola no dia 15 de Janeiro. Uma medida nova resultante de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura e os centros de Saúde e Hospitais Pediátrico também pode melhorar esta tendência para a leitura. A promoção de leitura junto de famílias com crianças nos Centros de Saúde e nos Hospitais pediátricos pode ser uma ajuda na implementação do gosto pelo livros. Podes contribuir para que este projecto ganhe força entregando donativos ou oferecendo livros. Por isso, se tens em casa livros que já não lês adequados a crianças entre os 6 meses e os 6 anos, oferece-os ao Centro de Saúde mais perto.

Workshop de Movimento na Moagem Nos dias 31 de Outubro, 1 e 2 de Novembro decorreu na Moagem – Cidade do Engenho e das Artes um workshop de movimento orientado pelo bailarino profissional Luís Antunes. Esta actividade, em parceria com o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Fundão, possibilitou que os alunos inscritos no Grupo de Teatro Histérico pudessem vivenciar ............................................................. OLHO VIVO ................................................................

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exercícios e técnicas ligadas ao movimento e à dança, na perspectiva de os alertar para a importância do corpo como meio privilegiado de comunicação no palco. O workshop foi criado propositadamente para o Grupo Histérico e todo ele foi orientado para a temática da peça “Ácido DesoxirriboNucleico” que vai ser a

produção do grupo neste ano lectivo, no âmbito do Projecto Panos da Culturgest. Apesar de algumas das sessões terem sido programadas para um feriado nacional e para uma sextafeira à noite, a adesão do grupo foi massiva pois 23 alunos frequentaram este workshop. Professor António Pereira

FUNDÃO PARTICIPA NUM WORKSHOP DE TEATRO NA CULTURGEST O Grupo de Teatro Histérico da Escola Secundária do Fundão participou, nos dias 16, 17 e 18 de Novembro, num encontro promovido pela Culturgest para preparar o arranque oficial dos ensaios da nova peça do grupo. Para esse efeito o professor António Pereira participou, na qualidade de encenador, no workshop que decorreu em Lisboa onde estavam presentes o escritor da

peça escolhida pelo Grupo Histérico – Dennis Kelly e uma encenadora convidada, vindos propositadamente da Inglaterra para esse efeito e ainda com a presença do tradutor da peça, Jacinto Lucas Pires. Nesta oficina também estavam presentes os

professores encenadores bem como os encenadores profissionais da mesma peça, vindos de outras escolas de diversas partes do país. O fim-de-semana de trabalho foi intenso e revelou-se muito importante para que haja uma melhor compreensão das ideias principais da peça pois houve a possibilidade de confrontar as leituras com os pontos de vista dos criadores do texto e tradução. Entretanto o trabalho do Grupo de Teatro continua e vai participar numa conversa no dia 23 de Novembro onde vão estar também os alunos do 12º CAV, acompanhados pelo professor José Luís Oliveira, responsáveis pela cenografia e cartaz da peça. Esta conversa decorrerá na Moagem com a participação do prestigiado músico Carlos Zíngaro com o objectivo de se analisar o processo de criação de um espectáculo profissional. O Grupo de Teatro Histérico tem trabalhado em parceria com o pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Fundão o que tem contribuído muito para a concretização dos objectivos pretendidos. Professores António Pereira e Catarina Crocker

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