Mentira

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O RELATÓRIO DITO DA OCDE OU O DESESNORTE DE UM MENTIROSO COMPULSIVO I From: Gabinete Comunicação [mailto:[email protected]] Sent: domingo, 25 de Janeiro de 2009 20:13 Subject: agenda: Primeiro-ministro e ME avaliação 1.º Ciclo Importance: High

Estudo da OCDE

Primeiro-ministro e ministra da Educação na Apresentação da avaliação internacional das reformas do 1.º ciclo O primeiro-ministro, José Sócrates, e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assistem amanhã, segunda-feira, dia 26 de Janeiro, à apresentação da avaliação feita pela OCDE das reformas realizadas no 1.º ciclo do Ensino Básico. O evento realiza-se no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a partir das 10:00 horas. A avaliação foi solicitada a um conjunto de peritos internacionais, liderado por Peter Matthews, para avaliar e aferir o impacto das referidas reformas. Presente na cerimónia vai estar também Deborah Roseveare, responsável pelo departamento das Políticas da Educação e Formação da OCDE. Matthews apresentará a avaliação às 10:30 horas e Roseveare comentará às 11:00 horas. A sessão prossegue às 14:00 horas, com um painel integrado por Ana Nunes de Almeida, do Instituto de Ciências Sociais, Domingos Fernandes, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, e João Formosinho, da Universidade do Minho. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, estará presente durante todo o evento. Mais informações Dossier Valorização do 1.º Ciclo em http://www.min-edu.pt/np3/84 Lisboa, 25 de Janeiro de 2009. o gabinete de comunicação

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II (site do Partido Socialista) Relatório da OCDE elogia politica de Educação do Governo PS 27-Jan-2009 O primeiro-ministro elogiou a forma como a ministra da Educação resistiu às dificuldades e incompreensões, considerando lamentável a atitude da oposição que diz que o Governo está apenas a trabalhar para as estatísticas. No encerramento da cerimónia de apresentação do relatório da OCDE sobre política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008), José Sócrates declarou que "valeu a pena resistir, não desistir, enfrentar as dificuldades. Este é o caminho para o sucesso". Elogiando a ministra da Educação, o primeiro-ministro recordou as "dificuldades" e incompreensões que as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues têm enfrentado ao longo dos últimos anos, concluindo que "valeu a pena". José Sócrates lembrou também algumas das reformas levadas a cabo nos últimos anos no primeiro ciclo, como o encerramento de escolas com poucos alunos e sem condições, o alargamento do horário de funcionamento dos estabelecimentos ou a introdução do inglês. "Foi uma reforma muito importante para este Governo, como foi para mim", defendeu. Na sua intervenção, o primeiro-ministro criticou ainda a oposição, lamentando que digam que o Governo está apenas a trabalhar para as estatísticas. "Que pobreza de debate político, que lamentável a atitude dos partidos políticos de dizerem que lá está o Governo a trabalhar para as estatísticas, como se as estatísticas não fossem importantes", afirmou, sublinhando que prefere a existência da medição do sucesso das medidas à "ausência de medição".

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III Introdução ao Relatório INTRODUÇÃO É com todo o prazer que apresentamos este relatório ao Ministério da Educação de Portugal. Foi um privilégio avaliar as mudanças que ocorreram na oferta escolar para o primeiro ciclo em Portugal durante os últimos três anos. Como é afirmado no relatório, a ambição e a rapidez demonstradas na reorganização da educação para os alunos mais jovens têm poucos, ou nenhuns, paralelismos internacionais. As reformas tiveram um grande apoio em todo o país e irão atrair um crescente interesse internacional. As mudanças no ensino básico trouxeram uma ampla melhoria à vida das crianças e dos respectivos pais, e existem indícios de que estão a contribuir para aumentar os níveis de qualidade do ensino básico em Portugal. Agradecemos enormemente a ajuda e as informações fornecidas por várias pessoas durante a realização desta avaliação. O nosso trabalho foi facilitado pelo excelente Relatório Nacional elaborado antes da nossa visita e pelo programa bem planeado de reuniões e visitas, algumas das quais incluídas a nosso pedido com pouco tempo de antecedência. Agradecemos aos representantes de todas as organizações que se reuniram connosco em Lisboa, desde pais a membros do governo e da administração, de sindicatos de professores a coordenadores de escolas, representantes dos municípios e representantes da Academia e de conselhos consultivos. Apreciámos a hospitalidade das escolas e dos municípios em cada uma das cinco Direcções Regionais de Educação. Foi com satisfação que vimos uma série de centros e escolas do primeiro ciclo a funcionar e contactámos com alunos, pais, pessoal docente e não docente, membros de órgãos directivos das escolas e autoridades locais e regionais durante as nossas visitas. O nosso trabalho beneficiou do impressionante conjunto de dados prontamente disponibilizados pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), que também nos deu total apoio logístico e proporcionou uma ligação próxima com o gabinete da Ministra. (*) O Ministério pediu – e nós realizámos – uma avaliação totalmente imparcial e independente dos elementos mais importantes relativos à reorganização do primeiro ciclo do ensino básico. Queremos felicitar o governo pelo enorme sucesso alcançado

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nos últimos três anos, mas também chamar a atenção, nas nossas recomendações, para aspectos que acreditamos que podem ser melhorados ou mais desenvolvidos à medida que o sistema for evoluindo. Verificámos que o Ministério tem um conhecimento preciso e está bem informado dos pontos fortes do sistema e das áreas que devem ser melhoradas ou desenvolvidas. Esperamos que as nossas observações sejam úteis. Peter Matthews,

Elisabeth Klaver,

Reino Unido

Holanda

Judit Lannert, Hungria

Gearóid Ó Conluain, Irlanda

Alexandre Ventura,

Portugal

(*) O negrito não consta do texto original

IV OS LOUVORES NA IMPRENSA E NOS BLOGS

1. RTP Reformas no Ensino Básico em Portugal elogiadas pela OCDE http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=384518&visual=26&tema=1

José Sócrates viu a OCDE elogiar as reformas que o seu Governo introduziu no sistema de ensino básico Um relatório da OCDE elogia as reformas do Governo de José Sócrates no Ensino Básico. O primeiro-ministro, visivelmente satisfeito com os elogios, aproveitou-os para criticar os partidos de Oposição. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)apresentou hoje publicamente o seu relatório sobre a política educativa para o primeiro ciclo (20052008) em Portugal. No relatório, a organização internacional elogiou as reformas introduzidas pelo Governo no Ensino Básico como o encerramento das “pequenas e ineficazes escola do primeiro

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ciclo” e a “oferta de escola a tempo inteiro”, mas ao mesmo tempo recomenda ao Executivo a necessidade de proceder ao enriquecimento curricular. O primeiro-ministro, José Sócrates, depois de ouvir Deborah Roseveare da OCDE, que apresentou o Relatório, e a ministra da Educação assegurar que o que ainda não foi feito seguramente se deveu a falta de tempo ou de verbas, aproveitou para fazer um ataque cerrado à Oposição. “Que pobreza no debate político, que lamentável atitude de tantos partidos que quando olham para isto (relatório da OCDE) são capazes de dizer: Lá está o Governo a trabalhar para as estatísticas”, afirmou Sócrates. “Trabalhar para as estatísticas? É assim que se referem a isto? Que lamentável. Que lamentável o debate político que se concentra nisso”, continuou o primeiro-ministro. “Às vezes é preciso vir alguém de fora para nos dizer de forma tão sonora, tão vibrante e tão entusiasmada, como disse a Deborah: Bravo”, concluiu o chefe de Governo.

OCDE elogia reforma no ensino básico e deixa algumas recomendações A OCDE fez o estudo cujas conclusões foram apresentadas esta segunda-feira em cerimónia pública e que contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues e da responsável pelo departamento de Politicas de Educação e Formação da OCDE, Deborah Roseveare. A OCDE refere no seu estudo que as reformas que o Governo socialista encetou em 2005 "reflectem uma visão política clara e um elevado nível de conhecimento estratégico", bem como uma "resposta corajosa e imaginativa" aos desafios do sistema educativo que não produzia os "resultados necessários". Dessas reformas encetadas pelo Executivo de José Sócrates resultaram efeitos que são qualificados de positivos pela organização internacional que aponta como exemplo “o excelente modelo de formação contínua dos professores”, a que acresce, no seu ponto de vista, a presença de formadores de professores nos agrupamentos de escolas. Outro resultado reputado de positivo pelos técnicos da OCDE foi a alteração das regras para a escolha dos directores dos agrupamentos.

Relatório deixa algumas recomendações ao Estado português Mas nem todas as considerações tecidas no relatório são abonatórias, havendo algumas recomendações que a OCDE faz ao Governo português no sentido de melhorar o sistema de ensino básico em Portugal. 5

O facto de na maioria das escolas o enriquecimento curricular se desenvolver em plena sala de aula e usar-se sistemas que são dirigidos por professores semelhantes aos que são usados nas matérias curriculares nucleares e fundamentais do programa de ensino é qualificado pela OCDE como um grande inconveniente que deverá merecer uma alteração. "O efeito é o de alongar o currículo através do acréscimo de disciplinas suplementares, tornando o dia escolar muito longo para as crianças", pode ler-se no sumário do relatório. Esta é uma critica que foi ouvida em Portugal, por parte de professores e pais que, aquando do lançamento da reforma em 2005, referiam a sobrecarga de currículo que iria ser imposto aos jovens alunos. Promessa eleitoral de José Sócrates e depressa implementada quando assumiu a chefia do Governo, foi a de transformar o ensino básico de regime duplo, com aulas ou de manhã ou de tarde, em regime inteiro. A OCDE elogia a medida tomada pelos seus efeitos positivos, registando no entanto a lentidão do processo de transformação, justificada com os custos financeiros que a compra de terrenos para construção de escolas envolve e com a falta de capacidade dos pais para pagarem serviços de apoio. O relatório defende a avaliação interna dos processos educativos mas realça a necessidade de complementar essa avaliação com uma avaliação externa.

Governo satisfeito com o relatório da OCDE Jorge Pedreira, secretário de estado da Educação, disse à RTP que o relatório “deixa o Governo, o Ministério da Educação muito satisfeitos, porque está de parabéns a política que foi seguida, mas estão também de parabéns as escolas, as autarquias, a administração educativa e os professores que foram os responsáveis também pela execução desta política educativa”. “Há mudanças muito significativas, mudanças que têm que ver com a reorganização da rede escolar e com o encerramento de cerca de 2000 escolas de pequena dimensão “, acrescentou Jorge Pedreira. O secretário de Estado relembrou que foram medidas muito polémicas na altura em que foram tomadas e afirma que “é a prova de que o Governo estava certo, e os parceiros que trabalharam com o Governo nesta medida estavam certos porque permitiram 6

melhorar as condições de aprendizagem”. “As pequenas escolas eram escolas de insucesso, eram escolas em que a socialização das crianças se fazia de uma forma desadequada e que não permitia uma outra oferta curricular que é outro dos aspectos fundamentais da política educativa que o Governo seguiu, que foram as ofertas de enriquecimento curricular e que permitem hoje a todas as crianças terem acesso ao inglês, à educação musical, a um alargamento de tempo de desporto ao estudo acompanhado e portanto a uma oferta curricular mais variada", disse. Eduardo Caetano, RTP 2009-01-26 16:28:45

2 - Revistinha de imprensa 26 Janeiro 2009, 12:08 · Hugo Mendes http://paisrelativo.net/politicas/revistinha-de-imprensa/ A OCDE produziu um relatório bastante elogioso das reformas levadas a cabo por este Governo no 1º ciclo do ensino básico, em particular as relativas ao fechamento de escolas, à concretização das actividades de enriquecimento curricular e à formação contínua de professores de Português, Matemática e Ciências. O Diário de Notícias e o Jornal de Notícias fizeram uma chamada de primeira página. O 24Horas ficou-se por uma pequena nota. O Correio da Manhã nada noticiou. Mas o silêncio mais notório é seguramente o do Público: nem uma linha sobre o assunto. Imagine-se que o relatório tinha puxado as orelhas às políticas do ME. Qual Freeport, qual quê: a primeira página ser-lhe-ia seguramente dedicada. Alguém avise sff o respectivo director José Manuel Fernandes que o relatório até tem poucas estatísticas, não fosse o mesmo duvidar dos “números”.

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VI A VERDADE NA IMPRENSA E NOS BLOGS

1. Público

PSD e CDS questionam credibilidade de estudo sobre 1º ciclo do ensino básico Debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento 28.01.2009 - 17h33 Romana Borja-Santos Público As políticas económicas e sociais eram o principal tema do debate quinzenal com o primeiro-ministro, que se realizou esta tarde na Assembleia da República. Contudo, o estudo sobre as “Políticas de valorização do primeiro ciclo do ensino básico em Portugal”, apresentado segunda-feira pelo Governo, foi também trazido para o hemiciclo pela oposição, que acusou José Sócrates de o atribuir indevidamente à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). A questão foi introduzida pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel. José Sócrates considerou a pergunta “previsível” e apoiou-se na leitura do estudo para responder às “inquietantes dúvidas” do deputado, que acusou de não ter lido o documento. Segundo o primeiro-ministro, o Executivo nunca atribuiu o estudo à OCDE. E citou o prefácio do documento para mostrar que “segue de perto a metodologia e abordagem da OCDE” mas que foi feito por “peritos internacionais independentes”. O assunto foi reintroduzido mais tarde pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas, que recordou ter apoiado várias medidas do Governo para o primeiro ciclo e ser contra “qualquer fim de chumbos ou retenções”. O deputado democrata-cristão questionou o Governo sobre as razões para este estudo ser válido e um outro da OCDE sobre a economia,

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apresentado em Novembro, ter sido rejeitado. Para o CDS, este apresentava previsões mais realistas que as do Executivo sobre os índices económicos, que acabaram por se revistos já este ano. “Propaganda” Na resposta a José Sócrates, o PSD não se mostrou satisfeito com as justificações e insistiu que a própria organização já veio desmentir qualquer vínculo com o relatório. Depois, apontou o dedo aos critérios seguidos, considerando insuficiente a consulta de sete autarquias – na sua maioria socialistas – e de dez escolas para apresentar resultados. “Um Governo que monta esta encenação (...) só por razões de propaganda não tem credibilidade nem merece a confiança dos portugueses”, acrescentou Paulo Rangel, que apelidou o documento de “relatório do facilitismo”. E questionou: “Se esse relatório é tão bom e tão credível porque é que teve necessidade de mentir?” O primeiro-ministro insistiu que o problema do PSD é não suportar e estar contra o sucesso do país “por ciúme e inveja”. E acrescentou: “Sempre desconfiei dos fariseus que andam sempre com a verdade na boca e na primeira oportunidade não receiam recorrer à mais vil mentira”. Depois de uma intervenção do líder parlamentar socialista Alberto Martins, Sócrates retomou o tema do estudo com metodologia OCDE. Desta vez o primeiro-ministro destacou os resultados que as medidas do Executivo estão a produzir e assegurou que “nunca tinha ouvido tantos elogios e de forma tão concentrada” como na apresentação do relatório. O chefe de Governo acusou também o PSD de “negar a evidência” e de ser contra as estatísticas, que são “um elemento essencial para avaliar”.

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A deputada Manuela de Melo veio ajudar o secretário-geral do PS, sustentando que em quatro anos o Executivo já mudou muito a qualificação dos portugueses e acusando a oposição de associar sempre os bons resultados a facilitismo. O estudo em questão aplaude o encerramento de escolas "pequenas e ineficazes", a "oferta de escola a tempo inteiro", o "excelente modelo de formação contínua dos professores" e elogia as reformas educativas iniciadas em 2005, considerando que "reflectem uma visão política clara e um elevado nível de conhecimento estratégico". Os elogios às políticas do Governo foram recebidos com satisfação pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que, na apresentação do relatório, segunda-feira, criticou a "lamentável atitude" dos partidos da oposição no debate político. No entanto, o documento também tece algumas críticas e faz recomendações ao Executivo. Apesar de elogiar a adopção da "escola a tempo inteiro", aconselha-se a adopção de actividades de enriquecimento curricular mais viradas para a prática, já que muitas vezes decorrem em ambiente de sala de aula, "tornando o dia escolar muito longo para as crianças". Por outro lado, os peritos internacionais também tecem críticas às formas de contratação dos monitores destas actividades.

2. BLOGS Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2009

O Relatório dito da OCDE foi encomendado e pago pelo Governo. Mais uma manobra do propagandista mor da República! http://www.profblog.org/2009/01/o-relatrio-dito-da-ocde-foi-encomendado.html

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Chamo a atenção para o equívoco que a Comunicação Social tem divulgado. O estudo não é da OCDE. É desenvolvido por um grupo de peritos "liderado por Peter Matthews" e segue os critérios ("metodologia e abordagem") da OCDE. E foi solicitado pelo ME, que, para abonar a credibilidade, assegura que foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais de independentes (para quê referir expressamente "independentes"?!). E baseia-se nas informações fornecidas pelo ME. Tudo isto se lê na página derosto do ME, de que transcrevo o seguinte: "Solicitado pelo Ministério da Educação (ME), este estudo corresponde a uma avaliação intermédia, realizada durante a fase de implementação das reformas, com o objectivo de verificar se as medidas desenvolvidas estão a atingir os resultados previstos e se as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência. Liderada pelo professor Peter Matthews, esta avaliação seguiu a metodologia e a abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros, ao longo dos anos, com resultados positivos". Abílio Carvalho Já agora, quanto é que pagaram à equipa de Peter Mattews? Eu conheço a forma de trabalhar dos peritos internacionais. Actuam em rede e juntam-se por afinidades intelectuais e políticas. Oferecem os seus serviços aos Governos e às Organizações Internacionais Globalistas, como a OCDE. Regra geral, fazem-se pagar muito bem: no mínimo 25000 euros por mês de trabalho. Se o pagamento for feito à totalidade do relatório, o montante pode chegar a muitas dezenas de milhares de euros. A metodologia é a habitual: o Gabinete da Ministra tem um "oficial" de ligação que fornece aos peritos toda a informação; os peritos fazem duas ou três deslocações curtas a Portugal para entrevistarem pessoal de topo do ME, os coordenadores dos programas e dirigentes da IGE e é tudo. Depois, é só escrever o Relatório. Regra geral, não há lugar para observações prolongadas nas escolas nem a entrevistas a professores, alunos e pais. Logo que consiga ter acesso à metodologia do

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Relatório, analisarei, em concreto, os procedimentos da equipa liderada por Peter Mattews. Aposto que não foi muito diferente da que aqui relatei. Reparem nesta conclusão do Relatório: "A alteração das regras de gestão das escolas, designadamente no que respeita à eleição do director, é encarada de forma positiva, na medida em que permite uma escolha baseada no mérito profissional dos candidatos." (Fonte: ME). Então, os peritos internacionais "independentes" pagos pelo Governo de José Sócrates não sabem que os actuais PCEs já têm formação especializada em gestão escolar? E que os novos directores até podem não ter a categoria de titulares? Para quem diz que a categoria de titular serve para distinguir o mérito e diferenciar os professores, há aqui qualquer coisa que não bate certo!

Ainda sobre o Relatório da OCDE que afinal não é da OCDE: as provas da encenação http://www.profblog.org/ Cliquem em cima dos links e saiba mais sobre o caso do Relatório que afinal não era da OCDE. O "famoso" relatório acerca do 1º ciclo, NÃO É, de facto, da OCDE.

Sócrates afirmou hoje (28 Janeiro), na Assembleia da República, que nunca referiu que o estudo era da OCDE. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1357869

Pois é...... mas as notícias não caem do Céu. PROVAS DA MENTIRA / PROPAGANDA: Clique em cima deste link e veja que o website do PS referiu que o Relatório era da OCDE. Mais tarde, o website do PS emendou.

http://209.85.229.132/search?q=cache:hdOvnWJAaFgJ:www.ps.pt/index.php%3Foption%3Dco m_content%26task%3Dview%26id%3D1109%26Itemid%3D1+Relat%C3%B3rio+da+OCDE+el

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ogia+politica+de+Educa%C3%A7%C3%A3o+do+Governo+PS&hl=en&ct=clnk&cd=1&client=fir efox-a

http://fliscorno.blogspot.com/2009/01/no-arrastao-as-noticias-nao-caem-do-ceu.html

http://arrastao.org/sem-categoria/as-noticias-nao-caem-do-ceu/ Mais informações em:

http://arrastao.org/governo/se-ninguem-nos-elogia-encomendamos-um-relatorio-tipo-credivel/

http://www.profblog.org/2009/01/refutando-as-concluses-do-relatrio-dito_26.html

http://www.profblog.org/2009/01/refutando-as-concluses-do-relatrio-dito.html

Arrastão Se ninguém nos elogia, encomendamos um relatório tipo credível Parte da imprensa ocupou o dia de ontem a noticiar os elogios da OCDE à política da ministra da Educação. Alguns blogues chegaram mesmo a criticar a indiferença a que o Público votou o relatório. Uma vergonha. Anda para aí um governo a trabalhar, e a ver o seu trabalho reconhecido internacionalmente pelos principais organismos internacionais, e ainda há quem não dê o devido destaque a um estudo com esta importância. O pior é que, como reparou o blogue profavaliação, não há nenhum relatório da OCDE, mas um estudo encomendado pelo governo a uma equipa internacional que alega seguir as metodologias da OCDE. Já tínhamos as salsichas tipo Frankfurt, e o queijo tipo serra, agora temos os relatórios tipo OCDE.À força de tanto insistir na propaganda, este governo começa a perder a noção do ridículo e o contacto com a realidade. Vale a pena ler os posts de Ramiro Marques, no já referido blogue, para perceber a “fiabilidade” da metodologia “tipo OCDE” que se parece resumir a uma interminável série de reuniões com parceiros institucionais.

http://arrastao.org/governo/se-ninguem-nos-elogia-encomendamosum-relatorio-tipo-credivel/ 27-01-2009

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