Meios De Contraste

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  • Pages: 39
MEIOS DE CONTRASTE RESUMO

MEIOS DE CONTRASTE A estrutura básica dos meios de contraste iodados é formada por um anel benzênico, ao qual foram agregados átomos de iodo e grupamentos complementares, onde estão ácidos e substitutos orgânicos, que influenciam diretamente na sua toxicidade e excreção

MEIOS DE CONTRASTE DÍMERO

MONÔMERO COOH

COOH I

I

R2

R1 I

3 átomos de IODO

I

R3 I

I

I

R2

R1 I

I

6 átomos de IODO

I

MEIOS DE CONTRASTE O grupo ácido (H+): substituído por um cátion (Na+ ou meglumina) = MC iônico substituído por aminas portadoras de grupos hidroxila (R = radical orgânico) = MC não-iônico

Meios de contraste convnecionais extracelulares Átomos de iodo

Partículas em solução

Relação

iônico monomérico

3

2

1,5

não-iônico monomérico

3

1

Iônico dimérico

6

Não-iônico dimérico

6

Conteúdo de iodo para 300osm/kgH2O

Osmolalidade para 30mgl/ml

600-800

70

1500-1700

3

600-800

150

600-700

2

3

1269

150

560

1

6

1550-1626

300

300

Osmolali dade

Peso molecular

Viscosida de

Densidade

Osmolali dade

MONÔMEROS IÔNICOS em solução, dissociam-se em 2 partículas = 1 ânion radiopaco e 1 cátion (sódio ou meglumina) não radiopaco em solução, 3 átomos de iodo para 2 partículas = maior osmolalidade entre todos os meios são isotônicos = mesma osmolalidade dos fluídos corpóreos a 70mg de iodo/mL

DÍMEROS IÔNICOS em solução, dissociam-se em 2 partículas = 1 ânion radiopaco (ioxaglato) e 1 cátion (sódio ou meglumina) não radiopaco em solução, 6 átomos de iodo para 2 partículas são isotônicos a 70mg de iodo/mL

MONÔMEROS NÃO-IÔNICOS não se dissociam em solução fornecem 3 átomos de iodo para 1 partícula são isotônicos a 150mg de iodo/mL

DÍMEROS NÃO-IÔNICOS não se dissociam em solução fornecem 6 átomos de iodo para 1 partícula = menor osmolalidade dentre os MC são isotônicos a 300mg de iodo/mL maior peso molecular = grande viscosidade

UMA SOLUÇÃO PODE TER NATUREZA IÔNICA OU NÃO-IÔNICA CONFORME SUA ESTRUTURA QUÍMICA, MAS TODAS APRESENTAM ALGUMAS PROPRIEDADES QUE ESTÃO RELACIONADAS À CONCENTRAÇÃO DO SOLUTO

Propriedades relacionadas a concentração do soluto 1. DENSIDADE (g/mL) número de átomos de iodo por mililitro de solução

2. VISCOSIDADE “força” necessária para injetar a substância através de um cateter aumenta com a concentração da solução e com o peso molecular NI diméricos tem maior viscosidade que NI monoméricos Viscosidade é menor quanto maior a temperatura

3. OSMOLALIDADE

no. de partículas de uma solução por unidade de volume mosm/kg de água representa o poder osmótico que a solução exerce sobre as moléculas de água Influências: peso molecular, concentração, efeitos de associação/dissociação e hidratação da substância química

3. OSMOLALIDADE

Maior osmolalidade vasodilatação

=

maior

QUANTO MAIOR A DENSIDADE, A GRAVIDADE E A VISCOSIDADE, MAIS DIFICULDADE TERÁ A SOLUÇÃO PARA SE MISTURAR AO PLASMA E AOS FLUÍDOS CORPORAIS

Osmolalidade, viscosidade, hidrofilicidade e solubilidade não podem ser optimizadas simultaneamente. Apenas 2 parâmetros podem ser mudados ao mesmo tempo. Osmolalidade = carac. principal a ser optimizada para ajustar a do sangue

Viscosidade = outro parâmetro que pode ser ajustados junto com a osmolalidade Se aumentar a hidrofilicidade, aumenta também a viscosidade e osmolalidade

Fatores que influem na qualidade da imagem  Via de administração = determina a qtdd. de subst. que chegará ao órgão  Dose de contraste  Velocidade de injeção  Calibre do cateter = em função da viscosidade  Temperatura da substância = principalmente NI  Retardo a tempo de scan = fases

MEIOS DE CONTRASTE TIPOS DE AGENTES DE CONTRASTE, REAÇÕES ADVERSAS E RISCO

Aspectos considerados antes da utilização de MC  Consultar e esclarecer o paciente evitando ansiedade  Avaliar história e condição clínica, avaliar o uso do MC e considerar outras alternativas diagnósticas  Checar fatores de risco, medicações em uso, agentes nefrotóxicos, antihiperglicemiantes orais,...

Indicações para uso de MC INTRAVASCULAR ENDOVENOSO

INTRA-ARTERIAL

TC – corpo e encéfalo

Angiocardiografia

Angiografia por subtração digital

Angiografia coronária

Urografia excretora

Aortografia

Venografia

Arteriografia visceral e periférica Angiografia por subtração digital intra-arterial Angiografia cerebral e veretebral

Indicações para uso de MC INTRATECAL – somente não-iônicos

Mielografia

Cisternografia

Indicações para uso de MC OUTROS Oral – TGI

pielografia retrógrada

Cavidades corpóreas – herniografia, peritoniografia

Uretrografia

Histerossalpingografia

Cistografia

Artrografia

Sialografia

Colangiografia

Dacriocistografia

Colangiopancreatografia endoscópica

Miscelânea – ex.: seios da face

MEIOS DE CONTRASTE Alemanha (Schmitt – 50.000 pacs.), Japão (Katayama – 338.000 pacs.) e Austrália (Pamer – 110.000 pacientes) MC.NI = menor incidência em efeitos adversos leves e moderados e menos relevantes em intensidade MC.NI são menos tóxicos que os I por sua menor osmolalidade, ausência de carga elétrica e maior hidrofilicidade

MEIOS DE CONTRASTE O uso de MC.NI em pacientes de alto risco = menor alteração do volume intravascular, de distúrbios cardíacos e de lesão renal Reações adversas são maiores em indivíduos com história de alergia e asma e com antecedente de reação prévia aos MC

MEIOS DE CONTRASTE O uso de MC.NI em pacientes de alto risco = menor alteração do volume intravascular, de distúrbios cardíacos e de lesão renal Reações adversas são maiores em indivíduos com história de alergia e asma e com antecedente de reação prévia aos MC

FATORES DE RISCO – REAÇÕES ADVERSAS Hipersensibilidade ao agente de contraste Alergia Hipertireoidismo Desidratação Insuficiência cardiovascular severa Insuficiência pulmonar de alto grau e asma

FATORES DE RISCO – REAÇÕES ADVERSAS Insuficiência renal Nefropatia – Diabetes mellittus Paraproteína elevada Doença autoimune Idade avançada Ansiedade (medo)

REAÇÕES ADVERSAS medidas a serem consideradas: Utilizar agentes não-iônicos Usar substâncias com menor concentração possível Hidratar o paciente Estabilizar condições psicológicas Usar pré-medicações Em caso de reações, estar preparado para iniciar medidas terapêuticas

REAÇÕES ADVERSAS O ACR (Manual on Iodinated Media) sugere o uso de MC.NI em situações mais indicadas e de maior risco de incidência de RA. MC.NI são até 6 vezes mais seguros 

< desconforto local e sistêmico, < freqüência de RA.como distúrbios cardiovascular, nefrotoxicidade e reações anafilactóides.

Custo 3 a 4 vezes superior ao MC.I.

REAÇÕES ADVERSAS

Palmer = avaliou risco de reações severas e moderadas em 109.546 pacs. = 

> risco MC.I em pacs. sem fatores de risco do que usar MC.NI em quem tem algum fator de risco

Freqüência de Reações Adversas

iônico X não-iônicos / baixo risco X risco elevado

Risco elevado

Meio de contraste Iônico

Risco 1/32 adm. – 3,13%

Baixo risco

Iônico

1/251 adm. – 0,39%

Risco elevado

Não-iônico

1/718 adm. – 0,14%

Baixo risco

Não-iônico

1/1084 adm. – 0,09%

Principais sintomas clínicos Reações Adversas MC.I Náuseas 4,58% Calor 2,29% Vômito 1,84% Prurido 2,97% Urticária 3,16% Dor 0,40% vascular Rouquidão 0,09% Espirros Tosse

MC.NI 1,04% 0,92% 0,36% 0,45% 0,47% 0,05% 0,02%

Dor no peito Dor abdom. Palpitações Edema face Calafrios Dispnéia

MC.I 0,09% 0,11% 0,20% 0,11% 0,09% 0,17%

MC.NI 0,03% 0,02% 0,06% 0,01% 0,03% 0,04%

súbita PA

0,10%

0,01%

0,02%

0

1,65% 0,24% Inconsciência 0,58% 0,15%

REAÇÕES ADVERSAS Gerstman = risco de complicações graves com MC.I é baixo, e a chance de ocorrer um evento fatal equivale a probabilidade disso ocorrer em um acidente aéreo

QUALIDADE DA IMAGEM Bernardino = 600 pacs., submetidos a TC de abdomen e o número de exames repetidos porque o paciente apresentou RA. 





As diferenças não justificam uso de NI para evitar RA durante o exame Não houve prejuízo considerável na imagem Não foi necessário abortar ou repetir número significativo de estudos

Reações Adversas X Qualidade do exame iônico X não-iônicos Exames Exames Ótima Adequado repetidos terminados qualidade (ótimo + bom) Iônico = 298

3,0%

94%

62%

97,7%

Nãoiônico = 302

0,7%

97%

71%

99,6%

REAÇÕES ADVERSAS x TEMPERATURA Vergara = não-iônicos aquecidos representam melhor opção para evitar reações graves  

Sugerido aquecimento a 37o.C temperatura = viscosidade = facilita administração

REAÇÕES ADVERSAS x DOSE Reações fisicoquimiotóxicas estão diretamente relacionadas a dose 

Hiperosmolaridade e viscosidade

Reações idiossincráticas não consideradas dose dependente

são

REAÇÕES FISICOQUIMIOTÓXICAS Sensação de calor Dor vascular Hipervolemia Lesão endotelial Alteração da hemácia Redução da função renal Arritmia Convulsão e paralisia Alteração da coagulação

REAÇÕES IDIOSSINCRÁTICAS Reação severa ou fatal Hipotensão grave Perda da consciência Convulsão Edema pulmonar Urticária Edema laríngeo Broncoespasmo Parada cardíaca

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