UNITAU IPC II
A Medida da Saúde Coletiva: definição e aplicação de alguns indicadores (1) Indicadores de Mortalidade Indicadores de Morbidade Carga de Doenças Prof. Marina Valadão Taubaté - 2009
Transição Epidemiológica: A mudança do perfil de mortalidade no Brasil, 1980 - 2002 10 0 ,0 9 0 ,0 8 0 ,0 7 0 ,0 6 0 ,0 5 0 ,0 4 0 ,0 3 0 ,0 2 0 ,0 1 0 ,0 0,0 19 3 0
19 4 0
19 5 0
C A U S A S E XTE R N A S C IR C U LA TÓ R IA S
19 6 0
19 7 0
19 8 0
1990
N E O P LA S IA S D IG E S TIV A S IN F E C TO -P A R A S ITÁ R IAOSU TR A S C A U S A S
2 00 0
20 0 2
R E S P IR A TÓ R IA S
Tipos de Medidas • Valores absolutos. Ex: óbitos por tuberculose em determinado local e ano. • Razões ( frequencias relativas) – permitem estimar e comparar os dados ao longo do tempo e entre diferentes populações ou territórios. – Coeficientes ou taxas - relações entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer. Ex: óbitos por tuberculose por 100.000 habitantes em determinado local e ano. – Índices - relações entre frequencias atribuídas da mesma unidade. Ex: percentual de óbitos por tuberculose em relação ao total de óbitos. SEMPRE DIZEM RESPEITO A UM DETERMINADO INTERVALO DE TEMPO E A DETERMINADA COLETIVIDADE
Coeficientes São medidas de probabilidade • Numerador : população afetada • Denominador: população exposta ao risco de sofrer o evento que está no numerador Coeficientes mais usados em saúde pública: mortalidade • prevalência • incidência •
Exceções (no denominador) • Coeficiente de Mortalidade Infantil – CMI • Coeficiente de Mortalidade Materna – CMM Denominador = nascidos vivos. É uma estimativa tanto do número de menores de 1 ano, como de gestantes, parturientes e puérperas expostos ao risco do evento (óbito)
Ex: Coeficiente Geral de Mortalidade • Representa o risco de óbito na comunidade. É expresso por uma razão, e pode ser calculado, como todos os demais coeficientes, através de regra de três simples (se numa população de 70.000 habitantes tenho 420 óbitos, em 1000 habitantes terei “x”, sendo 1000 o parâmetro que permitirá comparar com outros locais ou outros tempos)
Coeficientes de MORBIDADE • Prevalência (volume com que subsiste a morbidade por det. agravo) • Incidência (intensidade com que acontece a morbidade por det. agravo))
Coeficiente de Incidência – É uma medida do risco da doença/agravo – casos novos da doença em determinado período de tempo e comunidade No. de casos novos Coeficiente de Incidência
=
de uma doença ocorridos em determinada comunidade em determinado tempo Número de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no referido período
X 10n
Coeficiente de Prevalência – Mede a força com que as doenças subsistem em uma população. – É fundamental para o planejamento e a avaliação de medidas de controle de doenças e agravos. No. de casos Coeficiente de Prevalência
=
conhecidos de uma determinada doença População
X 10n
A prevalência de uma doença é proporcional ao seu tempo de duração
Doença Crônica Doença Aguda
Tempo
Incidência
Casos Novos
Doentes que imigram
Prevalência
Cura
Óbitos
Doentes que emigram
OBSERVAR • qualidade dos dados • cobertura do sistema de informação. Ex: mais busca ativa = + casos de diabetes • Causa básica de morte, segundo a Organização Mundial de Saúde (CID-10) é: “(a) a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte ou (b) as circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal “
OBSERVAR • São medidas de condições de vida • Devem ser desagregadas em territórios menores • Registro pode ser obrigatório (por lei) ou não • Importância da análise de séries históricas
Carga de Doenças (morbidade+ mortalidade) • Mede-se
- YLL -Years of Life Lost - Anos de vida perdidos por morte prematura - YLD - Years Lived with Disability - Anos de vida vividos com incapacidade
• 1 Daly = 1 ano de vida sadia perdido • Referência: esperança de vida (para cada idade exata – correspondente ao momento de ocorrência do agravo) conforme o padrão do Japão
Cálculos do DALY • YLL + YLD para 113 doenças • Grande Grupo I - Infecciosas e parasitárias, condições maternas, condições perinatais e deficiências nutricionais • Grande Grupo II - Não-transmissíveis • Grande Grupo III – Externas BRASIL - doenças neuropsiquiátricas - 18,6%
Onde estudar • Medronho, R.A et al. Epidemiologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2002. • Rouquayrol, M. Z. e Almeida Filho, N. Epidemiologia e Saúde. Ed. Medsi, 2002.