May Con

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ADESÃO TERAPÊUTICA : UM GRANDE DESAFIO NO ACOMPANHAMENTO DE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS

MAYCON CARVALHO ENFERMEIRO SANITARISTA – UFES MESTRANDO S. COLETIVA – UFES

Começar juntos é o começo, trabalhar juntos é o progresso, continuar juntos é o sucesso” H. Ford

ADESÃO TERAPÊUTICA : UM GRANDE DESAFIO NO ACOMPANHAMENTO DE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS

DANT

IMPACTO DA DANT Agravos causados por Doenças caracterizadas pela acidentes ausência de infecção e/ou e violências, que têm como contágio clássico: conseqüência lesões físicas Estas doenças variam de leves doenças cardíacas etêm repercussões sociais importantes, que emocionais na além cerebrovasculares, a muito graves, afetam a qualidade de vida da população eeinterferem de grande ônus social. cânceres, diabetes, economia do país: hipertensão arterial doenças mentais -têm um custo social, gerando absenteísmo (depressão, (faltas e queda na produtividade do trabalho); síndrome do pânico, neuroses e - retirada precoce doenças da força produtiva devido à morte e incapacidade genéticas além do uso de jovens e adultos por acidentes e psicoses, violências ou doenças crônicas. de álcool e drogas - custos elevados com o tratamento, hospitalização e a reabilitação; lícitas e ilícitas); - diminuição da qualidade de vida em geral, causando dor, limitação física e eventualmente dependência; MÚLTIPLAS CAUSAS ACONTECIMENTOS PONTUAIS: - aumento de gastos na previdência social. ACIDENTES, VIOLÊNCIA...

LONGO TEMPO DE EVOLUÇÃO

estão diretamente relacionadas à forma como a sociedade está organizada e ao estilo de vida da população. Muitas delas são decorrentes de hábitos não saudáveis de vida.

ADESÃO TERAPÊUTICA ADESÃO TERAPÊUTICA : UM GRANDE : UMDESAFIO GRANDE NO DESAFIO ACOMPANHAMENTO NO DE ACOMPANHAMENTO DOENÇAS E AGRAVOS DE DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS CRÔNICAS Conceito: é o grau de coincidência entre a prescrição médica, as orientações fornecidas pela equipe e o grau de comprometimento do paciente. ALIANÇA TERAPÊUTICA A análise crítica de ensaios clínicos randomizados sobre a adesão ao tratamento é dificultada pela heterogeneidade dos estudos quanto a própria definição de adesão e sua aferição.

Segundo uma estimativa da Inspetoria Geral dos Estados Unidos, todos os anos a falta de adesão ao tratamento medicamentoso, resulta em 125.000 mortes por DCV. Um outro dado é que grande número de internações hospitalares, consultas médicas, exames diagnósticos entre outros procedimentos poderiam ser evitados se os pacientes aderissem ao tratamento instituído. Fonte: Relatório mundial da OMS - Cuidados Inovadores para as doenças crônicas - 2002.

EXISTEM BARREIRAS QUE DIFICULTAM A ADESÃO AO TRATAMENTO

EFEITOS COLATERAIS/ REAÇÕES ADVERSAS

CUSTO DO TRATAMENTO

Nº DE COMPRIMIDOS

PRESCRIÇÃO NÃO CLARA

ADESÃO TERAPÊUTICA ADESÃO TERAPÊUTICA : UM GRANDE : UMDESAFIO GRANDE NO DESAFIO ACOMPANHAMENTO NO DE ACOMPANHAMENTO DOENÇAS E AGRAVOS DE DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS CRÔNICAS É um processo gradual e contínuo de construção, através do qual o indivíduo entende a doença e a dinâmica do adoecer.



   

1 em cada 4 pacientes tem PA controlada; 50% dos pacientes não aderem ao tratamento; 20 a 40% não usam as medicações; 30% da adesão refere-se à mudança no estilo de vida. www.sbh.com.br

FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO PACIENTE(ativente): grau de instrução, apoio familiar, desconhecimento da gravidade, auto-estima, esquecimento, negação da enfermidade/rejeição ao diagnóstico.

Patologia Característic as/cronicidad e

Medicação: preço, n° de drogas, efeitos adversos, tratamento longo, tamanho dos comprimidos ou cápsulas, horários

ADESÃO

Relação paciente/equipe

Instituição: •Distância, acessibilidade •Mudança dos profissionais •Longo tempo de espera.

FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO

CUIDADO COM O VOLUME DE INFORMAÇÕES QUE SÃO PASSADAS PARA O PACIENTE EM UM ÚNICO MOMENTO

FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO

A NOSSA REALIDADE

Medicamentos com apresentações bastante parecidas e letras “minúsculas”

A vida como ela é !!!!

ADESÃO AO TRATAMENTO E O ESTILO DE VIDA

-

Forma como as pessoas vivem; - Escolhas relacionadas com nossa cultura, religião, hábitos familiares, condição sócio econômica e conhecimento sobre saúde. opas.org.br

DOENÇAS CRÔNICAS E ESTILO DE VIDA A expansão das doenças crônicas reflete os processos de industrialização, urbanismo, desenvolvimento econômico e globalização alimentar, que acarretam: •Alteração nos hábitos alimentares; •Sedentarismo; •Crescimento do consumo de tabaco. •Ingesta abusiva de bebidas alcoólicas •Estresse TRABALHAR DE FORMA EFETIVA SOBRE OS FATORES DE RISCO

TUDO ERRADO

ESTILO DE VIDA Fatores que Influenciam Possibilidades de Sobrevivência até os 65 anos Hereditariedade 20%

Ambiente 20%

Sistema de Saúde 10%

Estilo de Vida 50% Fonte: Centers for Disease Control

Você precisa mudar seu estilo de vida!!!

Genes + Estilo de Vida Saúde ou Doença “Os genes carregam a arma. O estilo de vida puxa o gatilho”

MÉTODO DE AVALIAÇÃO Não há um teste padrão para aferir a adesão a qualquer procedimento apenas estima-se o comportamento real do paciente. Os métodos utilizados não são precisos e a magnitude da adesão pode ser estimada através de cinco indicadores:

• Informação do paciente ou familiares – subjetivo •Indiretos contagem dispensações farmacêuticas.

de

comprimidos,

•Resposta clínica – redução de complicações, das internações, melhora nos resultados dosagens de exames. • Utilização dos serviços de comparecimento às consultas, educativas...

e

saúde sessões

ADESÃO TERAPÊUTICA : UM GRANDE DESAFIO NO ACOMPANHAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS

Se o paciente apresenta um quadro de bom controle : - Manter as orientações que reforçam a adesão ao tratamento. Se o paciente NÃO apresenta um quadro de bom controle : - exames com alterações; - evolução para complicação do quadro clínico; - sinais e sintomas de descompensação;

REVER A CONDUTA TERAPÊUTICA ADOTADA E BUSCAR IDENTIFICAR PONTOS QUE EVIDENCIEM A NÃO ADESÃO: - supressão do uso de medicamentos; - não seguimento da orientação alimentar - ingesta de bebida alcoólica, tabagismo - ambiente familiar desfavorável; - depressão

♦ Na avaliação deixar espaço para a revelação da não

adesão ♦ Relação e tom da conversa sempre amigável ♦ Não ter atitude de detetive em interrogatório policial Ex: O Sr ou Sra está tomando os remédios? Preferir E aí Sr ou Sra. conseguiu tomar os remédios do jeito que nós orientamos? Em caso afirmativo, prosseguir: Como o Sr ou Sra. toma estes remédios? (perguntar nome, cor, horário, rotina associada, etc)

Lapso ou esquecimento do nome, cor ou forma indica suspeita de não adesão 

ALGUMAS ESTRATÉGIAS - Simplificação do regime de doses. - Orientação ao do paciente e a família. - Estratégias motivacionais. - Respeitar as crenças. Valorizar a cultura os saberes do paciente, respeitando as diversidades. - Introduzir a atividade de sala de espera . - Incorporar as ações de adesão à rotina do serviço para que não seja uma atividade pontual. - Criar estratégias para controle e convocação dos pacientes faltosos. - Intervenções combinadas complexas 

Equipe interdisciplinar

Envolvimento do paciente no processo de escolha do tratamento e metas 



Apoio da família



Prescrição clara

CONCLUSÃO Não há indicadores sobre a proporção de pacientes capazes de serem curados da falta de adesão. -Há necessidade de estratégias inovadoras e simples que sejam capazes de aumentar a adesão ao tratamento. A adesão ao tratamento deve ser trabalhada sobre todas as formas e apoiar-se em programas educativos sistemáticos, para assim alcançar seu objetivo maior: A MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES.

Reflexão “A mais efetiva terapia, prescrita pelo mais cuidadoso médico, somente irá controlar a hipertensão se o paciente estiver motivado. Motivação aumenta quando o paciente tem uma experiência positiva e confia em seu médico e equipe multiprofissional . Empatia constrói confiança e é um potente motivador.” JNC 7

ObrigadO !!!!! [email protected]

27-8851-3983 Maycon Carvalho

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