Formanda: Fátima Correia Escola Secundária de Santo André
Actividade a) Selecção de um domínio/subdomínio A equipa da BE/CRE decidiu (em reuniões conjuntas a 1 de Outubro e 4 de Novembro), que o domínio por onde iríamos encetar, no presente ano lectivo, a Auto-Avaliação seria o A - Apoio ao Desenvolvimento Curricular. Esta escolha teve por base duas razões: por um lado, a experiência do ano transacto mostrou-nos que a articulação da BE com os professores e a sala de aula constitui um ponto fraco, em que necessitamos de investir seriamente a fim de ultrapassar as fragilidades detectadas e criar dinâmicas de colaboração não só com a sala de aula mas também com os vários projectos que a escola decidiu levar a cabo para melhorar os resultados e atingir o sucesso (ex: criação do Gabinete de Apoio à Preparação dos Exames); por outro, o facto de a escola estar em obras, sofrendo um conjunto de remodelações que, durante o presente ano, nos impõem profundas limitações, quer físicas quer funcionais por estarmos despojados da maior parte do nosso fundo documental bem como de algumas valências e serviços que oferecíamos em anos anteriores. Quanto ao Subdomínio A.2. - Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital - que nos propomos, por ora, abordar com mais atenção, temos consciência de que não partimos completamente do zero já que procuramos prestar um serviço de atendimento personalizado a alunos/grupos de alunos, socorrendo-nos, por exemplo, do estagiário de um curso profissional que connosco colaborou, mas temos um longo caminho a percorrer até à excelência. No entanto, constatamos (no trabalho da BE e nas queixas dos colegas) que a maioria dos alunos revela ainda grandes dificuldades tanto na pesquisa como no tratamento da informação, experimentando os dilemas de aprendizagem com a internet de que fala Ross Todd, limitando-se, por exemplo, ao cortar-colar, não realizando, portanto, “uma interacção crítica com a informação de que dispõe” (Tarragó).
Actividade b) Selecção de dois indicadores A.2.3 Promoção do ensino em contexto de competências tecnológicas e digitais na escola A.2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos na escola/agrupamento Consideramos o primeiro um indicador de Input (equipamentos) e de Processo (actividades e serviços) uma vez que incide no trabalho implementado pela BE e o segundo um indicador de Impacto/Outcome, que permite conhecer e medir os benefícios que a BE proporciona aos seus utilizadores.
Actividade c) Plano de Avaliação
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular A. 2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e digital Indicadores
Pontos fortes
Pontos fracos
Acções para a melhoria
Evidências a recolher
A.2.3. Promoção das TIC e da Internet como ferramentas de acesso, produção e comunicação de informação e como recurso de aprendizagem
- Os projectos escolares da iniciativa da BE ou apoiados por ela, incluem actividades de consulta e produção de informação e de intercâmbio e comunicação através das TIC (ex: Projecto de Tutorias).
- A BE não colabora na concepção e dinamização de actividades de educação para e com os media.
- Reforçar a articulação da BE com a Área de Projecto e outras áreas de carácter transversal que fomentem a utilização contextualizada das TIC. - Aumentar o nível de incorporação das TIC nos serviços informativos e educativos oferecidos pela BE. - Produzir, em colaboração com os docentes, materiais informativos e de apoio à utilização adequada da Internet (guiões de pesquisa, grelhas de avaliação de sites, guias de procedimentos).
- Registos de reuniões e actividades desenvolvidas Guião de trabalho colaborativo BE/Professores - entrevistas
- A BE organiza e participa em actividades de formação para docentes e alunos no domínio da literacia digital (ex: colaborar com Equipa TIC, à 4ª fª). - A equipa da BE apoia os utilizadores na selecção e utilização de recursos electrónicos e media de acordo com as suas necessidades. A.2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas e de informação dos alunos
- Os alunos utilizam, de acordo com o seu ano, linguagens, suportes, modalidades de recepção e de produção de informação e formas de comunicação variados, entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media digitais. - Os alunos revelam em cada ano e ao longo do ciclo de escolaridade, progressos no uso de competências tecnológicas, digitais e de informação nas diferentes disciplinas e áreas curriculares.
- Os alunos nem sempre demonstram, de acordo com o seu ano de escolaridade, compreensão sobre os problemas éticos, legais e de responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias.
- disponibilizar informação na página da escola - criar blogue da BE/CRE - criar lista de mails dos utentes da BE para disponibilização de informação - materiais produzidos - QD e QA
- Promover, colaborar, acompanhar e observar actividades de formação para a literacia da informação. - Incentivar a formação dos docentes e da equipa da BE na área das TIC e da literacia da informação.
- entrevistas - registos de reuniões e actividades desenvolvidas
Calendarização para 2009/2010
1º Período
2º Período
3º Período
- Formação do Professor Bibliotecário/estudo do Modelo pela equipa da BE - Avaliação de diagnóstico - Selecção e distribuição dos domínios a avaliar - Reuniões/Contactos com Gestão e outras estruturas de coordenação visando a divulgação do processo de AutoAvaliação da BE, a sensibilização dos vários agentes educativos para o trabalho colaborativo e a perspectivação de práticas adequadas ao Modelo de A.A. - Elaboração de instrumentos de registo - Aplicação dos instrumentos - Realização de actividades conjuntas - Reuniões/Contactos com Gestão e outras estruturas de coordenação - Tratamento/análise dos dados recolhidos - Elaboração do Relatório de AA / Plano de melhoria - Apresentação à escola/Divulgação
Observações Finais Temos plena consciência de que, independentemente da variedade de métodos em que nos podemos apoiar, tal como se refere no texto da sessão, “a avaliação do impacto da BE no sucesso educativo é particularmente complexa por não ser possível isolar, numa miríade de variáveis possíveis, a contribuição da biblioteca, separando-a de outras influências, pelo menos de uma forma directa”; acreditamos, porém, que este constrangimento é ultrapassado pela certeza de que a BE contribui para a formação holística do aluno, presente na Lei 49/2005 de 30 de Agosto, na alínea a) dos artigos 7º e 9º e de que os seus impactos serão, muitas vezes, visíveis no longo prazo. Para além disso, cabe-nos ainda a missão de desfazer alguns dos “mitos” (podem parecer ultrapassados mas ainda andam por aí, fazendo alguma mossa) que rodeiam a avaliação, designadamente o de que “é uma actividade inútil que gera montes de dados aborrecidos com conclusões inúteis” e o de que no final, tudo será “perfeito”. O maior sucesso é mantermo-nos abertos à mudança e acreditarmos na necessidade constante de melhorarmos alguns (se não todos) aspectos negativos detectados. A este respeito, Carter Mac Namara, no seu artigo “Basic Guide to Program Evaluation”, tranquiliza-nos e dá-nos alguma confiança: “Don't worry about what type of evaluation you need or are doing -- worry about what you need to know to make the program decisions you need to make, and worry about how you can accurately collect and understand that information.”