PREFEITURA DE MONTES CLAROS Secretaria Municipal de Saúde
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS ATENÇÃO BÁSICA
MONTES CLAROS JANEIRO DE 2006
PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
PREFEITO DE MONTES CLAROS ATHOS AVELINO PEREIRA
VICE-PREFEITO SUED KENNEDH PARRELA BOTELHO
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE JOÃO BATISTA SILVÉRIO
GERENTE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE CÁSSIA PEROLA DOS ANJOS BRAGA
GERENTE DE PLANEJAMENTO SIMONE VIANA DUARTE
GERENTE DA ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS MÉRCIA MARIA FAGUNDES
CHEFE DA DIVISÃO DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE - DIUBS DANILO FERNANDO MACEDO NARCISO
CHEFE DA DIVISÃO E COORDENAÇÃO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
DIESF
LEANDRO DIAS DE GODOY MAIA
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ATENÇÃO BÁSICA
DOCUMENTO ELABORADO E REVISADO POR: ANDRA APARECIDA S. DIONÍSIO (Enfermeira) ANDRÉA BARBOSA DO AMARAL (Enfermeira) ANGELA GARDÊNIA D. VASCONCELOS (Enfermeira) ALEX SOARES LEITE DE FREITAS (Enfermeiro) ANTÔNIO PRATES CALDEIRA (Médico Pediatra) CARLA REJANE FIGUEIREDO (Enfermeira) CARLA VASCONCELOS AFONSO (Enfermeira) CAROLINA DOS REIS ALVES (Enfermeira) CLÁUDIA DANYELLA ALVES LEÃO (Enfermeira) CLÁUDIA MENDES CAMPOS VERSIANI (Enfermeira) CHRISTIANE BORGES EVANGELISTA (Enfermeira) CYNTHIA DANIELLA BARBOSA (Enfermeira) DANILO FERNANDO NARCISO (Médico de Família) DEIVIANE PEREIRA SILVA (Enfermeira) EDILENE OLIVEIRA AMARAL (Enfermeira) EMANUEL RODRIGUES (Enfermeiro) EVA PATRÍCIA PEREIRA ARAÚJO (Enfermeira) FABÍOLA AFONSO F. PEREIRA (Enfermeira) JANAÍNA MICHELLE SILVA (Enfermeira) JANETTE CALDEIRA FONSECA (Enfermeira) JOSÉ RONIVON FONSECA (Enfermeiro) JOYCE MARY DRUMOND LEMOS TEIXEIRA (Clínica Médica) JULIANO ARRUDA SILVEIRA (Médico Psiquiatra) KARINE SUENE M. ALMEIDA RIBEIRO (Enfermeira) KÊNIA SOUTO MOREIRA (Enfermeira) LEANDRO GODOY (Médico de Família) LUCIANA C. TAVARES (Enfermeira) MARDEN COSTA LOPES (Enfermeiro) MARIA ÂNGELA PINHEIRO (Médica Geriatra) MARIA APARECIDA FONTES (Enfermeira) MARIA FERNANDA VELOSO SILVA (Enfermeira) MARIA HELENA MOREIRA GONÇALVES (Enfermeira) _________________________________________________________________
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ATENÇÃO BÁSICA
DOCUMENTO ELABORADO E REVISADO POR: MARIA LUIZA SANTIAGO (Médica Ginecologista) MARIZA ALVES BARBOSA (Enfermeira) MURILO CHARLES LEITE (Enfermeiro) ORLENE VELOSO DIAS (Enfermeira) PAULA CRISTINA FELIPE A. ALMEIDA (Enfermeira) TATIANA FRÓES NASCIMENTO (Enfermeira) VERÔNICA ISABEL VELOSO FONSECA (Enfermeira) WESLANE ALMEIDA CAVALCANTI (Enfermeira)
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ATENÇÃO BÁSICA
SUMÁRIO PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS...........................................................................
6
PARTE I: SAÚDE DA CRIANÇA............................................................
14
PARTE II: SAÚDE DO ADOLESCENTE.................................................
28
PARTE III: SAÚDE DA MULHER............................................................
34
PARTE IV: SAÚDE DO ADULTO............................................................
99
PARTE V: SAÚDE DO IDOSO...............................................................
111
PARTE VI: DST/AIDS............................................................................. 123 REFERÊNCIAS....................................................................................... 146 ANEXOS.................................................................................................. 149
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ATENÇÃO BÁSICA
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PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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1 INTRODUÇÃO A Atenção Básica caracteriza-se como um conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situada no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação. As responsabilidades dos municípios com a atenção básica crescem progressivamente, na medida em que adquirem condições e capacidade para ampliar suas atribuições e assumir a implementação de novas ações e atividades. A Estratégia de Saúde da Família consolida-se cada vez mais como a forma mais eficaz e eficiente de reorganização dos serviços de saúde, incorpora e reafirma os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), estruturando-se a partir de uma Unidade Básica de Saúde da Família com um território de abrangência definido e uma equipe Multiprofissional constituída por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Este protocolo normatiza as ações dos profissionais inseridos nas Unidades de Saúde, no nível primário e secundário, validando na consulta de enfermagem a prescrição de medicamentos, os encaminhamentos de pacientes e a solicitação de exames complementares, no município de Montes Claros. A Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986 que regulamenta o exercício da enfermagem no Brasil é clara e garante o direito de todos que compõem a classe de enfermagem (Art. 01). São pontos relevantes na prática do enfermeiro como integrante da equipe de saúde, na atenção básica: a consulta de enfermagem, em toda a sua complexidade de execução (Art. 11, alínea i); a prescrição de medicamentos, desde que sejam estabelecidos em programas de Saúde Pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde (Art. 11 alínea c) e solicitação de exames de rotinas e complementares conforme resolução do Conselho Regional de Enfermagem (COFEN) nº 271 de 2002. _________________________________________________________________
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2 OBJETIVOS Normatizar as ações dos profissionais inseridos nas Unidades de Saúde, desenvolvidas através de programas preconizados pelo Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais e Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros. Estruturar as consultas de enfermagem visando aumentar a resolubilidade, para evitar a fragmentação da assistência. Viabilizar a integração Multiprofissional e o trabalho em equipe. Integrar ensino, serviço e comunidade, de acordo com as normas deste protocolo.
3 DESENVOLVIMENTO Todas as atividades desenvolvidas pelo profissional enfermeiro na consulta de enfermagem, principalmente no nível de atenção básica à saúde, estão descritas neste protocolo por área de atenção, sendo: Saúde da Criança; Saúde do Adolescente; Saúde da Mulher; Saúde do Adulto; Saúde do Idoso; DST/AIDS. Os procedimentos são apresentados de forma detalhada, de maneira a complementar a compreensão do leitor, baseados em literaturas do Ministério da Saúde. Outras áreas poderão ser incluídas, conforme a necessidade do serviço e mediante ampla discussão entre a equipe multiprofissional.
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4 ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
4.1 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL A organização da assistência dentro do conceito de enfoque de risco significa também a utilização de profissionais disponíveis, visando o seu máximo aproveitamento. As atividades e responsabilidades da equipe são descritas a seguir, considerando-se as habilidades e capacidades de cada um de seus componentes fundamentados nos preceitos éticos e legais. Ressalta-se também que a integração entre as várias disciplinas e profissionais é requisito fundamental para o alcance dos objetivos propostos. 4.1.1 Pessoal Administrativo Acolher o usuário e visitantes; Prestar informação sobre o funcionamento das Unidades de Saúde; Agendar consultas e exames; Digitar dados da Unidade de Saúde; Organizar os recursos e materiais da Unidade de Saúde. Atender telefone; Realizar outras atividades designadas pela coordenação da equipe. 4.1.2 Pessoal Zeladoria e Manutenção Acolher e informar usuários e visitantes; Realizar e manter a limpeza e a higiene adequada do local de trabalho; Comunicar ao coordenador da unidade a ocorrência de danos ao patrimônio público; Realizar o reparo de equipamentos.
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4.1.3 Atribuições Comuns a Todos os Profissionais que Integram as Equipes Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase
nas
suas
características
sociais,
econômicas,
culturais,
demográficas e epidemiológicas; Identificar os problemas de saúde e situações de risco mais comuns aos quais aquela população está exposta; Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos problemas de saúde e fatores que colocam em risco a saúde; Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica, nas diferentes fases do ciclo de vida; Valorizar a relação com o usuário e com a família, para a criação de vínculo de confiança, de afeto, de respeito; Realizar visitas domiciliares de acordo com o planejamento; Resolver os problemas de saúde no nível de atenção básica; Promover acesso à continuidade do tratamento dentro de um sistema de referência e contra-referência para os casos de maior complexidade ou que necessitem de internação hospitalar; Prestar assistência integral à população adscrita, respondendo à demanda de forma contínua e racionalizada; Coordenar, participar de e/ou organizar grupos de educação para a saúde; Promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas identificados; Fomentar a participação popular, discutindo com a comunidade conceitos de cidadania, de direito à saúde e as suas bases legais; Incentivar a formação e/ou participação ativa da comunidade nos Conselhos Locais de Saúde e no Conselho Municipal de Saúde;
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4.1.3.1 Médico Realizar consultas clínicas aos usuários da sua área adscrita; Executar as ações de assistência integral em todas as fases do ciclo de vida: criança, adolescente, mulher, adulto e idoso; Realizar consultas e procedimentos na USF, no domicílio e diferentes ambientes: escolas, creches, asilos, fábricas, etc; Realizar as atividades clínicas correspondentes às áreas prioritárias na intervenção na atenção básica, definidas na norma operacional da assistência à saúde
NOAS 2001;
Aliar a atuação clínica à prática da saúde coletiva; Fomentar a criação de grupos de patologias específicas, como de hipertensos, de diabéticos, de saúde mental, etc.; Realizar o pronto atendimento médico nas urgências e emergências; Encaminhar aos serviços de maior complexidade, quando necessário, garantindo a continuidade do tratamento na USF, por meio de um sistema de acompanhamento e de referência e contra-referência; Realizar pequenas cirurgias ambulatoriais; Indicar internação hospitalar; Solicitar exames complementares; Verificar e atestar óbito. 4.1.3.2 Enfermeiro Realizar cuidados diretos de enfermagem nas urgências e emergências clínicas, fazendo a indicação para a continuidade da assistência prestada; Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares, prescrever/transcrever medicações, conforme protocolos estabelecidos nos programas do ministério da saúde e as disposições legais da profissão; Planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar as atividades da Unidade Básica de Saúde da Família
USF;
Executar as ações de assistência em todas as fases do ciclo de vida; No nível de suas competências, executar assistência básica e ações de vigilância epidemiológica e sanitária; _________________________________________________________________
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Realizar ações de saúde em diferentes ambientes: na Unidade Básica de Saúde da Família, no domicílio, escolas, creches, asilos, fábricas, etc; Realizar as atividades de assistência à saúde correspondentes às áreas prioritárias para intervenção na Atenção Básica, definidas pelo Sistema Único de Saúde - SUS; Aliar a atuação clínica à prática da saúde coletiva; Organizar e coordenar a criação de grupos de patologias específicas, como de hipertensos, de diabéticos, de saúde mental, etc; Supervisionar
e
coordenar
ações
para
capacitação
dos
Agentes
Comunitários de Saúde e de auxiliares de enfermagem, com vistas ao desempenho de suas funções; Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas características sociais, econômicas, culturais, ambientais, demográficas e epidemiológicas; Identificar os problemas de saúde e situações de risco mais comuns aos quais a população da área adscrita está exposta; Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos problemas de saúde e fatores que colocam em risco a saúde; Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica, nas diferentes fases do ciclo de vida; Valorizar a relação com o usuário e com a família, para a criação de vínculo de confiança, de afeto e de respeito; Realizar visitas domiciliares de acordo com o planejamento; Resolver os problemas de saúde no nível de atenção básica em sua área de competência; Promover acesso à continuidade do tratamento dentro de um sistema de referência e contra-referência para os casos de maior complexidade ou que necessitem de internação hospitalar; Prestar assistência à população adscrita, respondendo à demanda de forma contínua e racionalizada; Coordenar, participar de e/ou organizar grupos de educação para a saúde; _________________________________________________________________
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Promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas identificados; Fomentar a participação popular, discutindo com a comunidade conceitos de cidadania, de direito à saúde e as suas bases legais; Incentivar a formação e/ou participação ativa da comunidade nos Conselhos Locais de Saúde e no Conselho Municipal de Saúde; Atender às normas de higiene e segurança do trabalho. Executar outras atividades correlatas. 4.1.3.3 Técnico ou Auxiliar de Enfermagem Realizar procedimentos de enfermagem dentro das suas competências técnicas e legais; Realizar procedimentos de enfermagem nos diferentes ambientes, USF e nos domicílios, dentro do planejamento de ações traçado pela equipe; Preparar o usuário para consultas médicas e de enfermagem, exames e tratamento na USF; Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências da USF, garantindo o controle de infecção; Realizar busca ativa de casos, como tuberculose, hanseníase e demais doenças de cunho epidemiológico; No nível de suas competências, executar assistência básica e ações de vigilância epidemiológica e sanitária; Realizar ações de educação em saúde nos grupos de patologias específicas e às famílias de risco, conforme planejamento da USF. 4.1.3.4 Agente Comunitário de Saúde Realizar mapeamento de sua área; Cadastrar as famílias e atualizar permanentemente esse cadastro; Identificar indivíduos e famílias expostos a situações de risco; Identificar áreas de risco;
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Orientar as famílias para utilização adequada dos serviços de saúde, encaminhando-as e até agendando consultas, exames e atendimento odontológico, quando necessário; Realizar ações e atividades, no nível de suas competências, nas áreas prioritárias da atenção básica; Realizar, por meio de visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua responsabilidade; Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe, sobre a situação das famílias acompanhadas, particularmente aquelas em situações de risco;
4.2 AGENDAMENTO
Específico para cada Unidade de Saúde. 4.2.1 REQUISITOS BÁSICOS Equipe treinada; Área física adequada; Equipamentos e instrumental mínimos; Recursos didáticos para as atividades coletivas.
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Parte I SAÚDE DA CRIANÇA
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SAÚDE DA CRIANÇA
ÍNDICE 1.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................
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1.2 OBJETIVOS..........................................................................................................
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1.3 ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO...............
17
1.3.1 CONCEITOS...............................................................................................
17
1.3.2 OBJETIVOS................................................................................................
17
1.3.3 OPERACIONALIZAÇÃO.............................................................................
17
1.3.4 AVALIAÇÃO E CONDUTA DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.....
19
1.3.4.1 Peso/Idade...............................................................................................
19
1.3.4.2 Condutas Recomendadas para algumas Situações de Crescimento da Criança até 05 anos..................................................................................
20
1.3.4.3 Perímetro cefálico....................................................................................
22
1.3.4.4 Estatura/Idade..........................................................................................
23
1.3.4.5
Condutas
Recomendadas
para
algumas
Situações
no
Desenvolvimento da Criança até 05 anos................................................
23
1.4 ROTEIRO PARA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PROFILÁTICOS..........
24
1.5 CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA SES/MG ADOTADO PELO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS...................................................................
25
1.6 EVENTOS ADVERSOS........................................................................................
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1.7 ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA-AIDPI
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SAÚDE DA CRIANÇA
1.1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento humano é um processo que envolve mudanças em todo o organismo, desde a concepção até a morte, e está relacionado aos processos biológicos, psicológicos e sociais. O termo criança corresponde à faixa etária do nascimento até os 10 anos de idade e esse processo de crescimento e desenvolvimento desenvolve-se à medida que os seus corpos interagem com o ambiente tornando-se mais aptos para estruturar e realizar ações que exijam força e complexidade. O pensar e o agir das crianças variam em diferentes situações e idades e, cabe ao profissional de saúde se instrumentalizar para a realização das ações e condutas clínicas. A atenção continuada à saúde da criança e da família realiza-se por meio de três níveis de prevenção: a prevenção primária oportuniza as ações promocionais prevenindo as intercorrências; a prevenção secundária favorece o diagnóstico precoce e o tratamento das doenças e a prevenção terciária orienta a reabilitação se houver incapacidade.
1.2 OBJETIVOS Prestar assistência à criança e à família de forma integral contribuindo para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Realizar acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento das crianças de 0 a 5 anos. Realizar vigilância em saúde através de ações sistematizadas objetivando a redução da morbi-mortalidade infantil. Promover e incentivar o aleitamento materno e as práticas alimentares adequadas à faixa etária.
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SAÚDE DA CRIANÇA
1.3 ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 1.3.1 CONCEITOS Crescimento: Significa aumento físico do corpo, como um todo ou em suas partes, e pode ser medido em termos de centímetros ou de quilogramas. Desenvolvimento Psicossocial: É o processo de humanização que interrelaciona
aspectos
biológicos,
psíquicos,
cognitivos,
ambientais,
socioeconômicos e culturais; mediante o qual a criança vai adquirindo maior capacidade para mover-se, coordenar, sentir, pensar, interagir com os outros e o meio que a rodeia; em síntese é o que lhe permitirá incorporar-se de forma ativa e transformadora, à sociedade em que vive. 1.3.2 OBJETIVOS
Fazer vigilância à saúde da criança de 0 a 05 anos; identificando aquelas de maior risco de morbi-mortalidade, sinalizando o alarme precoce para a desnutrição; Estabelecer condutas curativas dirigidas aos processos patológicos presentes; Estabelecer condutas preventivas, adequadas a cada idade, sobre vacinação, alimentação; Estimular cuidados gerais com a criança em um processo contínuo de educação para a saúde. 1.3.3 OPERACIONALIZAÇÃO Crianças de 0 a 05 anos, residentes na área de abrangência, serão acompanhadas mensalmente pela equipe de Saúde da Família e a consulta de puericultura seguirá o calendário mínimo de consultas para "Assistência à criança" preconizado pelo Ministério da Saúde: até 15 dias de vida, 1, 2, 4, 6, 9, 12, 15 e 24 meses; 3, 4 e 5 anos. Ressalva para as crianças menores de 01 ano que poderão ser acompanhadas mensalmente, se as condições de oferta permitirem.
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SAÚDE DA CRIANÇA
A consulta de puericultura consistirá em: a) Queixa principal, História da Moléstia Atual, História Pregressa, História Familiar e História Social; b) Avaliação do estado nutricional, alimentação e hidratação; c) Situação vacinal; d) Triagem Neonatal (Teste do Pezinho); e) Avaliação do sono e repouso, eliminações e higiene; f) Desenvolvimento psicomotor; g) Exame físico: -
Dados antropométricos: peso, altura, perímetro cefálico.
-
Sinais vitais: temperatura, respiração, pulso e pressão arterial (se necessário).
-
Proceder a exame dos segmentos: crânio, face, olhos, ouvido, nariz, orofaringe, pescoço, tórax, abdome, membros e genitais.
h) Terapêutica conforme estratégia do AIDPI, descritos neste protocolo adiante; i) Referenciar ao atendimento especializado, serviço de referência ou serviço de maior complexidade, nas seguintes situações: -
Crianças menores de 02 anos com peso entre P3 e P0.1 se não estiver ganhando peso.
-
Crianças menores de 02 anos com peso entre P3 e P0.1 e peso/altura menor que P3.
-
Peso muito baixo (menor que P0.1), sem sinais clínicos de desnutrição.
-
Formas clínicas de desnutrição protéico-calórica: marasmo, Kwashiokor ou formas mistas.
-
Perímetro cefálico fora da faixa entre os percentis 10 e 90.
-
Déficits muito acentuados de estatura, principalmente em crianças com dietas adequadas.
-
Persistência do atraso do desenvolvimento psicossocial para idade por mais de 02 consultas (ou ausência do marco no último quadro sombreado da ficha de acompanhamento do desenvolvimento/MS).
-
E outros casos que se fizerem necessários.
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1.3.4 AVALIAÇÃO E CONDUTA DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 1.3.4.1 Peso/Idade Para avaliação da curva de crescimento individual de uma criança, considerar dois aspectos: 1º) Na primeira medição, observar a posição do peso em relação aos pontos de corte superior e inferior: -
Acima do percentil 97: classificar como sobrepeso.
-
Entre os percentis 97 e 3: faixa de normalidade nutricional.
-
Entre os percentis 10 e 3: classificar como risco nutricional.
-
Entre os percentis 3 e 0.1: classificar como peso baixo.
-
Abaixo do percentil 0.1: classificar como peso muito baixo.
2º) Nas medições seguintes, observar a posição e também o sentido do traçado da curva de crescimento da criança: -
Posição da linha que representa o traçado de crescimento da criança: entre os percentis 97 e 3, corresponde ao caminho da saúde.
-
O sentido do traçado da curva da criança (ascendente, horizontal ou descendente). É desenhada em linha contínua a partir da ligação de dois ou mais pontos com intervalos não superiores a dois meses. Intervalos maiores devem ser desenhados com linhas pontilhadas para chamar a atenção. Instrumentos e técnicas de medição antropométrica: consultar o caderno de
Atenção Básica de Saúde da Criança/MS.
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SAÚDE DA CRIANÇA
1.3.4.2 Condutas Recomendadas para Algumas Situações de Crescimento da Criança até 05 anos
Posição do Peso
> P 97
Entre P 97 e P 10
Entre P 97 e P 10
Entre P 10 e P3
Abaixo do P0,1 com presença de sinais clínicos de formas graves de desnutrição
Inclinação da Curva
Condição do Crescimento
Conduta
Alerta: risco de sobrepeso e obesidade
Verificar a existência de erro alimentar, orientar a mãe para uma alimentação mais adequada de acordo com as normas para a alimentação da criança sadia, excetuando-se bebês em aleitamento materno exclusivo. Dieta com restrição calórica só são recomendadas para criança a partir dos 4 anos com peso/altura > P 97. Verificar e estimular a atividade física regular, principalmente para criança acima de 4 anos. Marcar retorno para 30 dias.
Satisfatório
Parabenizar a mãe pelo crescimento satisfatório da criança. Marcar retorno de acordo com o calendário mínimo de consultas.
Alerta
Investigar possíveis intercorrências que possam justificar a diminuição da velocidade do crescimento e registrálas no cartão. Tratar as intercorrências conforme este protocolo. Marcar retorno para 30 dias.
Ascendente
Alerta
Investigar possíveis causas com atenção especial para desmame, dentição, intercorrências infecciosas, formas de cuidado com a criança e afeto, informar à mãe. Tratar as intercorrências conforme este protocolo. Marcar retorno para 30 dias.
Ascendente, horizontal ou descendente.
Formas clínicas de desnutrição protéicocalórica: marasmo, Kwashiokor ou formas mistas.
Ascendente
Ascendente
Horizontal ou descendente
Referir imediatamente para serviços de maior complexidade ou serviços de referência.
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SAÚDE DA CRIANÇA
Posição do Peso
Entre P 10 e P3
Entre P 3 e P 0,1
Abaixo do P0,1 sem presença de sinais clínicos de desnutrição
Inclinação da Curva
Horizontal ou descendente
Ascendente, horizontal ou descendente
Ascendente, horizontal ou descendente.
Condição do Crescimento
Conduta
Insatisfatório: classificar como risco nutricional
Investigar possíveis causas com atenção especial para desmame, alimentação, intercorrências infecciosas, formas de cuidado com a criança, afeto, higiene e informar a mãe. Tratar as intercorrências conforme este protocolo. Orientar a mãe sobre alimentação especial visando o ganho de peso. Encaminhar para o serviço social se disponível. Realizar nova consulta em intervalo máximo de 15 dias.
Peso baixo
Investigar possíveis causas com atenção especial para desmame, intercorrências infecciosas, formas de cuidado com a criança e afeto, alimentação complementar adequada para a idade e informar a mãe. Se a criança não ganhar peso, referir para a avaliação médica. Tratar as intercorrências conforme este protocolo. Encaminhar para o serviço social se disponível. Realizar nova consulta em intervalo máximo de 15 dias. Encaminhar a criança maior de 2 anos se peso/altura for < P 3, tratar como peso muito baixo ou encaminhar para a avaliação médica.
Peso muito baixo
Investigar possíveis causas com atenção especial para desmame, dentição, intercorrências infecciosas, formas de cuidado com a criança e afeto, informar a mãe. Tratar as intercorrências conforme este protocolo. Encaminhar para o serviço social se disponível. Ensinar a mãe a preparar e oferecer à criança uma dieta hipercalórica e hiperproteica. (Consultar o caderno de Atenção Básica de Saúde da Criança /MS, ANEXO 8). Tratar a desnutrição em casa ou encaminhar para avaliação médica para investigar outras causas. Realizar nova consulta em intervalo máximo de 15 dias.
FONTE: Caderno de Atenção Básica de Saúde da Criança / M.S, 2002.
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1.3.4.3 Perímetro Cefálico Importante variável para avaliar crescimento da cabeça/cérebro de crianças nos dois primeiros anos de vida. A avaliação do perímetro cefálico é uma medida indissociável da avaliação do desenvolvimento. O perímetro adequado situa-se entre os percentis 10 e 90 (faixa de normalidade), conforme quadro abaixo. Quadro do perímetro cefálico de meninos e meninas de 0 a 2 anos em centímetros. Idade (meses)
P 10 (cm)
P 90 (cm)
Idade (meses)
P 10 (cm)
P 90 (cm)
Nascimento
33,0
36,0
9 meses
43,3
46,3
1 mês
35,5
39,0
10 meses
43,8
46,6
2 meses
37,5
40,9
11 meses
44,4
47,0
3 meses
38,8
42,1
12 meses
45,0
47,5
4 meses
39,5
43,0
15 meses
45,5
48,3
5 meses
40,8
43,8
18 meses
46,0
49,1
6 meses
41,5
44,5
21 meses
46,5
49,8
7 meses
42,2
45,2
24 meses
47,0
50,5
8 meses
43,0
46,0
-
-
-
Fonte: NCHS, 1997 (Nacional Center for Health Statistcs)
Entretanto, destaca-se a relevância de encaminhamento precoce de casos que, embora estejam em entre os percentis 10 e 90, tenham sofrido um aumento súbito ou estejam estabilizados, sobretudo se existe concomitante comprometimento do desenvolvimento. FLUXOGRAMA Perímetro cefálico fora da faixa de normalidade
Encaminhar para avaliação médica para afastar diagnóstico de microcefalia ou hidrocefalia
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SAÚDE DA CRIANÇA
1.3.4.4 Estatura/Idade O ganho de estatura é um bom parâmetro para avaliação do crescimento da criança por ser acumulativo, progressivo e não sofrer regressões, mas é lento para refletir o problema agudo de saúde e nutrição da criança. O percentil 3 é o limite abaixo do qual a criança pode ser considerada com baixa estatura. Diante de déficits de estatura (< percentil 03) deve-se investigar a causa (dieta insuficiente em quantidade e/ou qualidade e história de infecções de repetição no passado ou ainda persistente no presente). Conduta: orientação alimentar e cuidados gerais, objetivando a recuperação total ou parcial deste déficit. FLUXOGRAMA Déficits muito acentuados (muito abaixo do percentil 3) sobretudo em crianças de famílias de boas condições socioeconômicas
Referenciar ao medico para afastar diagnóstico de doenças metabólicas genéticas ou infecções crônicas que interferem no crescimento.
1.3.4.5
Condutas
Recomendadas
para
algumas
Situações
no
Desenvolvimento da Criança até 05 anos 1. Presença da resposta esperada para a idade: a criança está se desenvolvendo bem e o profissional de saúde deve seguir o calendário de consulta; 2. Falha em alcançar algum marco do desenvolvimento para a idade: antecipar a consulta seguinte; investigar a situação ambiental da criança, a relação com a mãe e a oferta de estímulos. Orientar a mãe para brincar e
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SAÚDE DA CRIANÇA
conversar com a criança durante os cuidados diários e realizar os estímulos conforme a etapa funcional ou do desenvolvimento; 3. Persistência do atraso por mais de duas consultas ou ausência do marco no último quadro sombreado: referenciar a criança para a avaliação médica ou serviço de maior complexidade. OBS.: Como roteiro de observação e identificação de crianças com prováveis problemas de desenvolvimento, incluindo alguns aspectos psíquicos, utilizar a ficha Acompanhamento do Desenvolvimento adotado pelo Ministério da Saúde (consultar caderno de Atenção Básica nº 11 de Saúde da Criança/MS, 2002, pág.93).
1.4
ROTEIRO
PARA
PRESCRIÇÃO
DE
MEDICAMENTOS
PROFILÁTICOS Vitamina A+D: a partir do 1º mês de vida para todas as crianças prematuras até completar 6 meses. Após este período, manter conforme avaliação médica. Vitamina A+D(CEME)
10 - 12 gotas/dia
Sulfato ferroso: profilático até 2 anos, da seguinte forma: -
Lactentes a termo em aleitamento exclusivo: a partir do 6º mês, 1mg/kg/dia;
-
Lactentes a termo em aleitamento misto: a partir do 4º mês,1mg/kg/dia;
-
Lactentes prematuros ou com baixo peso ao nascer: após 30º dia de vida 2mg/kg/dia por dois meses. A seguir, manter esquema 1mg/kg/dia até 24 meses de vida. Ex.: Criança 2kg
2mg x peso
2mg x 2kg = 4mg
Se o sulfato ferroso apresenta 25 mg em 20 gotas, é usada a regra de três: 4 mg 25 mg
x gotas 20 gotas
Resultado = 3 gotas por dia.
Vitamina A (mega dose): -
100.000 UI = a partir do 6º mês de vida, uma dose apenas até 1 ano.
-
200.000 UI = a partir de 01 ano, a cada 6 meses até completar 05 anos.
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1.5 CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA SES/MG ADOTADO PELO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS IDADE
VACINAS
Nascimento
BCG/ Hepatite B
2 meses
Hep. B(2) Pólio e tetravalente (1)
4 meses
Pólio e tetravalente (2)
6 meses
Pólio e tetravalente (3) ; Hep.B (3)
9 meses
Febre amarela
12 meses
Tríplice viral
15 meses
Pólio e DTP
5 anos 10 anos
DTP (2-R) ; Tríplice viral BCG®
Atentar para a formação da cicatriz da BCG, caso não se forme ou fique com cicatriz < 3 mm, revacinar 06 meses após a primeira aplicação. dT de 10 em 10 anos, contados a partir da última dose de DTP; Reforço de Febre Amarela de 10 em 10 anos;
1.6 EVENTOS ADVERSOS As reações pós-vacinais devem ser investigadas e notificadas em formulário próprio, que deve ser encaminhado à Seção de Vigilância Epidemiológica. Em caso de evento local grave relacionado a BCG, encaminhar ao ambulatório de Tisiologia (Policlínica Dr. Carlos José do Espírito Santo) para avaliação médica, com ficha de eventos adversos preenchida.
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1.7 ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI O objetivo da estratégia AIDPI não é estabelecer um diagnóstico de uma determinada doença, mas identificar sinais clínicos que permitam avaliar, classificar e realizar a assistência requerida; realizar encaminhamento urgente a um hospital, tratamento ambulatorial ou orientação para cuidados e vigilância no domicílio. Os enfermeiros capacitados para a aplicação da estratégia AIDPI estão habilitados a implementar todas as ações preconizadas, inclusive as terapias medicamentosas. As condutas de atenção integrada incluem os tratamentos de crianças doentes que chegam à atenção básica; entretanto, não incluem todas as doenças que acometem essa faixa etária, e sim, as doenças prevalentes que contribuem para o aumento da morbi mortalidade infantil. A estratégia AIDPI é apresentada em uma série de quadros que mostram a seqüência e a forma dos procedimentos a serem adotados pelos profissionais de saúde, que descrevem os seguintes passos (ver manual de quadros do AIDPI): 1. Avaliar a criança doente de 02 meses a 05 anos de idade ou de 01 semana a 02 meses de idade; 2. Classificar a doença; 3. Identificar o tratamento; 4. Tratar a criança; 5. Aconselhar a mãe ou o acompanhante; 6. Consulta de retorno. O AIDPI contempla alguns aspectos: Sinais gerais de perigo; Tosse ou dificuldade para respirar; Diarréia; Febre; Problema no ouvido; Desnutrição; Anemia; Alimentação. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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SAÚDE DA CRIANÇA
No conjunto das ações, são enfatizadas as práticas de cuidados domiciliares que visam a prevenção do agravamento dos quadros e a recuperação da saúde.
Veja o manual de quadros de conduta que subsidia as ações da estratégia na parte de AIDPI.
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Parte II SAÚDE DO ADOLESCENTE
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ÍNDICE 2.1 INTRODUÇÃO...................................................................................................
30
2.2 OBJETIVOS........................................................................................................ 30 2.3 POPULAÇÃO ALVO ......................................................................................... 30 2.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ADOLESCENTES.......................
30
2.4.1 Anamnese................................................................................................
31
2.4.2 Exame Físico...........................................................................................
31
2.4.3 Solicitação de Exames Laboratoriais de Rotina............................... 32 2.5 CONSULTA ESPECÍFICA........................................................................
32
2.5.1 Ginecológica..................................................................................... 32 2.5.2 Ações complementares.................................................................... 33 2.5.3 Práticas Educativas Coletivas.......................................................... 33 2.5.4 Prescrição........................................................................................
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2.1 INTRODUÇÃO A adolescência compreende a faixa etária que vai dos 10 aos 19 anos de idade. É nesse período que ocorrem importantes transformações no corpo (puberdade), no modo de pensar e agir e no desempenho dos papéis sociais. Essas transformações, tanto físicas quanto emocionais e sociais, provocam mudanças importantes nas relações do adolescente com ele mesmo, com a família e com os amigos e companheiros. Com tudo isso acontecendo, os adolescentes podem adotar alguns comportamentos de risco associados à expressão da sexualidade, ao envolvimento com atos violentos ou uso/abuso de drogas. Cada um desses eventos pode trazer conseqüências danosas para a saúde, sofrimento para seus familiares e prejuízo para toda a sociedade.
2.2 OBJETIVOS Atender ao adolescente numa visão biopsicossocial, enfatizando a promoção da saúde, prevenção dos agravos, tratamento e reabilitação, visando a melhoria da sua qualidade de vida; Acompanhar o crescimento e desenvolvimento do adolescente.
2.3 POPULAÇÃO ALVO Adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos.
2.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ADOLESCENTES A consulta com o adolescente deve obedecer , na medida do possível, as seguintes etapas: 1)Entrevista com a família 2) Entrevista só com o adolescente PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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3)Exame físico do adolescente 4)Diagnóstico e Plano de Cuidados 2.4.1 Anamnese
Motivo da consulta Coletar dados sócio-econômicos e culturais Antecedentes pessoais Antecedentes familiares, estrutura e dinâmica familiar; Nível de escolaridade , anos aprovados, rendimento escolar e interesse. Hábitos sociais, aceitação no grupo social, amigos,namoro, atividades realizadas, prática de esporte; Uso de drogas lícitas e ilícitas; Hábitos alimentares; Sono e repouso; Pensamentos ou tentativas prévias de suicídio, Ambições (Motivações, planos para o futuro) Antecedentes gineco-urológicos: menarca/espermarca, ciclos menstruais, doenças
sexualmente
transmissíveis;
secreção
peniana
alterada,
gestações, abortamentos e filhos; Sexualidade: dúvidas, atividade sexual, preferência sexual, número de parceiros, idade de início das relações sexuais; problemas durante o coito, uso de métodos contraceptivos, abuso sexual. 2.4.2 Exame Físico Avaliação de: Aspecto geral; índice de massa corpórea, peso para idade, estatura para idade e velocidade de crescimento (gráfico); Pele (acne) e anexos; Acuidade visual e auditiva;
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Boca e dentes; Pescoço e tireóides; Tórax e mamas; Aparelho cardiovascular; Abdômen; Aparelho geniturinário; Escala de Tanner ; Extremidades. 2.4.3 Solicitação de Exames Laboratoriais de Rotina: OBSERVAÇÃO: A solicitação dos exames será criteriosa. Vide condutas de: - Saúde da mulher (Pré-natal, Prevenção de Câncer de Mama e Colo Uterino); - DST s/AIDS; - Planejamento Familiar.
2.5 CONSULTA ESPECÍFICA 2.5.1 Ginecológica Idade ginecológica (data da menarca); Exame das mamas; Exame especular e coleta de material para colpocitologia oncótica e exame a fresco; Orientação sexual com prescrição de método contraceptivo, prevenção e tratamento de vulvovaginites e DST s.
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2.5.2 Ações Complementares Referências para consultas e serviços especializados e práticas educativas coletivas. 2.5.3 Práticas educativas coletivas Temas
a
serem
trabalhados:
Planejamento
familiar;
DST/AIDS;
sexualidade; auto-exame de mamas; câncer cérvico-uterino e de mamas; uso de drogas lícitas e ilícitas; alterações corporais e psico-emocionais durante a puberdade; gestação na adolescência; entre outros. 2.5.4 Prescrição Vide condutas de: Saúde da mulher (Pré-natal, Prevenção de Câncer de Mama e Colo Uterino); DST s/AIDS; Planejamento Familiar.
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Parte III SAÚDE DA MULHER
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SAÚDE DA MULHER
ÍNDICE 3.1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3.2 OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 3.3 POPULAÇÃO ALVO.................................................................................................... 3.4 PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÙTERO E MAMA................................... 3.4.1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 3.4.2 OBJETIVOS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM.......................................... 3.4.3 PÚBLICO ALVO................................................................................................ 3.4.4 PERIODICIDADE PARA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU.......................... 3.4.5 CONSULTA DE ENFERMAGEM....... .............................................................. 3.4.5.1 Anamnese...................................................................................................... 3.4.5.2 Exame Físico................................................................................................. 3.4.5.2.1 Mamas........................................................................................................ 3.4.5.2.2 órgãos genitais externos............................................................................ 3.4.5.3 Coleta de Material para o Papanicolau.......................................................... 3.4.5.4 Teste de Schiller............................................................................................ 3.4.5.5 Teste das Aminas/ ou KOU .......................................................................... 3.4.5.6 Solicitação de Exames .................................................................................. 3.4.5.7 Prescrição...................................................................................................... 3.4.5.8 Seguimentos/Resultados dos Exames.......................................................... 3.4.6 Papanicolau...................................................................................................... 3.4.7 Competências dos Integrantes da Equipe de Saúde........................................ 3.5.7.1 Agente Comunitário de Saúde...................................................................... 3.5.7.2 Auxiliar de Enfermagem................................................................................. 3.5.7.3 Enfermeiro..................................................................................................... 3.5.7.4 Médico .......................................................................................................... 3.6 PRÉ-NATAL................................................................................................................ 3.6.1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 3.6.2 OBJETIVO........................................................................................................ 3.6.3 DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ ...................................................................... 3.6.4 CALENDÁRIO MÍNIMO DE ATENDIMENTO................................................... 3.6.5 CONSULTA DE PRÉ-NATAL .......................................................................... 3.6.5.1 ANAMNESE................................................................................................... 3.6.5.1.1 Roteiro da primeira consulta....................................................................... 3.6.5.2 SOLICITAÇÃO DE EXAMES......................................................................... 3.6.5.2.1 Primeira Consulta....................................................................................... 3.6.5.2.2 Consultas subseqüentes............................................................................ 3.6.5.3 MÉTODOS PARA CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG) ................... 3.6.5.4 SOLICITAÇÃO DE ULTRA SOM................................................................... 3.6.5.5 MÉTODO PARA CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP)...... 3.6.6 EXAME FÍSICO............................................................................................. 3.6.7 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO DA GESTANTE PARA O ALTO RISCO ....................................................................................................................... 3.6.8 ROTEIRO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS EXAMES.................... 3.6.8.1 Tipagem Sanguínea............................................................................ 3.6.8.2 Dosagem de Hemoglobina (Hb) ........................................................... 3.6.8.3 Sorologia para Sífilis (Vdrl) .................................................................. 3.6.8.4 Glicemia de Jejum.............................................................................. 3.6.8.4.1 Detectar Diabetes Mellitus Gestacional............................................... 3.6.8.4.2 Fatores de risco............................................................................... 3.6.8.5 Urina Rotina .................................................................................................. 3.6.8.5.1 Tratamento de infecção urinária ................................................................ 3.6.8.6 Toxoplasmose.................................................................................... 3.6.8.7 Rubéola............................................................................................ 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37 37 37 37 37 38 38 39 39 39 39 40 41 41 42 42 43 43 43 43 45 45 45 46 46 48 48 48 48 50 50 50 50 53 53 54 55 56 56 57 58 61 61 61 62 62 62 62 63 64 64 65
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SAÚDE DA MULHER
3.6.8.8 Anti-HIV............................................................................................ 3.6.8.9 Citologia oncótica............................................................................... 3.6.9 OUTROS ACHADOS CLÍNICOS............................................................. 3.6.9.1 Hipertensão....................................................................................... 3.6.9.2 Edema.............................................................................................. 3.6.9.3 Ganho de peso 3.6.10 ACOMPANHAMENTO DA MEDIDA DA ALTURA UTERINA/ CRESCIMENTO FETAL......................................................................... 3.6.11 VACINAÇÃO DA GESTANTE........................................................................ 3.6.12 QUEIXAS MAIS FREQÜENTES NA GESTAÇÃO NORMAL E CONDUTAS................................................................................................... 3.6.13 COMPETÊNCIAS DOS INTEGRANTES DA EQUIPE DE SAÚDE................ 3.6.13.1 Agente Comunitário de Saúde e Auxiliar de Enfermagem ......................... 3.6.13.2 Enfermeiro .................................................................................................. 3.7 PLANEJAMENTO FAMILIAR............................................................................. 3.7.1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 3.7.2 OBJETIVO........................................................................................... 3.7.3 ATIVIDADES EDUCATIVAS................................................................... 3.7.4 CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR .......................................... 3.7.4.1 Atividades Clínicas.............................................................................. 3.7.5 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS PRESCRITOS PELO ENFERMEIRO......... 3.7.6 ESCOLHA DO MÉTODO ANTICONCEPCIONAL............................................ 3.7.6.1 Critérios para a Escolha do Método Anticoncepcional................................. 3.7.6.1.1 Naturais (calendário, Billings, temperatura, sinto-térmico)......................... 3.7.6.1.2 Barreira.......................................................................................... 3.7.6.1.2.1 Preservativo Masculino/Feminino.................................................... 3.7.6.1.2.2 Diafragma.................................................................................... 3.7.6.1.3 Anticoncepcional Hormonal Oral........................................................ 3.7.6.1.4 DIU (Dispositivo Intra-Uterino)........................................................... 3.7.6.1.5 Métodos Definitivos.......................................................................... 3.7.6.1.6 Anticoncepção de Emergência ................................................................. 3.7.7 ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA ...................................................... 3.7.8 COMPETÊNCIAS DOS INTEGRANTES DA EQUIPE DE SAÚDE.................. 3.7.8.1 Enfermeiro..................................................................................................... 3.7.8.2 Médico........................................................................................................... 3.7.8.3 Agente Comunitário de Saúde...................................................................... 3.8 PUERPÉRIO.................................................................................................. 3.8.1 CONCEITO.......................................................................................... 3.8.2 CONSULTA DA PUÉRPERA.................................................................. 3.8.2.1 Exame Físico ....................................................................................... 3.8.2.2 Condutas nas Intercorrências Comuns na Amamentação............................ 3.8.2.2.1 Fissuras ..................................................................................................... 3.8.2.2.2 Ingurgitamento Mamário.................................................................... 3.8.2.2.2.1 Prevenção ................................................................................... 3.8.2.2.2.2 Cuidados com a mama ingurgitada ................................................. 3.8.2.2.3 Ordenha Manual............................................................................... 3.8.2.3 Avaliação da Mamada......................................................................... 3.8.3 ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO NO DOMICÍLIO.................................. 3.8.3.1 Avaliação do RN no Domicílio.............................................................. 3.8.3.2 Cuidados com o Recém-Nascido no Domicílio............................................. 3.8.4 DETECTAR SINAIS E SINTOMAS DE INFECÇÃO PUERPERAL.................. 3.8.4.1 Fluxograma para Avaliação das Mamas ................................................. 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65 65 65 65 66 67 67 67 69 73 73 74 76 76 76 76 77 77 77 78 78 78 78 78 79 79 80 81 83 84 86 86 87 87 88 88 88 89 89 89 90 90 91 91 92 93 93 95 97 98
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3.1 INTRODUÇÃO O papel da Mulher na sociedade brasileira tem mudado nas últimas décadas. Isso se reflete na crescente participação da população feminina na força de trabalho e como chefe de família, nas mudanças de comportamento quanto ao controle da reprodução e na maior organização política, através de movimentos específicos de mulheres. O aumento da expectativa de vida da mulher, as mudanças nos hábitos do cotidiano e as modificações do padrão demográfico apontam para a necessidade de uma adequada capacitação dos profissionais de saúde para responder às demandas de saúde dessa população. Busca-se aqui, estabelecer critérios para um melhor desenvolvimento das atividades que se referem à promoção e recuperação da saúde da mulher. O material foi elaborado com base nas publicações do Ministério da Saúde nas diversas áreas temáticas.
3.2 OBJETIVO GERAL Atender as necessidades da mulher em diferentes fases da vida, considerando-a como um ser holístico e contribuindo para o exercício pleno de sua cidadania.
3.3 POPULAÇÃO ALVO Mulheres da população em geral.
3.4 PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA 3.4.1 INTRODUÇÃO A mortalidade por câncer de colo de útero é totalmente evitável, uma vez que existem ações para seu controle e tecnologias para o diagnóstico e
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tratamento de lesões precursoras que permitem a cura em 100% dos casos diagnosticados na fase inicial. O exame citopatológico ou de Papanicolau se tornou uma técnica de alta eficácia e baixo custo na detecção precoce das lesões iniciais provocadas pelo agente do câncer de colo de útero e tem sido amplamente adotado em diversos países, dentre eles o Brasil, por meio do Ministério da Saúde como método de prevenção desse tipo de câncer. Durante a consulta de enfermagem à mulher, deve-se além de proceder ao exame Papanicolau, realizar o exame clínico das mamas, assim como orientar e estimular o auto exame das mamas, uma vez que o câncer de mama é um dos mais freqüentes em incidência e mortalidade no sexo feminino. Sendo o profissional enfermeiro um educador em saúde por excelência, torna-se de suma importância que este profissional esteja preparado para atuar na dimensão do cuidar, prevenindo e detectando o câncer cérvicouterino e de mamas, contribuindo para redução da morbi mortalidade por estas patologias.
3.4.2 OBJETIVOS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM Realizar a coleta do exame citopatológico, possibilitando a detecção precoce do câncer de colo de útero; Realizar o exame das mamas, assim como orientar e estimular as usuárias em relação ao auto-exame periódico. 3.4.3 PÚBLICO ALVO O exame Papanicolau deve ser realizado em toda mulher com vida sexual ativa ou a partir dos 18 anos de idade; O exame clínico das mamas, assim como as orientações em relação ao auto-exame devem ser realizadas juntamente com o Papanicolau ou sempre que houver demanda para o mesmo; Pacientes
histerectomizadas
devem
realizar
coleta
de
exame
papanicolau.
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SAÚDE DA MULHER
3.4.4 PERIODICIDADE PARA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU A coleta do Papanicolau deverá ser feita anualmente, até que após 2 exames anuais consecutivos negativos, a cada 3 anos um novo exame seja feito; As mulheres que se enquadrarem no grupo de risco deverão realizar o exame com a freqüência (anual ou a cada seis meses) a critério do profissional. 3.4.5 CONSULTA DE ENFERMAGEM 3.4.5.1 Anamnese Motivo da consulta; queixa da paciente; Início e tempo de duração dos sintomas; Historia pessoal; Historia familiar; Historia Gineco-obstetrica: o Data da ultima menstruação; o Ciclo menstrual (duração, intervalo, regularidade e dismenorréia) o Menarca, coitarca, número de parceiros; o Uso de método anticoncepcional, tipo e tempo de uso. Avaliação da adequação do método utilizado; o Citologia oncótica anterior; o Historia de alteração das mamas; o Nº de gestações, nº de partos, nº de abortos, nº de cesarianas, nº de filhos nascidos vivos, nº de filhos vivos atualmente, natimortos, óbitos neonatais e malformações congênitas, amamentação; o Levantamento das necessidades básicas; 3.4.5.2 Exame Físico Dados vitais; Inspeção de pele, mucosa e palpação de gânglios.
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SAÚDE DA MULHER
3.4.5.2.1 Mamas O exame deve ser feito com a mulher sentada e depois, repetido com ela deitada. O examinador deve se posicionar à frente da mulher e proceder da seguinte maneira: A) Inspeção Estática: Com os membros superiores ao longo do corpo, observar se as mamas são simétricas, se existem abaulamentos, retrações ou alterações de pele (hiperemia, edema ou ulceração) ou das papilas (descamação ou erosão) e saída espontânea de secreção. B) Inspeção Dinâmica Solicitar que a mulher eleve os braços ao longo do segmento cefálico e que ela coloque as mãos atrás da nuca, fazendo movimentos de abrir e fechar os braços, observar presença de abaulamento, retrações ou exacerbação de assimetrias. C) Palpação Dos linfonodos: colocar a mulher sentada, apoiar o braço do lado a ser examinado, sobre o braço do examinador. Palpar os linfonodos cervicais, supra-claviculares, infra-claviculares e axilares; Das mamas: colocar a mulher em decúbito dorsal, sem travesseiro e com as mãos atrás da nuca. Palpar todos os quadrantes, iniciando a palpação com a face palmar dos dedos sempre de encontro ao gradeado costal, de forma suave, no sentido horário, partindo da base da mama para a papila, até o prolongamento axilar, pesquisando a presença de nódulos. D) Expressão da Aréola e Papila Mamária É realizado após a palpação da mama, com a mulher deitada. Fazer a expressão suave da mama, desde a base até o complexo aréolo-papilar. Ocorrendo a saída de secreção observar a cor, odor e viscosidade. o Colher amostra da descarga papilar; o Colocar a paciente em posição ginecológica.
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3.4.5.2.2 Órgãos genitais externos Observar presença de: o Lesões cutâneas; o Distribuição do pelos; o Abscessos da glândula de Bartolin; o Aspecto do clitóris; o Aspecto do meato uretral. Ao esforço, verificar se ocorre prolapso das paredes vaginais anterior e posterior ou perda de urina. A) Exame especular Inspecionar o colo uterino, anotando: o Cor; o Tamanho; o Lacerações; o Máculas; o Neoformações. Inspecionar o orifício do colo, anotando: o Tamanho; o Forma; o Cor ; o Presença de secreções e/ou pólipos. Inspecionar as paredes vaginais, anotando: o Presença de lacerações; o Lesões verrucosas; o Ulcerações. 3.4.5.3 Coleta de material para o Papanicolau A coleta para o Papanicolau consiste na retirada das células do colo do útero, através de uma espátula de madeira passada na ectocérvice e de uma escova endocervical introduzida na endocérvice. Ectocérvice: é a porção externa do colo uterino, constituída pelo epitélio escamoso estratificado, onde deve-se apoiar o lado da espátula de Ayres PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
no orifício cervical externo e fazer um movimento rotativo de 360º, acompanhando todo o seu formato. Em seguida, fazer um esfregaço do material na lâmina, próxima da extremidade fosca, transversal ao eixo da lâmina; Endocérvice: é a porção interna do colo uterino, localizada no canal cervical, possuindo o epitélio colunar simples, onde se deve introduzir toda a cerda da escovinha endocervical. Sem forçar, fazer um movimento rotativo de uma volta completa e colher o material. A seguir colocar o material sobre a lâmina, fazendo a escova girar longitudinalmente ao eixo da lâmina no sentido contrário ao que foi feita a coleta e na parte distal da extremidade fosca da lâmina. A seguir proceder à fixação imediata da lâmina. 3.4.5.4 Teste de Schiller O teste de Schiller consiste na aplicação de uma solução de lugol a 2% sobre o colo, em quantidade abundante, retirando-se em seguida o excesso com gaze. A realização do teste de Schiller, após a coleta é muito importante porque diante de um iodo negativo deve-se encaminhar a paciente para a colposcopia. A sua interpretação se dá pelo grau de impregnação do iodo contido no lugol, pelo glicogênio das células. Para Iodo Positivo e/ou Claro: interpretar o teste de Schiller como negativo; Para Iodo Negativo: interpretar o teste de Schiller como positivo. 3.4.5.5 Teste das Aminas/ ou KOH Considerado como teste barato e rápido, consiste na aplicação de uma gota de KOH 10% em uma gota do conteúdo vaginal, retirada após coleta do material para o papanicolau, sugere-se utilizar espátula de Ayres. Deve ser usado naquela pacientes onde exista presença de leucorréia. Teste positivo: cheiro de peixe podre após aplicação da solução. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
3.4.5.6 Solicitação de Exames Quando houver necessidade poderão se pedidos os seguintes exames: Teste imunológico de gravidez; VDRL; Hemograma completo; Glicemia de Jejum; HIV; Urina rotina; EPF; Descarga papilar; Secreção vaginal a fresco, gram e cultura. 3.4.5.7 Prescrição Conforme a necessidade, segundo este protocolo na parte de DST/AIDS. 3.4.5.8 Seguimentos/Resultados dos Exames Conforme este protocolo na parte de DST/AIDS. 3.4.6 Papanicolau Diante de alterações evidenciadas no momento do exame como presença de pólipos, teste de Schiller positivo ou outros achados anormais que não se classifiquem no protocolo de DST encaminhar para a consulta médica.
Atenção: São campos obrigatórios no formulário de PCCU: nome da mãe, DUM, endereço e nome completo da usuária.
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ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
FLUXOGRAMA PARA REALIZAÇÃO DO EXAME DE PAPANICOLAOU
EXAME DE PAPANICOLAOU
Busca ativa em todos os setores da UBS, na comunidade, grupos e visitas domiciliares
Avaliar os exames de citologia oncótica anteriores
Realizou o exame, mas não tem o resultado
Nunca fez o exame
Tem um resultado normal há mais de um ano
Tem 2 ou mais resultados consecutivos sendo as citologias normais
Orientar a realização de novo exame a cada 3 anos.
Realizar o exame o mais breve possível
Mulher com histerectomia parcial
Orientar retorno anual e papanicolau
Mulher com histerectomia total
Orientar retorno anual e papanicolau a cada 3 anos
FONTE: SMS / Montes Claros, 2000 (Adaptado).
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ATENÇÃO BÁSICA
45
SAÚDE DA MULHER
3.4.7 COMPETÊNCIAS DOS INTEGRANTES DA EQUIPE DE SAÚDE 3.4.7.1 Agente Comunitário de Saúde Estimular
e
captar
em
sua
área
de
abrangência
as
mulheres,
principalmente as de vida sexual ativa para a realização do exame citopatológico e de mamas; Agendar o exame para as mulheres identificadas; Priorizar o agendamento para aquelas mulheres que nunca realizaram o exame citopatológico na vida e para aquelas na faixa etária de risco para desenvolver o câncer de colo de útero (35 aos 49 anos); Orientar sobre a importância da realização periódica do exame citopatológico, e de mamas, assim como o auto exame das mamas, como método de prevenção e diagnostico precoce do câncer. Conferir e enviar o material coletado (lâmina) para laboratório de referência (conforme organização do serviço). Agendar retorno da paciente para entrega do resultado do exame para médico(a) ou enfermeiro(a), conforme rotina do serviço.
3.4.7.2 Auxiliar de Enfermagem Estimular
e
captar
em
sua
área
de
abrangência
as
mulheres,
principalmente as de vida sexual ativa para a realização do exame citopatológico e de mamas; Orientar sobre a importância da realização periódica do exame citopatológico e de mamas, assim como o auto-exame das mamas como método de prevenção do câncer; Preparar e esterilizar todo o material necessário para realização do exame citopatológico. Conferir e enviar o material coletado (lâmina) para laboratório de referência (conforme organização do serviço).
PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
46
SAÚDE DA MULHER
3.4.7.3 Enfermeiro Estimular
e
captar
em
sua
área
de
abrangência
as
mulheres,
principalmente as de vida sexual ativa para a realização do exame citopatológico e de mamas; Orientar sobre
a importância da
realização periódica do exame
citopatológico, e de mamas, assim como o auto-exame das mamas como método de prevenção do câncer; Realizar a consulta de enfermagem. Se houver sintomatologia importante ou o exame físico for conclusivo para alguma patologia específica, encaminhar ao médico; Capacitar a equipe de saúde em relação ao câncer de colo de útero e mama destacando a importância da prevenção do mesmo através do diagnóstico precoce; Supervisionar e capacitar o auxiliar de enfermagem no preparo e esterilização do material necessário para a coleta do exame; Avaliar os resultados de exames citopatológicos realizados e orientar a conduta; Encaminhar para consulta médica/colposcopia quando necessário.
3.5.4 Médico Estimular
e
captar
em
sua
área
de
abrangência
as
mulheres,
principalmente as de vida sexual ativa para a realização do exame citopatológico e de mamas; Orientar sobre a importância da realização periódica do exame citopatológico, e de mamas, assim como o auto-exame das mamas como método de prevenção do câncer ; Realizar consulta médica ginecológica; Capacitar a equipe de saúde em relação ao câncer de colo de útero e mama, principalmente a importância da prevenção do mesmo através do diagnóstico precoce; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
47
SAÚDE DA MULHER
Avaliar os resultados de exames citopatológicos realizados; Quando capacitado realizar colposcopia; Encaminhar para o atendimento especializado quando necessário
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ATENÇÃO BÁSICA
48
SAÚDE DA MULHER
3.6 PRÉ-NATAL 3.6.1 INTRODUÇÃO O pré-natal se reveste da maior importância, sobretudo em países como o Brasil, onde, apesar das melhorias implantadas no sistema de saúde, são encontradas elevadas taxas de mortalidade materno-fetal. Não se põe em dúvida que a atenção dispensada pelo enfermeiro durante o pré-natal é um elemento de proteção para a saúde da mulher e do feto, permitindo a diminuição das complicações que podem surgir no decorrer da gravidez. Para que a gravidez transcorra com segurança, são necessários cuidados da própria gestante, do parceiro, da família e, especialmente dos profissionais de saúde. Nesse sentido, foi elaborado este protocolo de atendimento de enfermagem ao pré-natal de risco habitual. É importante salientar que a gestante deverá ser captada o mais precoce possível (primeiro trimestre).
3.6.2 OBJETIVO
Prestar assistência à gestante de baixo risco de maneira adequada e eficaz com
acesso
facilitado,
possibilitando
a
detecção
precoce
e
acompanhamento de qualquer agravo que comprometa o binômio mãe/filho.
3.6.3 DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ O diagnóstico de gravidez pode ser feito pelo Médico ou Enfermeiro da Unidade Básica, de acordo com:
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ATENÇÃO BÁSICA
49
SAÚDE DA MULHER
FONTE: Ministério da Saúde / 2002.
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ATENÇÃO BÁSICA
50
SAÚDE DA MULHER
3.6.4 CALENDÁRIO MÍNIMO DE ATENDIMENTO Após confirmação da gravidez, dá-se o início do acompanhamento da gestante observando o seguinte calendário:
Até 36ª semana
1 consulta mensal
Apósª a 36ª semana
1 consulta quinzenal
Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada. As consultas preferencialmente devem ser feitas intercalando médico e enfermeiro, que trabalharão em conjunto, potencializando suas ações. Porém, caso o Enfermeiro opte por realizá-las sozinho de acordo com a lei do exercício profissional (Decreto nº 94.406/87), o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo mesmo.
É assegurado o direito a gestante de no mínimo 6 consultas de pré-natal.
3.6.5 CONSULTA DE PRÉ-NATAL 3.6.5.1 ANAMNESE 3.6.5.1.1 Roteiro da primeira consulta A) Identificação: -
idade;
-
cor;
-
naturalidade;
-
procedência;
-
endereço atual.
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51
SAÚDE DA MULHER
B) Dados sócio-econômicos e culturais: -
grau de instrução;
-
profissão/ocupação;
-
situação conjugal;
-
número e idade de dependentes (avaliar sobrecarga de trabalho doméstico);
-
renda familiar per capita; pessoas da família que participam da força de trabalho;
-
condições de moradia (tipo, nº de cômodos, alugada/própria);
-
condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo);
C) Motivos da consulta: -
assinalar se foi encaminhada pelo agente comunitário ou se procurou diretamente a unidade;
-
se existe alguma queixa que a fez procurar a unidade
descrevê-la.
D) Antecedentes familiares, especial atenção para: -
hipertensão;
-
diabetes;
-
doenças congênitas;
-
gemelaridade;
-
câncer de mama;
-
hanseníase;
-
tuberculose e outros contatos domiciliares (anotar a doença e o grau de parentesco).
E) Antecedentes pessoais, especial atenção para: -
hipertensão arterial;
-
cardiopatias;
-
diabetes;
-
doenças renais crônicas;
-
anemia;
-
transfusões de sangue;
-
doenças neuropsiquiátricas;
-
viroses (rubéola e herpes);
-
cirurgia (tipo e data);
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ATENÇÃO BÁSICA
52
SAÚDE DA MULHER
-
hanseníase;
-
tuberculose.
F) Sexualidade: -
início da atividade sexual (idade da primeira relação);
-
desejo sexual (libido);
-
orgasmo (prazer);
-
dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual);
-
prática sexual nesta gestação ou em gestações anteriores;
-
número de parceiros;
-
ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade);
-
uso de métodos anticoncepcionais (quais, por quanto tempo e motivo do abandono);
-
infertilidade e esterilidade (tratamento);
-
doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive do parceiro);
-
cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
-
mamas (alteração e tratamento);
-
última colpocitologia oncótica (data e resultado).
G) Antecedentes obstétricos: -
número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola hidatiforme);
-
número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, fórceps, cesáreas - indicações);
-
número de abortamentos (espontâneos, provocados, complicados por infecções, curetagem pós-abortamento);
-
número de filhos vivos;
-
idade da primeira gestação;
-
intervalo entre as gestações (em meses);
-
número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação);
-
número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2500g) e com mais de 4000g;
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ATENÇÃO BÁSICA
53
SAÚDE DA MULHER
-
mortes neonatais precoces - até 7 dias de vida (número e motivos dos óbitos);
-
mortes neonatais tardias - entre 7 e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos);
-
natimortos (morte fetal intra-útero e idade gestacional em que ocorreu);
-
recém-nascidos
com
icterícia
neonatal,
transfusão,
exsanguinotransfusões; -
intercorrências ou complicações em gestações anteriores (especificar);
-
complicações nos puerpérios (descrever);
-
intervalo entre o final da última gestação e o início da atual.
H) Gestação atual: -
data do primeiro dia da última menstruação - DUM (anotar certeza ou dúvida);
-
data provável do parto - DPP;
-
data da percepção dos primeiros movimentos fetais.
-
sinais e sintomas na gestação em curso;
-
medicamentos usados na gestação;
-
a gestação foi ou não desejada;
-
hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e uso de drogas ilícitas;
-
ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse).
Durante a primeira consulta a gestante deverá ser cadastrada no SISPRENATAL Deverá também ser preenchido e entregue o Cartão da Gestante, e encaminhada para a realização do CARTÃO SUS.
3.6.5.2 SOLICITAÇÃO DE EXAMES 3.6.5.2.1 Primeira consulta Grupo sangüíneo e fator Rh; Coombs indireto se necessário; Hemograma; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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SAÚDE DA MULHER
Sorologia para sífilis (VDRL); Glicemia em jejum; Exame de urina rotina + gram; Urocultura com antibiograma se necessário; Teste Anti HIV; Rubéola IgM/IgG; Toxoplasmose IgM/IgG; Exame parasitológico de fezes; Colpocitologia oncótica; Bacterioscopia do conteúdo vaginal se necessário; Ultra-som Obstétrico; Anti Hbs Ag. 3.6.5.2.2 Consultas Subseqüentes Teste de tolerância com sobrecarga oral de 75 g de glicose anidra em 2 horas
a partir da 20ª semana, ver fluxograma para detecção de Diabetes
Mellitus; Repetir: VDRL, urina rotina e glicemia de jejum na 30ª semana gestacional conforme rotina; Outros exames conforme fluxogramas e ou orientações apresentados ao longo do protocolo. A) Roteiro das Consultas Subseqüentes -
revisão do cartão de pré-natal e anamnese atual;
-
cálculo e anotação da idade gestacional;
-
controle do calendário de vacinação;
-
exame físico geral e gineco-obstétrico:
-
determinação do peso;
-
medida da pressão arterial;
-
inspeção da pele e das mucosas;
-
inspeção das mamas;
-
palpação obstétrica e medida da altura uterina
anotar no gráfico e
observar sentido da curva para avaliação do crescimento fetal; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
55
SAÚDE DA MULHER
-
ausculta dos batimentos cardiofetais;
-
pesquisa de edema;
-
toque vaginal, exame especular e outros, se necessários;
- interpretação de exames laboratoriais e solicitação de outros, se necessários. Esta atribuição caberá ao médico(a); -
acompanhamento
das condutas adotadas em serviços clínicos
especializados; -
realização de ações e práticas educativas (individuais e em grupos);
-
agendamento de consultas subseqüentes.
3.6.5.3 MÉTODOS PARA CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG): a) Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida: -
uso do calendário - contar o número de semanas a partir do 1º dia da última menstruação até a data da consulta. A data provável do parto corresponde ao final da 40º semana, contada a partir da data do 1º dia da última menstruação;
-
uso de disco - instrução no verso do disco.
b) Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu: -
se o período foi no início, meio ou final do mês, considerar como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente; proceder, então, à utilização de um dos métodos acima descritos.
c) Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos: -
Proceder ao exame físico: Medir a altura uterina e posicionar o valor encontrado na curva de crescimento uterino. Verificar a IG correspondente a esse ponto; Considerar IG muito duvidosa e assinalar com interrogação no prontuário e no cartão da gestante; Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a IG e a DPP serão inicialmente determinadas por aproximação, basicamente, através da medida da altura do fundo do útero e do toque vaginal,além da informação sobre a data de início dos
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56
SAÚDE DA MULHER
movimentos fetais. O toque vaginal poderá ser realizado somente pelo(a) médico(a). Pode-se utilizar a altura uterina juntamente com o toque vaginal, considerando os seguintes parâmetros: o até a 6ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino; o na 8ª semana o útero correspondente ao dobro do tamanho normal; o na 10ª semana o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual; o na 12ª semana enche a pelve de modo que é palpável na sínfise púbica; o na 16ª semana o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; o na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical; o a partir da 20ª semana, existe uma relação aproximada entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, o esse parâmetro torna-se menos fiel, a medida que se aproxima o termo. 3.6.5.4 SOLICITAÇÃO DE ULTRA-SOM Quando não for possível determinar a idade gestacional clinicamente deverá solicitar o mais precocemente o exame de ultra sonografia obstétrica. 3.6.5.5 MÉTODO PARA CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP) Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas a partir da DUM), mediante a utilização de um calendário ou disco.
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ATENÇÃO BÁSICA
57
SAÚDE DA MULHER
Uma outra forma de cálculo é somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e adicionar nove meses ao mês em que ocorreu a última menstruação. Exemplos: Data da última menstruação: 13/09/95; Data provável do parto: 20/06/96; Data da última menstruação: 27/06/95; Data provável do parto: 04/04/96. 3.6.6 EXAME FÍSICO Geral: determinação do peso e avaliação do estado nutricional da gestante; medida e estatura; determinação da freqüência do pulso arterial; medida da temperatura axilar; medida da pressão arterial; inspeção da pele e das mucosas; palpação da tireóide; ausculta cardiopulmonar; exame do abdome; palpação dos gânglios inguinais; exame dos membros inferiores; pesquisa de edema (face, tronco, membros); Específico: gineco-obstétrico exame mamas (orientado, também, para o aleitamento materno); medida da altura uterina; ausculta dos batimentos cardiofetais (a partir da 10ª com auxílio do Sonar -Doppler e após a 24º semana com Pinnar); identificação da situação e apresentação fetal (3º trimestre); inspeção dos genitais externos; exame especular se necessário: PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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SAÚDE DA MULHER
a) inspeção das paredes vaginais; b) inspeção do conteúdo vaginal; c) inspeção do colo uterino; d) coleta de material para exame colpocitológico (se necessário), conforme protocolo de prevenção de câncer cérvico-uterino e de mama; toque vaginal, se necessário; outros exames, se necessários; educação individual (respondendo às dúvidas e inquietações da gestante).
3.6.7 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO DA GESTANTE PARA O ALTO RISCO Durante a primeira consulta deve se proceder anamnese minuciosa, pois algumas mulheres correm risco ao engravidar, por possuírem problemas anteriores de saúde que devem ser investigados. Outras, no entanto podem não possuí-los, mas poderão desenvolvê-los durante a gestação e deverão ser encaminhadas assim que identificados. Doenças obstétricas - Síndromes Hipertensivas da Gravidez; - Pré- Eclampsia; - Iminência de Eclampsia/ Eclampsia; - Síndrome Help. Síndromes Hemorrágicas - Hemorragia na primeira e segunda metade da gravidez ; - Abortamento; - Abortamento habitual; - Gravidez ectópica; - Mola hidatiforme; - Deslocamento cório amniótico;
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ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
- Placenta prévia; - Deslocamento prematuro da placenta; - Rotura uterina. Desvios do crescimento - Retardo do Crescimento Intra-uterino; - Macrossomia Fetal; Alterações da duração da gravidez - Incompetência istmo-cervical; - Trabalho
de
parto
prematuro
(confirmado
com
dinâmica
+
e/ou
apagamento/dilatação do colo uterino); - Gestação prolongada. Alterações do volume de líquido Amniótico - Oligoâminio; - Polidrâminio. Intercorrências Clínicas - Infecções; - Infecção urinária recidivante; - Toxoplasmose; - Malária; - Hanseníase; - Rubéola; - Citomegalovírus.
Doenças sexualmente Transmissíveis - Sífilis; - Hepatite B e C; - Infecção pelo HIV; - Infecção pelo Papiloma Vírus; - Herpes Simples Vírus; - Vaginose Bacteriana resistente ao primeiro tratamento. Anemias - Anemia Ferropriva c/ Hb<8.0%; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
- Anemia Megaloblástica; - Anemia Falciforme; - Talassemias; - Anemia Microangiopatica. Endocrinopatias - Diabetes Mellitus; - Tireoidopatias; - Hipotireoidismo; - Crise Tireotóxica; - Carcinoma de Tireóide. Pneumopatias - Asma; - Pneumonia; - Tuberculose. Amniorrexe Prematura Cardiopatias; Corioamniote; Hiperêmese; Epilepsia; Gestação Múltipla; Hipertensão Arterial Crônica; Isoimunização Materno Fetal (c/Coombs +); Lupus Eritematoso Sistêmico; Síndrome Antifosfolípede; Tromboembolismo; Óbito Fetal; Adolescentes de 11 a 17 anos; Maior de 35 anos; História anterior de doenças psíquicas correlacionadas com o ciclo Grávido Puerperal.
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ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
3.6.8 ROTEIRO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS EXAMES 3.6.8.1 Tipagem sanguínea É importante na prevenção da doença hemolítica perinatal, que pode determinar alto risco de morbi-mortalidade fetal.
RESULTADO Mãe RH negativo e parceiro RH positivo ou RH desconhecido
CONDUTA Solicitar teste de coombs indireto; se negativo, repeti-lo a cada 4 semanas, a partir da 24a semana. Quando o teste de coombs for positivo, referir ao pré-natal de alto risco.
3.6.8.2 Dosagem de Hemoglobina (Hb)
RESULTADO
Hemoglobina>= 11g/dl
Hemoglobina<11 g/dl ou >8 g/dl
Hemoglobina <8 g/dl
CONDUTA Ausência de anemia: Suplementação de ferro a partir da 20ª semana; uma drágea de sulfato ferroso/dia (40 a 60 mg de ferro elementar) conforme disponibilidade nas unidades básicas de saúde. Recomenda-se ingerir antes das refeições com suco de frutas cítricas. Anemia leve ou moderada: Solicitar exame parasitológico de fezes e encaminhar para tratamento se necessário; Tratar anemia com 3 drágeas de sulfato ferroso, via oral/dia; Repetir dosagem de hemoglobina entre 30 e 60 dias; Se os níveis estiverem subindo, manter o tratamento até a hemoglobina atingir 11g/dl, quando deverá ser iniciada a dose de suplementação (1 drágea ao dia) e repetir a dosagem no 3º trimestre; Se a Hb permanecer em níveis estacionários ou se cair, referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Anemia grave referir ao pré-natal de alto risco
Recomenda-se também aliado a suplementação de ferro profilático, a utilização do Ácido fólico na dose diária de 50 microgramas, porém, a prescrição desse fármaco caberá ao médico.
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ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DA MULHER
3.6.8.3 Sorologia para Sífilis (VDRL)
Resultado
Conduta Repetir entre 27ª e 33ª semanas (ideal 30ª semana) Encaminhar para avaliação médica para tratamento.
Resultado negativo Resultado positivo
3.6.8.4 Glicemia de Jejum 3.6.8.4.1 Detectar Diabetes Mellitus Gestacional GESTANTE
PRIMEIRA CONSULTA GLICEMIA EM JEJUM
< 90
90
DOIS OU MAIS FATORES DE RISCO NÃO
RASTREAMENTO POSITIVO SIM
90 - 109
TTG 75g - 2h À PARTIR DA 20ª SEMANA
GLICEMIA JEJUM RASTREAMENTO NEGATIVO < 90
110
TTG 75g - 2h À IMEDIATAMENTE
90 < 140
ENCERRA
140
< 140
DMG
140
DMG
ENCAMINHAR O PRÉNATAL DE ALTO RISCO
FONTE: Ministério da Saúde /2000
3.6.8.4.2 Fatores de risco: Mais de 25 anos; Parentes próximos com diabetes; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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63
SAÚDE DA MULHER
Teve filhos pesando mais de quatro kg ao nascer; Teve abortos ou natimortos; Teve filhos com má formação fetal; É obesa ou aumentou muito de peso na gestação; Teve polidrâminio, pré-eclâmpsia; Teve diabetes gestacional; Tem baixa estatura; Tem distribuição central de gordura corporal. 4.6.8.5 Urina Rotina Identificar e tratar as infecções do aparelho urinário GESTANTE A CONTROLAR
DISÚRIA, ALGÚRIA, POLACIÚRIA, URGÊNCIA MICCIONAL
ASSINTOMÁTICA
URINA ROTINA, GRAM DE URI NA
PIÚRIA, NITRITO E/OU BACTÉRIAS NA ÚRINA
FEBRE, CALAFRIOS, DOR LOMBAR, ETC.
URINA ROTINA, GRAM DE URINA
NÃO
SIM
PIÚRIA, NITRITO E/OU BACTÉRIAS NA ÚR INA NÃO
UROCULTURA
SIM
UROCULTURA TRATAMENTO
SIM
BACTERIÚRIA > 100.000 COL/ML
REPETIR EXAMES NA 28ª SEMANA
SIM
TRATAMENTO
SIM
ASSISTÊNCIA SEGUNDO NORMAS DE ALTO RISCO
PIÚRIA E BACTÉRIAS NA URINA NÃO
CONTINUAR PRÉ NATAL HABITUAL
-
Fonte: CLAP/1996
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ATENÇÃO BÁSICA
64
SAÚDE DA MULHER
4.6.8.5.1 Tratamento de infecção urinária A) Orientações Gerais Hidratação abundante, 2 a 3 litros de água dia; Esvaziamento vesical freqüente; B) Tratamento Infecção urinária aguda não complicada, administrar Ampicilina 500 mg, 6 em 6 horas via oral, sete a dez dias. C) Observação Sugere-se solicitar junto com a urocultura o antibiograma, caso haja resistência a Ampicilina, impossibilitando seu uso, encaminhar para consulta médica; Se hematúria referir para consulta médica; Drogas que devem ser evitadas no final da gravidez ou na ameaça de trabalho de parto pré-termo (as Sulfas competem com Bilirrubina na excreção hepática
Hiperbilirrubinemia no RN e Nitrofurantoina pode
ocasionar anemia hemolítica no RN com deficiência de G6PD) 3.6.8.6 Toxoplasmose Avaliar susceptibilidade à toxoplasmose e prevenir toxoplasmose congênita GESTANTE Solicitar sorologia para Toxoplasmose na primeira consulta
IgM Negativo
IgM Negativo
IgM Positivo
IgG entre 1/64 a 1/20 48
IgG Negativo ou < 1/64 a 1/20 48
IgG > 1/20 48
Imune
Susceptível
Infecção ativa ou recente
Orientações
Encaminhar ao especialista
Repetir Exame no Terceiro trimestre
FONTE:SMS/ Montes Claros, 2000
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ATENÇÃO BÁSICA
65
SAÚDE DA MULHER
3.6.8.7 Rubéola Diante de um resultado positivo para rubéola, encaminhar para consulta médica. Veja em ANEXO I pág.150: Fluxograma de acompanhamento de gestantes e mulheres que engravidaram em até 30 dias após vacinação. 3.6.8.8 Anti-HIV O exame deve ser voluntário, devendo ser realizado aconselhamento pré e pós-teste conforme rotina do Ministério da Saúde (Manual de Assistência pré-natal/2000). Resultado positivo encaminhar para o serviço de referência. 3.6.8.9 Citologia oncótica Resultado positivo para candidíase, gardenerella e ou trichomoníase, tratar seguindo esquema deste protocolo de DST/AIDS. Se achados anormais diferentes dos acima, encaminhar à consulta médica.
3.6.9 OUTROS ACHADOS CLÍNICOS 3.6.9.1 Hipertensão A avaliação da pressão arterial (PA) deve ser realizada com a gestante sentada e em repouso. A alteração dos níveis tensionais deve ser confirmada em pelo menos duas medidas, estando a gestante em repouso. Considera-se hipertensão arterial sistêmica na gestação: A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140mmHg de pressão sistólica, e iguais ou maiores que 90mmHg de pressão diastólica; O aumento de 30mmHg ou mais na pressão sistólica e 15mmHg ou mais na pressão diastólica, em relação aos níveis tensionais conhecidos; Observados um desses dois casos a paciente deverá ser referida à consulta médica. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
66
SAÚDE DA MULHER
3.6.9.2 Edema A presença de edema indica risco materno fetal, se acompanhado de hipertensão arterial e proteinúria. Detecção de edema: O edema fica evidenciado através da presença de uma depressão duradoura no local pressionado. a) Nos membros inferiores: -
Posicionar a gestante de decúbito dorsal ou sentada;
-
Pressionar a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na perna, ao nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial).
b) Na região sacra: -
Posicionar a gestante de decúbito dorsal ou sentada;
-
Pressionar a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o dedo polegar.
c) Na face e em membros superiores: -
Identificar a presença de edema pela inspeção. ACHADOS
Edema ausente
GRAU (-)
CONDUTAS Acompanhar a gestante, seguindo o calendário mínimo. Verificar se o edema está relacionado à postura, final do dia, temperatura ou tipo de
Apenas edema de tornozelo, sem hipertensão ou aumento súbito de
(+)
peso
calçado; Orientar a gestante para repousar em decúbito lateral esquerdo; Seguir calendário mínimo de consulta. Orientar a gestante para repousar em decúbito lateral esquerdo;
Edema limitado aos membros inferiores, com hipertensão ou
(+ +)
Deve ser avaliada pelo medico da unidade, na ausência do mesmo, caso haja hipertensão a
aumento de peso
gestante deve ser encaminhada para um serviço de emergência. Edema generalizado (face, tronco e membros) ou que já se manifesta ao acordar, acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de
Gestante (+ + +)
de
risco.
Suspeitar
gravídica ou outras situações
de
toxemia
patológicas.
Referir ao pré-natal de alto risco.
peso
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3.6.9.3 Ganho de peso Resultados perinatais ruins tem sido associados com peso materno pré-gravídico insuficiente, baixa estatura da mãe e aumento de peso escasso ou excessivo durante a gravidez. A variação do peso durante a gravidez é muito grande e oscila entre 6 e 16Kg ao final da gestação. O aumento máximo se dá entre a 12ª e 24a semana de gestação. Portanto deve se aferir o peso em todas as consultas pré-natais, com a gestante utilizando roupa leve e descalça. A estatura deve ser medida na primeira consulta. Recomenda-se utilizar gráfico de aumento do peso materno em função da idade gestacional (encontrado no verso do cartão da gestante) ou tabela peso para altura segundo idade gestacional (encontrada no manual Assistência pré-natal do Ministério da Saúde/2000).Assim como as recomendações neles contidas.
3.6.10 ACOMPANHAMENTO DA MEDIDA DA ALTURA UTERINA/CRESCIMENTO FETAL O útero aumenta seu tamanho com a idade gestacional, para isso foram desenvolvidas curvas de altura uterina em função da idade gestacional nas quais os percentis 10 e 90 marcam os limites da normalidade (gráfico altura uterina/ semanas de gestação verso cartão gestante). As interpretações e condutas devem ser seguidas pelo Manual de Assistência pré-natal
Ministério da Saúde/2000.
3.6.11 VACINAÇÃO DA GESTANTE É realizada para a prevenção do tétano no RN e para a proteção da gestante, coma vacina dupla tipo adulto (dT) ou, na falta desta, com o toxóide tetânico (TT).
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GESTANTE A CONTROLAR
SIM
VAT PRÉVIA
ESQUEMA COMPLETO
NÃO
NÃO
SIM
MENOS DE 5 ANOS
NÃO
SIM
NÃO SE VACINA
REFORÇO NA 1ª CONSULTA
COMPLETAR ESQUEMA
1ª DOSE: O MAIS PRECOCE POSSÍVEL 2ª DOSE: 60 DIAS DEPOIS DA 1ª DOSE 3ª DOSE: 60 DIAS APÓS A 2ª DOSE
Fonte: CLAP, 1996.
Observação: O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias; A segunda dose deve ser aplicada até 20 dias, no máximo antes da data provável do parto. o Reforços: De 10 em 10 anos, antecipar a dose de reforço, se ocorrer nova gravidez em cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. o Efeitos adversos mais comuns: Dor, calor, vermelhidão, endurecimento local e febre; o Contra-indicação: A única contra-indicação é o relato, muito raro, de reação anafilática.
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3.6.12
QUEIXAS
MAIS
FREQÜENTES
NA
GESTAÇÃO
NORMAL
E
CONDUTAS As orientações a seguir são válidas para casos em que os sintomas são manifestações ocasionais e transitórias, não refletindo, geralmente patologias clínicas mais complexas. A maioria das queixas diminui ou desaparece sem o uso de medicamentos, que devem ser evitados ao máximo. Náuseas, Vômitos e Tonturas Orientar a gestante para: dieta fracionada (6 refeições leves ao dia); evitar
frituras,
gorduras
e
alimentos
com
cheiros
fortes
ou
desagradáveis; evitar líquidos durante as refeições (dando preferência à sua ingestão nos intervalos); ingerir alimentos sólidos ao levantar pela manhã; Sugestão: Medicamento Dramin B6 -1 comprimido até de 8/8 horas se orientações alimentares não diminuírem sintomas; Agendar consulta médica em caso de vômitos freqüentes. Pirose Orientar a gestante para fazer dieta fracionada, evitando frituras; ingerir leite frio; evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo; Sialorréia Explicar que este é um sintoma comum no início da gestação; Orientar a dieta semelhante à indicada para náusea e vômito; Orientar a gestante para deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor); Fraquezas e Desmaios Orientar a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade; Indicar dieta fracionada. Sugerir chá ou café com açúcar como estimulante, desde que não estejam contra-indicados; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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Explicar à gestante que sentar-se com a cabeça abaixada ou deitar-se em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio. Dor Abdominal, Cólicas e Flatulência Certificar-se de que não sejam contrações uterinas. Se a gestante apresentar
flacidez
da
parede
abdominal,
sugerir
exercícios
apropriados; Se houver flatulências (gases) orientar dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, mamão, ameixas e cereais integrais; Recomendar que aumente a ingestão de líquidos e evite alimentos de alta fermentação, tais como repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar; Recomendar caminhadas, movimentação e regularização do hábito intestinal; Eventualmente prescrever: -
Hioscina, 1 cápsula, via oral, até 2 vezes ao dia (cólicas);
Em caso de cólicas freqüentes e dor intensa, encaminhar para o(a) médico(a). Constipação Intestinal A presença maciça de progesterona reduz a ação de toda musculatura lisa. Neste caso recomenda a correção alimentar. Hemorróidas São coxins vasculares, que podem sangrar ou mesmo sediar uma trombose. Recomendar à gestante: Fazer dieta, a fim de evitar a constipação intestinal. Se necessário, encaminhar para avaliação médica; Não usar papel higiênico colorido ou áspero (molhá-lo) e fazer higiene perianal com água e sabão neutro, após defecação; Fazer banhos de vapor ou compressas mornas;
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Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente. Corrimento Vaginal Explicar que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação; Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de infecção vaginal; Se infecção prescrever conforme protocolo DST/AIDS. Queixas Urinárias (Polaciúria) Explicar que, geralmente, o aumento do número de micções é comum no início e no final da gestação (aumento do útero e compressão da bexiga); Agendar consulta médica, caso exista hematúria (sangue na urina), acompanhada ou não de febre; Ver fluxograma: Identificar e tratar as infecções do aparelho urinário. Falta de ar e dificuldade para respirar Esses sintomas são freqüentes na gestação, em decorrência do aumento do útero e ou ansiedades da gestante: Recomendar repouso em decúbito lateral; Ouvir a gestante e conversar sobre suas angústias, se for o caso; Estar atento para outros sintomas associados e para achados no exame cardiopulmonar pois, embora infreqüentemente, pode tratarse de um caso de doença cardíaca ou respiratória; Agendar a consulta médica, caso haja dúvida ou suspeita. Dor nas Mamas Recomendar o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer intercorrência mamária.
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Dor Lombar (dores nas costas) Motivadas pela alteração de postura e pela presença do útero grávido. Recomendar à gestante: Correção de postura ao sentar-se e ao andar; Uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis; Aplicação de calor local; Encaminhar para consulta medica se necessário. Cefaléia (dor de cabeça) Afastar hipertensão arterial e DHEG (se tiver mais de 24 semanas de gestação); Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e temores; Prescrever paracetamol 500mg de 6/6h se necessário; Referir à consulta médica, se persistir o sintoma. Sangramento nas Gengivas Recomendar o uso de escova de dentes macia e massagem na gengiva; Agendar atendimento odontológico, sempre que possível. Varizes São dilatações venosas nos membros inferiores. De uma maneira geral têm caráter predisponente familiar (alteração anatômica nas valvas venosas, invertendo o fluxo da veia profunda para a superficial). Recomendar à gestante: não permanecer muito tempo em pé ou sentada; repousar (20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas elevadas; não usar roupas muito justas e nem ligas nas pernas, e se possível, utilizar meia -calça elástica para gestante. Câimbras São mais freqüentes na segunda metade da gestação e acometem mais os membros inferiores. Deve-se moderar a atividade física,manter boa
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hidratação, aumentar ingestão de cálcio, massagear o músculo contraído e aplicar calor local. Cloasma Gravídico (manchas escuras no rosto) Explicar que é comum na gravidez e que costuma diminuir ou desaparecer, em tempo variável, após o parto. Recomendar não expor o rosto diretamente ao sol e o uso de filtro solar apropiado. Estrias Explicar que são resultado da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de prevenção. As estrias que no início se apresentavam cor arroxeada tendem, com o tempo, a ficar de cor semelhante à da pele. Ainda que controversas, podem ser utilizadas massagens locais, com substâncias oleosas, na tentativa de preveni-las.
3.6.13 COMPETÊNCIAS DOS INTEGRANTES DA EQUIPE DE SAÚDE 3.6.13.1 Agente Comunitário de Saúde e Auxiliar de Enfermagem
Identificação e encaminhamento precoce (1º trimestre) das gestantes para serviço de pré-natal na Unidade de Saúde; Realização de visitas domiciliares periódicas para monitoramento das gestantes, priorizando atenção nos aspectos do desenvolvimento da gestação; Acompanhamento do pré-natal, sinais e sintomas de risco para gestação, nutrição; Incentivo e preparo para o aleitamento materno; preparo para o parto; Atenção e cuidados do RN e cuidados no puerpério;
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Ações educativas individuais e coletivas com as gestantes e seus familiares; Visita Domiciliar reforçando o vinculo da gestante com a Unidade de Saúde, tendo caráter integral, abrangendo a família e o seu contexto social; Reconduzir as gestantes faltosas ao pré-natal, especialmente as de alto risco, uma vez que podem surgir complicações; Orientações e acompanhamento do estado vacinal das gestantes de sua área de abrangência. 3.6.13.2 Enfermeiro
Capacitação da equipe para identificação precoce de todas as gestantes na comunidade para que se inicie o acompanhamento de prénatal ainda no 1º trimestre da gravidez, visando intervenções oportunas em todo o período gestacional, sejam elas preventivas ou terapêuticas; Acompanhamento do pré-natal de risco habitual; Encaminhamento para atendimento odontológico; Encaminhamento para consulta médica, caso seja necessário; Realização do exame Papanicolau, se possível, logo na 1ª consulta de pré-natal; Realização de atividades educativas individuais e coletivas com as gestantes e seus familiares; Incentivo e preparo para o Aleitamento Materno, preparo para o parto; Assistência
de
enfermagem
às
gestantes
no
domicílio,
caso
necessitem; Realização de capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde e Auxiliares de Enfermagem sobre os diversos temas da assistência prénatal; Discussão com a equipe sobre plano de intervenção às gestantes em risco;
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Orientações, monitoramento e encaminhamento dos esquemas vacinais das gestantes; Prestação de assistência de enfermagem à puérpera e ao recémnascido.
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3.7 PLANEJAMENTO FAMILIAR 3.7.1 INTRODUÇÃO A assistência em contracepção pressupõe a oferta de todas as alternativas possíveis em termos de métodos anticoncepcionais, bem como o conhecimento de suas indicações e implicações de uso, garantindo à mulher, ao homem ou ao casal, os elementos necessários para a opção livre e consciente do método que a eles melhor se adapte. Pressupõe ainda, o devido acompanhamento clínico-ginecológico à usuária, independente do método escolhido.
3.7.2 OBJETIVO Garantir assistência integral à mulher ao homem ou ao casal, por meio de ações preventivas e educativas, permitindo acesso igualitário às informações,para regulação da concepção e contracepção.
3.7.3 ATIVIDADES EDUCATIVAS As atividades educativas devem ser desenvolvidas como forma de oferecer à clientela informações sobre sexualidade e fecundidade, assim como os conhecimentos necessários para opção ou não de um método contraceptivo. A prática educativa do planejamento familiar deve ser realizada em duas etapas, com datas diferentes: 1ª
Etapa:
Deverá
ser
realizada
por
um
profissional
da
equipe
Multiprofissional (Psicólogo, Médico ou Enfermeiro) e abordar os temas: anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor
feminino e masculino,
sexualidade e reprodução humana. 2ª Etapa: Deverá ser realizada pelo médico ou enfermeiro quando será feita a apresentação dos métodos contraceptivos e discussão dos mesmos.
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Na 2ª Etapa, ao final da Reunião, o usuário optará pelo método de sua escolha, receberá o certificado de sua participação nas duas etapas e será encaminhado para a consulta médica ou de enfermagem. O certificado terá validade de 1 ano. Após o vencimento o usuário deverá renovar o planejamento familiar, participando apenas da 2ª reunião sobre os métodos contraceptivos quando receberá outro certificado atualizado.
3.7.4 CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR 3.7.4.1 Atividades Clínicas A primeira consulta deve ser feita após as atividades educativas, incluindo: Anamnese completa; Exame físico geral; Levantamento da data da última colpocitologia oncótica para avaliar a necessidade de realização da coleta ou encaminhamento para tal; Análise da escolha (indicações, contra-indicações) e prescrição do método anticoncepcional. A competência para a realização da primeira consulta para prescrição do método contraceptivo inclui, sempre que possível, o profissional médico.
3.7.5 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS PRESCRITOS PELO ENFERMEIRO Condom; Geléia espermicida; Diafragma; Pílulas combinadas monofásicas; Pílulas combinadas trifásicas; Minipílula; Dispositivo intra-uterino; Métodos naturais; Contracepção de emergência. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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Obs.: Os métodos considerados definitivos (Laqueadura e Vasectomia) deverão ser indicados e autorizados conforme os critérios adotados pelo Ministério da Saúde descritos neste protocolo na parte Saúde da Mulher.
3.7.6 ESCOLHA DO MÉTODO ANTICONCEPCIONAL Na decisão sobre o método anticoncepcional a ser usado devem ser levados em consideração os seguintes aspectos: A escolha da mulher, do homem ou do casal; Características dos métodos; Fatores individuais e situacionais relacionados aos usuários do método. 3.7.6.1 Critérios para a Escolha do Método Anticoncepcional 3.7.6.1.1 Naturais (calendário, Billings, temperatura, sinto-térmico) Aspectos Favoráveis: Ausência de efeitos sistêmicos; Favorece o conhecimento da fisiologia reprodutiva; Aspectos Desfavoráveis:
São muitos os fatores externos que
interferem na ovulação, podendo assim diminuir a eficácia do método; exige cooperação do parceiro; Contra Indicações: Alterações psíquicas que dificultam ou impeçam o uso correto do método; Irregularidades menstruais;
Amenorréia;
Lactação. 3.7.6.1.2 Barreira 3.7.6.1.2.1 Preservativo Masculino/Feminino Aspectos Favoráveis: Ausência de efeitos sistêmicos; redução do risco de transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente transmissíveis (DST); redução da incidência das complicações causadas pelas DST s; possivelmente auxilia na prevenção do câncer de colo uterino; Aspectos Desfavoráveis: Interferência pré-coital; pode haver falha na colocação, ocasionando vazamento durante o ato sexual; Contra Indicações: anomalias do pênis, alergia ao látex. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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3.7.6.1.2.2 Diafragma Aspectos Favoráveis: Ausência de efeitos sistêmicos; previne algumas DST s (cervicites) e suas complicações; possivelmente auxilia na prevenção do câncer de colo uterino; Aspectos Desfavoráveis: Baixa adesão das usuárias devido à pouca praticidade; Contra-indicações: Mulheres que nunca tiveram relação sexual; configuração anormal da vagina; cistocele ou retocele acentuada, alergia ao látex. 3.7.6.1.3 Anticoncepcional hormonal oral Aspectos Favoráveis: Alta eficácia; fácil acesso; pode favorecer o controle de distúrbios menstruais; Aspectos Desfavoráveis: Efeito sistêmico; Contra-indicações: o Absolutas: Gravidez suspeita ou comprovada; lactantes com menos de 6 semanas pós-parto; hipertensão arterial e ocular; idade maior ou igual a 35 anos e fumante; diabetes; hepatopatia; doença tromboembólica; câncer de mama ou do aparelho genital; enxaqueca; epilepsia; acidente vascular cerebral; cardiopatias; o Relativas: Fumantes; amamentação; história de hipertensão arterial;
diabetes;
tromboflebite
superficial;
hiperlipidemias;
sangramento vaginal inexplicado; obesidade; cefaléia freqüente; crises de depressão; asma grave; colecistopatia; enteropatia crônica; nódulo mamário sem diagnóstico.
A prescrição de enfermagem deste método devera ser realizada para as mulheres da faixa etária entre 16 a 35 anos.
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3.7.6.1.4 DIU (Dispositivo Intra-Uterino) Aspectos Favoráveis: alta eficácia; atuam por longo tempo, evitando erros ou distrações comuns em outros métodos; não afeta o ciclo hormonal normal; Aspectos Desfavoráveis: Pode aumentar o risco de infecção; Contra-indicações: Gravidez ou suspeita de gravidez; infecção pélvica passada ou atual; nuliparidade; neoplasias ginecológicas; anomalias congênitas do útero; hipermenorréias ou outros sangramentos anormais; cardiopatias valvulares; vaginites ou cervicites não tratadas; distúrbios da coagulação sanguínea o
uso de anticoagulantes; antecedentes de
gravidez ectópica; estenose do canal cervical; abortos ou partos prematuros repetidos; alto risco de doença sexualmente transmissível; anemia não tratada; dismenorréia. FLUXOGRAMA DIU PRÁTICA EDUCATIVA
Consulta Clínica com decisão pelo DIU
Agendamento no serviço de referência
Condições para realização do procedimento: certificado de participação do planejamento familiar; estar menstruada; ter prevenção recente (nos últimos 12 meses); ausência de secreção vaginal patológica; encaminhamento do serviço. FONTE: Saúde da Mulher / 2004
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3.7.6.1.5 Métodos definitivos A Esterilização é um método contraceptivo cirúrgico definitivo, que pode ser realizado na mulher por meio de ligadura de trompas (laqueadura ou ligadura tubária), e no homem, através da ligadura dos canais deferentes (vasectomia). Para os métodos definitivos, o profissional deve enfatizar a importância do aconselhamento muito cuidadoso e completo dos casais que solicitam estes métodos. Na consulta clínica: Avaliar se o indivíduo atende as seguintes condições legais para realização de anticoncepção cirúrgica: Que os solicitantes sejam homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade e, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre manifestação da vontade e o ato cirúrgico; A esterilização cirúrgica é considerada um método irreversível. Portanto, ouvir as preocupações do(a) usuário(a), responder as suas dúvidas e fornecer informações claras e práticas sobre o procedimento. É relevante abordar, pelo menos, os seguintes tópicos: A taxa
de falha;
irreversibilidade; informar que a esterilização é um método cirúrgico e como toda cirurgia tem seus riscos; A esterilização não isenta a pessoa dos cuidados de prevenção e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis / AIDS. O homem e a mulher devem ser orientados para o uso de preservativos; Seguir fluxograma vasectomia e laqueadura descrito a seguir:
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FLUXOGRAMA VASECTOMIA PRÁTICA EDUCATIVA
Consulta clínica com decisão pela Vasectomia
Encaminhar para o serviço de referência
a seguinte documentação do
usuário: Certificado de participação do planejamento familiar; Autorização de esterilização (assinada por 02 profissionais); Encaminhamento do serviço; Comprovante de residência; Termo de compromisso; Xerox da carteira de identidade; Xerox da certidão de nascimento dos filhos.
Após o agendamento, o usuário será informado em sua residência.
FONTE: Saúde da Mulher/ 2004.
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FLUXOGRAMA LAQUEADURA PRÁTICA EDUCATIVA
Consulta clínica com profissional médico solicitação do risco cirúrgico
Encaminhar para cardiologistas para risco cirúrgico
Encaminhar para o serviço de referência a seguinte documentação da usuária; Certificado de participação do planejamento familiar; Autorização de esterilização (1ª via); Encaminhamento do serviço; Comprovante de residência; Termo de compromisso; Xerox da carteira de identidade; Xerox da certidão de nascimento dos filhos; Risco cirúrgico.
Após o agendamento, a usuária será informada em sua residência. FONTE: Saúde da Mulher / 2004.
3.7.6.1.6 Anticoncepção de Emergência A anticoncepção de emergência é um uso alternativo da anticoncepção hormonal oral para evitar uma gravidez depois da relação sexual (tomada antes de completar 72 horas após a relação sexual desprotegida). Não deve ser usada de rotina como método anticoncepcional, mas apenas em situações de emergência. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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SAÚDE DA MULHER
Início de uso Até 72 horas após uma relação sexual sem proteção, mas quanto mais precocemente administrada, maior a proteção; Avaliar com cuidado a possibilidade de gravidez. Se a mulher estiver grávida, não prescrever anticoncepção de emergência; Explicar o método, seus efeitos secundários e sua eficácia; Fornecer pílulas para anticoncepção de emergência. Até 72 horas após uma relação sexual desprotegida, a mulher deve utilizar um dos esquemas descritos na tabela: Quantidade de pílulas a Composição
Quantidade de pílulas a
serem tomadas até 72 horas serem tomadas 12 horas após após uma relação sexual
a primeira tomada
desprotegida Levonorgestrel 0,75mg Postinor-2, Norlevo, Pozato e
1
1
4
4
2
2
Pilem Anticoncepcionais hormonais orais combinados de baixa dose contendo 0,15 mg de levonorgestrel e 0,03 mg de etinilestradiol
Microvlar,
Nordette ciclo 21 Anticoncepcionais hormonais orais combinados na dose padrão contendo 0,25 mg de levonorgestrel e 0,05 mg de etinilestradiol
Evanor, Neovlar
3.7.7 ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA O elevado número de partos entre adolescentes, o inicio cada vez mais precoce das relações sexuais e o aumento das DSTs/AIDS nesta faixa etária
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SAÚDE DA MULHER
justificam a prestação de uma assistência adequada às necessidades da população na faixa etária de 10 a 19 anos. Um serviço de orientação em saúde sexual e reprodutiva para adolescentes deve estar preparado para atender a essas especificidades, proporcionando aos/as adolescentes o direito a um atendimento eficaz e de qualidade. A qualidade dessa atenção pressupõe minimamente: Boa comunicação, com linguagem simples sem julgamento morais ou valorativos; Confidencialidade das informações; Privacidade no atendimento; Disponibilidade constante de insumos levando em consideração a necessidade de dupla proteção; Facilidade de acesso ao serviço de saúde; Profissionais qualificados para a especificidade do atendimento; Ênfase na parte educativa, em grupo, com metodologia que motive mudanças de atividade e comportamento; Atendimento para ambos os sexos. -
Atenção especial às faixas etárias mais precoces (10 a 14 anos), quando na unidade ou na região se registra aumento de gestação nesta faixa etária;
-
Avaliação integral do e da adolescente incluirá a avaliação psicosocial, além do exame físico;
-
Os(as) adolescentes são o centro de interesse na entrevista. Os pais ou familiares só estarão presentes se ele ou ela permitir.
Recomenda-se trabalhar ações educativas de prevenção nas unidades de saúde, escola, centro de lazer, centro esportivo ou cultural entre outros. O atendimento de adolescentes e prescrição de anticoncepcionais têm gerado muita polêmica quanto aos seus aspectos éticos e legais. A Constituição Federal em seu artigo 226, parágrafo 7º diz que Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
O artigo 227 também trata do assunto
estabelecido que: É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade (...) . A lei 8.080/90 define que a saude é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nos artigos 7ª e 11 garante o direito a proteção a vida e a saúde mediante a efetivação de políticas sociais publicas e define que deve ser assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente por meio do Sistema Único de Saúde garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção prevenção, proteção e recuperação da saúde. Sabendo que a atividade sexual desprotegida pode comprometer a saúde dos adolescentes, fica claro o nosso papel frente às ações de prevenção, ou seja, a realização de atividades educativas e a prescrição/distribuição de camisinha e demais anticoncepcionais. Por outro lado à necessidade de garantirmos na consulta um momento de privacidade para o adolescente, sem a presença dos responsáveis é fundamental para a abordagem de questões referentes a sexualidade. Fica deliberado para os enfermeiros das unidades da rede municipal de saúde a prescrição de Condon e anticoncepcional oral como métodos contraceptivos na adolescência. Em relação ao anticoncepcional oral fica restrito para a adolescente com idade superior a 16 anos e com no mínimo 02 anos da menarca. Caso o (a) adolescente faça a opção por outro método encaminhar para avaliação médica.
3.7.8 COMPETÊNCIAS DOS INTEGRANTES DA EQUIPE DE SAÚDE 3.7.8.1 Enfermeiro Estimular e captar em sua área de abrangência as mulheres e homens com vida sexual ativa para participarem do planejamento familiar; Orientar os usuários sobre a importância do planejamento Familiar; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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Capacitar a equipe sobre o tema; Realizar prática educativa do Planejamento familiar; Realizar consulta de enfermagem; Encaminhar para consulta médica quando necessário. 3.7.8.2 Médico Estimular e captar em sua área de abrangência as mulheres e homens com vida sexual ativa para participarem do planejamento familiar; Orientar os usuários sobre a importância do planejamento Familiar; Capacitar a equipe sobre o tema; Realizar prática Educativa do Planejamento Familiar; Realizar consulta médica; Encaminhar para atendimento especializado quando necessário. 3.7.8.3 Agente Comunitário de Saúde Orientar as famílias sobre a existência e o funcionamento do serviço de Planejamento Familiar na unidade; Orientar sobre a importância do Planejamento Familiar; Estimular e captar em sua microárea as mulheres e homens com vida sexual ativa para participarem do Planejamento Familiar; Agendar os usuários para a participação das reuniões; Realizar por meio de visita domiciliar o acompanhamento dos indivíduos e informar intercorrências ao médico e/ou enfermeiro da equipe.
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3.8 PUERPÉRIO 3.8.1 CONCEITO
O Puerpério é considerado o período do ciclo gravídio-puerperal em que o organismo materno retorna às suas condições pré-gravídicas e é caracterizado pelas regressões das modificações locais e sistêmicas que foram provocadas pela gravidez. O seu início se dá logo após a expulsão total da placenta e das membranas e tem a duração de cerca de seis semanas. Puerpério imediato: inicia logo após a saída da placenta e dura aproximadamente duas horas. Puerpério mediato: desde o puerpério imediato até o 10º dia, em que ocorre a regressão das modificações nos órgãos genitais, ocasião em que deve ocorrer a Visita Domiciliar da enfermeira. Por volta do 10º dia o útero já regrediu em seu tamanho e se encontra na cavidade pélvica. A loquiação (produto originário principalmente da ferida placentária, descamação e sangue), apresenta-se em quantidade moderada para escassa e amarelada. A partir desse período instala-se o puerpério tardio, que se estende 0
do 11 dia até o reinício dos ciclos menstruais em mulheres que não estão lactando. Para aquelas que mantêm a lactação, o período pode variar de seis a oito semanas, período no qual, a loquiação se torna, progressivamente, serosa ou branca.
3.8.2 CONSULTA DA PUÉRPERA Caberá, preferencialmente, ao(a) enfermeiro(a) a 1ª consulta puerperal, entre o 5º e 10º dia, se possível, no domicílio. Uma 2ª consulta (revisão puerperal) deverá ser feita pelo profissional médico ou enfermeiro, entre 30º e 42º dia após o parto. Nesta ocasião, ouvem-se
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as queixas da mulher e procede-se novo exame físico. Importante é discutir o aleitamento materno e orientar a mulher para problemas que tenham surgido. Nas puérperas que não completaram seus esquemas de vacinação, deve-se aproveitar este momento para faze-los. Nas mulheres que não realizaram o exame preventivo para câncer cervical, este momento também é oportuno, pois trata-se praticamente da liberação da mulher às suas atividades normais. É fundamental que haja uma discussão com o casal sobre o retorno às atividades sexuais e sobre os métodos contraceptivos. Exame físico da puérpera: A assistência de qualidade à puérpera não deve prescindir do exame físico geral e específico cuidadoso e coleta de informações para o planejamento das ações da equipe. Anamnese; Exame Físico Geral; Sinais vitais. 3.8.2.1 Exame Físico Exame das mamas: verificar mamilos, sinais de ingurgitamento e infecções; Verificação da involução uterina; Verificação das condições de cicatrização da ferida cirúrgica. (Episiorrafia ou incisão abdominal); Verificação do aspecto e quantidade da loquiação. Considera-se aspectos quanto à cor, odor e quantidade, segundo características já descritas; Avaliação de sinais de flebite e trombose venosa profunda.
3.8.2.2 Condutas nas Intercorrências Comuns na Amamentação 3.8.2.2.1 Fissuras manter espaço entre o mamilo e o sutiã, usando uma pequena peneira; sempre que possível, expor as mamas ao ar;
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fazer banhos de sol ou de luz diretamente sobre as fissuras; continuar amamentando a criança com mamadas em intervalos mais freqüentes e de menor duração, iniciando pelo seio menos ferido; completar o esvaziamento do seio através de expressão manual; não usar pomadas ou anti-sépticos que podem dificultar a cicatrização; lavar o mamilo apenas com água, após cada mamada; os analgésicos tópicos não são eficazes; prevenir através da técnica de amamentação correta; recomendar à mãe o uso do sutiã de alças largas que suspendam bem os seios; começar as mamadas pelo seio mais túrgido; se a turgescência for muito grande, mandar fazer esvaziamento manual antes de oferece-lo a criança, para que a mesma possa pegar o mamilo e esvaziar o seio completamente; usar compressas úmidas e frias, várias vezes ao dia; realizar ordenha manual sempre que a mama estiver túrgida.
3.8.2.2.2 Ingurgitamento Mamário A congestão das mamas pode ocorrer por esvaziamento infreqüente ou inadequado das mamas, ou por inibição do reflexo de ejeção do leite. As mamas apresentam-se volumosas, com temperatura acima do normal e freqüentemente, sensíveis ao toque. 3.8.2.2.2.1 Prevenção Manter freqüência de mamadas: Estimular a sucção do recém-nascido com freqüência e continuamente, para esvaziamento ritmado das mamas; Esvaziamento das mamas após as mamadas: Após as mamadas, as mamas deverão ser inspecionadas por palpação de toda a sua área e em caso da nutriz sentir que há leite excedente, este poderá ser ordenhado manualmente ou, se ela desejar, com o auxílio de uma bomba tira-leite de sua preferência;
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Uso de sutiãs: O uso de sutiãs que mantenha as mamas firmes e em posição anatômica favorece o posicionamento dos ductos e livre trânsito do leite para sua ejeção. Os muito apertados com costuras ou detalhes que pressionam alguma região da mama, podem ocasionar pressão e obstrução de ductos, favorecendo ingurgitamento daquela área. 3.8.2.2.2.2 Cuidados com a mama ingurgitada Uma vez constatado o ingurgitamento, a conduta para promover sua remissão consiste em ordenha do leite residual. No entanto, a ordenha deve ser precedida por massagens que facilitarão o fluxo do leite e sua evasão. Nessa situação, aconselha-se a ordenha da aréola até o ponto em que esta e o mamilo torna-se flexíveis para favorecer a pega do lactente; após a mamada, então, a mama deve ser massageada e ordenhada para o esvaziamento do leite residual.
3.8.2.2.3 Ordenha Manual Tem por objetivo imitar a pega e sucção realizadas pelo lactente, não oferecendo pressão sobre os mamilos e nem causando danos ao tecido papilar. É realizada colocando-se os dedos indicador e polegar na borda areolar, sendo que o polegar fica na borda areolar da face inferior da mama e o indicador
na
borda
areolar
da
face
superior
da
mama;
pressiona-se
delicadamente o polegar e o indicador a fim de comprimir os seios lactíferos retroareolares, repetindo-se o procedimento e mudando a posição de pega da aréola, de modo que todas as ampolas lactíferas sejam drenadas. Uma das maneiras de se prevenir as lesões de papila e o ingurgitamento é promover condições para que a mamada seja confortável e prazerosa, tanto para a mãe como para o bebê.
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3.8.2.3 Avaliação da Mamada INDICADORES
O QUE OBSERVAR
Posição materna
Qualquer que seja a posição, sentada ou deitada, a mãe deve sentir-se confortável e segura para manter o bebê em seus braços pelo tempo que se estender a mamada.
Posição do recém-nascido
A criança deverá ficar com o seu corpo voltado para o corpo da mãe, tendo o tórax e o abdômen de frente para o peito materno, de forma que o seu rosto esteja de frente para a mama e a boca no nível e de frente ao mamilo; apoiar o lactente com auxílio de travesseiro ou almofada; manter os apoios do braço e mãos maternas nos ombros e quadril da criança e manter a curvatura natural do corpo do bebê, deixando-o livre para movimentar pernas, braços e cabeça.
As mamas deverão estar macias e os mamilos flexíveis
Antes de cada mamada, caso a mama apresente tensão e/ou sinais de ingurgitamento, principalmente na região areolar, esta área deverá ser ordenhada para diminuir a tensão e tornar os mamilos flexíveis para facilitar a apreensão do conjunto mamilo-areolar pelo lactente.
Padrão de busca e apreensão do recém nascido
Estimular a abertura da boca do lactente para que este abocanhe o conjunto mamilo-areolar; observar o posicionamento da língua do recém nascido, o posicionamento dos lábios e aconchego do queixo/mama; estimular a manutenção da apreensão.
Freqüência e ritmo de sucção
A sucção do recém-nascido ao peito se dá em uma média de 2 segundos, entrecortada por pausas ocasionais; quando o bebê está mamando adequadamente, ele não apresenta encovamento de bochecha e mantém o lábio colado ao seio materno.
Sinais de irritabilidade do bebê
Comportamento materno
Choro alto e contínuo, movimentos de pernas, braços e laterais da cabeça, denunciam algum desconforto ou irritação da criança que podem estar sendo provocados por uma posição inadequada no colo materno, por roupas apertadas ou desconfortáveis, por odores fortes, seja perfume de roupas ou pele muito próximas ao rosto da criança, odores da transpiração ou outro tipo de cheiro não suportado pela criança. Observar se há obstrução nasal. Além do ambiente calmo, o mais importante é a mãe manter-se calma e disponível para amamentar. Mães ansiosas, nervosas, temerosas, ou ainda, com pouco tempo de amamentar para realizar outras tarefas, em geral passam esse sentimento para o bebê, que, por sua vez, manifesta irritação e dificuldade de acalmar-se ao seio, interferindo no sucesso da amamentação.
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3.8.3 ASSISTÊNCIA AO RECÉM NASCIDO NO DOMICÍLIO De
maneira
geral,
três
grupos
de
RN s
apresentam
maior
vulnerabilidade e susceptibilidade para desenvolver complicações: os nascidos com peso inferior a 1500g e com idade gestacional inferior a 33 semanas; os que apresentam asfixia ao nascimento e aqueles com malformações que requeiram correção cirúrgica. Esses grupos de RN s necessitam de atendimento em instituições hospitalares que contam com unidades de cuidados intensivos neonatais. Entretanto, vale lembrar que os RN s em geral, mesmo aqueles que nascem em boas condições, apresentam características singulares intrínsecas que, associadas aos fatores citados anteriormente, os tornam vulneráveis ao desenvolvimento de intercorrências clínicas no período perinatal. Vale lembrar que cerca da metade das mortes ocorridas no primeiro ano de vida no Brasil acontecem no período neonatal, o que justifica uma atenção e monitoramento cuidadoso da saúde deste segmento populacional. Por meio do exame físico do RN, do levantamento de informações obtidas na entrevista com a mãe/cuidadora/familiares acerca das reações comportamentais do RN, das formas dispensadas no cuidado do RN e do contexto socioeconômico e cultural em que esta família está inserida, é possível estabelecer o diagnóstico e as intervenções que visam a prevenção e promoção da saúde, contribuindo para a redução e reversão das taxas de morbi-mortalidade neste período breve da vida humana. 3.8.3.1 Avaliação do RN no Domicílio
ACHADOS USUAIS
VARIAÇÕES ESPERADAS
Medidas gerais Circ. cefálica: 33-35cm; Circ. torácica:30,5 - 33cm; Estatura:48-53cm; Peso:2500-4000g
Bossa serosanguínea céfalo hematoma que regride nas 1ª semanas; Perda de 10% do peso de nascimento na 1ª semana, recuperação entre o 10º-14º dia de vida; Ganho de 15 -
SINAIS POTENCIAIS DE ANORMALIDADE / INTERCORRÊNCIA
Aumento > que 1cm/mês da circ. cef.; Diminuição de peso após o 14º dia de vida.
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ACHADOS USUAIS
VARIAÇÕES ESPERADAS
SINAIS POTENCIAIS DE ANORMALIDADE / INTERCORRÊNCIA
30g/dia após a 2ª semana
Sinais Vitais Temp. axilar: 36,5ºC37,2ºC; Batimento cardíaco: FC entre 120 -140 bpm; Respiração: FR entre 3060 rpm.
Alimentação Amamentação de livre demanda, em média a cada 2-3 horas. Eliminações Fezes meconiais até o 3º dia, fezes de transição do 3º ao 5º dia, fezes lácteas após; Freqüência das evacuações: 8 vezes/dia; Urina cor clara, freqüência diária: 8 a 10 Estado de consciência/Aspecto geral/Comportamento/ Reflexos Estado de sonolência ou sono profundo por cerca de 18 horas/dia Estado de consciência/ Aspecto geral/ Comportamento/ Reflexos Quando acordado, reativo a estímulo sonoro, tátil e visual. Reflexos: Moro, Babinsky e Tônico-cervical presentes; Flexão geral de membros; Fontanelas planas; Boa perfusão periférica; Mucosas coradas, pele rosada, íntegra, presença de millium sebáceo em
Calor radiante, ambiental, excesso de roupa aumenta a Temp.; FC aumenta com choro; FC diminui no sono; FR aumenta com choro; FR diminui no sono.
Temp. axilar < 36ºC ou > 37,5ºC; FC < 80 -100 bpm; FC > 160 -180 bpm; FR > 60 rpm; apnéia por mais de 20 segundos; batimento das aletas nasais; retrações xifóide e/ou intercostal; gemido expiratório Fissuras labial ou palatina, RN's com seqüela neurológica, fissura mamilar, mastite materna e mães que escolhem não amamentar; Refluxo/regurgitação/vômito persistente de leite ingerido.
Obstipação, fezes diarréicas; Diminuição da freqüência urinária associada à presença de edema
Convulsão; hipoatividade ou falta de reação aos estímulos
Hipertonia muscular; extensão / flacidez dos membros, fontanela saliente ou encovada; Cianose generalizada/ persistente ou repentina Palidez; Pele acinzentada; Mucosas descoradas; Impetigo; Assadura, miliária, fissuras em dobras de pele, anal; Icterícia persistente após a 1ª semana de vida ou generalizada e acentuada nos primeiros dias; Sucção débil;
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ACHADOS USUAIS
VARIAÇÕES ESPERADAS
região nasal, eritema tóxico em tórax e abdome, mancha mongólica em região sacro-glútea; Regressão da icterícia na 1ª semana de vida; Coordenação da sucção, deglutição e respiração. Coto/cicatriz umbilical Mumificado no 3º dia de vida e desprendimento do coto entre a 1ª e 3ª semana de vida.
SINAIS POTENCIAIS DE ANORMALIDADE / INTERCORRÊNCIA Sucção, respiração e deglutição incoordenados.
Presença de secreção serosa ou serossanguinolenta na fase de desprendimento.
Secreção fétida, purulenta; hiperemia local; calor; febre; granuloma; Contaminação por fezes, urinas, uso de produtos estranhos no curativo.
3.8.3.2 Cuidados com o Recém-Nascido no Domicílio Responsabilizar-se pelo cuidado do filho recém-nascido, freqüentemente, provoca ansiedade na mãe, o que a leva a procurar ajuda para capacitar-se nesta tarefa. Desenvolver atividades educativas junto à mãe e familiares relacionadas ao manejo do aleitamento, higiene do RN, cuidados com o coto umbilical, prevenção de infecções e intercorrências no sistema tegumentar auxilia na aquisição da habilidade materna.
PROCEDIMENTO
OBSERVAÇÕES
1. Prevenção de hipotermia
A temperatura ambiente onde o RN é mantido deve estar em torno de 24ºC, evitar correntes de ar
2. Prevenção de problemas na pele
Uso preferencial de tecidos de algodão, evitar loções alcoólicas para higienização, ter preferência a produtos de higiene da linha infantil e evitar uso de calça plástica; Lavar separadamente as roupas do RN, usar sabão neutro ou de coco, enxaguar bem para remover todo o sabão e evitar o uso de amaciantes; Secar ao sol, em varal, passar a roupa com ferro aquecido.
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PROCEDIMENTO
3. Banho do RN
4. Curativo umbilical
OBSERVAÇÕES Organizar o material: toalha, macacão de algodão, fralda, cobertor, bolas de algodão, sabonete glicerina / infantil, "cotonetes", banheira com água a temperatura de 38-40°C; O banho não deve ser muito demorado para evitar hipotermia. Realizar o banho no horário mais quente do dia. Começar a higiene pelo segmento cefálico. Limpe os olhos com bolas de algodão umidecido em água morna evitando usar a mesma bola de algodão em ambos os olhos. Com ajuda de "cotonetes," limpe as narinas e o pavilhão auditivo; Manter o RN agasalhado e enrolado na toalha de banho para lavar o couro cabeludo. Proteja ouvidos com auxílio de chumaço de algodão. Umedecer e ensaboar a cabeça; Enxaguar e secar o couro cabeludo. Antes de lavar o corpo, retirar a fralda e higienizar os genitais, caso apresente eliminações. Ao remover as fezes, evite contaminar canal uretral e vaginal. Retirar as demais peças do vestuário; Segurar o RN, mantendo-o em decúbito dorsal elevado com a cabeça da criança sobre o pulso do cuidador e a região glútea no fundo da banheira. Ensaboar e enxaguar; Virar o RN, segurando-o em decúbito ventral elevado para lavar o dorso; Retirá-lo da banheira e enxugar; Secar bem as dobras da pele e vesti-lo. Evitar manter a fralda cobrindo o coto umbilical. O curativo deve ser realizado pós-banho e trocas das fralda. Utilizar "cotonetes" embebido em solução de álcool a 70%; Limpar o local da inserção do coto umbilical com a pele e remover a secreção presente; Atentar para as características da secreção e presença de sinais de infecção; Evitar o uso de anti-sépticos coloridos, substâncias estranhas ou contaminadas;
5. Medidas de segurança e prevenção de agravos à saúde
Evitar decúbito dorsal ou ventral no berço. Mantê-lo em decúbito lateral elevado até eructar; Lavar as mãos sempre que for manipular o bebê; Evitar locais públicos de grande movimentação, fumantes e animais domésticos próximos e não deixar o RN com outras crianças sem um responsável junto; Mantê-lo longe de sacos plásticos e objetos que possam sufocá-lo ou feri-lo; Protegê-lo de correntes de ar e evitar ambientes com poeira e umidade; No trânsito, transportá-lo em Bebê-conforto, preso ao banco traseiro do veículo.
6. Alimentação
Incentivar o aleitamento materno; Respeitar a demanda espontânea do RN; Em média, intervalo de 3 a 4 horas; Na impossibilidade, retirar o leite materno e oferecê-lo em copinho ou colher ou leite artificial sob prescrição e acompanhamento do serviço de saúde; Evitar o uso de mamadeira; Desnecessário oferta de suplemento hídrico (chá, água, suco) no período neonatal.
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3.8.4 DETECTAR SINAIS E SINTOMAS DE INFECÇÃO PUERPERAL
PUÉRPERA
ANAMNESE + INSPEÇÃO DA EPISORRAFIA OU INCISÃO CIRÚRGICA
sinais/sintomas de infecção
SIM
NÃO
encaminhar ao médico para avaliação
Proceder orientações de rotina e retirada de pontos em casos de cesárea
FONTE: SMS / Montes Claros, 2000.
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3.8.4.1 Fluxograma para avaliação das mamas PUÉRPERIO
EXAME DAS MAMAS
MAMAS MACIAS. MAMILOS PROTUSOS. SEM LESÕES OU
MAMAS INGURGITADAS E/OU COM FISSURAS
SINAIS E SINTOMAS DE MASTITE
ALTERAÇÕES
ORIENTAÇÕES DE ROTINA
PROCEDER ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS. AVALIAR PEGA DO RN E ENCAMINHAR PARA ORDENHA MECÂNICA, SE NECESSÁRIO
ENCAMINHAR AO MÉDICO PARA AVALIAÇÃO
FONTE: SMS / Montes Claros, 2000.
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Parte IV SAÚDE DO ADULTO
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ÍNDICE 4.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL..................................................................... 4.1.1 OBJETIVO...................................................................................... 4.1.2 PROCEDIMENTOS........................................................................ 4.1.3 DEFINIÇÕES.................................................................................. 4.1.4 OPERACIONALIZAÇÃO................................................................ 4.1.5 VISITA DOMICILIAR...................................................................... 4.1.6 MEDICAÇÃO PARA MANUTENÇÃO............................................. 4.2 DIABETES MELLITUS............................................................................. 4.2.1 OBJETIVO...................................................................................... 4.2.2 PROCEDIMENTOS........................................................................ 4.2.3 DEFINIÇÕES.................................................................................. 4.2.4 OPERACIONALIZAÇÃO................................................................ 4.2.5 MEDICAÇÃO PARA MANUTENÇÃO............................................. 4.2.6 PÉ DIABÉTICO............................................................................... 4.2.6.1 Fatores de risco........................................................................... 4.2.6.2 Classificação I.............................................................................. 4.2.6.3 Classificação II............................................................................. 4.2.6.4 Sinas e Sintomas do Pé Diabético..............................................
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4.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL
4.1.1 OBJETIVO Prevenir a ocorrência de alterações degenerativas vasculares e do miocárdio nos indivíduos hipertensos da área de abrangência da Unidade de Saúde, com vistas a reduzir a mortalidade e a morbidade decorrente destas alterações e procurar intervir em fatores de riscos cardiovasculares associados à hipertensão como: tabagismo, obesidade, sedentarismo e dislipidemias.
4.1.2 PROCEDIMENTOS
Consulta de enfermagem semestralmente; Encaminhamento para consulta médica sempre que detectada alguma alteração; Solicitação de exames de rotina para hipertensão arterial; Seguimento na terapêutica medicamentosa prescrita pelo médico e orientações quanto ao uso correto; Transcrição medicamentosa, mediante apresentação do cartão do hipertenso/diabético e ultima prescrição do médico ou transcrição do enfermeiro
da
equipe.
Ressalta-se
que
os
níveis
pressóricos
recomendados para a manutenção da receita pelo enfermeiro deverão estar entre 100/60mmhg e 140/90mmhg. Fora destes parâmetros, o paciente deverá ser encaminhado para consulta médica.
4.1.3 DEFINIÇÕES Hipertenso definido: É aquele que já tem conhecimento da sua condição de hipertensão e que realizou três verificações de Pressão Arterial (PA), com intervalos de uma semana e foi definido como hipertenso;
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Hipertenso suspeito: É o usuário que desconhece ser hipertenso e que teve apenas uma verificação de PA com o achado de níveis tensionais elevados. Deve-se registrar no cartão as aferições da pressão arterial com sete dias de intervalo, com o paciente sentado a pelo menos dez minutos e; sempre que possível, no mesmo horário.
4.1.4 OPERACIONALIZAÇÃO Os usuários atendidos nas Unidades de Saúde e que compareçam por qualquer motivo: 1. Verificar a pressão arterial de todos os usuários clientes maiores de 20 anos; 2. Realizar a verificação da PA sempre após dez minutos de repouso, evitando o uso de qualquer substância hipertensiva como cigarros, cafeína ou refeição nos últimos trinta minutos que antecedem a tomada da pressão. Observar um intervalo de sete dias entre as verificações; 3. Realizar busca ativa no caso de faltosos; 4. Após três aferições de PA com níveis pressóricos maiores ou iguais 140/90 mmHg, realizar consulta de Enfermagem e solicitar exames de rotina para Hipertensão Arterial (Colesterol total e frações, triglicérides, urina rotina, creatinina, ácido úrico, hemograma, sódio, uréia, potássio sérico e glicemia sérica); 5. Agendar a 1ª consulta com o médico da equipe para avaliação e interpretação dos exames. As consultas médicas subseqüentes serão agendadas anualmente ou sempre que for necessário; 6. Cadastrar os hipertensos definidos para acompanhamento da equipe; 7. Fornecer ao hipertenso o cartão devidamente identificado com a prescrição médica e os resultados de exames; 8. Agendar grupo educativo mensal, sob coordenação do enfermeiro e/ou médico da equipe para os pacientes diagnosticados, casos suspeitos e familiares, para orientações quanto à dieta, atividades físicas, medicação e prevenção de possíveis complicações entre outros. Aferir a PA dos clientes nesta atividade; 9. A manutenção de receitas será feita trimestralmente de acordo com as rotinas da unidade.
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4.1.5 VISITA DOMICILIAR Realizada para os hipertensos definidos, suspeitos ou faltosos. Serão considerados faltosos os que não completarem três verificações de PA ou não comparecerem as unidades nos grupos operativos. Pode ser realizada por um dos membros da equipe.
4.1.6 MEDICAÇÃO PARA MANUTENÇÃO
Classificação: 1. Diuréticos: Agem no néfron (unidade morfofuncional do rim) e produzem leve depleção de sódio e potássio. Prestar atenção para pacientes com história de gota, ácido úrico muito aumentado e dores articulares, devendo, em certos casos, usar doses bem baixas ou retirar o diurético. Efeitos colaterais: dislipidemias, intolerância à glicose, hipopotassemia, impotência sexual e hiperuricemia, que podem ser amenizados com o uso de baixas doses e vigilância dessas alterações. 2. Inibidores Simpáticos: Deprimem o tônus simpático do sistema nervoso central exercendo grande controle sobre a circulação. Efeitos colaterais: hipotensão postural e disfunção sexual, freqüentes
em
pacientes
com
neuropatia
autonômica
diabética, devendo-se limitar seu uso nessa população. 3. Betabloqueadores: Antagonizam as respostas às catecolaminas mediadas pelos receptores Beta. Diminuição da freqüência e do débito cardíaco são resultados observados após a administração. São úteis em casos de arritmias cardíacas, prolapso de válvula mitral, infarto do miocárdio, angina do peito e hipertensão portal esquistossomática. Efeitos
colaterais:
Contra-indicado
em
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atópicos
ou
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asmáticos, pelo desencadeamento e/ou agravamento do broncoespasmo, podendo levar à insuficiência respiratória aguda. Também é contra-indicado em bloqueios cardíacos e insuficiência vascular periférica. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA): Inibem a formação de angiotensina II (um dos maiores vasoconstritores conhecidos), bloqueando a enzima conversora de angiotensina (ECA). Além da redução da pressão arterial sistêmica, reduzem a pressão intraglomerular tendo como conseqüência uma proteção renal específica. Contra-indicada na gestação ou mulheres que querem engravidar pela possibilidade de causar malformações fetais.
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4.2 DIABETES MELLITUS 4.2.1 OBJETIVO
Reduzir a morbimortalidade pelo diabetes na área de abrangência da Unidade de Saúde, através do diagnóstico precoce, tratamento de indivíduos sintomáticos e assintomáticos, detecção precoce e tratamento das complicações agudas e crônicas do diabetes tipo
I e lI, com
referência para níveis de maior complexidade quando necessário.
4.2.2 PROCEDIMENTOS
Consulta de enfermagem semestralmente; Encaminhamento para consulta médica sempre que detectada alguma alteração; Solicitação de exames de rotina para diabetes; Seguimento na terapêutica medicamentosa prescrita pelo médico e orientações quanto ao uso correto; Transcrição medicamentosa, mediante apresentação do cartão do Hipertenso/Diabético e ultima prescrição do médico ou do enfermeiro da equipe. O nível glicêmico recomendado para a manutenção da receita é entre 70 a 140mg/dl.
4.2.3 DEFINIÇÕES Tipo I: São insulino-dependentes; Tipo lI: São insulino não dependentes.
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4.2.4 OPERACIONALIZAÇÃO 1. Cadastrar todos os diabéticos Tipo I e II das áreas de abrangência para acompanhamento da equipe de saúde; 2. Fornecer ao diabético o cartão, devidamente identificado, com prescrição médica e resultados de exames; 3. Os exames para controle metabólico que poderão ser solicitados pelo enfermeiro do município: -
Glicemia de jejum;
-
Glicemia pós-prandial;
-
Glicemia capilar;
-
Hemoglobina glicosilada;
-
Hemograma;
-
Triglicérides;
-
Colesterol total e frações.
4. Clientes com diabetes Tipo I, encaminhar à unidade de referência para mapear a necessidade de insulina e fornecê-la; 5. Agendar grupo educativo mensal, sob coordenação do enfermeiro e/ou médico da equipe, para os usuários diagnosticados, casos suspeitos e familiares, para orientações quanto à dieta, atividades físicas, medicação e prevenção de possíveis complicações e/ou incapacidades. Verificar glicemia capilar; 6. A glicemia capilar deverá ser feita mensalmente em todos os diabéticos e anotada no cartão. Os clientes em uso de diabetogênicos com glicemia acima de 140mg/dl serão encaminhados para consulta com o médico da equipe; 7. Encaminhar os clientes para oftalmologia de acordo com avaliação do médico e/ou do Enfermeiro da equipe; 8. Agendar visita domiciliar para realização do controle metabólico aos pacientes impossibilitados de participarem dos grupos educativos (com justificativa); 9. A manutenção
de
receitas de
hipoglicemiantes
orais será
feita
trimestralmente, de acordo com as rotinas de cada unidade.
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4.2.5 MEDICAÇÃO PARA MANUTENÇÃO
Glibenclamida 5 mg; Metformina 850 mg; Contra-indicação: -
DM tipo 1 ou DM pancreático;
-
Gravidez;
-
Grandes cirurgias, infecções severas, estresse e trauma;
-
História de reação alérgica às sulfoniluréias;
-
Predisposição a hipoglicemias severas e com diminuição da função hepática ou renal;
-
Acidose ou estado pré-acidótico.
Glibenclamida 5mg: Tem ação de 16 a 24horas e pode ser usada 1 ou 2 vezes ao dia: o Efeitos adversos: A hipoglicemia leve é o efeito adverso mais comum; também podem ocorrer sintomas gastrintestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, sensação de plenitude gástrica), reações hematológicas (leucopenia, trombopenia e anemia
hemolítica),
cutâneas
(rash,
prurido,
púrpura),
hipersensibilidade cruzada às sulfonamidas e alterações hepáticas (hepatite, icterícia, colestase e aumento das enzimas hepáticas). Metformina 850mg: causa significativa redução de complicações cardiovasculares.
4.2.6 PÉ DIABÉTICO
São alterações que ocorrem nos pés, decorrentes de complicações do diabetes mellitus: neuropatia diabética (alterações nos nervos periféricos), problemas circulatórios (micro e macro angiopatia diabética) e infecção. Estas complicações, quando presentes, colocam o paciente em risco de amputação e até de vida. PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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4.2.6.1 Fatores de Risco Antecedente de úlcera/amputação;
Neuropatia
insensibilidade/deformidade;
Calosidade; Uso de calçados inadequados; Trombose Venosa Profunda (tabagismo, HAS, dislipidemia); Patologia não-ulcerativa (micoses, bolhas, rachaduras, fissuras). 4.2.6.2 Classificação I Grau O: pé em risco por presença de doença vascular periférica, neuropatia, deformidades ortopédicas e de unhas, perda da visão, nefropatia e/ou idade avançada;
Grau 1: úlcera superficial; Grau 2: úlcera profunda que chega ao tendão, ligamento, articulação e/ou osso; Grau 3: infecção localizada: celulite, abscesso, osteomielite; Grau 4: gangrena local; Grau 5: gangrena extensa. 4.2.6.3 Classificação II Infeccioso
-
Neuropata: Apresenta boa circulação e déficit sensitivo
-
Arteriopata: Apresenta déficit circulatório e boa sensibilidade
-
Misto: Apresenta déficit circulatório e sensitivo.
Não Infeccioso
-
Neuropata: Apresenta o calo plantar e deformações
-
Arteriopata: Apresenta gangrena seca.
4.2.6.4 Sinas e Sintomas do Pé Diabético a) Vasculares: -
Pés frios;
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109
SAÚDE DO ADULTO
-
Claudicação intermitente (panturrilha ou pé);
-
Dor em repouso
-
Ausência de pulsos nós pés
-
Sopros femorais;
-
Rubor;
-
Diminuição da temperatura corporal.
especialmente noturno; poplíteos ou femorais;
b) Neurológicos: -
Sensitivos:
ardor,
formigamento,
parestesias,
dor
e
hipersensibilidade, sensação de pé frio ou dormente; -
Motores: debilidade, diminuição ou ausência de reflexos tendinosos profundos;
-
Autonômicos: secura da pele com diminuição ou ausência de sudorese.
c) Musculoesqueléticos: -
Mudança gradual na forma do pé;
-
Mudança súbita e indolor na forma do pé, associada a edema e sem antecedentes de traumatismo: o Pé cavo e dedos em garra; o Pé caído; o Articulação de Charcot; o Artropatia neuropática.
d) Dermatológicos: -
Feridas estranhamente dolorosas ou indolores;
-
Feridas que não cicatrizam ou cicatrizam lentamente. Necrose;
-
Mudança de coloração na pele;
-
Pé seco, pruriginoso;
-
Infecções recorrentes (paroníquia, pé-de-atleta);
-
Pé: o Secura anormal; o Infecção micótica crônica; o Lesões queratósicas com ou sem hemorragia (plantar ou digital). Úlceras tróficas.
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SAÚDE DO ADULTO
-
Pêlo: o Diminuição ou ausência.
-
Unhas: o Mudanças tróficas; o Onicomicose; o Ulceração ou abscesso subungueal; o Falta de crescimento.
Seguir protocolo de Tratamento de Feridas do município.
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Parte V SAÚDE DO IDOSO
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SAÚDE DO IDOSO
ÍNDICE 5.1 OBJETIVO............................................................................................... 113 5.2 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DA ATENÇÃO BÁSICA SOB A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA VOLTADAS À PESSOA IDOSA ............................................................. 113 5.2.1 Atribuições Comuns da Equipe ..................................................
113
5.2.2 Competências e Habilidades Requeridas ao Médico e/ou Enfermeiro ................................................................................... 114 5.2.3 Habilidades Específicas do Enfermeiro ........................................ 119 5.3 CONSULTA DE ENFERMAGEM ........................................................... 119 5.4 PRINCÍPIOS DO ATENDIMENTO DOMICILIÁRIO ............................... 119 5.5 AVALIAÇÃO GLOBAL DO IDOSO ........................................................ 119 5.6 OPERACIONALIZAÇÃO ........................................................................ 120 5.7.3 AVALIAÇÃO FÍSICA ..................................................................... 123 5.7.4 ASPECTOS RELACIONADOS COM CUIDADOR ....................... 125
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113
SAÚDE DO IDOSO
5.1 OBJETIVO Prestar um atendimento qualificado ao idoso, respeitando suas particularidades, estimulando sua independência, autonomia e a capacidade funcional, mediante ações de promoção de saúde, prevenção e reabilitação, possibilitando ao mesmo a manutenção de sua independência funcional e autonomia .(função física, psíquica e social).
5.2 COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DA ATENÇÃO BÁSICA SOB A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA VOLTADAS À PESSOA IDOSA 5.2.1 Atribuições Comuns da Equipe Conhecimento da realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas; Identificação dos problemas de saúde e situações de risco mais comuns aos quais o idoso está exposto, e a elaboração de um plano local para o enfrentamento dos mesmos; Execução, de acordo com a formação e qualificação de cada profissional, dos procedimentos de vigilância à saúde da pessoa idosa; Valorização das relações com a pessoa idosa e sua família, para a criação de vínculo de confiança, de afeto e de respeito; A realização de visitas domiciliares de acordo com o planejado; Prestação de assistência integral à população idosa, respondendo às suas reais necessidades de forma contínua e racionalizada;
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SAÚDE DO IDOSO
Garantia de acesso ao tratamento dentro de um sistema de referência e contra-referência para aqueles com problemas mais complexos ou que necessitem de internação hospitalar; Coordenação e participação e/ou organização de grupos de educação para a saúde; Promoção de ações intersetoriais e de parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas identificados na população idosa, além da fomentação da participação popular, discutindo com a comunidade conceitos de cidadania, de direitos à saúde e suas bases legais.
5.2.2 Competência e Habilidades Requeridas ao Médico e/ou Enfermeiro Podem ser destacadas as seguintes competências e correspondentes habilidades requeridas, no que diz respeito à saúde do idoso no nível da atenção básica: Promoção da saúde do idoso: capacidade de identificar os fatores determinantes da qualidade de vida da pessoa idosa, em seu contexto familiar e social, bem como compreender o sentido da responsabilização compartilhada como base para o desenvolvimento das ações que contribuem para o alcance de uma vida saudável. Aqui temos as seguintes habilidades requeridas ao médico e ao enfermeiro: a. Compreender o significado da promoção à saúde da pessoa idosa e sua relação com os fatores determinantes da qualidade de vida (sociais, políticos, econômicos, ambientais, culturais e individuais); b. Compreender a influência da família, da comunidade, das instituições e dos valores culturais e sociais no processo permanente de manutenção funcional e da autonomia do idoso;
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SAÚDE DO IDOSO
c. Estimular a iniciativa, a organização e a participação da comunidade em atividades inter-relacionadas em prol da qualidade de vida das pessoas idosas; d. Compreender o envelhecimento como um processo essencialmente benigno, não patológico, sem perder de vista, entretanto, que o estresse de agravos físicos, emocionais e sociais, com o aumento da idade, representa uma efetiva e progressiva ameaça para o equilíbrio dinâmico do indivíduo, ou seja, sua saúde; e. Compreender as diferenças entre o que se pode considerar como envelhecimento normal, com suas limitações fisiológicas gradativas, e as características patológicas que podem instalar-se durante esse processo; f. Identificar possíveis fatores de risco à saúde do idoso, assim como os sintomas claros ou não específicos de qualquer alteração física ou mental; g. Identificar ações de promoção à saúde da pessoa idosa, desenvolvidas pelos setores governamentais e não governamentais, na área de abrangência da UBS; h. Estabelecer parcerias, visando ao desenvolvimento do trabalho intersetorial (escolas, clubes, igrejas, associações e outros); i. Gerar,
reproduzir
e
disseminar
informações
relativas
ao
desenvolvimento integral da pessoa idosa para que a população seja informada e possa participar ativamente do processo de forma integral e abrangente; j. Desenvolver ações que visem à melhoria das práticas sanitárias no domicílio, bem como a vigilância à saúde do idoso; k. Entender a atenção básica à saúde do idoso enquanto processo eminentemente educativo, uma vez que se baseia no estímulo e
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SAÚDE DO IDOSO
apoio para que eles se mantenham, o máximo possível, no controle de sua saúde e de sua vida; l. Estimular a organização de grupos de idosos para discussão e troca de experiências relativas à sua saúde e como melhorar a qualidade de vida, mantendo-se participante ativo em sua comunidade; m. Construir coletivamente um saber direcionado às práticas de educação em saúde do idoso que integre a participação popular no serviço de saúde e ao mesmo tempo aprofunde a intervenção da ciência na vida cotidiana das famílias e da sociedade; n. Realizar o diagnóstico das condições de vida e de saúde da família e da comunidade na qual a pessoa idosa está inserida mediante as informações do cadastro das famílias; o. Estimar e caracterizar a população de idosos da área de abrangência da equipe de saúde, na perspectiva de enfoque de risco; p. Identificar as doenças prevalentes da população idosa na área de abrangência do trabalho da equipe, bem como seus determinantes; q. Acompanhar e avaliar permanentemente o impacto das ações sobre a realidade inicialmente diagnosticada das condições de vida e de saúde da pessoa idosa, na perspectiva de se atingir a situação desejada, pela identificação e desenvolvimento de indicadores de avaliação de processo e de resultado em relação às ações desenvolvidas; r. Identificar métodos e técnicas de ensino aprendizagem mais adequado à capacitação de pessoas da comunidade que lidam com práticas de cuidado às pessoas idosas. Prevenção e monitoramento das doenças prevalentes na população idosa: capacidade para desenvolver ações de caráter individual e coletiva, visando à prevenção específica e o monitoramento das doenças PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
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SAÚDE DO IDOSO
prevalentes na população idosa. Neste contexto, as habilidades requeridas ao médico e ao enfermeiro são: Conhecer as condições de vida e de saúde da pessoa idosa em seu contexto familiar na área adstrita à unidade de saúde (aspectos demográficos, perfil de morbimortalidade - mortalidade por causa específica, maltrato e abandono - renda e pobreza, trabalho); Desenvolvimento de ações de caráter coletivo voltadas à prevenção individual e coletiva com base nos fatores de risco universais à saúde da população idosa; Associar aos fatores de risco universais a outros que podem adquirir pesos variáveis de acordo com a realidade da área de abrangência da equipe de saúde; Orientar as pessoas idosas, seus familiares, seus cuidadores e a comunidade acerca de medidas que reduzam ou previnam os riscos à saúde da pessoa idosa; Identificar as condições do meio ambiente físico, social e domiciliar que constituem risco para a saúde da pessoa idosa. Identificação de agravos e recuperação da saúde no idoso: capacidade para desenvolver ações de caráter individual e coletiva, visando à prevenção específica, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos principais problemas da pessoa idosa. a. Habilidades requeridas ao médico e ao enfermeiro: 1. Ensinar ao idoso, aos familiares e/ou ao cuidador a administração de medicamentos em casa, a utilização de tratamento sintomático e a detecção de sinais e/ou sintomas que requeiram retorno imediato à unidade de saúde; 2. Aconselhar ao idoso, aos familiares e/ou ao cuidador a alimentação apropriada à pessoa idosa doente e sobre quando retomar à unidade de saúde;
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SAÚDE DO IDOSO
3. Identificar grupos específicos e traçar estratégias para a redução de danos no idoso com deficiência física ou mental, com desnutrição e vítima de violência intrafamiliar. b. Habilidades específicas do médico: 4. Realizar consulta médica para avaliação dos fatores de risco, confirmação
diagnóstica
e
identificação
de
processos
terapêuticos específicos referentes aos transtornos físicos e mentais prevalentes na população idosa; 5. Avaliar a pessoa idosa, classificando-a segundo o risco, em relação aos problemas típicos de sua idade -imobilidade, instabilidade postural, incontinência, insuficiência cerebral e iatrogenia, bem como empregar terapêuticas específicas; 6. Realizar consulta médica com vistas a identificar possíveis causas orgânicas ou causas psicossociais com os idosos que apresentam problemas de relacionamento; 7. Explicar à pessoa idosa, aos familiares e/ou aos cuidadores os aspectos referentes ao tratamento não medicamentoso e medicamentoso específicos de cada agravo; 8. Usar tratamento não medicamentoso e medicamentoso de acordo com a necessidade; 9. Acompanhar o idoso doente, na unidade ou no domicílio, até a sua cura; 10. Realizar atendimentos de primeiros cuidados nos casos de urgência geriátrica; 11. Encaminhar o idoso refratário aos tratamentos convencionais ou com doenças não compatíveis com a complexidade da UBS para unidades especializadas de referência;
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SAÚDE DO IDOSO
12. Acompanhar a evolução de pessoas idosas que foram encaminhadas a outros serviços até sua total recuperação e/ou reabilitação.
5.2.3 Habilidades Específicas do Enfermeiro 1. Programar visitas domiciliares ao idoso em situação de risco ou pertencente a grupos de risco e por solicitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS); 2. Realizar assistência domiciliar da pessoa idosa quando as condições clínicas e familiares da mesma permitirem ou assim o exigirem; 3. Supervisionar e desenvolver ações para capacitação dos ACS e de auxiliares de enfermagem visando ao desempenho de suas funções na atenção integral à pessoa idosa.
5.3 CONSULTA DE ENFERMAGEM
Enfoque na consulta domiciliária.
5.4 PRINCÍPIOS DO ATENDIMENTO DOMICILIÁRIO Visão holística. Avaliação e Orientação Multidimensionais. Garantia dos Princípios de Equidade e Universalidade. Busca do Melhor Estado Funcional. Suporte a Família e ao Cuidador. Humanização do Atendimento.
5.5 AVALIAÇÃO GLOBAL DO IDOSO 1- Perfil do cliente, dados biográficos; 2- Queixa principal, motivo da consulta; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
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SAÚDE DO IDOSO
3- Historia do problema atual; 4- Perfil familiar; 5- Perfil ocupacional; 6- Perfil do ambiente onde vive; 7- Perfil de recreação e lazer; 8- Recursos, sistemas de ajuda utilizados; 9- Descrição de um dia típico; 10- Estado de saúde atual; 11- Estado de saúde no passado; 12- Historia familiar (genograma); 13- Revisão dos sistemas (geral, tegumento, hematopoietico, cabeça, olhos, ouvidos, boca e garganta, nariz e seios paranasais, pescoço, mamas, respiratório, cardiovascular, gastrintestinal, urinário, genito-reprodutor, musculoesqueletico,
sistema
nervoso
central,
sistema
endócrino,
psicossocial); 14- Exame físico: Geral, pele cabeça, olhos, ouvidos, nariz e seios paranasais, boca e garganta, pescoço, mamas, tórax e pulmões, coração e vasos sanguíneos, abdome, musculoesqueletico, neurológico, genito-reprodutor.
Veja em ANEXO II
pág.151: Roteiro para Avaliação Global do Idoso.
5.6 OPERACIONALIZAÇÃO O profissional enfermeiro poderá trabalhar as seguintes questões: Abordar o envelhecimento junto aos indivíduos de uma forma personalizada, considerando não somente aspectos biológicos, mas também socioeconômicos, culturais, políticos e psíquicos; Ressaltar a capacidade da pessoa idosa em adaptar-se às mudanças físicas sociais e emocionais; Auxiliar no enfrentamento das mudanças, causadas pelo processo de envelhecimento estimulando uma atitude positiva perante a vida e a autoestima; PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
Promover, junto ao idoso e sua família/amigos, a participação em novas atividades que lhe sejam apropriadas e agradáveis, estimulando a cri atividade e a satisfação; Encorajar e preservar a autonomia funcional e emotiva do idoso, identificando junto ao mesmo seus potenciais e a forma de utiliza-los; Agir com responsabilidade e solidariedade diante das inúmeras situações de limitações, dificuldades e até constrangimento com que os idosos se deparam no seu cotidiano; Abrir espaço para que os idosos em gozo de suas faculdades mentais tenham o direito de: receber orientações, emitir opiniões, escolher e decidir, consentir e recusar, pedir ajuda e ter privacidade; Primar pela integridade, dignidade e direitos da pessoa idosa, superando preconceitos, estigma e discriminação.
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Parte VI DST/AIDS
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ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
ÍNDICE 6.1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 6.2 OBJETIVOS............................................................................................. 6.3 POPULAÇÃO ALVO................................................................................ 6.4 PROFISSIONAIS..................................................................................... 6.5 COMPETÊNCIAS E ROTINAS DOS PROFISSIONAIS.......................... 6.5.1 Médico............................................................................................ 6.5.2 Enfermeiro...................................................................................... 6.5.3 Técnico/Auxiliar de Enfermagem.................................................... 6.5.4 Agentes Comunitários de Saúde.................................................... 6.6 EXAMES COMPLEMENTARES.............................................................. 6.7 TRATAMENTO......................................................................................... 6.7.1 TRICOMONIASE............................................................................ 6.7.1.1 Gestantes.................................................................................... 6.7.1.2 Nutrizes........................................................................................ 6.7.1.3 Parceiros...................................................................................... 6.7.1.4 Portadoras do HIV....................................................................... 6.7.1.5 Observações................................................................................ 6.7.2 TRICOMONIASE E VAGINOSE BACTERIANA (AO MESMO TEMPO) ....................................................................................... 6.7.2.1 Gestantes.................................................................................... 6.7.2.2 Parceiros...................................................................................... 6.7.2.3 Portadoras do HIV....................................................................... 6.7.3 CANDIDIASE.................................................................................. 6.7.3.1 Gestantes.................................................................................... 6.7.3.2 Parceiros...................................................................................... 6.7.3.3 Portadoras do HIV....................................................................... 6.7.3.4 Observação................................................................................. 6.7.4 VAGINOSE BACTERIANA............................................................. 6.7.4.1 Gestantes.................................................................................... 6.7.4.2 Parceiros...................................................................................... 6.7.4.3 Portadores do HIV....................................................................... 6.7.4.4 Observação................................................................................. 6.8 FLUXOGRAMAS DST.............................................................................. 6.9 CTA: CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE MONTES CLAROS.................................................................................................. 6.9.1 Introdução....................................................................................... 6.9.2 Justificativa..................................................................................... 6.9.3 O CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) de Montes Claros.............................................................................................. 6.9.3.1 Corpo de funcionários do CTA.................................................... 6.9.4 Processo de Aconselhamento........................................................ 6.9.4.1 Diretrizes nacionais para o aconselhamento em DST/HIV/ AIDS............................................................................................ 6.9.4.1.1 Importância do aconselhamento.............................................. 6.9.4.1.2 Requisitos importantes ao profissional aconselhador.............. 6.9.4.1.3 Aconselhamento coletivo.......................................................... 6.9.4.1.4 Aconselhamento individual.......................................................
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124 124 125 125 125 125 126 126 127 128 128 128 129 129 129 129 129 130 130 130 130 131 131 132 132 132 132 132 133 133 133 133 138 138 139 140 141 141 141 141 141 142 142
ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
6.1 INTRODUÇÃO As Doenças Sexualmente Transmissíveis
DST estão entre os
problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Nos países industrializados ocorre um novo caso de DST em cada 100 pessoas por ano, e nos países em desenvolvimento as DST estão entre as 5 principais causas de procura por serviços de saúde (OMS, 1990). Com o aparecimento da AIDS, as DST passaram a apresentar um importante problema de saúde. O Ministério da Saúde reconhece as diversas falhas no atendimento ao paciente com DST/AIDS, sendo então criada a Coordenação Nacional de DST e AIDS
CN-DST/AIDS, que desde então vem definindo diretrizes nacionais no
âmbito da implantação e aprimoramento de políticas e estratégias relacionadas à assistência e prevenção das DST/AIDS.
6.2 OBJETIVOS Prestar atendimento médico, de enfermagem, psicológico, social e assistência farmacêutica ao paciente portador de DST/AIDS; Adequar ou facilitar o acesso as diversas especialidades médicas que se fizerem necessárias; Oferecer e referenciar apoio laboratorial, diagnóstico e de imagem, quando necessário; Orientar normas de biossegurança aos pacientes e seus familiares; Realizar trabalho educativo na comunidade sobre DST/AIDS; Oferecer testagem sorológica para HIV aos portadores de DST e a quem solicitar por razões de situações de risco; Oferecer aconselhamento sobre DST/AIDS aos pacientes e seus familiares; Oferecer como método de biossegurança, dentro do possível a distribuição de preservativos; Desenvolver atividades de promoção e prevenção com público de risco.
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ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
6.3 POPULAÇÃO ALVO Toda população da área de abrangência, suspeito ou portador de DST/AIDS.
6.4 PROFISSIONAIS Profissionais que compõem a Equipe da Estratégia Saúde da Família ESF e os da rede básica de saúde do município, da atenção primária e secundária.
6.5 COMPETÊNCIAS E ROTINAS DOS PROFISSIONAIS 6.5.1 Médico Consulta médica; Solicitar exames laboratoriais; Executar treinamento e articulação com os diversos níveis de assistência; Participar de atividades científicas junto com os demais profissionais da equipe; Propiciar educação continuada da equipe; Executar plano terapêutico e propedêutico; Desenvolver atividades de biossegurança; Encaminhar o paciente para serviço especializado, quando necessário; Acolher o cliente e família propiciando reabilitação; Fazer a notificação do caso; Realizar visita domiciliar, quando necessário; Respeitar o sigilo profissional em relação ao diagnostico do paciente; Executar aconselhamento coletivo pré-teste Anti-HIV; Executar aconselhamento individual pós-teste Anti-HIV; Desenvolver outras atividades afins.
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DST/AIDS
6.5.2 Enfermeiro
Responsabilidade técnica da equipe de enfermagem; Realizar consulta de enfermagem; Solicitar exames laboratoriais, conforme o protocolo; Executar treinamento e articulação com os diversos níveis de assistência; Participar de atividades científicas junto com os demais profissionais da equipe; Propiciar educação continuada da equipe e comunidade; Executar plano terapêutico e propedêutico de enfermagem; Desenvolver atividades de biossegurança; Encaminhar o paciente para serviço especializado, quando necessário; Acolher o cliente e família propiciando reabilitação; Fazer a notificação do caso; Realizar visita domiciliar, quando necessário; Desenvolver plano de cuidados de enfermagem; Executar aconselhamento coletivo pré-teste Anti-HIV; Executar aconselhamento individual pós-teste Anti-HIV; Respeitar o sigilo profissional em relação ao diagnóstico do paciente; Desenvolver outras atividades afins. 6.5.3 Técnico/Auxiliar de Enfermagem
Acolher o paciente e familiares proporcionando-lhes conforto; Fazer avaliação dos parâmetros vitais, quando necessário; Orientar quanto à realização de exames laboratoriais, radiológicos e de imagens; Fazer visitas domiciliares, quando necessário; Executar as ações do plano de cuidado estipulado pelo enfermeiro; Executar ações educativas com a comunidade; Fazer buscar ativa de casos suspeitos e encaminha-los para atendimento;
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DST/AIDS
Administrar medicamentos e executar procedimentos de enfermagem, quando necessário; Levantar e informar complicações e abandono de tratamento; Auxiliar os médicos e enfermeiros quando solicitado; Proteger o paciente e familiares quanto à exposições desnecessárias; Manter a Unidade em ordem; Zelar pela ética; Orientar sobre biossegurança; Humanizar o tratamento e promover o bom convívio entre os pacientes, familiares e comunidade; Respeitar o sigilo profissional em relação ao diagnóstico do paciente; Desenvolver outras atividades afins. 6.5.4 Agentes Comunitários de Saúde
Acolher o cliente e a família na Unidade da Saúde; Realizar busca ativa de casos na comunidade; Realizar visita domiciliares; Agendar consulta de enfermagem ou médico e retorno; Conferir medicação existente no domicílio e estimular a manutenção do tratamento; Desenvolver educação em saúde com a comunidade e portadores de DST/AIDS; Comunicar à equipe qualquer anormalidade; Informar e buscar faltosos; Orientar sobre o fluxo de exames a serem realizados; Acompanhar o paciente, quando necessário; Orientar sobre ações de biossegurança; Manter o prontuário e a Unidade de Saúde em ordem; Respeitar o sigilo profissional em relação ao diagnóstico do paciente; Desenvolver outras atividades afins.
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DST/AIDS
6.6 EXAMES COMPLEMENTARES VDRL; Secreção vaginal à fresco, GRAM e cultura; KOH; Elisa Anti-HIV; Pregnosticon; Colpocitologia Oncótica
OBS.: Aconselhar e solicitar exame Elisa Anti-HIV para todos os pacientes com DST.
6.7 TRATAMENTO O tratamento das DST/AIDS deste protocolo de atendimento foi definido pelo Ministério da Saúde, através das linhas de condutas desenvolvidas e testadas, que estão presentes no Manual de Controle das DST, 3ª ed. 1999. Caberá ao enfermeiro tratar as vulvovaginites (vaginoses bacterianas, candidíase vulvovaginal, trichomoníase genital) enquanto que as demais DST/AIDS e os casos com recidivas e sem melhora, ficará para o profissional médico. Tratamento alternativo poderá ser utilizado pelo enfermeiro, para reduzir dor e desconforto. Os tratamentos estão descritos abaixo e apresentados também nos fluxogramas. 6.7.1 TRICOMONÍASE
METRONIDAZOL 2 g, VO, dose única; ou TINIDAZOL 2 g, VO, dose única; ou METRONIDAZOL 500mg, VO, de 12 / 12 horas, por 7 dias; ou SECNIDAZOL 2 g, VO, dose única.
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ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
6.7.1.1 Gestantes
Tratar
somente
após
completado
o
primeiro
trimestre
com
METRONIDAZOL 2g, VO, dose única. 6.7.1.2 Nutrizes
METRONIDAZOL GEL 0.75%, 1(um) aplicador vaginal (5g), 12/12 horas, por 5 dias ; ou METRONIDAZOL
2g,
VO,
dose
única
(suspender
aleitamento,
diretamente no peito, por 24 horas. Neste período, a mulher devera ser orientada quanto a retirada e armazenamento do leite, a fim de garantir a nutrição do bebe). 6.7.1.3 Parceiros
Tratar sempre, ao mesmo tempo em que a paciente, e com o mesmo medicamento, em dose única. 6.7.1.4 Portadoras do HIV
Devem ser tratadas com os mesmos esquemas recomendados acima. 6.7.1.5 Observações
Para alivio dos sintomas, pode-se associar o tratamento tópico com METRONIDAZOL GEL 0.75%, 1 aplicador vaginal(5g), 2 vezes ao dia, por 5 dias. Durante o tratamento com qualquer dos medicamentos sugeridos acima, deve-se evitar a ingestão de álcool (efeito antabuse, que e o quadro conseqüente a interação de derivados imidazolicos com álcool, e se caracteriza por mal-estar, náuseas, tonturas, gosto metálico na boca).
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ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
O tratamento tópico e indicado nos casos de intolerância aos medicamentos via oral, e nos casos de alcoolatria. A trichomoníase vaginal pode alterar a classe da citologia oncótica. Por isso, nos casos em que houver alterações morfológicas celulares, estas podem estar associadas a trichomoníase. Nesses casos, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após 2 a 3 meses, para avaliar se há persistência dessas alterações. Durante o tratamento, deve-se suspender as relações sexuais. Manter o tratamento se a paciente menstruar. 6.7.2 TRICOMONIASE E VAGINOSE BACTERIANA (AO MESMO TEMPO)
METRONIDAZOL, 500mg, VO, de 12/12 horas por 7 dias; ou METRONIDAZOL 2g, VO, dose única; ou TINIDAZOL 2g, VO, dose única; ou SECNIDAZOL 2g, VO, dose única. 6.7.2.1 Gestantes
Tratar após completado o primeiro trimestre com METRONIDAZOL 250mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias. ** A gardnerella devera ser tratada mesmo sem queixas. 6.7.2.2 Parceiros
METRONIDAZOL 2g, VO, dose única. 6.7.2.3 Portadoras do HIV
Devem ser tratadas com os mesmos esquemas recomendados acima.
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ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
6.7.3 CANDIDIASE
MICONAZOL, creme a 2%, via vaginal, 1 aplicação a noite ao deitar-se, por 7 dias; ou MICONAZOL, óvulos de 200mg, 1 óvulo via vaginal, a noite ao deitar-se, por 3 dias; ou MICONAZOL, óvulos de 100mg, 1 óvulo via vaginal, a noite ao deitar-se, por 7 dias; ou ISOCONAZOL ( Nitrato), creme a 1 %, 1 aplicação via vaginal, a noite ao deitar-se, por 7 dias; ou TERCONAZOL 0.8% creme vaginal, 1 aplicação via vaginal, a noite ao deitar-se, por 5 dias; ou CLOTRIMAZOL, óvulos 500mg, via vaginal, aplicação única; ou CLOTRIMAZOL,óvulos 100mg, 1 aplicação via vaginal, 2 vezes por dia, por 3 dias; ou CLOTRIMAZOL,óvulos 100mg, 1 aplicação via vaginal, a noite ao deitarse, por 7 dias; ou NISTATINA 100.000UI, 1 aplicação, via vaginal, a noite ao deitar-se por 14 dias. ** Tratamento sistêmico deve ser feito somente nos casos recorrentes ou de difícil controle, nestes casos, deve-se investigar causas sistêmicas predisponentes. CETOCONAZOL 400mg, VO, por dias, por 5 dias ; ou FLUCONAZOL 150mg, VO, dose única; ou ITRACONAZOL 200mg, VO, de 12/12 horas, só duas doses. 6.7.3.1 Gestantes A candidíase vulvoganial e muito comum no transcorrer da gravidez, podendo apresentar recidivas pelas condições propicias do pH vaginal que se estabelece nesse período. Qualquer um dos tratamentos tópicos acima relacionados pode ser usado em gestantes, deve ser dada preferência ao MICONAZOL, TERCONAZOL OU CLOTRIMAZOL, por um período de 7 dias. Não deve ser usado nenhum tratamento sistêmico.
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DST/AIDS
6.7.3.2 Parceiros Não precisam ser tratados, exceto os sintomáticos. Alguns autores recomendam o tratamento via oral de parceiros apenas para os casos recidivantes. 6.7.3.3 Portadoras do HIV Devem ser tratadas com os mesmos esquemas recomendados acima. 6.7.4 Observação Em mulheres que apresentam 4 ou mais episódios por ano, devem ser investigados outros fatores predisponentes diabetes, imunodepressão, inclusive a infecção pelo HIV, uso de corticóides. Sempre orientar quanto a higiene adequada e uso de roupas que garantam boa ventilação. 6.7.4 VAGINOSE BACTERIANA METRONIDAZOL 500mg, VO, de 12/12 horas, por 7 dias; ou METRONIDAZOL 2g, VO, dose única; ou TINIDAZOL 2g, VO, dose única; ou SECNIDAZOL 2g, VO, dose única; ou METRONIDAZOL GEL 0.75%, 1 aplicador vaginal(5g), 2 vezes ao dia, por 5 dias. ** Pacientes com resultado de gardnerella e que não relatam queixas não serão tratadas. Exceto nas gestantes. 6.7.4.1 Gestantes Tratar somente apos completado o primeiro trimestre METRONIDAZOL 250mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias; ou METRONIDAZOL 2g, VO, dose única; ou
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DST/AIDS
METRONIDAZOL GEL 0,75%, 1 aplicador(5g), 2 vezes ao dia, por 5 dias (uso limitado em gestantes, tendo em vista a insuficiência de dados quanto ao seu uso nesta população). **
Tratar
as
gestantes
que
apresentam
resultado
de
gardnerella,
independente de queixas. 6.7.4.2 Parceiros
Não precisam ser tratados. Alguns autores recomendam o tratamento de parceiros apenas para os casos recidivantes. 6.7.4.3 Portadores do HIV
Devem ser tratadas com os mesmos esquemas recomendados acima. 6.7.4.4 Observação
Durante o tratamento com qualquer dos medicamentos sugeridos acima, deve-se evitar a ingestão de álcool ( efeito antabuse, que e o quadro conseqüente a interação de derivados imidazolicos com álcool, e se caracteriza por mal-estar, náuseas, tonturas, gosto metálico na boca) O tratamento tópico e indicado nos casos de intolerância aos medicamentos via oral e nos casos de alcoolatria.
6.8 FLUXOGRAMAS DST Os fluxogramas apresentam informações básicas importantes que poderão auxiliar o profissional que realiza o atendimento facilitando o diagnóstico sindrômico,
implementação
do
tratamento
imediato,
realização
do
aconselhamento para estimular a adesão ao tratamento, para a redução de riscos, para a convocação, orientação e tratamento de parceiros, promoção de incentivo ao uso de preservativos e outros aspectos.
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DST/AIDS
FLUXOGRAMA SINDRÔMICO DE CORRIMENTO VAGINAL
Consulta de Enfermagem
Secreção malcheirosa branca acinzentada, em geral, escassa, sem prurido ou irritação local.
Prurido, ardência, dispareunia, disúria eventual, corrimento amareloesverdeado bolhoso, fétido,
Prurido, ardência, disúria eventual, dispareunia, corrimento branco em grumos (leite coalhado), hiperemia local, escoriações
Realizar teste KOH 10%
Negativo
Positivo Vaginose bacteriana ou Gardenerose
Tricomoníase
Candidíase
Tratar com: Miconazol 2% creme por 7 noites ou Nistatina Tratar com: Metronidazol creme por 10 dias ou Metronidazol 500 mg 12/12h por 7 dias ou Tinidazol 2g dose única VO após refeição (4 cápsulas 500 mg) ou Metronidazol 2g VO dose única ou Secnidazol 2 g VO dose única.
100.000 UI creme por 14 noites ou Isoconazol 1% creme por 7 noites Sistêmico (casos recorrentes ou de difícil controle) Fluconazol 150mg VO
dose única
Cetoconazol 400mg VO por 5 dias Itraconazol 200mg VO 12/12h por 1 dia
GESTANTES Após completado o 1º trimestre com: Metronidazol 2g VO , dose única NUTRIZES Metronidazol Gel 0,75% 2 vezes por dia 5 dias ou Metronidazol 2 g VO, dose única * Suspender AM, por 24 horas
GESTANTE Tratamento tópico com: Miconazol, Terconazol ou Clotrimazol por 7 dias NÃO USAR TRATAMENTO SISTÊMICO * Alívio do prurido: embrocação vaginal com violeta de genciana a 2% NÃO PRECISA TRATAR PARCEIROS
TRICOMONIASE
TRATAR PARCEIROS AO MESMO TEMPO, COM AS MESMAS DROGAS
Não tratar o parceiro
Retorno 15 dias após o término do tratamento
FONTE: SMS
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DST/AIDS
FLUXOGRAMA DOR PÉLVICA PACIENTE COM QUEIXA DE DESCONFORTO OU DOR PÉLVICA
ANAMNESE EXAME FÍSICO GERAL E ESPECÍFICO
SANGRAMENTO VAGINAL OU
SIM
ATRASO MENSTRUAL
PARTO / ABORTO RECENTE?
INVESTIGAR GRAVIDEZ
NÃO
SIM
NEGATIVO
QUADRO ABDOMINAL GRAVE DEFESA MUSCULAR OU DOR À DESCOMPRESSÃO OU FEBRE > 37,5°C
NÃO
NÃO
SUSPEITA DE DIP: DOR À MOBILIZAÇÃO DO COLO E DOR À PALPAÇÃO DOS ANEXOS
SIM
MUCOPUS ENDOCERVICAL OU COLO FRIÁVEL SIM
NÃO
ENCAMINHAR PARA CONSULTA MÉDICA
ENCAMINHAR PARA CONSULTA MÉDICA
FONTE: SMS
ENCAMINHAR PARA CONSULTA MÉDICA
INVESTIGAR OUTRAS CAUSAS
Montes Claros / 2000.
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DST/AIDS
FLUXOGRAMA CORRIMENTOS VAGINAIS
PACIENTE COM QUEIXA DE CORRIMENTO VAGINAL OU PRESENÇA DO MESMO
ANAMNESE
EXAME FÍSICO GERAL E ESPECÍFICO MUCOPUS ENDOCEVICAL E/OU COLO FRIÁVEL E/OU DOR À MOBILIZAÇÃO DO COLO NÃO
SIM SUSPEITA DE GONORRÉIA E CLAMÍDIA
CORRIMENTO VAGINAL PRESENTE
SIM
AGENDAR CONSULTA MÉDICA
NÃO
EXAME DE SECREÇÃO VAGINAL A FRESCO DISPONÍVEL SIM
COLETA DE MATERIAL
NÃO
TRATAR TRICOMONIASE, VAGINOSE BACTERIANA E CANDIDÍASE
RESULTADO
TRATAR CONFORME RESULTADO
FONTE: SMS
COLETAR MATERIAL PARA EXAME PAPANICOLAU
Montes Claros / 2000.
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DST/AIDS
FLUXOGRAMA ÚLCERAS GENITAIS PACIENTE COM QUEIXA DE ÚLCERA GENITAL
ANAMNESE
EXAME FÍSICO GERAL E ESPECÍFICO
PRESENÇA DE ÚLCERA?
SIM
NÃO
SUSPEITA DE HERPES
SUSPEITA DE SÍFILIS E CANCRO MOLE
COLETA DE MATERIAL PARA EXAME PAPANICOLAU
ENCAMINHAR PARA CONSULTA MÉDICA
FONTE: SMS
Montes Claros / 2000.
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DST/AIDS
6.9 CTA: CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE MONTES CLAROS 6.9.1 Introdução Existem no Brasil milhares de pessoas infectadas pelo HIV que desconhecem sua situação sorológica, em média, os brasileiros só realizam o diagnóstico cinco anos após a infecção. Durante esse período, podem transmitir o vírus involuntariamente. Conhecer sua sorologia, assim como ter acesso ao tratamento, é direito de todo cidadão. Os números da epidemia de HIV/AIDS, no Brasil e no mundo, continuam apresentando índices alarmantes. Segundo dados do Ministério da Saúde (2003), no Brasil os números de casos acumulados de AIDS já somam 310.310, com uma taxa de incidência de 12,8 por 100.000 habitantes e um número aproximado de 25.000 novos casos da doença por ano. Em Montes Claros, o SAE (Serviço de Assistência Especializada) da Unimontes atende atualmente cerca de 600 (seiscentos) pacientes registrados, dos quais 240 (duzentos e quarenta) pacientes encontram-se em uso de medicação antiretroviral, além de 60 crianças soropositivas para HIV, contaminadas através de transmissão vertical. Este SAE atende a Montes Claros e todo o Norte de Minas, além de algumas cidades do Sul da Bahia. É necessário, portanto, que o município inclua em suas ações iniciativas que efetivamente possam contribuir para frear o alastramento da epidemia da AIDS, neste sentido oferecer, o diagnóstico precoce é uma importante forma de prevenção e controle desta epidemia. Além disso, o diagnóstico precoce da infecção torna mais fácil o controle e tratamento da doença, impedindo sua progressão. O CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) é uma importante estratégia para se conseguir a detecção precoce da infecção pelo HIV, ele funciona como um serviço de prevenção e a propagação de suas ações se estendem para muito além do seu espaço físico. O CTA facilita o acesso rápido e fácil as informações (aconselhamento coletivo e individual), incentiva a prática de sexo seguro, e principalmente estimula a testagem anti-HIV de forma voluntária, responsabilizando o próprio indivíduo pelos seus atos, saúde e destino.
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DST/AIDS
6.9.2 Justificativa Montes Claros conta hoje com uma população em torno de 320 mil habitantes, quanto levamos em conta a sua área de influência essa população passa de 1,5 milhões de habitantes. Como já foi demonstrada acima, a incidência de casos de HIV/AIDS em nosso meio é estatisticamente significativa. Além disso, devemos considerar que a localização geográfica de Montes Claros associado a malhas rodoviárias que atravessam o município e principalmente sabendo que a categoria de caminhoneiros constitui num grupo de grande vulnerabilidade e as condições sócioeconômicas da região colaboram para que tenhamos um número considerável de mulheres e homossexuais que se dedicam à atividade como profissionais do sexo. Apesar de enumerar apenas esses segmentos reconhecidamente vulneráveis, existem um número enorme de pessoas de todas as faixas etárias com pouquíssimas informações tanto sobre sexualidade como também sobre as formas de transmissão das DST/HIV/AIDS. Enquanto não é adotada uma postura mais firme frente a esse problema a rede de contaminação continua se espalhando bem diante dos nossos olhos e essa situação nos cobra um posicionamento no sentido de conseguir fazer objeção a esse ritmo de propagação da doença. Nesse sentido, deve-se entender que o investimento mais correto deve ser direcionado às ações de prevenção e nos casos de pessoas já contaminadas buscar a detecção o mais precoce possível e uma definição diagnóstica, visando com isso evitar a disseminação do vírus e melhorar a eficácia do tratamento do paciente já acometido pelo HIV, aumentando as possibilidades de melhor qualidade de vida. O CTA na rede de serviços de tratamento e controle de HIV/AIDS, cumpre uma importante função que extrapola suas próprias atividades de rotina, visto que na maioria das vezes, funciona como verdadeiros articuladores de ações, serviços, profissionais de saúde, além de se constituir como a principal referência oficialmente institucionalizada para o efetivo acolhimento e orientação dos pacientes de HIV/AIDS. O número de pessoas infectadas pelo HIV e não identificadas é muito grande, nesse sentido oferecer a possibilidade de diagnóstico o mais precoce possível finda pro funcionar como uma efetiva forma de prevenção da doença e da sua disseminação. Entretanto, não se pode prometer tais serviços à população se ainda não se dispõem de um serviço estruturado que possa dar suporte e responder à demanda por testagem para o HIV.
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ATENÇÃO BÁSICA
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DST/AIDS
CTA funciona como um serviço de prevenção e a propagação de suas ações se estendem para muito além do seu espaço físico. Para tanto, é necessário que através do CTA facilitaremos o acesso rápido e completo as informações (aconselhamento coletivo e individual), incentivando o uso correto e constante do preservativo, e principalmente estimulando a testagem HIV, não de maneira compulsória, mas voluntária. A demanda por um CTA em Montes Claros é inequívoca, todavia, deve-se observar também que esta necessidade não se circunscreve à estrita população desta cidade, por isso nada mais razoável do que constituir um consórcio intermunicipal,
já
que
os
problemas
relacionados
ao
HIV/AIDS
são
de
responsabilidade de todos, tanto na qualidade de cidadãos comuns, mas principalmente que ocupam cargos de gestores da saúde. 6.9.3 O CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/HIV/AIDS) de Montes Claros O CTA de Montes Claros surge para preencher uma importante lacuna na cadeia de serviços no campo da prevenção e da assistência concernentes a DST/HIV/AIDS no município de Montes Claros. Um fator favorável à proposta de implementação de um CTA em Montes Claros é que o município já reúne uma série de condições para tal e dentre as quais podemos enumerar a existência de um espaço físico que pode ser adaptado a partir de pequenas reformas no prédio onde funciona a Policlínica Dr. José Carlos do Espírito Santo. Além disso, boa parte dos recursos humanos necessários já estão disponíveis, sendo necessário apenas um treinamento para aqueles que ainda não o tem e para o próximo ano, com a ampliação dos serviços à contratação de novos funcionários, mesmo no que tange a materiais e instrumentais, os recursos poderão ser facilmente captados através de projetos de convênio com outros municípios membro do Consórcio Intermunicipal, como também através de repasses do próprio SUS, sem contar que o investimento em prevenção evita gasto futuros. Portanto, a viabilidade econômica de um CTA para Montes Claros é absolutamente tranqüila. Noutras palavras, o município de Montes Claros reúne simultaneamente a necessidade e as condições para a imediata implantação de um Centro de Testagem e Aconselhamento bem estruturado, que inicialmente poderia funcionar com a
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ATENÇÃO BÁSICA
141
DST/AIDS
realização de testes uma vez por semana passando depois para três e no futuro, talvez até mesmo realizando testes diariamente se a demanda assim exigisse. 6.9.3.1 Corpo de funcionários do CTA Nº
CATEGORIA
CARGA HORÁRIA
ACONSELHAMENTO
1
Enfermeiro
20 horas semanais
Sim
1
Pedagogo
20 horas semanais
Sim
2
Psicólogo
20 horas semanais
Sim
1
Bioquímico
20 horas semanais
Sim
2
Auxiliar de Saúde
30 horas semanais
Não
2
Técnico de Laboratório
30 horas semanais
Não
2
Operador de computador
30 horas semanais
Não
2
Auxiliar administrativo
30 horas semanais
Não
1
Médico-Infectologista
20 horas semanais
Sim
6.9.4 Processo de Aconselhamento 6.9.4.1 Diretrizes nacionais para o aconselhamento em DST/HIV/AIDS 6.9.4.1.1 Importância do aconselhamento AIDS atinge todos segmentos populacionais; Diagnóstico tardio; Milhares de pessoas desconhecem a sorologia; Acesso ao diagnóstico e ao tratamento é um direito do cidadão; Favorecer a atenção integral. 6.9.4.1.2 Requisitos importantes ao profissional aconselhador A) Habilidade de comunicação; B) Conhecimento técnico; C) Livre de juízo de valor; D) Postura ética; E) Sensibilidade às questões sócio-culturais e emocionais; F) Sensibilidade às demandas singulares de cada usuário; G) Atitude empática.
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DST/AIDS
6.9.4.1.3 Aconselhamento coletivo Processo educativo participativo, que visa despertar/ampliar a percepção de risco para a identificação das formas de transmissão, prevenção e sinais e sintomas de DST/HIV/AIDS, bem como o esclarecimento a respeito de suas complicações quando a infecção é diagnosticada tardiamente e oferecer o teste antiHIV. Importante: Realizar a sessão de maneira interativa; Evitar polarizações; Estimular a participação do grupo; Evitar conteúdos em excesso; Trabalhar a demanda do grupo (evitando orientações prescritivas); O tempo varia conforme as necessidades de cada grupo. 6.9.4.1.4 Aconselhamento individual É um diálogo baseado em uma relação de confiança que visa proporcionar à pessoa condições para que avalie seus próprios riscos, tome decisões e encontre maneiras realistas de enfrentar problemas relacionados as DST/HIV/AIDS.
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DST/AIDS
Aconselhamento para DST/HIV/AIDS: porta de entrada para a prevenção e cuidados
Prevenção primária
Aconselhamento secundário
Prevenção
Para DST/HIV/AIDS
- Acesso ao preservativo;
- Acesso precoce ao TRV;
- Prevenção das DST/HIV/AIDS;
-
-
Acesso ao(s) parceiro(s);
-
Prevenção da transmissão
Diagnóstico precoce das infecções oportunistas;
Acesso ao teste Anti-HIV
vertical; - Apoio para adoção de práticas
Encaminhamento para serviços de assistência (maternidade, unidade de
seguras e redução de risco
referência);
para as infecções.
-
Encaminhamento para serviços de apoio (ONG, etc);
- Triagem e tratamento das
SIM
NÃO
Aconselhamento de seguimento
Apoio emocional Componentes do Aconselhamento Educativo; Emocional; Avaliação de risco.
ACONSELHAMENTO COLETIVO - É mais informativo; Maior público; Otimiza o individual; Não particulariza; - Não avalia riscos individuais.
INDIVIDUAL Demanda individual; Complementa o coletivo; Particulariza; Suporte emocional; - Avalia riscos.
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DST/AIDS
A) TESTE DIAGNÓSTICO PARA DETECÇÃO DE INFEÇÃO PELO HIV Detecção de anticorpos Detecção de antígenos Cultura viral Amplificação do genoma do vírus
Triagem inicial Situações específicas
Elisa Teste inicial. Alta sensibilidade e especificidade. Fácil automação e baixo custo. W. Blott Teste confirmatório. Alta complexidade e custo. Alta sensibilidade e especificidade. Padrão Ouro. Imunofluorescência Indireta Teste confirmatório. Custo médio. Testes Rápidos Testes de Triagem. Resultado máximo de 30 minutos. Não substitui o Elisa. Indicações específicas: decisão terapêutica em situação de emergência. PREVENÇÃO
AÇAO
Relações de troca de desejo de transformar
Planejamento Monitoramento Avaliação
Revisão contínua de informações
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS ARRIBAS, Célia Morais de; BARBOSA, Maria Goretti de Medeiros Martins; ALMEIDA, Núbia Ferreira Castro. Protocolo do enfermeiro nas ações básicas de atenção a saúde da mulher. Pernambuco: COFEN, 2004. BIGUELINI, Cristina Poll, et al. Como Elaborar um Protocolo para Enfermeiros, em Saúde Pública: o relato de uma experiência. 2ed. Francisco Beltrão: Berson, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Doenças Infecciosas e Parasitarias: Aspectos Clínicos, Vigilância Epidemiológica e Medidas de Controle. Brasília: Ministério da Saúde - Fundação Nacional de Saúde, 1998. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Manual técnico de assistência pré-natal. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico / Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher. 4 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. _______. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde/Instituto Nacional do Câncer - INCA. Falando sobre o câncer de mama. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde / INCA, 2000. _______. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde/Instituto Nacional do Câncer - INCA. Falando sobre o câncer do colo de útero. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde / INCA, 2000. _______. Ministério da Saúde. AIDPI: Atenção Integrada as doenças prevalentes na infância: Curso de capacitação Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Panamericana da Saúde. 2 ed. Re - Brasília: Ministério da Saúde, 2002. ________. Ministério da Saúde. Aleitamento Materno e Orientação Alimentar para o desmame. 5 ed. Brasília: Programa de Assistência Integral á Saúde da Criança, 1986 22p. ________. Ministério da Saúde. Manual de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional das Doenças Sexualmente Transmissíveis DST. 3 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 1999. _______. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemias. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Brasília: Ministério da Saúde, 1999.
PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
REFERÊNCIAS
146
________. Ministério da Saúde. Manual de Enfermagem. Programa de Saúde da Família. São Paulo: IDS - Instituto para o Desenvolvimento da Saúde, USPUniversidade de São Paulo, MS -Ministério da Saúde, Fundação Telefônica, 2001. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas de Saúde Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da saúde, 2002 (Caderno de Atenção Básica; nº 11). _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. (Caderno de Atenção Básica) _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde: Área técnica de Saúde da Mulher. Parto, Aborto e Puerpério: Assistência humanizada à mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. _______. Ministério da Saúde. Assistência Institucional ao Parto e ao Puerpério e ao Recém Nascido. Brasília: Ministério da Saúde, 1991. ________. Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Saúde Materno-infantil / SAD. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.44p (Série A: Normas e Manuais Técnicos) CENTRO LATINO AMERICANO DE PERINATOLOGIA CLAP / ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE OPAS / OMS. Saúde Reprodutiva Materna Perinatal: atenção pré-natal e do parto de baixo risco. Montevideo: CLAP, 1996. CONGRESSO NACIONAL DA REDE UNIDA III, 1997. Formação e capacitação de recursos humanos em saúde. Salvador: Interlik, 1997. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS COREN/MG. Legislação e Normas. Ano 9, n.1. Belo Horizonte: COREN/MG, set/2003. DIÓGENES, Maria Albertina Rocha, REZENDE, Mônica Dantas Sampaio, PASSOS, Najila Maria Gurgel. Prevenção do câncer; atuação do enfermeiro na consulta ginecológica Aspectos éticos e legais da profissão. Fortaleza: Pouchain Ramos, 2001. DUNCAN, Bruce B.; SCHIMIDT, Maria Inês; GIUGLIANI, Elsa R J. Medicina ambulatorial: condutas clinicas em atenção primaria. 2ed. Porto Alegre: Artmed,1996. EGRY, E.Y: FONSECA, R.R.M.G.S. Processo de integração docente assistencial: espaço e movimento possíveis na construção do saber em saúde coletiva. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, 45(1), jan. /mar. 1992, p. 9-4. FAHEL, Murilo Ignacio. PEREIRA. Maria. MENDES, Mary. Adolescente para o lll Milênio, Nem acelerar nem deter[...]., Montes Claros: UNIMONTES, 1999. FONSECA, R.M.G.S et al. Desenvolvendo um processo ensino-aprendizagem: pressuposto e método de ensino da disciplina enfermagem preventiva e PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
147
REFERÊNCIAS
comunitária do Curso de Graduação em Enfermagem. Rev. Esc.Enf.USSP, São Paulo, V.26, n.3, dez/1992. FREITAS, Fernando. Rotinas em Ginecologia. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. KISIL, Marcos e CHAVES. Mario. Programa UNI: uma nova iniciativa na educação dos profissionais de saúde. Battle Creek: Fundação W.K Kellog, 1994. 136p. LEÃO, Ennio. Pediatria Ambulatorial. 3 ed. Belo Horizonte: Cooperativa de Cultura Médica, 1998. LIMA, Maria José de. O que é Enfermagem? São Paulo: Brasiliense, 1994. PREDOSA, A.A.M.C; GODOY, F.Z.; CAETANO, N. Área de Remédios. 6 ed. São Paulo: Escola de Enfermagem da USP, 2003. BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Assistência Integral a Saúde Materno Infantil. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Saúde, 1995. SMELTZER, Suzane C.; BARE, Brenda G. Tratado de enfermagem medico cirúrgica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2000. UNIMONTES, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde/Policlínica Dr Hermes de Paula/Secretaria de Saúde de Montes Claros. Protocolo de atendimento de enfermagem da policlínica Dr. Hermes de Paula - HUCF e Município de Montes Claros. Montes Claros: Unimontes, 2000. WHALEY, LUCILE F.J.; WONG. Enfermagem Pediátrica: Elementos Essenciais à Intervenção efetiva. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985.
PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
ATENÇÃO BÁSICA
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ANEXOS
PROTOCOLO DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE MONTES CLAROS ATENÇÃO BÁSICA
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ANEXO I - FLUXOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE GESTANTES E MULHERES QUE ENGRAVIDARAM EM ATÉ 30 DIAS APÓS A VACINAÇÃO CONTRA RUBÉOLA
GESTANTES VACINADAS INADVERTIDAMENTE MULHERES QUE ENGRAVIDARAM DENTRO DE 30 DIAS APÓS VACINAÇÃO
DETECÇÃO DO CASO PELO PROFISSIONAL DE SAÚDE COM PRONTA COLETA DE AMOSTRA SANGUÍNEA PARA PESQUISA DE IgM e IgG
MENOS DE 30 DIAS APÓS VACINA IgM IgM IgM+ IgG+ IgGIgG-
IMUNE PRÉNATAL HABITUAL
SUSCEPITÍVEL NO MOMENTO
GESTANTE SUSCEPTÍVEL À RUBBÉOLA NO MOMENTO DA VACINAÇÃO
30 DIAS OU MAIS APÓS A VACINA IgMIgG-
IgM+ IgG- ou IgG -
SUSCEPITÍVEL
IgMIgG+
SUSCEPITÍVEL
IGNORADO
NO MOMENTO DEVERÁ SER ACOMPANHADA
COLHER NOVA AMOSTRA APÓS 15 DIAS
SE PERSISTIR IgM- e IgG-
DESCARTAR
DEVERÁ SER ACOMPANHADA
PRÉ-NATAL HABITUAL
VACINAÇAR NO PÓS-PARTO IMEDIATO
PRÉ-NATAL HABITUAL
A COLHEITA TARDIA IMPOSSIBILITA DETERMINAR O ESTAADO DE IMUNIDADE DA MULHER NO MOMENTO DA VACINAÇÃO
FAZER PRÉ-NATAL
VACINAR PÓS-PARTO
OBS.: A detecção de IgM dentro da 1ª semana após a vacinação pode representar uma infecção pelo vírus selvagem e não ter relação alguma com a vacinação. Neste caso, deverá se proceder a uma avaliação individual.
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150
ANEXO II - ROTEIRO PARA AVALIAÇÃO GLOBAL DO IDOSO 1 - AVALIAÇÃO SOCIAL Identificação Nome:____________________________________________________________ Dat. De Nasc.___/___/___ Idade______ Sexo ( ) M ( ) F Cor da Pele: ______ Estado Civil ( ) Casado ( ) Amasiado ( ) Viúvo ( ) Solteiro Endereço: _________________________________________________________ Reside neste local há: _______________________________________________ Reside com ( parentesco, nome, idade) ___________ _____________________________________________ _______ ___________ _____________________________________________ _______ ___________ _____________________________________________ _______ ___________ _____________________________________________ _______ Se reside sozinho, por quê?___________________________________________ _________________________________________________________________ Escolaridade ( ) Analfabeto ( ) Semi-analfabeto ( ) 1º grau completo ( ) Incompleto ( ) 2º grau completo ( ) Incompleto ( ) 3º grau completo ( ) Incompleto Recursos de assistência à saúde:______________________________________ Tem vínculo previdenciário? ( ) Sim ( ) Não Renda: ( ) Menos de 1 salário mín ( ) De 6 a 8 salário mín
( ) De 1 a 2 salário mín ( ) De 9 a 12 salário mín
( ) De 3 a 5 salár. mín ( ) 13 ou mais salár. mín
A Renda Provém de: ( ) Aposentadoria ( ) Aluguéis ( ) Pensão ( ) Ajuda de familiares ( ) Atividades remunerada ( ) outro, especifique:___________________________
Número de dependentes: _____________________________________________ Moradia (Tipo) ( ) Casa ( ) Sobrado ( ) Apartamento ( ) Cortiço ( ) Barraco ( ) outro_____________ O Idoso Dorme ( ) Sozinho ( ) Com____________________________________________ ( ) No quarto ( ) Na sala ( ) No chão ( ) Em cama ( ) Em sofá ( ) Em colchão Espaço para Fluxo no Quarto ( ) Adequado ( ) Inadequado Iluminação ( ) Suficiente ( ) Insuficiente Ventilação ( ) Suficiente ( ) Insuficiente Banheiro ( ) Interno ( ) Externo Distância = _________metros da casa Apoio para banho ( ) Sim ( ) Não Apoio sanitário ( ) Sim ( ) Não Quintal ( ) Fácil acesso ( ) Difícil acesso. Por quê?________________________
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2 - AVALIAÇÃO MÉDICA OU DE ENFERMAGEM Diagnóstico________________________________________________________ _________________________________________________________________ Medicamentos Especifique sua característica: (AM) Auto-Medicação
(RM) Receita Médica
(IF) Indicação Farmacêutica
(O) Outros
Nome:
Dose
Horário
Característica
____________________________
___________
__________
( )
____________________________
___________
__________
( )
____________________________
___________
__________
( )
____________________________
___________
__________
( )
____________________________
___________
__________
( )
Toma medicação sozinho? ( ) Sim
( ) Não. Por quê?____________________________________ Quem oferece? ______________________________
Os medicamentos estão: Visíveis
( ) Sim
( ) Não
Rotulados
( ) Sim
( ) Não
Nos prazos de validade
( ) Sim
( ) Não
De Fácil Acesso ao Idoso
( ) Sim
( ) Não
Com especificação clara dos horários de administração
( ) Sim
( ) Não
Sendo utilizados corretamente (de acordo com prescrição)
( ) Sim
( ) Não
Dieta Especiais Qual?_____________________________________________________________ Segue?
( ) Sim
( ) Não. Por quê?_______________________________
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3 - AVALIAÇÃO FÍSICA Estado Geral Peso referido____________Kg Pulso _________________ bpm Freq. Cardíaca __________ bpm Temperatura____________ºC Pressão Arterial _______ x _______
Altura_______________cm Rítmico ( ) Sim ( ) Não Arritmias ( ) Sim ( ) Não mmHg (sentado)___ x __ mmHg (deitado)
Déficit Auditivo ( ) Não ( ) Sim. Descreva: ______________________________________ Déficit Visual ( ) Não ( ) Sim. Descreva: ______________________________________ Ausculta Pulmonar Descreva: _________________________________________________________ Avaliação Abdominal Descreva: _________________________________________________________ Alterações Vasculares Periféricas Edema de MMII ( ) Sim ( ) Não Varizes ( ) Sim ( ) Não Ausência de Membros ( ) Sim ( ) Não. Qual(ais)? _______________ Perfusão Periférica. Descreva: ________________________________________ Pulsos _______ (graduar de ausente até + + + +) Direito Esquerdo ______________ Carotídeo ____________________ ______________ Radial ____________________ _______________ Femoral __________________ ________________ Poplíteo __________________ ____________ Tibial posterior ________________ _______________ Pedioso _________________ Pele e Tegumento Úlceras de Pressão Úlceras Verrugas Manchas Pêlos
( ( ( ( (
) Sim ) Sim ) Sim ) Sim ) Sim
Alterações Neurológicas Marcha ( ) Sim ( ) Não. Equilíbrio ( ) Sim ( ) Não. Reflexos ( ) Sim ( ) Não. Paresias ( ) Sim ( ) Não. Paralisias ( ) Sim ( ) Não. Orientação( ) Sim ( ) Não.
( ( ( ( (
) ) ) ) )
Não. Não. Não. Não. Não.
Descreva: ______________________ Descreva: ______________________ Descreva: ______________________ Descreva: ______________________ Descreva: ______________
Descreva: ____________________________ Descreva: ____________________________ Descreva: ____________________________ Descreva: ____________________________ Descreva: ____________________________ Descreva: ____________________________
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Alterações Musculoesqueléticas Dor articular ( ) Sim ( ) Não ( ) Discreta ( ) Limitante Claudicação ( ) Sim ( ) Não Mialgia ( ) Sim ( ) Não Fraturas ( ) Sim ( ) Não. Descreva: ______________________ Deambulação ( ) Com Ajuda ( ) Sem ajuda ( ) Andador ( ) Muleta ( ) Bengala ( ) Não deanbula Atividades de Vida Diária (A) com facilidade (B) com dificuldade
(C) com ajuda
(D) não realiza
Higiene pessoal ( ) Higiene oral ( ) Pentear-se ( ) Banho ( ) Uso do Sanitário sozinho Alimentação ( ) Alimenta-se sozinho ( ) Serve-se sozinho Alimentos mais consumidos:___________________________________________ _________________________________________________________________ Vestuário ( ) Veste-se ( ) Despe-se ( ) Calça sapatos Mobilidade e Locomoção ( ) Caminha ( ) Sobe e desce escadas ( ) Deita-se ( ) Levanta-se ( ) Senta-se ( ) Passa da cama para a cadeira ( ) Anda pela casa Comunicação ( ) Fala ( ) Entende o que se fala ( ) Lê ( ) Escreve ( ) Telefona
com dificuldade com dificuldade
( ) sim ( ) sim
( ) não ( ) não
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4 - ASPECTOS RELACIONADOS COM O CUIDADOR Quem cuida do idoso a maior parte do tempo (nome, parentesco, vínculo)?
Idade: ________ anos Grau de instrução: ( ) Analfabeto ( ) Semi-analfabeto ( ) 1º grau ( ) 2º grau ( ) 3º grau
( ) Completo ( ) Completo ( ) Completo
( ) Incompleto ( ) Incompleto ( ) Incompleto
Quanto tempo do seu dia é dedicado ao cuidado do idoso?
Para executar estes cuidados foi necessário alguma mudança na sua vida? ( ) Não ( ) Sim. Descreva: _______________________________________ Tem algum problema de saúde? ( ) Não ( ) Sim. Descreva: _____________________________________ Que cuidados presta ao idoso? ( ) Banho ( ) Preparo da alimentação ( ) Administração da alimentação ( ) Auxilia a vestimenta ( ) Auxilia na movimentação ( ) Faz curativos ( ) Faz toalete. Especifique: _________________________________________ ( ) Administra medicamentos ( ) _____________________________ ( ) _____________________________ Descreva suas principais dificuldades na realização dessas atividades:
Tem outras atividades sob sua responsabilidade ? ( ) Não ( ) Sim. Quais? __________________________________ _________________________________________________________________ Há rodízio de pessoas na prestação de cuidados ao idoso? ( ) Não ( ) Sim. Justifique ou descreva: ______________________ OBSERVAÇÕES:___________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________
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