Livro Discipulado - Maria Rosangela De Oliveira Donato

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ÍNDICE

Introdução ................................................................................................................. 02 A edificação de uma Igreja Vencedora passa pela formação de Discípulos .......... 03 Compreendendo o discipulado cristão .................................................................... 06 Estabelecendo novos líderes .................................................................................. 18 Realizando um discipulado eficaz ........................................................................... 23 Inimigos do discipulado ........................................................................................... 26 Atitudes de um bom discípulo .................................................................................. 30 Transforme o rebanho em discípulos e discípulos em discipuladores .................... 32 Atitudes de um bom discipulador ............................................................................. 34 Conclusão ................................................................................................................ 36

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INTRODUÇÃO

O discipulado não deve ser vago, sem finalidade e sem clareza de propósito. Precisamos de metas objetivas, do tipo “levarei o irmão à maturidade em determinado tempo”, pois isso nos fala da clareza de prazos e objetivos. Jesus sabia que não permaneceria com seu grupo de discipulado por toda a vida. Por isso ele sempre trabalhou com um propósito claro que se manifestou depois de sua morte e ressurreição. Uma vez alcançado o propósito do discipulado, inicia-se uma fase de relacionamento de amizade. Por exemplo, se eu ando com alguém e nós temos alvo de sermos pastores, entendemos que quando isso for alcançado, o propósito se completou. Sendo assim, a partir de então poderemos continuar com o mentoriamento em um outro nível. Percebe como há certeza de propósito? Este princípio foi visto claramente no ministério de Jesus. A missão dos setenta discípulos foi uma demonstração clara da prática de discipulado com propósitos. Jesus não tinha um relacionamento vago. Vemos que Ele conduziu seu grupo de discípulos, trabalhando durante os três anos, com o objetivo de fazê-los conquistadores. Esse objetivo foi alcançado logo após a sua ressurreição. No livro de Atos dos Apóstolos em especial, notamos uma explosão de potencial gerado durante os trás anos de discipulado que tiveram anteriormente. Com isso, toda uma geração foi influenciada através da liderança daqueles homens. Vemos um mover com o evangelismo, curas, conversões e expansão do reino de Deus. Tudo isso por intermédio de homens que experimentaram um projeto de discipulado trabalhado com objetivos claros desde o primeiro momento. Veja que desde o primeiro convite Jesus deixou claro que os transformaria em pescadores de homens. O propósito foi colocado desde o primeiro momento “...vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 1:17). O propósito não era formar um grupinho fechado de religiosos, pelo contrário, houve ensino, prática e trabalho intenso que resultou em uma igreja conquistadora. Enfim, é sobre isso que iremos tratar nesse livro. Há na igreja contemporânea um movimento muito forte e que tem gerado muitas distorções a respeito deste assunto tão crucial. Por isso, estude esse livro e absorva os princípios que trazemos, extraídos de estudos diversos e da experiência de anos.

Prª Maria Rosangela de Oliveira Donato Adaptação do livro “Discipulado” do autor Marco Antonio P. Borges, Videira, 2006

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CAPÍTULO 1 A EDIFICAÇÃO DE UMA IGREJA VENCEDORA PASSA PELA FORMAÇÃO DE DISCÍPULOS Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porem cada um veja como edifica. “Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém, que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.” ( 1Co 3:6-15). Nessas passagens o apóstolo Paulo nos fala a respeito do trabalho de edificação da igreja. “Cada um veja como edifica.” Paulo exorta-nos a edificarmos segundo o padrão da edificação divina. Ele mesmo nos dá oportunidade de escolhermos como edificaremos essa obra e para isso nos oferece alguns princípios. A igreja ocupa o ponto central no projeto de Deus e todos que desejam cumprir Sua vontade estarão envolvidos na edificação como tarefa prioritária em seu ministério. Esse trabalho não deverá ser realizado somente por um grupo de profissionais religiosos restrito como pastores, presbíteros e líderes. Na verdade, a edificação do Corpo e realizado pelo próprio corpo. De acordo com a medida da maturidade de um cristão ele desenvolverá compromisso com essa obra. A estrutura de muitas igrejas locais está voltada para edificar uma massa consumista que se senta, ouve, consome e sente-se satisfeita. Um grupo que não experimenta padrões de uma edificação prevalecente, formando apenas consumistas religiosos. A grande parte do tempo e da energia disponíveis é investida com a finalidade de produzir grandes eventos, todavia sem propósitos e não contribuem para uma edificação prevalecente. O corpo de Cristo é edificado quando vive o padrão estabelecido em Colossenses 2:19 com relacionamentos fortes, resistentes e específicos entre seus

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membros. Relacionamentos que produzam suprimento, cooperação, crescimento e edificação. Se isso não ocorrer, a igreja será apenas um amontoado de membros e não um corpo bem ajustado. Um amontoado de membros não pode ser considerado um corpo só por ter membros. Se esses membros não estiverem vinculados através de juntas e ligamentos não haverá vida, harmonia, crescimento e multiplicação. “E não retendo a Cabeça, da qual todo corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com aumento concedido por Deus.” (Cl 2:19).

Levando os membros a funcionarem “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.”(Mt 28:18-20). Vemos no texto acima o trilho da edificação da igreja. Alguns ingredientes são necessários para que esse padrão seja cumprido. Ingredientes como evangelismo, batismo e discipulado são indispensáveis para a edificação do corpo. Jesus deixou explícito na Grande Comissão, quais deveriam ser as nossas prioridades ministeriais. O foco da Grande Comissão é o “gerar discípulos”. Ao observarmos o tempo verbal descobrimos que o centro deste mandamento é o mesmo que sempre esteve no coração de Deus (gerar pessoas, fazer discípulos e levá-los à maturidade cristã). Matheteusate ou “fazei discípulos” é o único imperativo nesse texto. Os outros três verbos encontrados nos versículos 19 e 20 estão no gerúndio – indo, batizando e ensinando – estas são as três ações indispensáveis para a boa formação de discípulos. Da mesma forma que Deus ordenou a Adão que crescesse e multiplicasse, Jesus fala aos discípulos: “Vão, gerem, façam discípulos”.

Envolvimento com este compromisso traz sentido para vida cristã Sempre encontramos pessoas que têm vivido um ministério e vida cristã medíocres por falta de clareza e envolvimento com a vontade prioritária de Deus para sua igreja. Esses, normalmente estão à procura do inalcançável. Qual é a vontade de Deus para minha vida? Esta pergunta caracteriza realidade de uma vida desconectada com o trilho proposto por Jesus à igreja. Perde-se muito tempo, energia, oportunidade e potencial com trabalhos que não estão em linha com a realização deste propósito. Estabelecer compromisso em cumprir a Grande Comissão nos levará a experimentar uma vida cristã que responda à vontade dEle. A maximização do potencial da visão de edificação da igreja é comprometida quando não aprofundamos na prática de discipulado dentro dos padrões exemplificados na palavra.

A edificação de uma igreja vencedora passa pela formação de discípulos O discipulado é o princípio central no projeto de Deus em relação a edificação do seu Corpo. Podemos concluir isso ao avaliarmos nosso padrão, Jesus. Ele é o prumo que devemos usar.

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Muitas igrejas locais têm sido edificadas como uma construção comprometida, cheia de rachaduras, bases apodrecidas e materiais de baixa qualidade. Tais falhas comprometem qualquer construção. Isso ocorre durante a edificação do Corpo de Cristo, quando não atentamos na formação correta de discípulos. Se a nossa ênfase estiver em formar meramente uma igreja de multidões, não experimentaremos o padrão de edificação que está em linha com a perfeita vontade de Deus. Perderemos tempo se o rebanho não estiver sendo edificado em linha com o padrão, Cristo. Edificar fala da vida de Cristo sendo formada na vida das pessoas, fala de sermos transformados à sua semelhança dentro do processo de amadurecimento. Jesus priorizou o relacionamento de discipulado com o grupo de doze homens. Aqueles homens foram edificados durante três anos a fim de se tornarem base da igreja e darem continuidade ao seu ministério. Aqueles homens aprenderam o padrão do compromisso, serviço, amor, santidade e os princípios do Reino de Deus. Foram transformados em colunas na edificação e expansão da igreja ao longo dos séculos. Por meio do discipulado, Ele transformou aqueles homens em colunas vivas, e esse deve ser o alvo de um discipulado bem realizado. Só poderemos edificar uma igreja vencedora se houver a prática efetiva de discipulado. Um erro que compromete a edificação da igreja acontece quando não há uma prática eficaz deste. Sendo o discipulado o centro da Grande Comissão e a estratégia para experimentarmos a edificação prevalecente, necessitamos ter uma impressão correta acerca dele.

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CAPÍTULO 2 COMPREENDE NDO O DI SCI PULAD O CRI ST ÃO Durante seu ministério Jesus sempre reuniu grandes aglomerados. Notamos, por exemplo, textos que relatam a presença de cinco mil homens escutando-O, sem contar crianças e mulheres. Entretanto, esse grande povo não ocupava um lugar de prioridade. Podemos notar pelo menos três tipos de relacionamentos que jesus desenvolveu em seu ministério terreno, esses relacionamentos mostram uma clara diferença entre os níveis de vínculos desenvolvidos por Jesus em sua vida ministerial. Vejamos:

1. Relacionamento com a multidão “Seguia-o numerosa multidão porque tinham visto os sinais que Ele fazia na cura dos enfermos”. (Jo 6:2). Durante seu ministério Jesus sempre reuniu grandes aglomerados. Notamos por exemplo, textos que relatam a presença de cinco mil homens escutando-O, sem contar crianças e mulheres. Entretanto, esse grande povo não ocupava um lugar de prioridade. O nível de resposta e de compromisso da multidão é pequeno, inseguro e desconhecido. O nível de impacto e transformação mediante Sua Palavra se torna quase insignificante. As multidões buscavam apenas curas e sinais( Jo 6:2), elas eram curiosas e sempre ansiavam presenciar shows sobrenaturais. Por esses motivos Jesus priorizou o desenvolvimento de vínculos mais profundos com seus discípulos. Precisamos ser sábios para discernir àqueles que estão no nível da multidão, para não incorrermos no erro de cobrar um padrão de discípulo. Não devemos gerar grandes expectativas sobre pessoas desse grupo. Não a conhecemos e nem somos conhecidos por ela e por não conhecermos seu coração, sua motivação e seu compromisso, seria ingenuidade esperar algo dessas pessoas. Jesus tinha consciência disso e sabia que aquele povo O rodeava apenas para “consumir benção” e mesmo assim, por sua infinita bondade, o Senhor Jesus não negava atendê-los. Sempre quando exigimos algo da multidão ela nos abandona ou nos troca por outros. Grande parte dos que estavam com Jesus se voltou contra Ele. As opiniões da multidão vacilam e variam de acordo com a opinião popular. Esse tipo de gente não está disposta a pagar o preço do discipulado, da transparência e da submissão. A multidão nunca decidiu escolher a cruz, por isso Jesus não a priorizava. A intimidade com Jesus sempre foi um mistério para aquela gente, por esse motivo o relacionamento era determinado por um contato impessoal. Outra característica que define o comportamento da multidão é a busca pelo suprimento de suas necessidades particulares. Buscava o profeta de Nazaré quando havia uma necessidade esporádica. Assim, o compromisso estava condicionado às suas necessidades, por isso, a decisão de estar com ele era uma decisão provisória.

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A multidão dentro das igrejas hoje As multidões em nossas igrejas hoje são compostas por crentes batizados que não possuem nenhuma aliança com a igreja local. Esses irmãos buscam seus próprios caminhos e3 são independentes. São pessoas intratáveis, afetuosamente superficiais, não são assíduos e demonstram o desejo de se manterem sempre a distância, tornando-se intocáveis. Não são transparentes, não expõem seus problemas, pecados e deficiências. São pessoas que não tem nenhum compromisso com a liderança, muito menos com os irmãos. Como conseqüência dessas características, as pessoas que fazem parte das multidões serão eternos bebês espirituais. São sempre conversadores, materialistas e problemáticos. São crentes, até dão dízimo e possuem uma conduta religiosa, mas acostumaram com os relacionamentos superficiais na igreja. Após séculos dentro da igreja, crêem que nada existe diferente daquilo que já experimentaram. O relacionamento da liderança da igreja com essas pessoas é impessoal e distante. São irmãos que não têm visão e sua vida cristã está sempre em oscilação.

O que gera multidão? • Decepção As decepções são procedentes de relacionamentos frustrantes, escândalos, feridas profundas e decepções com estruturas eclesiásticas.

Características De Pessoas Decepcionadas • Incredulidade; • Falta de compromisso; • Medo O temor da rejeição, da decepção, da exploração e da manipulação leva as pessoas a fugirem de um compromisso de discipulado. • Síndrome de Bartimeu Possui “Síndrome de Bartimeu” aquele que vive uma vida privada de realidade espiritual. Os que são acometidos por essa cegueira, acham que “vida espiritual” é sinônima de estagnação e miséria. • Falta de compromisso Estes sabem o que Deus quer, convivem com pessoas de visão, mas mesmo assim, optam por uma vida sem compromisso. Um dos motivos pelos quais à multidão é atraída à igreja é a necessidade de preencher o vazio do bom-senso religioso que predomina no cidadão brasileiro, “se for no culto uma vez por semana Deus se agradará de mim”, pensam alguns. Outros buscam libertação em alguma área específica e por incrível que pareça outros apenas querem manter seu status. È interessante observar quanto mais pobre é o Ministério da Palavra em uma igreja local mais problemático e estéril são seus membros.

Veja abaixo as características de pessoas inseridas na multidão:

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• Mantêm relacionamentos impessoais; • Os diálogos são sempre muito superficiais; • Não respondem às exigências e padrões da Palavra de Deus; • Fogem da cobrança; • São intratáveis; • Possuem motivações desconhecidas; • Não merecem confiança; • Seu crescimento em Deus é limitado; • Independentes; • Infantis; • Confusos; • Frustrados; • Materialistas; • Fogem dos princípios da cruz e não toleram o desprazer; • Egocêntricos; • Vivem de aparência. Este é um bom momento para avaliar se você tem sido apenas mais um na multidão.

2. Relacionamento com os discípulos ocasionais Jesus possuía alguns discípulos que O seguiam ocasionalmente, como por exemplo, Nicodemos. Outro relacionamento nesse nível, e o mais ilustrativo de todos, é o de Jesus com o jovem rico. O jovem rico era um homem que não pertencia a multidão, pelo contrário, ele admirava Jesus. Esse grupo possui duas características principais: fidelidade e cumprimento da lei. Apesar de serem fiéis, não podem ser confrontados, pois voltam atrás. Quando Jesus mostrou àquele jovem o caminho da cruz ele retrocedeu. Há uma classe de pessoas na igreja que escuta a Palavra de Deus, ouve conselhos de seus líderes, mas não obedece. Esses irmãos costumam ir atrás de pastores e líderes e são bastante assíduos nas reuniões. Costumam ser apáticos ou, às vezes, místicos.

Características: • Raquíticos Esses irmãos se alimentam da Palavra mas não consomem todos os ingredientes necessários, assim permanecem anêmicos na fé. São incrédulos, apáticos e mornos. • Inconstantes Chegam sempre na hora, marcam presença nos eventos, dão boas sugestões, participam de jejuns, mostram-se intensos e então desaparecem. São desequilibrados e inseguros. • Místicos Esses irmãos vivem baseados num fervilhar de revelações, sonhos, profecias, visões e tolices. Um simples sonho torna-se uma enorme meditação profunda. • Auto-suficientes Esse grupo deixa-se tratar apenas superficialmente, pois quando há pressão se fecham com facilidade ou preferem o extremo de abandonar tudo. A comunhão com

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Deus é caracterizada pela superficialidade. São convencidos de que são muito espirituais, mas o fato de ser superficiais com seus líderes mostra que são superficiais com Deus também. O relacionamento construído com a liderança não é de discipulado. Andam por conta própria gerando desunião e a multiplicidade de pensamentos. Cada um planeja uma coisa diferente. Há uma quantidade de obras de Deus, que na verdade são obras humanas. Uma multiplicidade de opiniões, de diretrizes e de direções, onde cada qual caminha conforme “o que mais lhe parecer bem aos olhos”. Daí as divisões.

Os seguidores ocasionais dentro das igrejas hoje É interessante observar que o relacionamento dessas pessoas é mais próximo a Cristo do que as pessoas que fazem parte da multidão. Frequentemente criticam a multidão por sua falta de compromisso. Seu enfoque aborda apenas a assiduidade e o ativismo. O compromisso de apenas trabalhar na igreja não define absolutamente nada. A falta do discipulado sim, pois produz líderes não confiáveis e imprevisíveis. Esses irmãos são estabelecidos na igreja como líderes por causa dos seu numerosos talentos. São pessoas com forte tino de liderança, cheias de dons espirituais mal usados, pessoas coléricas e que falam muito. Por falarem muito e por terem tantos talentos, são estabelecidas como líderes. É aqui que as igrejas sem visão de discípulos caem, pois a partir daí surgem diversos escândalos. A falta de critério bíblico para o estabelecimento de líderes e obreiros precisa mudar urgentemente se quisermos uma estrutura de igreja mais firme e frutífera. Para sermos estabelecidos como líderes na casa de Deus, precisamos estar fortemente vinculados naqueles que vão nos estabelecer. Qualquer outro meio é inseguro e gera incertezas quanto ao sucesso do novo líder. Acerta-se com uns e frustra-se com outros. Diante dessas incertezas podemos ter muitos problemas por estabelecermos pessoas que roubam ovelhas, que dividem a liderança, que dividem o corpo e que saem da igreja e levam outros. Líderes cheios de orgulho e de presunção, que possuem títulos, cargos, posições, reino, poder e glória. Enquanto houver conveniência e agrado, enquanto forem vistos pela multidão como líderes, enquanto recebem de Deus e possuem cargos caminham bem e em unidade. Mas quando são confrontados, quando precisam abrir mão de posições ou de razões pessoais se escandalizam e fogem do compromisso que haviam firmado anteriormente. São cegos quanto às circunstâncias que Deus gera para tratar com suas vidas. Estão com os olhos fixados nas circunstâncias. Sem perceberem, se deixam tomar pelo sentimento de auto-piedade ou justiça própria. Sempre estão esperando que a liderança volte atrás e reconsidere suas colocações e posições.

Veja abaixo características de pessoas inseridas nesse grupo, o dos discípulos ocasionais: • • • • • •

Relacionamentos freqüentes, mais superficiais; Diálogos abrangentes, mas sem profundidade; Inconstantes; Formam vínculos por conveniência; Fogem de cobranças e de confrontações; Vivem espiritualmente entediadas;

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Mantêm fidelidade às programações, normas e preceitos da estrutura religiosa, mas não se deixam tratar pela cruz de Cristo; Nada herdam espiritualmente; Não possuem realidade espiritual; Vivem em um misticismo infantil que gera um padrão de vida cristã estéril; Mantêm opiniões próprias muito fortes que normalmente não tem conexão com a Palavra de Deus; Falta-lhes a revelação na Palavra e percepção espiritual.

3. Jesus e os Discípulos “E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos – Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes: Vinde após mim, eu vos fareis pescadores de homens. Eles, pois, deixando imediatamente as redes, o seguiram. E, passando mais adiante, viu outros dois irmãos – Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os chamou. Estes, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no”. (Mt 4:18-22) “Então designou doze para estarem com ele e para enviá-los a pregar , e a exercer a autoridade de expelir demônios” (Mc 3:14-15) Através desses e outros textos vemos que o relacionamento priorizado por Jesus foi o relacionamento de discipulado estabelecido com os seus discípulos. Aqui a proximidade foi total. A intimidade e a liberdade de expressão foram próximas. O compromisso e a renúncia também foram totais. As motivações dos discípulos e o potencial de resposta de cada um foram intimamente conhecidos. Sobre essa base exemplar de discipulado os desafios foram realizados. Discipulado nos fala de cruz. É interessante vermos que Jesus trabalhou com homens comuns que não possuíam formação religiosa e transferiu a eles todo Seu ministério, assim como a unção, a autoridade e a experiência de vida. Em seu ministério, Jesus focalizou o cuidado pessoal desses homens, para que esses, uma vez edificados e preparados para obra, continuassem a estabelecer a igreja. Não podemos perder tempo com aqueles que não querem andar dentro do padrão do discipulado. É natural que alguns queiram andar sem esse compromisso, mas nós, como discipuladores, não podemos dar a primazia para esse tipo de gente.

Características dos verdadeiros discípulos: • • • • • • • • • • •

Intimidade com o discipulador; Resposta correta à Palavra de Deus; Submissão; Crescimento constante e desobstruído; Tratável; Ensinável; Motivação conhecida e correta; Dependência de Deus; Vida de Vitória; Ministério desenvolvido e reconhecido; Clareza dos princípios da Palavra de Deus.

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Ampliando a visão sobre discipulado Não tenho a pretensão de trazer novidades, mas pretendo compartilhar alguns princípios que aprendi e que tem sido de grande utilidade. Acredito que essas riquezas podem ser de grande valor para aqueles, que como eu, procuram a aprender a cada dia sobre este princípio indispensável na edificação da igreja. Antes de estabelecermos uma definição ou conceito sobre discipulado é necessário entendermos os conceitos equivocados que existem acerca dele. Há idéias equivocadas que devem ser rejeitadas por aqueles que desejam estar na prática de um discipulado eficaz nos moldes bíblicos. Veja os conceitos que parecem, mas não são corretos:

Discipulado não é uma sala de aula Essa forma de instruir traz alguns resultados positivos, mas torna-se impessoal e gera poucos frutos. A deficiência que vemos hoje na formação cristã na igreja é que ficamos presos apenas a esta forma de ensino. Jesus ordena a igreja a fazer discípulos e ensina-los a guardar os mandamentos de Deus. Ele não disse:” ensine-os entender”. O ensino de púlpito ou de sala de aula faz exatamente isso, gerando uma multidão de consumistas. O que levou aqueles homens a serem semelhantes a Cristo foi o vinculo sólido e profundo com o mestre. O método praticado por Jesus é o do “ensinar a guardar”, e este ensino só é atingível com profundo grau de identificação entre as partes envolvidas. O discípulo enxerga a realidade da vida do discipulador e anseia adquirir a mesma realidade. Jesus não tinha uma sala de aula, mas relacionava-se. O discipulado eficaz é praticado diariamente e não em uma sala de aula. Não é caracterizado por metros quadrados, e sim por relacionamento entre discípulo e discipulador, que pautados pela Palavra de Deus, vão diariamente experimentando níveis de transformação genuína em seus caracteres, alcançando o alvo do “Cristo em Vós...” (Cl 1:27)

Discipulado não é um aconselhamento esporádico O aconselhamento ocorre quando um determinado irmão possui alguma necessidade ou problema. Esse, por sua vez, procura alguém mais experiente, um pastor ou um líder a fim de receber conselho e direção. Esse tipo de relacionamento não pode ser considerado um tipo de discipulado.

Discipulado não é um estudo bíblico Em um relacionamento de discipulado cada parte tem seu papel. O papel do discipulador e ensinar, instruir, armar, equipar, adestrar, tornar o discípulo ínfimo conhecedor das armas espirituais, torna-lo um perigo para o reino das trevas, e então, após toda essa preparação e treinamento o discípulador envia-o. Também precisamos entender que não são os programas que vão instruir nossos discípulos. A Palavra de Deus diz que é o Espírito Santo é o responsável pelo crescimento e transformação de um crente, podemos notar essa verdade quando Paulo escreve a igreja de Filipos que “Aquele que em vós começou a boa obra há de aperfeiçoá-la”. Quando oramos e pedimos a Deus que nos forme, Ele vai nos responder levando-nos a entender onde devemos mudar. Após isso, o próprio

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Deus gerará circunstâncias para nos moldar, Ele é um Deus prático. É principalmente nesse contexto que devemos responder positivamente a Ele. Assim, um vínculo de discipulado não exige um programa rígido ou um currículo previamente estabelecido a ser cumprido. Pelo contrário, existem duas pessoas profundamente abertas e dispostas a relacionar-se e aguardar circunstâncias geradas pelo Espírito de Deus a fim de se moldarem ao caráter do Filho de Deus. Estudos bíblicos geram uma formação teórica e teológica que normalmente são desprovidas de conhecimento espiritual. Esse método não gera o fruto de revelação da Palavra necessário para que haja transformação genuína.

Definindo Discipulado O discipulado acontece quando uma pessoa toma a decisão de aprender e crescer, através de um relacionamento, com alguém mais experiente na fé. Esses então são ligados no reino do espírito e a partir de uma aliança estabelecida, andam em compromisso de submissão e transparência. Tudo isso com o objetivo de serem moldados e cumprirem o propósito que Deus estabeleceu para suas vidas. Discipulado é o compartilhar de vida através de relacionamentos que possuem o crivo da Palavra de Deus. Esses vínculos geram alguns ônus para as partes envolvidas no relacionamento. Há um alto preço a ser pago que implica muitas vezes, tomadas de decisões e objetivos cumpridos.

Mentoriamento: Um novo conceito No decorrer do tempo a palavra “discipulado” foi distorcida. Algumas idéias erradas foram ensinadas, gerando o “pseudo discipulado”. Uma das distorções mais comuns é a idéia de que o discipulado gera manipulação e exclui a espontaneidade das pessoas. Essas e outras distorções ocorreram pela falta de uma compreensão clara e equilibrada desse conceito. Por isso é oportuno mencionar a terminologia moderna do conceito de discipulado, o mentoriamento. A palavra mentoriamento foi originada através de uma lenda da mitologia grega. Mentor era o nome do conselheiro de Ulisses. Certa vez, Ulisses partiu para uma longa viagem e confiou o treinamento de seu filho, Telêmaco, ao seu conselheiro, o Mentor.

Mentorear é: • • •

Compartilhar os recursos dados por Deus; Capacitar outros a vivenciarem um projeto de vida cristã vencedora; Maximizar o potencial das pessoas envolvidas no processo.

Existem três tipos de mentoriamento: 1- Mentoriamento ativo Esse é o discipulado em sua forma mais pura. Assim duas ou mais pessoas assumem o compromisso de estabelecerem um relacionamento de aprendizagem e monitoramento para alcançarem um alvo proposto.

2- Mentoriamento ocasional Nesse nível de mentoriamento não existe nenhum compromisso estabelecido entre as partes, sendo assim, ele acaba acontecendo naturalmente, como por

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exemplo, em um aconselhamento. Ao dar aulas, o professor também estará praticando um mentoriamento ocasional.

3- Mentoriamento Passivo No mentoriamento passivo, o discípulo segue o outro através de pregações, exemplos de vida e livros. Essa situação poderá ocasionar uma falta de relacionamento ativo entre discípulo e discipulador. Às vezes o discípulo passa toda sua vida sem conhecer pessoalmente seu mestre. Dos modelos supracitados, o mentoriamento ativo é o melhor método de edificação da igreja. Isto é visto claramente através da prática de Jesus. Ele separou doze discípulos estabeleceu o padrão ativo de mentoriamento entre eles.

Construindo um relacionamento saudável Em um relacionamento de discipulado/ mentoriamento existem pelo menos quatro aspectos que devem ser observados: 1-Atração As pessoas tentam viver de acordo com as expectativas daqueles que admiram e respeitam. Essa atração estimula o trabalho duro e motiva as partes envolvidas a responderem apropriadamente a Deus. È imprescindível haver seriedade por parte do discipulador. Muitos se tornam mercenários, aproveitando da situação para tirar vantagens dos seus discípulos. Esse tipo de discipulador não pode ser considerado pastor, pelo contrario, é um mercenário carrasco. 2- Relacionamento O discipulador não se preocupa em transmitir um ensino acadêmico, mas em relacionar-se com o discípulo. Discipulado não é um sistema acadêmico religioso e não deve ser uma mera prática de transmissão de conteúdos teóricos. 3- Modelo Todas as pessoas possuem referenciais, homens e mulheres que se tornam modelos a serem seguidos. Existem outros que são “super espirituais” e costumam dizer; “Ah! Eu olho somente para Jesus”, esses querem ser espirituais, mas são apenas crianças na fé. Ser modelo é ser transmissor de um DNA e de um padrão. Isso nos fala de ser fiéis a um padrão e cultivar uma visão coerente da Palavra de Deus. 4- Prestação de Contas Não existe discipulado sem prestação de contas. Para evitar desapontamentos no relacionamento de mentoriamento é melhor inicia-lo estabelecendo o padrão claramente. Questões como freqüência dos encontros entre as partes, atribuições de cada um, o material a ser utilizado, os limites de autoridade e tempo de mentoriamento devem ser colocados claramente.

Discipulado e paternidade Espiritual “È bom ser sempre zeloso pelo bem e não apenas quando estou presente convosco, meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós...” (Gl 4:18-19).

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O trabalho do apóstolo Paulo, um dos maiores discipuladores que a igreja já viu, tinha como principal objetivo levar as pessoas a experimentarem a maturidade em Cristo Jesus. Através dos textos citados podemos notar, que havia um aspecto de discipulado muito interessante na vida do apóstolo, a paternidade espiritual. Ser um discipulador requer também o coração e a pratica da paternidade espiritual. A relação de discipulado que não manifesta este aspecto, normalmente resulta em uma relação meramente gerencial que produzirá apenas números, perdendo assim a oportunidade de experimentarem o amor, maturidade e uma série de benefícios. Devemos entender que o alvo a ser alcançado através do relacionamento entre discipulador e do discípulo é a maturidade cristã e a maximização de potenciais (Gl 4:19 / Ef 4:13; 4:15 / Cl 1:22; 1:28 e 5:22-23). Temos presenciado dias de uma geração complexa, destruída e muitas vezes falida. A raiz dessa situação está no fato de que cada vez menos tem se experimentado uma paternidade segundo o modelo de Deus. Esse fato tem ocorrido também na vida espiritual de milhares de irmãos. Como discipuladores não podemos ignorar esse aspecto. Discipular com o coração paterno nos levará a ver o crescimento de nossos discípulos, que experimentarão o projeto de uma vida cristã significativa e frutífera. Devemos ser vistos como agentes de bênçãos.

Considerações sobre paternidade espiritual • • •

O pai é aquele que ajuda o filho a formar sua identidade. Isso ajudará a formar uma personalidade equilibrada e levar-vos-à a uma vida adulta ajustada, madura e abençoada; A paternidade espiritual também desenvolve o físico, o espiritual e o emocional; A paternidade espiritual também nos modela nos ensina e nos ajuda a relacionarmos saudavelmente com o próximo.

Discipulador e pai Note bem algumas características de um discipulador que também é pai: • Refugio O discipulador é aquele em quem o discípulo pode encontrar refúgio (Sl 3:3 / 5:11-12 / 59:16-17). • Amigo O discipulador deve ser cordial e íntimo. Isto implica em oferecer disponibilidade de tempo e abertura para o compartilhar experiências e problemas. (Sl 5:3) • Sustentador O discipulador sustenta o discípulo em suas dificuldades. • Um companheiro O discipulador é alguém que ama seu discípulo. Precisa gostar de estar com ele. Esse companheirismo gera uma relação de paz e alegria. • Conselheiro e guia O discipulador deve ser uma das primeiras pessoas a quem o discípulo recorre quando precisa de ajuda para tomar decisões. Além disso, ele ajuda e estimula o discípulo a avançar. A disciplina também se encaixa aqui, pois quem ama disciplina. Disciplinar significa orientar, educar e supervisionar as escolhas. • Perdoador

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O discípulador não deve guardar rancor, pelo contrario deve perdoar sempre. Filhos cometem erros, principalmente na fase de crescimento. Ele deve conduzir a relação com amor e não com ira, rigor, ameaças, críticas ou aspereza. • Confiável Quando o discípulo percebe que pode confiar no discipulador e que ele é confiável, haverá um ambiente estável e propício ao crescimento.

Sugestões: • • • • • • • • • • •

Priorize e realize reuniões de discipulado com prazer e espontaneidade; Comam juntos; Jejuem e orem juntos; ]Pergunte e fale sobre os sonhos de seus discípulos; Proporcione boas surpresas; Emocione-os; Fale sobre sua vida; Estabeleça projetos juntos; Honre-os; Use sua criatividade. È tempo de experimentarmos e exercitarmos paternidade espiritual através do discipulado a fim de proporcionarmos edificação de discípulos vencedores.

O preço do discipulado “...E quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. (Mt 10:38) Estabelecer uma igreja de vencedores é sinônimo de edificar uma igreja de discípulos. Uma coisa é ter uma multidão de salvos e a outra é ter um povo que aprendeu e decidiu a pagar o preço de se tornarem discípulos. Ser discípulo tem um preço, e esse preço é a cruz.

A cruz no discipulado A cruz era o método usado pelos romanos para executar os criminosos. Para um criminoso, a cruz era sinônimo de sofrimento. Ela não era fruto de uma escolha, pelo contrário, era imposta. Jesus, entretanto não foi forçado a carregá-la. A cruz tornou-se o instrumento para cumprir o propósito de Deus. Ele não foi forçado a morrer como criminoso, mas por livre escolha estava disposto a morres a fim de liberar a vida de Deus para gerar a igreja. O próprio Jesus disse: “tome sua cruz”. Cruz é a vontade de Deus e sofrimento para o nosso ego e nossa carne. Cruz é não agradar a nós mesmos e sofrer dano. Sabemos que Jesus não apenas morreu na cruz, mas viveu vida de cruz. Sem cruz não há prática do discipulado genuíno pois não haveria transformação, quebrantamento, formação de caráter, submissão, amadurecimento, vida de Deus e frutos do Espírito. Só a cruz gera um verdadeiro discípulo com um coração voltado para o Senhor, livre e disposto a obedecê-lo. A cruz nos capacita a viver a vida de Cristo e a multiplicá-la em todas as pessoas. Somente a cruz no discipulado poderá gerar a maturidade.

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A imaturidade está relacionada com o egocentrismo. Ser imaturo é ser egoísta, é deixar o ego no centro. Através desta compreensão, notamos que um discipulado eficaz é aquele que busca a maturidade, isto é, vive no principio da cruz.

Cinco características de um discípulo que experimenta o principio da cruz: Há pelo menos cinco características de um bom discípulo que vive pelos princípios da cruz. Vemos essas características ocorrerem claramente na vida de Jesus. Ele não apenas morreu na cruz, mas toda sua vida foi uma vida de cruz. 1. Desenvolve um coração submisso O primeiro grande teste na vida do discípulo é o teste de ser submisso às autoridades. Sem dúvida, essa também foi a primeira lição que Jesus aprendeu na vida. Seria ingenuidade pensar que Jesus não precisou aprender coisa alguma (Hb 5:8). Lucas diz (Lc 2:41-51) que Jesus não somente obedecia seus pais, mas que se submetia de coração a eles. Ele sabia quem era e Sua origem, mas mesmo assim se submetia. Aos doze anos Jesus, já discutia com doutores, mas permanecia com o coração correto. Maria, ainda que fosse uma santa mulher de Deus, não era culta, pois era extremamente pobre e não tinha previlégios e oportunidades. É muito fácil nos submetermos a quem sabe mais do que nós mas é difícil ser submisso a quem sabe menos. Isso exige renúncia do orgulho, do desejo de ser reconhecido e do desejo de ser alguma coisa aos seus próprios olhos. 2. Desenvolve um coração ensinável Ser ensinavel é estar aberto para aprender sempre, com qualquer um. Jesus foi batizado por João Batista diante de todos. Isso era muito perigoso, pois, mais tarde, algum fariseu poderia dizer “acaso não estivemos juntos nas aulas de batismo de João?”, isso certamente deve ter acontecido, Jesus aprendeu muitos princípios com João Batista, pois usa algumas ilustrações feitas por João Batista (Comparar Mt 3:10 com 7:16-20) no sermão da montanha. Deve ser bastante constrangedor, para Deus, ser colocado ao lado de pecadores a fim de serem batizados como iguais. Esta é a segunda lição que um bom discípulo precisa aprender. 3. Aprende a vontade de Deus Não é função nossa criar métodos. Deus tem uma obra para ser edificada e através da narração de João (Jo 5:19, 5:30 e 8:28), notamos que Jesus fazia somente o que Jesus mandava. Não havia lugar para o “eu acho” ou o “eu penso”. Nós somos construtores e devemos executar a planta que Deus projetou antes da fundação do mundo. Deus não aceita materiais humanos em Sua obra. Muitos de nós queremos fazer o que bem entendemos e isso mostra claramente a falta de clareza do princípio da cruz. “Não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim”, tudo está sob o controle divino. 4. Vence a auto preservação Pedro ingenuamente (Mt 16:21-34) incitou Jesus a ter dó de Si mesmo, julgando com isso, estar fazendo um ato de amor. Jesus, no entanto, foi severo, como raramente vemos na BÍBLIA. E Exatamente em função de ter sido tocado numa das áreas mais sensíveis do homem, o amor próprio. É propósito de Deus que alcancemos o nível de maturidade em que abramos mão até mesmo da própria vida. “Quem amar a sua vida, perdê-la-a...”. Quando o discípulo entende esse princípio passa a viver para agradar ao seu Senhor. O único direito que temos é o de amá-Lo.

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5. Rejeita a glória humana Jesus poderia ter sido coroado rei de Israel (Jo 12:12-28), mas Ele preferiu a vergonha da cruz, pois esta era a vontade de Deus. 6. Obedece O plano de Deus é que cheguemos como Jesus, a completa obediência (Mt 26:36-46). Deus não obrigou Jesus ir para a cruz. No Getsemani , Jesus orou até saber a vontade de Deus. Quando Deus revelou que a sua vontade era a cruz, Jesus se levantou e caminhou até ela. O principio da cruz não está relacionado com a questão do pecado propriamente dito, mas sim com aquilo que, mesmo não sendo pecaminoso, deve ser abandonado ou colocado em segundo plano. 7. Servo “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir”. Nós somos chamados para servir aos santos sem distinção. Isso implica em levarmos o nosso interesse de sermos servidos à cruz. Nosso ego deseja que todos estejam a nossa disposição sempre, a cada momento, e de preferência, que nos tratem com toda a atenção. Mas, o Espírito Santo nos desafia a negarmos isso e a fazer aquilo que esperávamos que fosse feito a nós. Devemos servir aos outros com um coração perfeito e isso só acontece se renunciarmos toda a expectativa de lucro. Só assim serviremos com alegria. O resto depende de Deus que nos vê em secreto.

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CAPíTULO 3 ESTABELECENDO NOVOS LÍDERES / DISCíPULOS O discipulado bem sucedido possui a prática de estabelecimento de novos líderes treinados e capacitados para discipular novos irmãos na fé.

Dicas para o estabelecimento de discípulos no paradigma celular O discipulado bem sucedido possui a prática de estabelecimento de novos líderes treinados e capacitados para discipular novos irmãos na fé. Isso gera, normalmente, muita confusão em diversos irmãos, pois não sabem ao certo quais critérios usar para isso. Neste capítulo, gostaria de dar algumas dicas práticas que o ajudarão a ter percepção das características necessárias que o novo líder/ discípulo deve possuir para ser estabelecido, principalmente dentro do paradigma celular: 1. O novo líder/ discípulo deve seguir o padrão da igreja • Cada semente gera de acordo com sua espécie. Por isso precisamos observar bem os tipos de frutos que ele tem gerado. Lembre-se que após ser estabelecido, seu novo líder /discípulo não mudará de atitudes em função da nova liderança, talvez isso aconteça a principio, mas a tendência é permanecer como antes. Se o irmão sempre produziu frutos podres, não pense que, se for estabelecido como líder, passará a produzir frutos maduros; • Compare-o com o padrão da igreja. Ele seria um bom exemplo? Você precisa saber que por onde for, levará consigo o nome e a representação de sua liderança. Você se orgulharia de tê-lo como representante legítimo ou pensaria diversas vezes antes de delegá-lo essa importante função? Seu nome e o nome da igreja estão em jogo também; • Um líder não pode ser difuso. Não estabeleça um líder que mantenha práticas diferentes daquilo que a liderança prega. Por exemplo, se o padrão de relacionamento é Corte, não admita um líder que namora. Isso pode gerar muita confusão. 2. O novo líder/ discípulo precisa ser um multiplicador de liderança • Alguns líderes fazem reuniões, não multiplicam discípulos. Quem não multiplica discípulos não é um discipulador. O padrão de Deus ao longo da história sempre foi o da multiplicação, por isso, um líder que não multiplica, não pode ser contado como um líder;

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O novo líder precisa sempre multiplicar-se segundo sua espécie. Por exemplo, um pastor se torna eficaz em sua função a partir do momento que gera outros pastores. Se este pastor não consegue gerar outros provavelmente possui dificuldade em se tornar multiplicador de liderança; Esse ponto é um termômetro chave para saber qual a temperatura do candidato. Afinal, multiplicação de liderança ocorre através de um relacionamento de discipulado com propósitos. O fato de alguém não conseguir multiplicar-se é diretamente proporcional com a possibilidade de estar sendo realizado um discipulado superficial e improdutivo. Discipuladores produtivos geram líderes.

3. As pessoas querem segui-lo? Tem influencia? • Aqui nós checamos se ele tem exercido influencia ou se simplesmente executou uma tarefa. Todo bom líder/ discípulo possui seguidores fiéis. Se não há ninguém que siga você, provavelmente você não é um líder. Existem pessoas que querem segui-lo? As pessoas possuem orgulho e satisfação em tê-lo como discipulador? Estas são questões que precisam ser apreciadas com cautela. 4. O novo líder/ discípulo reconhece os demais líderes? • Se os líderes /discípulos que eu gero não reconhecem a autoridade dos demais então uma semente de rebeldia esta presente no processo. • A Bíblia diz que o pecado da rebeldia é como o pecado da feitiçaria. Sendo assim, precisamos ser radicais com aquilo que a Bíblia é radical e flexíveis com o que Ela é flexível. Nesse caso ela é extremamente radical, sejamos assim também; • Você já imaginou as confusões e desgastes gerados por um líder/ discípulo que não reconhece as outras lideranças? Essas pessoas tendem a ser independentes e arrogantes. Pensam que são boas o suficiente e que não precisam ouvir nada de ninguém. Se eles não precisam de outros, nós também não precisamos deles; da mesma forma que ele precisa ter seguidores, ele precisa ser um seguidor seu. Ele tem prazer em dizer que é seu discípulo? Gosta de estar com você ou apenas está com você por conveniência? Verdadeiros discípulos amam seus mestres. 5.Ele respeita e é fiel as ferramentas de controle organizacional, como relatórios e as práticas e procedimentos? Traz informações reais ou informações maquiadas? • Informações maquiadas são sinais de que ele está procurando apenas uma posição e não a realidade ministerial. Os verdadeiros discípulos são transparentes e não precisam de maquiagem. • Ele precisa mostrar a você o que realmente é; não adianta manter um vinculo de discipulado que não seja transparente, é como querer que os outros os vejam através de um vidro preto; • Se o candidato à liderança /discipulado não quer mostrar sua realidade fracas é um forte sinal de orgulho. 6. Ele repete os ensinamentos recebidos sem constrangimento • Quem não consegue ensinar aquilo que aprendeu com você não pode ser seu discípulo. Se alguém se sente desconfortável ao repassar aquilo que

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aprendeu com você, passa a mensagem de que o que você ensina está errado ou não merece atenção; • Precisamos ser cuidadosos com aqueles que desejam ser originais desprezando as origens. No fundo eles querem dizer que são sempre possuidores de uma nova revelação e que não precisam de mestres, ou seja, não possuem um coração ensinavel; • Esses irmãos, abertamente ou nas entrelinhas discordam da visão, dos valores e das ferramentas que temos e usamos. Não servem para estar conosco. 7. Você precisa sentir que ele é o seu discípulo • Se ele é discípulo de outro mas insiste em andar com você ele será um problema, você precisa essa percepção em seu espírito. Você sente que ele é seu discípulo de outro? Lembre-se de que comparações são sempre prejudiciais, por isso evite-as. 8. Ele precisa ser ativo • O líder/discípulo não pode ser passivo diante de atitudes de pecado ou divisão na vida da igreja. O discípulo precisa ser um guardião da saúde espiritual de seus liderados e principalmente, da igreja do Senhor. Sendo assim, ele não pode ficar com as mãos atadas diante do pecado de seu discípulo ou situações de divisões. Ele precisa agir com seriedade. As pessoas passivas não se encaixam nesse aspecto; Ele não espera que alguém faça, ele faz acontecer. Um líder não reage, ele gera reações. 9. Cuidado com aqueles que sempre enxergam o homem e não a mão de Deus • Aquele que sempre interpreta as decisões da liderança como caprichos pessoais ou escolhas naturais, em vez de enxergarem ali a mão de Deus, possui uma séria tendência para a rebeldia; esses irmãos tem uma séria tendência a serem naturais e levam decisões contrárias as suas a um nível pessoal. Se você disse “não” a ele, provavelmente ficará magoado e vai dizer que você não importa com ele e sempre deixa-o para o segundo plano; • Tendem a reclamar bastante e socializar acusações e problemas. Ele sempre é o injustiçado. Cuidado com essas pessoas elas podem contaminar outros e gerar uma serie de problemas. 10. Cuidado com os que pressionam o discipulador constantemente para serem reconhecidos • Há pessoas que estão trabalhando para o homem, e não para Deus, assim eles vivem em busca do elogio e do reconhecimento humano, quando não recebem desistem; estabeleça aqueles que querem ser aprovados por Deus, somente. 11.Evite os infantis • Não existe maturidade espiritual sem uma maturidade natural correspondente. Lembre-se que o natural denuncia o espiritual; o próprio apostolo Paulo escreveu, em sua carta a Timóteo, que os presbíteros não deveriam ser neófitos, ou seja, novos na fé. A imaturidade pode ser natural ou espiritual; • A maturidade de expressa em sensatez. Por isso, tome cuidado ao escolher, pois existem alguns mesmo muito novos em idade, possuem maturidade

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suficiente para responder a grandes exigências. Maturidade tem mais a ver com sensatez e bom senso do que com data de nascimento. Conheço pastores que foram ordenados após dois anos de sua conversão; Atitudes mostram a cronologia da maturidade; com quem ele discute? Com crianças? Se a resposta a essas perguntas for afirmativa, não tem dúvidas que ele é uma. Crianças choram e levam um tempo para crescer, não force ninguém a queimar etapas. Espere o momento certo, toda criança normal cresce, mas, se porventura, encontrar alguma que não queira crescer não a force, você não tem poder para isso.

12. Discípulos respeitam limites • Quem não respeita o seu tempo também não respeitará sua palavra; quem não respeita sua palavra, não respeita ninguém; • Quem não respeita sua posição não seguirá sua direção. Quem não segue sua direção não é seu discípulo, pois nossos discípulos nos seguem; • Quem não tem o senso de limite, ultrapassa os limites do respeito. 13 Discípulos não são “ fãs” • Assim como possuímos referenciais, somos referenciais para muitos. Isso é bom e ao mesmo tempo perigoso, pois corremos sempre o risco de sermos considerados infalíveis. • Existem discípulos que sempre idealizam você e é evidente que eles vão decepcionar-se um dia. È melhor que decepcionar-se logo pois é muito pesado carregar o peso de perfeição; • O problema é perceber qual será a reação deles quando isso acontecer. Se o encanto acabar, provavelmente o abandonarão; • Normalmente essas pessoas são rápidas demais para fazerem afirmações sérias como “eu tenho uma aliança com você” ou “jamais abandonarte-ei”. Desconfie daquele que “morreriam” por você. Aliança e amor são provados com atitudes e não com palavras. Pedro também disse a Jesus que não o negaria,mas tal promessa não durou quase nada. • O verdadeiro relacionamento só começa quando seus discípulos enchergam você como gente; não idealiza ninguém, nem mesmo você. 14. Discípulos pagam o preço • Precisamos de lideres que rejeitem a auto-preservação e que estão dispostos a avançarem, mesmo que o preço seja alto. • Desconheço um homem que marcou sua geração que não tenham pagado um alto preço. Se você ceder, provavelmente entrará no estilo medíocre de vida cristã; • Quem reclama do preço não vai paga-lo. Escolha os que possui um desejo ardente de cumpri o propósito e que se dêem por isso. É muito bom trabalhar com gente constante e fiel. 15. Cuidado com aqueles que nunca abrem a sua vida • È estranho que uma pessoa nunca passe por problemas, crise ou tribulações. Provavelmente possui problemas, mas não tem coragem de abrir-se com você;

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Se a pessoa é refratária a todas as perguntas pessoais ela se torna um risco. Panelas de pressão acumulam o vapor para dentro e não se abrem. Mas, quando se abrem você sabe muito bem o que pode acontecer; escolha os transparentes. Lembre-se de um dito popular que diz que “ Quem não deve, não teme”, esse ditado se aplica muito bem na vida cristã. Se ele não temesse a nada, provavelmente se abriria.

16. Não podem ser melindroso • Devemos ser cuidadosos párea não gerarmos dependências nos outros. Dependência de homens produz ressentimento e esterilidade; • Cuidado também com os melindrosos, pessoas maduras são tratadas por Deus e deixa a melindre de lado. A formação de uma equipe de discípulos é um dos principais desafios de um bom pastor ou líder. Nós não podemos trabalhar sozinhos, pelo contrário, o próprio Jesus precisou de uma equipe de discípulos para poder estabelecer seus projetos e visão. Jesus não escolheu a qualquer um, Ele estabeleceu critérios sábios para escolher a melhor equipe, e mesmo assim, houve um traidor entre os doze escolhidos. Por isso, observe com cuidado, medite nestes aspectos citados, ore ao Senhor e avalie aqueles que desejam ser estabelecidos por você. Busque discernimento.

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CAPÍTULO 4 REALIZANDO UM DISCIPULADO EFICAZ Segue abaixo algumas advertências, que são também princípios, para que o relacionamento entre o discipulador e seus discípulos ocorra com eficácia. Não se pode ignorar que existem perigos nos relacionamentos de discipulado. Para manter um discipulado eficaz, você precisará estar atento para a certos desvios que poderão ocorrer no relacionamento com o discípulo. Segue abaixo algumas advertências que são também princípios para que o relacionamento entre o discipulador e o seu discípulo ocorra com naturalidade. Temos aqui alguns tipos de relacionamentos impróprios no discipulado. Evitalos só trará benefícios a obra de Deus. 1. Solteiros com solteiros, casados com casados: Os problemas de casais só devem ser tratados com quem é casado e tem experiência na esfera familiar. E os problemas sexuais, principalmente, são os mais difíceis para um solteiro resolver. É claro que podem ocorrer exceções, mas serão situações bastante raras. 2. Homem discípula homem, e mulher discípula mulher. Embora um rapaz possa levar uma moça a Cristo, e vice versa, não deve ser ele seu discipulador. O mesmo se aplica as moças, ou seja, não é prudente uma moça acompanhar um rapaz nos primeiros passos da vida cristã dele. Os riscos de um envolvimento sentimental estão sempre presentes, e a relação pode acabar num clima romântico. Se ambos fossem já maduros não haveria problemas, mas em se tratando de um novo convertido, ele não está apto a ter um relacionamento ainda. Portanto o melhor é evitar. 3. Inserindo o cônjuge Você nunca deverá acompanhar uma mulher recém convertida casada ( ou inverso também), a menos que seu esposo participe diretamente. Isso significa que

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você só fará o acompanhamento de uma mulher com seu esposo presente em todos os encontros. Além da evidente aparência do mal, o marido não crente vai odiar ser um homem vier para aconselhar sua esposa em sua casa. 4. A questão da idade Quando o novo convertido é muito mais velho e muito mais experiente que o discipulador, há um risco de, em vez de salgar, o discipulador venha ser salgado pelo outro, em vez de influenciar acabe sendo influenciado. 5. Evite a manipulação Cuidado com o assenhoramento sobre a vida do discípulo. A Palavra de Deus diz para guardarmos o rebanho de Deus que há entre nós, não como constrangidos, mas, espontaneamente, como Deus quer. Não como dominadores, antes tornandonos modelos do rebanho (I Pe 5: 2-3). O ato de “seguir” deve ser decorrência do exemplo, não da manipulação. 6. Evite o farisaísmo Não tente mudar a pessoa baseada em seus preconceitos pessoais. Não queira mudar o exterior se o inteiro ainda não foi mudado. Não prenda-se a coisas exteriores, mas leve o discípulo a ter uma experiência intima e profunda com Deus. 7. Não seja negligente Não seja negligente com a pontualidade e também não desmarque um encontro de discipulado na ultima hora, a não ser que haja uma razão realmente forte para isso. Essas atitudes podem comunicar indisposição, má vontade ou rejeição mesmo. Lembre-se que você é o padrão para eles, portanto cuidado para não decepciona-los com atitudes como falta de pontualidade e inconfidencialidade, etc. Providencie tudo o que for necessário para o crescimento deles, como DVD de pregações, CDs de música e livros. 8. Tenha bom senso Evite tomar o tempo do discípulo desnecessariamente. Seja cuidadoso para não ter encontros em horários impróprios, como muito tarde da noite, nem em lugares muito movimentados onde não seja possível a privacidade. 9. Não seja superprotetor Ficar guardando o discípulo o tempo todo compromete a vida espiritual dele. Os crentes superprotegidos são inseguros e necessitam constantemente “mamadeira” espiritual. Não faça tudo por ele. Deixe que ele se esforce um pouco também. Por exemplo, você não tem que busca-lo de carro para todas as reuniões da igreja ou da célula. Assim como as crianças podem ficar mimadas, os discípulos também ficam. Isso se aplica a muitos outros aspectos da vida cristã. Deixe que ele ande com as próprias pernas. 10. Não sufoque o discípulo

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O cuidado exagerado pode ser perigoso. Possivelmente ele se cansará de você e da igreja. Se ele sentir-se sufocado, ele foge. Vamos ilustrar: Certo dia o pastor disse: - Marcos, quero confiar Pedro a seus cuidados. Quero que você discipule-o - Pode contar comigo, pastor, meu sonho era ser um discipulador na igreja. Estarei atento aos passos dele, garantiu. Montarei uma vigilância constante. Mas o que o pastor não esclareceu, nem Marcos perguntou, era até onde ele poderia ir nessa vigilância sem sufocar o outro. Marco levou muito a sério a incumbência de ser um discipulador. Nos dias que se seguiram logo ao se levantar, Marcos telefona para Pedro. E repetia o mesmo ao meio dia e a tarde, sem lhe dar tréguas. E mais, “cumprindo sua obrigação”, todas as noites ia visitá-lo, constrangendo-o e tirando sua liberdade e ainda acrescentou uma longa lista “do que ele não devia fazer”; e como se isso não bastasse, vigiava-o de espreita cada vez que Pedro saía de casa. Ao fim de duas semanas o pobre novo discípulo desapareceu da igreja de forma repentina. Isto é mais comum entre os jovens, por isso Paulo ordenou a Tito que exortasse os jovens a serem “moderados” (Tt 2:6). Tenha equilíbrio. Respeite a privacidade do outro e não o sobrecarregue com excesso de atenção. Não seja ídolo. Há discípulos que são super pegajosos. Isto é o contrário do que acabamos de abordar. O novo discípulo ávido por aprender, toma a idéia de ter comunhão de forma extrema. Com isso transforma-se em “perseguidor” de seu discipulador, a ponto de não fazer nada sem que o discipulador saiba primeiro. É um gesto até louvável, desde que não o transportemos para os atos do cotidiano até mesmo aos afazeres mínimos como comer, beber, dormir e trabalhar. Não permita que o discípulo seja assim, super dependente do discipulador. 12. Liberdade não é libertinagem O bom discipulador tem plena consciência de que Deus é um ser nobre, o que quer dizer que seu caráter manso, moderado e prudente respeita o livre arbítrio do homem. Deus nos criou com capacidade de livre escolha. Por isso não ultrapasse o limite da privacidade do discípulo, tanto no nível pessoal quanto familiar. Uma coisa é um discípulo espontaneamente contar, confessas, confidenciar algo de sua intimidade, outro bem diferente é o discipulador forçar a entrada ou invadir sua privacidade. Quando a convicção de pecado provém da atuação do Espírito Santo, naturalmente o discípulo buscará sua ajuda como irmão em quem confia, e abrirá o coração a você. 13. Não negocie Evite fazer qualquer tipo de negócio com o novo discípulo. Ele ainda não tem maturidade e algo muito pequeno ainda pode escandalizá-lo. Alem disso não dê e nem empreste dinheiro a ele. Evidentemente o vice versa é verdadeiro: Não peça dinheiro emprestado ao novo discípulo. Se você sentir de Deus de ajudá-lo procure fazer com sabedoria. 14. Cuidado com as críticas Julgar não ajuda em nada. Censurar e “pegar no pé nunca mudam as pessoas”. Ninguém gosta de ter alguém censurando o tempo todo. Como

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discipulador você é um motivador. Tenha sempre uma palavra positiva e de fé para levantar o animo do discípulo. Lembre-se que você é um estabelecedor de alicerces e não um destruidor de auto-estima.

CAPíTULO 5 OS INIMIGOS DO DISCIPULADO

O discípulo sempre fica analisando as palavras dos discipuladores e pensa que por traz dessas palavras existe algum tipo de mensagem pessoal. È necessário estarmos atentos algumas atitudes doentias que podem se manifestar no relacionamento do discipulado. Se estas não forem tratadas devidamente, poderão minar ou mascarar todo o processo, causando prejuízos gravíssimos. Essas atitudes são como um vírus, que comprometem a saúde do relacionamento: 1. Desconfiança Mutua Nunca somos inteiros com quem não confiamos. A desconfiança gera insegurança. O discípulo sempre fica analisando as palavras do discipulador e pensa que por traz dessas palavras existe algum tipo de mensagem pessoal. Da mesma forma, o discipulador que tem a necessidade de ficar provando o discípulo demonstra o mesmo erro. O discipulador não deverá testar o discípulo, pois isso seria um claro sinal de neurose e falsidade. Quando isso ocorre o propósito da transparência é frustrada e pode comprometer o relacionamento. Falta de transparência gera infidelidade e receio. Um relacionamento marcado pela desconfiança é como uma bomba relógio, é certo que em algum momento vai estourar. 2.Medo de rejeição

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A rejeição é um sentimento problemático que traz por de traz o receio de ser abandonado, excluído e rejeitado. Quando o discipulado está permeado por medo da rejeição, tanto o discipulador quanto o discípulo viverão com receio de confrontos, impedindo assim que as oportunidades de crescimento sejam aproveitadas. Nesta busca por aceitação, os discípulos fazem as coisas com a motivação errada, querem agradar ao homem, e receber dele elogio e aceitação. Certos conflitos são grandes oportunidades de crescimento, isso ajuda a formação do caráter de Cristo em cada um, no discípulo e no discipulador, e eles podem gerar confiança, fé e aliança. Não há nada melhor do que resolverem grandes problemas trabalhando em equipe. O medo da rejeição, quando não é devidamente tratado, gera um relacionamento superficial e de falsa harmonia. 3. Descompromisso O relacionamento de discipulado deve ser estabelecido sobre um alicerce sólido, de aliança e compromisso. A fidelidade é um fator imprescindível em qualquer relacionamento. Não consigo imaginar um relacionamento conjugal sem fidelidade. No discipulado não é diferente, sem discípulos fiéis, não há discipulado real. A falta de comprometimento gera um discipulado disperso e sem maturidade cristã. 4. Não há prestação de contas A prestação de contas é o princípio da dependência, aliança, submissão e segurança. Quem não presta contas demonstra um coração auto suficiente, independente e altivo. Quem não presta contas, passa uma clara mensagem de que não precisa aprender com ninguém. Em Lucas 10:1-24 Jesus comissiona setenta discípulos para trabalhar em sua seara. Nesse mesmo momento, Ele dá as instruções, e ao retornarem, os setenta trouxeram os relatórios de suas viagens. Esse é um exemplo claro de que Deus trabalha com ordem e prestação de contas. A aliança e o discipulado. Deus é um Deus de aliança, e sua obra é realizada com homens que entenderam esse princípio. Quem nunca cantou aquela canção: “Deus de aliança, Deus de promessas, Deus que não é homem pra mentir?”. A parábola dos construtores nos ensina sobre a importância dos tipos de bases que devemos escolher para estabelecermos projetos. Areia ou rocha? Essas são as opções. Nenhum discipulado, não tenha dúvida, a rocha (material durável) deve ser o alicerce. Em Mateus 8:22 e Lucas 9:23 Jesus nos convida a escolher segui-lo. Ele não impõe isso a ninguém, suas palavras são claras quando diz “Quem quiser”, nos textos citados. A pessoa é livre para assumir um compromisso de aliança ou não. Entretanto, as bases determinam a qualidade e a durabilidade de qualquer projeto. É sobre a base de aliança que se constrói um relacionamento, Discipulado sem aliança não dura muito tempo. Jesus nos deu a oportunidade e a liberdade de decidirmos entre o caminho da admiração ou a da decisão de segui-Lo. Tudo inicia com uma “de cisão”, cisão com

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a infância, com a independência, com a mediocridade, com a religião vazia e com a falta de vida. Sempre é bom avaliarmos o motivo pelo qual queremos andar com aluem. Por vaidade? Por oportunismo? Isso não duraria tanto. O correto é andar com alguém por entender que esse é método que Deus utilizar para levar-me ao amadurecimento. De acordo com essa compreensão, sugiro abaixo alguns”compromissos” de alianças. Cada uma dessas alianças devem ser estabelecidas no momento em que o discípulo e o discipulador iniciarem o processo. Isso pode ser feito nas primeiras reuniões. 1.Aliança do amor incondicional Eu escolho amar você, edificá-lo, aceita-lo, não importa o que você diga ou faça. Eu escolho ama-lo do jeito que você é. Nada do que você fizer ou vier a fazer, poderá me impedir de amá-lo. Posso não concordar com suas ações, mas vou amalo como pessoa e fazer tudo para suporta-lo, na força do amor de Deus que habita em mim”. 2. Aliança de santidade ( Cl 3:4-15; Ef 4:17-32) “ Decido morrer para minha natureza terrena, não alimentando na minha vida: prostituição, impureza, paixão, lascívia, desejos malignos, avareza, idolatria, desobediência, velhos hábitos mundanos, ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena, mentira, vaidade, indiferença, coração endurecido, insensibilidade, preguiça, tomar emprestado e não devolver, amargura, cólera, gritaria, blasfêmia, malicia e falta de perdão”. 3. Aliança de honestidade (Ef 4:25-32) “Decido ser honesto com Deus e com você, falando sempre a verdade, não desnudando-o, não não defraudando os irmãos, não permitindo que a ira permaneça no meu coração, confessando e perdoando uns aos outros. Não me exaurindo de ajudar financeiramente aqueles que necessitam, e nem de abençoar o corpo. Trabalhar dignamente pelo Senhor e pelos nosso salvos, mantendo um coração correto e disposto. Decido manter respeito nas palavras e encargo pela edificação do corpo, sendo benigno e compassivo uns com os outros em Cristo Jesus”. “Eu não vou esconder como me sento a respeito. Mas pelo Espírito Santo procurarei conversar francamente com você de modo amoroso e disposto a perdoalo quando necessário, para que nosso ressentimentos não se transformem em amargura. Comprometo-me a ser sincero e honesto com você, pois sei que somente crescemos quando falamos a verdade em amor (Ef 4:5) vou empenhar-me para expressar minha honestidade de maneira sincera e respeitosa”. 4. A aliança de transferências (Rm 7:15-25) “Decido abrir meus sentimentos, lutas, alegrias, decepções e derrotas. Vou compartilhar deficiências na minha liderança, dificuldades da célula, duvidas e conflitos. Não guardar segredos de meus lideres, mas ser transparente”. 5. Aliança do primeiro amor (MT 22:34-40; Mc 12:28-34; Lc 10:25-28; Ap 2:4) “Não deixarei que o meu coração se esfrie, nem que a paixão por Cristo se torne algo comum, mas me comprometo a amar a Deus com todas as minhas forças, minha alma e meu entendimento. Quando perceber que deixei o primeiro amor, me humilhares e buscarei a presença do Senhor, arrependendo-me e voltando a prática das primeiras obras. Eu me comprometo a amor o Senhor não somente com palavras, mas com atitudes que expressam-se no crescimento da igreja. Não aceitarei a indiferença, apatia ou mornidão em minha vida, em minha célula. Amarei

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sempre a Cristo e a sua causa, irei em busca do perdido, compadecerme-ei do necessitado”. 6. Aliança do compromisso (Jo 13:1-20) “Eu me comprometo a buscar sempre em primeiro lugar o reino da justiça de Deus. Vivendo uma vida de completa dependência do Espírito Santo. Eu me comprometo a separar diariamente um tempo para o Senhor, buscando em oração a boa, a perfeita e agradável vontade de Deus, Tanto para a tomada de decisões na minha vida e na minha célula. Aceito minha liderança e suas direções, sendo assíduo e comprometido com seus alvos dependo da Palavra de Deus e me submeto a suas direções, lendo-a regularmente”. 7. Aliança de assiduidade “Eu me comprometo a não ausentar-me das reuniões de discipulado exceto em caso de emergência. Somente com a permissão de Deus, em oração, considerarei a possibilidade de faltar. Se estiver impossibilitado de comparecer, por qualquer razão, por consideração, eu comunicarei a você para que todos os membros de nosso grupo saibam o que está acontecendo, para que possam orar por mim”. 8. Aliança de oração “Eu faço um pacto de orar regularmente por você, pois creio que isso que nosso Pai deseja. Que oremos uns pelos outros, para sermos supridos em nossas necessidades. Participarei ativamente de qualquer luta pela qual você estiver passando, ajudando-o a levar o seu fardo.” 9. Aliança de empatia “Farei tudo que estiver ao meu alcance para ouvi-lo, conhece-lo, compreendelo. Prometo ser sensível a você e aos seus problemas. Me esforçareis para livra-lo do desanimo e do isolamento. Eu me comprometo a lutar ao seu lado nas guerras em que você passar”. 10. Aliança de disponibilidade “Eu estarei disponível sempre que precisar de mim. Tudo que tenho- tempo, energia, entendimentos e bens – estará a sua disposição, até o limite dos meus recurso. Quero ser o primeiro a ajuda-lo e supri-lo.” 11. Aliança da confiabilidade “Prometo manter em segredo tudo que for compartilhar dentro do nosso grupo de discipulado, de modo a termos uma atmosfera de confiança e transparência. Eu, contudo, libero você para compartilhar o que for necessário com o pastor da igreja. Eu entendo que os lideres de células submetam-se a mim e eu submeto-me a ti e você deve prestar contas ao pastor que, por sua vez vai prestar contas ao pastor maior – Jesus Cristo – o Senhor!” (Hb 13:17) 12. Aliança da prestação de contas “Dou a você o direito de questionar-me, confrontar-me e desafiar-me em amor, principalmente quando eu estiver falhando em relação a minha vida com Deus, a minha família e ao meu trabalho como discipulador. Confio que você será guiado pelo Espírito, quando assim o fizer. Preciso de sua correção e repreensão, de modo a aperfeiçoar meu ministério diante de Deus. Eu me comprometo a responder positivamente!” (Hb 12:1-15; 13:10-18) 13. Aliança da multiplicação “Faço o pacto de empenhar-me ao máximo pelos lideres de célula que Deus confiou a mim. Comprometo-me a sacrificar-me por você e pela nossa rede. Darei o Maximo de mim para multiplicar todas as células debaixo de minha responsabilidade

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quero fazê-lo em nome de Jesus, para que esta cidade seja conquistada pelo amor e graça de Deus”.

CAPÍTULO 6 ATITUDES DE UM BOM DISCÍPULO O respeito está ligado ao cargo, titulo posição ou meramente educação, mas o reconhecimento é a percepção da unção sobre a vida de alguém; 1. O bom discípulo reconhece aqueles que estão ligado a ele pelo Espírito, para multiplicação e crescimento. “Agora vos rogamos, irmão, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que o tenhais com amor e máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros”. (ITs 5:12-13) O discipulado só se desenvolve quando é baseado em reconhecimento e não simplesmente em respeito. O respeito está ligado ao cargo, titulo posição ou meramente educação, o reconhecimento e a percepção da unção sobre a vida de alguém. Quando você reconhece alguém, tem prazer em servi-lo, em segui—lo e tem o interesse de receber a porção dobrada da unção que ele possui, assim como Elizeu e Elias. 2. O bom discípulo se esforça para estar com o discipulador “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores irei eu e, onde quer que pousares ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” (Rt 1:16) Precisamos lembrar que Rute era nora de Noemi e, portanto, sua discípula. É notável a atitude de Rute estar com Noemi a qualquer custo.

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Muitos discípulos não fazem questão, muitas vezes, de estar perto de seus lideres. Desconhecem a importância do investimento de tempo no crescimento de ambos. Alguns outros melindrosos, pensam que é responsabilidade do discipulador estar sempre atrás dele, porem, quando vemos o exemplo de Jesus, percebemos que o contrário é que é o verdadeiro. Ele sempre buscava seus discípulos e desafiava a segui-lo. 3. O bom discípulo se esforça para seguir a direção do discipulador “O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor, teu Deus, nem ao juiz, esse morrerá; e eliminarás o mal de Israel, para que todo o povo ouça, tema e jamais se ensoberbeça”. (Dt 7:12-13) Nos dias da lei, a pessoa que se recusava ouvir o sacerdote e o ensino da Palavra deveria ser eliminado. Hoje eliminamos tais pessoas apenas da comunhão e da liderança da igreja. Aquele que não tem o coração de discípulo e não se esforça para seguir a orientação do discipulador, não está qualificado para a comunhão do discipulado. Podemos parecer duros e radicais, mais apenas seguimos a orientação da Palavra. Sendo assim, considere-a dura e radical também. 4. O bom discípulo discute seus erros e dores com o discipulador “Assim, Davi fugiu, e escapou, e veio a Samuel, a Rama e lhe contou tudo quanto Saul lhe fizera; e se retiraram ele e Samuel, e ficaram na casa dos profetas”. (ISm 19:18) Uma cena bonita é ver Davi procurando Samuel para abrir seu coração e compartilhar suas dificuldades Esse é um claro exemplo de um bom discípulo. Nossos lideres precisam saber o que acontece conosco. Tenha liberdade com seu líder e dê liberdade aos seus discípulos também, para que se abram com você. 5. O discípulo fiel expõe claramente suas expectativas no relacionamento Elizeu disse claramente o que desejava de Elias: “A porção dobrada de se espírito” (2Rs 2:9) Não comece um relacionamento com expectativas erradas. Não inicie um relacionamento sem saber o que ambas as partes esperam do mesmo. Pergunte ao seu discipulador o que ele espera de você. Diga para os seus discipulados o que você espera deles. 6. O bom discípulo recebe o manto de seu discipulador. (2Rs 9:14) Enfim, todo relacionamento de discipulado precisa ser recheado de “interesses” por de traz. Interesses como receber a mesma unção, os mesmos dons, a mesma sabedoria são sadios.

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Queira receber tudo aquilo que seu discipulador tem para dar e ofereça aos seus discípulos o que você possui. Deus trabalha com a diversidade, sempre poderemos aprender e receber algo de alguém, por mais estéril que possa parecer.

CAPÍTULO 7 TRANSFORME O REBANHO EM DISCÍPULOS E OS DISCÍPULOS EM DISCIPULADORES

Os membros envolvidos neste contexto, mais cedo ou mais tarde estarão naturalmente tornando-se discipuladores. A multidão não edifica coisa alguma. Quem realmente faz a edificação são os discípulos. Microcelulas – Uma estratégia para fomentar a pratica do discipulado. Estabelecer a prática do discipulado que gera novos discipuladores, é uma característica de uma igreja que esta andando no caminho certo. O discipulado centralizado em si mesmo não contribuirá em nada para o avanço do reino de Deus. Os membros envolvidos neste contexto, mais cedo ou mais tarde, estarão naturalmente tornando-se discipuladores. A multidão não edifica coisa alguma. Quem realmente faz a edificação são os discípulos. Dentro de nosso contexto celular, gostaria de sugerir uma estratégia que tem funcionado em nosso dia a dia como igreja. Desde algum tempo, temos experimentado o desenvolver natural de estratégias que até então, desconheço algo tão fértil quanto o que denominamos de Microcélulas, que é uma estratégia para fomentar um processo de apascentamento e discipulado dentro da vida da igreja local.

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1. Estabeleça 3 discípulos/lideres em treinamento em cada uma de suas células; 2. O numero de discípulos é determinado pelo limite de cada um, conforme a possibilidade de seu tempo e potencial. Se você tem condição de discipular mais gente, faça isso; 3. Enquanto o discipulador não atingir seu limite, poderá remanejar para si mesmo todas as novas células geradas pelas multiplicações; 4. Faça discípulos/lideres em treinamento verdadeiros discípulos; 5. A terminologia de uma palavra pode afetar a visão, por isso não use a expressão ” auxiliar”. A visão de ser mero “ajudante” não funciona no paradigma celular. Na célula, o discípulo/líder não terá meros ajudantes, e sim, discípulos; 6. Tenha no mínimo um encontro semanal, nesse encontro deverá haver o liberar e o fluir do Espírito que resultará na genuína transformação. Discipulado é um processo cujo agente real de mudança é o Espírito Santo e não o homem. Falo isso porque temos a idéia de que nós mesmos podemos mudar alguém. Podemos e devemos ser fontes de inspiração, mas não se esqueça que os agentes de mudança são o Espírito e a Palavra. Quando há vida, há transformação, prosperidade, fecundidade e a vontade de Deus são cumpridas na vida de ambos; 7. Todos os irmãos da célula serão distribuídos entre os discípulos/lideres m treinamento já estabelecidos. A partir daí atuarão como anjos da guarda (consolidadores), cuidando dos novos membros. Cada membro devera saber com exatidão quem estará o acompanhando; 8. Programe para multiplicar a célula em três outras novas. Para isso a célula deve atingir o tamanho médio de 15 a 20 pessoas ( de acordo com cada contexto). Isso desencadeia um processo altamente estimulante e fértil. Isso vai gerar a formação de uma igreja sólida que crescera em quantidade e qualidade; Uma vez realizada a multiplicação, o discípulo/líder ainda continuará liderando uma célula, mas também será um discipulador cuidando de outras duas ou três células. São estes os pilares de uma igreja que conquistará no futuro a sua localidade através do desenvolvimento do processo de transformação de membros e discípulos/lideres e de lideres e discipuladores. Essa estratégia levara a célula, através do discipulado, a convergir todo o seu trabalho para geração de filhos espirituais. Assim, as pessoas se tornarão agentes de transformação de uma localidade, deixado para traz os status de consumidor cristão. Inserir o rebanho dentro deste modelo de edificação desencadeará um processo de maximização do potencial de apascentamento e formação de discípulos dentro da igreja local. O crescimento da igreja esta baseado na formação de discípulos/lideres. A prioridade de um líder é identificar discípulos/lideres em potencial e iniciar o processo de discipulado e mentoriamento Estabeleça uma revolução em sua igreja ou na sua célula, o alvo deverá ser “gerar” através do discipulado na célula.

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CAPÍTULO 8 ATITUDES DE UM BOM DISCIPULADOR Todo discipulador precisa ser sábio, ao ponto de aplicar todo seu conhecimento adquirido ao longo dos anos em sua vida diária. A sabedoria é a chave para o sucesso e a vitória. A sabedoria determina o sucesso da vida e no ministério de alguém. Ser inteligente é diferente de ser sábio. Existem pessoas que possui muito conhecimento em muitas áreas, entretanto, não consegue aplica-los em sua vida prática. Todo discipulador precisa ser sábio, ao ponto de aplicar todo seu conhecimento adquirido ao longo dos anos em sua vida diária. A sabedoria é a chave para o sucesso e a vitória. Qual é o motivo de não termos um bom casamento? Nos falta conhecimento de como obtê-lo. Qual a razão da falta de dinheiro? Nos falta conhecimento de como adquiri-lo e guarda-lo. O sábio adquire conhecimento através de duas formas: 1. Através de seus erros e dos erros alheios; 2. Através de discipuladores ou mentores. Veremos a seguir, as características de um bom discipulador ou mentor: 1. O discipulador é instrumento de crescimento – Pv 4:7 e 8:17 O discipulador é um canal de Deus para transmitir a sabedoria a seus filhos. Ele é uma fonte de instrução.

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Já que uns do propósito do discipulado é a transmissão de vida e sabedoria, nada melhor aprender com quem já passou por diversas experiências que um dia ainda iremos passar. Discipulador, normalmente, possui erros e acertos em sua vida cristã e muita coisa pode ser ensinada. “O principio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim com tudo o que possuis, adquira o entendimento” (Pv 4:7) 2. O discipulador transfere sabedoria por meio do relacionamento – Pv 13:20 Se desejo receber algo, eu preciso me dispor a um tipo de relacionamento que resulte numa identificação. Como já disse ensinos práticos de vida não são ensinados em sala de aula, pelo contrario, são ensinados por relacionamentos sólidos de discipulado. Jesus não possuía uma cartilha de dois meses, por exemplo, para ensinar seus discípulos. Ele utilizava suas experiências e momentos específicos na vida cristã para ensinar-lhe por exemplo, quando uma viúva pobre depositou seu sustento no gazofilácio, Jesus aproveitou para falar a respeito de ofertas que impressionam a Deus, falou também a respeito do padrão estabelecido para ricos entrarem ou não no reino dos céus. Ele não havia preparado uma lição sobre isso, mas aproveitou o momento, extraiu sabedoria daquela circunstancia. “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornara mal”. (Pv 13:20). 3. O discipulador faz com que o discípulo cresça em autoridade e influencia – Dt 34:9 A influência e a autoridade do discípulo estão ligadas ao discipulador. Aqueles que ignoram seu próprio discipulador não recebem reconhecimento. Esse é o padrão do plantio e da colheita. Jesus foi conhecido como rei dos reis somente por ter sido submisso a João Batista em seu batismo terreno. “Josué filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moises impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés”. (Dt 34:9) 4. É o discipulador que garante a promoção e honra (Pv 4:8-9) Somente aqueles que humildemente se submetem ao discipulado serão honrados, porque somente eles crescerão em sabedoria. João 15 diz que quando estamos enxertados na videira verdadeira, naturalmente daremos muitos frutos. Então não precisamos ficar preocupados em relação a isto, pois naturalmente a promoção ocorrerá. “Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará; dará a tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará”. (Pv 4:8-9) 5. O bom discipulador exige que você o procure A prova do desejo e a busca. O maior equivoco é pensar que o discipulador deve ficar atrás dos discípulos mimando-os. A postura correta é o discípulo procuralo. “Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham” (Pv 8:17) O que impede o discípulo de procurar o discipulador é o ego. Os humildes procuram e aprendem, mas os arrogantes sempre desejam ser procurados. 6. O bom discipulador aumenta seus recursos naturais e espirituais

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É a sabedoria que resulta em prosperidade, mas é o discipulador que será o instrumento de transmissão desta sabedoria. “Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça”. (Pv 8:18) A sabedoria também será fonte de recursos naturais que tem um discipulador instruído que sabe como responder nas situações que aparecem. “Porque eu vos dareis boca de sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem”(Lc 21:15) 7. Seu discipulador não é necessariamente o seu melhor amigo Seu amigo sente-se confortável com seu passado, mas seu discipulador olha seu futuro, seu melhor amigo ignora suas fraquezas, seu discipulador as elimina. Seu amigo é seu líder de torcida mas o discipulador é o técnico. Seu melhor amigo destaca o que você fez corretamente, mas seu discipulador destaca o que você fez equivocadamente para que possa ser aprimorado. A intimidade produz cegueira. Sem intimidade não há amizade, mais muita intimidade impede o crescimento pois nos torna cegos aos defeitos do outro. Todos nós precisamos de um amigo que seja cego aos nossos defeitos, mas não alcançaremos tudo e nos corrija.

CONCLUSÃO UM CONVITE Discipulado foi a prioridade a estratégia de Jesus e deve ser a nossa. Ele disse: Vá indo pelo mundo e faça discípulos. Ele dá o trilho para sermos vencedores de fato. Todos aqueles que almejam ter um ministério prevalecente deverão viver o principio do discipulado. Comprometer-se com o cumprimento da grande comissão é a chave do estabelecimento de um ministério frutífero baseado na vontade de Deus. Viver o cumprimento da grande comissão é experimentar o movimento multiplicador através da prática do discipulado eficaz. Discipulado foi a prioridade a estratégia de Jesus e deve ser a nossa. Ele disse: Vá indo pelo mundo e faça discípulos. Ele dá o trilho. Somente através de um movimento de discipulado é possível conquistar e povoar nossos territórios para Deus. É assim que o reino de Deus irá avançar. Vemos isso ocorrendo na igreja primitiva. No inicio eram 120, depois um grande movimento de discipulado que resultou na conquista do mundo conhecido daquela época (At 8:1-4; 11:19-21; 8;25). Com os discípulos ela venceu a perseguição, estimulou a igreja a avançar. Se não fossem discípulos a igreja não teria expandido sobre aquelas circunstancias. Saíram para expandir novas fronteiras (Jerusalém, Judéia e Samaria). O apostolo Paulo também experimentou uma pratica ministerial prevalecente. Com um ministério de 30 anos ele estabeleceu igrejas e entrou em vários territórios porque formou discípulos. Veja um breve relato deste ministério:

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Antioquia, Icônio, Filipos, Tessalonica, Bereia, Atenas, Corinto, Efeso, Roma( At 13, 14, 16,17, 18, 19), foram igrejas fundadas por ele. Nos bastidores do seu ministério podemos ver alguns discípulos: Timóteo (At 16:1-5), Silas (At 15:40), Lídia (At 16:40), Jasão (At 17:58), Dionísio (At 17:33), Áquila e Priscila (At 18:1-3), Crispo (At 18:7-8), Erastro (At 19:22) e uma equipe (At 21:6). Tanto a igreja primitiva quanto o apóstolo Paulo tiveram êxito porque cumpriram o principio do discipulado. o crescimento não é fruto do acaso, ele é resultado da prática de princípios.

Convido você para fazer parte deste grande sonho eterno. Faça discípulos! Prª Rosangela

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