Jornal Tri - Setembro/outubro

  • July 2020
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Ano 10, N˚ 23, Novo Hamburgo

Amigo se adota: voluntários ajudam a evitar o abandono de animais (página 3)

O 3º Madrugadão atraiu dez equipes de universidades de todo o Rio Grande do Sul (páginas 6 e 7)

O jornalista Tariq Saleh fala sobre sua trajetória até a BBC de Londres (página 8)

Jornal TRI - Outubro 2009

Agência Experimental de Comunicação

Expediente Jornal Laboratório da Agência Experimental de Comunicação AGECOM | FEEVALE Presidente da Aspeur Argemi Machado de Oliveira Reitor Ramon Fernando da Cunha Pró-reitor de Planejamento e Administração Alexandre Zeni Pró-reitora de Ensino Inajara Vargas Ramos Pró-reitor de Pesquisa e Inovação Cleber Cristiano Prodanov

Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Angelita Renck Gerhardt Diretor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas Juarez Buriol Coordenador do Curso de Comunicação Social Cristiano Max Pinheiro Orientação Professora Donesca Calligaro Projeto Gráfico Professora Rosana Vaz Silveira Capa Rafael Shunck e Renan D’Ávila Reportagem Gustavo Henemann, Kátia Heller, Leonardo de Oliveira, Maiara Sparrenberger, Márcia Andrade e Raquel Reckziegel Diagramação Raquel Reckziegel Contato E-mail: [email protected] (51) 3586-8800 Ramal: 8775

Caindo de Kombi no Set Texto LEONARDO DE OLIVEIRA

E

ra quarta-feira e o dia estava ensolarado. Estávamos dentro da Agecom, contando as horas para irmos à premiação do Set Universitário da PUC em Porto Alegre. Concorríamos com mais de cinqüenta trabalhos! A euforia era grande e só faltava a Zafira com quatro portas, ar condicionado e direção hidráulica da Feevale chegar para nos buscar. A saída estava programada para as 16 horas. O tempo passava e o relógio já marcava 16h30min quando a nossa mega-auxiliar administrativa – a Fran! – chegou com uma notícia um pouco assustadora: – Pessoal, eu aluguei uma Kombi que vai sair da área coberta, vocês vão em sete pessoas para o Set. Por 2 minutos nenhuma palavra foi dita. Corremos para a área coberta do Campus II. Foi quando do começo do asfalto do prédio azul escutamos: - Bréééé bruuuuum,bréééé brééééé! Era ela: a Kombi. Entramos naquela maravilha da idade média e sentamos nos confortáveis bancos de couro. A nossa querida amiga adesivada com o logo da Feevale se destacava em meio aos carros e a poluição, pelo simples fato de levar consigo sete pessoas que sonhavam em ganhar algo naquela noite. Eu, a Raquel, a Maiara, a Carol, o

Rafa, a Laís, o Daniel e o motorista Ivan fomos de Novo Hamburgo até Porto Alegre cantando músicas que animavam o passeio. Estavam no nosso repertório: Fresno, Reação em Cadeia, NX Zero e Belo. Belo, só eu curtia. O porque eu não sei. Já eram 17h40min quando finalmente chegamos na PUC. Já na entrada, a Raquel quase se desentendeu com um segurança por ele perguntar coisas demais. A Maiara e a Laís estavam à procura de um banheiro com urgência, e o resto estava com fome. Após fazermos todas as nossas necessidades, fomos até o local onde seriam premiados os vencedores do Set. Vimos uma apresentação de um conjunto que aparentava ser legal, mas depois de tocarem quase 20 músicas com o mesmo ritmo, mudamos de opinião. Quando chegou a hora de anunciarem os vencedores, cruzamos os dedos e torcemos. Dos 50 trabalhos enviados, quatro ganharam um prêmio! Tá valendo, né! Os premiados da noite foram: Mateus Andreoli Trindade, Caroline Pilger, Juliano Martins e Iara Teresinha Averbeck, nas categorias de Programa de rádio - Radiorevista, Publicação Impressa, Publicação Impressa – Projeto Experimental e Artigo. Tínhamos combinado com o mo-

torista que ligaríamos se a premiação terminasse mais cedo do que esperávamos, então fomos até a entrada da PUC procurá-lo. Tentamos contato, mas... - Esse telefone encontra-se fora da área de cobertura ou desligado! Pronto! Era só o que faltava, ficamos todos desanimados e com o mesmo pensamento: teríamos que ficar até as 21h30min, que era o horário combinado caso não saíssemos antes. O relógio já marcava 20h30min quando um sujeito meio estranho, parecido com um segurança, veio para perto da gente e ficou nos observando durante uns 10 minutos. Ficamos olhando para ele e tentando falar com o motorista pelo telefone, sem nenhum resultado. O tempo passava e já estava chegando 21h quando o Daniel olhou mais de perto e percebeu que era o nosso motorista. Pois é: o Ivan estava sem os óculos escuros e ninguém o reconheceu. Mas finalmente, o motorista estava ali e todos estavam prontos para ir embora. Foi quando Ivan largou a bomba: - Não sei onde eu deixei a Kombi. Aquilo foi motivo pra muita risada. E por incrível que pareça, achamos a magnífica rapidinho e voltamos para a Feevale, cantando músicas, para variar, só que, dessa vez, com outro repertório.

eventos que aconteceram durante o mês de outubro, na Feevale, também chamaram a nossa atenção. Nosso Núcleo de Jornalismo esteve presente durante o 3º Madrugadão cobrindo o evento, juntamente com outros acadêmicos de jornalismo em uma atividade chamada de Jornalismo Experience. Participamos, também, do 2º Encontro Anual de Repórteres Mirins, um evento organizado pelo projeto de extensão Nosso Bairro em Pauta, dando oficinas de texto jornalístico para blogs e TVWeb.

E como não poderia deixar de ser, fizemos um texto em homenagem a todos os professores, que têm em suas mãos o poder de passar o bem mais precioso que existe: o conhecimento. Ufa! Foi um mês de muita correria jornalística - mas gostamos do que fazemos, e dedicamos todos os nossos esforços em todas as tarefas, por mais mínimas que possam parecer. Afinal, assim nos ensinaram os nossos professores! Parabéns a todos os mestres!

Carta ao leitor Dia das Crianças, Dia do Professor, Dia dos Animais... foram muitas as datas comemoradas durante o mês de outubro. Resolvemos homenagear algumas delas, produzindo matérias para chamar a atenção dos leitores sobre alguns aspectos que consideramos importantes. O abandono de animais, em Porto Alegre e na região do Vale dos Sinos, chega a níveis alarmantes. Por isso, desenvolvemos uma matéria sobre adoção de cães e gatos! Mas

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Bicho não é presente

Jornal TRI - Outubro 2009

Jornal TRI - Outubro 2009

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Voluntários da grande Porto Alegre ajudam a evitar o abandono e a comercialização excessiva de animais Texto e diagramação RAQUEL RECKZIEGEL Foto SOLANGE BIEGELMEYER



Amigo não se compra, se adota”: esse é o lema daqueles que, todos os dias, dão a sua contribuição para que menos animais de estimação vivam nas ruas. No dia quatro de outubro foi comemorado o Dia Mundial do Animal. Mesmo assim, milhares de cães e gatos são abandonados todos os dias, enquanto outros tantos, considerados “de raça”, são vendidos a preços altíssimos. A comercialização de animais, hoje, atinge níveis exorbitantes. A média de atendimentos de uma pet shop, em Novo Hamburgo, é de aproximadamente 35 cães por dia. Além de oferecerem serviços veterinários e estéticos, grande parte das lojas ainda disponibiliza cães de raça para venda. Assim como outras pessoas que se voluntariam para trabalhar em abrigos e auxiliar na adoção de animais, Solange Biegelmeyer, acadêmica de Biomedicina da Feevale, não concorda com essa forma de comercialização. Solange trabalha no Laboratório Municipal Especializado, em São Leopoldo e, em meio aos estudos e ao emprego, encontrou tempo para procurar um lar para animais abandonados. “Sempre gostei de bichos, mas estou mais empenhada nisto desde abril”, contou a acadê-

mica. “Encontrei uma cadelinha que estava grávida, e eu não queria que ela tivesse os filhotes na rua”. Foi procurando abrigos que Solange encontrou Dona Marina, uma senhora de 73 anos que cuida de 300 cães em sua casa, sozinha. Por isso, Solange começou a ajudar da maneira que podia. O problema? “As pessoas abandonam e a Dona Marina sempre recolhe. Eu tiro um cachorro e entram outros quinze”, disse. Solange vai até São Leopoldo, onde Dona Marina reside, tira fotos dos cães e gatos e as posta no site da Organização Não- Governamental (ONG) Bicho de Rua e no Orkut, deixando o seu contato. Os interessados ligam e, se realmente estiverem dispostos a adotar o animal, ele é retirado do abrigo e entregue ao dono depois de castrado. “Algumas pessoas só adotam os animais para a reprodução e venda de filhotes”, afirmou Solange. Por essa razão, ela e a amiga Carmem Rhoden organizam rifas para arrecadar fundos para a castração, além de procurarem veterinários parceiros. Quando não conseguem, tiram o dinheiro do próprio bolso. “Pagamos ração, veterinário e vacinas. Vamos dando vinte reais aqui, quarenta ali...” contou a voluntária. Com um pouco de esforço, Solange ajudou a efetivar 50 adoções,

desde abril. “Às vezes fica bem p e s a d o , com o dinheiro, o trabalho e a faculdade. Mas vale a pena. Cada um que sai do abrigo é uma vitória”, relatou, feliz. “Não tem como salvar todos, mas esses 50 que já conseguimos, não tem dinheiro que pague”, concluiu, feliz. Como adotar? Adotar é fácil – o difícil é escolher com qual dos bichinhos você se identificará mais. Quem estiver doido para ter um em casa pode entrar no site http://www.bichoderua. org.br, especificar o tipo de animal, o sexo e até a idade. Uma página com dezenas de opções aparecerá e, a partir daí, é só entrar em contato com o guardião temporário do bichinho. Mas atenção: adote apenas se tiver plena capacidade de cuidar do animal. Solange Biegelmeyer garantiu que todos os guardiões se certificam plenamente se o adotante cuidará bem do escolhido. Adote com responsabilidade!

Como ajudar? Cuidar dos animais é um processo de sensibilização e conscientização. Quem não pode ou não quer adotar ainda pode dar a sua contribuição. É possível apadrinhar um animal até que ele seja adotado, custeando ração e/ou consultas ao veterinário. Além do apadrinhamento, o site Bicho de Rua oferece diversas opções àqueles que se sentirem sensibilizados com a causa. Entre elas estão a divulgação das ações feitas pela ONG, doações de ração, assessórios pet e lares temporários. Em qualquer uma das opções, é necessário preencher um cadastro, o que pode ser feito através do link “Como ajudar”, no site http://www.bichoderua.org.br. Mais informações também podem ser obtidas com Solange, através do e-mail solangeb_21@ yahoo.com.br, ou do telefone (51) 9110 6898.

Quando o imaginário torna-se real Você já imaginou ter o poder de organizar sua própria grade de programação na televisão? Ou, quem sabe, comprar um produto através do controle remoto enquanto vê o comercial? Com a tecnologia da TV Digital, esta interatividade está bem próxima de se tornar realidade

Texto e diagramação MAIARA SPARRENBERGER

J

á se passaram quase 60 anos desde o surgimento da televisão no Brasil. Hoje, vive-se outra realidade: a TV digital. No país, a estréia desse modelo de transmissão aconteceu no dia 2 de dezembro de 2007. Porém, antes dessa decisão, ocorreu muita polêmica sobre qual modelo de tecnologia de transmissão seria adotado: americano, europeu ou japonês. Quase seis anos após muita discussão, em 29 de junho de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto regulamentando a escolha do padrão japonês para a TV digital brasileira. Falta de Informação Atualmente estamos no “período de transição” da TV analógica para a digital. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o governo

brasileiro tem a previsão de encerrar o período de transição daqui a sete anos. Em 2016, o sinal analógico de televisão sai do ar. Quem não possuir um aparelho HD ou um conversor de sinal, não poderá ver TV. No entanto, poucas pessoas sabem o que devem fazer para desfrutar da TV digital. João Bernardi, gerente técnico da Rede Record do Rio Grande do Sul, apontou como ponto negativo da TV digital, a questão da falta de informação e divulgação. “Existem muitas pessoas que não sabem o que estão comprando, sem falar naqueles que vendem sabendo menos ainda. Alguns confundem televisor de plasma e de LCD com TV Digital”, comentou o gerente técnico. João Bernardi acredita que “levaremos algum tempo até que isso seja melhor compreendido e, nesse meio tempo, algumas pessoas podem tirar proveito da ocasião”, finalizou.

O que preciso ter? Primeiramente, a casa precisa estar localizada em uma área que receba bem as transmissões dos canais de UHF (Ultra High Frequency - Freqüência Ultra Alta). A antena UHF é que faz o sinal de alta definição chegar até as casas, por isso, cada indivíduo deve informar-se sobre qual modelo (interno ou externo) é o mais adequado para sua região. O segundo passo é adquirir um conversor digital (set-top box), que deverá ser ligado ao televisor e à antena UHF. O conversor tem a função de receber o sinal digital enviado pelas emissoras

e converte-lo à TV. Em relação ao aparelho de televisão, qualquer televisor de tubo, mesmo um que tenha apenas 14 polegadas, tem condições de “pegar” TV digital, desde que tenha entrada de áudio e vídeo, lembrando de que o televisor deve estar acompanhado da antena UHF e do conversor digital, citados anteriormente. Outra opção que o mercado oferece, atualmente, é adquirir o televisor com conversor integrado para TV digital, sendo necessário apenas ligá-lo a uma antena UHF.

Se você ainda não sabe o que precisa para usufruir da TV digital, veja o quadro acima.

rificada promessa que essa nova tecnologia traz é a interatividade. Quase dois anos após a implantação da TV Digital no Brasil, a questão da interação ainda deixa a desejar. Em entrevista ao TRI, o Doutor em Comunicação Social pela PUC-RS e atual professor da área nesta instituição, André

Interatividade No primeiro momento, a melhoria da imagem e do som são os principais diferenciais da TV digital. Porém, de forma geral, a mais glo-

Pase, comentou sobre o assunto. “A questão da interatividade que a grande maioria tem em mente ainda vai levar um tempo para ser implantada no Brasil. A TV Digital brasileira poderia ter sido uma revolução muito maior, pena que o governo não permitiu”, lamentou. “Futuramente, acredito que os telespectadores poderão interagir com as emissoras de várias formas: opinando, respondendo enquetes, comprando produtos que apareçam nos programas e, até mesmo, estudando em cursos via TV”, completou o professor. No Brasil, a ferramenta criada para permitir a interatividade é o software Ginga, que foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). O Ginga permite que os telespectadores usem outros aparelhos, além do controle remoto, para trocar informações com as emissoras. Outra característica importante é que o sistema, inventado pelos pesquisadores brasileiros, apresenta várias características de um computador. Segundo a pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008 - PNAD, divulgada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, apenas 31,2% dos domicílios brasileiros apresentam computadores e, entre esses, só 23,8% possuem acesso a Internet. Considerando esses números, “a TV digital permitirá que pessoas que nunca viram um computador entrem em contato com um sistema semelhante, o que certamente pode ser considerada uma forma de inclusão digital”, afirmou o pro-

fessor André Pase. Faz pouco tempo que os primeiros conversores com o software Ginga integrado estão disponíveis no mercado. No entanto, somente algumas pessoas já tem conhecimento dessa mudança e, por isso, a maioria dos brasileiros adquiriu (e está adquirindo) um conversor digital sem o Ginga. Para André Pase, esta falta de informações trará complicações no futuro. “Agora isso não está causando grandes problemas, mas no futuro, quando a interatividade realmente estiver presente na TV digital brasileira, os compradores de conversores sem o Ginga se darão conta de que compraram um equipamento inútil, que não lhes permite interagir”, explicou. A interatividade com possibilidades mais amplas deverá ganhar força aos poucos. “No futuro, a expectativa é de que os telespectadores possam ler a sinopse do filme, organizar sua própria programação, ver diferentes ângulos de câmera em um mesmo canal, entre várias outras promessas de interatividade que a TV digital traz. Agora é esperar para ver”, finalizou André Pase. Fazer comunicação A chegada da TV digital não interfere somente na maneira dos telespectadores assistirem à televisão. O modo das empresas de comunicação realizarem seu trabalho também passa por modificações. O gerente técnico da Rede Record do Rio Grande do Sul, João Bernardi, afirmou que alguns profissionais da empresa já passaram, e outros ainda passarão, por um “treinamento” para trabalhar com a TV digital. “Todos os profissionais envolvidos

estão passando por treinamentos visando a operação dos equipamentos novos. Eu que sou da na área técnica, por exemplo, fui ao Japão para aceitação e treinamento dos Transmissores Toshiba e demais equipamentos”, esclareceu. “Além disso, esta ‘capacitação’ também se estenderá aos cenários e camarins, que irão necessitar de cuidados mais especiais em função da alta resolução de imagem”, completou João Bernardi. O professor do curso de Comunicação Social da PUC-RS, André Pase, também ressaltou a questão da qualidade da imagem. “Na novela ‘Viver a vida’ da Rede Globo, por exemplo, tem os gêmeos que são interpretados pelo mesmo ator e tu notas claramente que aquilo é um efeito de sobreposição de imagem. Então tem que se ter muito mais cuidado com o refino de imagens”, ressaltou o professor. Além disso, André Pase citou outras características que exigirão mais atenção por parte das empresas de comunicação. “O apresentador tem que cuidar para não ter nenhuma marca na pele. A câmera tem que ser muito estável e a edição necessitará de mais tempo. Então tem uma parte de repensar a própria televisão que está em curso”, finalizou. A TV digital também permite e exige que o próprio ramo da publicidade se modifique. Os publicitários terão que inovar o modo de divulgar seus clientes e os produtos. O professor André Pase acredita que “as propagandas poderão trazer informações adicionais sobre o produto anunciado ou sobre o anunciante, com dados relevantes para o con-

Aprenda

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sumidor”. As expectativas não param por aí, segundo o professor do curso de Comunicação Social da PUCRS, a publicidade estará cada vez mais dentro do próprio conteúdo da emissora. “Acredito que será possível concretizar a própria compra pelo controle remoto da TV. Além disso, a publicidade não estará presente apenas entre um programa e outro, mas sim incluída neles: se o telespectador gostar da roupa de algum personagem da novela, por exemplo, existirá a possibilidade de adquiri-la, caso esteja à venda”, acrescentou André Pase. As empresas de comunicação, a partir da TV digital, terão a possibilidade de estar mais perto do seu telespectador e consumidor. Além disso, as emissoras televisivas e as agências publicitárias apresentarão novas possibilidades de faturamento e terão que reinventar o seu conteúdo, já que os telespectadores terão a opção de simplesmente “pular” o que não lhes interessa. Enquanto isso, o telespectador irá se deparar com um leque maior de opções, através de novos canais de acesso a produtos e serviços.

fazendo

Jornal TRI - Outubro 2009

Jornal TRI - Outubro 2009

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De pé durante a O

MADRUGADA Madruga lovers

Texto e diagramação RAQUEL RECKZIEGEL

que você estava fazendo naquela madrugada fria do dia 2 para o dia 3 de outubro? Fazendo festa? Batendo papo no MSN? Dormindo? Nós estávamos participando do 3º Madrugadão. As dez equipes de várias universidades do Rio Grande do Sul, inclusive da Feevale passaram a noite feito corujinhas, criando uma campanha publicitária para o Beco 203, casa noturna de Porto Alegre famosa pela irreverência de suas festas e do público frequentador. O Núcleo de Jornalismo da Agecom participou do evento organizando o Jornalismo Experience, onde alunos da Feevale e das universidades visitantes puderam ter um gostinho da profissão, cobrindo o Madrugadão, postando matérias no blog e no Madrugadão News, jornal criado especialmente para o evento. Nada melhor para mostrar um pouquinho da correria jornalística do que colocar aqui algumas das matérias produzidas pelos acadêmicos durante a noite!

Abram os olhos: o 3º Madrugadão começou! Texto ALCIONE MÜLLER, CARINE KLEIN e MAIARA SPARRENBERGER Foto LÍDIA DUTRA

Chimas e games no bar do Tiririca Texto e foto JULIANE SOSKA e MATEUS TRINDADE

Conhece o Rudimar Luis de Medeiros? Personagem tradicional do “comércio” da Feevale, o Tiririca, como é conhecido, ficou acordado a noite toda vendendo seus quitutes no “bar do Tiri”. A dificuldade foi entrevistar esse figura, em função da música alta, mas mesmo assim ele contou para gente como é madrugar na Feevale: “Trabalho aqui desde 98 e já fizemos algumas madrugadas de festas e eventos. Hoje estou olhando o movimento”. Os funcionários, que jogavam Pro Evoluction Soccer 2009 no Playstation 3, deram um pause para atender o pessoal.

Foto DANIELA MALLMANN

Não, não são somente as 10 equipes que participam do 3º Madrugadão da Feevale. Ao andar pelos corredores e pelos ambientes externos podemos notar a grande movimentação de pessoas que vieram acompanhar as instituições e até mesmo alunos da Feevale. Atraídos pelas diversas atividades disponibilizadas, como tenda de massagem, games, karaokê, show de bandas entre outros atrativos, os madruga lovers também marcam presença nesse evento. Este é o caso da estudante de publicidade e propaganda Ana Paula Weber, que viajou por duas horas para acompanhar seus colegas, e aproveita a noite assistindo filmes, “Gostei da maneira como as pessoas nos receberam e da integração que está acontecendo, enquanto as equipes estão trabalhando, nós estamos nos divertindo e conhecendo novas pessoas”.

Um jogo de RPG que

Esportes na madrugada

pode durar mais de 7 horas

Enquanto os olhos de alguns começam a fechar de sono, outros absorvem completamente as características da coruja, símbolo do Madrugadão Feevale. Neste ano, o vôlei foi a bola da vez. Uma quadra de mini-vôlei foi montada entre os prédios Amarelo e Azul, com uma rede cedida pelo Campus I. Não demorou muito para os participantes montarem duplas e caírem na rede. A ideia partiu da acadêmica de Relações Públicas Amanda Ebert Zirbes. “É uma atividade de descontração, para tirar o sono e deixar as pessoas à vontade”, explicou. Guilherme Gebhardt Enghusen, de 20 anos, foi selecionado para ser monitor da atividade. “Me disponibilizei a ajudar”, contou o acadêmico de Publicidade e Propaganda. “Gosto do esporte, embora eu não costume jogar tanto”. Guilherme aprovou completamente a ideia do vôlei. Tinha apenas uma observação a fazer: “Acho que precisava de um espaço um pouco mais adequado, maior e que desse mais visibilidade”. Quem sabe uma

Texto CRISTIANE WEBER

As corujas participantes da 3ª edição do Madrugadão, promovido pela Feevale, já estão planejando a campanha publicitária para o cliente deste ano. O Madrugadão é uma competição divertida entre estudantes de Publicidade e Propaganda de diversas universidades do estado. Neste ano, ao todo são 10 equipes com 10 integrantes cada uma. No auditório do prédio Azul, os participantes conheceram quem são os monitores (que os orientam durante toda a atividade) e o padrinho (um profissional que ajuda no planejamento da campanha). Os organizadores do 3º Madrugadão escolheram como cliente a Beco 203 Produtora. Durante a madrugada, as 10 equipes criarão uma campanha publicitária. No final da manhã, de amanhã, o júri oficial (composto por profissionais) escolherá o melhor trabalho, que será o vencedor do evento. Já o júri especial (composto pelas próprias equipes) vai escolher o melhor trabalho. O 3º Madrugadão tem o patrocínio da Red Bull, Totosinho, Crazy Cast, Refeições Klazer e Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Feevale. A partir de agora, as corujinhas já começam a espantar o sono!

Texto DANIELA MALLMANN e FERNANDA GALVÃO

Sete

pes-

soas

vidra-

das em uma única ria.

históQuem

comanda

a

roda é o estudante Jogos

de Digi-

tais Guilherme Fernandes, mais conhecido como Roadie, que pratica Role Playing Game (RPG) há sete anos. Depois da terceira troca de curso na Feevale – Roadie passou pelo Jornalismo, pela Publicidade

Texto CARINE KLEIN

Texto e foto RAQUEL RECKZIEGEL

melhor de três, no ano que vem?

e agora se aventura nos Jogos – uma

Sessão madruganê

coisa não mudou: a paixão por jogos inte-

Vencedores do 3º Ma-

Texto LUAN MENEZES

drugadão Feevale

rativos. “É bacana pensar no que o outro está projetando, entrar na mente alheia e continuar o jogo”. O pessoal está bem concentrado na sessão que pode durar oito horas! Haja café e disposição!

“A gente trouxe o vídeo game para se distrair. Vamos ficar até às 16 horas de amanhã, em um total de 25 horas de trabalho”, revelou o empregado Richard Silva, 19 anos. Entre os produtos mais procurados, o café e refrigerante, que foram as bebidas mais vendidas para a galera do Madrugadão 2009 se manter acesa.

Foto RODRIGO TEIXEIRA

A galera que curte um cineminha, um programa mais light, está na sala 303 do prédio amarelo, onde foi improvisada uma sala de cinema. Entre risos e pipocas durante o filme “Sim, senhor”, muitos aproveitam para acessar a internet em seus notebooks pelo wireless disponível dentro do espaço. Os filmes disponíveis são: “Quase irmãos”, “Xmen origens: Wolverine”, “Zohan: o agente bom de corte”, “Velozes e furiosos 4”, “Watchemen, o filme”, “Heróis”, “Anjos da noite: a rebelião” e “The spirit, o filme”.

Conforto dos Corujas

Depois de virarem a madrugada na sala 201 do prédio azul, vestindo camisetas azuis, a equipe vencedora escolhida pelo representante do cliente Beco 203, Guilherme Brasil, e pelos representantes da DEZ Propaganda, Melina Tamelini e Henrique Menezes, foi a UNISINOS! Tendo Como Padrinho Juvenal Costa, da DCS e como Monitora Bruna Chilanti, a equipe foi a primeira a apresentar sua campanha, que agradou os jurados por seguir o briefing e apresentar mídias alternativas viaveis ao cliente. PARABÉNS UNISINOS!

Foto ALCIONE MÜLLER

Na terra do sapato, participantes do 3º Madrugadão preferem o conforto para aproveitar a madrugada inteira de atividades. A elegância não ficou de fora do evento. Sapatos e botas fizeram o estilo de alguns participantes. Outros preferiram mais conforto, como pantufas. Há, também, quem se arrepende do calçado escolhido para a noite de atividades na Feevale. “Eu sempre uso sapato. Mesmo depois de todas as atividade e das partidas de vôlei, meus pés não estão doendo.” Marsal Branco “Eu escolhi as botas porque são leves, confortáveis e combinam com o meu estilo. Agora, tive que colocar os pés pro ar porque estou cansada.” Francielle Behrend

“Tô de pantufa porque é madrugada, porque é quentinho e confortável.” Luciana Leie.

“Comprei o tênis ontem e resolvi usar hoje. Me arrependi de não ter trocado de calçado, porque agora tá bem desconfortável, tô até com calo.” Júlio César Patrício

Ciclo de Palestras da Comunicação Texto MÁRCIA ANDRADE

O

CIPCOM (Ciclo de Palestras da Comunicação), realizado na Feevale nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, contou com o principal intuito de estimular o aprendizado dos alunos e apresentar as problemáticas das profissões relacionadas às três áreas da comunicação: Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo. No primeiro dia do evento, Rodrigo Falcão, responsável pela linha editorial dos programas Esporte Record e Rio Grande no Ar, e André Conti Silva, Coordenador do Departamento de Criação da Record, falaram sobre Marketing + Jornalismo = Vice na audiência no RS: Case Rede Record. Já no segundo dia, Georgia Petry contou um pouco sobre a construção de case do Canoas Shopping, e Pedro Oliveira explicou como o Rua da Praia Shopping está se revitalizando. Marketing e jornalismo é uma combinação que pode dar muito certo. Ela resultou na alta audiência que a Rede Record tem hoje. A função desempenhada por Rodrigo Falcão e André Conti Silva deve coincidir com esforço e criatividade, ou seja, a busca por sucesso e resultados satisfatórios deve ser constante. Mostrando suas experiências e ideias, os palestrantes informaram índices de audiência e enfatizaram que ela é muito importante para definir uma grade de programação. A Record que hoje representa em nível estadual o 2º lugar de audiência, vem, cada vez mais, conquistando o público com variedade na programação, tentando sempre perceber o que o telespectador procura e deseja. A busca por melhorias está presente em todo tipo de trabalho, o que não é diferente na construção de case do Canoas Shopping. Georgia Petry, gerente de marketing do shopping, relatou sobre os métodos utilizados para mudar o conceito que os canoenses tinham sobre o local e através de uma pesquisa que foi realizada, identificaram a baixa auto-estima dos moradores da cidade. A partir disso, estava identificado o que o consumidor precisava e o que gostaria de ter em seus momentos de lazer. Geórgia Petry ainda deixou um recado para os acadêmicos: “Trabalhem na área desde o começo, aproveitem todas as oportunidades, se tiver que te sujeitar a largar um emprego com um salário legal pra optar por um salário menor para entrar na área, faça. Não abram mão de nenhuma oportunidade”, enfatizou. Pedro Oliveira que é gerente de marketing do Rua Praia Shopping, comentou que no momento o local está passando por um processo de revitalização, ou seja, muitas medidas estão sendo tomadas para que o shopping possa mostrar a todos que ele está vivo, que não é apenas uma galeria- como muitos definem- e sim, que é um estabelecimento completo e que pode oferecer o que o consumidor espera. Uma dessas medidas foi o pop-up store, um container com vários produtos com o diferencial de preços baixíssimos e apenas 72 horas disponíveis para compras. Teve como finalidade, aumentar a compra por impulso e conquistar mais visitantes. Pedro ainda explica que: “É preciso conhecer a fundo esse público para descobrir o que eles querem. Querendo ou não o marketing faz parte da vida das pessoas”. Como resultado, houve um aumento de 32% nas vendas e também de 17% do fluxo. Então, é preciso que os acadêmicos fiquem ligados no que está acontecendo no mercado e sempre tentando mostrar seu diferencial e competência, para também encontrar resultados satisfatórios como os cases que foram apresentados.

Jornal TRI - Outubro 2009

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A

Feevale recebeu, no dia 24 de setembro, a visita do jornalista Tariq Saleh, correspondente internacional da BBC de Londres, cobrindo o Oriente Médio e a África. Tariq estava de férias no Brasil e aproveitou para visitar seus familiares, que residem na cidade de Sapiranga, onde cresceu e morou durante sua infância e adolescência. Ele nos contou um pouco sobre sua trajetória no jornalismo até chegar à BBC.

jornal Zero Hora e cobrir algo tão importante como a Guerra do Iraque? Tariq - Confesso que, quando eu entrei na redação e vi aquela movimentação do pessoal passando por mim, aqueles que eu via como ídolos, como Ruy Carlos Ostermann, Paulo Sant’Ana, foi fantástico. Aprendi muita coisa bacana, tentei ao maximo tirar lições e pegar conselhos. Eu estava no lugar certo, pois queria cobrir assuntos internacionais, e a guerra estava ali. Depois dessa cobertura eu comecei a sonhar mais alto.

Redação Tri – Por que você optou pelo jornalismo? Tariq Saleh - Na verdade a minha primeira ideia surgiu com 13 anos quando assisti o filme “Gritos do Silêncio” baseado em fatos reais sobre a guerra civil no Camboja. Fiquei encantado e fascinado pelo filme e decidi seguir na profissão.

RT – Como surgiu o convite para trabalhar fora do Brasil? Tariq - Me mudei pro Líbano em 2006 e resolvi arriscar. Cheguei em um pais estrangeiro aonde a cultura é de uma certa forma diferente da minha por eu ter crescido no Brasil. Um dia um jornalista da BBC Brasil chegou em Berluchi e pediu pra mim fazer um trabalho pra ele. Ele gostou do meu traba-

RT – Por que a guerra te fascina tanto? Tariq - Tem um pouco a ver com a minha história pessoal. Eu sou filho de palestinos, e isso está no sangue. O Oriente Médio tem influências de muitas culturas, por isso tanto conflito. Isso me fascina, pois a guerra em si também tem sua parte de aprendizado para que o jornalista cresça numa situação de muito perigo. Você nunca mais é o mesmo depois de cobrir um conflito, sua visão sobre o mundo muda e, mais do que isso, você amadurece. RT – Como foi pra você ficar sob o poder do Resbolah? Tariq - Eu estava com o pessoal da TV globo, a gente estava numa região tensa de alta segurança e estávamos fazendo uma reportagem sobre um restaurante temático no sul de Berlucchi quando

RT – Seu primeiro emprego foi em uma agência experimental, como foi o aprendizado? Tariq - Foi ali o primeiro contato com a rotina de um jornalista: reunião de pauta, trabalho em grupo, redação jornalística. Com esse estágio, abriram portas para o mercado de trabalho. Foi fundamental eu ter ingressado logo no inicio. RT – Como foi trabalhar tão cedo na editoria Mundo do

Tariq Saleh participou das disciplinas de Introdução ao Jornalismo e Radiojornalismo I

fomos abordados por esses homens do Resbolah que nos convidaram a acompanhá-los. Fomos interrogados duas ou três vezes, ficamos 5 horas detidos, até que fomos libertados. Foi uma situação difícil, principalmente para o pessoal da Globo. Eu já estava acostumado com isso e reagi muito bem, e por fim acabou tudo bem. RT – Qual a sua opinião sobre a queda do diploma? Tariq - Vejo que isso se estendeu demais. Já cansou essa discussão, as organizações de jornalistas deviam focar suas energias em outras coisas e não só no diploma. [...] Hoje as empresas preferem jornalistas formados.Não tem porque se preocupar, o jornalismo é uma profissão onde só devem trabalhar pessoas qualificadas. RT – Que dicas você dá a quem está pensando em crescer na carreira de jornalista? Tariq - Não existe uma receita única, mas existem dicas básicas. Em primeiro lugar você tem que se ver no futuro, traçar seu objetivo dentro do curso, ir atrás, ter conhecimento de tudo sobre aquilo que você pretende seguir. Ser persistente, pois vão haver muitos obstáculos. Acumular conhecimentos é fundamental pois jornalista com pouco conteúdo daquilo que quer cobrir não vai a lugar nenhum. E quanto mais idiomas melhor, isso da um incremento à carreira e ao currículo. E ter sorte, que é o essencial, a sorte nos acompanha em tudo.

1

5 de outubro é o seu dia, teacher! Transmitir conhecimentos tem sido cada vez mais difícil: os alunos não prestam atenção na aula que o professor passou horas planejando e não valorizam seu trabalho. São bolas de papel, insultos, deboches, inúmeros trabalhos para corrigir, várias noites mal dormidas, críticas ao seu trabalho. Mas nada disso fez com que você, professor, desistisse do seu sonho: fazer do mundo o melhor possível. Os alunos não têm a consciência de que, no futuro, o diferencial será o conhecimento adquirido durante a fase escolar. O professor da Escola de Aplicação da Feevale, Fernando Frederico Bernardes, está em seu primeiro semestre como professor da instituição. Segundo ele, a principal função do professor dentro da sala de aula é mais

Jornalismo

Ilustração DIOGO FATTURI

do que simplesmente dar a matéria. “Não é só transmitir aos alunos a construção do conteúdo, mas sim formar o cidadão como um todo”, afirmou. Há 13 anos como professora da Escola de Aplicação da Feevale, Maria Cecília Kurkowski Weber disse que os professores têm de que saber lidar com todas as situações dentro da sala de aula. “Ser professor é vocação, tem que ter o dom de saber ensinar”, complementou. Para estar dentro de uma sala de aula passando todos os seus conhecimentos adquiridos durante os anos de aprendiz, o professor, quando entra na sala de aula, deve ser profissional. “Não deve pensar em salário nem em valorização, senão não consegue seguir em frente”, diz a professora Maria Cecília. Elizabeth Schmitz Lehmann, também lecionando há 13 anos, afirmou que ensinar não é somente um

benefício para os alunos, mas para os próprios professores. “A gente ensina e aprende ao mesmo tempo. Vale a pena mesmo, ser professor”. Mesmo que a sua rotina seja dura e cansativa, professor, você é feliz naquilo que gosta e faz. É um ser indispensável na vida de todas as

pessoas, afinal, o que seria da cultura e educação sem os professores, que nos ensinam não só conteúdos formais, mas também experiências de vida? O tempo pode passar, mas todos sofrem fortes influências de seus professores do passado. Desejamos a todos os teachers um FELIZ DIA DO

PROFESSOR, mesmo sabendo que, para o professor, todo dia é o dia dele. “O nosso carinho e gratidão, a todos os professores, que além de transmitir seus conhecimentos e suas experiências, souberam apoiar-nos em nossas dificuldades.” Autor desconhecido

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Institucioanais

Reportagem e fotografia LEONARDO OLIVEIRA

lho e me indicou para a redação da BBC Brasil em Londres, e no final do ano passado fizeram um novo convite para eu ser o novo correspondente da BBC Brasil no Oriente Médio e norte da África.

Texto GUSTAVO HENEMANN

Empresarial

O jornalista e correspondente internacional da BBC, Tariq Saleh, visitou a Feevale e conversou com a redação do TRI

BBC

Audiovisual

De Sapiranga à

9 Ser professor: um sacrifício que compensa

Relações Públicas

Bate-papo

Jornal TRI - Outubro 2009

Jornal TRI - Outubro 2009

8

Televisão

Nosso Bairro em Pauta

Entre microfones, câmeras e entrevistas...

A Oficina de Fotografia 2 aconteceu através de explicações e na prática. Após a explicação os integrantes saíram para fazer uma caminhada pelo campus, tirando fotos um dos outros em diversos lugares, pondo em prática o que foi dito. Na explicação foi dito como usar uma câmera, e que para cada tipo de imagem existe um tipo diferente de luz.

Publicidade 1

C

erca

de

250

alunos da rede municipal

de

ensino de Novo Hamburgo tiveram uma tarde diferente no dia 29 de setembro. O 2º Encontro Anual dos Repórteres Mirins, realizado na

Entrevistamos o oficineiro Leonardo de Oliveira e ele disse que gostou da oficina. Contou que aprende muito com os alunos e o contato com as crianças ajuda no crescimento da vida profissional. Conversamos também com a oficineira Caroline Roveda Pilger, e ela acha muito legal que nós possamos interagir com outras escolas e conhecer coisas que nossas escolas não têm.

A oficina proporcionou aos participantes a confecção de um cartaz, usando o programa Illustrator. A aluna Amanda, de 12 anos, da escola Marcos Moog contou que estava fazendo um cartaz para o 3° encontro Anual de Repórteres Mirins, que ocorrerá no ano que vem. Renan D`Àvila, estudante de publicidade e propaganda e voluntário na Agecom, que orientou a oficina, disse que os alunos aprenderam o que se pode fazer com o programa na elaboração de cartazes. Repórteres: Wesley Ferreira, 10 anos, Natani, 13 anos e Daliane, 11 anos; Escolas: João Brizola, Adolfina Diefenthaler e Machado de Assis.

Desenho

Feevale, reuniu 26 escolas e

Nós fomos até a sala de desenho para descobrir o que estava acontecendo naquela oficina. Quando a gente chegou lá, o professor estava ensinando os alunos como desenhar. Perguntamos o que fez ele ser professor de desenho e ele disse que desde pequeno gostava de desenhar . Quem ensinou ele foram as primeiras professoras da escola.

28 professores da rede pública. Cerca de 20 professores e acadêmicos do curso de Comunicação Social e Jogos

Repórteres: Edi Elizete Lira, 12 anos e Jessica da Silva Freitas, 11 anos; Escola: Olavo Bilac e Elvira Brandi Grin

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS

Digitais da instituição minis-

Fotografia 2

TV Web

Repórteres: Daliane, 11anos e Natani, 13 anos; Escola:Machado de Assis e Adolfina Diefenthaler

Blogs

Repórteres: Lucas Baich, 11 anos e Lucas Henrique Filipiake, 10 anos Escola: Rodrigues Alves e Caldas Junior

“O blog é um diário virtual, é uma página na internet, e nessa página você pode fazer como o seu diário. Nele você pode colocar fotos, textos etc.” Assim a monitora Renata Arteiro definiu o que é um blog. Na oficina os alunos entrevistaram pessoas e montaram textos para serem publicados no blog www.reporteresmirins. blogspot.com. Renata comentou sobre a oficina “Eu acho muito importante trabalhar nesse assunto com as crianças, pois estimula a vontade delas aprenderem e a sua curiosidade”. O monitor Gustavo afirmou: “Minha função aqui na Agecom , é na parte da Web. O blog é legal pois posso expor minhas notícias.” Repórteres: Anelise Padilha e Victória Raupp; Escola: Martha Wartenberg

TV

traram 12 oficinas na área da

comunicação e games, buscando envolver os estudantes nos processos de produção e criação dos diversos meios. O encontro, comemorativo aos dez anos do curso de Jornalismo, foi uma promoção do projeto de extensão Nosso Bairro em Pauta. Os estudantes aprenderam mais

Depois de algum tempo dentro da sala de aula aprendendo a manusear a máquina fotográfica, os alunos foram botar em prática tudo o que aprenderam, tirando fotos de seus colegas, depois andando pelo Campus 2 da Feevale, procurando paisagens para mais fotos.

Fotografia 1

Repórteres: Giovanna Bock e Aline Hessler, 11 anos; Escola: Imperatriz Leopoldina

sobre as técnicas do rádio, da televisão, da publicidade, da fotografia e da web, entre outras. Nestas duas páginas você vai conhecer um pouco de cada atividade realizada nos laboratórios da Feevale, através do olhar das crianças que participaram da oficina de Mídia Impressa. LAÍS FLORES, LAERTE DORNELES E PÂMELA STOCKER FOTOS: RÔMULO KASPAR (responsáveis pela Oficina de Mídia Impressa)

Pintura Digital Fomos até a sala de pintura digital e realizamos algumas perguntas aos alunos da oficina. Perguntamos para a Bianca, 11 anos, da escola Jorge Ewaldo Koch o que ela estava achando da pintura digital.“Eu acho interessante o jeito que a gente pinta, não é com o mouse é com uma caneta com a ponta branca. É muito diferente”. Também perguntamos sobre a expectativa do que fosse a pintura digital. Alessandra, de 10 anos, da escola Arnaldo Reinhardt disse: “Eu esperava que a pintura digital fosse com lápis e borracha”. Repórteres: Keyla Juliara Krodt, 10 anos e Gabriela Maiara Bonatti, 10anos; Escola: Jorge Ewaldo Koch e Arnaldo Reinhardt

Publicidade 2 Rádio Os oficineiros Mateus e Daniela separaram os alunos em quatro grupos. Os dois primeiros ficaram juntos na sala dos microfones e os outros dois grupos ficaram no mesmo laboratório, porém na sala de aula ao lado do estúdio. Os grupos que estavam no estúdio faziam um resumo. O primeiro grupo fez uma reportagem sobre “o que o SUS está fazendo pelos moradores da cidade de Novo Hamburgo”. Já o segundo, fez uma reportagem sobre a Coordenadoria da Mulher. Os alunos pareciam estar bem interessados nesse novo exercício. Repórteres: Nicolas, 11 anos, e Alexandre, 10 anos; Escolas: Francisco Xavier Kunst e Marina Garbarino

Na oficina de televisão Rodrigo ensinou as crianças a postura no vídeo e muitas outras coisas. Por exemplo: o que é um teleprompter? É onde os repórteres fazem a leitura do programa inteiro! Imagine antigamente quando muitos repórteres usavam folhas, o que não era muito bom porque eles tinham que ler enquanto olhavam para frente. Mas agora é muito mais fácil, os repórteres podem olhar para frente e fazer todo o programa. O Marcelo, de 11 anos, respondeu as seguintes perguntas: Você quer ser repórter quando crescer? “Sim, acho muito interessante isso de ser repórter mirim” O que você acha do repórter mirim? ”Gosto muito de participar! Porque fazemos reportagens muito interessantes”. Nome: Deniele, 10 anos e Maria Eduarda, 11 anos; Escola: Affonso Penna e Cel.Guilherme Gaelzer Neto

Perguntamos para o bolsista de publicidade Marco Antonio o que estava acontecendo e ele disse: “Está acontecendo uma oficina de publicidade.” Também perguntamos para a aluna Mariana, de 11 anos, da escola Jorge Ewaldo Koch o que ela estava fazendo e ela disse: “muita coisa, como criar o modelo de diagramação de uma revista”. Repórteres: Keyla Juliara Krodt, 10 anos e Gabriela Maiara Bonatti, 10 anos; Escolas: Jorge Ewaldo Koch e Arnaldo Reinhardt

Oratória

A oficina de oratória serve para aqueles que têm certo pânico ou medo de falar ao público ou em frente às câmeras. Isto acontece muitas vezes com alunos na hora de apresentar um trabalho na escola ou em algum outro evento. Os alunos fizeram um planejamento do assunto que iriam falar em frente à câmera, eles comentaram que não gostariam de usar o microfone para se apresentar. Logo após os alunos foram ver como se saíram na reportagem. Entrevistamos uma das alunas participantes da oficina. Thalia, 11 anos, do colégio Francisco Xavier Kunst, disse: “Eu achei muito legal, principalmente para perder a vergonha”. Repórteres: Anelise Padilha e Victória Raupp; Escola:EMEF Martha Wartenberg

11 Jornal TRI - Outubro 2009

Jornal TRI - Outubro 2009

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Jornal TRI - Outubro 2009

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Há quem diga que panela velha é que faz comida boa , mas este ditado popular não se aplica ao estatuto antigo do Diretório Acadêmico de Comunicação. Por isso, apó s várias reuniões com nos sa equipe e o advogado do Diretório Centr al dos Estudantes, a equipe do DAC decidiu fazer algumas alterações. Nos baseamos no estatuto do DA de Jogos Digitais. Para quem não com pareceu à Assembleia Ge ral do dia 05/10, convocada por nós atravé s de e-mail, seguem as prin cipais mudanças: · Redução de dois para um ano de gestão; · Modificação no processo de eleição; · Reconhecimento das entida des de representação estudantil em níveis superiores (ex: DCE) · Organização dos livros do diretório (atas de reuniões e assembléias, livros fiscais , contábeis e demais obriga tórios); · Política de identidade visual mais clara e completa; · Novos regimentos para con vocação de Assembléias

Equipe DAC

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