Jornal Laboratorio4

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Outubro/Novembro 2007

www.faculdadesmaringa.br

Jornal Laboratório Faculdade Maringá

Realidade Paralela O Second Life é um jogo, mas pode ser considerado pelos mais fanáticos um simulador da realidade. Sem sair do computador o jogador consegue fazer com que seu avatar vá ao shopping, estude, namore e até tenha filhos. Tudo isso acontece com a ajuda do mouse, teclado e muita criatividade do usuário. Alguns especialistas acreditam que esse jogo é um escape da realidade, mas quem joga tem a certeza de que ele é uma distração, mas que pode viciar.

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Músicas.com

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Página 03 Comprar, comprar e comprar... Muita gente compra para obter status, por necessidade, ou até mesmo por modismo, mas há quem compre pelo simples prazer que esse ato proporciona. Essas pessoas são os chamados consumidores compulsivos. Hoje em dia já existe tratamento para controlar essa mal, mas o que dificulta é a demora em perceber os primeiros sintomas.

Na era da técnologia a moda é baixar músicas da internet. Mas nada de pirataria, hoje em dia existem sites que disponibilizam as músicas na ín t e g r a p a ra o internauta. E o melhor, sem o risco de vírus para o computador. Artistas do mundo todo aproveitam essa oportunidade e divulgam nesses sites seus CDs, agenda de show e fotos.

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Jornal Laboratório Faculdade Maringá

Curiosidades sobre a “Segunda Vida” O dinheiro no jogo chama-se Linden Dollar; Ele pode ser encarado como um simulador da vida humana; No Second Life é possível você criar objetos, construir casas e acessórios para os avateres; Avatar é o nome dos personagens do Second Life;

Além da realidade

Estudo, trabalho e até filhos. Os atrativos que o Second Life traz aos internautas têm aumentado cada vez mais a sua populariedade entre os brasileiros

Para quem não resiste aos jogos on-line, o Second Life pode ser a novidade do momento. Desenvolvido pela Kaizon Games, esse jogo é o queridinho dos americanos e pode dar asas a sua imaginação. Nele você pode fazer de tudo: ter filhos, trabalho e até a aparência que desejar. O técnico de informática Elton Nascimento, 23 anos, está entre os 56% dos jovens brasileiros que passam cerca de três horas conectados a internet. Mesmo trabalhando com computadores o dia todo, Elton acha tempo para visitar seu Orkut, responder e-mail, conversar com os amigos pelo MSN e dar vida a Ralph, seu avatar no Second Life. “Sempre gostei de computadores e principalmente da internet. Confesso que esse se tornou o meu vício, não consigo fazer nada sem antes olhar meu Orkut e brincar um pouco no Second Life”, conta. Bem diferente da vida simples que leva, a versão online de Elton é um rapper, tem 18 anos, mora em uma casa de três andares, possui dois carros importados e ainda tem duas namoradas e um filho. “O Second Life para mim é uma brincadeira, eu gosto de ter essa vida dupla, me ajuda a esquecer dos problemas”, conta. Até a aparência de Ralph não lembra em nada Elton, na versão online, ele deixou os cabelos loiros crescerem, é alto e musculoso. Na versão real, ele tem cabelos curtos, pele clara e não é muito forte. Diferente de Elton e querendo ser como seus colegas de colégio, o estudante Luca Gonzaga , 15 anos, tem o Lukinha no Second Life. Um jovem de 17 anos, que é dono de uma transportadora e namora uma cantora pop. “Eu não vejo muita graça no Second Life, mas sempre fico a tarde toda conectado nele já que preciso trabalhar, estudar e namorar,” afirma. Quem não tem gostado muito desse passatempo de Luca é a dona-decasa Claúdia Gonzaga. A mãe do

Fotos: D.Ro

Dhiego Rocha

Outra vida:Luca fica cerca de três horas por dia no Second Life

estudante já pensou em proibir o uso do computador dentro de casa, mas acredita que essa não é a melhor solução para o problema. “Eu vejo isso como um vício que precisa ser tirado o mais rápido possível. O Luca não vê mal nenhum em ficar na frente do computador a tarde toda. Ele prefere ficar nesse jogo ao invés de sair com os amigos ou estudar. Ele já chegou a comer na frente do computador”, confessa Cláudia. O Second Life é um jogo que chegou ao Brasil em 2006 e rapidamente se popularizou entre os jovens e adultos. Segundo uma pesquisa realizada pela própria Mayboy, criadora do jogo, existem quase um milhão de brasileiros cadastrados no programa. Não existem dados que comprovem o núme-

ro de maringaenses que têm um avatar no Second Life. O empresário e dono de duas Lan House em Maringá, Wesley Fonseca, diz que cerca de 30% dos usuários que freqüentam diariamente o seu estabelecimento estão à procura do Second Life. “No começo eram somente os jovens de classe média que procuravam esse jogo, agora todos querem criar seu perfil e viver a vida que desejam virtualmente. Tem gente que fica de três a quatro horas jogando o Second Life”, diz o empresário. Por mais que haja diversão, entretenimento e distração para os usuários, o Second Life pode trazer alguns malefícios para os seus usuários. “Como todo o vício deve ser controlado e entendido como um vício. Se a pessoa começa a ficar

demais na frente do computador, acaba deixando de viver, e fazer as coisas do dia-dia. Mais esse não é um dos maiores problemas, a alienação da vida real que esse jogo traz, senão analisado com cautela, pode confundir a cabeça dos jogadores e fazer com que eles fiquem presos nessa falsa realidade”, afirma o psicólogo especialista no comportamento humano Raoni Sanches.Mas não existem somente malefícios nesses jogos, para o psicólogo, o Second Life pode ajudar no desenvolvimento das pessoas. “Ajuda no desenvolvimento pessoal e intelectual, e serve como uma distração para as pessoas. Só que ele deve ser usado com esses fins, ou seja, simplesmente interagir e entreter os usuários”, conclui.

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Dinheiro na mão é vendaval Comprar, comprar e comprar. Para muito isso pode ser um hobby, mas para outros essa obsessão pode virar uma doença Fotos: D.Ro

Dhiego Rocha US$ 200 mil dólares em duas horas. Uma média boa, levando em consideração que quem desembolsou essa pequena fortuna foi a socialite americana Paris Hilton, em sua estada relâmpago pelo Brasil. A herdeira da rede de hotéis Hilton ficou menos de 24 horas em terras brasileiras e fez aquilo que sabe fazer melhor: compras. Mas ela pode, sua fortuna está estimada em quase US$ 70 mi de dólares. Mas nem todos que gastam com a mesma facilidade de Paris é herdeiro de um império. A aposentada Fátima Aquino demorou, mas percebeu a tempo que todas as suas economias, como a pensão de quase R$ 5 mil reais que recebe mensalmente estavam acabando em roupas, sapatos e eletrodomésticos. “Sempre gostei de comprar, mas já estava fora de controle, gastava o que tinha e o que não tinha”, conta a aposentada que percebeu esse distúrbio quando preferiu comprar roupas do que comida. “Até hoje não acredito que fiz isso”, lamenta. Segundo a filha da aposentada, a enfermeira Kelly Aquino, Fátima semGraciele Rocha

A estudante Graciele Rocha coleciona sapatos desde os 13 anos de idade. Em seu acervo pessoal existem mais de 100 pares de sapatos, de várias marcas, modelos e cores.A estudante acredita que seu hábito de comprar sapatos não pode ser encarado como uma doença, mas o desejo de estar sempre mais bonita.

pre teve mania de comprar, mas não da forma como andava fazendo. “Ela sempre gostou de comprar , e de tudo, até aquilo que ela nunca iria usar. Todo dia ela saía e chegava com alguma coisa nova”, diz a enfermeira. Mas nem todo mundo percebe a tempo, como a ex-empresária Cida Magalhães, que se viu obrigada a fechar sua boutique por causa de dívidas . “O problema começou quando eu comecei a pegar dinheiro da loja para gastar com coisas banais. Já cheguei a gastar R$ 200 reais em um chinelo”, lembra a ex-empresária que fez terapia durante 2 anos para superar essa obsessão. “Hoje eu consigo viver bem e com pouco. Eu aprendi a valorizar o meu dinheiro e a ver o que realmente eu preciso.” Engana-se quem pensa que gas-

tar demais não é uma doença e que nem existe tratamento. Pelo menos não é isso que mostra a pesquisa realizada pela psicanalista Luciene Medeiros. “Analisei 25 pessoas, entre homens e mulheres, cada caso separado. Mas todos partem do fato de acreditarem que precisam de tudo. São pessoas que se valorizam demais e sentem a necessidade de ter tudo”, diz a psicanalista que realizou essa pesquisa em parceria com a PUC Curitiba em janeiro do ano passado. Os resultados obtidos através da pesquisa mostraram que as roupas estão entre os principais objetos de desejos dos compulsivos em compras, e não são somente as mulheres que sofrem desse mal. “As pessoas que sofrem disso precisam se sentir bonitas, por isso acabam investindo forte em roupas e acessórios. Um

Fotos: D.Ro caso surpreendente foi de uma jovem que usa manequim 38, mas todas as roupas que ela comprava eram dois tamanhos diferentes, 38 e 34. Ela tinha o desejo de emagrecer, e por isso, comprava números menores porque sabia que quando chegasse ao 34, teria roupas para usar”, lembra a psicanalista. Um dos maiores problemas que existem nessa compulsão em comprar algo está na demoram em perceber os primeiros sintomas. Muitos deles aparecem anos mais tarde, quando o caso já chegou a seu ápice. A estudante Graciele Rocha possui em seu guarda-roupa cerca de 100 pares de sapatos. Entre os objetos de desejo da estudante, além de calçados estão os casacos de inverno. “Sempre gostei de sapatos e blusas de frio. Acho que são peças básicas para um mulher que deseja se sentir sempre bonita. Tenho de todas as marcas, cores e modelos. Tanto os sapatos quanto as blusas.

Não acho que isso é um compulsão, é simplesmente o desejo de estar sempre bonita”, retruca a estudante. Para o psicólogo Reinaldo Tavares, casos como o de Graciele são comuns de acontecerem, e esse pode ser um dos primeiros sintomas da compulsão em comprar. “Normalmente ela começa bem devagar e em coisas simples e singelas do cotidiano, com o passar do tempo que ela ganha consistência e perde o controle”, afirma o psicólogo que garante que quando mais cedo for diagnosticado o problema, melhor serão os resultados do tratamento. “O primeiro passo é aceitar isso como uma doença para que depois comece o tratamento. A terapia ajuda a desenvolver o autocontrole a autoconfiança do paciente, com isso, ele vai começar a se controlar mais e pensar bem na hora de comprar algo”, conta. Mas nem só de terapia salvouse os bens do engenheiro João Picolli, que quase perdeu tudo por causa da sua obsessão em comprar. “Teve uma época em casa que tínhamos onze televisões. Quando lançava um modelo maior e mais moderno eu ia e comprava, e não me desfazia dos outros”, diz o engenheiro que há cinco anos está tratando o seu desejo de comprar. “Já melhorei e muito, fiquei até mão-devaca por causa do tratamento, comecei a valorizar o meu dinheiro”, comenta Picolli. Gastar o salário todo em algo útil é aceitável. O problema está quando se gasta todas as economias em coisas banais. Os especialistas são unânimes em afirmar que existe uma grande diferença entre necessidades e futilidades. Por isso fique esperto, saiba escolher bem aonde vai gastar o seu dinheiro. Use-o com cuidado e sem exageros. Para aqueles que gostam de comprar, fique alerta quando alguns desses sintomas aparecer *O tempo que você passa fazendo compras prejudica o seu desempenho no trabalho e a vida pessoal; *A valorização excessiva dos bens materiais; *A auto-estima e a felicidade são relacionadas com a compra de produtos; *A vontade de comprar se torna uma urgência; *A pessoa percebe que o desejo de comprar está fora do controle; *A vontade de comprar fica mais forte que seus efeitos negativos, como as dívidas.

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Sites que divulgam novas bandas têm se tornado os queridinho dos internautas que gostam de um som novo

Finalmente as músicas estão na rede Dhiego Rocha Imagem site Trama Virtual Se você ficou interessado pelos serviços oferecidos pelo site Trama Virtual, é muito fácil criar a sua página, basta seguir os seguintes passos:

Acessar o site www.tramavirtual.com.br; Criar um loggin; Criar um perfil com fotos, agenda, músicas e vídeos; Enviar esse perfil para o moderador (pessoa que irá ver se as informações contidas são verdadeiras); Você recebe um notificação por e-mail confirmando o cadastro e se a sua página foi aprovada; Depois disso, as pessoas já podem acessar a sua página na internet.

Trama Virtual.com.br: O site recebe diarimante cerca de 100 solicitações para novos cadastros

Quando o site Trama Virtual (www.tramavirtual.com.br) entrou no ar, em 2001, não existia nenhum site na rede que disponibilizava músicas para dowlond para os internautas. Atualmente já existem mais de 3.000 sites que fazem de quase tudo quando o assunto é música: divulgam CD, criam o perfil dos artistas e até disponibilizam as músicas para toque do celular. O que os novos sites não estavam preparados na era da internet era para a desconfiança dos internautas sobre a segurança dos sites e a preocupação dos artistas na inclusão dos direitos autorais de suas composições. Pensando nisso o roqueiro maringaense Caio Fonseca, 23 anos, usa a sua página no site Trama Virtual para divulgar as músicas, letras e a agenda de shows de sua banda de rock alternativo, New Yorker Dolls. “Você acaba tento a oportunidade de divulgar o seu trabalho para pessoas do mundo todo. E o melhor, tudo acontece de uma forma segura e sem o risco da pirataria. Já ouvi históri-

as de bandas que conseguiram fechar bons contratos graças à divulgação que faziam nos sites especializados em música”, afirma o roqueiro que há dois anos tem a página Yorker Dolls no site da Trama Virtual.Nesse período, segundo dados do próprio site, mais de 80.000 internautas tiveram a oportunidade de ouvir algumas músicas da banda. “É quase um show com o Maracanã lotado”, brinca. Segundo Raul Prado, diretor artístico da Trama Virtual, o objetivo do site é ajudar na divulgação da música brasileira s. “Na nossa página você pode encontrar desde grupos de axé e pagode, bandas de rock alternativo e bossa nova, até cantora lírica tentando divulgar o seu trabalho. A aceitação dos internautas tem superado as nossas expectativas. Mesmo sendo uma empresa virtual, tivemos um crescimento maior do que muitas gravadoras existentes no Brasil”, conta Prado. E não são somente os internautas que tem se encantado

com os inúmeros serviços disponibilizados pelo site da Trama Virtual, os artistas também têm se dedicado a criar páginas interessantes e fáceis de navegar, ajudando assim o internauta na hora de obter as informações necessárias. To d o s o s d i a s c e r c a d e 50.000 mil de pessoas acessam o site Trama Virtual atrás de novidade. E sempre encontram, diariamente eles recebem mais de 100 solicitações de bandas, grupos e artistas-solo que desejam ter seu nome incluso no acervo do site. Com tantos acessos, uma das maiores preocupações da Trama Virtual é proporcionar aos usuários maior comodidade e conforto quando visitam o site. “É importante que tenhamos cuidado com o nosso público, ou seja, aquelas pessoas que acessam nosso site diariamente. A minha principal função dentro da empresa é cuidar para que as músicas colocadas em nosso acervo não sejam ofensivas e, principalmente, que não agridam

ninguém”, afirma Raul Prado. A estudante Claudiane Belmiro, 17 anos, está entre os cinqüenta mil internautas que acessam diariamente o site da Trama Virtual. “Sempre tem novidade lá, e eu sou apaixonada por rock alternativo, sempre encontro algumas bandas de Maringá que fazem um som legal. Sem contar que essa também é uma forma de conhecer gente e sons novos”, conta a estudante se referindo aos 30 registros de bandas maringaenses que existem no site.A maioria são de rock alternativo e pop rock, como os The Haven, que há quase dois meses criou sua página no site e já tem percebido os resultados durante os shows. “Nós tocamos na Tribo´s Bar, e muita gente que estava lá já conhecia o nosso som e cantavam as nossas músicas. E tudo isso por causa da nossa página na internet”, conta Bruno Teixeira, 21 anos, vocalista da banda.

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