Interdisciplinaridade
Consiste fundamentalmente em evitar a fragmentação das disciplinas de modo que ao uni-las, o aluno possa ser capaz de assimilar um determinado assunto de diversas formas e interagir o assunto abordado de forma clara para maior consciência da realidade. Após a leitura dos textos abordados em sala de aula: -disciplinas e interdisciplinaridade; -a interdisciplinaridade na escola; -integração e interdisciplinaridade: uma ação pedagógica; -interdisciplinaridade; -o exercício da interdisciplinaridade; -uma postura interdisciplinar; -um "trem bão" chamado interdisciplinaridade, pude compreender a atual situação que a realidade exige em nossas escolas e dos professores na formação dos alunos. Por muitas décadas professores e educadores procuram formas de superar a fragmentação do conhecimento provocado na educação básica (educação infantil, fundamental e médio ). Este desafio implica uma nova postura diante do conhecimento, uma mudança de atitude em busca da unidade do pensamento. Piaget definiu a inteligência como a capacidade de estabelecer relações e é nesta definição que a interação educativa capacita o aluno de forma que este se expresse através de múltiplas linguagens e novas tecnologias, posicione-se diante de informações e interage-se de forma crítica e ativa com o meio físico e social. Este novo posicionamento educacional implica na interação aluno – professor. Eles se engajam num processo de investigação, re-descoberta e construção coletiva de conhecimento em disciplinas. Ao compartilhar idéias, ações e reflexões, cada participante é ao mesmo tempo “ator” e “autor” do processo. Ao adotar a interdisciplinaridade como metodologia no desenvolvimento do currículo escolar, é importante deixar claro, a prática docente não significa em um abandono das disciplinas nem supõe para o professor uma “pluri-especialização”, bem difícil de imaginar, com o risco da superficialidade. Atualmente, a estratégia de ensino mais utilizada para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico interdisciplinar são os projetos didáticos. Eles são feitos com o propósito de construir boas situações de aprendizagem, nas quais se evite compartimentalizar o conhecimento e dar
aos alunos um sentido ao esforço de aprender. Esta estratégia é definida da seguinte forma: 1 – Definição do tema; 2 – Necessidade (por que aquele tema) ; 3 – Objetivos (o que se pretende alcançar) ; 4 – Abrangência (matérias envolvidas no projeto interdisciplinar) ; 5 – Cronograma (definição de datas) ; 6 – Metodologia (como cada professor trabalhará com o tema) ; 7 – Recursos (Qual será o custo do projeto à escola?) ; 8 – Cria-se o gancho (dúvidas, problemas ou curiosidades dos alunos para introduzir a idéia ao projeto 9 – Desenvolvimento (grupos de alunos discutem sobre o formato das apresentações) 10 – Avaliação (trabalhos apresentados, provas etc ) ; 11 – Auto-avaliação (analise dos pontos positivos e negativos, sugestão de mudanças) É preciso ressaltar, em um projeto didático, as aprendizagens realizadas pelos alunos durante sua realização. Um projeto é bom pelas aprendizagens que proporciona a seus alunos, não pela qualidade pontual de seu produto final. Fazer uma apresentação considerada linda pelos pais pode ser até importante para as relações da escola com eles, mas não garante a realização das aprendizagens que justificam o projeto de seu planejamento. Todos ganham com a interdisciplinaridade, os alunos porque constroem conhecimento partindo de varias disciplinas, os professores porque são forçados pelos alunos a ampliar seus conhecimentos de outras áreas, o que melhora a formação e a escola porque vê seus alunos comentarem a experiência junto à comunidade. Esta frase sintetiza o valor da interdisciplinaridade, “O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política”. Conclui-se que a interdisciplinaridade nos ajuda a viver o drama da incerteza e da insegurança, não é ciência, nem ciência das ciências, mas é o ponto de encontro entre o movimento de renovação da atitude frente aos problemas de ensino e pesquisa e a aceleração do conhecimento científico.