Insanidade Dor, sofrimento, angústia, solidão São os únicos sentimentos em meu coração Perdido em uma terra onde não há perdão Não encontro saída nem outra solução Venderia minha alma a quem antes passar Sem saber direito quem iria comprar Faria de tudo para esse sofrimento acabar Meu Deus, preciso desta dor me libertar! Olho envolta, mas não vejo ninguém Estaria eu condenado então? Não, não, não, não! Surgem-me imagens que vão e vêm Que parecem cadáveres em decomposição Não, não, não, não! Vejo uma trilha em meio à escuridão Para onde ela iria me levar? Deveria eu seguí-la então? Seria melhor que apenas esperar Ponho-me finalmente a caminhar Não seria um esforço em vão? Mas já ajo quase sem pensar Sinto-me insignificante nesta imensidão Já não enxergo mais tão bem A neblina começa a me sufocar Ar, ar, ar, ar! O solo parece me querer morto também Meu corpo começa a afundar Ar, ar, ar, ar! Um frio percorre minha alma Vêm-me lembranças de minha infância calma Se sobreviver levarei comigo um trauma Neste momento só a morte me acalma Faço uma oração bem forte Talvez me encontre com a morte
E como que num golpe de sorte Acordo, e saio a procura de um objeto que corte Acho uma faca logo a meu norte Uma sensação de paz invade minha alma Calma, calma, calma, calma! Encontro uma solução que finalmente me acalma Pego a faca e no pescoço faço um corte Morte, morte, morte, morte!