República Federativa do Brasil Presidência da República Secretaria de Comunicação Social Brasília - DF + 55 (61) 3411.1311 / 3411.1130
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Março de 2009
Dono de uma das dez maiores reservas mundiais de petróleo
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Maior exportador mundial de ferro, café, soja, suco de laranja, carne bovina, frango, açúcar e etanol
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Referência mundial na produção e no desenvolvimento de biocombustíveis
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Sétimo maior fabricante de carros no mundo
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Quarto maior fabricante mundial de aeronaves e líder na produção de modelos com capacidade de até 120 passageiros
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Maior bacia hidrográfica do mundo, com 73% da matriz elétrica com origem hídrica
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Brasil, solidez macroeco 8
nômica e inclusão social 9
10 abertura brasil, equilíbrio e grandes oportunidades 14 Investimentos Infraestrutura acelerada 18 economia e inclusão crescimento inclusivo e sustentável 22 energia País da energia renovável e limpa 28 ciência e tecnologia referência em setores de ponta 32 agricultura e pecuária Brasil, celeiro do mundo 36 meio ambiente preservação e sustentabilidade 40 diversidade riquezas culturais e naturais 44 democracia estabilidade democrática e institucional 46 internacional abertura de mercados e multilateralismo
abertura
Brasil, equilíbrio e grandes oportunidades Crescimento econômico sustentado, combinado com equilíbrio fiscal, instituições sólidas, inclusão social, regime democrático e mercado interno aquecido, faz do País um destino seguro para os investimentos, com fôlego para se defender de crises internacionais
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combinação de estabilidade macroeconômica e institucional, crescimento sustentado, forte política de inclusão social e distribuição de renda projeta um novo Brasil no cenário internacional. Essas mudanças, aliadas à existência de um moderno e sólido sistema financeiro, junto com o rigoroso equilíbrio das contas públicas tornaram o Brasil mais resistente do que a maioria dos países aos efeitos da crise financeira internacional deflagrada em 2008. Somem-se a isso um mercado interno fortalecido e as medidas anticíclicas adotadas pelo Governo Federal e o resultado é um Brasil que ganha mais destaque no cenário internacional. Inflação controlada, contas públicas equilibradas e um vigoroso programa de inclusão social são os fatores que impulsionam um novo ciclo de expansão, apoiado num alentado plano de investimento em infraestrutura e na melhoria da qualidade da educação pública. Com uma população de 190,6 milhões de habitantes, o Brasil é a décima maior economia mundial. A economia brasileira exibe sólidos fundamentos: inflação de 5% ao ano, crescimento econômico sustentável na faixa de 4% anuais e estabilidade fiscal, com um superávit primário das contas públicas de 4,1% do PIB em 2008. O Brasil é uma república federativa, com um sistema presidencialista de governo. Tem um sistema democrático consolidado, com eleições livres a cada dois anos, com equilíbrio entre os po-
deres Executivo, Legislativo e Judiciário. Signatário dos principais tratados internacionais e aberto aos investimentos estrangeiros, é um País que vive em paz e coopera com seus vizinhos.
Pólos industriais De dimensão continental, em seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados (quinto maior do mundo), o Brasil comporta pólos de alta tecnologia espalhados por todos os cantos, desde o moderno complexo petroquímico no Rio Grande do Sul, o estado mais ao Sul do País, passando pelo cluster de alta tecnologia de São Paulo, até a Bahia, na região Nordeste, onde a Ford opera a mais moderna fábrica de automóveis do mundo. E na região do cerrado, o planalto do Centro-Oeste, funciona a todo vapor um complexo agroindustrial de alta tecnologia e produtividade. O investimento em pesquisa e desenvolvimento, sob a liderança da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), tornou o agronegócio do Brasil um dos mais modernos e produtivos do mundo. A capacidade de inovação também garantiu ao País a liderança na exploração de petróleo em águas profundas. Hoje a Petrobras, empresa estatal de energia, além de explorar jazidas em outras partes do mundo, assume um novo desafio: duplicar as reservas existentes, com exploração das jazidas submarinas abaixo da camada de sal do fundo do mar, o que permitirá colocar o Brasil como um dos cinco maiores produtores mundiais.
São Paulo, maior e mais moderna metrópole do hemisfério sul
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Bolsa de valores de são Paulo (Bovespa)
Estabilidade
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O cenário atual é de estabilidade e previsibilidade econômica, o que permitiu ao Brasil receber o grau de investimento das principais agências internacionais de avaliação de risco. O ambiente institucional brasileiro garante segurança para os investidores, que também podem contar com um moderno e eficiente sistema financeiro, com destaque para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Governo Federal, cujo volume de crédito para financiar o desenvolvimento econômico foi da ordem de US$ 40 bilhões em 2008 e supera a soma dos desembolsos do Banco Mundial (US$ 13,4 bilhões) e do Banco Interamericano para o Desenvolvimento (US$ 12,2 bilhões). O Brasil segue as normas da Organização Mundial do Comércio e, assim, o BNDES está aberto para financiar os projetos de desenvolvimento de qualquer empresa de capital estrangeiro instalada no País. O parque fabril brasileiro é diversificado: inclui desde indústrias de bens de produção (como siderúrgicas e refinarias de petróleo), até bens de consumo (automobilística, têxtil, entre outras). O Brasil fabrica de sandálias de borracha a aviões. É autossuficiente em petróleo e um dos maiores produtores mundiais de álcool de cana-de-açúcar. Já o moderno setor de serviços brasileiro responde por 56,3% do Produto Interno Bruto, como é comum nas economias mais desenvolvidas. Uma das principais razões do sucesso do Brasil foi conseguir conciliar crescimento econômico sustentável com inclusão so-
cial. Milhões de brasileiros e brasileiras ingressaram no mercado de consumo interno e reforçaram sua cidadania nos últimos anos. O número de brasileiros que vivem em condições de extrema pobreza caiu de 8,8% da população, em 1990, para 4,2%, em 2005. Em 2007, pela primeira vez, a Organização das Nações Unidas (ONU) incluiu o Brasil no grupo de países com alto índice de desenvolvimento humano.
Expansão de mercados O mercado de consumo aumentou, atraiu novos empreendedores e provocou a expansão de negócios. Cerca de 20 milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a classe C entre 2002 e 2007. A camada C de consumidores, a classe média, está hoje estimada em 97 milhões de pessoas, concentrando cerca de 52% da população do País. Esses avanços resultam de políticas de recuperação da massa salarial, maior acesso ao crédito e investimentos prioritários em educação de qualidade, saúde e ações de combate à pobreza na cidade e no campo, com destaque para o programa de transferência de renda Bolsa Família. Além de um mercado interno em expansão, o País é uma robusta plataforma exportadora. Sua fatia do comércio mundial passou de 0,9% em 2000 para 1,2% em 2007, com o valor das exportações passando de US$ 55,1 bilhões para US$ 160,6 bilhões no mesmo período. Além disso, as empresas brasileiras ganham crescente destaque, pois estão presentes em todo o
Investimento Direto Estrangeiro Evolução 2003-2008 em US$
45,1 bilhões 34,6 bilhões
20,3 bilhões
21,5 bilhões
22,2 bilhões
2005
2006
12,9 bilhões
2003
2004
2007
2008
Fonte: Banco Central do Brasil
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o setor de serviços responde por 56,3% do pib
mundo e exercem liderança em vários setores de atividade. São empresas de classe mundial. Os saldos positivos da balança comercial brasileira e os fluxos de investimentos produtivos contribuíram para que as reservas em moeda estrangeira do País atingissem US$ 206,8 bilhões no final de 2008. O Brasil também garante uma oferta segura e diversificada de energia, o que configura uma de suas maiores vantagens competitivas. As fontes renováveis garantem 44% do dispêndio energético – um recorde mundial –, a exemplo da eletricidade gerada por usinas hidrelétricas ou eólicas e a energia retirada da biomassa. Já a política externa brasileira vem abrindo fronteiras e estabelecendo parcerias sólidas em várias regiões do mundo, diversificando a pauta de exportações. O Brasil fortaleceu o Mercosul por meio da integração com os vizinhos da América do Sul e estreitou relações com parceiros tradicionais, como os Estados Unidos e a Europa. Ao mesmo tempo, ampliou o intercâmbio com a África, a Ásia e os países árabes. As profundas transformações que ocorreram no Brasil nos últimos 20 anos tornaram o País um destino preferencial para os investidores nacionais e do exterior. Em 2008, os investimentos produtivos estrangeiros atingiram um recorde de US$ 45,1 bilhões, perdendo apenas para os da China, entre os países em desenvolvimento. O Brasil consolida sua posição na economia global, ao participar de forma decisiva dos principais fóruns internacionais voltados para questões comerciais, ambientais, tecnológicas e de segurança pública.
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Investimentos
Infraestrutura acelerada O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conduzido pelo Governo Federal, amplia a oferta de energia, transportes, habitação e ajuda a manter ativa a economia brasileira numa fase de recessão no exterior
O
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Brasil vive um momento excepcional na atração de investimentos. São bilhões de dólares aplicados em várias áreas da economia, para a ampliação da infraestrutura de transportes, energia, saneamento básico e habitação, que garantirão o aumento da capacidade produtiva, da geração de emprego e do consumo interno. Apenas na mineração, os investimentos alcançam a expressiva marca de US$ 40 bilhões. A produção nacional de aço, por exemplo, duplicará com a construção de novas siderúrgicas. A indústria automobilística também experimenta franca expansão: produziu 3,2 milhões de veículos em 2008, um recorde histórico. E, graças aos investimentos já anunciados, a capacidade instalada será de 6 milhões de carros em 2013, o que transformará o Brasil no sexto maior fabricante de automóveis do mundo. O bom ambiente de negócios e as perspectivas favoráveis do mercado interno e para as exportações contribuíram para que o investimento produtivo no País batesse todos os recordes nos últimos anos. A taxa de investimento foi de 17,6% do Produto Interno Bruto ao final de 2007 e, em 2008, chegou a 20% no terceiro trimestre, um recorde histórico. A meta do governo é ampliar esse índice para 21% em 2012.
impulsionar a economia No começo de 2007, o Governo Federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que organizou e de-
finiu investimentos em projetos de infraestrutura logística, energética, social e urbana, que resultam em melhorias diretas para a população brasileira. A previsão inicial era investir US$ 220 bilhões entre 2007 e 2010, mas em fevereiro de 2009 o Governo Federal ampliou em 26% esse valor, que chegará a US$ 301 bilhões até 2010, como ferramenta adicional para impulsionar a economia e conter os efeitos negativos da crise financeira internacional sobre o Brasil. Além disso, o PAC inclui outros US$ 136 bilhões em investimentos que deverão estar concluídos entre 2011 e 2013. O conjunto de investimentos do PAC está organizado em três eixos: infraestrutura logística, envolvendo a construção e a ampliação de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias; infraestrutura energética, correspondendo à geração e transmissão de energia elétrica, produção, exploração e transporte de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis; e infraestrutura social e urbana, englobando saneamento, habitação, metrôs e trens urbanos. Entre outras ações, o plano de investimentos vai significar a construção, a adequação, a duplicação e a recuperação, em quatro anos, de 45 mil quilômetros de rodovias, 2.518 quilômetros de ferrovias, ampliação e melhoria de 12 portos e 20 aeroportos, geração de mais de 12.386 MW de energia elétrica, construção de 13.826 quilômetros de linhas de transmissão, instalação de quatro novas unidades de refinos ou petroquímicas, construção de 4.526 quilômetros de gasodutos e
o pac investe na melhoria de 45 mil quilômetros de rodovias
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O orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de 2007 a 2010 é de US$ 301 bilhões. São 2.198 obras de infraestrutura previstas, nas áreas de transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos Fonte: www.pac.gov.br
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metrô de fortaleza, capital do ceará, uma das maiores cidades do Nordeste brasileiro
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Vila viva são JosÉ, Belo Horizonte: o PAC investe em importantes obras de habitação popular
instalação de 46 novas usinas de produção de biodiesel e de 77 usinas de etanol. Estão incluídos no PAC os investimentos da Petrobras – a estatal de petróleo – de R$ 319,1 bilhões até 2013 na exploração de petróleo e gás natural e na construção de novas refinarias, entre outros projetos. O PAC pretende estimular, prioritariamente, a eficiência produtiva dos principais setores da economia, impulsionar a modernização tecnológica, acelerar o crescimento nas áreas já em expansão, ativar áreas deprimidas, aumentar a competitividade e integrar o Brasil com seus vizinhos e com o mundo.
taxa de investimento Investimentos sobre o PIB (em %)
15,28
16,1
15,9
16,5
2003
2004
2005
2006
19,2*
19,6*
20,0*
20,4*
20,8*
17,5
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) * Previsão - BNDES
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Economia e inclusão social
Crescimento inclusivo e sustentável O novo ciclo de desenvolvimento econômico resulta no aumento do mercado de consumo de massa e na redução das desigualdades sociais, em um ambiente de estabilidade institucional e crescente coesão social
O 18
Brasil inaugurou um novo ciclo de crescimento pela expansão do mercado de consumo de massa, graças ao aumento da renda familiar, da geração de empregos, da recuperação do poder de compra do salário mínimo, do maior acesso da população ao crédito e de um conjunto de políticas públicas de transferência de renda e valorização da cidadania. Hoje, a classe média compõe a maioria da população economicamente ativa, cerca de 52%, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2004. Esse grupo, também identificado como classe C, reúne cerca de 97 milhões de pessoas. O número de contas correntes existentes no país cresceu 76% de 2000 a 2007, totalizando 112 milhões, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). As famílias consumiram R$ 1,6 trilhão em 2007 e foram responsáveis por mais da metade do Produto Interno Bruto do país. O rendimento médio real (descontada a inflação) dos domicílios particulares subiu de R$ 1.567,00 em 2004 para R$ 1.796,00, em 2007, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo um estudo do Instituto de Economia de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), todos os segmentos da população brasileira tiveram elevação de renda entre 2002 e 2007, mas os que mais se beneficiaram foram os 30% mais pobres, cujo rendimento familiar aumentou 34,4%; no mesmo período,
a renda dos 10% mais ricos cresceu apenas 0,3%. Assim, o percentual da população em situação de pobreza extrema foi reduzido de 20,5% para 11,5% no mesmo período, com uma significativa melhoria da distribuição da riqueza. O desenvolvimento econômico tem sido acompanhado por significativos ganhos na área social, com forte redução da pobreza e da desigualdade. O declínio recente da extrema pobreza foi três vezes mais rápido do que o necessário para atingir a primeira Meta de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2007, pela primeira vez, a ONU incluiu o Brasil no grupo de países com alto grau de desenvolvimento humano. O crescimento sustentável com aumento da renda e inclusão social destaca-se também por programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, que atende cerca de 45 milhões de brasileiros. Criado em 2003, abrange todos os municípios brasileiros e cerca de 21% da população do País, com a garantia de uma renda mínima, condicionada à manutenção dos filhos na escola pública e ao cumprimento do calendário de vacinações infantis. Segundo o Banco Mundial, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do mundo, além de ser considerado pela Organização das Nações Unidas como um dos mais eficientes programas mundiais de combate à pobreza. O Programa Mundial de Alimentação da ONU estu-
supermercado na cidade de Toledo, estado do Paraná
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metrô de são Paulo
salário mínimo
O Brasil e a divisão econômica de sua população
Ao longo dos últimos anos, o aumento contínuo do salário mínimo elevou o poder de compra da população
A classe média (C), que representa mais da metade da população brasileira, entrou para o
R$ 465
mercado de consumo e estimulou a demanda por produtos e novos serviços
Classe A/B 15,5%
R$ 240
Jan. 2003
Fev. 2009
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, fev/2009
Classe D/E 32,6% Fonte: Fundação Getúlio Vargas
Classe C 51,9%
O atual ciclo de desenvolvimento da economia brasileira está sendo feito com justiça social. O governo criou o maior programa de distribuição de renda do mundo
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da adotar o modelo como forma de garantir auxílio às famílias que sofrem com a alta nos preços dos alimentos e ajudar a dar comida a cerca de 20 milhões de crianças pelo mundo.
Poder de compra A opção de crescer distribuindo renda, a recuperação do salário mínimo e a geração de empregos contribuíram para aumentar o poder de compra do brasileiro. Nos últimos cinco anos foram criados 10,5 milhões de novos empregos formais. O salário mínimo, que registrou um aumento real (descontando a inflação) de 46% desde janeiro de 2003, hoje vale R$ 465. O maior acesso ao crédito, motor do crescimento do Produto Interno Bruto, e a expansão de contas bancárias fazem parte desta nova realidade. A oferta de crédito passou de cerca de 25% do PIB em 2003 para 41,3% em 2008.
A carteira de trabalho assinada, por sua vez, gera maior acesso aos bancos e meios de pagamento. Em 2008, o Brasil bateu a marca de 100 milhões de cartões de crédito em circulação. As compras efetuadas com cartões de crédito ou débito totalizaram R$ 388,7 bilhões em 2008, uma alta de 24% em relação ao ano anterior. O brasileiro passou a comprar maior quantidade de alimentos e bens duráveis, como carros, casas e eletrodomésticos, que se tornaram mais acessíveis, dado o aumento da renda da população e de incentivos ao crédito. O estoque das operações de crédito no País – que representava 34,2% do Produto Interno Bruto em 2007 – cresceu 31% em 2008, alcançando R$ 1,23 trilhão em dezembro, o equivalente a 41,3% do PIB.
Energia
País da energia renovável e limpa O Brasil é um dos países que garantem a mais segura e diversificada oferta de energia e agora abre um novo horizonte com a exploração de petróleo submarino localizado abaixo da camada de sal do fundo do mar
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egurança energética é um dos principais requisitos para a garantia de um desenvolvimento econômico sustentável. O Brasil vem apostando na diversificação de sua matriz energética, reconhecida como a mais limpa e renovável do globo. Atualmente, quase metade da matriz energética brasileira, 44%, refere-se a fontes renováveis. Esse percentual é bem maior do que a média mundial, de 14%. Ao mesmo tempo em que avança na exploração marítima de petróleo e gás em águas profundas, o País amplia investimentos na construção de usinas hidrelétricas e na produção de biocombustíveis, com destaque para a biomassa de cana-de-açúcar para geração de energia elétrica. Além disso, a energia brasileira é limpa. Nos últimos 30 anos, o País evitou a emissão de cerca de 800 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera devido ao uso do etanol como substituto da gasolina ou associado a ela. Em termos de eletricidade, cerca de 90% da energia gerada tem origem não fóssil, sobretudo hídrica. As oportunidades são muitas. Embora as usinas hidrelétricas respondam por 73% da geração de energia no País, apenas 27% do potencial hidrelétrico foi explorado. Os investimentos em energia no Brasil são garantidos por marco regulatório claro, concessões de longo prazo, estabilidade econômica e cuidados com o meio ambiente. Tais fatores combinados com o grande potencial energético inexplorado fazem do Brasil uma opção atraente para investidores.
Excelência em eletricidade O Brasil é referência mundial na construção de hidrelétricas e no uso de fontes renováveis para geração de eletricidade. Em 2008, 73% da oferta de energia elétrica foi originada de fontes hídricas. Para sustentar o crescimento da economia brasileira, a cada ano a oferta é ampliada em 4 mil megawatts (MW). A previsão é que até 2030 sejam necessários cerca de 120 mil MW para atender ao mercado, de acordo com o Plano Nacional de Energia (PNE-2030). De 2008 a 2017, o Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia, prevê aumento da demanda de energia elétrica a uma taxa anual de 5,4% no decênio e adição de cerca de 54 mil MW de capacidade instalada no País. Dessa maneira, em 2017, o parque de geração de ener-
fontes limpas A capacidade de geração de energia elétrica do Brasil está em 102 mil MW. As 160 hidrelétricas em operação no País produziram em 2008 cerca de 75 mil MW ou 73% do total de energia elétrica. As termelétricas vieram em segundo lugar, com 22% de participação (22.756 MW). Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dados de 2008
US$ 333,4 bilhões Serão necessários para garantir a expansão da infraestrutura energética e atendimento do crescente mercado consumidor nos próximos dez anos linha de transmissão serra da mesa, em goiás
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73% da oferta de energia elétrica brasileira tem origem em fonte hídrica
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visão noturna do vertedouro da usina hidrelétrica de itaipu © 16
Mais barris A meta da Petrobras é produzir 3,6 milhões de barris de petróleo e gás por dia em 2013 no Brasil e exterior, ante os atuais 2,4 milhões, até chegar a uma produção total de 5,7 milhões em 2020. O sistema piloto do campo de Tupi está previsto para entrar em produção em 2010, seguido por outros campos, como Guará e Iara. A expectativa para o pré-sal é de um aumento gradual da produção de óleo.
A petrobras investirá r$ 319,1 bilhões em exploração e produção de petróleo de 2009 a 2013
Fonte: Petrobras (jan/2008)
gia elétrica terá aproximadamente 155 mil MW de potência instalada, 80% dos quais de fontes renováveis.
teriormente no segmento, com destaque para os projetos na área do pré-sal.
Petróleo e gás
Biocombustíveis
O Brasil está na vanguarda tecnológica da produção e exploração de reservas de petróleo e gás natural em águas profundas. O ano de 2008 foi marcado por descobertas de grandes reservas localizadas nas bacias sedimentares, a cerca de 6 mil metros abaixo da superfície marítima. Conhecida como pré-sal, a área abre oportunidades de investimento para companhias de petróleo interessadas em um dos maiores depósitos de óleo leve e gás do mundo, nas bacias de Santos e Espírito Santo. A Petrobras estima que o volume das reservas submarinas, abaixo da camada de sal, seja de pelo menos 50 bilhões de barris, número quatro vezes maior que o atual. Esse volume coloca as reservas brasileiras entre as dez maiores do mundo. O plano estratégico da Petrobras prevê investimentos de R$ 319,1 bilhões no quinquênio 2009-2013, sendo R$ 191,4 bilhões para exploração e produção. Na área de produção, a meta de Petrobras é aumentar a produção diária total de óleo e gás, no Brasil e exterior, de 2,4 milhões de barris por dia para 3,6 milhões de barris diários até 2013. A ideia é chegar a 2020 com uma produção diária de 5,7 milhões de barris. De acordo com o plano, o foco dos investimentos será feito na área de exploração e produção, com aumento de 71% sobre o valor investido an-
Maior exportador de etanol do mundo, o Brasil produz combustível a partir da cana-de-açúcar, um biocombustível ecológico, sem prejuízo da produção de alimentos e ocupando uma pequena parcela das áreas cultiváveis. O etanol não prejudica a produção de alimentos nem compromete reservas ambientais. Grande parte da cana-de-açúcar é cultivada na região Sudeste brasileira, distante 2,5 mil quilômetros da Amazônia, o que corresponde a uma viagem entre Roma e Moscou. No total, 90% da produção de cana para etanol está na região Sudeste, no Centro e no Sul do País. O balanço energético e ambiental do combustível de cana-de-açúcar o coloca como a mais eficiente e sustentável fonte para produção de etanol em larga escala do mundo. Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos revela que existiam 340 milhões de hectares de terras agriculturáveis no Brasil em 2007, com 200 milhões dedicados às pastagens e 64 milhões de hectares para lavouras, dos quais apenas 3,6 milhões de hectares (1% do total) eram usados para produzir etanol – isso sem invadir outras lavouras. A produção de etanol brasileira na safra 2008 chegou a 27 bilhões de litros, com um aumento de 17,9% sobre o ano anterior, e o Ministério da Agricultura brasileiro calcula que
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37% é a previsão de aumento da demanda de etanol no país, 27 bilhões de litros em 2008 para 37 bilhões de litros em 2015
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poderá atingir 37 bilhões de litros em 2015, sem aumento significativo da área plantada com cana-de-açúcar. O crescimento da produção de etanol no Brasil é explicado por um elevado grau de desenvolvimento tecnológico e produtivo, o que faz do País seu segundo maior produtor mundial. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) aponta o etanol brasileiro como o de menor custo em comparação ao de outros países e o Brasil como o único capaz de produzir esse combustível de forma competitiva e sem subsídios. Além do potencial exportador, há grande demanda por biocombustíveis no mercado interno. O Brasil é pioneiro no desenvolvimento da tecnologia flex fuel, lançada em 2003, que permite o abastecimento de carros com gasolina e álcool, em qualquer proporção. A excelência brasileira na produção de etanol deu segurança a grandes empresas para desenvolver tecnologias que utilizam esse biocombustível. Atualmente dez montadoras multinacionais produzem quase cem modelos diferentes de carros flex no Brasil, o que o transforma no país com maior frota de automóveis flex no mundo. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram vendidos 2,3 milhões de automóveis e veículos leves equipados com motor
flex fuel em 2008, que roda com etanol ou gasolina, o que corresponde a cerca de 70% das unidades comercializadas no ano. O etanol é um bicombustível amigável para o meio ambiente, pois, além de ter origem de uma fonte renovável, reduz em 80% a emissão de gases de efeito estufa, que provocam o aumento da temperatura na atmosfera terrestre, em relação a veículos automotores movidos a gasolina. Os benefícios já começam na origem do ciclo, pois o etanol da cana-de-açúcar gera 8,3 vezes mais energia renovável do que a energia fóssil empregada na sua produção; já o etanol retirado do milho gera apenas 1,4 vez mais. A produtividade de etanol por hectare é de 6,8 mil litros no caso da cana-de-açúcar, 5,4 mil litros para a beterraba e 3,1 mil litros para o milho. Também o Brasil é o terceiro maior produtor e consumidor de biodiesel no mundo. O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), de 2004, prevê a adição obrigatória e gradativa de combustível alternativo no diesel. O dinamismo desse mercado no Brasil permitiu que a mistura inicial de 2%, em vigor desde janeiro de 2008, fosse ampliada em julho para 3%, o que exigiu a produção de 1,1 bilhão de litros. A lei prevê um percentual de 5% em 2013, o que estimulará novos investimentos na produção e no aumento da produtividade.
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o brasil é o terceiro maior produtor mundial de biodiesel 27
Em 2008, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de etanol e o terceiro maior mercado de biodiesel do planeta
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pesquisas em biotecnologia da cana-de-açúcar brasileira garantem a alta produtividade
Ciência e tecnologia
Referência em setores de ponta Mais do que informática e biotecnologia, a agenda de ciência e tecnologia incentiva a pesquisa em áreas estratégicas para o desenvolvimento econômico do País, como energia, aviação e agronegócio
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nvestimentos na formação de cientistas e engenheiros garantem pesquisa de ponta em novas fronteiras do conhecimento. O Brasil é o 17o no ranking de países com produção científica relevante no mundo e referência global na prospecção de petróleo em águas profundas, na indústria aeronáutica, no agronegócio, nas telecomunicações e no desenho de software. De olho no futuro, o País já domina todas as etapas de produção de combustível nuclear, com tecnologia 100% nacional. É referência mundial no desenvolvimento de fontes de energia renovável, como o etanol e o biodiesel. A estrutura de apoio à pesquisa criou no Brasil ilhas de excelência na área de saúde humana com instituições de pesquisa de reputação internacional, como a Fiocruz, do Rio de Janeiro, e o Instituto Butantã, de São Paulo. Essa tradição tem continuidade hoje com as pesquisas sobre o uso de células-tronco humanas realizadas na Universidade de São Paulo. Nos próximos quatro anos será investido 1,5% do PIB em ciência e tecnologia. O Brasil conta hoje com mais de 80 mil pesquisadores e bolsistas atuantes em universidades e empresas privadas. O Governo Federal também vem aumentando a concessão de bolsas para pesquisadores. Em 2007, 97 mil pesquisadores contaram com esses recursos, número que deve subir para 170 mil até 2010.
Competição aeroespacial Reconhecida por sua capacidade tecnológica e criatividade, a indústria aeroespacial brasileira é hoje a maior do Hemisfério Sul e compete em vários segmentos no mercado mundial. A Embraer, fabricante de aeronaves, por exemplo, é líder na produção de jatos regionais comerciais de até 120 assentos, além de produzir partes e peças. Com 23,5 mil funcionários, ao final de dezembro de 2008, a empresa tinha US$ 20,9 bilhões de pedidos em carteira. Além disso, o Brasil cria equipamentos agrícolas, militares, jatos executivos e satélites. O programa espacial brasileiro gera imagens de satélites fundamentais à preservação da Amazônia.
Novo recorde Por dois anos consecutivos, a Embraer teve entrega recorde de aeronaves, chegando a 204 jatos em 2008, número 20% maior do que os 169 jatos do ano anterior. Fonte: Embraer
Devido à sua capacidade tecnológica e criatividade, a indústria aeroespacial brasileira é hoje a maior do Hemisfério Sul. Líder no mercado de aviões regionais, o Brasil produz equipamentos agrícolas, militares, jatos executivos e satélites
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nos próximos quatro anos, será investido 1,5% do PIB em Ciência e Tecnologia
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família de aviões da embraer em voo de teste
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simulador de voo da embraer: o brasil é reconhecido na américa latina por sua capacidade tecnológica e criatividade
O Brasil é o 17o no ranking de países com produção científica relevante no mundo Softwares e serviços Na área de tecnologia da informação, os empresários contam com linhas de financiamento facilitado, como o Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Softwares e Serviços de Tecnologia da Informação (Prosoft). Cada vez mais solicitado para prestar suporte a empresas multinacionais, o setor abre oportunidades em serviços e desenvolvimento de softwares. O País ocupava a 12a posição no mercado mundial de softwares e serviços em 2007, movimentando em torno de R$ 20,1 bilhões. Há 7,9 mil empresas brasileiras que atuam no segmento. O setor de tecnologia da informação é tradicionalmente palco de fusões e aquisições no País, no contexto de ampliar mercados e ganhar escala para a prestação de serviços no exterior, atraindo não só clientes como investidores internacionais.
Educação A educação é um dos pilares para superar a pobreza, promover a cidadania e a inserção social, além de assegurar a formação adequada às exigências do século XXI. A elevação dos níveis de acesso e permanência na escola e do padrão de qualidade é um dos maiores desafios da sociedade brasileira. Por meio de políticas públicas estruturantes, como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que prevê R$ 14,6 bilhões de investimentos até 2011, o País busca avanços significativos nos padrões de qualidade nas escolas públicas. Atento à necessidade de priorizar o interior do País e as periferias dos grandes centros urbanos, o Governo Federal deu novo impulso ao ensino profissionalizante. Já estão em funcionamento 75 novas unidades. A meta é alcançar 354 escolas técnicas federais até 2010, com foco nas localidades do interior do País e nas periferias dos grandes centros urbanos. Esse avanço na educação profissional representa oportunidade de ensino para 500 mil jovens. A expansão e o aprimoramento das universidades federais
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sala integrada de controle de Refinaria da petrobras
também priorizam o interior do País, onde foram implantadas dez novas unidades e consolidados 49 campi nos últimos três anos. Aumento de vagas, criação de cursos noturnos e combate à evasão escolar integram as iniciativas. A meta é alcançar 227 mil vagas e consolidar 920 mil matrículas até 2012, o que representa um aumento de 135% no número de vagas no ensino noturno universitário.
Novas vagas Em 2009 devem ser geradas 50 mil vagas na área de Tecnologia da Informação, e a previsão é de mais 100 mil até 2011. Fonte: Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom)
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AGRICULTURA E PECUÁRIA
Brasil, celeiro do mundo Moderno, eficiente e competitivo, o agronegócio brasileiro é uma atividade próspera, segura e rentável. Além de garantir o abastecimento alimentar interno, faz do País um dos maiores exportadores mundiais de alimentos
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lém de ter clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e 12% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil oferece muita terra para se plantar. Com pelo menos 90 milhões de hectares agricultáveis ainda não utilizados, o País tem potencial para aumentar cerca de três vezes sua atual produção de grãos. Isso sem avançar sobre florestas e sem contar que 30% dos 220 milhões de hectares hoje ocupados por pastagens em 2008 podem ser incorporados à produção agrícola devido a uma maior produtividade na pecuária. No total, o Brasil tinha 388 milhões de hectares de terras férteis e de alta produtividade em 2008. Esses fatores fazem do País um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB), 30,3% das exportações e 37% dos empregos brasileiros. O PIB do setor chegou a R$ 741,1 bilhões em 2008, superando os R$ 592,9 bilhões alcançados no ano de 2007. Entre 1998 e 2008, a taxa de crescimento do PIB agropecuário foi de 4,4% ao ano. Além disso, o Brasil conta com uma robusta produção agrícola baseada na pequena propriedade familiar. São projetos que contam com o apoio de um programa de crédito que alcança 5.387 municípios (96,8% do total existente no País) e abrange 4,1 milhões de unidades produtoras, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Esse segmento familiar da agropecuária brasileira e as cadeias
produtivas a ela interligadas respondem por 9% do PIB nacional e garantem a inclusão social de milhões de brasileiros. Com uma população de 190,6 milhões, o Brasil tem um dos maiores mercados consumidores do mundo. Hoje, cerca de 79% da produção nacional de alimentos é consumida internamente e 21% são embarcados para mais de 212 mercados. Nos últimos anos, poucos países tiveram um crescimento tão expressivo no comércio internacional do agronegócio quanto o Brasil. As exportações do setor passaram de R$ 56 bilhões em 2003 para R$ 131,4 bilhões em 2008. O investimento constante em pesquisa e desenvolvimento contribui para o País ser superlativo na produção e exportação de vários produtos. O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. É o primeiro produtor e exportador de café, açúcar e suco de laranja. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de carne bovina, carne de frango e tabaco.
Ano recorde Em 2008, o Brasil colheu 143,8 milhões de toneladas de grãos, 9,2% a mais do que a safra anterior, que já havia sido recorde. O faturamento bruto da agropecuária nacional também atingiu um patamar inédito no ano passado: R$ 298,6 bilhões. Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
O Brasil tem 388 milhões de hectares de terras férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados
sistema de irrigação em uma plantação de soja © 25
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criação de frangos em granja no interior de São Paulo
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A soja e o milho respondem por cerca de 80% da safra agrícola total do País. A produção brasileira de soja alcançou o recorde de 58 milhões de toneladas em 2007, 10,6% maior do que a safra do ano anterior. Cerca de 26% da soja brasileira sai das lavouras do estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste, com 15,2 milhões de toneladas na safra de 2007, seguido por dois estados da região Sul, o Paraná e o Rio Grande do Sul.
Pesquisa e desenvolvimento O bom desempenho da agropecuária passa também pelo desenvolvimento científico-tecnológico para a modernização da atividade rural e pela expansão da indústria de máquinas e implementos. Nas últimas 18 safras, houve um aumento de 88,8% no índice de produtividade. A safra de grãos, por exemplo, saltou de 57,9 milhões de toneladas na safra 1990/1991 para 144,1 milhões de toneladas em 2007/2008 (crescimento de 149%), e a área plantada avançou apenas 25,3%, passando de 37,9 milhões para 47,5 milhões de hectares. Em 30 anos, de 1975 a 2005, a produtividade cresceu 99%.
Em 2008, o Brasil vendeu mais de 1.500 diferentes produtos para mercados estrangeiros. Além da Europa, dos Estados Unidos e dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), o Brasil tem ampliado as vendas dos produtos do seu agronegócio para Ásia, Oriente Médio e África
Foi a pesquisa agropecuária que permitiu a adaptação de culturas aos diversos tipos de clima e solo nas principais regiões produtoras do Brasil. E o principal agente das inovações no campo é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Reconhecida como uma das grandes responsáveis pelo aumento da produção brasileira de grãos, a Embrapa lidera o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). Essa rede engloba, além das unidades de pesquisa e desenvolvimento da empresa, centros estaduais, universidades e instituições privadas. Também fazem parte do sistema os Laboratórios Virtuais no Exterior (Labex) da Embrapa, implantados nos Estados Unidos e na Europa (França e Reino Unido). Ainda no plano internacional, a Embrapa atua na transferência de tecnologia de produção agrícola para a Venezuela e para a África, onde tem escritório em Gana. O imenso potencial do agronegócio brasileiro aliado à qualidade da pesquisa técnico-científica abre interessantes possibilidades de investimentos externos e privados em pesquisa e desenvolvimento no País.
O Brasil é dono do maior
rebanho bovino
comercial do mundo. No setor avícola, o país é o terceiro maior produtor mundial e tem a terceira maior população de suínos
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criação de gado em Fazenda na Chapada dos Parecis, mato grosso
Hoje, 79% da produção brasileira de alimentos é consumida internamente e 21% são exportados para mais de 212 mercados
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Resultado aplicado O aumento de 1% nos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento pela Embrapa tem um impacto de 0,17% na produtividade total dos fatores do setor agropecuário. Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
Soja no Centro O Mato Grosso, no Centro-Oeste, é o maior estado produtor de soja no Brasil, com 26% do total. A cidade de Sorriso responde por 2,9% da produção nacional; depois vêm Sapezal (1,7%); Nova Mutum (1,7%); Campo Novo do Parecis (1,5%); e Diamantino (1,4%). Em 2007, a soja e o milho foram responsáveis, sozinhos, por 82% da safra agrícola total do País.
meio ambiente
preservação e sustentabilidade O combate ao desmatamento da Floresta Amazônica, combinado com o plantio de árvores e uma série de medidas de ecoeficiência, ajuda o Brasil a reduzir, a cada ano, a emissão de CO2 na atmosfera
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desmatamento é um tema que preocupa o Brasil e o planeta. Em benefício do desenvolvimento sustentável da região amazônica e com medidas efetivas de proteção ao meio ambiente, como fiscalização e repressão à destruição das florestas, além da criação de unidades de conservação, o País reduziu em 58% a taxa de desmatamento da Amazônia entre 2003 e 2007. No mesmo período, houve aumento de 41% da área protegida por unidades de conservação, o que corresponde a 20 milhões de hectares. Até 2008, foram criadas 65 novas unidades de conservação, totalizando 300 unidades que ocupam uma área de 755,5 mil quilômetros quadrados, equivalente a 9% do território nacional. Ao mesmo tempo em que defende a mata nativa, o Brasil incentiva o plantio de árvores. A área de floresta plantada no País passou de 320 mil hectares anuais, em 2002, para 627 mil, em 2006. No período 2006/2007 foram plantadas cerca de 1 bilhão de árvores.
toneladas –, a manutenção do ciclo de chuvas no planeta e a conservação da biodiversidade. O Plano Nacional sobre Mudança do Clima, lançado em dezembro de 2008 e apresentado na 14a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Poznan (Polônia), fixa metas para a redução das emissões de gás carbônico, principalmente causadas pelo desmatamento. Ao reduzir o nível de desmatamento em 70% até 2017, o Brasil evitará a emissão de 4,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono. Em dez anos encerrados em 2005, a média de desmatamento da Floresta Amazônica foi de 19,5 mil quilômetros quadrados. O objetivo é que esse número caia para 5 mil quilômetros quadrados em 2017. Adicionalmente, o plano prevê elevar a área de plantio de árvores de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões em 2017 – sendo 2 milhões de hectares com espécies nativas –, além de incrementar a reciclagem de lixo em 20% até 2015 e aumentar em 11% ao ano a participação de biocombustíveis no setor de transportes.
Redução de CO2 O Governo Federal redobrou as medidas de fiscalização e repressão à destruição das florestas. Todo cuidado é pouco, porque a preservação da Floresta Amazônica traz incontáveis benefícios não apenas para o Brasil, mas para toda a humanidade, como a diminuição nas emissões de dióxido de carbono – que em três anos foram reduzidas em cerca de 1,4 bilhão de
1 bilhão Esta foi a quantidade de mudas de árvores plantadas entre 2006 e 2007 no Brasil.
Rio Madeira, na © 28
Floresta Amazônica, estado de Rondônia
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Vista aérea de uma fazenda na zona rural de Santarém, estado do PArá, nas margens do rio Amazonas 38
A preservação da Floresta Amazônica traz incontáveis benefícios não apenas para o Brasil, mas para toda a humanidade, como a redução nas emissões de CO2, a manutenção do ciclo de chuvas no planeta e a conservação da biodiversidade
Amazônia já Os dados sobre o que está acontecendo neste momento na Amazônia são públicos e podem ser acessados na internet, em português, inglês e espanhol, no site: www.obt.inpe.br/deter.
País verde O Brasil tem a maior diversidade biológica do mundo: • 55 mil espécies vegetais • 524 espécies de mamíferos • 517 espécies de anfíbios • 1.622 espécies de aves • 468 espécies de répteis • 3 mil espécies de peixes de água doce Fontes: Livro Verde, do Ministério da Ciência e Tecnologia, e Academia Brasileira de Ciências
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, com cerca de 20% do total de espécies e 12% da água doce do planeta Além da criação das unidades de conservação e do incentivo ao replantio florestal, o governo federal incorporou às medidas de preservação ambiental o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), através de satélites. Desenvolvido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle, o Deter mapeia tanto áreas de corte raso quanto aquelas em processo de desmatamento por degradação florestal e apresenta dados estratificados por município, estado, unidades de conservação. É uma ferramenta de levantamento rápido de dados, feito mensalmente, desde maio de 2004. Essa tecnologia está sendo transferida para países em desenvolvimento com vastas florestas tropicais. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, por abrigar cerca de 20% do total de espécies do planeta. A variedade de biomas reflete a riqueza da flora e da fauna brasileiras. Só a Amazônia detém 26% das florestas tropicais remanescentes no mundo. Ecossistemas costeiros e marinhos espalham-se por cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados de águas sob jurisdição brasileira. O País destaca-se, também, por ser o primeiro da América Latina a concluir o planejamento estratégico para a gestão da água até 2020.
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turistas em passeio de barco por rio no estado do amazonas
Área protegida A extensão geográfica sob as unidades de conservação brasileiras, que soma 755.508 km², é maior do que os estados americanos da Califórnia, de Washington e de Nova York juntos, com seus 737.078 km².
DIVERSIDADE
RIQUEZAS CULTURAIS E NATURAIS O Brasil é um país de múltiplas origens, com a vinda de gente de todas as partes do mundo, o que gerou um ambiente de tolerância e diversidade cultural
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Brasil fascina por sua miscigenação de raízes indígenas, europeias, asiáticas e africanas, e suas várias facetas refletidas na cultura nacional. Culinária, música, artesanato, arquitetura, produções artísticas e festas populares ultrapassam as fronteiras do território nacional. O País conta com 17 bens culturais e naturais tombados pelo Patrimônio Mundial da Unesco e uma das maravilhas do mundo contemporâneo, o Cristo Redentor. O Brasil é o país da tolerância étnica, cultural, religiosa e social. O grande número de etnias, em vez de hostilidade, encontra no Brasil um ambiente de respeito e tolerância às diferenças e à troca de experiências. Essa matriz gera um ambiente social no qual o povo absorve o pluralismo, o respeito às diferenças e a troca de experiências. Tal convivência pacífica resulta em manifestações culturais versáteis e cheias de originalidade. A diversidade também dá o tom no rico acervo arquitetônico, desde o colonial barroco até o modernismo da capital federal, Brasília. A imigração no Brasil foi de extrema importância para a formação da cultura nacional. Características dos quatro cantos do mundo foram incorporadas ao longo dos cinco séculos desde a chegada dos portugueses, em 1500. Além das contribuições de índios, negros e portugueses, a expressiva vinda de imigrantes de todas as partes da Europa, do Oriente Médio e da Ásia influenciou a formação do povo brasileiro. A imigração de países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Chile e
Bolívia, também contribuiu para a diversificação de costumes, hábitos e crenças, mas com um idioma comum. Apesar de sua extensão territorial, fala-se o mesmo idioma em todas as regiões brasileiras. O português é a quinta língua mais falada, e a terceira entre as ocidentais, após o inglês e o espanhol. A Constituição Brasileira assegura o pleno exercício dos direitos culturais e define que o Estado deve apoiar, incentivar e valorizar suas manifestações, além de proteger as culturas indígenas, afro-brasileiras e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
a beleza marca o rico acervo arquitetônico, desde cidades barrocas, passando por monumentos, como o Cristo Redentor – uma das Sete Maravilhas do Mundo Contemporâneo –, até a capital modernista, Brasília
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edifício do congresso nacional, Brasília
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cataratas do Parque Nacional do Iguaçu, paraná
O Brasil tem mais de 8 mil quilômetros de sol e belas praias e uma riqueza natural que oferece incontáveis atrativos para o ecoturismo e o entretenimento
O grande número de etnias proporciona uma cultura rica e diversificada A população indígena brasileira é de 565 mil pessoas e aumenta em patamar acima da média nacional. Diversas ações afirmativas promovem a igualdade e a proteção dos direitos de indivíduos e grupos raciais e étnicos afetados pela discriminação e demais formas de intolerância, com ênfase na população afrodescendente. O objetivo é colocar em prática, até 2010, políticas públicas emancipatórias para as comunidades remanescentes do período escravocrata localizadas em 330 municípios nos 22 estados brasileiros. Além de desfrutar de uma cultura rica e mesclada, o País, de proporção continental, oferece 8 mil quilômetros de sol e belas praias, além de belezas naturais com incontáveis atrativos para o ecoturismo e o entretenimento. O Brasil tem potencial para atrair turistas de todos os segmentos e estilos. A boa infraestrutura do País, sua variedade cultural, a hospitalidade do povo e suas belezas naturais permitem competir no mercado internacional de turismo em vários segmentos. Mas o maior patrimônio brasileiro é o seu povo, formado por várias culturas que vivem em harmonia. São cerca de 190,6 milhões de habitantes, a quinta nação mais populosa do planeta. A população jovem ainda é maioria, ao contrário do que acontece em outras economias.
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índios em aldeia no Parque Nacional do Xingu
democracia
Estabilidade democrática e institucional Sem conflitos internos, o País vive um dos melhores períodos de sua história, com os valores da democracia preservados e equilíbrio entre os poderes republicanos
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Brasil tem hoje uma democracia consolidada, alicerçada em instituições sólidas, um ambiente político estável e garantidor do estado de direito individual. Com 508 anos, é um país que alia um alto grau de amadurecimento institucional, político e econômico a um imenso potencial de crescimento e investimento. Hoje, o País é protagonista na economia global, com o estabelecimento de intenso diálogo entre grupos, como o G-20. Depois de um período de 21 anos sob um regime ditatorial, a redemocratização ocorreu em 1984 e foi consagrada em 1988 com a promulgação de uma Constituição Democrática e Cidadã, um marco no processo de redução das desigualdades sociais que existiam. Desde então, o país vive uma democracia plena, com um sistema de controles republicanos que levou ao impeachment de um Presidente da República em 1992, através de um processo conduzido pelo Legislativo. Nos últimos 20 anos prevaleceu a normalidade democrática, com uma sequência de cinco processos eleitorais presidenciais regulares. Sem fraturas institucionais, a democracia segue seu curso. Há na história política do País episódios de participação ativa da sociedade, como no caso do plebiscito nacional sobre o regime de governo, realizado em 1993 para que população pudesse escolher a forma de governo, com opções que variavam entre o presidencialismo, o parlamentarismo e a monarquia. A decisão popular foi manter o presidencialismo. Daí em diante, foram eleitos presidentes de diferentes matizes ideológicos e
partidários, que cumpriram integralmente seus mandatos e colocaram ênfase no processo de controle da inflação, aprimoramento da educação, gestão macroeconômica eficiente, melhoria do ambiente de negócios e redução das desigualdades sociais. O País mudou de moeda e estabilizou a inflação em 1994, criou a re-eleição presidencial em 1997 e continuou nos trilhos da constitucionalidade. As contas públicas estão em ordem. O superávit primário tem se mantido em torno de 4% desde 2004 e a relação dívida/PIB está em queda. Desde 2007, o Brasil passou de devedor a credor nominal no mercado internacional. Em 2008, as reservas internacionais brasileiras atingiram o patamar inédito de US$ 207 bilhões, um aumento de US$ 143 bilhões desde março de 2006. Um conjunto de reformas institucionais foi implementado nos últimos 20 anos. A Lei da Responsabilidade Fiscal aprovada em 2000 serviu de base para o aprimoramento da gestão pública. Já a implantação do sistema de garantia do crédito alavancou o volume de empréstimos concedidos a empresas e cidadãos. Por sua vez, a criação das agências reguladoras entre 1996 e 2001 assegurou que os serviços públicos privatizados atendam às necessidades da população. A nova Lei de Inovação de 2004 impulsionou a pesquisa e o desenvolvimento e abriu caminho para que universidades e empresas privadas se aliassem no esforço inovador.
O Brasil dispõe de um vigoroso
mercado interno e de
instituições
democráticas consolidadas
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congresso em seSSão para a Promulgação da Constituinte, em 1988
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internacional
Abertura de mercados e multilateralismo A defesa dos interesses do Brasil baseia-se no entendimento de que os frutos da globalização precisam ser mais bem divididos para um desenvolvimento econômico com justiça social
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política externa brasileira tem longa tradição na defesa da paz e na busca de um desenvolvimento sustentável, optando pela solução pacífica das controvérsias e o fortalecimento do multilateralismo. O Brasil tem defendido a reforma do sistema internacional e suas instituições para que sejam representativos da nova realidade econômico-social e da crescente importância dos países em desenvolvimento. Com esse propósito, o País participa ativamente do processo de reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) e pleiteia assento permanente no Conselho de Segurança. A diplomacia brasileira vem se empenhando em negociações comerciais na Organização Mundial do Comércio (OMC), com vistas a gerar ganhos efetivos para os países mais pobres e dissolver medidas protecionistas dos mais ricos, sobretudo no setor agrícola. A criação do G-20, capitaneada pelo Brasil, permitiu colocar os países em desenvolvimento no centro das decisões internacionais. A defesa brasileira por mudanças na ordem internacional ganhou status de urgência com a crise financeira internacional, agravada na segunda metade de 2008. O Brasil está entre os países que, no G-20 financeiro, debatem as reformas e as medidas necessárias para superar essa situação e evitar que ela se repita. A atuação internacional da diplomacia brasileira é norteada pelos mesmos objetivos centrais do plano interno do governo, de crescimento sustentável com diminuição da pobreza e das desigualdades. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, foi um dos proponentes da Ação Internacional contra a Fome e a Pobreza, que contou com adesão da comunidade internacional. O Brasil também está engajado nos debates sobre mudança do clima, com ênfase em projetos de desenvolvimento sustentável. O País é exemplo no uso de fontes renováveis de energia, ao comprovar que os biocombustíveis contribuem para a redução das emissões de poluentes.
Parcerias Apoiadas pelas iniciativas internacionais do governo brasileiro, as empresas brasileiras aceleraram seu processo de internacionalização, aumentando as exportações para os parceiros tradicionais e para novos mercados. Aumentaram significativamente as vendas para novos mercados na África, no Oriente Médio e na Ásia, assim como para nossos parceiros na América Latina e no Caribe. E cresceram, também, as vendas para mercados tradicionais, como a União Europeia e os Estados Unidos. O Brasil se preocupou em aumentar e diversificar suas compras, sobretudo de parceiros regionais com os quais tem superávits. A diplomacia brasileira caminha em direção ao desenvolvimento econômico e social do continente. No plano global, é visível a mudança de patamar que o País alcançou nos últimos anos, tanto no plano interno como no âmbito internacional. Hoje o Brasil é cada vez mais procurado e ouvido.
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reunião dos líderes dos países em desenvolvimento com a cúpula do g-8
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destaque
brasil em grandes números Expectativa de vida População total: 73,49 anos Homens: 69,5 anos Mulheres: 77,95 anos (2007 – estimativa)
Grupos étnicos Brancos: 49,9% Pardos: 43,2% Negros: 6,3% Amarelos: 0,7% (2005 – PNAD)
Religiões Católicos: 73,6% Protestantes: 15,4% Outros: 1,6%
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Acordos internacionais de meio ambiente Antarctic-Environmental Protocol, Antarctic-Marine Living Resources, Antarctic Seals, Antarctic Treaty, Biodiversity, Climate Change, Climate Change-Kyoto Protocol, entre outros. Bandeira nacional A bandeira do Brasil foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. Inspirada na bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, apresenta a esfera azulceleste e a divisa positivista “Ordem e Progresso” no lugar da coroa imperial. Moeda Real (símbolo: R$)
Inflação (consumer price index – IPCA) 2008 5,90% 2007 4,50% 2006 3,14% 2005 5,69% 2004 7,60% 2003 9,30% 2002 12,53% 2001 7,67% 2000 5,97%
Superávit comercial 2008: US$ 24,7 bilhões 2007: US$ 40,0 bilhões 2006: US$ 46,4 bilhões 2005: US$ 44,9 bilhões
PIB Ano 2008* 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000
Etanol Grande parte da cana-de-açúcar é cultivada na região Sudeste brasileira, distante 2,5 mil quilômetros da Amazônia, o que corresponde a uma viagem entre Roma e Moscou. No total, 90% da produção de cana para etanol está na região Sudeste, Centro e Sul do País.
US$ (bilhões) Variação anual 1,370.0 4,5% 1,310.0 5,0% 1,067.3 3,7% 882.7 2,9% 663.7 5,7% 553.6 1,2% 504.4 2,7% 553.7 1,3% 644.9 4,3%
*Previsão
Reservas estrangeiras US$ 206,8 bilhões (2008) • Maior exportador mundial de diversas commodities: ferro, café, suco de laranja, carne bovina, tabaco, frango e açúcar. Exportações 2008: US$ 197,9 bilhões 2007: US$ 160,6 bilhões 2006: US$ 137,5 bilhões 2005: US$ 118,5 bilhões Importações 2008: US$ 173,2 bilhões 2007: US$ 120,6 bilhões 2006: US$ 91,3 bilhões 2005: US$ 73,8 bilhões
Investimentos estrangeiros diretos 2008: US$ 45, 1 bilhões 2007: US$ 34, 6 bilhões 2006: US$ 22,2 bilhões
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) aponta o etanol brasileiro como o de menor custo em comparação a outros países, e o Brasil como o único capaz de produzir esse combustível de forma competitiva e sem subsídios.
Rodovias • 87.592 km pavimentados • A malha rodoviária corresponde a 96,2% da matriz de transporte de passageiros, e a 61,8% da de transporte de cargas • Sétimo maior fabricante de carros do mundo. • 4o maior fabricante mundial de aeronaves e primeiro produtor de aeronaves regionais (até 120 assentos).
Produção diária de petróleo • 2,4 milhões de barris/dia • Líder mundial na exploração de petróleo em águas profundas • Entre as dez maiores reservas do mundo (campo de Tupi) Geração de energia elétrica • Capacidade: 102.000 megawatts (MW) em 2008 • Líder em energia renovável e limpa: 44% da matriz é composta de fontes não fósseis. A média mundial é 14% • Maior exportador de etanol e 3o mercado de biodiesel Computadores instalados 50 milhões Internautas • 40 milhões • Maior número de usuários de internet na América Latina e 11o no mundo Tempo de conexão na internet Líder mundial, com 23h48 por mês Perfis em redes de relacionamento • É o 2o país no mundo, com mais de 30 milhões • 50% dos sites de relacionamento do Orkut são brasileiros • Maior usuário mundial de mensagens instantâneas do MSN Telefones celulares Tem o 6o mercado mundial, com 150 milhões de assinantes Telefones fixos 41 milhões de assinantes
Região da Amazônia
km 00 2.5
Brasília DF
Grande parte da produção de cana para etanol é cultivada na região Sudeste brasileira
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Divisão administrativa 26 estados e 1 Distrito Federal: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Capital: Brasília, localizada no Distrito Federal, Centro-Oeste do País Idioma: Português Extensão territorial: 8.511.965 km2 • Maior biodiversidade do planeta. Uma em cada cinco espécies é nativa do Brasil • Maior bacia hidrográfica do mundo População: 190,6 milhões População economicamente ativa: 97,5 milhões Renda média per capita: R$ 960 por mês
república federativa do brasil poder executivo Chefe de Estado: presidente luiz Inácio lula da Silva Vice-Presidente: José alencar Chefe de Governo: presidente luiz Inácio lula da Silva Ministério escolhido pelo presidente Eleições: presidente e vice-presidente eleitos por voto popular para um mandato de 4 anos, podendo disputar uma re-eleição. poder legislativo o congresso nacional é composto pelo Senado Federal (81 parlamentares eleitos por voto majoritário para um mandato de 8 anos) e pela câmara dos Deputados (513 parlamentares eleitos por voto proporcional para um mandato de 4 anos). poder judiciário São órgãos do poder Judiciário: Supremo tribunal Federal (corte constitucional); Superior tribunal de Justiça; tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; tribunais e Juízes do trabalho; tribunais e Juízes eleitorais; tribunais e Juízes Militares e tribunais e Juízes dos estados e do Distrito Federal e territórios.
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capital Brasília, situada no Distrito Federal (gMt – 3 horas)
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Março de 2009