Disciplina História da Arte Especialização em Artes Visuais, Intermeio s e Educação Profa. Maria de Fátima Aluna : Fatima Juliana C.Marsula
Marco Referencial e as obras em Arte Contemporânea
Pretendo neste texto discutir os aspectos que os marcos referenciais tomam nas obras da Arte Contemporânea e como o artista se revela com relação ao lugar/espaço, seja ele do meio urbano ou rural, ou mesmo quanto ao emprego de materiais diversos com ou sem suporte.
Marco Referencial é a confirmação imagética coletiva, ou seja, elemento que se caracteriza visualmente
onde o coletivo observa e se relaciona com o mesmo. Nos
estudos urbanos podemos
exemplificar as igrejas simbolo de poder, desde sua
posição/construção estratégica,
o mesmo ocorre com obras urbanas como pontes,
praças, edifícios que se impõem na paisagem. Na atualidade poderíamos exemplificar na cidade de São Paula o marco referencial o MASP, pelo sua arquitetura e funcionalidade na paisagem urbana. Portanto pode-se dizer que marco referencial é o produto das relações com propriedades fisicas, forma extensão e localização.
Escolhi os seguintes artistas que se destacaram com esta relação, marco referencial na paisagem e sua obra.:
Roy Lichteinstein, 1963 - Maybe
Nam June Paik - 'The More The Better'[1988] Instalação com 1003 monitores de tv.
Artista: Mimmo Paladino Técnica: gravura em metal - década 80
Marcus Jansen (90 ?)
As obras escolhidas expõem um realismo e diversidade da sociedade contemporânea, marcado pelo caos, tristeza e angustias, exatamente o que o homem contemporâneo vive.
A gravura de Roy Lichteinstein é da pop art, ele se utiliza dos 'quadrinhos', mas sempre com a vertente urbana, ou personagem extremamente s urbanos.
Nam June Paik é
conceitual mas deixa a transparência quando se utiliza dos televisores, que é instrumento real em todos os locais, seja para lazer, seja para comando e controle, ele expõe as velocidade e neurose urbana, ou seja, a imagem reproduzida como status, caminho e futuro. A obra que escolhi se parece com uma torre/edifício todo iluminada, mostrando de certa forma um tipo de marco referencial que venho buscando.
Na obra de Mimmo Paladino que é uma gravura, a leitura visual é muito clara, um homem num banco de praça, ao fundo esboço de um edifício, sendo que o homem tem a sua volta, copos e prato, sugere um sem teto, um morador de rua, ou mesmo um alcoólatra, todos personagem encontrados cotidianamente no meio urbano, possivelmente por se tratar de arte povera (pobre) era exatamente o que o artista queria impressionar, o caustico na vida das cidades.
Marcus Jansen é super contemporâneo, (década de 90) retrata toda a angustia, lixo e descaso vivenciados na vida urbana, com certa poética ele dá um tom cosmopolita, lembrando esta obra o filme Blader Runner. O marco referencial em sua obra é clara, sempre existe locais/paisagem seja uma favela ou rua mas mostrando as relações das propagandas na cidade.
Toda as obras escolhidas, foram difíceis de se expressar e de discutir sobre marco referencial, devido ao teor conceitual, mas por outro lado este autores vêm de uma geração preocupada com o engajamento politico e social, onde a libertação de um conceito de artes plásticas estava se metamorfizando, pois creio que nada é definitivo, nada é verdade, nada é ponto final, a cada momento estamos (estou) assimilando e configurando nova linguagem e portanto expressão, tentei minimamente traço esboço da geografia (visão de espaço) com as artes plásticas.