Heber

Docinho, meu docinho querido! Me despeço de você com um abraço que chega até você na forma desse bilhetinho. Quero agradecer sua presença meteórica na minha vida e espero que você saiba o quanto foi bom essa sua passagem por ela. Poucas certezas eu tenho nessa vida e uma dessas certezas é do amor incondicional que sinto por você. Não digo amor no sentido vulgar... Não! Digo amor no sentido mais amplo dessa palavra. Um amor que só existe entre poucas pessoas, daqueles amores bíblicos, amor que não pede nada, nem dá nada: apenas existe e completa a vida das pessoas com abundância de sentimentos bons. Você foi talvez a único amigo que eu tive nessa terra de poucos amigos, pelo menos eu fui seu amigo e abri pra você todas as janelas e portas de minha alma e sei que voce também abriu todas as janelas e portas que estavam ao seu alcance e que puderam ser abertas para mim. Cuide-se muito, docinho! Nem todas as pessoas são boas como você. Não se engane nem deixe que eles te enganem! Traga sempre a fé no seu coração, porque Deus habita onde há fé e estando Deus no seu coração você nunca vai ser enganado pelo mundo. Você sabe a verdade, não sabe? Pois então, nunca duvide dela! Essa verdade é o nosso segredo e prometo que nunca irei confessá-lo para mais ninguém. Um abraço bem forte e um carinho constante por e para você. Nos veremos um dia... Certamente! A vida não nos separará! Um outro segredo pra você e espero que você leia isso com muita seriedade e tente compreender: Berço e túmulo não é nem o início nem o fim. São apenas portas que se abrem entre duas realidades distintas e operativas. Complicado, né? Mas não duvide disso. Nos reencontraremos de novo, um dia com melhores condições de compreensão. Fique bem e faça tudo para ser feliz! Corra atrás dos seus sonhos e viva de forma a nunca se arrepender ou se envergonhar do que tenha feito! Deus te ilumine e te ajude sempre! Marcos. London, 19th. September 2008